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APOSTILA PORTUGUES

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APOSTILA DE LÍNGUA 
PORTUGUESA 
 
 
José Maria 
Cipriano Torres 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Língua Portuguesa 
Prof. José Maria Cipriano Torres 
www.gustavobrido.com.br facebook.com/gustavobrigido 
 
 Apostila de Língua Portuguesa 
Convenções de Escrita 
Ortografia 
A palavra Ortografia é formada por "orto", elemento de origem grega, usado como prefixo, com 
o significado de direito, reto, exato e "grafia", elemento de composição de origem grega com o 
significado de ação de escrever; ortografia, então, significa ação de escrever direito. É fácil 
escrever direito? Não!! É, de fato, muito difícil conhecer todas as regras de ortografia a fim de 
escrever com o mínimo de erros ortográficos. Hoje tentaremos facilitar um pouco mais essa 
matéria. Abaixo seguem algumas frases com as respectivas regras sobre o uso de ç, s, ss, z, 
x... Vamos a elas: 
 
1) Uma das intenções da casa de detenção é levar o que cometeu graves infrações a alcan-
çar a introspecção, por intermédio da reeducação. 
 
a) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TO: 
intento = intenção 
canto = canção 
exceto = exceção 
junto = junção 
 
b) Usa-se ç em palavras terminadas em TENÇÃO referentes a verbos derivados de TER: 
deter = detenção 
reter = retenção 
conter = contenção 
manter = manutenção 
 
c) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TOR: 
infrator = infração 
trator = tração 
redator = redação 
setor = seção 
 
d) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TIVO: 
introspectivo = introspecção 
relativo = relação 
ativo = ação 
intuitivo – intuição 
 
e) Usa-se ç em palavras derivadas de verbos dos quais se retira a desinência R: 
reeducar = reeducação 
importar = importação 
repartir = repartiçã 
fundir = fundição 
 
f) Usa-se ç após ditongo quando houver som de s: 
eleição, traição 
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
 
 
 
 
 
 
4 
Língua Portuguesa 
Prof. José Maria Cipriano Torres 
www.gustavobrido.com.br facebook.com/gustavobrigido 
 
2) A pretensa diversão de Creusa, a poetisa vencedora do concurso, implicou a sua expul-
são, porque pôs uma frase horrorosa sobre a diretora Luísa. 
 
a) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em NDER ou NDIR: 
pretender = pretensão, pretensa, pretensioso 
defender = defesa, defensivo 
compreender = compreensão, compreensivo 
repreender = repreensão 
expandir = expansão 
fundir = fusão 
 
b) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ERTER ou ERTIR: 
inverter = inversão 
converter = conversão 
perverter = perversão 
divertir = diversão 
 
c) Usa-se s após ditongo quando houver som de z: 
Creusa 
coisa 
maisena 
 
d) Usa-se s em palavras terminadas em ISA, substantivos femininos: 
Luísa 
Heloísa 
Poetisa 
Profetisa 
 
Obs: Juíza escreve-se com z, por ser o feminino de juiz, que também se escreve com z. 
 
e) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em CORRER ou PELIR: 
concorrer = concurso 
discorrer = discurso 
expelir = expulso, expulsão 
compelir = compulsório 
 
f) Usa-se s na conjugação dos verbos PÔR, QUERER, USAR: 
ele pôs 
ele quis 
ele usou 
 
g) Usa-se s em palavras terminadas em ASE, ESE, ISE, OSE: 
frase 
tese 
crise 
osmose 
 Exceções: deslize e gaze. 
 
h) Usa-se s em palavras terminadas em OSO, OSA: 
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
 
 
 
 
 
 
5 
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horrorosa 
gostoso 
 Exceção: gozo 
3) 
I -Teresinha, a esposa do camponês inglês, avisou que cantaria de improviso. 
 
II -Aterrorizada pela embriaguez do marido, a mulherzinha não fez a limpeza. 
 
a) Usa-se o sufixo indicador de diminutivo INHO com s quando esta letra fizer parte do radical 
da palavra de origem; com z quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em s: 
Teresa = Teresinha 
Casa = casinha 
Mulher = mulherzinha 
Pão = pãozinho 
 
b) Os verbos terminados em ISAR serão escritos com s quando esta letra fizer parte do radical 
da palavra de origem; os terminados em IZAR serão escritos com z quando a palavra de ori-
gem não tiver o radical terminado em s: 
improviso = improvisar 
análise = analisar 
pesquisa = pesquisar 
terror = aterrorizar 
útil = utilizar 
economia = economizar 
 
c) As palavras terminadas em ÊS e ESA serão escritas com s quando indicarem nacionalida-
de, títulos ou nomes próprios; as terminadas em EZ e EZA serão escritas com z quando fo-
rem substantivos abstratos provindos de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade: 
Teresa 
Camponês 
Inglês 
Embriaguez 
Limpeza 
4) O excesso de concessões dava a impressão de compromisso com o progresso. 
 
a) Os verbos terminados em CEDER terão palavras derivadas escritas com CESS: 
exceder = excesso, excessivo 
conceder = concessão 
proceder = processo 
 
b) Os verbos terminados em PRIMIRterão palavras derivadas escritas com PRESS: 
imprimir = impressão 
 
deprimir = depressão 
 
c) Os verbos terminados em GREDIRterão palavras derivadas escritas com GRESS: 
progredir = progresso 
agredir = agressor, agressão, agressivo 
 
 
 
 
 
 
1 
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transgredir = transgressão, transgressor 
 
d) Os verbos terminados em METERterão palavras derivadas escritas com MISSou MESS: 
comprometer = compromisso 
prometer = promessa 
intrometer = intromissão 
remeter = remessa 
5) Para que os filhos se encorajem, o lojista come jiló com canjica. 
 
a) Escreve-se com j a conjugação dos verbos terminados em JAR: 
Viajar = espero que eles viajem 
Encorajar = para que eles se encorajem 
Enferrujar = que não se enferrujem as portas 
 
b) Escrevem-se com j as palavras derivadas de vocábulos terminados em JA: 
loja = lojista 
canja = canjica 
sarja = sarjeta 
gorja = gorjeta 
 
c) Escrevem com j as palavras de origem tupi-guarani. 
Jiló 
Jibóia 
Jirau 
6) O relógio que ele trouxe da viagem ao México em uma caixa de madeira caiu na enxurrada. 
 
a) Escrevem-se com g as palavras terminadas em ÁGIO, ÉGIO, ÍGIO, ÓGIO, ÚGIO: 
pedágio 
sacrilégio 
prestígio 
relógio 
refúgio 
 
b) Escrevem-se com g os substantivos terminados em GEM: 
a viagem 
a coragem 
a ferrugem 
 Exceções: pajem, lambujem 
 
c) Palavras iniciadas por ME serão escritas com x: 
Mexerica 
México 
Mexilhão 
Mexer 
 Exceção: mecha de cabelos 
 
d) As palavras iniciadas por EN serão escritas com x, a não ser que provenham de vocábulos ini-
ciados por ch: 
Enxada 
 
 
 
 
 
 
2 
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EnxertoEnxurrada 
Encher – provém de cheio 
Enchumaçar – provém de chumaço 
 
e) Usa-s x após ditongo: 
ameixa 
caixa 
peixe 
 Exceções: recauchutar, guache 
 
 
Acentuação gráfica 
 
 
Acento tônico/ gráfico 
 
1-Sílaba tônica- A sílaba proferida com mais intensidade que as outras é a sílaba tônica. Esta 
possui o acento tônico, também chamado acento de intensidade ou prosódico. Nem sempre a sí-
laba tônica recebe acento gráfico. Exemplos: 
cajá, caderno, lâmpada 
 
2-Sílaba subtônica- Algumas palavras geralmente derivadas e polissílabas, além do acento tôni-
co, possuem um acento secundário. A sílaba com acento secundário é chamada de subtônica. 
Exemplos: 
terrinha, sozinho 
 
3-Sílaba átona- As sílabas que não são tônicas nem subtônicas chamam-se átonas. Podem ser 
pretônicas (antes da tônica) ou postônicas (depois da tônica), 
Exemplos: 
 
barata (átona pretônica, tônica, átona postônica) 
máquina (tônica, átona postônica, átona postônica) 
Não confunda acento tônico com acento gráfico. O acento tônico está relacionado com intensida-
de de som e existe em todas as palavras com duas ou mais sílabas. O acento gráfico existirá em 
apenas algumas palavras e será usado de acordo com regras de acentuação. 
 
Quanto aos monossílabos, eles podem ser: 
 
a) átonos: não possuem acentuação própria, isto é, são pronunciados com pouca intensidade: o, 
lhe, e, se, a. 
 
b) tônicos: possuem acentuação própria, isto é, são pronunciados com muita intensidade: lá, pá, 
mim, pôs, tu, lã. 
 
Os monossílabos tônicos soam distintamente no interior da frase: já os monossílabos átonos, não 
possuindo acentuação própria, soam como uma sílaba da palavra anterior ou da palavra posterior. 
Quero encontrá-la lá. 
Dê o livro de Português. 
Tenho dó do menino. 
 
 
 
 
 
 
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A distinção entre monossílabo tônico e monossílabo átono depende do contexto, ou seja, eles têm 
que ser analisados numa frase. Fora do contexto, todos os monossílabos são tônicos. 
 
Classificação das palavras quanto à sílaba tônica 
 
Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras classificam-se em: 
 
a) oxítonas: a sílaba tônica é a última sílaba da palavra. 
Exemplos: ma-ra-cu-já, ca-fé, re-com-por. 
 
b) paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima sílaba da palavra. 
Exemplos: ca-dei-ra, ca-rá-ter, me-sa. 
 
 
c) proparoxítonas: a sílaba tônica é a antepenúltima sílaba da palavra. 
Exemplos: sí-la-ba, me-ta-fí-si-ca, lâm-pa-da. 
 
Nem sempre a sílaba tônica vem indicada com acento gráfico. Dessa forma, é fundamental distin-
guir o acento tônico do acento gráfico. 
 
