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Namoro e casamento anos 60

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
TEREZA G. MORANDIN
TRABALHO PESQUISA
São Miguel do Oeste / SC
2014
INTRODUÇÃO
 
 Esta pesquisa permite aprofundar conhecimentos sobre o namoro da década dos anos 60 a 70, e o casamento dos tempos passados para despertar o interesse dos jovens, leitores e adolescentes e até mesmo de nós acadêmicos, ter o conhecimento histórico e sociológico de como se procedia nas décadas passadas a relação com o namoro e casamento, os jovens não tinham muita opções, de divertimento e passeios. No trabalho a seguir analisamos a interferência e razões do impedimento por familiares de relacionamentos amorosos e casamentos com diferentes etnias, com qual idade acontecia os casamentos, quem escolhia o marido, sem percebermos que os costumes da antiguidade ainda esta muito presente em nossa sociedade, embora alguns conceitos já foi quebrados, conceitos considerados fundamentais, já não são de grande valor, surgiram novos hábitos de namorar e casar.
1 NAMORO E CASAMENTO NOS ANOS DE 60 A 70
A vida era bem difícil para uma adolescente dos anos 60 a 70. Para conhecer melhor aquele menino bonito da escola, precisava torcer para que ele a convidasse para a matinê de cinema. Depois, tinha que conseguir a autorização dos pais. 
Sexo, nem pensar. Para isso, era preciso amargar um longo namoro no sofá, seguido por aulas de prendas domésticas e um pedido formal de casamento. Pronto, seu destino estava traçado: ela seria mais uma feliz rainha do lar. 'Para as mulheres que gostavam da ideia de serem esposas e donas de casa, ótimo. Mas aquelas que tinham outros anseios eram prejudicadas, pois não havia nenhuma outra opção.
Nas classes mais abastadas quando a menina completava 15 anos, os pais faziam o baile de debutantes para apresentar a filha para a sociedade, era a época em que uma garota começava a pensar em namorar. Nada era mais importante do que a valsa dos namorados. Na festa, você dançava até a meia-noite com o pai e, depois, com o namorado. Era a apresentação à sociedade: na prática, isso queria dizer que a menina tinha permissão para ir aos bailes à noite, usar vestido comprido, salto alto, um pouco de batom.
Era difícil conseguir um namorado, porque os pais não gostavam. As meninas ficavam olhando para os garotos, mas não chegavam perto. Tudo era cheio de regras. E para conhecer melhor aquele menino bonito da escola, era torcer para que ele convidasse para ir ao cinema, depois tinha que conseguir a autorização dos pais, eles só podiam convidar a gente para ir ao cinema, de dia, ou à missa. Também dava para dançar à tarde, nos clubes.
A música era romântica, com orquestra ao vivo, os casais dançavam juntos. Às vezes eles tentavam chegar mais pertinho, mas as moças diziam que ficariam faladas, e ao ir ao cinema sempre acompanhado de um irmão mais novo, sentavam-se juntos e podia pegar na mão, não passava disso.
 Depois veio a "idade do portão", permitidas de namorar nos portões. As mães ficavam dentro de casa, quando não era o tempo da televisão, e de vez em quando vinha "conversar sobre a lua, ou perguntar se o moço não gostaria de um cafezinho". 
Antigamente, o amor era eterno. Depois, vieram as relações abertas e o divórcio. Hoje, os jovens simplesmente “ficam”. Nos últimos 50 anos, muita coisa mudou na vida dos casais. 
Conhecer melhor aquele menino bonito da escola, precisava torcer para que ele a convidasse para a matinê de cinema. Depois, tinha que conseguir a autorização dos pais. Tudo isso para conseguir segurar na mão. 
