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Revisão 1 – aulas 1 a 5
A questão social surge no modo de produção capitalista.
Modo de produção é a forma, ou a maneira através da qual a sociedade de determinada época se organiza, não apenas no aspecto econômico, mas também social.
O capitalismo é um modo de produção. Já existiram outros modos de produção (escravista, feudal) e mesmo na atualidade alguns países ainda buscam resistir a esse modo de produção, implementando estratégias para o desenvolvimento de outros modos de produção, entre eles o comunismo e o socialismo.
No modo de produção capitalista, o trabalhador renuncia a propriedade do produto de ser trabalho porque nada possui além de sua força física e alguém detém a posse das condições necessárias para a produção: o chamado capitalista. Dessa forma fica explícita a separação radical entre produtor e meio de produção, separação esta que representa os fundamentos do sistema capitalista e as origens da questão social.
No Serviço Social, considerando o projeto ético político hegemônico da profissão, o entendimento é que a questão social permanece a mesma, mudando apenas suas configurações, formas de expressão.
“Questão social apreendida como o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que tem uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade. ”
Assim, a questão social historicamente se desenvolve com o próprio modo de produção capitalista, na medida em que não é possível o desenvolvimento desse sistema sem essa contradição entre quem produz e quem tem os meios de produção.
Dessa forma, o assistente social precisa compreender que as demandas que lhe são colocadas no cotidiano do trabalho profissional são expressões dessa questão e não apenas problemáticas sociais ou questões individuais. Elas manifestam essa problemática maior e mais profunda que é a QUESTÃO SOCIAL.
Nesse contexto, de compreensão da questão social, é necessário entender que entre os seus fundamentos estão as classes sociais no modo de produção capitalista.
De acordo com o Dicionário de Filosofia, classe pode ser entendido como:
“(...)grupo de cidadãos definido pela natureza da função que exercem na vida social e pela parcela de vantagens que extraem de tal função. ” 
Dessa forma, podemos sim falar em classe trabalhadora, classe dominante, classe burguesa.
Ou seja, são grupos distintos na sociedade e esses grupos se definem a partir da função/papel/tarefa que eles desenvolvem nessa mesma sociedade.
No modo de produção capitalista as classes sociais são fundamentais e expressam a desigualdade e a contradição fundamental entre capital e trabalho: a QUESTÃO SOCIAL.
A estrutura da sociedade com base no modo de produção capitalista, cria classes detentoras de todos os recursos e classes que trabalham produzindo a riqueza, mas que não possuem acesso a ela, estão excluídas
As pessoas, grupos, movimentos, buscam resistir a essa exclusão e nessa resistência estão trabalhando na correlação de forças, defendendo seus interesses.
A esse processo de defesa de interesses (cada classe defendendo o seu próprio interesse) chamamos luta de classes.
Por luta de classes entendemos:
Um processo que se desenvolve cotidianamente no âmbito da sociedade que se desenvolve sob o modo de produção capitalista na medida em que não é possível harmonizar totalmente os interesses, visto que eles estão sempre em oposição.
O assistente social está todo o tempo trabalhando no âmbito da luta de classes, buscando assegurar aos trabalhadores as condições necessárias para seu desenvolvimento, contribuindo para a alteração do quadro de correlação de forças, ou conforme apontado nos princípios do Código de Ética para a ampliação e consolidação da cidadania, garantindo os direitos das classes trabalhadoras.
A questão social manifesta-se de diversas formas na contemporaneidade e uma delas está diretamente relacionada a vulnerabilidade que a classe trabalhadora vivencia atualmente.
As dimensões do trabalho na contemporaneidade remetem as configurações atuais do sistema econômico vigente. A forma como se estabelecem as relações econômicas de produção, sinalizam também formas de convivência, de trabalho, e porque não dizer, da maneira como a sociedade está organizada.	
O trabalho é forma de sociabilidade, maneira através da qual o ser humano se constrói ser social. Assim, trabalho é uma maneira de os seres humanos se relacionarem, se desenvolverem enquanto sujeitos.
O modo de produção capitalista transforma o TRABALHO, que era uma finalidade central do ser humano, o que dava prazer, o que permitia que o ser humano se reconhecesse no que produzia (fosse música, poesia, ou uma ferramenta) em algo deslocado do ser humano, alienado, separado do ser social.
Tem-se hoje configurações diferenciadas no mundo do trabalho.
Em relação a essas configurações, podemos apontar o processo de REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA.

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