Acento tônico é o acento da fala; marca a maior intensidade na pronúncia de uma sílaba. 
O acento gráfico é o sinal utilizado, em algumas palavras, para indicar a sílaba tônica. 
 
Acentuação gráfica 
 
1. Regras gerais: 
 
Para acentuar corretamente as palavras, convém observar as seguintes regras: 
 
1.1. Proparoxítonas 
 
Todos os vocábulos proparoxítonos são acentuados. 
Exemplos: árvore, metafísica, lâmpada, pêssego, quiséssemos, África, Ângela. 
 
1.2. Paroxítonas 
 
São acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em: 
 
i(s): júri, júris, lápis, tênis. 
us: vírus, bônus. 
um/uns: álbum, álbuns. 
r: caráter, mártir, revólver. 
x: tórax, ônix, látex. 
n: hífen, pólen, mícron, próton. 
l: fácil, amável, indelével. 
ditongo: Itália, Áustria, memória, cárie, róseo, Ásia, Cássia, fáceis, imóveis, fósseis, jérsei. 
ão(s): órgão(s), sótão (s), ófão (s), bênção (s). 
ã (s): órfã(s), ímã (s). 
ps: bíceps, fórceps 
 
 
 
 
 
 
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Não se acentuam os paroxítonos terminados em ens: hifens, polens, jovens, nuvens, homens. 
Não se acentuam os prefixos paroxítonos terminados em i ou r: super-homem, inter-helênico, se-
mi-selvagem. 
 
1.3. Oxítonas 
 
São acentuados os vocábulos terminados em: 
 
a(s ), e(s), o(s): maracujá, ananás, café, você, dominó, paletós, vovô, vovó, Paraná. 
em/ens: armazém, vintém, armazéns, vinténs. 
 
Acentuam-se também os monossílabos tônicos terminados em a, e, o (seguidos ou não de s): 
pá, pé, pó, pás, pés, pós, lê, dê, hás, crês. 
As formas verbais terminadas em a, e, o tônicos seguidos de lo, la, los, las também são acentua-
das: amá-lo, dizê-lo, repô-lo, fá-lo, repô-la, fá-lo-á, pô-lo, comprá-la-á. 
O til vale como acento tônico se outro acento não figura no vocábulo: lã, fã, irmã, alemã. 
 
2. Regras especiais 
 
Além das anteriormente vistas, cumpre observar ainda as seguintes regras: 
 
a) Acentuam-se os ditongos de pronúncia aberta éu, éi, ói APENAS em palavras oxítonas ou 
monossilábicas: chapéu, céu, anéis, pastéis, coronéis, herói. 
 
Observação: Não se acentuam os ditongos abertos de palavras paroxítonas: jiboia – plateia – es-
treia – paranoia – heroico, 
etc 
 
b) Coloca-se acento nas vogais i e u que formam hiato com a vogal anterior: sa-í-da, sa-ís-te, sa-
ú-de, ba-la-ús-tre, ba-ú, ra-í-zes, ju-í-zes, Lu-ís, pa-ís, He-lo-í-sa, Ja-ú. 
 
Observações: 
- Não se acentuam o i e o u que formam hiato quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou 
z: Ra-ul, ru-im, sa-ir-des, ju-iz. Também não se acentua o hiato seguido do dígrafo nh: ra-i-nha, 
ven-to-i-nha, ba-i-nha. 
 
Observações finais 
 
i) Os verbos ter e vir levam acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do presente do indicati-
vo: ele tem/ eles têm, ele vem/eles vêm. 
 
ii) Os verbos derivados de ter e vir levam acento agudo na 3ª pessoa do singular e acento circun-
flexo na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo: ele retém/ eles retêm, ele intervém /eles in-
tervêm. 
 
iii) Recebem acento diferencial as seguintes palavras: 
 
pôr (verbo), para diferenciar de por (preposição). 
 
 
 
 
 
 
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pôde(3ª pessoa do singular do pretérito perfeito), para diferenciar de pode (3ª pessoa do singular 
do presente o indicativo) 
 
Não mais recebem acento diferencial: para (preposição e verbo), pera (fruta), polo (extremida-
des do eixo da Terra e nome de um jogo) 
 
 
 
O uso dos porquês: 
 
POR QUE - grafa-se separadamente e sem acento: 
 
a) orações interrogativas diretas (equivale a por que motivo): 
Por que ele saiu? 
 
b) orações interrogativas indiretas (equivale a por que motivo): 
Não sei por que ele saiu. 
 
c) pronome relativo (equivale a pelo(a) qual): 
O caminho por que (pelo qual) passei era difícil. 
 
POR QUÊ - grafa-se separadamente e com acento, quando ocorrer no fim de frases interrogativas 
(equivale a por que motivo): 
 
Ele saiu cedo, por quê? 
Você não aceitou minha sugestão. Por quê? 
 
PORQUE - grafa-se numa única palavra quando for empregado como conjunção, geralmente 
causal ou explicativa. Neste caso pode ser substituído pela conjuncão pois. É a resposta da per-
gunta. 
 
Saí cedo, porque tinha um sério compromisso. 
 
PORQUÊ - grafa-se numa única palavra e acentuado quando for substantivo. 
 
Não sei o porquê de sua revolta. 
 
Nesse caso, pode ser reconhecido: 
 
a) pela anteposição do artigo; 
b) substituindo-o pelas palavras “motivo”, “causa”. 
 
 
 
Morfologia 
 
 
Classes de Palavras (Generalidades) 
 
A gramática portuguesa divide as palavras do idioma em dez classes. Dentre as dez, há duas que 
podemos chamar de básicas ou nucleares: o substantivo e o verbo. 
 
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
TaylanaNota
DRT E INS SUBST. O POR QUE POR:nullPOR QUAL MOTIVO OU POR QUAL RAZÃO.,
Taylana
Nota
PELO QUAL, PELA QUAL, PELOS QUAIS E PELAS QUAIS
Taylana
Realce
I
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Realce
Taylana
Nota
Accepted definida por Taylana
Taylana
Realce
Taylana
Nota
CAUSAL, EXPLICATIVA OU FINALIDADE.nullnullSUBSTITUIR POR: POIS, UMA VEZ QUE E JÁ QUE
Taylana
Nota
NTERROG DR, IND E EXCLAMATIVASnullSubstituir por:nullPOR QUE MOTIVO OU POR QUE RAZÃO
Taylana
Realce
Taylana
Nota
PRECEDIDO DE :null1. ARTIGO, (O, A, OS, AS)null2. NUMERAL; (UM)null3. PRONOME (MINHAS, MEUS...) 
Taylana
Realce
null
Taylana
Nota
O MOTIVO, UMA RAZÃO, MINHA RAÇÃO, UMA CAUSA, A CAUSA null
 
 
 
 
 
 
6 
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Com apenas essas duas classes de palavras, podem-se construir frases, tais como: 
 
Acidentes acontecem. (substantivo + verbo) 
Barulho incomoda. (substantivo + verbo) 
 
 
1) SUBSTANTIVO 
Pertencem a essa classe todas as palavras que designam os seres em geral, as entidades reais 
ou imagináveis. 
 
Exemplos: mesa, lua, luz, fada, centauro, ilusão, tristeza. 
 
 
2) VERBO 
Pertencem a essa classe as palavras que designam ações, processos que ocorrem com os seres 
em geral. 
 
Exemplos: brilhar, correr, padecer, sorrir, pôr, ter. 
 
 
OS SATÉLITES DOS SUBSTANTIVOS 
 
3) ADJETIVO 
Classe de palavras que servem para indicar as qualidades, as propriedades do substantivo. 
 
Exemplos: 
poroso 
leve 
giz branco 
frágil 
comprido 
 
(substantivo + adjetivos) 
 
 
 
 
 
LOCUÇÃO ADJETIVA 
Trata-se de uma expressão formada de preposição mais substantivo, qualificadora de outro subs-
tantivo. 
 
Exemplos: 
de madeira 
de tijolo 
casa sem porta 
com varanda 
de praia 
 
(substantivo + locuções adjetivas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4) NUMERAL 
Classe que, em princípio, serve para indicar a quantidade dos substantivos, quantos são eles (um, 
dois, dez, o triplo, o quádruplo, um terço, um quinto). 
 
O numeral ordinal indica em que posição se localiza certo substantivo numa escala de números 
dispostos em série (décimo, trigésimo, centésimo). 
 
 
5) ARTIGO 
Classe que serve, basicamente, para indicar se o substantivo é concebido como algo já definido e 
conhecido previamente, ou como algo indefinido e ainda não nomeado. 
 
Exemplos: 
 
Era uma vez um cordeiro e um lobo que bebiam água à beira de um córrego. 
Então, o lobo disse para o cordeiro: “Por que está você sujando o córrego em que estou beben-
do?” 
 
Como se vê, os artigos indefinidos (um) no trecho I servem para indicar que os substantivos cor-
deiro, lobo e córrego não haviam ainda sido citados, tratando-se, pois, de entidades indefinidas. 
 
No trecho II, os artigos definidos (o) indicam que os três substantivos já são dados como conheci-
dos por terem sido anteriormente mencionados. 
 
Observação 
No interior da frase, a sequência formada pelo substantivo e seus satélites é chamada de grupo 
nominal. 
 
 
 
Exemplo: 
Os dois principais pilotos do Brasil abandonaram a corrida. 
(grupo nominal) 
 
 
O SATÉLITE DO VERBO 
 
 
6) ADVÉRBIO 
Como o próprio nome indica, pertencem a essa classe as palavras que se associam ao verbo pa-
ra indicar as várias circunstâncias que envolvem a ação. 
 
Exemplos: 
suavemente 
ontem 
A aeronave pousou 
aqui 
longe 
(verbo + advérbios) 
 
 
LOCUÇÃO ADVERBIAL 
 
 
 
 
 
 
8 
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Trata-se de uma expressão formada de preposição mais substantivo, modificadora do verbo. 
 
