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TCC PREVENÇÃO DE ACIDENTE

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Prévia do material em texto

FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JÚNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Salgado de Oliveira 
Curso de Bacharelado em Engenharia Civil 
 
 
 
 
 
 
São Gonçalo, 15 de novembro de 2016. 
 
FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JÚNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto de pesquisa de elaboração da 
Monografia apresentado à Universidade 
Salgado de Oliveira para a conclusão do 
curso de Engenharia Civil. 
 
 
Orientadora: Profa. Dra. Renata Jogaib Mainier 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Salgado de Oliveira 
Curso de Bacharelado em Engenharia Civil 
 
FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JÚNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de Engenharia Civil da Universidade Salgado de Oliveira como 
parte dos requisitos para conclusão do curso. 
 
 
Aprovada em de Dezembro de 2016 
 Banca Examinadora: 
 
 
 
______________________________________________________ 
Examinador(a) 
 
 
 
______________________________________________________ 
Examinador(a) 
 
 
 
 ______________________________________________________ 
Profa. Dra. Renata Jogaib Mainier, Professor Orientadora 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Primeiramente a Jesus Cristo, por ter me dado dons e tudo mais o suficiente 
para que eu pudesse chegar a este estágio. Sei que ―tudo posso naquele que me 
fortalece‖. 
Aos meus familiares, a quem devo parte do que tenho e do que sou, agradeço 
a dedicação e amor recebidos sempre. 
À minha amada esposa Tatiane, meu Filho Gustavo e minha Mãe Maria José, 
pelo apoio, compreensão nos momentos de ausência, atenção e amor, elementos 
essenciais à minha (nossa) realização pessoal. 
À Profa. Dra. Renata Jogaib Mainier, minha orientadora, pela oportunidade, 
orientação, incentivo e apoio. 
Ao Prof. Ms Amauri Figueira pela força, orientação, incentivo e apoio. 
A todos meus Professores, em especial, Professores Sirlei dos Anjos e 
Marllon Nogueira que não mediram esforços em apoiar e passar seus 
conhecimentos para a realização desta conquista. 
A todos meus amigos de profissão, em especial, Valmar Fernandes Melro, e 
Eduardo Henrique Rezende pela paciência e compreensão na ausência profissional. 
Ao também amigo de profissão Marcos Porto Viana por ter acreditado e 
incentivado em muitos momentos de minha vida. 
Aos meus irmãos Jonathan e Joana pelo incentivo e companheirismo. 
Enfim, aos amigos, colegas de turma e a todos aqueles que colaboram direta 
ou indiretamente para que chegasse a este trabalho. 
Àqueles que acreditaram em mim, muito obrigado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico e agradeço com muita gratidão este 
trabalho primeiramente a DEUS, sem ELE não 
somos nada. Dedico esta parte de minha vida, 
em especial a minha esposa Tatiane, meu 
amor, minha fortaleza maior pelo 
companheirismo, carinho e pela paciência em 
todas as horas em que precisei estar ausente. 
E ao meu amado filho Gustavo, pelo amor, que 
tive para que eu pudesse chegar até aqui. A 
minha mãe Maria José por me dar a 
oportunidade da vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre 
as oportunidades e proteja-se contra as ameaças. 
Sun Tzu 
RESUMO 
 
Este trabalho buscou apresentar a temática da prevenção do acidente de trabalho 
na construção civil, tendo como recorte o cenário atual. Para tanto foi realizado 
pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo. O objetivo central deste estudo é 
discorrer sobre o acidente de trabalho e a importância da sua prevenção promovida 
pelas empresas da construção civil. Destaca-se que somente com o passar do 
tempo o acidente de trabalho passou a ganhar notoriedade nas organizações, até 
mesmo devido as leis e normas que foram surgindo. A prevenção tende a evitar 
danos tanto físico como econômico. Concluiu-se que na atualidade a economia 
também é amplamente afetada pela construção civil, assim como, os acidentes 
podem, em sua maior parte, ser evitados quando a prevenção faz parte do cotidiano 
dos profissionais que atuam na área. 
 
 
Palavras-chave: Construção Civil; Acidente de trabalho; Prevenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This work aimed to present the theme of prevention of work accidents in civil 
construction, taking as a cut the current scenario. For that, a qualitative 
bibliographical research was carried out. The main objective of this study is to 
discuss the work accident and the importance of its prevention promoted by 
construction companies. It is emphasized that only with the passage of time the work 
accident started to gain notoriety in organizations, even due to the laws and norms 
that were emerging. Prevention tends to avoid both physical and economic damage. 
It was concluded that at present the economy is also largely affected by construction, 
as accidents can be avoided for the most part when prevention is part of the daily life 
of professionals working in the area. 
 
