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08 21 06 12 PODER JUDICIÁRIO

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Intensivo II 
Disciplina: Direito Constitucional 
Prof. Pedro Taques 
 Data: 20.06.2012 
 
Poder Judiciário (art.92 da CF): 
 
Na última aula faremos o fechamento com a resposta a indagação se aquelas 
autoridades que cometem crime de responsabilidade (Lei nº 1.079⁄1950) e Decreto-lei nº 
201⁄1967 podem também responder por crime de improbidade administrativa (Lei nº 8.429/92). 
 Iniciaremos a aula de hoje com o Tema Organização dos Poderes especificamente 
órgão Judiciário. O que faz o Poder Judiciário? 
 O Judiciário exerce uma série de atribuições que estudaremos ao longo desta 
conversa, depois organizaremos o Poder Judiciário nacional e falaremos a respeito de cada um 
dos tribunais conforme a organização constitucional. 
 O Judiciário aplica a lei ao caso concreto, substituindo a vontade das partes, resolve o 
conflito de interesses com força definitiva. Desta construção retiramos algumas características da 
função jurisdicional. 
 
1.1. Atribuições do Poder Judiciário 
 
1.1.1 Substitutividade: A principal é aplicação da lei ao acaso concreto, substitui a vontade das 
partes resolvendo o conflito com a força definitiva que ocorre em razão do princípio da 
inafastabilidade jurisdicional. 
 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com
 
 
 
 INTENSIVO Ii
PODER JUDICIÁRIO
 
 Em dado momento histórico, abrimos mão da nossa parcela de nossos direitos e 
colocamos nas mãos de uma entidade abstrata chamada “Estado”, que passa a exercer o Poder 
Político, que é a imposição da violência legítima. 
 Hoje, não podemos utilizar de nossas próprias forças para resolver conflitos de 
direito, sob pena de estar cometendo o crime de exercício arbitrário das próprias forças (art.345, 
CP), salvo se houver algum permissivo legal expressamente previsto que ocorre em casos 
excepcionais. 
O Estado trouxe para si o monopólio da Jurisdição (art.5º, inc.XXXV da CF), assim 
não pode se eximir desta função de acordo com o Princípio da Inafastabilidade, da 
indeclinabilidade jurisdicional, do direito constitucional de Ação ou Monopólio da função 
Jurisdicional. 
O Estado não pode se eximir da responsabilidade de resolver o conflito de interesses a 
ele submetido porque é detentor do monopólio da função jurisdicional. 
Imaginem que um cidadão subtrai um carro de outro, o dono do carro não poderá 
aplicar qualquer sanção, sob pena de exercício arbitrário das próprias razões, mas terá que 
submeter ao Estado o conflito para que este substituindo a vontade das partes venha a resolver o 
conflito de interesses com a força definitiva. 
*Definitividade: que significa dizer que só o Poder Judiciário através da prestação jurisdicional 
pode dizer o direito de forma definitiva, por meio da coisa julgada ou segurança jurídica (art.5º, 
caput, CF). 
 Segurança quer dizer tranqüilidade, estabilidade e paz nas relações, e cabe ao Poder 
Judiciário a busca desta Segurança por meio da coisa julgada que é a pacificação dada pelo Poder 
Judiciário, que é disciplinada no art.5º, inc.XXXVI da CF, que traz a trilogia da irretroatividade. 
 
1.1.2.Controle de Constitucionalidade: 
 
 O Estado por meio do Poder Judiciário faz o controle de constitucionalidade visando a 
manutenção da força normativa da Constituição. O Poder judiciário, hoje, portanto, não mais 
trata apenas de casos concretos, mas busca o controle de constitucionalidade buscando a força 
normativa da constituição. 
 As constituições surgem como um enunciado de princípios, um elenco de declarações 
intenções, segundo Ferdinand La Salle, as a constituições eram apenas uma folha de branco, o 
que tinha valor era o que ele denominava fatores reais de poder. Até o século XIX não passavam 
de declarações de intenções ou de princípios, não obrigavam. 
 A partir do Século XX, mais precisamente após a Segunda Guerra mundial, com Conrad 
Resse surge a idéia da força normativa da Constituição, faz com que ela se torne uma norma 
jurídica. 
 Apesar disso, ela é uma norma jurídica diferenciada, é uma norma jurídica super 
imperativa, faz com que seu texto, de onde retiramos da norma, não seja apenas uma 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com
 