Exemplos: 
com suavidade 
por acaso 
A aeronave pousou 
sem atraso 
no deserto 
 
(verbo + locuções adverbiais) 
 
 
Observação 
O advérbio pode também ser associado: 
 
• ao adjetivo 
Ayrton Senna era um piloto muito arrojado (substantivo + advérbio + adjetivo) 
 
• a outro advérbio 
A notícia chegou muito cedo. (verbo + advérbio + advérbio) 
 
 
7) PRONOME 
É uma classe de palavras que serve para indicar uma das três pessoas do discurso ou situar al-
guma coisa em relação a essas três pessoas. 
 
Por convenção, considera-se: 
— 1ª pessoa: a que fala; 
— 2ª pessoa: aquela com quem se fala; 
— 3ª pessoa: aquela de quem se fala. 
 
PRONOME ADJETIVO 
Vem sempre associado a um substantivo da frase. 
 
Exemplo: 
Chegou a sua encomenda. (pronome adjetivo + substantivo) 
 
 
PRONOME SUBSTANTIVO 
Vem sempre num lugar que é próprio de substantivo. 
 
Exemplo: 
Chegou notícia sobre o governador (substantivo) 
Ele não quis dar entrevistas (pronome substantivo) 
 
 
CONECTIVOS 
Duas classes de palavras possuem a função de conectar elementos da frase: a preposição e a 
conjunção. 
 
 
8) PREPOSIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
9 
Língua Portuguesa 
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Classe de palavras que serve para estabelecer conexão entre uma palavra e outra. 
 
 
Exemplo: 
Um homem de chapéu me olhou com desconfiança. (preposição) 
 
As preposições mais usuais são: 
a, ante, após, até 
com, contra 
de, desde 
em, entre 
para, perante, por 
sem, sob, sobre. 
 
 
9) CONJUNÇÃO 
Classe de palavras que estabelece conexão entre uma oração e outra. 
 
Exemplo: 
Só me declararam que o tempo estava bom. 
Chegou atrasado, pois seu carro estava no conserto. 
 
 
 
10) INTERJEIÇÃO 
Pertencem a essa classe palavras invariáveis que exprimem, de maneira inarticulada (impossível 
de segmentar), sentimentos e reações de natureza emocional. 
 
Exemplos: Ah! Oh! Alô! Olá! 
 
Aprofundamento em Pronomes 
 
O pronome é a palavra que substitui o substantivo (pronome substantivo) ou o acompanha (pro-
nome adjetivo), indicando sua posição em relação às pessoas do discurso ou situando-o no espa-
ço e tempo. 
 O pronome flexiona-se em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pes-
soa (primeira, segunda e terceira). 
 
 
1) Pronomes Pessoais 
 
 Pronome pessoal é aquele que indica as pessoas do discurso. 
 
 Primeira pessoa: aquela que fala (emissor) 
 Segunda pessoa: aquela com que se fala (receptor) 
 Terceira pessoa: aquela de quem se fala (referente) 
 
 O pronome pessoal flexiona-se em gênero, número, pessoa e caso (reto ou oblíquo). 
 
  Pronome pessoal do caso reto: exerce função de sujeito da oração. 
 Ex: Eu vou pra casa. 
 
 
 
 
 
 
 
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  Pronome pessoal do caso oblíquo: exerce a função de complemento. 
 Os pronomes pessoais oblíquos dividem-se em átonos e tônicos. Os tônicos sempre vêm 
precedidos de preposição, e os átonos não. 
 
 Ex: Tome a sua riqueza, e fique com ela. (oblíquo tônico) 
 Mamãe mandou me chamar. (oblíquo átono) 
 
 Os pronomes ele, ela, nós, vós, eles, elas, quando precedidos de preposição, são oblíquos 
tônicos. 
 
 
Pronomes pessoais 
Núme-
ro 
Pes-
soa 
Pronomes 
retos 
Pronomes oblíquos 
Átonos Tônicos 
Sin-
gular 
Primei-
ra 
Se-
gunda 
Tercei-
ra 
Eu 
Tu 
Ele, Ela 
Me 
te 
o, a, lhe, se 
mim, comigoti, contigo 
si, consigo 
Plu-
ral 
Primei-
ra 
Se-
gunda 
Tercei-
ra 
Nós 
Vós 
Eles, Elas 
Nos 
vos 
os, as, 
lhes, se 
nós, conosco 
vós, convosco 
eles, elas, si, 
consigo 
 
OBSERVAÇÕES 
 
A) Utilizam-se as formas nós e vós em vez de conosco ou convosco quando vierem re-
forçadas por numeral ou pronome: 
 
Ex: Eles ficaram com nós dois. 
 Paulo irá com nós todos. 
 
B) Após preposição, utilizam-se sempre os pronomes oblíquos tônicos mim e ti, nunca eu ou tu. 
 
Ex: Este problema é entre você e mim. 
 Não há nada entre mim e ele. 
 Este problema é entre eu e você (ERRADO). 
 Este problema é entre você e eu. (ERRADO) 
 
C) Empreste seu caderno para mim. (a preposição rege o pronome) 
Empreste seu caderno para eu estudar. (a preposição rege o verbo) 
 
 
2) Pronome de tratamento: É a palavra (ou locução) com valor de pronome pessoal. 
 
ATENÇÃO: É usado para designar a segunda ou terceira pessoa do discurso, e sempre concor-
da com a terceira pessoa. 
 
Ex: Você vai estudar ? 
 
 
 
 
 
 
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 Vossa Alteza tem algum problema ? (falando com um príncipe) 
 Sua Alteza está preocupada. (falando de um príncipe) 
 
Singular Plural 
 
Uso 
Vossa Alteza (V.A.) Vossas Altezas (VV.AA.) 
Príncipes, du-
ques 
 
Vossa Eminência 
(V.Em.ª) 
Vossas Eminências 
(V.Em.as) 
Cardeais 
 
Vossa Excelência 
(V.Ex.ª) 
Vossas Excelências (V.Ex.as) 
Altas autorida-
des 
 
Vossa Magnificência 
(V.Mag.ª) 
Vossas Magnificências 
(V.Mag.as) 
Reitores de 
universidade 
Vossa Majestade (V.M.) 
Vossas Majestades 
(VV.MM.) 
Reis, imperado-
res 
 
Vossa Reverendíssima 
(V.Rev.ma) 
Vossas Reverendíssimas 
(V.Rev.mas) 
Sacerdotes 
 
Vossa Senhoria (V.S.ª) Vossas Senhorias (V.S.as) 
Oficiais, funcio-
nários gradua-
dos e na lin-
guagem co-
mercial 
 
 
3) Pronomes Possessivos 
 
Pronome possessivo é aquele que associa a idéia de posse às pessoas do discurso. 
 
Ex: Meu amigo sofreu muito. 
 
Pronomes possessivos 
Pessoa Um possuidor Mais de um possuidor 
Uma coisa 
possuída 
Mais de 
uma coisa 
possuída 
Uma coisa 
Possuída 
Mais de 
uma coisa 
possuída 
Primei-
ra 
Segun-
da 
Tercei-
ra 
meu, mi-
nha 
teu, tua 
seu, sua 
meus, mi-
nhas 
teus, tuas 
seus, suas 
nosso, 
nossa 
vosso, 
vossa 
seu, sua 
nossos, 
nossas 
vossos, 
vossas 
seus, suas 
 
O pronome concorda em gênero e número com a coisa possuída, e em pessoa com o possuidor. 
 
OBSERVAÇÕES: 
 
A) Para evitar ambiguidades, podemos utilizar as formas dele, dela, deles, delas. 
 
Ex: João e Maria gritaram quando a bala atingiu sua perna. 
 
 
 
 
 
 
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 João e Maria gritaram quando a bala atingiu a perna dele. 
 
B) Pronome possessivo adjetivo: Minha casa é bela. 
 Pronome possessivo substantivo: Meu carro é negro. E o seu ? 
 
C) Os pronomes oblíquos átonos me, te, lhe, nos, vos, lhes podem ter valor de possessivo. 
 
Ex: Beijei-lhe as mãos. = Beijei as suas mãos. 
 
“Tua nobre presença à lembrança / A grandeza da pátria nos traz” 
= Tua nobre presença traz a grandeza da pátria à nossa lembrança. 
 
 “A repulsa estampava-se-lhe nos músculos da face”. (José Mauro de Vasconcelos) 
= A repulsa estampava-se nos músculos de sua face. 
 
 
 
 
4) Pronomes Demonstrativos 
 
Pronome demonstrativo é aquele que indica a posição de um ser em relação às pessoas do dis-
curso, situando-o no tempo ou no espaço. 
 
Pronomes demonstrativos 
Pes-
soa 
Situação no es-
paço 
Situação no 
tempo 
Pronomes 
variáveis 
Prono-
mes inva-
riáveis 
Pri-
mei-
ra 
Proximidade da 
pessoa que fala 
Presente este, esta 
estes, estas 
isto 
Se-
gund
a 
Proximidade da 
pessoa com que 
se fala ou coisa 
pouco distante 
Passado ou 
futuro 
próximos 
esse, essa 
esses, es-
sas 
isso 
Ter-
ceira 
Proximidade da 
pessoa de quem 
se fala ou coisa 
muito distante 
Passado 
remoto 
aquele, 
aquela 
aqueles, 
aquelas 
aquilo 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÕES 
 
 
A) As palavras o, a, os, as podem desempenhar o papel de pronomes demons-
trativos. 
 
Ex: Vai e faze o que deves fazer. (= aquilo que deve fazer) 
 Leve esse dinheiro – é tudo o que tenho (= aquilo) 
 
 
 
 
 
 
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B) As palavras semelhante, próprio, mesmo também podem desempenhar o papel de prono-
mes demonstrativos. 
 
Ex: Estivemos reunidos naquela mesma noite. 
 Os próprios diretores se enganaram. 
 Não aceito tais condições. 
 
C) Os pronomes demonstrativos podem fazer referência a elementos do próprio discurso. 
 
Ex: Pedro Paulo e René são nossos professores: este, de geografia, e aquele, de matemática. 
 
 
 
 
5) Pronomes Relativos 
Pronome relativo é aquele que se refere a um termo expresso anteriormente. 
 
