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CAMPUS - BETIM APOSTILA DE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL DISCIPLINA - INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS CURSO 3º MÓDULO DE MECÂNICA 3º MÓDULO DE AUTOMAÇÃO Professor HELBERT DE SÁ 4ª edição JANEIRO/2012 CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 1 INTRODUÇÃO INSTRUMENTAÇÃO: Esta área pode ser dividida em grandes subgrupos; Instrumentos de teste e medição - abrangem a geração e a medição de grandezas eletrônicas; Instrumentos para controle de processos - abrangem os instrumentos para painel e campo, úteis na medida e no controle de grandezas físicas nos processos da Indústria de transformação; Instrumentos para análises físicas, químicas e ensaios mecânicos - ( Analítica ) abrangem os instrumentos utilizados em laboratórios de pesquisas e controle de qualidade , Instrumentos de aplicação odonto-médico-hospitalar. COMO SURGIU A INSTRUMENTAÇÃO? Como sabemos os instrumentos de hoje utilizados são frutos de pesquisas e desenvolvimento de longas datas. A título de curiosidade, vamos analisar um “instrumento” utilizado na China Antiga (Século XII D.C.). Trata-se de um regulador de canudo de palha para, beber. O relato histórico é o seguinte: “Eles bebem o vinho através de um tubo de bambu de dois ou mais pés de comprimento, em cujo interior há um obturador móvel, parecido com um peixinho feito de prata. Conviva e anfitrião compartilham o mesmo tubo. Se a bóia em formato de peixe se aproxima do furo, o vinho não virá. Assim, se alguém sugar muito lento ou muito rápido, os furos fechar-se-ão e não se poderá beber”. Em outras palavras, o dispositivo tem a função de manter uma vazão de vinho pelos participantes de uma bebedeira. Após esse período, outros inventos foram surgindo, até chegarmos na Revolução Industrial. Foi apenas mediante uma passagem pelo campo da máquina a vapor que, no fins do século XIX, o concito alcançou a consciência do mundo da engenharia. A máquina de BOULTON-WATT, admirada como sensação, rapidamente disseminou-se pela Europa. Nela a atenção focalizou-se no Governador Centrífugo com seus volantes giratórios, a demonstrar impressionante, a ação da realimentação. Por meio de elementos mecânicos adequados, este movimento é transmitido para a válvula de admissão de modo que, ao estrangular o fluxo de vapor, a velocidade é reduzida. Como nosso é o estudo da Instrumentação, vamos dar um salto histórico para o século XX, na década de 40, onde a Instrumentação Pneumática teve seu grande desenvolvimento, surgindo pela primeira vez a filosofia dos sistemas de transmissão e sala de controle centralizado. Já na década de 50, sugiram os primeiros sinais da Instrumentação Eletrônica, paralelamente a processos e sistemas de controle cada dia mais complexos. Durante a década de 60, surgem os primeiros sistemas de controle automático por computador, no meio a uma tecnologia de circuitos integrados. I n s t r u m e n t a ç ã o C o n t r o l e d e p r o c e s s o s i n d u s t r i a i s E q u i p a m e n t o s d e p r o c e s s o s i n d u s t r i a i s A t é 1 9 5 0 m a n u a l A u t o m á t i c o V a r i á v e i s f í s i c a s I n s t r u m e n t o s P n e u m á t i c o s E l e t r ô n i c o s D i g i t a l A n a l ó g i c o CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 2 1) MEDIÇÃO E ERRO 1.1 DEFINIÇÕES E PARAMETROS O processo de medição, em geral, envolve a utilização de um instrumento como o meio físico para determinar uma grandeza ou o valor de uma variável. O instrumento atua como extensão da capacidade humana e, em muitos casos, permite que alguém determine o valor de uma quantidade desconhecida, o que não seria realizável apenas pela capacidade humana sem auxílio do meio utilizado. Um instrumento pode então ser definido como o dispositivo de determinação do valor ou grandeza de uma quantidade ou variável. O instrumento eletrônico, como o próprio nome indica, realiza uma função de medição baseado em princípios elétricos ou eletrônicos. Um instrumento eletrônico pode ser um dispositivo relativamente simples, de construção fácil, como um medidor de corrente contínua. Com os avanços tecnológicos, entretanto, a demanda por medidores mais elaborados mais precisos gera novos desenvolvimentos em projetos e instrumentos e suas aplicações. Para utilizá-los inteligentemente, os usuários devem compreender seus princípios de funcionamento e saber avaliar sua adequação à aplicação que se pretende realizar. O procedimento de medição utiliza um conjunto de termos que serão definidos a seguir. Instrumento: é um dispositivo de determinação do valor de uma grandeza ou variável. Exatidão: é a medida do grau de concordância entre a indicação de um instrumento e o valor verdadeiro da variável sob medição. Precisão: é a medida do grau de reprodutibilidade da medida; i. e., para um determinado valor da variável, a precisão é a medida do grau de afastamento entre várias medidas sucessivas. Resolução: é a menor variação na variável medida que pode ser indicada pelo instrumento. Erro: é a medida do desvio entre o valor medido e o valor verdadeiro. Muitas técnicas podem ser usadas para se minimizarem os efeitos dos erros. Ao executarmos medições que requerem precisão, é recomendável que se registre uma série de observações em vez de uma única. A utilização de métodos distintos bem como de instrumentos diferentes para uma mesma experiência é uma boa técnica para aumentar a exatidão da medida. Embora essas técnicas tendam a aumentar a precisão da medida por reduzir erros aleatórios não são, todavia, capazes de eliminar os erros instrumentais. Este capítulo apresentaremos uma introdução aos vários tipos de erros em medições e aos métodos geralmente utilizados para expressá-los, em termos do valor mais confiável da variável medida. Span: ou alcance conhecido também por campo é a diferença do valor máximo e mínimo da capacidade de leitura que é expressado por um instrumento. Por exemplo se um aparelho possui uma leitura mínima de 50ºC e uma máxima de 150 ºC temos seu span de 100ºC. Range: Campo de medida. Representação da escala vista pelo instrumento. Por exemplo se um aparelho possui uma leitura mínima de 50ºC e uma máxima de 150 ºC temos seu span de 50ºC-150ºC. Em porcentagem do alcance. Ex: um instrumento com range de 50–150 ºC está indicando 80 ´C e sua precisão é de + ou – 0,5%para calcularmos o range aceitável de indicação do mesmo, devemos fazer o seguinte cálculo. 80ºC + ou – 0,5 x (100/100) = 80ºC+0,5 ºC assim a indicação deverar estar dentro da faixa: 79,5 ºC – 80,5 ºC Diretamente em unidades de variável. Ex: Precisão de + ou – 2 ºC. Em porcentagem do valor medido. Ex: Se o comprimento da escala de um instrumento fosse de 30 cm, com range de 50 a 150 ºC e precisão de + ou – 1%, teríamos uma tolerância de + ou – 0,3 cm na escala do instrumento . Podemos ter a precisão variando ao longo da escala de instrumento, podendo o fabricante indicar seu valor em algumas faixas de escala do instrumento. Ex: Um manômetro pode ter a precisão de + ou – 1% em todo seu range e ter na faixa central de sua escala uma precisão de + ou – 0,5%. Erro estático e dinâmico: Estático em condiçõesde regime permanente enquanto o dinâmico o erro varia consideralvelmente devido os instrumentos terem características comuns aos sistemas físicos: Absorvem energia do processoe a transferencia requer tempo para ser transmitida. CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 3 Zona morta: Campo de valores que a variável não irar mudar a indicação do sinal. O instrumento não produz resposta. Sensibilidade: é a razão entre a intensidade do sinal de saída, ou resposta, do instrumento e a intensidade do sinal de entrada, ou variável sob medição. Podemos definir como sendo o maior valor de erro estático que um instrumento possa ter ao longo de sua faixa de trabalho Em razão da leitura e do incremento da variável que ocasiona a leitura a senssibiidade do instrumento que será o valor que irá indicar o menor incremento da variável. Repetibilidade: Capacidade do instrumento reproduzir as mesmas posições de leitura da variável para o instrumento. O instrumento deverá repetir os mesmos valores obtidos anteriormente nas mesmas condições de temperartura. Seu valor é dado em porcentagem. +- 0,1%. Confiabilidade: Medida da probabilidade de que o instrumento continue comportando dentro dos limites especificados por seu erro ao longo da escala e por um tempo determinado. Linearidade: Aproximação da curva de calibração ou de uma reta especificada. Estabilidade: Capacidade de um instrumento manter seu comportamento durante sua via útil. Temperatura de serviço: Campo de temperatura na qual se espera que se trabalhe dentro dos limites de erro especificados. CÁLCULOS DE MÉDIAS E ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS É costumeiro registrarmos uma medição com todos os dígitos