Sexo, nem pensar. Para isso, era preciso amargar um longo namoro no sofá, seguido por aulas de prendas domésticas e um pedido formal de casamento. Pronto, seu destino estava traçado: ela seria mais uma feliz rainha do lar. Para as mulheres que gostavam da ideia de serem esposas e donas de casa, ótimo. Mas aquelas que tinham outros anseios eram prejudicadas, pois não havia nenhuma outra opção. Nos anos 60 a 70, embora a mulher não tivesse mais a grande obrigação dos casamentos arranjados pelos pais, ainda assim, tinha o perfil de mulher destinada ao lar, ou seja, a casar, ter filhos, cuidar do marido. Cabia a ela a responsabilidade do sucesso no casamento, a felicidade conjugal dependia única e exclusivamente da mulher. 
 Entrevistada nº 1:
Havia poucas diversões nas décadas passadas, poucas diversões para os jovens todos os domingos reunian-se para o terço na comunidade, conforme o numero de pessoas que ali estavam faziam um matine, e era através desses matines que os casais tinham a oportunidade de conversar e dançar. Os pais eram muito rígidos e antes do sol se por (anoitecer) a moça direita tinha que estar em casa. Segundo o relato de SHULTZ, (2014), Entrevista concedida a Tereza Morandin, São Miguel do Oeste (SC).
Havia preocupações por parte de pais e sociedade para que as regras fossem obedecidas, pelas filhas, sendo submissas a seus pais, e depois de casadas a seus maridos. Os namoros somente aconteciam se o moço era aprovado pelo pai da moça, e quando não eram aprovados pelos pais, por alguns motivos eram proibidos a namorar. O racismo nos anos 60 estava bem presente, os pais não permitia o casamento entre brancos e negros, e eram mais predominantes na etnia alemã. Os brancos consideravam-se superiores aos negros. 
SHULTZ, (2014) O casamento de antigamente, era sagrado, e para toda a vida, divórcios não existiam, e só era permitido casar de novo, em caso de morte em um dos conjugues, a mulher separada era vista com maus olhos perante a sociedade. Sempre achei que a fidelidade tinha que ser para os dois, Eu ouvia dizer que, se o marido traísse, tinha que perdoar. Mas eu nunca aceitaria isso. È uma questão de respeito.
 
Os namoros e casamentos das década passadas eram até que a morte os separe, não podiam separar, pois a moça ou mulher ficariam faladas pela sociedade. 
Para enriquecer os conhecimentos sobre o tema, foi entrevistado:
 DIAS, João. (81 anos, Linha Nereu Ramos) 2014. Entrevistado nº 2.
O namoro de minha época começava de um olhar, e logo depois começavam a mandar cartinhas, com fotos 3 x 4, passado alguns dias, mandava-se bilhetinhos, perguntando quer namorar comigo? Os encontros aconteciam na pracinha, depois de vários encontros, a moça envia uma foto dela e então o namoro estava confirmado Dar as mãos era um grande passo, o primeiro beijo era sempre roubado, não podiam ter muito contato, e também os namoros aconteciam na janela e o assunto era bailes, festas, etc. para sair caminhavam sempre um ao lado do outro sem pegar na mão um do outro, não existia beijo de língua, quando acontecia o noivado, não podia mais separar, porque as moças ficavam mal faladas. Quando saiam de casa para ir a baile, era sempre acompanhado pelos pais.
Segundo o relato, podemos entender o quanto o namoro, era rígido, e controlado por parte de pais e sociedade, mantendo o controle de seus filhos para que estes não ficassem falados pela sociedade, não podiam reclamar, todos seguiam a mesma regra.
CAMPOLIN, Moura, Candinho, 66 anos, (Linha 08 de Março, 2014). Entrevista nº 3
Os namoros de antigamente eram bem diferentes, os namorados se viam somente em finais de semana, na casa da moça ou no terço na Igreja, sempre tinha alguém junto, não podiam sentar perto, um cada lado, da sala ou onde estavam longe um do outro e com muito respeito. Também não era permitido casar Italiano com negro. Para ir à casa da namorada, iam de cavalo. Passado algum tempo casavam-se com o consentimento dos pais, e não era permitido, casar com outras etnias, Os casamentos aconteciam de dia, a mãe da noiva como costume servia café para todos os convidados antes de irem ao casamento, com cuca, bolacha e sagu, depois da cerimônia era servido na casa da noiva churrasco, cuca, maionese e saladas, e vinho, etc. acompanhado muitas vezes de gaita e moda de viola.