Pronomes relativos 
Variáveis Invariá-
veis 
o qual 
cujo 
quanto 
que 
quem 
onde 
 
 Ex: a escola onde estudo 
 o professor que fala inglês 
 a tia em cuja casa morei 
 
 
a) Emprego dos Pronomes Relativos 
 
 Que, chamado pronome relativo universal, é o pronome relativo mais usado, podendo referir-
se a pessoa ou coisa, no singular ou no plural. 
 
 Ex: Esta é a criança que estava chorando ontem. 
 
 O qual (e flexões) é utilizado depois de pessoa ou coisa, por razões de clareza. 
 
 Ex: A filha do meu primo, a qual estuda em Brasília, ficará em minha casa. 
 
 Cujo (e flexões) normalmente estabelece uma relação de posse entre o antecedente e o ter-
mo que especifica. 
 
 Ex: 
 O convidado cujo filho não se comportar será advertido. (filho do convidado) 
 Os meninos cujas unhas estavam limpas foram elogiados. (unhas dos meninos) 
 
 ATENÇÃO: Nunca devemos usar artigo definido depois de cujo e suas flexões. 
 
 Ex: Este é o pai cujo o filho é o infrator.(ERRADO) 
 
 
 
 
 
 
 
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 Quem refere-se unicamente a pessoa ou a coisa personificada. 
 
 Ex: 
 Nunca mais vi o cachorro a quem eu amava tanto. 
 Confirmou-se a culpa do profissional de quem eu suspeitava. 
 
 Onde é utilizado unicamente na indicação de lugar. 
 
 Ex: Itajubá é uma cidade onde o ensino é valorizado. 
 
 Quando é utilizado na indicação de tempo. 
 
 Ex: Estávamos esperando o momento quando o céu se tornaria azul. 
 
 Como é utilizado na indicação de modo. 
 
 Ex: Não aprovo a maneira como você foi tratado. 
 
 
b) Emprego de preposições antes de pronomes relativos 
 
 Se, na segunda oração, for necessária uma preposição antes do termo substituído pelo pronome 
relativo, essa preposição deverá ser colocada antes do pronome. 
 
 Ex: Este é o livro. Eu falei do livro. 
 Este é o livro de que eu falei. 
 
 Observe os seguintes exemplos: 
 
 Esse é o livro a que eu me referi. (referi-me ao livro) 
 
 Minha namorada é a menina com quem eu saí ontem. (saí com a menina) 
 
 O professor ao qual eu entreguei o livro não veio hoje. (entreguei ao professor) 
 
 Não cuspa no prato emque você comeu. (comeu no prato) 
 
 O filme a que você fez referência é muito bonito. (referência ao filme) 
 
 Os remédios dos quais temos necessidade foram entregues. (necessidade dos remédios) 
 
 A regra também é válida para o pronome relativo cujo(a). Observe: 
 
O professor a cuja aula faltei esclareceu minhas dúvidas. (faltei à aula do professor) 
 
 O técnico de cuja ajuda necessito está aqui. (necessito da ajuda do técnico) 
 
 O estagiário com cujo irmão falei acaba de chegar. (falei com o irmão do estagiário) 
 O presidente sobre cuja vida escrevi faleceu. (escrevi sobre a vida do presidente) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OBSERVAÇÕES 
 
A) O qual (e flexões) é exclusivamente pronome relativo. A substituição de que, quem e 
onde por o qual permite verificar se essas palavras são pronomes relativos. 
 
 
O livro que eu li. = O livro o qual eu li. 
O engenheiro com quem eu falei. = O engenheiro com o qual eu falei. 
A fazenda onde eu estive. = A fazenda na qual eu estive. 
 
B) Não se usa artigo depois de cujo. “Cujo o filho” é incorreto. 
 
C) Onde equivale a em que, no qual. 
 
A casa onde eu morei. = A casa em que eu morei. 
 
Como onde só é utilizado na indicação de lugares, expressões como “a festa onde eu conheci 
você” estão incorretas, sendo mais adequado “a festa em que eu conheci você”. (Observe que 
uma festa não é um lugar, mas uma ocasião). 
 
 
6) Pronomes Indefinidos 
 
Pronome indefinido é aquele que se refere aos seres de modo impreciso, indeterminado, genéri-
co. 
 
Ex: Alguém estava me seguindo. 
 
Pronomes indefinidos 
Variáveis Invariáveis 
Algum, nenhum, todo, 
outro, muito, pouco, cer-
to, vários, tanto, quanto, 
qualquer, um 
alguém, ninguém, tu-
do, outrem, nada, ca-
da, algo, algures, 
alhures, nenhures 
 
OBSERVAÇÕES 
 
Chamam-se locuções pronominais indefinidas os grupos de palavras com valor de 
pronome indefinido. 
 
Ex: quem quer que, cada qual, todo aquele, seja quem for, etc. 
 
 
 
 
 
 
7) Pronomes Interrogativos 
 
 Pronome interrogativo é aquele utilizado para formular uma pergunta. Os principais são: quem, 
que, qual, quanto. 
 
 
 
 
 
 
 
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Ex: Quantos anos você tem ? 
 Qual o seu nome ? 
 
OBSERVAÇÕES 
 
A) Pelo próprio caráter da interrogação, os pronomes interrogativos assemelham-
se aos pronomes indefinidos. 
 
B) Interrogações indiretas: Gostaria de saber quem pintou essa obra. 
 
 
 
 
 
Aprofundamento em Verbos 
 
 
1) Formação dos Tempos Verbais 
 Temos, na Língua Portuguesa, apenas três tempos primitivos: Presente do Indicativo, Pretérito 
Perfeito do Indicativo e Infinitivo Impessoal. Deles, derivam os demais tempos verbais. Vejamos 
como se dá essa formação: 
 
 
 Tempos derivados do Presente do Indicativo 
O Presente do Indicativo forma o Presente do Subjuntivo e o Modo Imperativo. 
 
a) Presente do Subjuntivo 
O Presente do Subjuntivo é obtido pela eliminação da desinência -o da primeira pessoa do 
singular do presente do indicativo (eu). 
Aos verbos de 1ª conjugação, acrescenta-se -e; aos de 2ª e 3ª, -a, acrescentando-se, ainda, as 
mesmas desinências do Presente do Subjuntivo para os verbos regulares. 
 
Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender e sorrir. 
 
Eu canto (- o + e) = talvez eu cante, tu cantes, ele cante, nós cantemos, vós canteis, eles cantem 
 
Eu vendo (- o + a) = é possível que eu venda, tu vendas, ele venda, nós vendamos, vós vendais, 
eles vendam 
 
Eu sorrio (-o + a) = quem sabe eu sorria, tu sorrias, ele sorria, nós sorriamos, vós sorriais, eles 
sorriam 
 
Exceções: 
 
querer = Eu quero / queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram. 
 
ir = Eu vou / vá, vás, vá, vamos, vades, vão. 
 
saber = Eu sei / saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, saibam. 
 
ser = Eu sou / seja, sejas, seja, sejamos, sejais, sejam. 
 
 
 
 
 
 
 
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haver = Eu hei / haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam. 
 
 
b) Imperativo Afirmativo 
O Imperativo Afirmativo provém do Presente do Indicativo e do Presente do Subjuntivo. 
 
Tu e vós provêm do Presente do Indicativo, sem a desinência -s; 
Você, nós e vocês provêm do Presente do Subjuntivo. 
 
Por exemplo, veja a conjugação do verbo cantar. 
 
Presente do indicativo: Eu canto, tu cantas, ele canta, nós cantamos, vós cantais, eles cantam. 
 
Presente do Subjuntivo: Talvez eu cante, tu cantes, ele cante, nós cantemos, vós canteis, eles 
cantem. 
 
Imperativo Afirmativo: 
canta (tu), cante(você), cantemos(nós), cantai(vós), cantem(vocês). 
 
Exceção: 
Ser = sê tu, seja você, sejamos nós, sede vós, sejam vocês. 
 
 
c) Imperativo Negativo 
O Imperativo Negativo provém do Presente do Subjuntivo. 
 
Por exemplo, veja a conjugação do verbo cantar: 
Não cantes(tu), Não cante(você), Não cantemos(nós), Não canteis(vós), Não cantem(vocês). 
 
 
 Tempos derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo 
O Pretérito Perfeito do Indicativo forma o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo, o Futuro do 
Subjuntivo e o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo. 
 
a) Pretérito Mais-que-Perfeito do Indicativo 
O Pretérito Mais-que-Perfeito do Indicativo é obtido pela eliminação da desinência -ste da se-
gunda pessoa do singular (tu), acrescentando-se as respectivas desinências número-pessoais. 
 
Por exemplo, veja a conjugação dos verbos ver, vir e pôr. 
 
Tu viste - ste = eu vira, tu viras, ele vira, nós víramos, vós víreis, eles viram 
 
Tu vieste - ste = eu viera, tu vieras, ele viera, nós viéramos, vós viéreis, eles vieram 
 
Tu puseste – ste = eu pusera, tu puseras, ele pusera, nós puséramos, vós puséreis, eles puse-
ram 
 
 
 
b) Futuro do Subjuntivo 
O Futuro do Subjuntivo é obtido pela eliminação da desinência -ste da segunda pessoa do 
singular do pretérito perfeito do indicativo (tu), acrescentando-se as respectivas desinências 
 
 
 
 
 
 
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número-pessoais. O Futuro do Subjuntivo sempre é iniciado pelas conjunções quando ou se. Por 
exemplo, veja a conjugação dos verbos ver, vir e pôr. 
 
Tu viste - ste = quando eu vir, tu vires, ele vir, nós virmos, vós virdes, eles virem. 
 
Tu vieste - ste = quando eu vier, tu vieres, ele vier, nós viermos, vós vierdes, eles vierem. 
 
Tu puseste - ste = quando eu puser, tu puseres, ele puser, nós pusermos, vós puserdes, eles 
puserem. 
 
 
c) Pretérito Imperfeito do Subjuntivo 
O Pretérito Imperfeito do Subjuntivo é obtido pela eliminação da desinência -ste da segunda 
pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo (tu), acrescentando-se as respectivas 
desinências do Pretérito Imperfeito do Subjuntivo. 
O Pretérito Imperfeito do Subjuntivo sempre é iniciado pelas conjunções caso ou se. Por exem-
plo, veja a conjugação dos verbos ver, vir e pôr. 
 
