Buscar

Direito constitucional 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 01 - Organização Político-administrativa do Brasil (art. 18 a 33) (material sem correção)
1. Elementos dos Estados: Povo, território, soberania.
2. Aspectos da organização e estrutura do Estado:
Formas de governo: República e Monarquia
Sistemas de governo: Presidencialismo ou parlamentarismo.
Formas de Estado: Unitário (a maioria dos Estados do mundo) ou Federação (surgiu em 1787, nos EUA, 
após a independência das 13 colônias em 1776)
Obs. Confederação: É um pacto (tratado internacional) entre Estados Soberanos. Permite a denúncia do 
tratado a qualquer tempo, o direito de retirada direito, de separação e de secessão.
3. Brasil: 
- Forma republicana de governo, 
- Sistema presidencialista de governo e a 
- Forma federativa de Estado (FEDERAÇÃO – surgiu com a proclamação da República - 1889) 
- República Federativa do Brasil e 
- Estado Democrático de Direito. (art. 1º, caput).
4. Federalismo centrípeto e centrífugo:
- centrípeto ou centralizador (agregação ou associação) (EUA) 
- centrífugo ou descentralizador (por segregação / desagregação) Brasil – a partir da proclamação da 
República.
5. Características da Federação:
1. Soberania do Estado Federal. (art. 1º, I, Constituição Federal – fundamento de RFB) e autonomia dos
entes federados.
Obs. Direito Internacional – flexibilização da soberania.
2. Proibição do direito de secessão (Art. 1º - Princípio da indissolubilidade do vínculo federativo) + 
intervenção federal no estado que pretende a separação (art. 34. I).
Obs. Forma federativa de Estado é clausula pétrea (art. 60, § 4º, I)
3. Constituição rígida (garante a distribuição de competências e traz estabilidade institucional)
 
4. Descentralização política (os entes são autônomos)
5. Repartição de competências (autonomia p os entes federativos e equilíbrio da federação)
6. Auto-organização dos Estados-membros (constituições estaduais)
7. Órgão de representação do Estados-membros: Senado (art. 46).
8. Guardião da Constituição: STF
9. Repartição de receitas (art. 157 a 159 da CF) – equilíbrio entre os entes federativos. Ex. Imposto de 
renda retido na fonte; fundo de participação.
6. Fundamentos da República Federativa do Brasil: art. 1º
7. Objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: art. 3º
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas
de discriminação. 
8. Princípios que regem a República Federativa do Brasil nas relações internacionais: (art. 4º)
I- independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V – igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
9. Idioma oficial: Língua portuguesa. (art. 13)
Obs. Ensino fundamental – ministrado em língua portuguesa e as comunidades indígenas podem utilizar
também suas línguas maternas (art. 210, § 2º)
10. Símbolos da República: Bandeira, Hino, Armas Nacionais e Selo Nacional. (art. 13, § 1º)
11. Estados: podem ter símbolos próprios (art. 13, § 2º)
12. Somente o Estado brasileiro (República Federativa do Brasil) é soberano e independente perante a
comunidade internacional.
13. A República Federativa do Brasil é composta por: União, Estados-Membros, DF e Municípios 
São pessoas jurídicas de direito público interno – art. 41
Autônomos entre si – art. 18 
14. O que significa soberania? Não ter que se submeter a nenhuma instância, a nenhum outro Estado.
15. O que significa autonomia? Autonomia é a possibilidade de implementar uma gestão particularizada
(respeitando limites, princípios e regras do Estado Federal)
16. Elementos da autonomia: Bizu: OLGA
- Auto-organização: 
Estados e municípios podem criar constituições (art. 25) e leis orgânicas (art. 29). 
Respeitando os pr constitucionais sensíveis (art. 34 VII)
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: (sensíveis) 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
 e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente
de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
- Autolegislação: 
Entes federativos podem estabelecer normas gerais e abstratas próprias 
(conforme arts. 22 e 24 da Constituição Federal – competência privativa da União e competência
concorrente)
- Autogoverno: 
Estados / municípios terão Governadores, deputados estaduais / Prefeitos e vereadores. (art. 27 a 29) 
Estados organizarão seu Judiciário (art. 125). 
Poderes executivo, legislativo e judiciário próprios.
- Autoadministração: 
Membros da federação poderão prestar e manter serviços próprios – competências administrativas (art. 23 -
comuns)
17. Vedações impostas à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios: (art. 19)
(porque a autonomia dos entes não é ilimitada)
1. Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvenciona-los, embaraçar-lhes o funcionamento, manter
com eles relação de dependência/aliança.
Pode haver colaboração de interesse público.
Estado laico, leigo, não confessional - Art. 5º, VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença,
sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de
culto e a suas liturgias;
2. Recusar fé aos documentos públicos.
3. Criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
18. Capital Federal: Brasília (art. 18, § 1º) desde 21.04.1960.
 Constituições anteriores já estabeleceram que a capital era o Distrito Federal.
 - Sede do Governo Federal (pode ser temporariamente transferido, conforme art. 48, VII – competência do
Congresso)
Ex. Em 15 e 16 de julho/93 a sede do Governo Federal foi transferida temporariamente para Salvador em
razão da realização de III Conferência Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo.
 - Sede do governo do DF (LODF)
 - Brasília é civitas civitatum – cidade centro, centro de decisões. Não se encaixa no conceito geral de
cidades pq não é sede de município.
Aula 02
Características da federação: Características da confederação:
1. Existência de uma Constituição 1. Existência de um pacto/tratado (e
não de uma Constituição) 
2. Reunião de coletividades regionais (estados autônomos no
Brasil, províncias na Argentina, cantões na Suíça)
Exemplos de estados
federais: Alemanha, Argentina, Austrália, Canadá, Índia, Malásia,
México, Nigéria, Rússia, Suíça e Estados Unidos.
2. Reunião de estados soberanos
3. Princípio da indissolubilidade – proibição do direito de secessão
(art. 1º, CF)
3. Direito de secessão
4. Não há necessidade de unanimidade para alteração da
Constituição 
(Ainda que sujeita ao processo de emendas mais difícil do que o
processo de elaboração de leis comuns) 
4. Necessidade de unanimidade para
alteração do tratado 
5. Não há necessidade de concordância de cada estado para as
decisões centrais valerem internamente.
5. Há necessidade de concordância
de cada Estado para as decisões
centrais valerem internamente
6. Controle de constitucionalidade
7. Existência de um órgão neutro para dirimir conflitos – STF art.
102, I, f.
8. Descentralização político-administrativaconstitucional
9. Autonomia financeira
10. Autonomia recíproca entre estados e União
11. Existência de mecanismos de segurança para a manutenção do
sistema – intervenção
12. Repartição constitucional de competências.
Ex. de Confederação da atualidade: Emirados Árabes Unidos – Confederação de monarquias 
Os sete emirados são: Abu Dhabi, Dubai, Sharjah, Ajman, Umm al-Quwain, Ras al-Khaimah e Fujairah.
6. O nosso Federalismo é cooperativo: 
(em contraposição ao federalismo dual: onde a divisão de competências é extremamente rígida)
Art. 23 – (Competência comum) Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação
entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional
Ex1. Art. 30, VI (educação) e VII (saúde)
Art. 30. Compete aos municípios: 
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação
infantil e de ensino fundamental; 
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à
saúde da população;
Ex2. repartição de receitas (a União arrecada e transfere para estados e municípios)
7. Art. 18 – A organização político-administrativa compreende:
União, Estados, DF e Municípios (não inclui os territórios) 
República Federativa do Brasil (Estado Federal) é soberana na comunidade internacional e composta por:
União, Estados-Membros, DF e Municípios. (que são autônomos entre si)
UNIÃO - 
1. União é ente federado autônomo.
2. Bens da União estão no art. 20.
Observações:
a. Cuidado com o inciso IV do art. 20 (EC 46) – 
Acrescentou ao texto da CF: 
“exclui dos bens da União as ilhas que contêm sede de municípios (destaque p Florianópolis, São Luiz e
Vitória, dentre outras), mas manteve como bens da União as:
(1) áreas afetadas ao serviço público e 
(2) as áreas afetadas a unidade ambiental federal que estão nessas ilhas.
b. Mar territorial: São as 12 milhas marítimas ≈1,853 km medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral
c. Zona contígua: das 12 as 24 milhas marítimas.
d. Zona econômica exclusiva: das 12 às 200 milhas marítimas
e. Plataforma continental: leito/subsolo até a distância de 200 milhas medidas a partir das linhas de base do
mar territorial
f. Faixa de fronteira: faixa de 150 km de largura, ao longo das fronteiras (art. 20, § 2º)
g. Art. 20, II – são bens da União as terras devolutas situadas na faixa de fronteira e as indispensáveis à
defesa de: fortificações, construções militares, vias federais de comunicação e preservação ambiental.
h. Terras devolutas: são terras públicas não aplicadas ao uso comum nem ao uso especial (são bens públicos
dominicais)
3. Personalidades jurídicas da União:
a) Pessoa jurídica de direito público interno:
- tem capacidade de auto-organização, autogoverno, autolegislação e autoadministração. 