declaração, mas numa norma jurídica super reforçada, na qual aquele encarregado de garantir a 
obediência de todos a ela é o Poder Judiciário por meio do Controle de Constitucionalidade (garan 
tir a força normativa da constituição- ADI, ADC,etc.) 
 Logo, é uma norma jurídica dotada de uma força super imperativa. 
 A diferença entre um texto e uma norma jurídica deve ser reforçado. 
 O Texto é o sinal (símbolo) lingüístico de um enunciado jurídico, assim é o objeto de uma 
interpretação. 
Interpretar é retirar sentido, é retirar de um objeto algum sentindo. Por exemplo, no 
filme Alexandre o Grande, no momento que vai lutar contra Dário da Pérsia, ele vai consultar um 
intérprete, uma pessoa que ele mata um animal e retira das entranhas do animal o significado 
quanto ao futuro da batalha, ou seja, retira sentido das entranhas do animal. 
Assim, interpretar é retirar sentido, mas não só, hoje é também dar sentido. 
Ou seja, no momento da criação da lei é criado o texto da lei. 
A norma jurídica é o resultado da interpretação de um texto legal. 
Existem textos sem norma? 
Na nossa Constituição, temos o Preâmbulo, que é um sinal jurídico da qual não retiramos 
nenhum comando normativo constitucional, ou seja, isso porque não se encontra no campo 
jurídico, mas sim no campo político. 
Existem normas jurídicas constitucional sem texto? 
Sim, por exemplo, o princípio do duplo grau de jurisdição é uma norma constitucional da 
qual não se tem nenhum dispositivo expresso na Constituição. 
 Existem textos do qual se retira mais de uma norma. Quando, por exemplo, o Supremo 
faz a interpretação conforme de um texto legal, ele afirma que daquele texto há mais de uma 
interpretação possível, da qual optar por um por ser mais adequado ao sistema previsto na 
Constituição. 
Podemos dizer que a Constituição possui normas regras e normas princípios. 
 
1.1.3. Concretização dos Direitos Fundamentais: 
 
Sabemos que hoje, o Poder judiciário tem como uma de suas atribuições a concretização 
dos Direitos Fundamentais. Não há que se falar, em Poder Judiciário, sem se fazer a ligação com 
os direitos fundamentais. 
 Hoje sabemos que em razão da evolução, os direitos foram se avolumando. Em dado 
momento tivemos direitos de primeira geração e dimensão, hoje já se fala de direitos de 5ª 
geração ou dimensão. 
 A questão principal hoje não é a previsão de direitos fundamentais, o maior problema é 
a concretização dos direitos fundamentais, cabendo ao Poder Judiciário no exercício da sua função 
primária, a concretização ou viabilização destes direitos fundamentais previstos nas normas 
constitucionais e infraconstitucionais. 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com
 
 Essa concretização é feita por meio das Ações judiciais Penais e Cíveis. Por exemplo, 
imaginem o Direito de existência,mas não é qualquer existência, mas a existência digna na qual 
se garanta escola, saúde, segurança, educação e lazer para que haja a concretização deste direito 
fundamental.Caso contrário, o Ministério Público ingressa comuma Ação Civil Pública para que as 
pessoas hipossuficientes possam ter concretizado este direito, cabendo ao Poder Judiciário 
analisar no caso concreto quais os meios necessários a esta concretização. 
 Outro exemplo, o Estado não garante a 50.000 pessoas o direito ao acesso ao ensino 
fundamental, o Estado somente oferta 40.000 vagas, mas o MP ingressa com uma Ação Civil 
Pública para que aos 10.000 sejam garantido o acesso, determinando que o Estado arque com as 
despesas de incluí-los em escolas particulares locais enquanto não toma consegue tomar de 
imediato providências para aumentar o número de vagas nas suas escolas. 
 Ai vem a discussão se a educação como norma fundamental (art.6º da CF) e norma 
constitucional auto-executável ou necessita de uma norma infraconstitucional para que seja 
efetiva. 
 No momento em que se afirma que o Poder Judiciário busca a concretização dos direitos 
fundamentais, esta concretização se faz por meio da apreciação das Ações judiciais. Assim, o 
Poder Judiciário no momento da apreciação das demandas, inclusive particulares, deverá buscar a 
concretização dos direitos. 
 