Tu viste - ste + sse = se eu visse, tu visses, ele visse, nós víssemos, vós vísseis, eles vis-
sem. 
 
Tu vieste - ste + sse = se eu viesse, tu viesses, ele viesse, nós viéssemos, vós viésseis, eles 
viessem. 
 
Tu puseste - ste + sse = se eu pusesse, tu pusesses, ele pusesse, nós puséssemos, vós pu-
sésseis, eles pusessem. 
 
 
 Tempos derivados do Infinitivo ImpessoalO Infinitivo Impessoal forma o Futuro do Presente do Indicativo, o Futuro do Pretérito do Indicativo 
e o Pretérito Imperfeito do Indicativo. 
 
a) Futuro do Presente do Indicativo 
O Futuro do Presente do Indicativo é obtido pelo acréscimo ao infinitivo das desinências -ei / ás 
/ á / emos / eis / ão. 
 
Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender e sorrir. 
 
cantar = eu cantarei, tu cantarás, ele cantará, nós cantaremos, vós cantareis, eles cantarão. 
vender = eu venderei, tu venderás, ele venderá, nós venderemos, vós vendereis, eles vende-
rão. 
sorrir = eu sorrirei, tu sorrirás, ele sorrirá, nós sorriremos, vós sorrireis, eles sorrirão. 
 
 
b) Futuro do Pretérito do Indicativo 
O Futuro do Pretérito do Indicativo é obtido pelo acréscimo ao infinitivo das desinências -ia / ias 
/ ia / íamos / íeis / iam. 
 
Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender e sorrir. 
 
cantar = eu cantaria, tu cantarias, ele cantaria, nós cantaríamos, vós cantaríeis, eles cantari-
am. 
 
 
 
 
 
 
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vender = eu venderia, tu venderias, ele venderia, nós venderíamos, vós venderíeis, eles ven-
deriam. 
sorrir = eu sorriria, tu sorririas, ele sorriria, nós sorriríamos, vós sorriríeis, eles sorririam. 
 
Exceções: 
 
Os verbos fazer, dizer e trazer são conjugados no Futuro do Presente e no Futuro do Pretérito, 
seguindo-se as mesmas regras acima, porém sem as letras ze, sendo estruturados, então, assim: 
far, dir, trar. 
 
fazer = eu farei, tu farás, ele fará, nós faremos, vós fareis, eles farão. 
dizer = eu diria, tu dirias, ele diria, nós diríamos, vós diríeis, eles diriam. 
trazer = eu trarei, tu trarás, ele trará, nós traremos, vós trareis, eles trarão. 
 
 
b) Infinitivo Pessoal 
O Infinitivo Pessoal é obtido pelo acréscimo ao infinitivo das desinências / - / es / - / mos / des / 
em. 
 
Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender e sorrir. 
 
cantar = era para eu cantar, tu cantares, ele cantar, nós cantarmos, vós cantardes, eles can-
tarem. 
vender = era para eu vender, tu venderes, ele vender, nós vendermos, vós venderdes, eles 
venderem. 
sorrir = era para eu sorrir, tu sorrires, ele sorrir, nós sorrirmos, vós sorrirdes, eles sorrirem. 
 
 
c) Pretérito Imperfeito do Indicativo 
O Pretérito Imperfeito do Indicativo é obtido pela eliminação da terminação verbal -ar, -er, -ir do 
Infinitivo Impessoal, acrescentando-se a desinência -ava- para os verbos terminados em -ar e a 
desinência –ia para os verbos terminados em -er e -ir e, depois, as mesmas desinências número-
pessoais para os verbos regulares ( - / s / - / mos / is / m). 
 
Na segunda pessoa do plural (vós), troca-se o -a por -e. 
 
cantar - ar + ava = eu cantava, tu cantavas, ele cantava, nós cantávamos, vós cantáveis, eles 
cantavam. 
vender - er + ia = eu vendia, tu vendias, ele vendia, nós vendíamos, vós vendíeis, eles vendi-
am. 
sorrir - ir + ia = eu sorria, tu sorrias, ele sorria, nós sorríamos, vós sorríeis, eles sorriam. 
 
Exceções 
 
Os verbos que não seguem as regras acima são ter, pôr, vir e ser. 
 
Ter = tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham. 
Pôr = punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham. 
Vir = vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham. 
Ser = era, eras, era, éramos, éreis, eram. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2) Uso dos Tempos Verbais 
 
 Quando uma pessoa diz "Tomo banho todos os dias", será que naquele exato momento ela 
está tomando banho? Não. O verbo está no presente, mas sua função é indicar um fato que se 
repete, um presente habitual. 
Numa aula de história o professor fala: "Então, nesse dia, Napoleão invade ..." A forma verbal 
"invade", que é presente, não indica que naquele momento Napoleão está invadindo algum lu-
gar. Na frase, o tempo presente do verbo "invadir" faz remissão a um fato que ocorreu no passado 
e traz esse passado mais para perto. 
Concluímos, então, que os tempos verbais têm outros valores além dos específicos. 
Tomemos o futuro do presente como ele aparece nos "Dez mandamentos" bíblicos: 
Amarás a Deus sobre todas as coisas 
Não tomarás seu santo nome em vão 
Guardarás os domingos e feriados 
Honrarás pai e mãe 
Não matarás 
Não pecarás contra a castidade 
Não furtarás .... 
 "Não furtarás", ao pé da letra, significaria que é proibido furtar no futuro, apenas no futuro, o 
que abre a possibilidade de entender que o ato é perfeitamente aceitável no presente. Mas, na 
verdade, "não furtarás", que é futuro, tem nesse caso o valor de imperativo e, como tal, indica 
que é proibido furtar em qualquer tempo. 
 O futuro do presente do indicativo pode ser empregado numa frase volitiva, que expressa von-
tade, desejo. A idéia de querer, de desejar, às vezes vem expressa de uma forma sutil. Veja a le-
tra da canção "A cura", gravada por Lulu Santos: 
Existirá 
em todo porto tremulará a velha bandeira da vida 
acenderá 
todo o farol iluminará uma ponta de esperança... 
Você notou que a letra traz um tempo verbal, o futuro do presente, que não se usa muito no dia-a-
dia, no Brasil. Não dizemos "amanhã eu farei", mas antes "amanhã eu vou fazer". Justamente 
pelo fato de não ser muito usado, o futuro do presente reveste-se de um caráter mais formal. A 
canção de Lulu tem um valor volitivo. No fundo, o que o artista está expressando é o desejo de 
que algumas coisas aconteçam. 
 
Conclusão Importantíssima 
 Ao analisar um tempo verbal, não se esqueça de considerar que ele pode indicar seu valor es-
pecífico (literal) ou um valor paralelo (não-literal), ou seja, um valor decorrente de seu uso no idi-
oma. 
 
 
 
 
 
 
 
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3) Correlação dos Tempos Verbais 
 
Um dos assuntos mais recorrentes nos últimos vestibulares tem sido “correlação verbal”, ou seja, 
a harmonia, sintonia que se estabelece entre verbos e modos do mesmo período e, de uma forma 
mais abrangente, de um texto. 
Uma incorreta articulação entre os verbos muitas vezes causa mal-estar aos ouvidos. 
 
 Imagine-se ouvindo alguém dizer ao seu lado: “O que você espera que eu faço?”... Há algo de 
errado nisso aí, não é mesmo? 
 
 
Observe outro exemplo: “Os professores grevistas poderão sofrer retaliações se não voltassem 
ao trabalho.” 
 
Entre a locução verbal da primeira oração (verbo auxiliar no futuro do presente do indicativo) e o 
verbo da segunda (que se apresenta no pretérito imperfeito do subjuntivo), não houve “sintonia”, 
pois, enquanto o primeiro indica um fato real (ainda que se perceba uma possibilidade, fruto do 
valor do verbo auxiliar modal: eles poderão sofrer), o segundo verbo apresenta valor hipotética, 
como se fosse uma suposição (“se não voltassem ao trabalho”). 
 
 Duas formas seriam válidas, a depender do contexto: 
 
a) “Os professores grevistas poderiam sofrer retaliações se não voltassem ao trabalho.” – Nesse 
caso, ambas as construções situam-se no campo da suposição, da hipótese. Nesse caso, o texto 
poderia mostrar que os professores voltaram às salas de aula. Caso não tivessem feito isso, esta-
riam sujeitos a retaliações. 
 
b) “Os professores grevistas poderão sofrer retaliações se não voltarem ao trabalho.” – Agora, 
as construções denotam fatos reais. Os professores estão em greve (fato) e poderão sofrer retali-
ações por esse motivo (fato) caso não retomem suas atividades. Na última oração, nota-se o valor 
condicional do futurodo subjuntivo. 
 
 Apresentamos, a seguir, algumas “dobradinhas clássicas”. 
 
 - PRESENTE DO INDICATIVO + PRESENTE DO SUBJUNTIVO: 
 
 “Quero que você me apresente ao diretor hoje mesmo!” 
 
- PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO + PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO: 
 
“Pedi que viesse à minha sala.” 
 
 - PRESENTE INDICATIVO+ PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO DO SUBJUNTIVO: 
 
“Espero que ele tenha feito boa prova.” 
 
 
 - FUTURO DO PRETÉRITO INDICATIVO+ PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO 
DO SUBJUNTIVO 
 
 
 
 
 
 
 
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“Gostaria que você tivesse vindo à minha festa.” 
 
 – FUTURO DO SUBJUNTIVO + FUTURO DO PRESENTE INDICATIVO 
 
“Quando eu passar no vestibular, rasparei a cabeça.” 
 
 - PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO + FUTURO DO PRETÉRITO (simples ou com-
posto) DO INDICATIVO: 
 
“Se eu passasse no vestibular, rasparia a cabeça.” 
 
 - PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO SUBJUNTIVO + FUTURO DO PRETÉRITO 
COMPOSTO DO INDICATIVO: 
 
“Se eu tivesse passado no vestibular, teria raspado a cabeça.” 
 
