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Avaliando o aprendizado aulas 1 a 10

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Avaliando o aprendizado aulas 1 a 10
Psicologia geral I
Aula 1
A psicologia científica constituiu-se basicamente de três escolas: Estruturalismo, Funcionalismo e Associacionismo. A psicologia científica tem seu marco fundante em Wundt com o uso de instrumentos de medição e observação em laboratório.
À aprendizagem de comportamentos complexos, dividindo-os em partes simples até o total aprendizado através de um reforçamento diferencial chama-se: Modelagem.
Considerando o behaviorismo, um tipo de consequência do comportamento que aumenta a probabilidade de um determinado comportamento voltar a ocorrer chama-se Reforço.
Na teoria da Gestalt, o campo psicológico é entendido como um campo de forças que nos leva a procurar à boa-forma. Funciona figurativamente como um campo eletromagnético criado por um ímã (a força de atração ou repulsão). Esse campo psicológico tem uma tendência que garante a busca da melhor forma possível em situações que não estão muito estruturadas. Esse processo ocorre de acordo com os seguintes princípios: I - PROXIMIDADE os elementos mais próximos tendem a ser agrupados. II - SEMELHANÇA os elementos semelhantes são agrupados. III - FECHAMENTO ocorre uma tendência de completar os elementos faltantes da figura para garantir sua compreensão.
Uma criança nasce sem qualquer conhecimento. E quando uma criança nasce à primeira coisa da qual ela se torna consciente não é ela mesma; a primeira coisa da qual ela se torna consciente é o outro. Isso é natural, porque os olhos se abrem para fora, as mãos tocam os outros, os ouvidos escutam os outros, a língua saboreia a comida e o nariz cheira o exterior. Todos esses sentidos abrem-se para fora. O nascimento é isso. A criança não sabe quem ela é, ela simplesmente sabe o que os outros pensam a seu respeito. Assim, esta instancia, de acordo com Freud, caracteriza o Ego que se desenvolve no decorrer da vida da pessoa.
De acordo com as teorias psicanalíticas de Freud (1920), a instância da personalidade que consiste de impulsos inatos regidos pelo princípio do prazer é o id.
A consciência moral, a auto-observação e a manutenção dos ideais são funções da instância chamada de Superego.
Aula 2
A Pessoa não é abstração conceitual em teorização especulativa. É ente humano concreto diferente de todos os outros, portanto único, irredutível a qualquer sistema classificativo pela sua liberdade-situada. A cada pessoa corresponde um conjunto de qualidades, não sendo, contudo, repositório de tudo o que é humano e isto justifica a compreensão da personalidade, isto é, aquilo que é mostrado através dos papéis sociais que as pessoas desempenham.
Ao modo constante e peculiar de pensar, sentir, perceber e agir de cada indivíduo, incluindo as habilidades, atitudes, desejos, emoções, crenças, comportamentos, tendo por influencia também os aspectos físicos de cada um, englobando interação, organização, e individualidade, fazendo com que nos conheçamos através do convívio com os outros, tudo isso, em equilíbrio permite que entendamos o conceito da personalidade que nos diferencia de outro indivíduo uma vez que cada um possui o seu padrão de comportamento, maneira de pensar, de sentir e de agir.
"É quando o indivíduo sempre interpreta de maneira errada ou distorce as ações das outras pessoas, demonstrando desconfiança sistemática e excessiva. O comportamento é generalizado. Guarda rancor, não perdoa injúrias ou ofensas e, portanto, busca reparações; desconfia de todos; demonstra-o e toma medidas de segurança acintosas, inoportunas e ofensivas". O tipo de comportamento descrito anteriormente refere-se ao seguinte transtorno de personalidade paranóide.
Paulo sempre interpreta de maneira errada ou distorce as ações das outras pessoas, no seu dia a dia, demonstrando desconfiança sistemática e excessiva. O comportamento é generalizado. Guarda rancor, não perdoa injúrias ou ofensas. Neste caso, podemos dizer que ele apresenta o transtorno de personalidade conhecido como paranóide.
Muitas são as causas que podem ocasionar problemas mentais, dentre eles traumas psicológicos do passado, situações de forte desequilíbrio emocional e também outras causas de cunho genético. Todos nós estamos passivos a ter comprometimentos mentais, assim como podemos adotar comportamentos preventivos para nos manter saudáveis, tanto no aspecto mental como emocional. Neste caso, identificamos que a saúde mental consiste numa relação equilibrada entre as emoções (sentimentos), atitudes (pensamentos) e ações (comportamentos).