PAI DA NOIVA PAGA A FESTA
Podemos observar segundo o relato acima, que as festas de casamentoseram acompanhadas de deliciosas refeições. O namoro era vigiado sempre pelos pais, embora acontecessem os encontros em fins de semana, mantendo a distancia entre os dois, ou sempre acompanhado pelos pais ou irmãos. As festas de casamento eram na casa da noiva, acompanhado de churrasco, cuca, maionese, saladas, e vinho, animados com gaita e violão. Antigamente, o pai da noiva era responsável pelas despesas da igreja e da festa. O costume de décadas passadas eram se ser submissas a seus esposos, não era costume o casal separar, era para toda vida ou até que a morte os separe, as famílias eram numerosas, e a mulher não trabalhava fora de casa, cuidava da casa, marido e responsável por educar os filhos.
PAGANINI, Amabelille, 70 anos, ( Chapecó, SC, 2014) Entrevista nº 4
Antigamente quem escolhia o marido para a filha eram os pais, mas eu tive sorte pude escolher, mas tinha que ser Italiano, de boa família, ser religioso e trabalhador, nos conhecemos na Igreja, na presença dos pais, e meu namorado sabia como conquistar uma mulher , sempre elogiava, dava flores, joias e chocolates finos dos melhores na época, nós frequentávamos a Igreja todos os domingos mas é claro sempre na presença dos pais, frequentavam festas e bailes, e as vezes rolavam uns beijinhos as escondidas, eram rápidos e escondidos, ficavam um do lado do outro e os pais sentavam no meio, quando casamos cada um ganhou sua terra e uma quantia em dinheiro e a festa de casamento.
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 Diante do relato de Amabille, nas décadas passadas, a exigência dos pais, e consequentemente da sociedade, para os pais concederem o namoro com a filha, o moço tinha que ter boa conduta, ser honesto, trabalhador, e ser da mesma etnia, para que os pais concordassem com o namoro, e se acaso os pais não concordassem, a moça não podia reclamar mesmo estando apaixonada pelo moço, nunca era permitido o casamento de uma moça “Italiana, com moço negro” CAMPOLIM, (2014), e não seriam bem vistos com bons olhos pela sociedade, as regras da sociedade era bem forte e presente, os pais certamente, eram cobrados pela sociedade, se não seguissem, os costumes, que davam seguimentos a sociedade. Considerando a entrevista de Amabille, podemos analisar que mesmo em décadas passadas, o casal de namorados eram românticos e cavaleiros, e não deixavam de agradar a sua amada, mesmo que era na presença dos pais, de forma bem elegante e carinhosa, demonstravam o amor que tinham por sua amada, com gestos singelos, “flores, chocolates, joias, etc”, deste modo, eram felizes e realizados, e a vida a dois iniciava-se após o casamento. 
 O noivo,recebia dos pais terras e a noiva, como costume levava a maquina de costura e seria a futura rainha do lar, cuidar do marido, casa e filhos.
 A religiosidade era conservadora, tradicional, pois era o costume frequentar a Igreja, pelas famílias tradicionais, a religião marcava sua presença diante da postura e comportamento de seus fiéis, e este controle acontecia por via confessionário.
 Analisando as gravuras acima de três casais de namorados da década passada, e um da modernidade, os três primeiros recatados, distante um do outro, muito romantismo e respeito, e não separavam depois do noivado, pois ficariam falados pela sociedade, eram mais comprometidos, com a moça, e o casamento era até a morte os separe, mesmo havendo crises conjugais. 