 
 
4) Vozes Verbais 
 
Voz é a forma que o verbo assume para indicar sua relação com o sujeito. Há três tipos principais: 
 
a) Voz Ativa: indica que o sujeito pratica a ação verbal (sujeito agente). 
 
 Ex: 
 Eu fiz os exercícios. 
 “Em sonho, os pescadores sorriam”.(Cecília Meireles) 
 
 b) Voz passiva: indica que o sujeito sofre a ação verbal (sujeito paciente). 
 
 Ex: 
 Cantigas de sol e de água eram cantadas pelas filhinhas de pescadores. 
 
 A voz passiva pode apresentar-se das seguintes maneiras: 
 
 Analítica (ser + particípio do verbo principal): 
 
 Ex: 
 Os exercícios foram feitos. 
 As meninas eram conduzidas pelos pais. 
 
 
 Sintética ou Pronominal (3ª pessoa – verbo principal + "se"): 
 
 Ex: 
 Fizeram-se os exercícios. 
 Cantam-se canções de ninar. 
 Quebrou-se o violão. 
 
 O “se”, neste caso, é chamado de pronome apassivador. 
 
 
 
 
 
 
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 Pelos exemplos acima, pode-se perceber que o verbo principal apresenta-se conjugado 
na terceira pessoa do singular ou plural, de acordo com o sujeito paciente. 
 Observemos que, tanto na forma analítica quanto na sintética, apenas os verbos transitivos di-
retos e transitivos diretos e indiretos vão para a voz passiva. Em orações com verbos intran-
sitivos ou transitivos indiretos ou de ligação, a voz passiva não ocorre. Vejamos: 
 Precisa-se de encanador. 
Vive-se bem lá. 
 Duvida-se dos garotos. 
 Trata-se de bons livros. 
 Está-se muito feliz nesta casa. 
Neste caso, “se” não é pronome apassivador, e sim, índice de indeterminação do sujeito. 
Conversão voz ativa – voz passiva 
Voz ativa – O pescador consertou o barco. 
Voz passiva – O barco foi consertado pelo pescador. 
Aqui, percebe-se que quem executou a ação na voz ativa tornou-se o agente da voz passiva e o 
tempo verbal permaneceu o mesmo. 
Voz ativa com sujeito indeterminado 
Condenaram o prisioneiro. 
 Voz passiva sem agente 
O prisioneiro foi condenado. 
Se, na voz ativa, não houver sujeito ou ele for indeterminado, não haverá agente da voz passiva. 
 
 
c) Voz reflexiva: indica que o sujeito pratica e sofre a ação verbal (sujeito agente e paciente). 
 
 Ex: 
Ele se escondeu sob a escada. 
 A filha do pescador feriu-se. 
 
OBSERVAÇÃO: No plural, a voz reflexiva pode dar ideia de reciprocidade. 
 
 Ex: 
 Os namorados se abraçaram (um ao outro). 
 Os dois pescadores cumprimentaram-se com muita alegria (um ao outro). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sintaxe 
 
Conceitos Básicos 
 
Frase é todo enunciado linguístico de sentido completo. 
 
 Frase nominal é aquela cujo núcleo é um nome. 
Ex: Fogo! 
 
 Frase verbal, ou oração, é aquela cujo núcleo é um verbo. 
Ex: A casa caiu! 
Encontraram o professor na escola. 
 
Período é um conjunto de uma ou mais orações. 
 
 Período simples é aquele constituído por uma única oração, chamada de oração absoluta. 
Ex: Nós estávamos tristes. 
 
 Período composto é aquele constituído por duas ou mais orações. 
Ex: Ele disse / que não viria ao encontro. 
Ela foi à escola, / voltou para casa / e logo dormiu. 
 
 
 
Sintaxe do Período Simples 
 
 
I. Sujeito e Predicado 
II. Complementos Verbais 
III. Adjunto Adnominal e Adverbial 
IV. Predicativo do Sujeito e do Objeto 
V. Complemento Nominal 
VI. Aposto e Vocativo 
 
1) Sujeito e Predicado 
 
Sujeito é o termo do qual de declara algo em uma oração. 
 
Predicado é o que se declara sobre o sujeito. 
 
Exemplos: 
 
 Os homens trabalhavam. 
 Sujeito Predicado 
 
 O Rio de Janeiro fica a cinco horas daqui. 
 Sujeito Predicado 
 
 Preciso ir embora cedo. 
 Predicado 
 
 
 
 
 
 
 
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 Trabalha-se demais naquela região do país. 
 Predicado 
 
 Houve uma grande seca naquela época. 
 Predicado 
 
 
Estudo do Sujeito 
 
a) Núcleo do Sujeito 
 
 Núcleo é a principal palavra do sujeito. 
 
Ex: Minha primeira lágrima caiu dentro dos teus olhos. 
 Os dois sumiram. 
 Carlos e Jonas fizeram boa prova ontem. 
 
b) Classificação do Sujeito 
 
 Sujeito Simples: é o sujeito determinado que apresenta um único núcleo. 
 Ex: Nós vimos as crianças. 
 
 Sujeito Composto: é o sujeito determinado que apresenta mais de um núcleo. 
 Ex: 
 Crianças e adultos choraram. 
 O amor e o ódio são duas faces da mesma moeda. 
 
 Sujeito Oculto: é o sujeito que não está explícito na frase, mas pode ser determinado (pela de-
sinência verbal 
ou pelo contexto) 
 
Ex: Corri como um louco. (sujeito oculto: eu) 
Carla e Maria estão doentes. Entretanto, insistiram em vir à aula. (Sujeito oculto: Carla e Maria) 
 
 Sujeito Indeterminado: é o sujeito que não se pode ou não se quer determinar. Ocorre inde-
terminação do sujeito em orações: 
 
- com verbo na terceira pessoa do plural (desde que o sujeito não tenha sido especificado anteri-
ormente): Bateram à porta. 
 
- com verbo na terceira pessoa do singular + pronome “se”: Precisa-se de apoio. 
 (construção típica de verbos que não apresentam complemento direto) 
 
 Sujeito Inexistente: ocorre em frases em que só há predicado. A oração sem sujeito ocorre a 
partir de um verbo impessoal (aquele que não admite sujeito). São verbos impessoais: 
 
- verbos que indicam fenômenos da natureza: 
 Amanheceu repentinamente. Choveu todo o dia. 
 
- verbos ser, estar, fazer, haver, indicando tempo meteorológico ou cronológico: 
 Faz frio nessa época do ano. 
 
 
 
 
 
 
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 Há tempos que não o vejo. 
 Deve fazer meses que não a vejo. 
 É cedo. Está tarde. 
 São três horas. 
 
- verbo haver no sentido de existir: 
 Havia bons motivos para que nos separássemos. 
 Poderia haver muitosproblemas. 
 
 
Estudo do Predicado 
 
a) Predicado Verbal (PV) 
 
Predicado verbal é aquele cujo núcleo significativo é um verbo. Para ser núcleo do predicado, o 
verbo deve indicar uma ação. Verbos que indicam ações são ditos verbos significativos ou ver-
bos nocionais. 
 
Ex: Os homens trabalhavam muito. Predicado Verbal 
 
Chove muito nesta época do ano. Predicado Verbal 
 
b) Predicado Nominal (PN) 
 
Predicado nominal é aquele cujo núcleo significativo é um nome (substantivo ou adjetivo). Este 
nome atribui uma qualidade ou estado ao sujeito, sendo chamado de predicativo do sujeito. 
 
Ex: Ela é muito bonita. Predicado Nominal 
 Predicativo do Sujeito: muito bonita 
 
 Antonio é um bom aluno. Predicado Nominal 
 Predicativo do Sujeito: um bom aluno 
 
 Ele estava triste. Predicado Nominal 
 Predicativo do Sujeito: triste 
 
Nos exemplos acima, observe que o verbo não indica uma ação, isto é, não é significativo. Sua 
única função é ligar o sujeito à sua característica. Tais verbos são chamados verbos de ligação. 
 
Principais verbos de ligação 
ser, estar, permanecer, ficar, tor-
nar-se, parecer, andar, continuar 
 
 
 
c) Predicado Verbo-Nominal (PVN) 
 
Predicado Verbo-Nominal é aquele que tem como núcleos significativos um nome e um verbo. O 
nome é um predicativo e o verbo necessariamente indica ação. 
 
Neste caso, o predicativo pode referir-se ao sujeito ou ao complemento verbal (objeto), sendo, 
respectivamente, predicativo do sujeito ou predicativo do objeto. 
 
 
 
 
 
 
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Exemplos: 
 
Ex: O dia amanheceu ensolarado. PVN 
 Núcleo verbal: amanheceu (verbo que indica ação) 
 Núcleo nominal: ensolarado (predicativo do sujeito) 
 
 Eu estudei preocupado. PVN 
 Núcleo verbal: estudei (verbo que indica ação) 
 Núcleo nominal: preocupado (predicativo do sujeito) 
 
 Os professores julgam os alunos inteligentes. PVN 
 Núcleo verbal: julgam (verbo que indica ação) 
 Núcleo nominal: inteligentes (predicativo do objeto) 
 Objeto: os alunos 
 
 
2) Complementos Verbais 
 
Necessitam de complemento os verbos que indicam ação (verbos significativos ou nocio-
nais). Esses verbos fazem parte de predicados verbais ou verbo-nominais. 
 
Os verbos de ligação não necessitam de complemento, pois servem apenas para ligar o 
predicativo ao sujeito. 
 
Chama-se transitividade a relação que se estabelece entre os verbos e seus complementos. Os 
complementos verbais são chamados objetos. 
 
a) Verbos Transitivos Diretos (VTD) 
 
São aqueles cujo sentido requer um objeto direto. 
 
 
Objeto Direto (OD) é o complemento que 
se liga diretamente (sem preposição) 
a um verbo transitivo. 
 
 
Ex: Amo minha namorada. Ela viu-me triste. 
 VTD OD VTD OD 
 
b) Verbos Transitivos Indiretos (VTI) 
 
São aqueles cujo sentido requer um objeto indireto. 
 