1.1.4. Mediação das Relações entre os Poderes: 
 
Mediação das relações entre os Poderes. A CPI mista do Poder Legislativo pode notificar a 
Presidenta da República para ser questionada por dado fato, cabe neste caso, ao Poder Judiciário 
mediar as disputas entre os Poderes Legislativos e Executivo. Logo, faz a prevenção dos possíveis 
conflitos, mediando as relações entre os Poderes Executivos e Legislativo, evitando os possíveis 
excesso de ambos no exercício do Poder e a hipertrofia, super força de um em detrimento do 
outro. 
 
1.1.5. Editar a chamada Legislação Judicial: 
 
A Constituição permite que o Poder Judiciário edite a chamada Legislação Judicial. 
 Por exemplo, a Súmula Vinculante criada pela EC nº 45, as decisões em Mandado de 
Injunção e no Controle de Constitucionalidade na modalidade concentrada que possue efeitos 
erga omnes e vinculante. 
 A partir do Mandado de injunção nº 712, relatado Ministro Joaquim Barbosa, o Poder 
Judiciário resolve o conflito de interesses não de forma direta, afirma que houve omissão por 
parte do Poder Legislativo, determinando a aplicação da legislação pertinente ao direito de greve 
dos trabalhadores em geral aos dos servidores públicos, ao caso concreto. 
 Hoje já existem críticas a esta atribuição do Poder Judiciário. 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
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 tatianaconcursos@hotmail.com
 
 A Súmula Vinculante, que regrou a questão do uso das algemas, sem que se possa 
afirmar categoricamente que houvesse reiteradas decisões sobre o tema. O mesmo quanto a que 
tratou do Nepotismo, surgindo criticas ao que se passou a chamar de ativismo judicial ou 
jurisdicionalização da política. 
Temos ainda como exemplos, as decisões do STF quanto ao casamento homoafetivo, 
sem que houvesse uma previsão legal sobre o tema, a decisão sobre a questão do Feto 
anencefálico, resolvendo que cabe progressão de regime em crime hediondo determinando ao 
Poder Legislativo que regrasse a questão, e ainda da delimitação da Reserva indígena Raposa do 
Sol, em que o Poder Judiciário determina 18 condicionantes, sem nem sequer ter sido pedido 
pelas partes no Mandado de Segurança, etc. 
 
1.1.6. Auto-governo dos Tribunais: 
 
O Poder Judiciário se organiza, se regulamenta e se dirige, conforme o previsto no art.96 
da CF. 
 Estas atribuições trazidas nesta aula são consideradas mais úteis que a feita sobre a 
classificação das funções como típicas e atípicas. 
 
 II. Organização do Poder Judiciário: 
 
2.1. Organização do Poder Judiciário Americano: 
 
 O Poder Judiciário americano se organiza da seguinte forma: 
Em âmbito nacional temos: a Suprema Corte, os Tribunais Federais de Apelação e Juízes 
federais. 
Em âmbito estadual temos: Tribunais Estaduais de Apelação e Juízes estaduais 
E no âmbito militar temos a Corte Marcial. 
No federalismo americano temos uma federação por agregação, assim os estados 
membros tem mais autonomia do que no Brasil. 
O Sistema judicial americano decorre da cultura jurídica anglo-saxônica, que busca como 
fim a pacificação social, é pragmática. 
Por exemplo, Michael Jackson foi acusado de abuso sexual de um menino quando o levou 
ao seu Parque particular denominado “Neverland” (Terra do Nunca), a corte decidiu que ocorreu o 
abuso e terminou o caso em um acordo judicial no qual a suposta vítima foi indenizada no valor 3 
milhões de dólares, pois o interessante foi pacificar o conflito e não estabelecer a justiça ou a 
verdade real. 
Nesta cultura as ações penais em 95% dos casos são resolvidas através de acordo entre 
o MP e o autor do delito, já nas causas cíveis é algo em torno de 60% aproximadamente. 
 
 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com
 
2.2. Organização do Poder Judiciário Brasileiro (art.96, inc.I, b) da CF: 
 
 Já na cultura jurídica romano-germânica, na qual o Brasil se filia, busca-se a justiça, algo 
etéreo e ideal e por isso mais complexo de se conseguir. Assim, buscando a Justiça por meio do 
restabelecimento do status quo antes, a situação fática anterior, buscando-se a verdade real, o 
que é impossível de se conseguir. 
 
