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RESENHA do artigo Isolamento e identificação da microbiota bacteriana de um hospital no interior do Maranhão.

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1-IDENTIFICAÇÃO DO ARTIGO
GOMES, R. N. S.; MONTE, L. R. S.; GOMES, V. T. S.; GOMES, M. S. e Lago, E. C.. Isolamento e identificação da microbiota bacteriana de um hospital no interior do Maranhão. Rev. Interdisciplinar (online), UNINOVAFAPI, v. 8, n. 3, p. 109-112, Terezina/PI; jul-set, 2015.
	
2- ANÁLISE DO ARTIGO
	O artigo estudado teve como objetivo isolar e identificar os principais agentes bacterianos do ambiente hospitalar de um hospital no interior do Maranhão. A pesquisa foi desenvolvida em um hospital da cidade de Caxias, Maranhão, onde as amostras foram coletadas com swabs umedecidos em solução fisiológica e transferidas para tubos contendo BHI para transporte. A análise das amostras foi realizada no Laboratório de Microbiologia do Centro de Estudos Superiores de Caxias, da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. A partir das amostras presentes nos tubos foram realizadas as semeaduras para o isolamento de bactérias em placas contendo o meio de cultura Ágar sangue e meio EMB sendo posteriormente o material incubado em estufa BOD a 35/37°C por 24h. Quanto à proliferação bacteriana dos ambientes hospitalares, verificou-se que 100% dos ambientes investigados possuíam bactérias potencialmente nocivas à saúde humana.
	Na introdução os autores fizeram uma dissertação sobre as bactérias e sua relação com os animais e seres humanos; as diferenças regionais no Brasil na prevenção e no controle das infecções hospitalares, onde grande parte das instituições nacionais não possuem CCIH (Comissão de Controle de Infecções Hospitalares) o que reflete na qualidade da assistência à saúde dos pacientes hospitalizados e na provável disseminação das infecções no ambiente hospitalar. Foi feito um breve histórico do surgimento da resistência bacteriana aos antibióticos, em meados dos anos de 1950, houve os primeiros registros de Staphylococcus aureus resistentes à penicilina em ambiente hospitalar, na década de 1960 surgiu o primeiro caso de resistência às recém-descobertas penicilinas-lactâmicas, como a meticilina e em 2002, nos Estados Unidos, foi descrito o primeiro caso de resistência total do Staphylococcus aureus à vancomicina.
Foi relatado que medidas eficazes na prevenção e controle da infecção hospitalar foram baseadas nos fundamentos do Ignaz Semmelweis, para o controle da infecção hospitalar em 1847, em que demonstrou a importância da lavagem das mãos para o controle da transmissão de infecções nos hospitais e nos anos seguintes tiveram auxílio de outras técnicas assépticas e antissépticas, além do uso de equipamentos de proteção individual e coletivo; finalizando citaram sobre a variedade de agentes infecciosos e resistentes existentes no ambiente hospitalar e os riscos dos pacientes em adquiri-los já que o sistema imunológico dos mesmo os deixam suscetíveis, sendo importante o hospital se responsabilizar em educar os pacientes, profissionais e visitantes, sobre prevenção e controle de tais infecções. 
	Quanto à introdução foi possível observar que foi realizada de forma bem sistemática abrangendo vários assuntos do tema proposto, porém ficou faltando um pouco de coesão em alguns parágrafos, além de ser observada, no terceiro parágrafo, uma transcrição de uma citação indireta do artigo Superfícies do ambiente hospitalar como possíveis reservatórios de bactérias resistentes: uma revisão.
	A metodologia utilizada para a identificação bacteriana foi realizada de acordo com as características morfotinturiais reveladas no esfregaço bacteriano. Os pesquisadores utilizaram a coloração de Gram. As amostras foram coletadas por meio de swab estéril embebido em caldo BHI e colocadas em tubos de ensaio contendo caldo BHI. Após colocou-se as amostras nos tubos em estufa a 35°/37°C por 24h, depois foram adicionadas 5 gotas de peróxido de hidrogênio (H2O2) nos tubos com crescimento bacteriano. Na prova de coagulase, foi colocada 700ul da suspensão bacteriana em um tubo de ensaio estéril e a ela adicionou-se 300ul de plasma de carneiro diluído, a leitura da prova foi feita em intervalos de 1, 4, 8, 12 e 24 horas. A pesquisa foi realizada nos ambientes assistenciais do hospital investigado e as amostras foram coletadas de balcões e macas dos ambientes: sala ortopédica; sala de pequenas cirurgias; serviço de pronto atendimento; sala de reanimação; consultórios médicos (02); ala de observação; UTI; unidade de terapia semi-intensiva; centro cirúrgico; enfermarias; UAN; UPR; postos de enfermagem (04); CME. Os ambientes (14) para coleta de amostras foram selecionados de acordo com o grau de complexidade de assistência à saúde, sendo coletadas duas amostras de cada ambiente para garantir maior fidedignidade dos testes.
