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Aula 08 Revisão Hist Ant Ocid

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Aula 08 - História Antiga Ocidental
Slide aula 08 - O expansionismo romano e suas consequências
Aumento do número de escravos. 
Aumento do afluxo de riquezas.
Aumento do ager publicus (terras públicas).
Surgimento de uma nova camada social (ORDO EQUESTRE – Cavaleiros) … 
Êxodo rural.
Crescente profissionalização do exército.
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A crise da República – Fatores
Crise agrária: os irmãos Graco, Tibério e Caio, tribunos da plebe propuseram uma série de reformas.
Em 133 a.C, Tibério Graco propõe a distribuição do ager publicus.
Em 123 a.C, Caio Graco continua a ideia do irmão e consegue a aprovação da Lei Frumentária (subsídio para o trigo).
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A crise da República – Fatores
2) Disputa dos generais pelo poder: com a crescente profissionalização do exército, surgem disputas entre os generais que os comandavam.
 
O general Mario estabelece um pagamento regular aos soldados e propõe a distribuição de terras aos soldados após anos de batalha.
O general Sula dá um golpe de Estado e reverte as ações dos Gracos. Aumenta a instabilidade política.
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A crise da República – Fatores
Os Triunviratos
PRIMEIRO TRIUNVIRATO (59 - 53 a.C): Pompeu, Crasso, Caio Júlio César.
SEGUNDO TRIUNVIRATO (43 – 33 a.C): Otaviano, Marco Antônio de Lépido.
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O Principado
Otaviano assume após derrotar seu adversário, Marco Antonio. 
Seu governo é marcado pela estabilidade. É o início do período conhecido como Principado (início do Alto Império).
Ele negocia com os senadores e, gradualmente, retira prerrogativas do Senado.
Tem início a Pax Romana.
Otaviano angaria vários títulos: Princeps, Augustus, Imperator, ... 
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O Principado
O Pão e Circo (Panis et Circenses)
Prática disseminada no Império de oferecimento de espetáculos públicos e distribuição de grãos pelo Estado para apaziguar a população. 
Texto aula 08 - O expansionismo romano e suas consequências
O Império Romano começa com Otávio Augusto.  No século I A.C., temos uma poderosa crise na República Romana mas, na prática, a República Romana é estruturada em torno das disputas de poder, uma vez que a sua principal casa, sua principal força, é a estrutura imperial.
Cícero, no século I A.C., diz que seria necessário, para reconhecimento do mundo romano, o reconhecimento das leis romanas.  Esse é o principal fundamento de ser romano.
Ao mesmo tempo em que Cícero discursava pregando esta união, temos um direcionamento de forças locais, reconhecidas nas figuras do generalato romano, como fonte do poder no mundo romano.
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Mário, que era cônsul e chefe militar no século I A.C, após vencer a resistência de Sila, muda a lei romana e transforma o general na representação romana em suas províncias e na expansão política romana.
Este passara a administrar os bens conquistados, os impostos das regiões sob seu controle, assim como os bens referentes às pillhagens que deveriam ser passadas ao governo, e o restante ficando a cargo do próprio general que, também, era responsável por pagar o soldo e o devido aos soldados
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A partir do momento em que o soldado passa a ter um reconhecimento maior, mais pela figura do general do que pela figura do próprio império, a noção trabalhada por Cícero é quebrada.
Acaba-se trabalhando os elementos de uma nova identidade, de reconhecimento fora da estrutura da lei.  Quando isso acontece, automaciamente, abre-se a possibilidade de um crescimento singular da figura do general no comando no Império Romano.
O general passa por um processo de transformação não só política, seus contornos ganham pontos mais críticos, quando em meio a uma série de crises, como a proporcionada por Graco que citamos na última aula, associada a insatisfação nas cidades que o próprio Graco sinalizara e revoltas de escravos como a emblemática revolta de Spartacus.
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Pompeu, após a vitória sobre Spartacus, volta com a fama de herói romano e será escolhido o líder de uma nova forma de governo: o Triunvirato.  Buscando conter as revoltas e insatisfações, outros dois comandantes militares são escolhidos.  Crasso, general vitorioso proveniente da Península Ibérica e, por fim, um jovem general genro de Pompeu, de nome Julio César.
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Júlio Cesar
Júlio César, que é esse general, com uma série de vitórias, começa a trabalhar 
cartas, textos e vender a ideia de um novo herói romano.
Partindo para terras que até então estavam fora dos principais objetivos romanos, 
uma vez que não tinha ligação direta como próprio Mare Nostrum.  São as expedições 
às Gálias, que na valorização, tem traços escritos importantes, como vemos na obra 
abaixo, um trecho escrito pelo próprio Júlio César.