que nos possibilita aproximar ao máximo do valor verdadeiro. Por exemplo, a indicação de um voltímetro é 117,1V. Isto indica que a tensão lida pelo observador é mais próxima de 117,1 V do que de 117,0 V ou 117,2 V. Outra maneira de expressar este resultado é através do erro possível. A tensão de 117,1 V pode ser expressa como 117,1 ± 0,05 V, significando que na verdade ela está contida no intervalo compreendido entre 117,05 V e 117,15 V. Quando várias medições independentes são feitas com o intuito de se obter a melhor resposta (o mais próximo possível do valor verdadeiro), o resultado pode ser expresso pela média aritmética dos resultados obtidos, associada a uma faixa de erros possíveis como o máximo desvio da média. O Exemplo 1.1 esclarece melhor. EXEMPLO 1.1 Quatro observadores distintos fizeram quatro medidas independentes de tensões e obtiveram 117,02V, 117,11V, 117,08V e 117,03 V. Calcule (a) a tensão média; (b) a faixa de erro. SOLUÇÃO: (a) Tensão média = (V1 + V2 + V3 + V4) / N = (117,02 + 117,11 + 117,08 + 117,03) / 4= 117,06V (b) Faixa de erro = Vmáx - Vmed = 117,11 - 117,06 = 0,05V Portanto Vmed - Vmím = 117,06 - 117,02 = 0,04 V Faixa de erro média = (0,05 + 0,04)/2= +- 0,045 = +- 0,05 Quando dois ou mais resultados de medições com graus diferentes de exatidão são acrescentados, o resultado é tão exato quanto o menos exato dos dois. Veja o Exemplo 1.2 a seguir. EXEMPLO 1.2 Dois resistores, R1 e R2, são ligados em série. Através de um multímetro digital, foram obtidos os seguintes valores de resistência: R1 = 18,7 Ω e R2 = 3,624 Ω. Calcule a resistência total e expresse o resultado com o número correto de algarismos significativos. SOLUÇÃO: R1 = 18,7 Ω (três algarismos significativos) R2 = 3,624 Ω (quatro algarismos significativos) Rtotal = R1 + R2 = 22,324 Ω (cinco algarismos significativos) A resposta correta é Rtotal = 22,3 Ω. CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 4 Os algarismos duvidosos são o 7 de R1, o 4 de R2, e os três últimos algarismos da resistência total. isto é, 3, 2 e 4. Não há razão alguma para que sejam retidos os dois últimos dígitos da soma (o 2 e o 4). Porque uma das resistências só é exata até a primeira casa decimal, isto é, décimos de Ohm. O resultado deve então ser expresso com apenas três algarismos siginificativos, ou seja, 22,3 Ω. O número de algarismos significativos em uma multiplicação pode aumentar rapidamente, mas apenas o número apropriado deve ser retido no resultado final, como ilustrado no Exemplo 1.3. EXEMPLO 1.3 Para cálculo da queda de tensão em uma resistência de 35,68, é registrada uma corrente de 3,18A. Calcule a queda de tensão no resistor com o número adequado de algarismos significativos. SOLUÇÃO V = R x I = (35,68) . (3,18) = 113,4624 113V Como o máximo de três algarismos significativos comparece no fator corrente, a resposta só pode ser dada com um número de três algarismos significativos. No Exemplo 1.3, a corrente, I, possui três algarismos significativos e a resistência, R, quatro; o resultado da multiplicação é então apresentado com três significativos. Isto mostra que a resposta não pode ser conhecida com maior exatidão do que a do fator menos bem definido. Observe ainda que, se dígitos extras são acumulados na resposta, eles devem ser abandonados ou arredondados. Normalmente, se o dígito menos significativo a ser descartado é menor que cinco, ele e os dígitos seguintes são abandonados. Isto ocorreu no Exemplo 1.3. Se o dígito menos significativo a ser descartado for igual ou maior que cinco, o dígito anterior deve ser aumentado de uma unidade. Para uma precisão de três dígitos, portanto, 113,46 deve ser arredondado para 113; e 113,74 para 114. A soma de algarismos com uma faixa de incerteza é ilustrada no Exemplo 1.4 a seguir. EXEMPLO 1.4 Obter a soma de 826 ± 5 com 628 ± 3. SOLUÇÃO N1 826 ± 5 (= ±0,605%) N2 628 ± 3 (= ±0,477%) Soma 1454 ± 8 (= ±0,55%) Observe, no exemplo acima, que as partes duvidosas são somadas, uma vez que o sinal ± significa que um número pode ser alto e o Outro baixo. A pior combinaçáo possível das faixas de incertezas deve ser considerada na resposta. As incertezas percentuais nas parcelas originais N1, e N2 não diferem muito de incerteza percentual no resultado final. Se subtrairmos N2, de N1, conforme o Exemplo 1.5, poderemos fazer uma comparação interessante entre a adição e a subtração a respeito da faixa de incerteza. EXEMPLO 1.5 Subtrair 628 ± 3 de 826 ± 5 e expressar a faixa de incerteza como percentual. SOLUÇÃO N1= 826 ± 5 (= ±0,605%) N2 = 628 ± 3 (= ±0,477%) Diferença = 198 ± 8 (‘ ±4,04%) De novo, no Exemplo 1.5, incertezas foram adicionadas pelas mesmas razões daquelas do Exemplo 1.4. Comparando estes dois últimos exemplos, note que as precisões dos resultados, quando expressos em percentagens, diferem consideravelmente. O resultado final da subtração mostra um grande acréscimo na incerteza percentual em comparação com a incerteza percentual da adição. Este percentual crescerá mais ainda se a diferença entre os números for pequena. Considere o Exemplo 1.6. EXEMPLO 1.6 Subtraia 437 ± 4 de 462 ± 4 e expresse a incerteza percentual. SOLUÇÃO N1 = 462 ± 4 ( = ± 0,87%) N2 = 437 ± 4 ( = ± 0,92%) Diferença = 25 ± 8 (= ± 32%) O Exemplo 1.6 ilustra claramente que as técnicas de medições dependentes de subtrações devem ser evitadas porque a faixa de incerteza no resultado final pode ser bastante elevada. CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃOE CONTROLE 5 1.2 TIPOS DE ERROS Não é possível fazer uma medição cujo resultado seja absolutamente exato, mas é importante conhecer-se qual é o grau de exatidão da medida e como os diferentes tipos de erros afetam a medição. Um estudo de erros é o primeiro passo para obterem-se meios de reduzi-los. Tal estudo também permite determinar o grau de exatidão do resultado final. Erros originam-se em fontes diversas, e podem ser classificados em três grandes categorias: Erros grosseiros: em grande parte erros humanos, como leituras incorretas, ajustes e aplicações incorretas de instrumentos, e erros computacionais. Erros sistemáticos: falhas dos instrumentos, como aquelas devidas a componentes defeituosos ou desgastados, e efeitos ambientais sobre o equipamento ou o usuário. Erros aleatórios: são aqueles provocados por fenômenos que não podem ser diretamente estabelecidos ou identificados por serem de natureza aleatória como as variações em parâmetros ou mudanças ocorridas no sistema de medições. Cada uma destas classes de erros será discutida e serão apresentadas sugestões para sua redução ou eliminação. 1.2.1 ERROS GROSSEIROS Esta classe de erros abrange, principalmente, os erros humanos nas leituras de escalas e na utilização dos instrumentos, e erros em cálculos e registros de resultados. Sempre que seres humanos estiverem envolvidos, alguns erros grosseiros, inevitavelmente ocorrerão. Embora sua eliminação total seja impossível, deve-se tentar preveni-los e corrigi-los, Alguns erros grosseiros podem ser facilmente detectados; outros podem ser sutis. Um erro comum, cometido amiúde por principiantes, em trabalhos de medições, é o uso incorreto de um instrumento. Em geral, instrumentos indicadores mudam as condições do circuito nos quais foram inseridos, de forma que o valor medido é alterado pelo método utilizado. Erro de Paralaxe é resultante de um incorreto posicionamento do usuário em relação ao instrumento, originado em função de formar-se um ângulo incorreto entre a linha de visão do usuário e uma reta perpendicular à escala de medição do aparelho. Erro de Interpolação esse erro se origina em função do posicionamento do ponteiro em relação à escala de medida do instrumento. O leitor pode observar que o ponteiro acusa uma posição incerta entre dois valores conhecidos, a qual necessariamente não é o ponto médio destes, ficando a critério do observador, em função da proximidade, definir o valor correspondente ao traço da esquerda ou da direita. EXEMPLO 1.7 Um voltímetro, 1000 Ω/V, indica 100 V na escala de (0-150) V quando ligado em paralelo com um resistor de valor desconhecido, o qual se encontra ligado em série com um miliamperímetro. Se o miliamperímetro indica 5 mA, calcule (a) a resistência aparente do resistor desconhecido; (b) a resistência real do resistor desconhecido; (c) o erro devido ao efeito de carga do voltímetro. SOLUÇÃO (a) A resistência total do circuito é dada por Rtotal = Vtotal/Itotal = 100V/5mA = 20 KΩ Desprezando a resistência do miliamperíinetro, o valor da resistência desconhecida é R = 20 kΩ. (b) A resistência do voltímetro é RV = (1.000 ΩV) x 150V = 150 kΩ Como o voltímetro está em paralelo com a resistência desconhecida, podemos escrever Rx = Rt . Rv / Rv - Rt = 20 x 150 / 150 - 20 = 23,05 (c) Erro percentual = real - aparente / real x 100% = 23,5 - 20 / 23,05 x 100% = 13,23% EXEMPLO 1.8 Repita o exercício do exemplo anterior com o miliamperímetro e o voltímetro indicando 800 mA e 40 V, respectivamente. SOLUÇÃO (a) Rt = Vt / It = 40 V / 0,80 A = 50 Ω (b) Rv = 1.000 Ω/V x 150 V = 150 kΩ Rx = RtRv / Rv - Rt = 50 x 150 / 149,95 = 50,1 Ω (e) Erro percentual = 50,1 - 50 / 50,1 x 100% = O,2% Um erro grosseiro ocorrerá quando a escala de leitura não corresponder àquela definida pelo seletor de campos ou faixas. Também haverá erro grosseiro se o instrumento nâo for ajustado em zero antes do processo de CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 6 medição ocorrer. Neste caso, todas as indicações serão falsas. Erros desta natureza não podem ser tratados matematicamente. Eles apenas podem ser evitados através de cuidados do operador ao ler e registrar os resultados. Um procedimento adequado requer mais de uma leitura da mesma grandeza, preferencialmente leituras feitas por diferentes observadores. Jamais devemos confiar em apenas uma leitura; devemos, pelo menos, fazer três leituras, e se possível desligar o instrumento entre uma leitura e outra. 