2.2.1. Organograma: 
 
 
 2.2.2. Ramos da Justiça: 
a. Justiça Comum (Estadual,tribunais de Justiça e juízes, e Federal,TRF e juízes federais); 
b. Justiças Especializadas: TRT-(juízes trabalho); TRE e juízes eleitorais; STM- auditorias 
militares. 
Os Tribunais Militares da União não existem atualmente, muito embora previsto no texto 
Constitucional. 
 
2.2.2.1. STF (§1º do art.92 da CF): 
a.Composição: 11 juízes que levam o nome de ministros. Na década de 60 com a ditadura tinha 
16 Membros. 
b. Requisitos: 
- ser brasileiro nato (art.101 c.c art.12, §3º da CF): isso porque o Presidente do STF, que será 
escolhidos entre os membros do STF, está na linha sucessória do Presidente da República 
(substitui em suas funções) e, por isso, somente brasileiro nato pode ocupar este cargo. 
-idade mínima de 35 anos e máxima de 65 anos: a idade mínima aos 35 anos porque nesta 
idade o cidadão atinge a capacidade política absoluta, significa que ele pode exercer qualquer 
cargo (AGU, PGR, Senador, Ministro dos Tribunais Superiores, etc); a idade máxima aos 65 anos 
porque aos 70 existe a aposentadoria compulsória, com o limite se garante que a pessoa possa 
exercer o cargo por ao menos 5 anos. 
 Atualmente, existe a chamada PEC da bengala, em tramite no Senado, pela qual, em 
sendo aprovada, a aposentadoria compulsória passa dos 70 anos para os 75 anos. 
STF 
STJ TSE TST STM 
TRE TRF (5) 
JUIZES FEDERAIS 
TJE (27) 
JUIZES 
ELEITORAIS 
JUNTAS 
ELEITORAIS 
TRT 
JUIZES DO 
TRABALHO 
TRIBUNAIS 
MILITARES 
AINDA NÃO 
AUDITORIAS 
MILITARES 
CNJ 
JUIZES 
ESTADUAIS 
TRIB. MILITAR 
ESTADUAL 
 
AUDITORIAS 
MILITARES 
ESTADUAIS 
 
 
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 tatianaconcursos@hotmail.com
 
-Notável conhecimento jurídico: é o cidadão entendido por toda sociedade de forma notória 
como um cultor das ciências jurídicas, conhecimento este de dispensa prova. Nota-se que a 
Constituição não dispõe expressamente que ele deve ser Bacharel em Direito, mas atualmente 
entende-se que é o mínimo de prova que é um cultor do conhecimentojurídico. Mas, já houve a 
indicação de um médico para o cargo que não foi aprovado pelo Senado. 
 Este notável conhecimento jurídico será auferido pelo Presidente no momento da 
indicação e pelo Senado no momento da Sabatina. 
 
-Reputação Ilibada: é uma reputação idônea de uma vida passada sem mácula, mancha ou 
nódoa. 
 Assim, todos na sociedade o tem como um bom cidadão, detentor de uma vida pretérita 
limpa ou cristalina, não sendo necessário que o cidadão tenha contra si uma sentença 
condenatória transitada em julgado para deixar de ter idoneidade. 
 A CF não fala do Princípio da Presunção de Inocência, em necessidade de uma condenação 
penal transitada em julgado, podendo-se auferir por qualquer meio a má fama, dela sua conduta 
de mau pagador, de marido que pratica violência doméstica, beberam contumaz, vida cheia de 
escândalos públicos, etc. 
O Presidente da Republica escolhe entre cidadãos brasileiros que preencham estes 
requisitos, escolha de forma livre e indica o nome ao Senado que, após sabatina deve, o aprova 
por maioria absoluta dos votos. 
Sabatina do Senado (art.101 parágrafo único da CF): participação do Senado é o 
mecanismo de controle na escolha do indicado. 
 Assim, o Senado por meio do mecanismo de freios e contrapesos, fiscaliza a indicação 
do candidato ao cargo mais importante do Poder Judiciário, por meio da sabatina aplicada pela 
Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a respeito de temas caros para a população, 
inclusive sobre a vida pretérita, sobre sua desenvoltura com relação os principais temas para a 
sociedade. 
 Após a sabatina o candidato deve ser aprovado pelo Plenário em maioria absoluta e só 
assim poderá ser nomeado. 
2.2.2.2. STJ: 
É um Tribunal nacional que busca a uniformização da justiça comum estadual e federal. 
a. Composição (art.104 da CF): no mínimo 33 ministros. Assim, não há um número fixo, 
assim, em razão do volume de processos e número de cidadãos pode ser aumentado este 
número. 
b. Requisitos (art.104, parágrafo único da CF): 
-brasileiro- nato ou naturalizado; 
-idade mínima de 35 anos e máxima de 65 anos; 
-notável conhecimento jurídico 
-reputação ilibada 
 