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Na Roma antiga, teremos a contraposição clara de dois heróis: Pompeu, o conquistador do Oriente e salvador da honra romana frente aos escravos; e Júlio Cesar, que marca com sua legião o domínio das Gálias, que vence no norte e leva o Império Romano às fronteiras como a das ilhas britânicas.
Politicamente, as disputas entre ambos eram tratadas por caminhos republicanos, Julio Cesar envia um de seus principais homens para ser escolhido Tribuno da Plebe com seu apoio. Pompeu vai defender a tese de que Júlio César seria um traidor, e que não estaria passando o que deveria do  mundo  romano, descumprindo suas funções como princeps.
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Os conflitos após a morte da filha de Júlio César
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O retorno de Júlio César busca valorizar constantemente os escritos que valorizam suas ações como de um herói da República Romana, não alguém que rompe, mas que salva Roma. Este modelo foi considerado a base para a figura que os próprios imperadores assumiram pouco tempo depois.
Mas ao mesmo tempo, há uma negativa desta figura.  Júlio César buscou reorganizar Roma, estabelecer a manutenção da ordem. Não devemos observar aqui nenhuma predileção ou valorização excessiva da figura de Júlio César, a busca da ordem é uma escolha lógica.  Roma é a sua ordem, negar a ordem de Roma é negar o próprio princípio de força romana e Júlio César sabia disso, por isso sua ordem era de reaglutinar as forças, em Roma ou nas províncias.  
O interessante é que sua morte é emblemática, assassinada por várias facadas pelos próprios senadores que ele reconduziu ao poder. Outro fato curioso é que a história do assassinato de César é contada por seu contemporâneo, Marco Antônio, seu principal chefe de guarda, seu principal assessor, para poder utilizar a promoção pela morte de Júlio César contra seus opositores.  
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O assassinato de Júlio César
Três frentes militares se levantam em 43 a.C., contra o assassinato de César, Lépido e Marco Antônio, seus chefes militares nas Gálias e no Oriente e seu sobrinho, ou herdeiro por adoptio, Otávio.
Ao assumirem o poder, primeiro foi feito um grande movimento de vingança, com a perseguição de senadores e aqueles que se manifestaram contra Júlio César.
Em seguida são eleitos triunviros pela mesma Lex titia, que garantiu a eleição dos primeiro trinvirato.
Vencidos os inimigos, Lépido se retira das disputas políticas e Otávio e Antônio entram em conflito aberto, um acusando o outro de traição.
Otávio (ou Otaviano), que era um político hábil, e tinha além de treinamento militar uma importante formação educacional fortíssima, utiliza o senado, primeiro para o território da Península Ibérica,
transformando Lépido em um subordinado imediato ao seu comando, passando a ser administrada por um homem de sua confiança.
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A pressão sobre Marco Antônio cresce ainda mais com o apoio dos outros generais a Otaviano.  Cercado, ele é derrotado no Egito na batalha de Accio, em que Antônio se suicida com sua esposa, Cleópatra.
A associação de Marco Antônio com Cleópatra foi uma associação das elites tradicionais egípcias com o próprio poder romano. O rompimento acaba abrindo a possibilidade para que Otávio conquiste uma vanglória militar que Júlio César tinha alcançado, só que a oposição de Otávio era um tanto quanto diferente. Vitorioso, ele começa a acumular cargos em torno de si, ele se torna tribuno da plebe, cônsul, primeirojuiz, pontífici Maximus, chefe da Igreja Romana e, também, principalmente em 24 a.C., se torna Augusto, título que lhe garante ser a liderança do mundo romano, em um modelo monárquico.  
Seria um projeto, ou uma ruptura.  Devemos relativizar o processo e entender que por conta da própria expansão romana e da influência helenística, a partir da conquista da Grécia de forma definitiva no século I a.C., a valorização de lideranças centrais era cada vez mais um direcionamento presente nesta sociedade.
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Tibério Cláudio
Após a morte de Calígula em 41, Cláudio assume e os republicanos viram na morte de Calígula uma oportunidade para extinção do principado e o restabelecimento do antigo regime.  Os pretorianos, porém, proclamaram o Imperador Tibério Cláudio, tio de Calígula.
O governo de Cláudio caracteriza-se pela influência de pessoas de sua família e de seus libertos, Narciso, Políbio, Palas e Calisto.  Esses libertos compensavam suas práticas com uma valorização intelectual.
Quando ele organiza essa proposição, temos a ideia daquele momento sociopolítico, momento tão conturbado que abre a possibilidade da ascensão de um outro tipo de imperador.  Não mais o unificador de títulos, mas o maior representante entre todos os militares.  É a ascensão de Vespasiano ao poder.