- autonomia financeira, administrativa e política
b) Pessoa jurídica de direito público externo:
- são os estados estrangeiros e pessoas regidas pelo Direito Internacional (art. 42, CC)
- representa a República Federativa do Brasil.
4. A União poderá articular sua ação para efeitos administrativos em regiões (mesmo complexo
geoeconômico e social) 
Visando: desenvolvimento e redução das desigualdades regionais. Art. 43, § 1º.
Ex. de regiões administrativas
SUDENE (LC n. 125/07), SUDAM (LC n. 124/07), (foram instituídas, extintas e novamente instituídas) 
SUFRAMA (LC n. 134/2010), 
SUDECO - Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste, de natureza autárquica especial, com 
autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério da Integração Nacional, com sede e foro 
em Brasília, Distrito Federal, e com área de atuação abrangendo os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul e Goiás, além do Distrito Federal (LC n. 129, de 08.01.2009).
ESTADOS-MEMBROS
1. Estados-membros são entes federados autônomos.
2. Pss jurídica de direito público interno.
3. Entes federados autônomos possuem:
- auto-organização,
- autogoverno (Assembleia Legislativa, Governador e Judiciário), 
- autolegislação e 
- autoadministração.
4. Estados possuem representantes no Congresso Nacional: 
(3 representantes p cada Estado no Senado Federal)
5. Os Estados também podem instituir regiões metropolitanas (agrupamento de municípios limítrofes) Art.
25, § 3º (por Lei Complementar) 
6. Os bens dos Estados (art. 26) 
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na
forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob
domínio da União, Municípios ou terceiros; 
 III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
7. Formação dos estados-membros 
Art. 18 § 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem
a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente
interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
-Incorporar-se = Fusão (A+B+C → D) Ex. RJ + Guanabara
-Subdividir-se = Cisão (A → B+C)
-Desmembrar-se 
- desmembramento anexação
(A → A + (A+B))
- desmembramento formação
(A→ A + B) Ex. Goiás e Tocantins; Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
8. Observações sobre o procedimento de formação dos Estados:
a) População interessada – STF – a pop de todo o estado/município a ser desmembrado.
b) Plebiscito (não é referendo)1
- convocado por decreto legislativo 
1 Plebiscito é convocado previamente à criação do ato legislativo ou administrativo e o referendo é 
convocado posteriormente, cabendo ao povo ratificar ou rejeitar a proposta.
- prévio e essencial 
- condição de continuação/procedibilidade (vinculativo)
Art. 49 É competência exclusiva do Congresso Nacional: XV autorizar referendo e convocar plebiscito;
Obs. A população do Pará não aceitou o desmembramento em Carajás e Tapajós (2011)
c) Lei complementar – 
- Projeto de lei proposto por qualquer das casas (Câmara/Senado)
- A Casa em que foi apresentado o projeto promove audiência das Assembleias Legislativas 
- Continua mesmo com parecer contrário da Assembleia Legislativa
d) O congresso pode não aprovar o PL.
e) O presidente pode vetar.
f) O parlamento pode derrubar o veto (sessão conjunta em 30 dias)
9. Serviços locais de gás canalizado – Art. 25, § 2º.
- explorados pelos estados: diretamente ou mediante concessão (vedada a regulamentação por MP)
MUNICÍPIOS
1- Pss jur de direito público interno
- São entes federados autônomos (auto-organização, autolegislação, autogoverno e autoadministração
- É possível haver intervenção federal se o Estado não respeitar a autonomia municipal (art. 34, VII, c)
2. Formação dos municípios (art. 18, § 4º)
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual,
dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
1. A lei Complementar não existe. 
2. Estudo de Viabilidade Municipal - estudo apresentado, publicado e divulgado
3. Plebiscito – 
Convocado pela Assembleia Legislativa. 
Condição de procedibilidade. 
Populações diretamente interessadas.
4. O legislador estadual pode aprovar ou rejeitar o Projeto de lei estadual que
cria/incorpora/funde/desmembra.
5. O governador pode vetar.
Há intenção em dificultar a criação de novos municípios p evitar o surgimento desenfreado deles.
1. O problema da faltade Lei Complementar.
1. STF - O § 4º do art. 18 é norma de eficácia limitada. 
 Leis de eficácia limitada – São leis que necessitam da existência de uma lei para “mediar” a sua
aplicação, sua aplicação não é imediata. É indireta ou mediata.
2. Falta de LC – gera inconstitucionalidade formal (violação a pressuposto objetivo)
3. O STF declarou inconstitucionais as várias leis estaduais que criaram municípios sem a LC federal.
Sem nulidade (porque a situação fática já estava consolidada e p garantir a segurança jurídica)
4. Congresso promulgou a EC 57 – acrescentando o art. 96 ao ADCT – 
Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios,
cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na
legislação do respectivo Estado à época de sua criação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 57, de
2008).
Obs. O Congresso já aprovou mais de uma Lei Complementar disciplinando a matéria, mas a Presidência da
República vetou.
Fundamento do Veto – interesse público (haverá aumento de despesas sem geração de novas receitas)
DISTRITO FEDERAL 
1. Unidade federada autônoma (autonomia parcialmente tutelada pela União) porque ...
a) A polícia civil, militar e o corpo de bombeiros militar: organizados e mantidos pela União. (Embora
subordinados ao Governador) Art. 32, § 4º
b) O Poder Judiciário e MPDFT são organizados e mantidos pela União (art. 21, XIII e 22, XVII)
Obs. A EC 69 transferiu p o DF as atribuições de organizar e manter a Defensoria Pública do DF.
2. FCDF – Fundo constitucional do DF
- Recursos p organização e manutenção das polícias civil, militar e do corpo de bombeiros.
- Assistência financeira para serviços de saúde e educação (art. 21. XIV)
3. Auto-organização 
art. 32 – lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de 10 dias e aprovada por dois terços da
Câmara Legislativa.
Autogoverno (art. 32, §§ 2º e 3º- eleição de Gov, Vice e Deputados Distritais)
Autoadministração – serviços públicos
Autolegislação – elaboração de leis gerais e abstratas
4. Outras características:
- Vedada a divisão do DF em municípios (art. 32)
TERRITÓRIOS
- Não possuem autonomia política.
- São uma descentralização administrativo-territorial da União (uma autarquia / integrante da União) art. 18,
§ 2º
- não existem territórios, mas podem ser criados e poderão ser divididos em municípios ( ≠ do DF)
- O primeiro território foi o território do Acre (adquirido da Bolívia em 1903)
- Antigos territórios: Fernando de Noronha, Amapá, Roraima, Rondônia, Ponta Porã e Iguaçu.
- os antigos territórios foram transformados em estados
- Fernando de Noronha foi reincorporado ao estado de Pernambuco e passou a ser um Distrito Estadual
*dirigido por um Administrador-Geral nomeado pelo Governador do Estado
* com previsão de vir a ser um município qdo atingir as exigências mínimas
Aula 03 – Intervenção (material sem correções)
1. Introdução:
A estrutura dos entes federados se funda na autonomia.
Intervenção 
- Ocorre se houver abuso das autonomias por parte dos entes federados (E, DF e M).
- Suspende temporariamente a autonomia do E, DF e M.
Tipos de intervenção:
- Federal: U intervêm nos E e municípios dos Territórios.
- Estadual: E intervêm nos seus M.