 
Objeto Indireto (OI) é o complemento que se 
liga indiretamente (através de preposição) 
a um verbo transitivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ex: Preciso de ajuda. Gosto de você. Falei com ela. 
 VTI OI VTI OI VTI OI 
 
 
c) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos (VTDI) 
São aqueles cujo sentido requer um objeto direto e um objeto indireto. 
 
Ex: Pedi ajuda a meu colega. Disse-lhe tudo. 
 VTDI OD OI VTDI OI OD 
 
d) Verbos Intransitivos (VI) 
São aqueles cujo sentido não necessita de um objeto. 
 
Ex: Os preços subiram. Ocorreu um acidente. 
 VI VI 
 
Observações 
 
i) Método prático para determinação do objeto 
 
 Pergunte ao verbo transitivo direto: 
 “(verbo) o quê ?’” ou “(verbo) quem ?” 
 Ex: Ela bebeu muita água. 
 Bebeu o quê ? muita água  objeto 
 
 Pergunte ao verbo transitivo indireto: 
 “(verbo+prep) o quê ?” ou “(verbo+prep) quem ?” 
 Ex: Gostei daquela festa. 
 Gostei de quê ? daquela festa  objeto 
 
 Entregamos o trabalho ao professor. 
 Entregamos o quê ? o trabalho – OD 
 Entregamos a quem ? ao professor  OI 
 
ii) Transitividades diferentes 
 
Um mesmo verbo pode ter transitividades diferentes em diferentes frases. 
 
 Ex: Ela cantou. (VI) 
 Ela cantou uma música bonita. (VTD) 
 
 Falei a verdade. (VTD) 
 Falei a verdade a meu pai . (VTDI) 
 
iii) Objeto direto preposicionado 
 
Algumas vezes, o objeto direto vem precedido de preposição. Isso ocorre em função de recursos 
estilísticos ou para evitar ambigüidade, e não por exigência do verbo. 
 
 Ex: Não bebo dessa água. 
 VTD OD prep 
 
 
 
 
 
 
 
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Casos em que ocorre normalmente o objeto direto preposicionado: 
 
a) para evitar ambigüidades: 
 O leão matou o caçador. Ao leão matou o caçador. 
 Sujeito VTD OD ODp VTD Sujeito 
 
b) com pronomes oblíquos tônicos (a preposição é obrigatória por exigência do pronome) : 
 “Nem ele entende a nós, nem nós a ele.” (Camões) 
 VTD ODp ODp 
 
c) com nomes próprios referindo-se a seres, com pronomes indefinidos referindo-se a pessoa ou 
com pronomes de tratamento: 
 Ex: Ama a Deus. Não odeies a ninguém. 
 Não quero cansar a Vossa Senhoria. 
 
 
iv) Pronomes pessoais oblíquos 
 
Os pronomes o, a, os, as, quando exercem função de objeto, são sempre objeto direto. 
 
Os pronomes lhe, lhes, quando exercem função de objeto, são sempre objeto indireto. 
 
Os demais pronomes pessoais oblíquos podem ser objetos diretos ou indiretos, de acordo com a 
frase. 
 
Ex: Eu a encontrei na escola. 
 OD VTD 
 
Pedi-lhe um minuto de atenção. 
 VTDI OI OD 
 
 
Os pronomes pessoais oblíquos podem contrair-se para formar simultaneamente um OD e um OI. 
 
Ex: Entreguei o projeto ao avaliador. 
 VTDI OD OI 
 
Entreguei-o ao avaliador. 
 VTDI OD OI 
 
Entreguei-lhe o projeto. 
 VTDI OI OD 
 
Entreguei-lho. lho (OI e OD)= lhe (OI) + o (OD) 
 VTDI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3) Adjunto Adverbial 
 
 
Adjunto Adverbial é o termo que indica uma circunstância em que ocorre o processo verbal ou 
o termo que intensifica o adjetivo, o verbo ou o advérbio. 
 
Adjunto adverbial é uma função adverbial, isto é, desempenhada por advérbios (e locuções ad-
verbiais). 
 
Ex: Eu gosto muito de você. 
Ele é muito inteligente. 
Eu cheguei muito tarde. 
 
Nas frases acima, muito é adjunto adverbial, intensificando, respectivamente, a forma verbal gos-
to, o adjetivo inteligente e o advérbio tarde. 
 
Exemplos de circunstâncias expressas pelo adjunto adverbial 
 
a) Tempo: Amanhã eu falarei com ele. 
b) Modo: Marina pediu-megentilmente que fosse vê-la. 
c) Lugar: Estão todos aqui ? 
d) Intensidade: Ele falou muito. 
e) Causa: Devido à chuva escassa, muitas plantas morreram. 
f) Afirmação: Certamente atenderei ao pedido. 
g) Negação: Não podemos esquecer de nossas responsabilidades. 
h) Dúvida: Talvez haja alguns problemas. 
i) Finalidade: Leio muito para aumentar minha cultura. 
j) Meio: Viajarei de ônibus. 
k) Companhia: Fui ao museu com meus amigos. 
l) Instrumento: Redações devem ser escritas à caneta. 
m) Assunto: Falarei com ele sobre o ocorrido. 
 
Note que nem sempre é possível determinar precisamente a circunstância expressa pelo adjunto 
adverbial. Ex: Gostaria de vê-lo novamente. 
 
 
4) Adjunto Adnominal 
 
 
Adjunto Adnominal é o termo que caracteriza um substantivo sem intermediação de um verbo. 
 
Adjunto adnominal é uma função adjetiva, isto é, desempenhada por adjetivos, artigos, prono-
mes adjetivos e numerais adjetivos. 
 
Um substantivo desempenhando qualquer função sintática pode ser caracterizado por adjuntos 
adnominais. 
 
Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
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A nova casa está pronta. 
 Sujeito: A nova casa, Núcleo: casa, A.Adn.: A, nova 
 
Não gosto do seu tom de voz. 
 OI: do seu tom de voz, Núcleo: tom, A.Adn.: o, seu, de voz 
 
Nossa amizade vai superar todos os obstáculos. 
 Sujeito: Nossa amizade, Núcleo: amizade, A.Adn: nossa 
 OD:todos os obstáculos, Núcleo:obstáculos, A.Adn:todos,os 
 
 Os adjuntos adnominais de fato fazem parte do mesmo termo sintático que tem o substantivo 
como núcleo. Para confirmar isso, observe que, quando substituímos esse termo por um pronome 
substantivo, tanto o núcleo quanto os adjuntos adnominais são substituídos. 
 Nossa amizade vai superar todos os obstáculos. 
 Ela vai superá-los. 
 
 Os pronomes pessoais oblíquos podem exercer função de adjunto adnominal, quando substitu-
em um pronome possessivo. Observe: 
 
 Ele roubou-me o relógio. 
 OD: o relógio, NOD: relógio, A.Adn: me, o 
 
 Ele roubou o meu relógio. 
 OD: o meu relógio, NOD: relógio, A.Adn: o, meu 
 
 
O predicativo do sujeito foi visto durante o estudo da classificação do predicado (capítulo II), e se-
rá estudado de forma mais aprofundada neste capítulo, no qual também será estudado o predica-
tivo do objeto. 
 
 
5) Predicativo 
 
 
a) Predicativo do Sujeito 
 
Predicativo do Sujeito é o termo que caracteriza o sujeito, tendo um verbo como intermediário. 
 
O predicativo do sujeito pode ser um substantivo, um adjetivo ou uma palavra com valor de subs-
tantivo. 
O predicativo do sujeito é o núcleo do predicado nominal, e um dos núcleos do predicado verbo-
nominal. 
 
Em predicados nominais, o sujeito é ligado ao predicativo através de um verbo de ligação. 
 
Exemplos: 
 
 Ela estava triste. 
 Sujeito: Ela, Verbo de ligação: estava, 
 Predicativo do Sujeito: triste, Núcleo do predicado: triste 
 
 Todos nós ficamos extremamente perplexos. 
 
 
 
 
 
 
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 Sujeito: Todos nós, VL: ficamos, 
 Predicativo do Sujeito (núcleo do predicado): 
 extremamente perplexos 
 
Em predicados verbo-nominais, o verbo, dito verbo significativo, expressa uma ação. O predicati-
vo expressa o estado do sujeito durante o desenvolvimento do processo verbal. 
 
 
Exemplos: 
 
 Eles entraram em casa confiantes. 
 Sujeito: Eles 
 Verbo significativo (VI): entraram 
 Predicativo do Sujeito: confiantes 
 Núcleos do predicado: entraram, confiantes 
 
 
b) Predicativo do Objeto 
 
Predicativo do Objeto é uma qualidade atribuída ao objeto através do verbo. 
 
O predicativo do objeto pode ser um substantivo, um adjetivo ou uma palavra com valor de subs-
tantivo. 
O predicativo do objeto é um dos núcleos do predicado verbo-nominal. 
 
Exemplo: 
 
 O juiz julgou o réu culpado. 
 Sujeito: O juiz, VTD: julgou, OD: o réu, 
 Predicativo do Objeto: culpado 
 Núcleos do predicado: julgou, culpado 
 
 As mulheres consideram a maioria dos 
 homens infiéis. 
 Sujeito: As mulheres, VTD: consideram 
 OD: a maioria dos homens 
 Predicativo do Objeto: infiéis 
 Núcleos do predicado: consideram, infiéis 
 
Para diferenciar o predicativo do objeto do adjunto adnominal, basta verificar que o adjunto adno-
minal faz parte do objeto, enquanto que o predicativo do objeto é uma qualidade dada ao objeto 
pelo verbo. Observe: 
 
 Eu tenho um caderno bonito. 
 VTD: tenho, OD: um caderno bonito, 
 Núcleo do OD: caderno, A.Adn: um, bonito 
 
 Eu acho meu caderno bonito. 
 VTD: acho, OD: meu caderno, NOD: caderno, 
 A.Adn: meu, Predicativo do Objeto: bonito 
 
Observe o que acontece quando substituímos o objeto por um pronome substantivo. 
 