Roberta é uma adolescente que se caracteriza pela tendência a ser dramática, buscar as atenções para si mesmo, ser uma eterna "carente afetivo", comportamento sedutor e manipulador, exibicionista, fútil, exigente e lábil (que muda facilmente de atitude e de emoções). No meio social busca frequentemente elogios, aprovações e reafirmações dos outros em relação ao que faz ou pensa, além de comportamento e aparência sedutores sexualmente, de forma inadequada. Roberta pode ter como diagnóstico o chamado Transtorno de Personalidade Histriônica.
Aula 3
Hereditário e assimilado. A deficiência mental é diferente da enfermidade mental. O deficiente mental tem um déficit de inteligência, de cognição, que pode ser Congênito ou adquirido.
Disfunções cerebrais ou traumas neurológicos; Predisposição Genética; Traumas sociopsicológicos na infância são as causas mais prováveis na etiologia dos transtornos de personalidade antissociais.
Comportamento antissocial - Indivíduos antissociais frequentemente ignoram a possibilidade de estar afetando negativamente outras pessoas, por falta de empatia com o sofrimento de alheio.
Não necessariamente traumas da infância acarretam em algum tipo de transtorno de personalidade. A hipótese da etiologia do transtorno de personalidade envolve não apenas traumas da infância, mas também disfunções cerebrais ou traumas neurológicos e Predisposição Genética.
A psicopatia é um distúrbio mental grave caracterizado por um desvio de caráter, ausência de sentimentos genuínos, frieza, insensibilidade aos sentimentos alheios, manipulação, egocentrismo, falta de remorso e culpa para atos cruéis e inflexibilidade com castigos e punições. Embora popularmente a psicopatia seja conhecida como tal, cientificamente, a doença é denominada como Sinônimo do diagnóstico do transtorno de personalidade antissocial.
Em 6 de abril de 2001, o presidente da República sancionou a Lei de Saúde Mental (lei 10.216), aprovada pelo Congresso Nacional, que ficou conhecida como a Lei da Reforma Psiquiátrica, caracterizada pela mudança do modelo de atendimento das demandas da saúde mental, por exemplo, criando os Centros de Atenção Psicossociais. O novo modelo de atenção psicossocial foi marcado pelo saber psi e elimina a visão do modelo asilar focando no atendimento clínico e na singularidade do paciente.
Aula 4
Não é possível dizer que vivemos numa sociedade meritocrática se as oportunidades não são iguais para todos e se os critérios de exclusão pautam-se em valores social e culturalmente construídos para a configuração das desigualdades atuais. Políticas de combate à desigualdade devem promover chances iguais, impedindo a cristalização da estrutura de classes e diminuindo as clivagens e as distâncias entre estas. Neste caso, pode-se identificar que preconceito e discriminação são mecanismos que contribuem para a produção e a manutenção das desigualdades raciais e da estratificação social.
Na base do preconceito, estão as crenças sobre características pessoais que atribuímos a indivíduos ou grupos, chamadas de estereótipos.
Um programa de televisão realiza entrevista com adolescentes louras, fazendo perguntas em que não existe uma resposta certa. Após a resposta, geralmente errada, colocava o som de um burro relinchando. Tal programa estava procurando confirmar a ideia de que toda loura é burra. De acordo com o texto acima podemos destacar Preconceito e discriminação.
A discriminação refere-se a sentimentos hostis que deságuam numa atuação que pode variar de umtratamento diferenciado a expressões verbais de desprezo e a atos manifestos de agressividade. 
O fenômeno da violência encontra-se intimamente ligado às representações sociais, na medida em que estas condicionam positiva ou negativamente a sua percepção. A forma como cada pessoa interpreta os acontecimentos violentos depende da maneira como ela percebe a realidade envolvente, abarcando não só as suas experiências pessoais, mas também toda uma matriz social e cultural onde se encontra inserida (Ribeiro e Sani 178; Zulueta 176). Neste caso percebe-se que as representações sociais são capazes de influenciar o comportamento do indivíduo e, dessa forma, gerar movimentos que englobem uma coletividade.
O esquema simplista, mas mantido de maneira muito intensa e que não se baseia necessariamente em muita experiência direta, em que muitas vezes, os valores culturais ou normas estão tão arraigados e incorporados a nós que não percebemos e nem aceitamos a possibilidade de que existam outras crenças, outro valor que poderíamos usar como fonte de referência para conhecer ou aprender sobre algo ou alguém, caracteriza o estereótipo.
Aula 5
Pode-se inferir que família e sociedade estão em um permanente processo de mutação, em que existe uma influência recíproca para as suas transformações. Seja qual for à prevalência que um organismo exerce sobre o outro, o fato é que a família, assim como a sociedade, se baseia em relações, são elas Pessoais Grupais e Patrimoniais.