2. Competência do Presidente da República p decretar e executar a Intervenção federal: (art. 84, X)
a) De ofício (art. 34, I a V) 
b) Não sendo de ofício – observar os pressupostos formais do art. 36.
3. Pressupostos da intervenção:
- Materiais (finalidades/motivos) – art. 34
- Formais – art. 36
Art. 34 – primeira parte - Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
A regra é que não deve haver intervenção. 
A intervenção é uma situação excepcional. 
A exceções (os motivos excepcionais) são o rol taxativo do art. 34.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
3.1. Finalidades da intervenção (pressupostos materiais): Art. 34
a) Defesa do Estado (I e II – 1ª parte)
b) Defesa do princípio federativo (II – 2ª parte, III e IV)
c) Defesa das finanças estaduais (V)
d) Defesa da ordem constitucional (VI e VII)
a) Defesa do Estado – I e II.
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
b) Defesa do princíp. federativo – II (2ª parte), III e IV.
II – repelir invasão de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
c) Defesa das finanças estaduais – V.
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força
maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos
estabelecidos em lei;
OBS. dívida fundada (ou consolidada) - São os compromissos de exigibilidade superiores a 12 meses.
d) Defesa da ordem constitucional – VI e VII.
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princíp. constitucionais: (sensíveis) 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
3.2. Pressupostos formais: Solicitação, requisição e representação. (ver o artigo 36 abaixo)
1. Solicitação 
- do Poder Legislativo ou 
- do Poder Executivo coacto ou impedido ou 
2. Requisição 
- do STF se a coação for contra o Poder Judiciário
(p garantir a separação dos poderes); 
- do STJ ou do TSE – havendo desobediência à ordem ou decisão judiciária. 
Obs. Nas solicitações o Presidente não está obrigado a intervir (conveniência e oportunidade). 
Nas requisições, estará vinculado, devendo decretar a intervenção.
3. Representação do PGR, provida pelo STF – (ação direta de inconstitucionalidade interventiva)
..............................
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
I - de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou 
de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário para 
garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação (no caso do art. 34, IV)
II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo, do STJ ou do TSE;
III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na
hipótese do art. 34, VII, (violação dos princípios sensíveis) e no caso de recusa à execução de lei federal.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
............................................
4. Espécies de intervenção:
1. Espontânea (de ofício/Presidente) art. 34, I a V
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força
maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição,dentro dos prazos
estabelecidos em lei;
2. Solicitada – (art. 34, IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação)
3. Requisitada – (art. 34, VII e art. 36, I e II)
- para assegurar a observância dos princípios constitucionais sensíveis,
- no caso de desobediência à ordem ou decisão judiciária (ex. deixar de pagar precatórios, voluntariamente e
havendo recursos) 
- no caso de recusa à execução de lei federal.
5. Procedimento das intervenções federais:
a) verificação do pressuposto material
b) verificação do pressuposto formal (solicitação / requisição / representação)
c) Manifestação do Presidente 
- tem que ouvir os Conselhos: da República e de Defesa Nacional – art. 90, I e art. 91, § 1º, II, 
- não fica vinculado aos seus pareceres)
d) elaboração do decreto presidencial de intervenção (amplitude, prazo, condições, nomeação de interventor
– se necessário) 
e) Controle político 
- o Congresso aprecia o decreto em 24 h 
(ou convocação extraordinária) – por decreto legislativo.
- O Congresso pode suspender a intervenção – juízo político prevalente.
Obs. É dispensada a apreciação pelo Congresso na intervenção para: 
- prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial do art. 36, II e III e 
- assegurar a observância dos princípios constitucionais sensíveis do art. 34, VII.
f) cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a eles retornarão.
6. Intervenção estadual (nos Municípios):
Decretada pelo Governador do Estado.
A regra é a não intervenção (art. 35)
Exceção (são os pressupostos materiais - art. 35, I a IV)
- deixar de pagar SEM MOTIVO DE FORÇA MAIOR, por dois anos consecutivos, a dívida fundada.
- não prestar contas, na forma da lei.
- não aplicar o mínimo da receita municipal em ensino e saúde. (art. 2122)
- O TJ deve dar provimento a representação para assegurar a observância de princípios da Constituição
Estadual.
O Decreto de Intervenção será apreciado em 24h pela Assembleia Legislativa.
...............................................................
SEPARAÇÃO DE PODERES
1. Aristóteles (384 – 322 a.C.)
- Primeiras bases teóricas da tripartição de poderes – obra Política (Aristóteles).
- Aristóteles via três funções distintas concentradas no soberano (decorrência do seu momento histórico):
- editar normas gerais
- aplicar as normas (administrando)
- julgar (dirimindo conflitos)
2. Montesquieu (1689-1755)
- Aprimorou a teoria de Aristóteles na obra O espírito das leis.
- Inovou a teoria acrescentando que as funções são relacionadas a três órgãos distintos, autônomos e
independentes entre si.
- não cabe a um único órgão legislar, aplicar a lei e julgar
- Sua teoria se contrapõe ao absolutismo.
- É a base das revoluções americana e francesa.
- Aparece como um verdadeiro dogma constitucional na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. 
Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos 
poderes não tem Constituição.
2 Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a 
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
3. Separação de poderes ou Divisão funcional do poder
- é a base da organização dos governos democráticos ocidentais.
- foi resultado empírico (das experiências) da evolução constitucional 
- não foi uma invenção genial de um homem inspirado.
4. Finalidade da separação dos poderes
- combater a concentração de poderes nas mãos de uma só pessoa (absolutismo)
- preservar a liberdade individual
- garantir o equilíbrio político (ou minimizar os riscos de abuso do poder) buscando por meio de:
* imposição de colaboração e consenso das autoridades para a tomada de decisões
* mecanismos de fiscalização e responsabilização recíproca dos poderes 
(check and balances - freios e contrapesos)
5. Exemplos do mecanismo ”freios e contrapesos” (interferências ou controles recíprocos):
a) Controles do Judiciário
1. O Judiciário (STF) pode declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual 
(legislativo) – Art. 102, I, a
2- O Judiciário (STF) pode condenar parlamentar federal corrupto (Legislativo) – art. 53, § 1º + art. 102, I, b
3. O Judiciário (juízes) podem declarar inconstitucionalidade de lei (legislativo) ou de ato normativo do 
poder público (executivo) – Art. 97.
4- O Judiciário pode rever atos de CPI (Legislativo) 
b) Controles do Executivo
1- O chefe do Executivo pode vetar ou aprovar projetos de lei (legislativo) – art. 66, § 1º 
c) Controles do Legislativo
1- O Legislativo (Congresso) pode derrubar o veto (Executivo) - art. 66, § 4º a 6º
2 - O Legislativo pode propor emenda em projeto de lei de iniciativa exclusiva do Presidente. – Art. 63, I e 
II.
3- O Legislativo (Senado) pode processar e julgar o Presidente e o Vice (Executivo) nos crimes de 
responsabilidade – art. 52, I
4- Nos casos de:
 - sanção tácita (silêncio – 15 dias) e de 
 - derrubada de veto, 
se o Presidente (Executivo) não promulgar a lei em 48 h, o Presidente do Senado ou o vice, deverão fazê-lo 
(legislativo) – art. 66, § 7º.
5- MP editadas pelo Presidente (Executivo) podem ser rejeitas pelo Congresso (Legislativo) – art. 62.
6- O presidente (Executivo) nomeia os Ministros do STF (Judiciário) depois de serem sabatinados pelo 
Senado (Legislativo) – Art. 101, parágrafo único + 52, III, a + 84, XIV.
.............................
6. Funções típicas (principais) (José Afonso)
Função legislativa – 
* edição de leis (regras gerais, abstratas, impessoais. Art. 59 a 69) e 
* fiscalização contábil, financeira, operacional, patrimonial e orçamentária (arts 70 a 75) - COFOP
Função executiva – 
* atos do governo (atos políticos e decisão) e 
* administração pública (prestação de serviços)
Função jurisdicional – 
* dirimir conflitos e 
* aplicar a lei ao caso concreto
7. Funções atípicas:
a) do Legislativo – 
- Organização própria (provimento de cargos, concedendo férias, licenças a servidores etc.)
