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Força e Movimento - 2 Capítulo 06 Física 1 – Prof. Fernando Pilotto UERGS - Guaíba A força de atrito • Representação de uma superfície polida vista através de um microscópio eletrônico • Mesmo o melhor polimento deixa irregularidades do tamanho de milhares de diâmetros atômicos • Quando duas superfícies entram em contato, ligações químicas causam a aderência de uma à outra • A área efetiva de contato é geralmente 10.000 vezes menor que a área macroscópica aparente Tipos de atrito • Atrito estático: as superfícies não se movem uma contra a outra; como as ligações químicas causam aderência, a força de atrito é grande • Atrito cinético: as superfícies movem-se uma contra a outra; não há tempo de se formarem ligações químicas, assim a força de atrito é menor Atrito estático Um bloco está em repouso no chão. Sobre ele atuam as forças peso e normal. O bloco é puxado com a força F. Imediatamente surge a força de atrito estático fs em sentido oposto e mesma intensidade. O bloco ainda permanece em repouso. O bloco é puxado com uma força F maior. Imediatamente, a força de atrito estático ajusta- se e também aumenta de intensidade. O bloco permanece em repouso. A força F é novamente aumentada, e a força de atrito estático também aumenta de intensidade. Mas agora o limite foi atingido. Esta é a força de atrito estático máxima. Se a força F aumentar mais um pouco, o bloco entrará em movimento. • A força de atrito estático sempre adapta-se à força que impele ao movimento. • Isso acontece até que o limite seja atingido. • Esse limite é dado por • µe é o coeficiente de atrito estático • Se o objeto for puxado com uma força maior que fe,max, ele entrará em movimento. Nf ee µ=max, Atrito cinético • A força de atrito cinético atua quando uma superfície desliza sobre outra • A força de atrito cinético é dada por • O valor é aproximadamente constante, conforme medições típicas Nf cc µ= Exemplo • Um bloco repousa sobre um plano inclinado. Por tentativa e erro, determina- se que o bloco começa a deslizar quando o ângulo de inclinação atinge 15º. • Qual é o coeficiente de atrito estático entre os materiais do bloco e do plano inclinado? As forças que atuam sobre o bloco são a força peso, a força normal e a força de atrito. Como o bloco está em repouso, estas forças anulam-se (vetorialmente). 0max, =− θmgsenfe 0cos =− θmgN θµ mgsenNe = θcosmgN = θµ tan=e 268,015tan =°=eµ Movimento circular uniforme • O objeto move-se em trajetória circular • O módulo da velocidade é constante • A aceleração é dirigida para o centro do círculo (aceleração centrípeta) • A força necessária para manter o movimento é r v a 2 = r mv maF 2 == Exemplo 1 • Em 1901, num espetáculo circense, Allo Diavolo, o “Destemido”, apresentou-se montando uma bicicleta numa pista em loop. Supondo que o loop é um círculo de raio R = 2,7 m, qual é a menor velocidade escalar v que ele deverá ter no topo do loop para permanecer em contato com a pista? Como podemos saber se a bicicleta está em contato com a pista? Quando a bicicleta está em contato com a pista, ela exerce uma força contra sua superfície. Ao mesmo tempo, a pista exerce a força normal sobre a bicicleta. A força normal existirá enquanto a bicicleta estiver em contato com a pista. Quando o contato for perdido, a força normal será nula. No topo do loop, as forças que atuam sobre a bicicleta são a força peso e a força normal, ambas dirigidas para baixo. mgNFres −−= r mvFres 2 −= A força resultante é responsável pelo movimento circular no do topo da pista. Portanto, r mv mgN 2 −=−− Se a velocidade não for muito grande, a bicicleta perderá contato com a pista. Para a velocidade mínima, a força normal é nula, N = 0. r mv mg 2 = smgrv /1,57,28,9 =⋅== Exemplo 2 • Um pêndulo cônico consiste de um objeto com massa de m = 1,5 kg presa por uma corda de comprimento L = 1,7 m e massa desprezível. O objeto gira perfazendo um ângulo constante θ = 37º com a vertical. Como o objeto percorre um círculo, a corda varre a superfície de um cone. • Determine o período do pêndulo. direção x: r mvTsen 2 =θ direção y: mgT =θcos gr v2 tan =θ θtangrv = período: τ pir v 2 = θ θ pi θ pi τ gsen r gr r cos2 tan 2 == θLsenr = g L gsen r θ pi θ θ piτ cos2cos2 == s3,2 8,9 37cos7,12 =°⋅= piτ Exemplo 3 • Um carro com massa de m = 1600 kg move-se com velocidade escalar constante v = 20 m/s sobre uma rodovia plana circular de raio r = 190 m. • Qual é o valor mínimo do coeficiente de atrito estático entre os pneus e a rodovia para evitar a derrapagem do carro? Note que, embora o carro esteja em movimento ao longo da trajetória circular, o carro não se move radialmente. É justamente esse tipo de deslizamento que queremos evitar. Na direção radial, o carro não se move. Portanto o atrito é estático. mgN = r mvNf ee 2 == µ 215,0 1908,9 2022 = ⋅ == gr v eµ O coeficiente de atrito não depende da massa do carro. Exemplo 4 • Nas auto-estradas não se pode contar sempre com o atrito para manter o carro na curva, principalmente quando chove. Por isso as auto- estradas são inclinadas nas curvas. Suponha que um carro de massa m esteja à velocidade escalar de 20 m/s e que a pista tenha um raio de 190 m. • Para qual inclinação θ da pista o atrito é desnecessário? ef As forças que atuam sobre o carro são: força peso (para baixo), força normal (perpendicular à pista), força de atrito (ao longo da pista). A força de atrito neste caso é nula. A força resultante atua no plano horizontal, sendo dirigida para dentro do circulo. mgN =θcos r mvNsen 2 −=− θ gr v2 tan =θ °= ⋅ = 12,12 1908,9 20 arctan 2 θ Observação: a seção 6.3, “Força de Viscosidade e Velocidade Limite”, não cai na prova.
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