1.2.2 ERROS SISTEMÁTICOS Este tipo de erro é geralmente dividido em duas categorias, Erros instrumentais, definidos como falhas dos instrumentos; Erros ambientais, devidos às condições externas que afetam a medição. Erros instrumentais são erros inerentes aos instrumentos de medição em virtude da sua estrutura mecânica. Erros instrumentais podem ser evitados por: Seleção de uro instrumento adequado à aplicação; Splicação de fatores de correção depois de determinado o grau de erro instrumental; Calibração de um instrumento mediante uma referência-padrão. Erros ambientais são aqueles devidos às condições externas ao dispositívo de medição, incluindo o meio circundante, como as variações de temperatura, umidade, pressão ou campos elétricos e magnéticos. Alterações na temperatura ambiente causam mudanças nas propriedades elásticas da mola em mecanismos de bobinas móveis, afetando a indicação do instrumento. Medidas para corrigir tais efeitos incluem a utilização de ar condicionado, o encapsulamento total de certos componentes o uso de blindagens magnéticas e coisas semelhantes. Os erros sistemáticos ainda podem ser divididos em erros estáticos e erros dinâmicos. Erros estáticos são causados pelas limitaçóes do dispositivo de medição ondas leis físicas que regem o seu comportamento. Um erro estático é introduzido em um micrômetro se um torque excessivo for aplicado a seu eixo. Os erros dinámicos são causados pelo atraso de um instrumento ao responder a uma mudança da variável medida. 1.2.3 ERROS ALEATÓRIOS Estes erros são devidos a causas desconhecidas, e ocorrem mesmo que todos os erros sistemáticos tenham sido levados em conta. Em experimentos bem planejados, poucos são os erros aleatórios, mas eles são relevantes em trabalhos de alta exatidão. Suponha que uma tensão esteja sendo monitorada por um voltímetro de 30 em 30 minutos. Mesmo que o instrumento esteja operando em condições ideais e esteja bem calibrado, verificar-se-á que as indicações variam ligeiramente ao longo do período de observação. Tais variações não podem ser corrigidas por método algum de calibração e também não são passíveis de serem explicadas sem uma investigação minuciosa. O único meio de compensar estes erros é pelo aumento do número de leituras e da análise estatística para que se obtenha a melhor aproximação possível do valor verdadeiro da grandeza sob medição. Lista de exercícios Nº. 1 – Medição e Erro 1- Qual a diferença entre Exatidão e precisão. 2- Qual a diferença entre Zona morta e Sensibilidade. 3- Desenhe um indicador analógico de temperatura com leitura mínima de 150º C e máxima de 650º C. 4- Qual o SPAN do instrumento da questão anterior. 5- Qual o Range do instrumento da questão anterior. 6- Qual a exatidão do instrumento da questão anterior se ele indicou 247ºC. Se o valor correto for 249ºC. 7- Desenhe um indicador de pressão com leitura mínima de 0 p.s.i e máxima de 10 p.s.i. com resolução de 0,5 p.s.i. CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de SáINSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 7 8- Se o indicador anterior fez uma leitura de um processo e encontrou 2 p.s.i e admitindo que nenhuma variável mudou neste processo mas o mesmo marcou 2,5 p.s.i isto ocorreu porque? Justifique sua resposta. 9- Desenhe um instrumento com escala linear de 0 a 100 com resolução de 10. 10- Desenhe um instrumento com escala quadrática de 0 a 100 com resolução de 25. 11- Um operador ao ler o valor de uma variável não posicionando perpendicularmente ao instrumento poderá cometer qual tipo de erro. Justifique 12- Um determinado valor indicado por um instrumento analógico está entre 25 e 26 se um usuário falar que o valor é de 25 pode-se afirmar que o usuário poderá cometer qual tipo de erro. Justifique 13- Defina erro sistemático. 14- Dê um exemplo prático de erro sistemático. 15- Defina erro aleatório. 16- Dê um exemplo prático de erro aleatório. CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 8 2) UNIDADES FUNDAMENTAIS E UNIDADES DERIVADAS Para especificar e executar cálculos envolvendo variáveis físicas é necessário que sejam definidas a natureza e a grandeza, ou amplitude, da variável física em questão. A medida-padrão de cada tipo de grandeza física é a unidade; o número de vezes que a unidade comparece no valor total da grandeza (ambas: unidade e grandeza total, da mesma natureza) define um número que é o resultado da medição ou medida. Por exemplo, quando falamos em uma distância de 100 metros, sabemos que o metro é a unidade da medição de distância, e que o número 100 é o número de vezes que a unidade comparece na medição da referida distância de 100 metros. Portanto a grandeza física comprimento tem uma unidade de medição que é o metro. Sem a presença da unidade (1m), o número 100 não tem significado físico algum. Na prática dois tipos de unidades são utilizados: as unidades fundamentais e as unidades derivadas. Em mecânica, as unidades fundamentais são as de comprimento, massa e tempo. O valor das unidades, seja metro ou polegada, quilograma ou libra, segundo ou hora, é arbitrário e deve ser selecionado de acordo com as circunstâncias. Como, não apenas em Mecânica, o comprimento, a massa e o tempo são fundamentais para a definição de outras variáveis, elas são, por isso, chamadas unidades fundamentais primárias. Medidas de certas variáveis físicas em disciplinas envolvendo calor, eletricidade e iluminação também são representadas por unidades fundamentais. Como essas unidades são usadas apenas nestes campos particulares, elas são definidas como unidades fundamentais auxiliares. Todas as outras unidades que podem ser expressas em termos das unidades fundamentais são chamadas unidades derivadas. Por conveniência, novos nomes são dados a algumas unidades derivadas. Como exemplo, o newton (N) é o nome dado à unidade de força em vez de kg.m/s², no Sistema Internacional de Unidades (SI). SISTEMAS DE UNIDADES Sistema universal de pesos e medidas que não fosse baseado em padrões desenvolvidos pelo homem, mas, em vez disso, por um sistema baseado em padrões permanentes fornecidos pela natureza. Assim, escolheram o metro como unidade de comprimento, definido como a décima milionésima parte da distância do pólo ao equador, ao longo do meridiano que passa por Paris. Como unidade de massa eles escolheram 1 (um) centímetro cúbico de água a 4 ºC e pressão atmosférica de 760 mm Hg, à qual deram o nome de grama. Como unidade de tempo, eles mantiveram o tradicional segundo, definido como 1/86.400 da duração do dia solar médio. Como segundo princípio, as outras unidades deveriam ser derivadas das três unidades fundamentais previamente referidas, i.e., comprimento, massa e tempo. Em seguida — o terceiro princípio — propuseram que todos os múltiplos e submúltiplos das unidades básicas fossem baseados no sistema decimal; e ainda sugeriram um conjunto de prefixos ainda hoje em uso. O Quadro 2.1 apresenta uma lista de múltiplos e submúltiplos decimais. QUADRO 2.1 Múltiplos e Submúltiplos Decimais Nome Símbolo Equivalente tera T 10¹² giga G 109 mega M 106 kilo k 10³ hecto h 10² deca da 10 deci d 10-¹ centi c 10-² mili m 10-³ micro µ 10-6 nano n 10-9 pico p 10-12 femto f 10-15 ato a 10-18 QUADRO 2.2 Grandezas, Unidades e Símbolos SI Básicos Grandeza Unidade Símbolo Comprimento metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Corrente elétrica ampère A Temperatura termodinâmica kelvin K Intensidade luminosa candela cd Um sistema mais abrangente foi adotado em 1954, e estruturado e reconhecido em 1960 através de uma convenção internacional. Ficou conhecido com o nome de Sistema Internacional de Unidades (SI), no qual seis unidades básicas são utilizadas: o metro, o quilograma, o segundo e o ampère do sistema MKSA. Acrescentados a CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 9 essas quatro unidades foram o kelvin e a candela, unidades de temperatura e intensidade luminosa, respectivamente. O SI vem substituindo outros sistemas de unidades em ciência e tecnologia em muitos países, sendo hoje de uso obrigatório na própria França. As unidades básicas do SI e seus símbolos estão listados no Quadro 2.2. 