- Julgar o Presidente nos crimes de responsabilidade – art. 52, I
b) do Executivo – 
- O Presidente edita MP (legisla)
- O Executivo julga seus próprios processos e os recursos administrativos
c) do Judiciário –
- Elabora seus próprios regimentos internos
- Administra sua organização (provimento de cargos, concessão de férias e licenças, etc.)
8. Tripartição de poderes: 
Apesar de algumas críticas à expressão tripartição de poderes feita por alguns autores que afirmam que o 
poder é uno, indivisível e indelegável, a Constituição prescreve no 
Art. 2º - São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário.
A palavra poderes tem sentido de função ou de órgão.
A tripartição de poderes é cláusula pétrea (art. 60, § 4º, III)
Art. 60 - § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
III- a separação dos poderes
9. Princípio da indelegabilidade de atribuições 
As atribuições de um poder não podem ser delegadas a outro, exceto se:
- houver expressa previsão (funções atípicas) ou 
- tiver delegação pelo constituinte originário. 
Ex. leis delegadas – são uma atribuição do Legislativo delegada ao Executivo previstas na Constituição pelo
constituinte originário.
Aula de Reposição - FUNÇÕES ESSENCIAS À JUSTIÇA (art. 127 a 135)
São atividades profissionais (públicas ou privadas ) sem as quais o Judiciário não pode funcionar ou 
funcionará mal.
São funções essências à justiça:
- Ministério Público
- Defensoria Pública
- Advocacia Pública
- Advocacia Privada
MINISTÉRIO PÚBLICO (art. 127 e ss.)
Instituição permanente, essencial à função Jurisdicional do Estado
Incumbências/atribuiçõesdo MP. Cabe ao MP a defesa: 
- da ordem jurídica, 
- do regime democrático e 
- dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
O MP tem autonomia funcional e administrativa.
O MP pode propor ao Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares.
O MP pode prover seus cargos por concurso público (de provas ou de provas e títulos)
O chefe do MPU é o PGR.
O PGR é: 
- Nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, 
- Maior de 35 anos,
- Aprovado pela maioria absoluta do Senado. Art. 52, III
- Mandato de 2 anos (permitida a recondução)
- Pode ser destituído por iniciativa do Presidente (com autorização da maioria absoluta do Senado 
também)
Princípios institucionais do MP (art. 127, § 1º)
4. Unidade 
5. Indivisibilidade
6. Independência funcional
Unidade: O MP é uno (possui divisão meramente funcional) . 
Independência funcional: Relaciona-se à autonomia de convicção promotores e procuradores podem 
agir da maneira que melhor entenderem , submetem-se apenas em caráter administrativo ao Chefe da 
Instituição. 
Indivisibilidade: Os membros do Ministério Público agem em nome da Instituição e não por eles 
mesmos, por isso a possibilidade de um membro substituir o outro, dentro da mesma função, sem que com
isso haja qualquer disparidade.
Funções institucionais do MP – art. 129 (I a IX)
Garantias dos membros do MP – art. 128, I
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial
transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado
competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla
defesa; 
c) irredutibilidade de subsídio 
Vedações aos membros do MP – art. 128, II
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;
e) exercer atividade político-partidária; 
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou 
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.
g) exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento 
do cargo por aposentadoria ou exoneração
Obs. Segundo o STF, membro do MP que ingressou na instituição antes da CF/88 pode exercer cargo ou 
função pública em órgão externo ao MP.
Composição: Art. 128
I - o Ministério Público da União, que compreende:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
II - os Ministérios Públicos dos Estados.
Chefia:
MPU – PGR → nomeado pelo Presidente de República dentre integrantes da carreira, maiores de 35 anos, 
com aprovação da maioria absoluta do Senado, mandato de 2 anos (permitida a recondução)
MP dos Estados e do DF – 
Procuradores Gerais dos Estados e do DFT → nomeados pelo Chefe do Executivo, segundo a lei estadual, 
mandato de 2 anos (permitida uma recondução) 
O MP deve elaborar sua proposta orçamentária, dentro dos limites estabelecidos na LDO.
Se não encaminhar a proposta no prazo, serão considerados os valores da lei orçamentária vigente. (art. 127, 
§ 3º)
CNPM – Conselho Nacional do MP
- Presidido pelo PGR
- tem 14 membros (O CNJ tem 15)
- nomeados pelo Presidente
- aprovados pela maioria absoluta do Senado
- mandato de 2 anos
Competências do CNMP – art. 130-A § 2º (Semelhante ao CNJ – art. 103-B, § 4º)
São referentes:
- ao controle da atuação administrativa e financeira
- ao cumprimento dos deveres funcionais dos seus membros.
ADVOCACIA PÚBLICA 
É composta basicamente
- pela Advocacia-Geral da União,
- pelas Procuradorias dos Estados e 
- pelas Procuradorias Municipais.
AGU – é a instituição que representa a União judicial e extrajudicialmente. 
Cabem-lhes atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo (art. 131)
O Chefe da AdvocaciaGU é o AdvogadoGU. 
- Nomeado pelo Presidente da República
- Cidadãos maiores de 35 anos, 
- de notável saber jurídico e reputação ilibada.
Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional faz a 
representação da União. (art. 131, § 3º)
Procuradorias dos Estados e do DF exercerão:
- a representação judicial e 
- a consultoria jurídica das respectivas unidades federativas.
ADVOCACIA PRIVADA
O advogado é 
- indispensável à administração da justiça, 
- sendo (no exercício da profissão) inviolável por seus atos e manifestações, nos limites da lei. (art. 133)
DEFENSORIA PÚBLICA 
(art. 134 – alterado pela EC 80/2014)
- instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado.
- instrumento do regime democrático.
Incumbência da Defensoria Pública: 
- orientação jurídica, 
- a promoção dos direitos humanos e 
- a defesa dos necessitados, 
- judicial e extrajudicial
- em todos os graus, 
- dos direitos individuais e coletivos
- integral e gratuita 
- aos que comprovarem insuficiência de recursos.
Os integrantes da Defensoria Pública da União e do DFT possuem a garantia da inamovibilidade (mas não 
tem vitaliciedade) 
- É vedado aos defensores, o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.
- Cabe ao DF organizar e manter a Defensoria Pública do DF. (antes era competência da União)
Agora a União tem competência para manter e organizar apenas sua própria Defensoria (Defensoria da 
União) e dos Territórios. Art. 21, XIII
- As Defensorias Públicas Estaduais têm:
* autonomia funcional e administrativa e 
* a iniciativa de suas propostas orçamentárias dentro dos limites da LDO. 
Obs. Lei Complementar 80/94.
Art. 4º - São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre outras: [...] 
XXI – executar e receber as verbas sucumbenciais decorrentes de sua atuação, inclusive quando devidas
por quaisquer entes públicos, destinando-as a fundos geridos pela Defensoria Pública e destinados, 
exclusivamente, ao aparelhamento da Defensoria Pública e à capacitação profissional de seus membros 
e servidores;
Poder Legislativo (art. 44 a 59 e 70, 71)
1. Funções típicas
10.Inovar a ordem jurídica (por meio do processo legislativo – art. 59 a 69)
11.Fiscalização contábil, financeira, operacional, patrimonial e orçamentária da União e da 
Administração Pública (arts 70 a 75) - COFOP
2. Funções atípicas
Executiva: compra de material, organização de pessoal.
Judiciária: Julgamento do Presidente por crimes de responsabilidade (art. 52, I)
3. Legislativo da União/Federal
- exercido pelo Congresso Federal
- Bicameral: Câmara (representante do povo) +
 Senado (representante dos Estados-membros/DF)
4. Legislativo dos Estados e DF
- Unicameral – Assembleias Legislativas (nos Estados-membros) e Câmara Legislativa (no DF)
- deputados estaduais/distritais são os representantes do povo do estado
- deputados estaduais - mandato de 4 anos, > 21 anos
Art. 14, § 3º, CF - Idades mínimas:
35 – presidente, vice, senador
30 – governador, vice 
21 – Deputados, Prefeito, vice, juiz de paz
18 - vereador
5. Legislativo dos municípios
- Unicameral
- Câmara de vereadores (Municipal)
- Vereadores - mandato de 4 anos, > 18 anos
- representantes do povo do município.