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c. Escolha do Ministro: 
c.1.Diferenças entre STF e STJ: 
-STF brasileiro nato-STJ brasileiro; 
-STF escolha do Presidente é livre, STJ escolha do Presidente é vinculada a categorias; 
Escolha do Presidente é vinculada a categorias: 
1/3 dentre desembargadores federais dos 5 Tribunais Regionais Federais; 
1/3 dentre Desembargadores do Tribunais de Justiça; 
1/3- no qual teremos 1/2 dentre advogados e ½ dentre membros do MP (MPF, MPE ou 
MPDFT). 
 
 A escolha se dá da seguinte forma, se aposentou um ministro da categoria de 
Desembargadores do TRF,o Presidente solicita ao STJ que manda um ofício aos 5 TRF´s 
solicitando nomes para a indicação e os 5 mais votados devem compor lista que será enviada ao 
Presidente da República 1que deverá escolher um. 
 No caso da vaga sendo de um advogado, a OAB nacional envia ao STJ uma lista 
sêxtupla e este a reduz para uma lista tripla para encaminhamento ao Presidente que escolherá 
um para a sabatina no Senado. 
 O MPF remete lista sêxtupla, o MPE vário nomes para o STJ e dai forma-se uma lista 
única com seis nomes dos quais serão recebidos pelo Presidente. 
2.2.2.3.Justiça Comum: 
2.2.3.1.Federal: 
a.Composição: 5 Tribunais Regionais federais (substituir Tribunais Regionais Recursos pela CF), 
dividindo-se o Território nacional em 5 regiões: 1ª Região: DF, Estados da Região norte, Estados 
do Centro-Oeste (exceto MS), Nordeste (Ba, MA, PI), Sudeste (MG); 2ª Região: RJ (sede), RJ e 
ES;3ª Região SP (sede)-SP e MS; 4ª Região: RS (sede) SC, PN e RS, 5ª Região: Pe (sede), 
estados do nordeste (exceto BA, PI e MA). 
Obs: Estuda-se a proposta de incluírem-se mais 2 TRF, um para abranger a região norte e outro 
para ficar apenas SP. 
Os concursos para juiz federal são concursos regionais, muito embora haja unificação de prova 
para tais concursos. 
TRF mínimo de 7 desembargadores em cada um. 
Juízes federais-: a justiça federal em primeiro grau (criação lei nº 5010/66), cada Estado é uma 
seção judiciária federal é dividida em subseções (não existem comarcas). 
2.2.3.2.Estadual: 
Art.125, 1º-competência privativa do TJ apresentar projeto de LOJ 
 As Decisões do TJ devem se estabilizar dentro do território do próprio Estado, somente 
Faltou justiça comum-militar estadual excepcionalmente por meio do RESP e REXT poderá ser 
apreciada pelo STJ e STF. 
2.2.2.4.Justiça Especializada: 
 