2.1 UNIDADES ELÉTRICAS E MAGNÉTICAS Antes de listar as unidades do Sistema Internacional (SI), às vezes chamado de Sistema Internacional MKS, é importante apresentarmos um breve histórico sobre as unidades das grandezas elétricas e magnéticas. As unidades elétricas e magnéticas práticas que nos são familiares, como o Volt, o Àmpere, o Ohm, o Henry etc., foram inicialmente obtidas dentro do sistema de unidades COS. O sistema CGS eletrostático (CGSe) é baseado na lei das forças entre duas cargas elétricas, obtida experimentalmente por Coulomb. A lei de Coulomb estabelece que F = k (Q1.Q2) / r² (2.1) onde F = força entre duas cargas, expressas em unidades CGS e de força (g.cm/s² = 1 dina) k = constante de proporcionalidade Q1 e Q2 = cargas elétricas, expressas em unidades de carga elétrica (derivadas) no sistema CGSe (statcoulomb) r = distância entre as cargas, expressa em unidades CGSe fundamentais de comprimento (centímetro) Coulomb também descobriu que o fator de proporcionalidade k depende do meio, variando inversamente com sua permissividade ε. (Faraday chamou a permissividade de constante dielétrica). A lei de Coulomb então assumiu a forma F = 1/ ε . Q1.Q2 / r² (2.2) Como e é um valor numérico dependendo apenas do meio, o valor 1 foi arbitrado para a permissividade no vácuo, ε0, definido então como a quarta unidade fundamental do CGSe. A lei de Coulomb tornou possível determinar a carga elétrica Q em termos das quatro unidades fundamentais, de acordo com a relação dina = g cm / s² = Q² / (ε0 = 1) cm² e, portanto, dimensionalmente, [Q] = cm3/2 . g1/2 . s-1 (2.3) A unidade de carga elétrica no sistema COS e foi chamada statcoulomb. A unidade derivada de carga elétrica no CGSe possibilitou a determinação das outras unidades elétricas através de suas respectivas equações. Por exemplo, a corrente elétrica (I) é definida como a taxa de fluxo de cargas elétricas e é expressa como I = dQ / dt (statcoulomb/s) (2.4) A unidade de intensidade de corrente elétrica no sistema CGSe é chamada statampère. As unidades de intensidade de campo elétrico (E), diferença de potencial (V), e capacitância (C), podem,da mesma forma, ser obtidas a partir de suas equações fundamentais. O sistema CGS eletromagnético (CGSm) foi fundamentado na lei de Coulomb da força entre dois pólos magnéticos, obtida experimentalmente, a qual estabelece que F = k. (m1m2) / r² (2.5) O fator de proporcionalidade, k, depende do meio nos quais os pólos (m1 e m2) estão inseridos, variando inversamente com a permeabilidade magnética µ do meio. Foi arbitrado o valor 1 para a permeabilidade magnética no vácuo, µ0. Assim, k = l/ µ0 = 1. Desta forma, a permeabilidade magnética no vácuo, tornou-se a quarta unidade fundamental do sistema CGSm. A unidade derivada de intensidade de pólo magnético (m)* foi então definida em termos das quatro unidades fundamentais do CGSm através da relação: dina = g cm / s² = m² / (µ0 = 1) cm² (2.6) e assim, dimensionalmente, m = cm3/2 x g1/2 x s-1 (2.3) A unidade de intensidade de pólo magnético no sistema CGSm possibilitou a determinação de outras unidades magnéticas através de suas equações fundamentais. A densidade de fluxo magnético (B), por exemplo, é definida como a força magnética por unidade de intensidade polar, onde ambos, a força e a intensidade polar, são unidades derivadas do sistema CGSm. Dimensionalmente, B é dado por cm-1/2 x g1/2 x s-1 (dina. segundo/abcoulomb. centímetro) e é chamado de gauss. Da mesma forma, outras unidades magnéticas podem ser obtidas de suas equações: à unidade de fluxo magnético (ф) CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 10 Damos o nome de maxwell; à unidade de intensidade de campo magnético (H) chamamos oersted; e a unidade de força magnetomotriz (U) é Gilbert. Os dois sistemas CGS foram unificados pela descoberta de Faraday de que o movimento de um ímã pode induzir corrente elétrica em um condutor, e que cargas móveis podem produzir efeitos magnéticos. A lei de Ampère para o campo magnético relaciona corrente elétrica (I) e intensidade de campo QUADRO 2.3 Unidades Elétricas e Magnéticas Unidade SI Fatores de conversão Grandeza e símbolo Nome Símbolo Equação básica* CGSm CGSeb Corrente elétrica, I ampère A Fz = 10-7.I² . dN dz 10 10/c Força eletromotriz, E volt V p = IE 10-8 10-8c Potencial, V volt V P = IV 10-8 10-8c Resistência, R ohm Ω R = V/I 10-9 10-9 Carga elétrica, Q coulomb C Q = It 10 10/c Capacitância, C farad F C = Q/V 109 10-9/ c² Intensidade de campo elétrico, E — V/m E = V/l 10-6 10-6c Deslocamento elétrico, D — C/m2 D = Q/1² 105 10-5/c Permissividade, ε — F/m ε = D/E — 10-11/4 πc² Intensidade de campo magnético, H — A/m ф H dl = nI 103/4 — Fluxo magnético, ф weber Wb E = d ф /dt 10-8 — Densidade de fluxo magnético, B tesla T B = ф /l² 10-4 — Indutância, L, M henry H M = ф / I 10-9 — Permeabilidade magnética, µ — H/m µ = B/H 4 π x 10-7 — c= velocidade da luz no vácuo = 2,997925 x 108 m/s. Como não há concordância perfeita entre as dimensões dos dois sistemas, fatores de conversão foram introduzidos. Os dois sistemas formaram, assim, um sistema prático de unidades elétricas, adotado oficialmente no Congresso Internacional de Eletricidade. 1 ohm internacional = 1,00049Ω (unidades CGSm prática) 1 ampère internacional = 0,99985 A 1 volt internacional = 1,00034 V 1 coulomb internacional = 0,99985 C 1 farad internacional = 0,99951 F 1 henry internacional = 1,00049 H 1 watt internacional = 1,00019 W 1 joule internacional = 1,00019 J O Quadro 2.3 apresenta detalhes a respeito de unidades elétricas e magnéticas e as relações que as definem. Os fatores para conversão ao SI são apresentados nas colunas CGSm e CGSe. 2.2 SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES O sistema internacional MKSA de unidades foi adotado em 1960 na Décima Primeira Conferência Geral de Pesos e Medidas, com o nome Sistema Internacional de Unidades (Système International d’Unités— SI). O SI vem substituindo todos os Outros sistemas de unidades e, por causa de sua ampla aceitação, todos os outros sistemas vêm sendo condenados à obsolescência. QUADRO 2.4 Unidades Fundamentais, Derivadas e Suplernentares Grandeza Símbolo Dimensão Unidade Símbolo da unidade Fundamentais Comprimento l L metro m Massa m M quilograma kg Tempo t T segundo s Corrente elétrica I I ampère A Temperatura termodinâmica T º kelvin K Intensidade luminosa candela cd Suplementaresª Ângulo plano α,β,γ [L]º radiano rad Ângulo sólido Ω [L²]º esteradiano sr CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 11 Derivadas Área A L² metro quadrado m² Volume V L³ metro cúbico m³ Freqüência F T-1 hertz Hz (1/s) Densidade Ρ L-3M quilograma por metro cúbico kg/m³ Velocidade υ LT-1 metro por segundo m/s Velocidade angular ω [L]ºT radiano por segundo rad/s Aceleração a LT-2 metro por segundo quadrado m/s² Aceleração angular α [L]ºT-2 radiano por segundo quadrado rad/s² Força F LMT-2 newton N (kg m/s²) Pressão P L-1MT-2 newton por metro quadrado N/m² Trabalho, energia W L2MT-2 joule J (N.m) Potência P L2MT-3 watt W (J/s) Carga elétrica Q TI coulomb C (As) Diferença de potencial, força eletromotriz V L2MT-3I-1 volt V (W/A) Campo elétrico E, ε LMT-3 I-1 volt por segundo V/m Resistência elétrica R L2MT-3I2 ohm Ω (V/A) Capacitância elétrica C L-2M-1T4I2 farad F (As/V) Fluxo magnético L2MT-2I-1 weber Wb (v s) Campo magnético H L-1I ampère por metro A/m Densidade de fluxo magnético B MT-2I-1 tesla T (Wb/m²) Indutância L L2MT-2I2 henry H ( Vs/A) Força magnetomotriz U I ampère A Fluxo luminoso - - lúmen lm (cd sr) Luminância - - candela por metro quadrado cd/m² Iluminação - - lux lx (lm/m²) As seis umidades fundamentais SI estão apresentadas no Quadro 2.2. As outras unidades derivadas dessas fundamentais estão expressas em termos das seis unidades básicas, e são obtidas de equações básicas. O Quadro 2.3 apresenta alguns exemplos. O Quadro 2.4 reúne as unidades fundamentais, as unidades derivadas e as unidades suplementares SI recomendadas pela Conferência Geral. A primeira coluna do Quadro 2.4 mostra as grandezas (fundamentais, derivadas e suplementares). A segunda coluna mostra o símbolo operacional de cada unidade. A terceira coluna mostra os símbolos dimensionais para cada unidade derivada em termos das seis unidades fundamentais. A quarta coluna apresenta o nome de cada unidade; a quinta, o símbolo da unidade. O símbolo operacional da unidade não deve ser confundido com o símbolo da grandeza; por exemplo, o símbolo operacional de resistência o é o R, mas o símbolo da unidade (ohm) é o Ω. 2.3 OUTROS SISTEMAS DE UNIDADES O sistema inglês de unidades utiliza o pé (ft), a libra (lb), e o segundo (s) como unidades fundamentais de comprimento, massa e tempo, respectivamente. Embora as medidas de comprimento e peso sejam legadas ao período de ocupação romana na Inglaterra, com definições pouco precisas, a polegada (1/12 do pé) foi fixada com o valor exato de 25,4 mm. Da mesma forma, uma libra corresponde a 0,45359237 kg. QUADRO 2.5 Conversão de Unidades do Sistema Inglês ao Sistema Internacional Grandeza Unidade inglesa Símbolo Equivalente métrico Recíprocos Comprimento 1 pé 1 polegada ft in. 30,48 cm 25,4 mm 0,0328084 0,0393701 Área 1 pé quadrado 1 pol. Quadrada ft² in.