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evolução do modelo jurídico do Estado Absolutista ao Estado de Bem-Estar Social

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
TRANSIÇÃO DO MODELO JURÍDICO DO ESTADO ABSOLUTISTA AO BEM-ESTAR SOCIAL 
1. Dogmática jurídica 
1.1. Teoria jurídica nas varias áreas do direito 
1.1.1. Modelo positivista-formalista associa a ideia de direito à de Estado 
1.1.2. Para Kelsen o Estado é uma projeção da dogmaticidade jurídica 
1.2. Dogma oposto à ciência 
1.2.1. Dogma  algo simplesmente aceito e seguido, sem comprovação. 
1.2.2. Ciência  baseado em experimentações, comprovado. 
1.3. Dogmática jurídica 
1.1.1. 1° Dogma fundamental Dogma da adesão incondicional ao direito positivo. Esse dogma pressupõe que 
o direito Positivo seja encarado de uma determinada maneira pelo ordenamento jurídico, uma vez que 
aquele que produz o Direito precisa de características pessoais que lhe confiram força para a adesão 
incondicional de todos submetidos a ele. Assim, ele possui características que podem o designar como 
Coercitivo, cogente, de aplicação geral e abstrata e que incide sobre todos. A partir desse Dogma é 
possível traçar dois outros complementares. 
1.1.2. 1° Dogma complementar Dogma da completude do ordenamento jurídico. Esse Dogma pressupõe que 
o ordenamento jurídico é um Conjunto de normas completas, coerentes, livres de ambiguidades, 
contradições e lacunas, de modo que, caso o ordenamento seja o oposto de designado anteriormente 
torna-se impossível para o juiz tomar uma decisão. A partir desse dogma é possível justificar o princípio 
do “non liquet”, que resulta numa dupla negação, sendo que vem a claro o princípio da proibição de 
delegação de justiça e da proibição de um não julgamento. No entanto, caso seja identificada alguma 
lacuna no Ordenamento jurídico o Direito possui a possibilidade de completa-la. 
1.1.3. 2° Dogma complementar Dogma do Legislador Racional. Esse Dogma pressupõe que o Legislador deve 
ser um Órgão que sabe exatamente o que regula, de modo que ele deve ser considerado onisciente, 
onipresente, Onicompreensivo, consciente e justo, de modo que, caso o Legislador fosse o oposto do 
apresentado, a atividade do juiz ficaria comprometida. Assim, é possível concluir que o legislador não 
utiliza palavras inúteis, uma vez que, toda a palavra possui uma interpretação racional, por mais 
esdrúxula que pareça o modo como ela foi empregada. 
 
2. Linha do tempo composta por seus respectivos modelos jurídicos: 
 
Estado Absolutista Estado Liberal Estado Moderno 
Direito Repressivo Direito Autônomo Direito Responsivo 
3. Direito Repressivo do Estado Absolutista 
3.1. No modelo jurídico Repressivo as pessoas não são tratadas igualmente perante a lei, uma vez que um contrato 
com um aristocrata, por exemplo, possui um peso maior do que aquele firmado com um simples burguês. 
3.2. Esse modelo não era capaz de englobar os burgueses, portanto estes não o reconheciam como legítimo, e 
nem criar obediência ou consenso. Além disso, as normas não se aplicavam a autoridades políticas. 
3.3. Estado Absolutista com diversos problemas, dentre eles o monopólio da produção de Poderes, uso da Força e 
busca por maior legitimidade, algo que é de certa forma paradoxal, uma vez que aquele que produz o Direito 
é o mesmo que o aplica, no entanto a lei criada não se aplica sobre ele. 
3.4. Neste contexto o Modelo absolutista passa a ceder espaço para um liberal, em que o juiz não se submete à 
vontade do Rei. 
 