- o número de vereadores é proporcional à população (ver o art. 29, IV – EC 58/09)
- o subsídio dos vereadores será fixado pela Câmara para a legislatura subsequente 
(obs. o subteto do Poder Executivo municipal é o subsídio do Prefeito. art. 37, XI)
6. Organização e funcionamento do Congresso
6.1 - Legislatura – 4 anos (coincide com a eleição paradeputados)
O término de uma legislatura impede a continuidade das CPIs.
6.2 - Sessão Legislativa – 1 ano (2 de fev a 17 de julho + 1º de agosto a 22 de dez) - Dois PERÍODOS 
Legislativos.
- A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO (o recesso não iniciará em 23/12) – art.
57, § 2º
6.3 – Reuniões (Sessões) 
- ordinárias - Ocorrem dentro do período da sessão legislativa
- extraordinárias - Ocorrem no período de recesso 
- No recesso tem a Comissão Representativa do Congresso.
- A Comissão Representativa é eleita na última sessão ordinária de cada período legislativo.
E se as reuniões marcadas p/ essas datas caírem no domingo? Ex. as reuniões preparatórias a partir de 1º de 
fev, no primeiro ano da legislatura, para posse dos membros. 
R. Vai para o primeiro dia útil subsequente.
6.4 - Eleição das mesas – para um período de 2 anos 
(vedada recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente)
6.5 – Hipóteses de convocação extraordinária do Congresso:
a- Pelo Presidente do Senado 
* decretação de estado de defesa (art. 1363), intervenção federal (art. 34) e
* pedido de autorização p decretação de estado de sítio 4
3 Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar
estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social
ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
4 Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar
ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: I - comoção grave de repercussão nacional ou
ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; II - declaração de estado de guerra
ou resposta a agressão armada estrangeira.
* p compromisso e posse do Presidente/vice da República
b- Pelo Presidente da Rep + Presidente da Câmara/Senado ou a requerimento da maioria dos membros de 
ambas as casas em caso de urgência ou interesse público relevante (art. 57, § 6º)
Na sessão extraordinária, o Congresso somente poderá deliberar sobre a matéria p a qual foi convocado, 
salvo se houver MPs em vigor na data da convocação. 
(Serão incluídas na pauta)
É vedado o pagamento de parcela indenizatória em razão da convocação para sessão extraordinária. (EC 50 
– 2006)
6.6 - As decisões do Congresso são por:
- maioria simples (não é metade mais um) é o maior número de votos em uma direção decisória (decisão por 
maioria de votos)
- quórum qualificado (depende da matéria)
Obs. Maioria absoluta é o primeiro inteiro acima da metade do grupo (todo). É um número fixo. Ex: 41 dos 
81 senadores ou 257 dos 513 deputados.
7. Sessão conjunta: (Câmara e Senado)
- para inaugurar a sessão legislativa
- para elaborar o regimento comum
- para regular a criação de serviços comuns às duas casas
- para receber o compromisso do Presidente/vice
- para conhecer do veto e sobre ele deliberar 
Obs. a contagem dos votos é separada.
Presidente da Mesa do Congresso – é o Presidente do Senado. 
Os demais cargos são alternados com a Câmara.
8. Câmara dos Deputados
- Representantes do povo
- Deputados federais (4 anos = legislatura), 
- > 21 anos
- Eleitos pelo sistema proporcional
- Reeleições infinitas
9. Número de deputados federais por estado e DF 
- estabelecido por LC
- proporcional à população (brasileiros + estrangeiros)
- ajuste no ano anterior à eleição
- não menos que 8 e não mais que 70
- 513 deputados
- territórios, se forem criados, terão 4 deputados
10. Número de deputados estaduais (art. 27) 
- o triplo da representação do Estado na Câmara, mas atingido número de 36, será acrescido de tantos 
quantos forem os Deputados Federais acima de 12.
Deputados
Federais
Deputados
Estaduais
8 24 (DF)
Até 12 – o triplo
9 27
10 30
11 33
12 36
13 (13 – 12 = 1) 37 (36 + 1) Acima de 12 
Estaduais = 36 + 
(nº de federais – 12) 
14 (14 – 12 = 2) 38 (36 + 2)
....
70 (70 – 12 = 58) 94 (36 + 58)
11. Senado Federal 
- representantes dos Estados-membros e do DF
- cada Estado/DF terá 3 senadores
- total – 27 x 3 = 81 (26 estados + DF)
- eleitos segundo o princípio majoritário 
- senadores (mandato de 8 anos – duas legislaturas),
- > 35anos
- reeleições podem ser infinitas
- cada senador terá 2 suplentes
- representação renovada a cada 4 anos por um e dois terços, alternadamente. (art. 46, § 2º)
- territórios criados não terão representantes no Senado
12. Quadro comparativo
Senado Câmara dos Deputados
Composição Senadores –
Representantes dos estados e DF
Deputados Federais – 
Representantes do povo
Sistema de Eleição Majoritário Proporcional5
Nº Parlamentares - 81 senadores
- 3 por estado/DF
- 2 suplentes
- 513 deputados federais
- 8 a 70 por unidade
- 4 por território
5 Art. 109 do Código Eleitoral.
Mandato 8 anos 
(2 legislaturas)
4 anos
Renovação A cada 4 anos,
(por 1/3 e 2/3)
A cada 4 anos
Idade mínima 35 anos 21 anos
13. Formas de manifestação do Legislativo Federal / Congresso Nacional 
- art. 48 - Cabe ao Congresso Nacional ... dispor sobre todas as matérias de competência da União ...
c/ manifestação das duas casas em sequência (+ sanção / veto do Presidente da República), 
- art. 49 – É da competência exclusiva (não precisa de sanção) do Congresso Nacional (por Decreto 
Legislativo),
- (art. 51) Compete privativamente a Câmara e (art. 52) Compete privativamente ao Senado. Isoladamente 
por Resolução.
Poder Legislativo – continuação (material sem correção)
14. Câmara/Senado e suas Comissões podem convocar: (art. 50) 
- Ministro de Estado ou 
- Titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência 
*para prestar informações pessoalmente sobre assunto previamente determinado
 *a ausência sem justificação é crime de responsabilidade (Lei 1.079/50)
 Obs.
1 - Ministros poderão comparecer por sua iniciativa e mediante entendimentos com a 
Mesa da Câmara/Senado, 
para expor assunto de relevância de seu Ministério.
2 - Mesas da Câmara e Senado podem encaminhar pedidos escritos de informações 
a Ministros ou a titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência.
- não atendimento a convocação em 30 dias ou recusa ou prestação de informações 
falsas 
é crime de responsabilidade.
OBS. Lei dos crimes de responsabilidade – Lei 1.079/50
 Crimes de responsabilidade de prefeitos – Dec. Lei 201/67
15. Comissões
15.1 - Tipos:
- permanentes6
- temporárias (prazo ou matéria - não ultrapassa a legislatura)
Asseguram, dentro do possível, a representação proporcional dos partidos ou dos 
blocos parlamentares.
15.2 - Atribuições da comissões: (art. 58, § 2º)
- discutir e votar PL que dispensar a competência do Plenário (estabelecido no 
Regimento) 
SALVO Recurso de 1/10 dos membros da casa)
- realizar audiências públicas
- convocar Ministros de Estado p prestar informações
- receber reclamações, petições, representações ou queixas contra autoridades e 
entidades públicas.
- solicitar depoimento de cidadãos e autoridades
- apreciar programas de obras, planos de desenvolvimento e emitir parecer
 
16. CPIs – art. 58, § 3º, CF
6 Ex. de Comissões da Câmara: (perduram enquanto constarem do Regimento Interno – atualmente são 
25) Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural - CAPADR; Ciência e Tecnologia, 
Comunicação e Informática - CCTCI; Constituição e Justiça e de Cidadania - CCJC; Cultura - CCULT; Defesa 
do Consumidor - CDC; Defesa dos Direitos da Mulher – CMULHER; Comissão de Defesa dos Direitos da 
Pessoa Idosa - CIDOSO, etc.
§ 3º - As comissões parlamentaresde inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente,
mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por
prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
a) Plano Federal – qualquer das casas do Congresso pode instaurar CPI
b) CPI mista – Câmara + Senado
c) Plano Estadual e Municipal - Assembleias Legislativa e Câmaras de Vereadores tb 
podem instaurar CPI – devem se espelhar no modelo federal (Princípio da Simetria)
CPI do Congresso (longa manus do Congresso) – 
São controladas por HC e MS pelo STF.