 
 
 
 
 
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 Eu tenho um caderno bonito.  Eu o tenho. 
 VTD: tenho, OD: um caderno bonito VTD: tenho, OD: o 
 
 Eu acho meu caderno bonito.  Eu o acho bonito. 
 VTD: acho, OD: meu caderno, VTD: acho, OD: o, 
 PO: bonito PO: bonito 
 
 
 
6) Complemento Nominal 
 
 
Complemento Nominal é o complemento exigido por alguns substantivos, adjetivos e advér-
bios. 
 
Assim como os verbos, alguns nomes necessitam de complemento. Observe: 
 
 Nós amamos nossa família. 
 Verbo (VTD): amamos 
 Complemento Verbal (OD): nossa família. 
 
 Nós temos amor por nossa família. 
 OD: amor por nossa família, Núcleo do OD: amor 
 Complemento Nominal: por nossa família. 
Outros exemplos: 
 
 Interesse por problemas sociais é um bom indício de consciência. 
 Sujeito: interesse por problemas sociais 
 Núcleo do Sujeito: interesse 
 Complemento Nominal: por problemas sociais 
 
 Seja sempre fiel a seus princípios. 
 Predicativo do Sujeito: fiel a seus princípios 
 Núcleo do Predicativo: fiel 
 Complemento Nominal: a seus princípios 
 
 Moro longe de sua casa. 
 Adjunto Adverbial: longe de sua casa 
 Núcleo do A.Adv.: longe 
 Complemento Nominal: de sua casa 
 
 Sonhamos com a realização de nossos sonhos. 
 Objeto Indireto: com a realização de nossos sonhos 
 Núcleo do OI: realização, Adjunto Adnominal: a, 
 Complemento Nominal: de nossos sonhos 
 
Observe, nas frases acima, que o complemento nominal modifica apenas nomes: amor, interes-
se e realização são substantivos, fiel é adjetivo e longe é advérbio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Distinção entre Complemento Nominal e Adjunto Adnominal 
 
 O adjunto adnominal sempre se refere a substantivos, enquanto o complemento nominal pode 
referir-se a substantivos, adjetivos e advérbios. 
 
 Quando o complemento nominal se refere a substantivos, geralmente são substantivos abstra-
tos. 
 
 O complemento nominal sempre é um termo composto, iniciado por preposição. Assim, adjeti-
vos, pronomes adjetivos, numeraisadjetivos e artigos não podem ser complementos nominais. 
 
 O adjunto adnominal dá a idéia de um termo ativo, enquanto o complemento nominal dá a idéia 
de um termo passivo. 
 
 O respeito dos pais é importante. 
 Adjunto Adnominal: dos pais 
 
 O respeito aos pais é importante. 
 Complemento Nominal: aos pais 
 
Observe que, na primeira frase, os pais respeitam e, na segunda, os pais são respeitados. 
 
Observações 
 
i) Assim como o adjunto adnominal, o complemento nominal também faz parte de outro termo sin-
tático. 
 
Discutimos o investimento em saúde. 
OD: o investimento em saúde, 
Núcleo do OD: investimento, 
Complemento Nominal: em saúde, A.Adn: o 
 
ii) O complemento nominal relaciona-se a nomes (substantivos, adjetivos, advérbios), enquanto o 
objeto indireto 
(complemento verbal) relaciona-se a verbos. Observe: 
 
Necessito de apoio. 
Verbo: necessito, OI: de apoio 
 
Tenho necessidade de apoio. 
Substantivo: necessidade, CN: de apoio 
 
A seguir, resumem-se as principais características do adjunto adnominal, complemento nominal e 
objeto indireto. 
 
Adjunto Adnominal 
 Termo simples ou composto 
 Modifica substantivos (concretos ou abs-
tratos) 
 Termo ativo 
Complemento Nominal 
 
 
 
 
 
 
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 Termo composto 
 Complementa substantivos 
abstratos, adjetivos e advér-
bios 
 Termo passivo 
Objeto Indireto 
 Termo simples (pronome oblíquo) ou 
composto 
 Complementa verbos 
 
 
 
7) Aposto 
 
Aposto é o termo que retoma o termo anterior da frase, explicando-o, desenvolvendo-o ou resu-
mindo-o ou especificando-o. 
 
 Ex: Castro Alves, o poeta dos escravos, é um 
 grande representante do romantismo brasileiro. 
 
Na oração acima, o poeta dos escravos exerce função de aposto, pois retoma o termo anterior, 
Castro Alves, explicando-o. 
 
Classificação do Aposto 
 
O aposto é classificado de acordo com sua relação com o termo ao qual se refere. 
 
a) Explicativo: explica o termo a que se refere. 
 
Ontem, domingo, o comércio abriu 
excepcionalmente. Aposto: domingo 
 
Minha avó, senhora muito religiosa, vai sempre à missa. Aposto: senhora muito religiosa 
 
b) Enumerativo: efetua uma enumeração. 
 
Tenho duas grandes aspirações: aprender e ensinar. Aposto: aprender e ensinar 
 
Havia várias pessoas presentes: meus pais, meus avós, meu irmão. 
Aposto: meus pais, meus avós, meu irmão 
 
c) Resumidor: resume os termos anteriores. 
 
O sol, os pássaros, as árvores, tudo era alegria. 
Aposto: tudo 
 
d) Especificativo: especifica o termo anterior. 
 
O presidente Fernando Henrique Cardoso fez um pronunciamento sobre o desemprego. 
 Aposto: Fernando Henrique Cardoso 
 
 
 
 
 
 
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O estado de São Paulo é o mais rico do Brasil. 
 Aposto: de São Paulo 
 
O aposto especificativo normalmente é um substantivo próprio que individualiza um substantivo 
comum, ao qual se liga diretamente ou através de preposição. 
 
Observações 
 
 O termo ao qual o aposto se refere pode ter qualquer função sintática. 
 
O Brasil, maior país da América Latina, possui grandes fontes naturais. 
Núcleo do Sujeito: Brasil 
Aposto: maior país da América Latina 
 
 
 
Ele deu-lhe um belo presente: um buquê de rosas. 
Objeto direto: um belo presente 
Aposto: um buquê de rosas 
 
 O aposto equivale sintaticamente ao termo ao qual ele se refere. Desta forma, é possível substi-
tuir um termo por seu aposto. Observe: 
 
Amamos o Brasil, nossa terra. 
OD: o Brasil, Aposto: nossa terra 
 
Amamos nossa terra. 
 OD: nossa terra 
 
 Observe a diferença: 
 
A casa, prédio amplo, abrigava muitas pessoas. 
Aposto: prédio amplo 
 
O professor, nervoso, saiu da sala. 
Predicativo do sujeito: nervoso 
 
Na primeira frase, pode-se substituir o sujeito, “a casa”, por seu aposto, “prédio amplo”. Na se-
gunda frase, entretanto, não se pode substituir “o professor” por “nervoso”. “Nervoso”, nesse caso, 
não é aposto, mas predicativo do sujeito. 
 
 (Observe, ainda, que o predicativo pode vir separado do sujeito por vírgula, mas o adjunto adno-
minal não). 
 
 Com a exceção do aposto especificativo, os demais tipos de aposto sempre vêm separados do 
restante da oração por vírgulas ou por dois pontos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8) Vocativo 
 
Vocativo é o termo utilizado para nomear o interlocutor a quem se dirige a palavra. 
 
Ex: “Emprestem-me seus ouvidos, amigos romanos conterrâneos.” 
 
 “Fora, mancha maldita!” (“Macbeth”, Shakespeare) 
 
 “Meu caro amigo, me perdoe por favor / Se eu não lhe faço uma visita” (Chico Buarque) 
 
Observações 
 
 O vocativo sempre vem separado por vírgulas do restante da frase. 
 É importante observar que vocativo e sujeito são funções sintáticas diferentes. Note também 
que, em frases no imperativo, o sujeito é oculto. 
 
 “Meu amor, hoje o sol não apareceu.” 
Vocativo: meu amor, Sujeito: o sol 
 
 Meu amor, não me abandone. 
 Vocativo: Meu amor, Sujeito: oculto (você) 
 
 “Meu canto de morte, guerreiros, ouvi.” 
 (“I - Juca Pirama”, Gonçalves Dias) 
 Vocativo: guerreiros, Sujeito: oculto (vós) 
 
 O vocativo é o único termo sintático que não faz parte nem do sujeito, nem do predicado. 
 
 
 
 
Funções Sintáticas 
 
a) Termos Essenciais da Oração 
 Sujeito 
 Predicado 
 
b) Termos Integrantes da Oração 
 Objeto Direto 
 Objeto Indireto 
 Complemento Nominal 
 Agente da Passiva 
 
c) Termos Acessórios da Oração 
 Adjunto Adnominal 
 Adjunto Adverbial 
 Aposto 
 
d) Vocativo 
 
 
 
 
 
 
 
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Sugestão de procedimento para efetuar análise sintática do período simples 
1. Identificar o verbo (ou locução verbal). 
2. Identificar a voz verbal 
3. Identificar o sujeito e o predicado. 
4. Classificar o sujeito, identificando seu núcleo. 
5. Identificar, no sujeito, os adjuntos adnominais e complementos nominais. 
6. Para classificar o predicado: 
 verificar se há predicativo do sujeito e se os verbos são significativos (indicam ação). 
 identificar os objetos. 
 identificar os predicativos do objeto. 
 identificar os núcleos do predicado (predicativos e verbos significativos), classificando-o. 
7. Identificar, no predicado, os adjuntos adnominais e adverbiais 
8. Identificar os apostos e os vocativos. 
 
Observações Importantes 
 
1. Identificando-se o sujeito da frase, tudo o que sobra é predicado, à exceção do vocativo. 
2. Os únicos termos que fazem parte do sujeito são o(s) núcleo(s) do sujeito e os adjuntos ad-
nominais e complementos nominais referentes a esse(s) núcleo(s). Os demais termos pertencem 
ao predicado. 
3. Os termos do sujeito nunca podem vir separados. Os do predicado, sim. 
4. O vocativo é o único termo que não faz parte nem do sujeito, nem do predicado. 
5. Adjuntos adnominais e complementos nominais são os únicos termos que podem fazer parte 
de outro termo que não seja essencial (por exemplo, um adjunto adnominal pode

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