Comparando as formas de organização familiar do século XVIII com as posteriormente encontradas e que se tornaram predominantes no período moderno, verifica-se que a organização familiar sofreu modificações significativas e que predominou, nesse período, sentimentos de ternura e intimidade ligando Pais e filhos.
De acordo com Barbosa (2001), o casamento era visto como um vínculo indissolúvel entre os cônjuges e no período da República somente era reconhecido o casamento civil. A lei civil que pautava a sua orientação, no sentido de ser família somente aquela constituída pelo casamento, em 1934, transforma-se em norma constitucional. Mas, anterior a Constituição Federal de 1988:
I - O matrimônio era o único laço legítimo e legal de constituir família e somente quem era ligado por tal vínculo tinha a proteção do Estado.
II - O casamento repousava sobre o nítido interesse procriativo e de continuidade da família.
Percebe-se que o valor atribuído ao relacionamento mãe-filho não foi uma constante e que tiveram alterações no decorrer da história, sendo que as variações derivadas das concepções e práticas relacionadas à maternidade tiveram sua origem em uma série de agenciamentos sociais em que o discurso científico teve importância fundamental. O amor materno, por exemplo, foi um mito construído com o auxílio do discurso médico, político e filosófico a partir do século XVIII. Desta forma, o papel da mulher deve ser compreendido dentro de duas concepções: Relativa e Tridimensional. É relativa, pois Porque ela só se concebe em relação ao pai e ao filho, não sendo instintiva ou natural, sendo impossível compreender as modificações do papel materno sem mencionar os demais membros da microssociedade familiar. É tridimensional, pois, além dessa dupla relação, a mãe também é mulher, isto é, um ser específico dotado de aspirações próprias.
Na sociedade moderna, há que se destacar que não é toda e qualquer união entre homem e mulher que poderá ser reconhecida como entidade familiar. Neste contexto, se excluem do conceito de união estável, as uniões adulterinas e aquelas que envolvem pessoas proibidas de casar entre si, por impedimentos absolutos. Deste modo, abriu-se precedente histórico ao disciplinamento da família brasileira reconhecendo e chancelando a união estável como forma legítima de constituição da entidade familiar não matrimonial formada por homem e mulher.
A família, com o advento da Constituição de 1988, passou a ser reconhecida, não somente com base na identidade instituída pelo matrimônio. Assim, além da família oriunda do casamento, passou-se a admitir a:
 - União estável como entidade familiar.
- A família monoparental, aquela formada por qualquer um dos pais e seus descendentes.
Aula 6
O abrigamento em uma instituição é uma das medidas de proteção aos direitos de crianças e adolescentes estabelecidas no artigo 101 do ECA. Sua aplicação por decisão do Conselho Tutelar e por determinação judicial implica na suspensão do poder familiar sobre crianças e adolescentes em situação de risco e no seu afastamento temporário do convívio com a família, pois a medida de abrigo tem Um caráter provisório.
No século XIX, vê-se um crescente interesse de ordem política e econômica em prol da assistência ao pobre. Duas forças atuaram nesse período, uma exercida por médicos e higienistas que buscavam o controle e vigilância das crianças pobres e suas famílias, priorizando os elementos prejudiciais à saúde e focos de doença. A outra era exercida pelos juristas que se ocupavam com os menores delinquentes
O Estatuto ECA - quer apenas que nossas crianças e adolescentes sejam tratados, com a garantia dos mesmos direitos e a obrigação do cumprimento dos mesmos deveres de cada um de nós. Se cumprirmos a Constituição e tratarmos a todos, independentemente da idade, com o respeito que merecem, e ensinarmos essa mesma lição a nossos filhos, não teremos porque temer ou criticar o Estatuto, que surgiu como mais um instrumento para fazer disso uma realidade, que infelizmente ainda não se concretizou, uma vez que ele defende que as crianças e adolescentes Necessitam que sejam tratados como CIDADÃOS.
Crianças e adolescentes têm direitos, que hoje são reconhecidos, enfatizados e garantidos por lei, independente da classe, raça o qualquer outro tipo de discriminação. O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) dispõe que deve ser considerado: o direito ao respeito e a inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
Com o advento da nova Constituição de 1988 foi possível acirrar a demanda pelos direitos da criança e do adolescente. A Constituição Federal, em seu artigo 227, afirma que será com absoluta prioridade que deverá assegurar os direitos às crianças e aos adolescentes. O novo ordenamento jurídico trazia em seu conteúdo a extinção do estigma que era preconizado, pelo Código de Menores, através da noção Pobreza e delinquência.