16.1 - Objeto da CPI
- reunir dados e informações p o exercício das funções constitucionais conferidas ao 
parlamento (investigação) - direito de inquirir
- Não se destina a apurar responsabilidades nem efetuar julgamentos
- Conclusões deverão ser encaminhadas ao MP para que promova responsabilização 
civil (ACP ou ação de improbidade) ou penal 
16.2 - fato determinado – 
- fato específico, bem delineado, que não deixa dúvidas sobre o que vai ser 
investigado
(proibidas devassas generalizadas – garantia dos direitos fundamentais)
- Tudo que disser respeito ao fato determinado, direta ou indiretamente, pode ser 
investigado.
- CPI federal não deve invadir a esfera de competência estadual ou municipal.
16.3 - “por prazo certo” – 
- a CPI termina com a sessão legislativa (1 a) em que foi criada
- pode ser prorrogada até o término da legislatura (4 a)
CPI – instrumento de ação das minorias (requerimento de 1/3 é suficiente p instaurar) 
16.4 - Poderes de investigação próprios das autoridades judiciais (das CPIs):
- pode convocar ministros
- tomar depoimentos de autoridades
- ouvir indiciados e testemunhas (sob compromisso7)
- requisitar informações e docs de órgãos públicos
- transportar-se p qualquer lugar necessário
- requerer ao TCU inspeções e auditorias (STF)
7 A testemunha que fizer afirmações falsas, negar ou calar a verdade, poderá ser processada por 
crime de falso testemunho.
16.5 - Testemunhas e indiciados
- intimação deve ser pessoal
- o depoente não é obrigado a responder perguntas impertinentes e não têm que se 
incriminar
- art. 5º, LXIII - direito do preso ao silêncio – não é obrigado a responder perguntas que
o incriminem
- testemunhas 
* são obrigadas a comparecer (podem ser conduzidas coercitivamente)
* têm o dever de dizer a verdade e não calar fato relevante
* pode calar-se em razão do sigilo profissional ou funcional (advogado, jornalista)
16.6 - Poder de investigação judicial ≠ Poderes gerais de cautela (dos magistrados)
- CPI pode: (Poder de investigação judicial) 
12.Quebrar o sigilo fiscal e bancário dos investigados
13.Quebrar o sigilo telefônico (dados, números que ligaram e receberam ligações, 
quando, duração)
14.Decretar prisão em flagrante (somente)
- CPI não pode: (Poderes gerais de cautela)
* decretar prisão
* proibir o afastamento do país
* decretar indisponibilidade de bens dos indiciados
* fazer interceptação telefônica (escutar o conteúdo da conversa) 
Obs. Não pode divulgar as informações, é depositária do segredo
* determinar realização de busca e apreensão (entrar na CASA de alguém sem o 
consentimento do morador
* impedir testemunhas e indiciados de se apresentarem acompanhadas de advogado.
CASA é qualquer:
- compartimento habitado
- aposento ocupado de habitação coletiva
- compartimento privado onde alguém exerce profissão ou atividade
16.7 - Interceptação telefônica (art. 5º, XII)
Só por ordem judicial
Nas hipóteses de: * investigação criminal
 * instrução processual penal
16.8 – Autoridades judiciais têm reserva de jurisdição, ou seja, poderes de 
investigação que apenas as autoridades judiciais estão legitimadas a exercer. 
(Poderes gerais de cautela)
São providências que importam invasão da esfera dos direitos individuais e exigem 
motivação.
Pode ser motivação per relationem (quando faz remissão a docs e depoimentos já 
constantes dos autos).
16.9 - Relatório conclusivo da CPI –
- deve ser enviado ao MP e à AGU p providencias (cíveis e penais)
- Tb pode haver relatórios parciais.
17. Imunidades Parlamentares8
- são prerrogativas inerentes à função parlamentar, garantidoras do exercício do 
mandato parlamentar, com plena liberdade.
- garantem desempenho livre (o parlamentar não será perseguido ou prejudicado em 
razão da sua atividade)
- asseguram independência do poder legislativo
- Imunidades Parlamentares são irrenunciáveis. (decorrem da função e não da pessoa
do parlamentar)
18. Espécies de imunidades:
18.1 - Material/real/ substantiva/inviolabilidade: (art. 53, caput)
- Determina a exclusão da prática de crime (penal), bem como da responsabilidade 
civil, pelas opiniões, palavras e votos dos parlamentares
- parlamentar federal tem imunidade material mesmo fora dos limites territoriais do
Congresso.
18.2 - Formal ou adjetiva
- são tratamentos especiais para a prisão e o processo do parlamentar
a) Para a prisão: (art. 53, § 2º)
- desde a diplomação (entrega de diploma que contém o nome do candidato, a 
legenda sob a qual concorreu, o cargo p o qual foi eleito, a classificação como 
suplente). 
Obs. Só depois da diplomação ocorre a posse.
- antes mesmo da posse, os parlamentares federais já não poderão ser presos, salvo 
em flagrante de crime inafiançável.
- a regra é a impossibilidade da prisão
- se o parlamentar for preso por crime inafiançável, os autos do 
processo/procedimento 
serão remetidos dentro de 24 à Casa respectiva (se senador, ao Senado; se 
deputado, à Câmara) 
para que, pelo voto da maioria (é absoluta) de seus membros decida sobre a prisão. 
- voto aberto (para garantir transparência)
- Resultados possíveis da votação:
* não manutenção da prisão – prisão relaxada
* manutenção da prisão – autos serão encaminhados ao STF (p parlamentares federais
– art. 53, § 1º + 102, I, b)
8 Direito Constitucional – Pedro Lenza
b) - Para o processo:
- poderão ser instaurados inquéritos policiais, processos de natureza civil, disciplinar 
ou administrativa e tb denúncia criminal.
- oferecida a denúncia (por crime ocorrido após a diplomação), o ministro do STF 
poderá recebê-la 
(sem licença prévia da respectiva Casa)
- recebida a denúncia, o STF dará ciência à Casa (art. 53, § 3º)
- pode haver (por iniciativa de partido político) pedido para sustar o andamento da 
ação.
- o pedido do partido pode se dar a qualquer tempo até a decisão final
- o pedido de sustação (apreciado em 45d), aprovado por voto da maioria absoluta, 
suspende a prescrição enquanto durar o mandato (art. 53, § 5º)
- somente suspende processos por crimes ocorridos após a diplomação.
- as imunidades dos deputados e senadores subsistirão durante o estado de sítio 
(só podendo ser suspensas por 2/3 dos votos da Casa para atos praticados fora do 
recinto do Congresso)
19. Prerrogativas de foro
- após a expedição do diploma, o julgamento de deputados e senadores será no STF 
(art. 53, § 1º)
- só existe prerrogativa de foro durante o mandato
SITUAÇÃO do parlamentar Processo – consequência 
Já estava sendo julgado antes da 
diplomação
O processo vai p o STF.
Não haverá comunicação à Casa (não 
tem imunidade formal p o processo)
Cometeu crime após a diplomação Processo tramita no STF.
Tem q dar ciência a respectiva Casa.
Findo o mandato tb acaba a prerrogativa 
de foro.
Pratica crime após o término do mandato Não tem prerrogativa de foro.
- deputados e senadores não serão obrigados a testemunhar * sobre informações 
recebidas/prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pss queconfiaram/receberam informações. (art. 53, § 6º)
- deve haver autorização da Casa p q ocorra incorporação de deputados e senadores
às Forças Armadas mesmo em tempo de guerra.