² 9,29030 x 10² cm² 6,4516 x 10² mm² 0,0107639 x 10-2 0,155000 x 10-2 Volume 1 pé cúbico ft3 0,0283168 m3 35,3147 Massa 1 libra lb 0,45359237kg 2,20462 Densidade 1 libra/pécúbico lb/ft3 16,0185 kg/m3 0,062428 Velocidade 1 pé por segundo ft/s 0,3048 m/s 3,28084 Força 1 libra-força lbf (pdl) 0,138255 N 7,23301 Trabalho,energia 1 pé, libra-força ft. pdl 0,0421401 J 23,7304 Potência cavalo-vapor hp 745,7W 0,00134102 Temperatura grau Fahrenheit ºF 5 (t - 32)/9ºC — Estes dois fatores permitem que todas as unidades inglesas possam ser convertidas em unidades SI. Todas as unidades derivadas podem ser calculadas via equações dimensionais do Quadro 2.4, com base nessas três unidades fundamentais. Por exemplo, a unidade de densidade pode ser expressa como lb/ft3, e a unidade de aceleração como ft/s². A unidade de força no sistema inglês é a libra-força (lbf) e é a força necessária para acelerar a massa de 1 (uma) libra à razão de 1 ft/s². A unidade de trabalho ou energia é, portanto, ft.lbf (ft.pdl). CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 12 Vários outros sistemas foram propostos e utilizados em várias partes do mundo. O MTS (metro-tonelada- segundo), urna réplica do sistema CGS (centímetro-grama-segundo), foi especialmente concebido na França para melhor se adequar às aplicações de engenharia. Sistemas gravitacionais definem como a segunda unidade fundamental, o peso de uma massa, isto é, a força pela qual uma massa é atraída à Terra pela sua gravidade. Diferentemente dos sistemas gravitacionais, os chamados sistemas absolutos, tomo o CGS e o SI, utilizam a medida de massa como a segunda unidade fundamental, sendo o valor da massa independente da atração gravitacional. O Quadro 2.5 mostra algumas conversões do sistema inglês, o qual ainda é bastante usado na Inglaterra e no EUA, ao SI. 2.4 CONVERSÕES DE UNIDADES Freqüentemente fazemos conversões de unidades de um sistema para outro. Ficou estabelecido que a expressão de urna grandeza física depende da unidade de medida e de um número que expresse quantas vezes a unidade comparece naquela grandeza. As equações dimensionais são bastante adequadas para o processo de conversão de unidades. O método de conversão de unidades é ilustrado, a seguir, por vários exemplos com aumento gradativo de complexidade. EXEMPLO 2.1 A área do andar térreo de um prédio é de 5.000 m². Calcule esta área em ft². SOLUÇÃO Para converter 1 m² em 1 ft², buscamos no Quadro 2.5 a relação entre pés e centímetros. Obtemos: 1 ft = 30,48 cm = 0,3048 m. Assim, 1 ft = 0,3048 m. Portanto A = 5.000 m² x ( 1 ft / 0,3048 m)² = 53,820 ft² EXEMPLO 2.2 Uma densidade de fluxo no Sistema CGS é expressa como 20 maxwells/cm², Calcule a densidade de fluxo em linhas/polegadas². (OBSERVAÇÃO 1 maxwell =1 linha.) SOLUÇÃO B = 20 maxwells / cm² x (2,54 cm / pol)² x 1 linha / 1 maxwell = 129 linhas/pol² EXEMPLO 2.3 A velocidade da luz no vácuo é dada por 2,997925 x 108 m/s. Expresse a velocidade da luz em km/hora. SOLUÇÃO c = 2,997925 x 108 m/s x 1km/103 m x 3,6 x 103 s / 1h = 10,79 x 108 km/h EXEMPLO 2.4 Expresse a densidade da água, 62,5 lb/ft3 em (a) lb/pol3; (b) g/cm3 SOLUÇÃO (a) Densidade = 62,5 lb / ft3 x 1 ft / 12 pol = 3,62 X 10-2 lb/pol3 (b) Densidade = 3,62 X 10-2 lb/pol3 x 453,6 g / 1 lb x (1pol/2,54 cm) 3 = 1 g/cm3 EXEMPLO 2.5 A velocidade máxima permitida em uma rodovia é 60 km/hora. Calcule a velocidade em (a) milhas/hora; (b) ft/s. SOLUÇÃO (a) Vmax = (60 km/h) x (1 milha/1.61 km) = 37,3 milhas/hora (b) Vmax = (37,3 mi/h) (5280 ft / 1mi x 1h / 3,6 x 103s) = 54,7 ft/s TABELA I - PREFIXOS SI Nome Símbolo Fator pelo qual a unidade é multiplicada exa peta tera giga mega quilo hecto deca deci centi mili micro nano pico femto atto E P T G m k h da d c m μ n p f a 1018 = 1 000 000 000 000 000 000 1015 = 1 000 000 000 000 000 1012 = 1 000 000 000 000 109 = 1 000 000 000 106 = 1 000 000 103 = 1 000 102 = 100 10 10-1 = 0,1 10-2 = 0,01 10-3 = 0,001 10-6 = 0,000 001 10-9 = 0,000 000 001 10-12 = 0,000 000 000 001 10-15 = 0,000 000 000 000 001 10-18 = 0,000 000 000 000 000 001 CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 13 Observações Por motivos históricos, o nome da unidade SI de massa contém um prefixo; excepcionalmente e por convenção, os múltiplos e submúltiplos dessa unidade são formados pela adjunção de outros prefixos SI à palavra grama e ao símbolo g. Os prefixos desta Tabela podem ser também empregados com unidades que não pertencem ao SI..Sobre os símbolos de unidade que têm prefixo e expoente. As grafias fento e ato serão admitidas em obras sem caráter técnico. UNIDADES GEOMÉTRICAS E MECÂNICAS UNIDADES grandezas nome símbolo definição Comprimento metro m Comprimento igual a 1 650 763,73 comprimentos de onda, no vácuo, de radiação correspondente a transição entre os níveis 2p10 e 5d5 do átomo de criptônio 86. Área metro quadrado m2 Área de um quadrado cujo lado tem 1 metro de comprimento Volume metro cúbico m3 Volume de um cubo cuja aresta 1 metro de comprimento Ângulo plano radiano rad Ângulo central que subtende um arco de circulo de comprimento igual ao do respectivo raio Ângulo sólido esterradiano sr Ângulo sólido que, tendo vértice no centro de uma esfera, subtende na superfície da mesma uma área igual ao quadrada do raio da esfera Tempo segundo s Duração de 9 192 631 770 períodos da radiação correspondente à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio 133 Freqüência hertz Hz Freqüência de um fenômeno periódico cujo período é de 1 segundo Velocidade metro por segundo m/s Velocidade de um móvel que, em movimento uniforme, percorre a distância de 1 metro em 1 segundo Velocidade angular radiano por segundo rad/s Velocidade angular de um móvel que, em movimento de rotação uniforme, descreve 1 radiano em 1 segundo Aceleração metro por segundo, por segundo m/s2 Aceleração de um móvel que, em movimento retilíneo uniformemente variado, cuja velocidade varia de 1 metro por segundo em 1 segundo Aceleração angular radiano por segundo, por segundo rad/s2 Aceleração angular de um móvel em movimento de rotação uniformemente variado, cuja velocidade angular varia de 1 radiano por segundo em 1 segundo Massa quilograma kg Massa de protótipo internacional do quilograma Massa específica quilograma por metro cúbico kg/m3 Massa específica de um corpo homogêneo, em que um volume igual a 1 metro cúbico contém massa igual a 1 quilograma Vazão metro cúbico por segundo m3/s Vazão de um fluido que, em regime permanente através de uma superfície determinada, escoa o volume de 1 metro cúbico do fluido em 1 segundo Fluxo de massa quilograma por segundo kg/s Fluxo de massa de um material de um material que, em regime permanente através de uma superfície determinada, escoa a massa de 1 quilograma do material em 1 segundo Momento de inércia quilograma-metro quadrado kg.m2 Momento de inércia, em relação a um eixo, de um ponto material de massa igual a 1 quilograma, distante 1 metro do eixo Momento linear quilograma-metro por segundo kg.m2/s Momento angular, em relação a um eixo, de um corpo que gira em torno desse eixo com velocidade angular uniforme de 1 radiano por segundo, e cujo momento de inércia, em relação ao mesmo eixo, é de 1 quilograma-metro quadrado Quantidade de matéria mol mol Quantidade de matéria de um sistema que contém tantas entidades elementares quantos são os átomos contidosem 0,012 quilograma de carbono 12 Força newton N Força que comunica a massa de 1 quilograma a aceleração de 1 metro por segundo, por segundo Momento de uma força, Torque newton-metro N.m Momento de uma força de 1 newton, em relação a um ponto distante 1 metro de sua linha de ação Pressão pascal Pa Pressão exercida por uma força de 1 newton, uniformemente distribuída sobre uma superfície plana de 1 metro quadrado de área, perpendicular à direção da força Viscosidade dinâmica pascoal- segundo Pa.s Viscosidade dinâmica de um fluido que se escoa de forma tal que sua velocidade varia de 1 metro por segundo, por metro de afastamento na direção perpendicular ao plano de deslizamento, quando a tensão tangencial ao longo desse plano é constante e igual a 1 pascal Trabalho, Energia, Quantidade de calor joule J Trabalho realizado por uma força constante de 1 newton, que desloca seu ponto de aplicação de 1 metro na sua direção Potência, Fluxo de energia watt W Potência desenvolvida quando se realiza, de maneira