Rizzini (2000), em suas reflexões sobre o processo histórico de proteção à criança e ao adolescente, relata que a preocupação com a assistência a essa população se restringia aos casos de crianças órfãs e enjeitadas.
Aula 7
O Conselho Tutelar é uma das entidades públicas competentes a salvaguardar os direitos das crianças e dos adolescentes nas hipóteses em que haja desrespeito, inclusive com relação a seus pais e responsáveis, bem como aos direitos e deveres previstos na legislação do ECA e na Constituição
Ao observar que havia muitas crianças e adolescentes, em idade escolar, perambulando pelas ruas do bairro onde se localiza a escola em que trabalha, o inspetor de alunos, Jeferson, preocupado com a situação levou o problema para a equipe gestora, que resolveu analisar a possibilidade de abrir novas vagas para matrícula desses alunos. Com essa medida, Jeferson auxiliou os pais desses alunos a cumprirem o que estabelece o ECA, no art. 55, que trata da obrigação de matricularem os filhos na rede regular de ensino.
Sobre o direito à convivência familiar, é correto afirmar que: A Lei 12010/2009 instituiu importantes modificações a respeito da colocação de crianças e adolescentes em família substituta.
Entendemos que todo cidadão tem o direito de se desenvolver plenamente, e que uma sociedade mais humana deveria proporcionar este direito aos seus cidadãos. No entanto, é necessário pensar, ainda, em como manter a vivência familiar e comunitária quando se fala de criançase adolescentes e que o afastamento é inevitável, devendo, para tanto, as entidades que desenvolvem programas de abrigo se adequar aos princípios relacionados no Art.92, ECA, uma vez que abrigo é uma medida provisória e excepcional, utilizável como forma de transição para a colocação em família substituta.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, a falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar.
Com relação às disposições do ECA ( Estatuto da Criança e do Adolescente ) acerca da colocação da criança e do adolescente em família substituta,pode-se afirmar corretamente que a colocação da criança em família substituta, na modalidade de adoção, constitui medida excepcional, preferindo-se que ela seja criada e educada no seio saudável de sua família natural. 
Aula 8
É imprescindível ter em mente que o sistema de desigualdade e má distribuição de renda destroem não só as famílias, mas toda a sociedade. Percebe-se, na verdade, que a questão fundamental é a necessidade de promoção e apoio às famílias vulneráveis através de políticas sociais bem articuladas e focalizadas.
A gravidade do quadro de pobreza e miséria, no Brasil, constitui permanente preocupação e obriga a refletir sobre suas influências no social e, principalmente, na área de atuação junto à família, na qual as políticas públicas ainda se ressentem de uma ação mais expressiva. Neste caso, para minimizar esta problemática, deve-se observar que o Estado deve assegurar direitos e propiciar condições para a efetiva participação da família no desenvolvimento de seus filhos
No contexto, atual evidencia-se o fato de que as crianças consideradas abandonadas, assim como tantas outras crianças que fazem parte da realidade brasileira e que carecem das condições mínimas de sobrevivência, necessitam de ajuda urgente e concreta. Esta realidade mudará quando se fortalecerem a implementação de políticas públicas capazes de garantir a qualidade social e a concretização dos direitos à cidadania
No cenário contemporâneo atual, no qual se evidenciam grande desenvolvimento e progresso associado às novas tecnologias, encontram-se, sem dúvida, diversos pontos positivos: as distâncias se reduziram e o conhecimento científico permitiu desvendar enigmas seculares da vida humana. No entanto, são os efeitos drásticos deste processo que se constituem em um dos principais problemas a ser enfrentado nos dias de hoje. Percebe-se então que a vulnerabilidade passa a ser compreendida a partir da exposição a riscos de diferentes naturezas, sejam eles econômicos culturais ou sociais, que colocam diferentes desafios para seu enfrentamento.
Com o enfraquecimento do Estado nacional e social, indivíduos e grupos que sofreram as mudanças socioeconômicas e que intervieram desde os meados dos anos 1970, sem ter a capacidade de controlá-las, encontram-se em situação de vulnerabilidade. A diminuição da vulnerabilidade desses grupos está ligada à retomada do crescimento econômico do país dentro de um novo modelo.
A pobreza, a miséria, a falta de perspectiva de um projeto existencial que vislumbre a melhoria da qualidade de vida, impõe a toda a família uma luta desigual e desumana pela sobrevivência, ao mesmo tempo em que além, da vulnerabilidade a questão da família pobre aparece como a face mais cruel da disparidade econômica, da desigualdade social.