 
4. Direito Autônomo do Estado Liberal 
4.1. Parte da indagação: “O que é Direito?”. A partir dessa indagação cria-se um modelo jurídico de análise estrutural 
4.2. Características: separação entre Direito e política, enfoque centrado na Norma Jurídica, Racionalidade Formal 
e Regularidade procedimental. 
4.2.1. Enfoque centrado na norma jurídica implica o fato de o aplicador do Direito ter o dever de restringir 
sua atuação à norma jurídica, de modo que não é sua função averiguar se existirá alguma consequência 
social, econômica ou política para aquele que é julgado. Assim, é possível identificar um formalismo, 
legalismo e Dogmática jurídica na aplicação do Direito. 
4.2.2. Racionalidade Formal possui como seu formulador mais famoso o sociólogo formado em Direito Marx 
Weber que desenvolveu uma teoria de evolução social, dividindo a sociedade em dois períodos, a 
tradicional e a moderna. Assim, a sociedade tradicional é vista como irracional, uma vez que não leva em 
consideração os cálculos entre meios e fins, como, por exemplo, as ações puramente afetivas que tende 
a se transformar em algo tradicional por repetição, costume. Enquanto a sociedade moderna é vista 
como racional, pois existe um calculo entre meios e fins e, portanto, se leva em consideração os meios 
necessários para se atingir um determinado fim. Então Os meios legitimam a autoridade, não havendo 
uma autoridade de inspiração Divina. 
4.2.3. É importante notar a existência de uma racionalidade formal e uma material que podem ser 
diferenciadas pelo objeto a que valorizam, uma vez que a primeira valoriza os meios e, portanto, se 
acomoda melhor ao Direito Positivo, enquanto a segunda valoriza os fins, melhor se acomodando ao 
Direito natural. 
4.2.4. Regularidade procedimental se refere à valorização do processo em que as normas são constituídas, 
podendo valer para normas judiciais, administrativas, legislativas, entre outras. É importante notar que a 
observância do devido procedimento legal é sinônimo de enfoque centrado na Norma jurídica, além do 
fato de o Poder Executivo poder ser caracterizado como legítimo. 
4.2.5. Separação entre o Direito e política é autoexplicativo. 
4.3. Kelsen o exercício do juiz é exercido por um amplo espaço de liberdade 
4.3.1. Quanto mais Direito Positivo existir, ao contrário do que poderiam imaginar alguns juristas no modelo 
liberal, não há uma redução na margem de interpretação do juiz. Assim, o Direito Positivo passa a ser 
visto como a fonte da autoridade jurídica. 
4.4. Para este modelo, legalidade e legitimidade são entendidos como sinônimos. Assim, fica caracterizada a 
tautologia da legitimidade (Algo é legal por que é legitimo, ou é legitimo porque é legal). 
4.5. Teoria da administração: criação de uma burocracia visando a racionalização do processo administrativo ou 
decisório. 
5. Direito Responsivo do Estado Moderno. 
5.1. Parte da indagação: “Qual a finalidade do Direito?”. A partir dessa indagação cria-se um modelo jurídico de 
análise funcional. 
5.2. Cria-se uma técnica de controle de condutas que regula tanto as condutas desejadas quanto indesejadas, e 
assim, muda-se a dinâmica do Direito e ele passa a ser uma forma de controle social, podendo ser utilizado de 
maneira repressiva ou não. 
 Controle Anterior Posterior 
Conduta 
Indesejada Preventiva Repressiva 
Desejada Promocional Premial 
 
5.3. Racionalidade Material pressupõe que o juiz precisa considerar a consequência de seus julgamentos, 
valorizando, portanto, os fins em detrimento dos meios. 
5.4. O legítimo nem sempre é igual ao legal, mesmo não havendo uma caracterização clara daquele. Além disso, 
existem outras fontes do Direito que não necessariamente pressupõe uma regularidade procedimental, como 
decisões judiciais anteriores, ou o costume, por exemplo. 
5.5. Preocupa-se com a conservação e mudança da ordem, mesmo parecendo algo paradoxal.

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