contínua e uniforme, o trabalho de 1 jougle em 1 segundo Densidade de fluxo de energia watt por metro quadrado W/m2 Densidade de um fluxo de energia uniforme de 1 watt, através de uma superfície plana de 1 metro quadrado de área, perpendicular à direção de propagação da energia CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 14 UNIDADES ELÉTRICAS E MAGNÉTICAS Para as unidades elétricas e magnéticas, o SI é um sistema de unidades racionalizado, para o qual foi definido o valor da constante magnética µ = 4 ¶ x 10-7 henry por metro Corrente elétrica ampère A Corrente elétrica invariável que, mantida em dois condutores retilíneos, paralelos, de comprimento infinito e de área de seção transversal desprezível e situados no vácuo a 1 metro do outro, produz entre esses condutores uma força igual a 2 x 10-7 newton, por metro de comprimento desses condutores Carga elétrica (quantidade de eletricidade) coulomb C Carga elétrica que atravessa em 1 segundo uma seção transversal de um condutor percorrido por uma corrente invariável de 1 ampère Tensão elétrica, Diferença de potencial, força eletromotriz volt V Tensão elétrica entre os terminais de um elemento passivo de circuito, que dissipa a potência de 1 watt quando percorrido por uma corrente invariável de 1 ampère Gradiente de potencial, Intensidade de campo elétrico volt por metro V/m Gradiente de potencial uniforme que se verifica em um meio homogêneo e isótropo, quando é de 1 volt a diferença de potencial entre dois planos equipotenciais situados a 1 metro de distância um do outro Resistência elétrica ohm Ω Resistência elétrica de um elemento passivo de circuito que é percorrido por uma corrente invariável de 1 ampère, quando uma tensão elétrica constante de 1 volt é aplicada aos seus terminais Resistividade ohm-metro Ω.m Resistividade de um material homogêneo e isótropo, do qual um cubo com 1 metro de aresta apresenta uma resistência elétrica de 1 ohm entre faces opostas Condutância siemens S Condutância de um elemento passivo de circuito cuja resistência elétrica é de 1 ohm Condutividade siemens por metro S/m Condutividade de um material homogêneo e isótropo cuja resistividade é de 1 ohm-metro Capacitância farad F Capacitância de um elemento passivo de circuito entre cujos terminais a tensão elétrica varia uniformemente a razão de 1 volt por segundo, quando percorrido por uma corrente invariável de 1 ampère Indutância henry H Indutância de um elemento passivo de circuito, entre cujos terminais se induz uma tensão constante de 1 volt, quando percorrido por uma corrente que varia uniformemente à razão de 1 ampère por segundo Potência aparente volt-ampère VA Potência aparente de um circuito percorrido por uma corrente alternada senoidal com valor eficaz de 1 ampère, sob uma tensão elétrica com valor eficaz de 1 volt Potência reativa volt ampere reativo var Potência reativa de um circuito percorrido por uma corrente alternada senoidal com valor eficaz de 1 ampère, sob uma tensão elétrica com valor eficaz de 1 volt, defasada de ¶/2 radianos em relação à corrente Indução magnética tesla T Indução magnética uniforme que produz uma força constante de 1 newton por metro de um condutor retilíneo situado no vácuo e percorrido por uma corrente invariável de 1 ampère sendo perpendiculares entre si as direções da indução magnética, da força e da corrente Fluxo magnético weber Wb Fluxo mag. uniforme através de uma superfície plana de área igual a 1m2, perpendicular à direção de uma indução magnética Intensidade de campo magnético ampère por metro A/m Intensidade de um campo magnético uniforme, criado por uma corrente invariável de 1 ampère, que percorre um condutor retilíneo, de comprimento infinito e de área de seção transversal desprezível, em qualquer ponto de uma superfície cilíndrica de diretriz circular com 1 metro de circunferência e que tem como eixo o referido condutor Relutância ampère por weber A/Wb Relutância de um elemento de circuito magnético, no qual uma força magnetomotriz invariável de 1 ampère produz um fluxo magnético uniforme de 1 weber UNIDADES TÉRMICAS Temperatura termodinâmica kelvin K Fração 1/273,16 da temperatura termodinâmica do ponto tríplice da água Temperatura Celsius grau celsius °C Intervalo de temperatura unitário igual a 1 Kelvin, numa escala de temperaturas em que o ponto 0 coincide com 273,15 Kelvins Gradiente de temperatura kelvin por metro K/m Gradiente de temperatura uniforme que se verifica em um meio homogêneo e isótropo, quando é de 1 Kelvin a diferença de temperatura entre dois planos isotérmicos situados à distância de 1 metro um do outro Capacidade térmica joule por kelvin J/K Capacidade térmica de um sistema homogêneo e isótropo, cuja temperatura aumenta de 1 Kelvin quando se lhe adiciona 1 jougle de quantidade de calor Calor específico joule por quilograma e por kelvin J/ (kg.K) Calor específico de uma substância cuja temperatura aumenta de 1Kelvin quando se lhe adiciona 1 joule de quantidade de calor por quilograma de sua massa Condutividade térmica watt por metro e por kelvin W/ (m.K) Condutividade térmica de um material homogêneo e isótropo, no qual se verifica um gradiente de temperatura uniforme de 1 Kelvin por metro, quando existe um fluxo de calor constante com densidade de 1 watt por metro quadrado CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 15 UNIDADES ÓPTICAS Intensidade luminosa candela cd Intensidade luminosa, na direção perpendicular, de uma superfície plana de 1/600 00 metro quadrado de área, de um corpo negro à temperatura de solidificação platina, sob pressão de 101 325 pascals Fluxo luminoso lúmen Lm Fluxo luminoso eminido por uma fonte puntiforme e invariável de 1 candela, de mesmo valor em todas as direções, no interior de um ângulo sólido de 1 esterradiano Iluminamento lux lx Iluminamento de uma superfície plana de 1 metro quadrado de área, sobre a qual incide perpendicularmente um fluxo luminoso de 1 lúmen, uniformemente distribuído Luminância candela por metro quadrado Cd/m2 Luminância de uma fonte com 1 metro quadrado de área com intensidade luminosa de 1 candela Exitância luminosa lúmen por metro quadrado Lm/m2 Exitância luminosa de uma superfície plana de 1 metro quadrado de área, que emite uniformemente um fluxo luminosode 1 lúmen Exposição luminosa, Excitação luminosa lux segundo lx.s Exposição (Excitação) luminosa de uma superfície com iluminamento de 1 lux, durante 1 segundo Eficiência luminosa lúmen por watt Lm/W Eficiência luminosa de uma fonte que consome 1 watt para cada lúmen emitido Número de onda 1 por metro m-1 Número de onda de uma radiação monocromática cujo comprimento de onda é igual a 1 metro Intensidade energética watt por esterradiano W/sr Intensidade energética, de mesmo valor em todas as direções, de uma fonte que emite um fluxo de energia uniforme de 1 watt, no interior de um ângulo sólido de 1 esterradiano Luminância energética watt por esterradiano e por metro quadrado W/(sr.m2) Luminância energética, em uma direção determinada, de uma fonte superficial energética igual a 1 watt por esterradiano, por metro quadrado de sua área projetada sobre um plano perpendicular à direção considerada Convergência dioptria di Convergência de um sistema óptico com distância focal de 1 metro, no meio considerado UNIDADES DE RADIOATIVIDADE Atividade becquerel Bq Atividade de um material radiativo no qual se produz uma desintegração nuclear por segundo Exposição coulomb por quilograma C/kg Exposição a uma radiação X ou gama, tal que a carga total dos íons de mesmo sinal produzidos em 1 quilograma de ar, quando todos os elétrons liberados por fótons são completamente detidos no ar, é de 1 coulomb em valor absoluto Dose absorvida gray Gy Dose de radiação ionizante absorvida uniformemente por uma porção de matéria, à razão de 1 jougle por quilograma de sua massa TABELA II - OUTRAS UNIDADES ACEITAS PARA USO COM O SI, SEM RESTRIÇÃO DE PRAZO São implicitamente incluídas nesta Tabela outras unidades de comprimento e de tempo estabelecidas pela Astronomia para seu próprio campo de aplicação, e as outras unidades de tempo usuais do calendário civil. UNIDADES Grandezas Nome Símbolo Definição Vl em unidades SI Comprimento unidade astronômica UA Distância média da Terra ao Sol 149 600 x 106m parsec pc Comprimento do raio de um círculo no qual o ângulo central de 1 segundo subtende uma corda igual a 1 unidade gastronômica 3,0857 x 1016m (aproximado) Volume litro l Volume igual a 1 decímetro cúbico 0,001m3 Ângulo plano grau o Ângulo plano igual à fração 1/360 do ângulo central de um círculo completo ¶ / 180 rad minuto ‘ Ângulo plano igual à fração 1/60 de 1 grau ¶ / 10 800 rad segundo “ Ângulo plano igual à fração 1/60 de 1 minuto ¶ /648 000 rad Intervalo de freqüência oitava Intervalo de duas freqüências cuja relação é igual a 2 massa unidade (unificada) de massa atômica u Massa igual à fração 1/12 da massa de um átomo de carbono 12 