Tiba (1994) conceitua o ficar como sendo um relacionamento no qual um rapaz e uma garota ficam juntos sem assumir quaisquer compromissos de que no dia seguinte ainda estarão juntos novamente. Assim, a falta de compromisso é a marca registrada do ficar. A pessoa só fica quando está a fim, não precisa estar apaixonado(a) e nem cair de amores pela outra pessoa, já que não existe compromissos. “O ficar é o namoro corporal sem compromisso social” (Tiba, 1994, p. 90).
 
 Atualmente os namoros são bem diferentes, não há compromisso, podem passar a noite juntos, sem haver um compromisso. Hoje os namoros são bem diferentes. Não têm mais o sabor da inocência, da proibição, da luta pela conquista da bem-amada, como antigamente, os conceitos da antiguidade já foram quebrados.
CONCLUSÃO
 Ao concluirmos o trabalho aprofundamos o conhecimento de forma prazerosa no conhecimento da forma de namoro e casamento das décadas passadas, numa sociedade religiosa conservadora, os pais seguiam a tradição bem rígidos, e em alguns casos até escolhiam o namorado para a filha,
 
Algumas pistas sobre o ser romântico
O que é ser romântico num relacionamento?
Ser romântico é uma característica pessoal, isto é, não se adquire com tutoriais ou estudos, porém, pode-se, através da generosidade, conseguir-se aproximar do ser romântico. Ah! e claro, pode-se acordar determinado dia com cara de bobo, admirando o nada, amando a natureza, com uma vontade enorme de falar com alguém, cantarolando sozinho, xiiiii.... Você entrou para o time!
O romântico é um ser que vive de e do amor, por isso, muitas vezes, ele sofre. E até no seu sofrimento, o romântico carrega com orgulho o seu amor, apesar da dor, das incertezas e da indiferença da pessoa amada. Mostra seu amor ao mundo, aprovado ou não!
O ser romântico acorda pensando no seu amor, e por isso acorda feliz, porque ama, independentemente de ser amado ou não pela amada, ou amado. É um amor narcisista, o romântico ama-se espelhado no amor de outra pessoa, mesmo que esse não exista, pouco lhe importa. Por isso, o romântico é generoso ao extremo, passando-se muitas vezes por bobo, patético e idiota. Para ele, os comentários e o diz-que-diz de terceiros nada influencia seu modo de ser.
O romântico canta e chora ao mesmo tempo. Suas emoções sempre estão à flor da pele, por isso ele se condói com o sofrimento alheio, por isso ele é tão solidário e presente.
Ah! o romântico é um saudosista.
Por hoje é só moçada linda, voltarei breve
Adorei a ideia. Deves fazer uma análise Histórica e sociológica. Na parte sociológica, desenvolva bastante a ideia do "mapeamento da noiva e noivo" , as regras do namoro e a presença maciça da comunidade. Sugiro que faça uma comparação através de duas fotos e descrevas as semelhanças e diferenças dos dois momentos.
REFERÊNCIAS
Aurelio Martuscelli Neto – Namoro das décadas passadas
http://www.namoronaboa.com.br/2011/05/namoro-das-decadas-passadas-namorar.html
:
 DIAS, João. (81 anos, Linha Nereu Ramos) 2014. Entrevistado nº 2. Concedida a Tereza G. Morandin dia 25/09/2014
CAMPOLIN, Moura, Candinho, 66 anos, (Linha 08 de Março, 2014). Entrevista nº 3, concedida a Tereza G. Morandin 05/10/2014
SHULTZ, São Miguel do Oeste, SC, entrevista nº 1, concedida a Tereza G. Morandin 20/09/2014.
PAGANINI, Amabelille, 70 anos, ( Chapecó, SC, 2014) Entrevista nº 4, entrevista concedida a Tereza G. Morandin, 25/09,2014.
Os rapazes eram mais chorosos, escreviam versos às amadas, sonhavam um dia ver "os lindos pezinhos divinos, tão delicados que respiram rosas", liam Alencar e outros românticos e os mais burros decoravam fórmulas de cartas amorosas.

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