20. Impedimentos e incompatibilidades (art. 54) – 
Infringir estas proibições pode resultar em perda do mandato
DEPUTADOS E SENADORES NÃO PODERÃO:
(sob pena de perda do mandato)
DESDE A EXPEDIÇÃO DO DIPLOMA DESDE A POSSE
a) firmar/manter ctto com (*), salvo qdo
o ctto obedecer a cláusulas uniformes
a) ser proprietários, controladores ou
diretores de empresa q goze de favor
(ctto de adesão)
(*) pss jur de direito publ, autarquia, 
empr. Públ., socied. de economia mista 
ou empresa concessionária de serviço 
público
decorrente de ctto c pss jur de direito
públ., ou nela exercer função
remunerada.
b) aceitar/exercer cargo, funç ou
emprego remunerado, inclusive os
demissíveis ad nutum nas entidades (*)
b) ocupar cargo ou função de que sejam
demissíveis ad nutum nas entidades (*)
Obs. Cargo em comissão ou função
gratificada
c) patrocinar causa em q seja
interessada qualquer das entidades (*)
d) ser titulares de mais de um cargo ou
mandato público
(*) pss jur de direito publ, autarquia, empr. Públ., socied. de economia mista ou 
empresa concessionária de serviço público
21. Não perderá o mandato deputado ou senador:
- investido em cargo de Ministro, Governador de território, Secretário de 
Estado/DF/território/prefeitura de capital ou chefe de missão diplomática
- licenciado por motivo de doença ou 
- licenciado p tratar (sem remuneração) de interesse particular (por menos de 120 
dias por sessão legislativa)
- licença superior a 120 dias – convoca suplente.
22. Perda do mandato (art. 55) de deputado/senador:
Hipóteses Procedimentos e órgãos envolvidos 
(+ ampla defesa)
- falta de decoro parlamentar
- por condenação criminal com trânsito 
em julgado
- por infração aos impedimentos e 
incompatibilidades
- por provocação da Mesa ou de partido 
político representado no Congresso.
- decisão por maioria absoluta da 
respectiva Casa Não é mais votação 
secreta (EC 76 – art. 55, § 2º)
- por não ter comparecido a pelo menos 
1/3 das sessões ordinárias na sessão 
legislativa
- qdo a justiça eleitoral decretar
- se perder ou tiver suspensos os direito 
políticos. (v. art. 15)
- por provocação da Mesa ou de partido 
político representado no Congresso.
- decisão pela Mesa (pode ser de ofício)
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos
de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, 
VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. (suspensão)
Se o parlamentar submetido a processo resolver renunciar:
- a renúncia somente vai gerar efeitos depois de encerrado o processo (art. 55, § 4º)
- a renúncia fica suspensa até a decisão
Declarada a perda do mandato:
- a vaga será ocupada por suplente
- se não tiver suplente e faltar + de 15 meses p o término do mandato será feita outra
eleição.
Imunidades Parlamentares são irrenunciáveis. (decorrem da função e não da pessoa 
do parlamentar)
- Imunidades parlamentares não se estendem aos suplentes.
- Deputados estaduais tb têm imunidades parlamentares.
- Assim como os parlamentares federais, os deputados estaduais não têm imunidade 
formal p crimes praticados antes da diplomação.
- a inviolabilidade material (opiniões, palavras e votos) dos Vereadores se restringe a 
circunscrição do município. Art. 29, VIII.
- Vereadores não possuem imunidade formal (p a prisão e p o processo)
Diferença entre: Cassação x extinção do mandato
Cassação - decidida pela maioria absoluta da Câmara/Senado (provocada pela 
respectiva Mesa ou partido + ampla defesa). Natureza constitutiva (cria uma nova 
condição jurídica).
Extinção – declarada pela Mesa (natureza declaratória – a situação jurídica já ocorreu) 
(de ofício ou por provocação de membros ou partido + ampla defesa). 
 Por morte, renúncia, perda ou suspensão dos direitos políticos.
Função fiscalizatória do Poder Legislativo
- Controle interno – é um sistema interno de fiscalização. (art. 74) - Todo Poder deve 
manter um controle interno.
- Controle externo – O poder Legislativo realiza controle interno e tb controle 
externo: 
Fiscalização COFOP da União e das entidades da Administração (direta e indireta). Art. 
70
Atuação conjunta - O controle externo é exercido com o auxílio do TCU. Art. 71.
Obs. Os responsáveis pelo controle interno que tiverem conhecimento de 
irregularidades/ilegalidades devem dar ciência ao TCU (pena de responsabilidade 
solidária)
Devem prestar contas – Todos que de qualquer forma “trabalhem” com recursos 
públicos. Ver o Art. 70.
Apreciar contas x julgar contas
 Tribunal de Contas da União
Aprecia as contas (parecer /
 60 dias)
- Do Presidente da República 
Obs. O julgamento das contas do 
Presidente é feito pelo 
Legislativo*/Congresso - art. 49, IX.
Julga as contas Dos: (art. 71, II)
- dos administradores e responsáveis por
recursos públicos.
- daqueles que derem causa a perda, 
extravio ou outra irregularidade de que 
resulte prejuízo ao erário.
* Controle externo feito pelo Legislativo – é o julgamento de contas do chefe do 
Executivo.
- Presidente da República – Contas julgadas pelo Congresso
- Governador de Estado – Contas julgadas pela Assembleia Legislativa
- Governador do DF – Contas julgadas pela Câmara Legislativa do DF
- Prefeito – Contas julgadas pela Câmara Municipal.
.......................................
Contratos Administrativos (ex. licitações) poderão ser sustados diretamente pelo 
Congresso, 
que solicitará de imediato ao Poder Executivo as medidas cabíveis. (art. 71, § 1º)
Se o Congresso ou o Poder Executivo não efetivarem as medidas previstas em 90 dias,
o TCU decidirá a respeito. (art. 71, § 2º)
O TCU não tem competência p anular/sustar contratos administrativo, mas pode 
determinar à autoridade administrativa que promova a anulação do contrato (art. 71, 
IX).
Decisões do TCU que imputem multa/débito têm eficácia de título executivo.
Ver súmula vinculante n. 03. – “nos processos perante o TCU asseguram-se o 
contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou 
revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a 
apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e 
pensão”.
PODER EXECUTIVO
Função típica – praticar atos de chefia de governo
Funções atípicas:
- Legislativa (art. 62) – ex. Editar MP
- Judiciária – ex. julgar processo adm disciplinar de servidor
Executivo Federal (da União)
- exercido pelo Presidente, auxiliado pelos Ministros de Estado (art. 76)
Obs. Ministros não exercem o Poder Executivo (só auxiliam o Presidente)
- sistema presidencialista - o Presidente é:
* chefe de Estado (da República Federativa do Brasil) e 
* chefe de governo (da Administração pública)
Obs. No Parlamentarismo monárquico, a chefia do Estado é do Monarca e a chefia do 
governo é do Primeiro Ministro.
Eleição do Presidente e do vice (art. 77)
- simultâneas (implica a eleição do vice com ele registrado (art. 77, § 1º)
- realizada no primeiro domingo de outubro (primeiro turno) e no último domingo de
outubro (segundo turno, se houver) do último ano anterior ao término do mandato
vigente.
Eleitos com maioria absoluta de votos – sistema majoritário (maioria dos votos
válidos, excluídos votos em branco e os nulos) – art. 77, § 2º.
Não havendo maioria de votos → segundo turno, em até 20 dias após a proclamação
do resultado.Concorrem os dois mais votados – art. 77, § 3º.
Será eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos.
Havendo empate em primeiro turno → o mais idoso prossegue para o segundo turno.
Art. 77, § 5º
Se antes da realização do segundo turno houver morte, desistência ou impedimento
legal de candidato → convoca-se o próximo mais votado. Art. 77, § 4º.
Eleito → mandato de 4 anos, a partir de 1º de janeiro do ano seguinte à eleição. Art.
82.
Idade mínima (Presidente e vice – também senador): 35 anos. (art. 14, § 3º)
Posse:
- Presidente e vice tomam posse juntos.
- em sessão extraordinária do Congresso Nacional /(art. 57, § 6º, I)
- prestam compromisso de: (art. 78)
*manter, defender e cumprir a Constituição, 
*observar as leis
*promover o bem geral do povo brasileiro
*sustentar a União, a integridade e a independência do Brasil.
Se o Presidente não tomar posse depois de 10 dias da data fixada → 
o cargo será declarado vago (salvo por motivo de força maior (art. 78, parágrafo
único)
Após a posse, Presidente e vice não podem ausentar-se do país por mais de 15 dias
(sob pena de perda do cargo) art. 83.
Podem ausentar-se por mais de 15 dias com autorização do Congresso Nacional
art.49, III.
O Vice-presidente auxiliará o Presidente, sempre que for por ele convocado p missões
especiais (art. 79, parágrafo único)
O Vice-presidente substitui o presidente e é seu sucessor natural - at. 79
Substituição – TEMPORÁRIA – Ex. Licença p tratamento de saúde
Sucessão – DEFINITIVA – Ex. Morte, renúncia.