1,660 57 x 10-27 Kg (aproximadamente) tonelada t Massa igual a 1 000 quilogramas Tempo minuto min Intervalo de tempo igual a 60 segundos 60 s hora h Intervalo de tempo igual a 60 minutos 3 600 s dia d Intervalo de tempo igual a 24 horas 86 400 s CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 16 Velocidade de angular rotação por minuto rpm Velocidade angular de um móvel que, em movimento de rotação uniforme a partir de uma posição inicial, retoma a mesma posição após 1 minuto ¶ / 30 rad / s Energia elétronvolt eV Energia adquirida por um elétron ao atravessar, no vácuo, uma diferença de potência igual a 1 volt 1,602 19 x 10-19 J (aproximadamente) Nível de potência decibel dB Divisão de uma escala logarítmica cujos valores são 10 vezes o logaritmo decimal da relação entre o valor de potência considerado, e um valor de potência especificado, tomado como referência e expresso na mesma unidade Decremento logarítmico neper Np Divisão de uma escala logarítmica cujos valores são os logaritmos neperianos da relação entre dois valores de tensões elétricas, ou entre dois valores de correntes elétricas N = logeV1/V2 Np ou N = logeI1/I2 /Np TABELA III - OUTRAS UNIDADES FORA DO SI ADMITIDAS TEMPORARIAMENTE Nome da Unidade Símbolo Valor em Unidades SI angstrom atmosfera bar barn *caloria *cavalo-vapor curie gal *gauss hectare *quilograma-força *milímetro de mercúrio milha marítma nó *quilate rad roentgen Å atm bar b cal cv Ci Gal Gs Há kgf mmHg rd R 10-10 m 101 325 Pa 105 Pa 10-28 m2 4,1868 J 735,5 W 3,7 x 1010 Bq 0,01 m/s2 10-4 T 104 m2 9,806 65 N 133,322 Pa 1 852 m (1852/3600) m/s 2 x 10-4 kg 0,01 Gy 2,58 x 10-4 C/kg * a evitar e a substituir pela unidade SI correspondente. Lista de exercícios Nº. 2 – Unidades Fundamentais e Unidades derivadas 1- Monte uma tabela com as principais Unidades e símbolos do Sistema internacional de unidades. 2- Monte uma tabela com as principais Unidades e símbolos do Sistema Inglês. 3- Descreva o maior número de unidades de pressão. 4- Descreva o maior número de unidades de vazão. 5- Descreva o maior número de unidades de nível. 6- Descreva o maior número de unidades de Temperatura. 7- Descreva o maior número de unidades elétricas e magnéticas. CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 17 8- Descreva o maior número de unidades mecânicas. 9- Quantas polegadas valem 1 pé. 10- Qual o seu peso no sistema inglês. 11- Qual a temperatura atual no sistema inglês. 12- Qual a sua altura no sistema inglês. 13- A área do andar térreo de um prédio é de 7.600 ft². Calcule esta área em m². 14- A velocidade da luz no vácuo é dada por 2,997925 x 108 m/s. Expresse a velocidade da luz em ft/mim. 15- Expresse a densidade de um líquido com, 76,5 lb/ft3 em (a) lb/pol3; (b) g/cm3 16- A velocidade máxima permitida em uma rodovia é 72 km/hora. Calcule a velocidade em (a) metros/segundo; (b) ft/s. CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 18 3) INSTRUMENTOS Nas indústrias de processos tais como siderúrgica, petroquímica, alimentícia, papel e etc. A instrumentação é responsável pelo rendimento máximo de um processo, fazendo com que toda energia cedida, seja transformada em trabalho na elaboração do produto desejado. As principais grandezas que traduzem transferências de energia no processo são: PRESSÃO, VAZÃO, NÍVEL, TEMPERATURA; as quais denominam de variáveis de um processo. CLASSIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO Existem vários métodos de classificação de instrumentos de medição. Dentre os quais podemos ter: Classificação por: Função Sinal transmitido ou suprimento Tipo de sinal 3.1 - CLASSIFICAÇÃO POR FUNÇÃO Conforme será visto posteriormente, os instrumentos podem estar interligados entre si para realizar uma determinada tarefa nos processos industriais. A associação desses instrumentos chama-se malha e em uma malha cada instrumento executa uma função. Os instrumentos que podem compor uma malha são então classificados por função cuja descrição sucintapode ser liga na tabela 01. TABELA 01 - CLASSIFICAÇÃO POR FUNÇÃO INSTRUMENTO DEFINIÇÃO Sensor, Detector São dispositivos com os quais conseguimos detectar alterações na variável do processo. Pode ser ou não parte do transmissor. Elemento Primário. Transmissor Instrumento que tem a função de converter sinais do detector em outra forma capaz de ser enviada à distância para um instrumento receptor, normalmente localizado no painel local. Indicador Instrumento que indica o valor da quantidade medida enviado pelo detector, transmissor, etc. Registrador Instrumento que registra graficamente valores instantâneos medidos ao longo do tempo, valores estes enviados pelo detector, transmissor, Controlador etc. Conversor Instrumento cuja função é a de receber uma informação na forma de um sinal, alterar esta forma e a emitir como um sinal de saída proporcional ao de entrada. Unidade Aritmética Instrumento que realiza operações nos sinais de valores de entrada de acordo com uma determinada expressão e fornece uma saída resultante da operação. Integrador Instrumento que indica o valor obtido pela integração de quantidades medidas sobre o tempo. Controlador Instrumento que compara o valor medido com o desejado e, baseado na diferença entre eles, emite sinal de correção para a variável manipulada a fim de que essa diferença seja igual a zero. Elemento final de controle CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 19 Figura 3.1 – Instrumentos industriais. 3.1.1 SENSOR (DETECTOR) Sensor é o elemento de um instrumento de medição ou de uma malha de medição que é diretamente afetado pela quantidade medida. O sensor detecta a variável, gerando um sinal proporcional a ela. Nomes alternativos de sensor: detector, elemento primário, elemento trandutor, captador, probe. O transdutor é qualquer dispositivo que modifica a forma de energia, da entrada para a saída. As formas de energia na entrada e saída são diferentes, porém há uma relação matemática definida entre ambas. Normalmente este sinal é um sinal elétrico. Em função de seu sinal de saída, o sensor pode ser mecânico (saída é um deslocamento ou movimento) ou eletrônico (saída é uma tensão ou variação de parâmetro eletrônico, como resistência, indutância, capacitância). O sensor depende umbilicalmente da variável medida, ou seja, o sensor é determinado pela variável medida. Exemplos: Termopar, que gera uma tensão em função da diferença da temperatura medida e a de referência Detector de temperatura a resistência (RTD) que varia a resistência elétrica em função da temperatura medida. Placa de orifício que gera uma pressão diferencial proporcional ao quadrado da vazão volumétrica medida. Bourbon C que gera um pequeno deslocamento em função da pressão aplicada. Bóia de um sistema de medição de nível. Tubo magnético de vazão que gera uma f.e.m. proporcional à vazão volumétrica de um líquido eletricamente condutor que passa em seu interior 3.1.2 TRANSMISSOR (TRANSMITTER) Instrumento que sente uma variável de processa e gera na saída um sinal padrão proporcional ao valor da variável medida. Pode ser de natureza eletrônica (sinal de 4 a 20 mAcc) ou pneumática (sinal de 20 a 100 kPa). É utilizado para: Usar o sinal remotamente Isolar processo do display Padronizar sinais 3.1.3 INDICADOR (INDICATOR) Instrumento de medição que sente uma variável e apresenta o resultado instantâneo em uma escala com ponteiro ou através de dígitos. Exemplos: CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 20 Voltímetro Frequencímetro Termômetro Manômetro A indicação pode ser analógica, (contínua ou discreta), através de escala e ponteiro ou digital, através de dígitos. Um indicador pode apresentar os valores de várias grandezas independentes, de modo simultâneo ou um valor de cada vez, de modo selecionável manual ou automaticamente. O indicador pode também estar associado às funções de transmissão, registro e controle. O leigo também chama o indicador de relógio, mostrador ou medidor, que são nomes ambíguos e devem ser evitados. 3.1.4 MOSTRADOR (DISPLAY, DIAL) Mostrador é a parte do indicador que apresenta a indicação. Quando analógico, é o conjunto escala e ponteiro e quando digital, o conjunto de dígitos. O mostrador pode ter diferentes Formatos: circular, reto horizontal e reto vertical. Tamanhos. Cores. Princípios de operação ou acionamento: eletrônico, pneumático ou mecânico. 3.1.5 REGISTRADOR (RECORDER) Instrumento de medição que sente uma variável e imprime o resultado histórico ou de tendência em um gráfico através de penas com tinta. Exemplos: Registrador de temperatura. Registrador de vazão, pressão e temperatura. O registro pode ser contínuo, com uma a quatro penas independentes ou pode ser discreto, quando cada ponto de registro é feito um de cada vez, em uma seqüência fixa definida (registrador multiponto). Um registrador pode apresentar os valores de várias grandezas independentes, de modo simultâneo ou um valor de cada vez, de modo selecionável manual ou automaticamente. O registrador pode também estar associado às funções de indicação e controle Figura 3.2 – Registradores industriais. 