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Governo Vespasiano 
Vespasiano, um general oriental, vai incumbir o próprio filho de destruir o Templo e a resistência judaica.  Roma havia dominado os territórios dos Judeus no século I A.C., mas a região sempre foi marcada por uma série de movimentos de resistência ao domínio romano.
Nos processos de destruição empreendidos por Tito, filho de Vespasiano, notamos que os judeus, que já eram numerosos em todo o mundo romano, sofrem uma nova diáspora, se fazendo presente em todo o mundo romano. Sua presença ou seus cultos messianistas – crença na vinda ou volta do Messias, o enviado de Deus, difundida por vários credos, aparecem de maneiras diversas em todo o cenário romano.  Nero acusa os "cristãos" e judeus de incendiar Roma.  O motivo não era diretamente religioso, mas um movimento contrário à própria dominação romana.
A partir dos comentários preliminares, deve mostrar que Otaviano, ao começar a delinear seu poder autocrático, manteve o Senado retirando-lhe, contudo, algumas prerrogativas. Tal inserção é válida para que  percebam que se referem a um período em que o Império já estava consolidado pela habilidade política do sobrinho de Júlio César.
A dinastia de Vespasiano, ou dos Flávios, é uma dinastia militar, Tito sucede seu pai em 79, seguido pelo governo de seu irmão Dominciano, a tensão entre Império e senado ainda se mantinha, a busca de restabelecer o senado ainda era uma possibilidade, definitivamente sepultada pela dinastia de Antoninos, que dura do fim do I século até o limite do século III.  Três Imperadores marcam o fim do  Alto Império Romano.  
Não é à toa, há um momento de acéfala, até a chegada ao poder da dinastia dos Antoninos, no século II, onde se começa a organizar o mundo romano. Trajano, segundo imperador da dinastia, estabelece que as tropas romanas não tenham mais a função de expansão, mas de manutenção.  É com Justino que temos a ideia de que o Império Romano tem um limes que precisa ser cuidado, tropas que devem ser estacionadas neste Limes. Esta dinastia favoreceu os transportes de mercadorias, fundamental para o comércio, e fortaleceu a política de auxílio do império.
Os imperadores Antonigos que, com exceção dos dois últimos, não estavam ligados entre si por laços de filiação natural, procuraram garantir sua sucessão por meio da adoção e da associação ao governo do futuro imperador.  Tal sistema, que impediu a ingerência indevida da guarda pretoriana na escolha do soberano, foi facilitado pelo fato de haver três grandes imperadores (Trajano, Adriano e Antônio Pio).
Só que isso não é característica da estrutura romana.  O domínio pela força abre a possibilidade de outros surgirem.  
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O governo de Adriano ( 117 - 138) teve como principal preocupação  a manutenção da paz.  Renunciou às guerras de conquista definitivamente, aumentando o sistema de fronteiras.
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O governo de Adriano (117 - 138)
O mais sério episódio militar do reinado de Adriano foi a rebelião dos judeus motivada, em parte, pelo estabelecimento de uma colônia romana, Aelia Capitolina, nas ruínas de Jerusalém com a construção de um templo dedicado a Jupiter, e pela proibição da circuncisão.  Houve uma ordem de esvaziamento completo das terras de Jerusalém, passando o judaísmo a não ter mais um centro, mas tal qual como cristianismo, se faz cada vez mais presente no mundo romano.
A cultura romana realizava jogos religiosos nos grandes circos e anfiteatros nos dias de festas sagradas e nos feriados. Esses jogos eram oferecidos pelos governantes romanos ao povo e serviam para aliviar as tensões sociais.
A função alienadora dos jogos romanos já era aplicada durante a Republica, quando os jogos simbolizavam a pacificação entre os patrícios (aristocratas) e os plebeus (povo).
No entanto, foi na era do Império Romano que os jogos alcançaram o apogeu, tornando-se grandes espetáculos e reunindo milhares de pessoas. Os jogos romanos tiveram papel importante durante o Império.
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Para evitar rebeliões e levantes populares, os imperadores adotaram a “Política do Pão e Circo” (panis et circences). Nesta política, o calendário de jogos foi expandido, chegando ao número de 175 dias festivos, quando eram oferecidos os jogos e cotas de pães à população.
Ao contrário dos Jogos Gregos, repletos de honra e disputas leais, os Jogos Romanos eram caracterizados por espetáculos bizarros e sangrentos, contendo lutas armadas que se prolongavam até a morte dos gladiadores, lutas contra animais selvagens (tigres, leões e panteras) e execuções de criminosos e cristãos.
Nesse momento, há a estabilidade obtida pelo Império e o início da sacralização da imagem do monarca, influência da cultura egípcia. Através desse comentário é possível fazer com que os alunos compreendam a tolerância romana com a religiosidade dos povos dominados, adotando, inclusive, alguns elementos da mesma.

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