Na vacância do cargo de Presidente a linha sucessória é:
- Vice-presidente
- Presidente da Câmara
- Presidente do Senado
- Presidente do STF
Em caso de vacância do cargo de Presidente, 
se o Vice ocupar o cargo, ele terminará o mandato. 
A situação se consolida.
Mandato tampão – pelo prazo restante / só completa o mandato.
Em caso de dupla vacância (presidente e Vice), 
os sucessores (Presidente da Câmara, do Senado e do STF) não terminarão o
mandato. 
A situação não se consolida.
Havendo dupla vacância:
- nos dois primeiros anos do mandato → realiza-se nova eleição direta 90 dias depois
de aberta a última vaga.
- nos dois últimos anos do mandato → será feita eleição indireta pelo Congresso para
ambos os cargos, 30 dias depois de aberta a última vaga.
Atribuições do Presidente da República – art.84 → chefia de Estado e de governo.
O rol do art. 84, não é taxativo (não é numerus clausus/ é numerus apertos )
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
(função de chefia de Governo)
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
.......................................................
Obs. Art. 61, § 1º, I e II - São de iniciativa privativa do Presidente as leis que: 
I – fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas.
II – disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou
aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e
pessoal da administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria;
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais
para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal
e dos Territórios;
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no
art. 84, VI 
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. 
.......................................................
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos
para sua fiel execução;
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI - dispor, mediante decreto, sobre: (pode delegar aos Min. de Estado, ao PGR ou ao AGU) -
(Chamados de decretos autônomos).
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
(função de Chefe de Estado)
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso
Nacional; (função de Chefe de Estado)
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X - decretar e executar a intervenção federal;
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da
sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar
necessárias;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em
lei; (pode delegar aos Min. de Estado, ao PGR ou ao AGU)
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, NOMEAR os Comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que
lhes são privativos; 
XIV - NOMEAR, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal
e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o
presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;
XV - NOMEAR, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;
XVI - NOMEAR os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da
União;
XVII - NOMEAR membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; (dois dos seis
cidadãos)
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; (obs. mas
não é um dos membros)
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou
referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas
condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da
sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; (pode delegar O
PROVIMENTO aos Min. de Estado, ao PGR ou ao AGU, mas não a EXTINÇÃO)
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos
incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República
ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
.........................................................
Responsabilização do Presidente 
Pode praticar ilicitudes e ser processado por:
a- crime de responsabilidade (art. 85 / processado no Senado) ou 
b- crime comum (legislação penal / processado no STF).
Obs. Em ambos os casos a acusação precisa ser admitida pela Câmara (art. 86)Crimes de responsabilidade são infrações político-administrativas
Acusação/denúncia pela prática de crime comum contra o Presidente é oferecida pelo
PGR.
A acusação deve ser admitida pela Câmara – com concordância de 2/3 (art. 86) –
Atenção! Não é maioria absoluta.
Depois, a acusação é apreciada pelo STF e se for recebida, o Presidente ficará
suspenso/afastado de suas funções (art. 86, § 1º) por no máximo 180 dias.
Se o julgamento não for concluído em 180 dias, a suspensão/afastamento deve
cessar, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo (art. 86, § 2º)
Imunidade para a prisão
- Para todas as prisões processuais: flagrante, preventiva e provisória.
- Enquanto não sobrevier a sentença → o Presidente não poderá ser preso (art. 86, §
4º)
Crimes de responsabilidade - Art. 85
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos
Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração; (Obs. Não se aplica a Lei 8.429 p o Presidente – seria bis
in idem)
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de
processo e julgamento.
- este rol é exemplificativo
- a lei especial ainda não foi editada
- o STF aplica a lei 1.079/50.
- Dec. Lei 201/67 – Crimes de responsabilidade de prefeitos e vereadores.
O processo que envolve os crimes de responsabilidade é o processo de impeachment. 
A acusação por crime de responsabilidade pode ser feita por qualquer cidadão.
Juízo de admissibilidade – a acusação tem que ser analisada pela Câmara e admitida
por 2/3 dos deputados (art. 86)
Obs. A admissibilidade é p crimes comuns e tb de responsabilidade. (2/3)
Se a Câmara concordar, segue p o Senado, que instaura o processo.
Obs. O Senado será presidido pelo Presidente do STF (art. 52, parágrafo único).
Instaurado o processo no Senado, o Presidente será suspenso (art. 86, § 1º, II) por no
máximo 180 dias (= crime comuns).
Tem que observar o devido processo legal.
- Se o julgamento não for concluído em 180 dias, a suspensão/ afastamento deve
cessar, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo (art. 86, § 2º)
- Condenação exige voto de 2/3 dos Senadores. (54 votos)
- perda do cargo com inabilitação por 8 anos para o exercício da função pública (art.
52, parágrafo único), sem prejuízo das demais sanções (prisão, ressarcimento,...)
Collor – 1992 – renunciou antes do julgamento mas ficou inabilitado por 8 anos p
exercício de função pública porque a renúncia ao cargo foi apresentada na sessão de
julgamento já iniciada.
Imunidade p responsabilização penal
Obs. Art.55 - § 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda
do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de
que tratam os §§ 2º e 3º.
O Presidente da República não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao
exercício de suas funções.
Ex. se o Presidente cometer um crime passional, ele não responderá enquanto estiver
na presidência.
...............................
Ministros de Estado 
- Auxiliam o Presidente ( art. 76)
- escolhidos dentre brasileiros maiores de 21 anos e no exercício dos direitos políticos.
- Competências dos Ministros: (art. 87)
I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração
federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da
República;
II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo
Presidente da República.
A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios (art. 88)
Art. 61, § 1º, e.
Conselho da República (art. 89)
- órgão superior de consulta do Presidente
(compete ao Presidente convocar e presidir – art. 84, XVIII)
- pronuncia-se sobre:
* estado de defesa (ver comp do Presidente – art. 84, IX)
* estado de sítio (ver comp do Presidente – art. 84, IX)
* intervenção federal (ver comp do Presidente – art. 84, X)
* questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas. (art. 90, II)
Obs: se a pauta da reunião do Conselho se relacionar com algum ministério, o
Presidente pode convocar Ministro de Estado p participar da reunião (art. 90, § 1º)
Composição do Conselho da República: (art. 89)
I - o Vice-Presidente da República; (*) 
II - o Presidente da Câmara dos Deputados; (*) 
III - o Presidente do Senado Federal; (*) 
IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI - o Ministro da Justiça; (*) 
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois
nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela
Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
Conselho de Defesa Nacional
- Tb é órgão de consulta do Presidente
- tem atuação restrita aos assuntos relacionados com
* a soberania nacional e 
* a defesa do Estado democrático.
Composição do Conselho de Defesa Nacional: (Art. 91)
I - o Vice-Presidente da República; (*)
II - o Presidente da Câmara dos Deputados; (*)
III - o Presidente do Senado Federal; (*)
IV - o Ministro da Justiça; (*)
V - o Ministro de Estado da Defesa;
VI - o Ministro das Relações Exteriores;
VII - o Ministro do Planejamento.
VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica
Competências: (art. 91, § 1º)
I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta
Constituição;
II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;
III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território
nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas
com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;
IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a
independência nacional e a defesa do Estado democrático.
Executivos dos Estados-membros (e DF) 
- Exercido pelo Governador (idade mínima: 30 anos)
- Eleição: 1º domingo de outubro (1º turno) e último domingo de outubro (2º turno/se
houver) do ano anterior ao término do mandato do antecessor. (art. 28) 
- mandato: 4 anos a partir de 1º de jan. (art. 82) [2014-2018]
Governador que assumir outro cargo/função na adm. Pública perderá o cargo, 
exceto a posse em virtude de concurso público (quando ficará afastado do cargo do
concurso, mas terá seu tempo de serviço contado p todos os efeitos legais, exceto
promoção por merecimento)
Subsídios (governador, vice e secretários) 
- pagos em parcela única
- fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa
- respeitado o teto do art. 37, XI (o teto geral é o subsídio dos ministros do STF)
Quem julga governadores por crimes de responsabilidade? 
Assembleias legislativas não podem julgar governadores por crimes de responsabilidade

Outros materiais