3.1.6 CONTROLADOR (CONTROLLER) Instrumento capaz de responder um sianl de saída apartir de variações dos sinais de entrada. Este instrumento irá responder em sua saída de acordo com um ponto pré determinado SET-POINT. Exemplos: CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 21 Controlador de temperatura. Controlador de vazão, pressão e temperatura. Figura 3.3 – Controladores industriais. 3.1.7 TOTALIZADOR (TOTALIZER) Instrumento de medição que determina o valor de uma grandeza por meio do acúmulo dos valores parciais, durante determinado intervalo de tempo. É também chamado de integrador. Geralmente a integração é feita em relação ao tempo. O totalizador multiplica a variável totalizada por um intervalo de tempo, de modo que a integração da velocidade é distância, da potência é energia, da vazão volumétrica é volume. Exemplos: Totalizador de potência elétrica, que apresenta o valor totalizado no tempo em energia. Totalizador de vazão, que apresenta o valor totalizado no tempo em volume ou massa. Totalizador de velocidade, que apresenta o valor totalizado no tempo em distância. O totalizador pode receber em sua entrada sinal analógico ou digital. Sua saída é sempre um contador. Quando um totalizador pára de totalizar, a sua saída fica congelada no último valor acumulado. O display do contador é geralmente digital, porém é possível ter display analógico. 3.1.8 MEDIDA MATERIALIZADA (MATERIAL MEASURE) Dispositivo destinado a reproduzir ou fornecer, de maneira constante durante seu uso, um ou mais valores conhecidos e confiáveis de uma dada grandeza. É também chamado material de referência certificado. Exemplos: Massa padrão Bloco padrão de comprimento Medida de volume (de um ou vários valores, com ou sem escala graduada) Resistor elétricopadrão Gerador de sinal padrão Solução padrão de pH 3.2 - CLASSIFICAÇÃO POR SINAL DE TRANSMISSÃO OU SUPRIMENTO Os equipamentos podem ser agrupados conforme o tipo de sinal transmitido ou o seu suprimento. A seguir será descrito os principais tipos, suas vantagens e desvantagens. 3.2.1 - TIPO PNEUMÁTICO Nesse tipo é utilizado um gás comprimido, cuja pressão é alterada conforme o valor que se deseja representar. Nesse caso a variação da pressão do gás é linearmente manipulada numa faixa específica, padronizada internacionalmente, para representar a variação de uma grandeza desde seu limite inferior até seu CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 22 limite superior. O padrão de transmissão ou recepção de instrumentos pneumáticos mais utilizado é de 0,2 a 1,0 kgf/cm2 (aproximadamente 3 a 15psi no Sistema Inglês). Os sinais de transmissão analógica normalmente começam em um valor acima do zero para termos uma segurança em caso de rompimento do meio de comunicação. O gás mais utilizado para transmissão é o ar comprimido, sendo também o NITROGÊNIO e em casos específicos o GÁS NATURAL (PETROBRAS). Vantagem A grande e única vantagem em seu utilizar os instrumentos pneumáticos está no fato de se poder operá-los com segurança em áreas onde existe risco de explosão (centrais de gás, por exemplo). Desvantagens Necessita de tubulação de ar comprimido (ou outro gás) para seu suprimento e funcionamento. Necessita de equipamentos auxiliares tais como compressor, filtro, desumidificador, etc para fornecer aos instrumentos ar seco, e sem partículas sólidas. Devido ao atraso que ocorre na transmissão do sinal, este não pode ser enviado à longa distância, sem uso de reforçadores. Normalmente a transmissão é limitada a aproximadamente 100 m. Vazamentos ao longo da linha de transmissão ou mesmo nos instrumentos são difíceis de serem detectados. Não permite conexão direta aos computadores. 3.2.2 - TIPO HIDRÁULICO Similar ao tipo pneumático e com desvantagens equivalentes, o tipo hidráulico utiliza-se da variação de pressão exercida em óleos hidráulicos para transmissão de sinal. É especialmente utilizado em aplicações onde torque elevado é necessário ou quando o processo envolve pressões elevadas. Vantagens Podem gerar grandes forças e assim acionar equipamentos de grande peso e dimensão. Resposta rápida. Desvantagens Necessita de tubulações de óleo para transmissão e suprimento. Necessita de inspeção periódica do nível de óleo bem como sua troca. Necessita de equipamentos auxiliares, tais como reservatório, filtros, bombas, etc... 3.2.3 - TIPO ELÉTRICO Esse tipo de transmissão é feita utilizando sinais elétricos de corrente ou tensão. Face a tecnologia disponível no mercado em relação a fabricação de instrumentos eletrônicos microprocessados, hoje, é esse tipo de transmissão largamente usado em todas as indústrias, onde não ocorre risco de explosão. Assim como na transmissão pneumática, o sinal é linearmente modulado em uma faixa padronizada representando o conjunto de valores entre o limite mínimo e máximo de uma variável de um processo qualquer. Como padrão para transmissão a longas distâncias são utilizados sinais em corrente contínua variando de (4 a 20 mA) e para distâncias até 15 metros aproximadamente, também utiliza- se sinais em tensão contínua de 1 a 5V. Vantagens Permite transmissão para longas distâncias sem perdas. A alimentação pode ser feita pelos próprios fios que conduzem o sinal de transmissão. Não necessita de poucos equipamentos auxiliares. Fácil instalação. Permite de forma mais fácil realização de operações matemáticas. Permite que o mesmo sinal (4~20mA)seja “lido” por mais de um instrumento, ligando em série os instrumentos. Porém, existe um limite quanto à soma das resistências internas deste instrumentos, que não deve ultrapassar o valor estipulado pelo fabricante do transmissor. Desvantagens Necessita de técnico especializado para sua instalação e manutenção. Exige utilização de instrumentos e cuidados especiais em instalações localizadas em áreas de riscos. Exige cuidados especiais na escolha do encaminhamento de cabos ou fios de sinais. Os cabos de sinal devem ser protegidos contra ruídos elétricos. 3.2.4 - TIPO DIGITAL CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 23 Nesse tipo, “pacotes de informações” sobre a variável medida são enviados para uma estação receptora, através de sinais digitais modulados e padronizados. Para que a comunicação entre o elemento transmissor receptor seja realizada com êxito é utilizada uma “linguagem” padrão chamado protocolo de comunicação. Vantagens Não necessita ligação ponto a ponto por instrumento. Pode utilizar um par trançado ou fibra óptica para transmissão dos dados. Imune a ruídos externos. Permite configuração, diagnósticos de falha e ajuste em qualquer ponto da malha. Menor custo final. Desvantagens Existência de vários protocolos no mercado, o que dificulta a comunicação entre equipamentos de marcas diferentes. Caso ocorra rompimento no cabo de comunicação pode-se perder a informação e/ou controle de várias malha. 3.2.5 - VIA RÁDIO Neste tipo, o sinal ou um pacote de sinais medidos são enviados à sua estação receptora via ondas de rádio em uma faixa de freqüência específica. Vantagens Não necessita de cabos de sinal. Pode-se enviar sinais de medição e controle de máquinas em movimento. Desvantagens Alto custo inicial. Necessidade de técnicos altamente especializados. 3.2.6 - VIA MODEM A transmissão dos sinais é feita através de utilização de linhas telefônicas pela modulação do sinal em freqüência, fase ou amplitude. Vantagens Baixo custo de instalação. Pode-se transmitir dados a longas distâncias. Desvantagens Necessita de profissionais especializados. baixa velocidade na transmissão de dados. sujeito a interferências externas, inclusive violação de informações. 3.3 TIPOS DE INSTRUMENTOS Os instrumentos de medição e controle de processo podem ser classificados de acordo com a seguinte dialética: Manual ou automático Alimentado ou sem alimentação externo Pneumático ou eletrônico Analógico ou digital Burro ou inteligente Montado no campo ou na sala de controle modular ou integral Dedicado ou compartilhado Centralizado ou distribuído 3.4 MANUAL E AUTOMÁTICO Com relação à intervenção humana, a medição instrumento pode ser manual ou automática. A medição mais simples é feita manualmente, com a interferência direta de um operador. A medição manual geralmente é feita por um instrumento portátil. Exemplos de medição manual: medição de um comprimento por uma régua, medição de uma resistência elétrica através de um ohmímetro, medição de uma voltagem com um voltímetro. As medições feitas manualmente geralmente são anotadas pelo operador, para uso posterior. A medição pode ser feita de modo CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE 24 automático e continuo, sem interferência humana direta. O instrumento
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