	Em relação à metodologia esta ficou incompleta, não apresentando referência bibliográfica, há ausência da descrição do teste utilizado para identificação das espécies de bactérias Gram negativas, pois somente a identificação por coloração de Gram não é possível presumi-las, faltou descrição de algumas siglas utilizadas e a identificação que o teste que se utiliza peróxido de hidrogênio (H2O2) é o teste de catalase. 
	Nos resultados e discussão primeiro foi feito uma pequena identificação do local estudado onde mostraram que o hospital investigado na grande maioria (56%) dos pacientes atendidos é residente de Caxias, no entanto os demais (44%) são oriundos de municípios maranhenses circunvizinhos, tais como: Aldeias Altas, Codó, São João do Sóter, Parnarama, Matões e Senador Alexandre Costa. Quanto à proliferação bacteriana dos ambientes hospitalares, verificou-se que 100% dos ambientes investigados possuem bactérias potencialmente nocivas à saúde humana. O resultado foi apresentado apenas com um quadro simples onde foram expostas as principais bactérias encontradas, com os seguintes dados: consultórios e áreas menos críticas foram encontradas Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosas, Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis, já na UTI e demais áreas críticas foram encontradas apenas Pseudomonas aeruginosas e Staphylococcus aureus. Os autores observaram que os ambientes com as maiores diversidades de bactérias foram as enfermarias, onde, houve um grande contingente de bactérias. Porém, as bactérias com o potencial patogênico mais elevado foram encontradas na Unidade de Terapia Intensiva – UTI. Já o Centro Cirúrgico (CC) foi ambiente com a menor concentração de bactérias, sendo as poucas encontradas com baixo potencial patogênico.
	Na discussão foram usados alguns artigos que não se relacionavam diretamente com os resultados encontrados, além da ausência de comparação com outros estudos que tivessem a “ideia” principal parecida com o artigo estudado, que era a identificação e isolamentos dos principais agentes bacterianos de um ambiente hospitalar. Quanto à demonstração dos resultados estes, também, ficaram incompletos e incompreensíveis, devido à forma resumida como “áreas mais e menos crítica” e sem uma legenda, na parte de baixo do quadro, especificando quais eram os ambientes pertencentes a estas áreas. 
	De acordo com o quadro apresentado nos consultórios e áreas menos críticas foram encontradas todas os 4 tipos de bactérias apresentadas como principais e potencialmente nocivas à saúde humana, já na UTI e áreas mais crítica apenas 2 tipos foram encontradas, sendo o contrário do que os autores relataram, que neste setor que foram encontradas as bactérias com o potencial patogênico mais elevado. 
	Quanto à conclusão os autores observaram que o ambiente hospitalar do Hospital Geral de Caxias/MA é um ambiente de grande potencial para infecções relacionadas à assistência à saúde, uma vez que estas infecções estão relacionadas diretamente às condições do ambiente. As áreas onde se presta uma assistência direta ao paciente possuem alta disseminação bacteriana, o que coloca o paciente em situação de risco e destacaram que as enfermarias são os ambientes com as maiores diversidades de bactérias, porém em potencial patogênico as bactérias da UTI são as mais nocivas.
	Emuma análise geral sobre o artigo podemos observar que o mesmo apresenta-se muito confuso, com alguns erros na dissertação dos parágrafos fazendo com que em alguns pontos ele fique sem coesão e coerência. Apresenta muitas informações, importantes, incompletas na metodologia e nos resultados e discussão, partes estas que seriam de fundamental importância para a compreensão como um todo da pesquisa elaborada. 
3- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA, A. C. e DAMASCENO, Q. S., Superfícies do ambiente hospitalar como possíveis reservatórios de bactérias resistentes: uma revisão. Rev Esc Enferm, USP. 2010; 44(4): 1118-23.

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