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Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
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 2.2.2.4.1.Eleitoral: 
2.2.2.4.1.1.TSE: 
a.Composição (Art.118): 
 Não se faz concurso para juiz eleitoral- não tem quadro próprio, empresta-se 
juízes da justiça comum estadual e federal 
 O TSE com sede em Brasília e jurisdição em todo território nacional -é 
composto(art.119 da CF) no mínimo 7 membros: 3 dentre ministros do STF;2 dentre Ministros 
STJ;2 advogados-lista do STF escolhidos pelo Presid. República. 
Importante: todos os juízes da justiça eleitoral exercem mandato de 2 anos permitindo-se uma 
recondução por mais dois anos.Os advogados poderão continuar advogando, salvo em matéria 
eleitoral. 
Presidente do TSE: somente pode ser um dos 3 Min. STF. 
Corregedor Geral Eleitoral: 2 dos min. do STJ 
2.2.2.4.2.TRE 
a.Previsão: Art.120-um em cada Estado e no DF 
b.Composição: 7 ministros 
c.Escolha: 
2-dentre desembargadores do TJ escolhidos pelo TJ; 
2-dentre juízes de direito da entrância mais elevada escolhidos pelo tribunal de justiça 
2- dentre advogados- a OAB encaminha a lista ao TJ para a escolha do Presidente da República 
1- Representante da justiça federal- 
Representante da JE: nos Estados sede do TRF será um desembargador federal 
necessariamente, nos demais poderá ser um juiz federal. 
 
2.2.2.4.3. Juízes federais: 
a.Mandato: 2 anos, permitida uma recondução por mais 2 anos, servidores públicos federais no 
exercício da função jurisdicional eleitoral. 
Presidente do TRE um dos dois desembargadores, o não escolhido para tal será o corregedor 
regional eleitoral. 
Juiz eleitoral- o juiz de direito estadual exercendo função eleitoral (princípio da delegação) 
Mandato de 2 anos- recondução por mais 2 anos 
Junta eleitoral: ela exerce atribuição administrativa-composição pelo Código Eleitoral, é 
composta de 2 ou 4 cidadãos e mais um juiz eleitoral. 
Dividida em zonas-Cada zona- 1 juiz de direito. 
 
2.2.2.5. Justiça Militar: 
 No Brasil a Justiça Militar da União introduzida no texto Constitucional em 1891, é 
composta pelo STM e pelas auditorias militares está prevista nos art.122 a 124 da Constituição 
Federal. 
 
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Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com
 
 A competência desta justiça especializada é o julgamento de crimes militares 
definidos no Dec Lei nº 1001.69 , praticados por membros das forças armadas e civis. 
 
2.2.2.5.1.STM: 
 a.Composição (art.123 da CF): O STM 15 Ministros (art.123 do CF)-10 militares (3 oficiais 
generais da marinha, 4 do exercito e 3 aeronáutica) 5 civis (somente brasileiro nato)-3 
advogados; 1 juiz auditor militar;2 na escolha paritária dentre juízes auditores e membros do 
MPM- escolhidospelo Presidente e aprovado pelo Senado. 
2.2.2.5.2.Auditorias militares- 
2.2.2.5.2.1.Federal: 
a.Composição: 
-Conselho Permanente: competência para julgamento de civis e praças das forças armadas 
Conselho Especial- competente para o julgamento de oficiais das forças armadas exceto oficiais 
generais 
 No Brasil temos 12 auditorias militares federais. 
2.2.2.5.2.2. Estadual: 
 A Justiça militar estadual tem competência para o julgamento corpo de bombeiro militar 
e policial militar. 
 O §3º do art. 125 da CF dispõe que a Justiça militar estadual será composta em primeiro 
grau de juízes militares e Conselho de Justiça, e em segundo grau , pelo próprio Tribunal de 
Justiça ou Tribunais de Justiça Militar, os últimos apenas nos Estados com mais de 20.000 
habitantes, por isso, atualmente somente temos Tribunal de Justiça Militar no âmbito estadual 
em SP. MG, RS. 
 Tribunal de Justiça-competência exclusiva, somente ele pode propor a criação no Estado 
da auditoria militar estadual. 
 A auditoria estadual na tem competência para julgamento de civis, competência 
criminal nem para crimes dolosos contra a vida salvo ações contra atos disciplinares 
 O §4º do art.125 da CF dispõe cabe a justiça militar estadual processar e julgar os militares 
dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares 
militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal 
competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. 
 O §5º do art. 125 dispõe que cabe ao juiz de direito do juízo militar estadual julgar os crimes 
militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares e nos 
demais casos a competência seria do Conselho de Justiça sobre a competência do juiz de direito. 
 Observe-se que quando dispõe sobre “ações judiciais” incluiu também ações civis como 
Mandado de Segurança e Ações de natureza civil que se relacionem com o ato disciplinar. 
Próxima aula: Justiça do trabalho, autogoverno dos Tribunais, 5º Constitucional, CNJ. 
 
 
 
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