Aula 9
Sobre o impacto psicológico da violência sobre as crianças: elas perdem o sentido de proteção que a família lhes proporciona; se o pai pode ser ferido sem que nada aconteça, o que não poderá acontecer com elas, mais frágil e indefesa?
Violência institucional - "É aquela exercida nos/pelos próprios serviços públicos, por ação ou omissão. Pode incluir desde a dimensão mais ampla da falta de acesso à má qualidade dos serviços. Abrange abusos cometidos em virtude das relações de poder desiguais entre usuários e profissionais dentro das instituições, até por uma noção mais restrita de dano físico intencional". 
O machismo ainda se vê bastante presente, nos tempos de hoje, o que se constata, por exemplo, nos diversos casos de homens que impedem a esposa de baixa renda de estudar (na concepção desses homens, a ocupação da mulher se restringe a cuidar da casa e dos filhos). Para agravar ainda mais a situação, mesmo com as diversas mudanças que refletem na consolidação da independência feminina (com destaque para a inclusão cada vez maior da mulher no mercado de trabalho), ainda se faz presente um grande número de mulheres em cujo pensamento há arraigada a ideia de que elas devem ser submissas ao marido. Este fato constitui um preocupante problema bastante frequente no Brasil que é a violência doméstica
Vivíamos uma situação econômica difícil. Um dia, briguei com meu irmão, e ele começou a gritar. Meu pai chegou e bateu nele, mas ele correu. Depois me bateu e dizia: chora seu vagabundo, chora. Ele batia mais e foi batendo com a correia e sua fivela, depois com as mãos e depois com os pés, gritando: chora seu desgraçado, chora coisa ruim, tu num vai ser nada na vida. Isso não foi uma ou duas vezes, isso foi toda a minha infância. Este fato demonstra a: violência intrafamiliar
Numa situação de interação,quando um ou vários atores agem de maneira direta ou indireta, maciça ou esparsa, acusando danos a uma ou várias pessoas em graus variáveis, seja em sua integridade física, seja em sua integridade moral, em suas posses, ou em suas participações simbólicas e culturais configura-se violência.
Aula 10
A Assistente Social da comunidade ao chegar à casa de uma família, ouviu a queixa de que um dos filhos do casal apresentava comportamento muito agressivo, hiperativo, temeroso, tendências autodestrutivas e ao isolamento, baixa autoestima, medo dos pais, fugas de casa. É papel de o profissional investigar, documentar e avaliar a ocorrência de indícios de violência física.
É forte a concepção de que a mulher é uma propriedade e somente se legitima sob a presença de um determinado homem que autentique e se responsabilize por suas ações. Deve-se lembrar de que estas jovens mulheres são todas "sujeitos de direitos", segundo a Constituição Federal; estas mesmas mulheres também são portadoras de "direitos humanos", segundo diversos tratados e Convenções ratificadas pelo Brasil e, no caso das mulheres menores de idade, deve ser assegurada "prioridade absoluta", como preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente.
As pessoas têm a fantasia de que as mulheres em situação de violência são abordadas na madrugada, na balada, porque estavam se oferecendo. Isso não é verdade. Elas são abordadas, a qualquer momento, no período em que escurece ou logo no começo da manhã, no ponto de ônibus, indo ou voltando do trabalho ou da escola, em casa... Estas mulheres vítimas de violência sexual apresentam manifestações clínicas como ansiedade, medo e confusão, fobias, insônia, pesadelos, auto reprovação, sentimentos de inferioridade, fracasso, insegurança ou culpa, baixa autoestima, comportamento autodestrutivo (uso de álcool e drogas), depressão, tentativas de suicídio e sua consumação.
Percebeu-se que a família não necessariamente é o centro e o núcleo de proteção de crianças e adolescentes, podendo ser a origem de agressões. Atos violentos com o uso da força física de forma intencional - não acidental - provocada por pais, responsáveis, familiares ou pessoas próximas, são muitas vezes constatados e configuram violência Física.
A criança que apresenta padrão de crescimento deficiente, fadiga constante e pouca atenção, problemas físicos e necessidades não atendidas, vestimenta inadequada ao clima, dentre outros, sugere negligência.
A violência doméstica, dada a sua complexidade e contradições, pressupõe uma abordagem e intervenções interdisciplinares e intersetoriais. Discutindo as dificuldades para se discutir sobre este tema, aponta-se também a necessidade de se reorganizar as práticas assistenciais considerando que a violência doméstica deve ser abordada de forma que a equipede saúde possa apoiar as mulheres no reconhecimento do problema da violência, propiciando espaços de escuta individual e coletiva.

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