Keywords: Civil Construction; Work accident; Prevention. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. 
EPI – Equipamento de Proteção Individual. 
NBR – Norma Brasileira Regulamentadora. 
SAT – Serviço de Atendimento ao Trabalhador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO 10 
1 A CONSTRUÇÃO CIVIL 12 
1.1 Histórico da Construção Civil no Brasil 12 
1.2 O crescimento da Construção Civil 13 
1.3 O cenário atual da construção civil 14 
2 ACIDENTE DE TRABALHO 17 
2.1 Compreendendo o acidente de trabalho 17 
2.2 O campo legal: normas e legislação sobre acidente de trabalho 19 
2.3 Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e NBR – ABN 23 
2.4 O acidente de trabalho na Construção Civil 24 
3 A PREVENÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 27 
3,1 A segurança do trabalho é fundamental para a prevenção de acidentes 27 
3.1.1 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) 28 
3.2 Tipos de prevenção de acidente na construção civil 29 
3.3 Principais ações que podem prevenir acidentes na construção civil 33 
3.3.1 Promovendo a prevenção: um olhar sobre as ações das empresas 35 
CONCLUSÃO 37 
REFERÊNCIAS 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O presente estudo versa sobre a importância da prevenção de acidente de 
trabalho na construção civil na atualidade, tendo em vista que a indústria da 
construção civil apresenta elevados índices de acidentes de trabalho. Na mesma 
proporção pode-se apontar que diversas ações são implementadas com o objetivo 
de reduzir este referido índice. 
 Destaca-se a própria CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) 
existente nas empresascontribuem de forma eficaz para que acidentes sejam 
evitados. Outro ponto de destaque encontra-se pautado nas leis e normas 
regulamentadoras que tratam diretamente da temática do acidente e trabalho e a 
própria construção civil, uma vez que apesar do acidente poder ocorrer em qualquer 
setor, cada um irá apresentar suas particularidades. 
 A construção civil no Brasil teve seu desenvolvimento a partir de 1920, e foi 
crescendo e evoluindo em todos os aspectos, desde o campo da engenharia até ao 
material a ser utilizado na construção. 
 A construção civil teve seu processo de amplo crescimento a partir do ano 
2000, trazendo efeitos significativos para a economia do país, entretanto, com a 
crise econômica que o Brasil vem enfrentando, a desaceleração deste setor passou 
a apresentar também rebatimentos negativos e, consequentemente, vários 
rebatimentos para as empreiteiras. Neste tocante, torna-se ainda pertinente elucidar 
que na mesma proporção que o houve o crescimento, os acidentes também 
passaram a ocorrer de forma mais acentuada. 
 Assim, tratar a relação entre a prevenção de acidentes e o cenário da 
construção civil se traduz como uma temática pertinente e atual frente ao curso de 
Engenharia Civil. 
 A metodologia foi utilizada esteve pautada em pesquisa bibliográfica de cunho 
qualitativo. A construção deste estudo se justifica diante da busca de desenvolver a 
compreensão acerca da relação entre a construção civil e a prevenção do acidente 
de trabalho. 
 A produção desta monografia, diante da temática escolhida, encontra sua 
relevância no apelo social e econômico que representa para a sociedade como um 
todo. Sendo assim, a discussão acerca a prevenção e construção civil é configura 
11 
 
ainda enquanto atual no Brasil, o que se traduz como um indicativo de novos 
debates acerca da temática discutida. 
 O trabalho encontra-se dividido em três capítulos, sendo o primeiro voltado 
para o histórico da construção civil no Brasil, fazendo um recorte para o cenário 
atual. 
 O segundo capítulo tratou sobre o acidente de trabalho, apresentando o seu 
conceito e seus desdobramentos no campo legal. Neste espaço foi dado ênfase 
também as Normas Regulamentadoras. 
 O terceiro capítulo foi mais específico ao tratar sobre a prevenção do acidente 
de trabalho no espaço da construção civil. A temática da segurança do trabalho é 
fundamental para a prevenção de acidentes, e desta forma torna-se pertinente 
identificar que as empresas do setor da construção civil devem atentar para esta 
prática em suas atividades cotidianas. Neste mesmo capítulo foi abordado também a 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que exerce importante função no 
interior das empresas, e no cenário da construção deve-se estar sempre atento para 
evitar acidentes. Ademais, relatou-se também sobre o impacto econômico dos 
acidentes neste setor. Para finalizar o capítulo foi dado ênfase a ações que podem 
prevenir acidentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1 A CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
Este capítulo tem a função de apresentar um breve histórico da construção 
civil, fazendo um recorte para a atualidade, uma vez que este universo se encontra 
em plena expansão. 
 
1.1 Histórico da Construção Civil no Brasil 
 
Para que seja possível compreender a realidade da construção civil nos dias 
atuais, torna-se pertinente trazer ao texto um recorte acerca da história deste 
universo no Brasil. 
De acordo com Motoyama (2004) a indústria da construção civil no Brasil teve 
um desenvolvimento espetacular a partir da década de 1920, onde um marco foi a 
possível realização de bem-sucedidas de grandes obras. Até 1920 a engenharia 
brasileira era rudimentar, e assim, os edifícios eram todos baixos, assim como não 
era preciso desenvolver sofisticados cálculos para o projeto e execução da obra. 
Indo além, o que se refere as pontes e viadutos, estas também não existiam em 
grande quantidade, e os projetos eram em sua maioria desenvolvido por escritórios 
estrangeiros. 
Entretanto, destaca-se que no tocante a construção de altos edifícios, pontes 
e viadutos passou a ser vivenciada de maneira intensa a partir da Segunda Guerra 
Mundial, onde o ponto de destaque se traduz como a introdução do concreto armado 
no país (MOTOYAMA, 2004). 
Conforme pontuam Oliveira e Oliveira (2012, p.2) a construção civil ―é 
caracterizada como atividades produtivas da construção que envolve a instalação, 
reparação, equipamentos e edificações de acordo com as obras a serem 
realizadas.‖ 
Salienta-se que: 
 
A área de Construção Civil abrange todas as atividades de produção de 
obras. Estão incluídas nesta área as atividades referentes às funções 
planejamento e projeto, execução e manutenção e restauração de obras em 
diferentes segmentos, tais como edifícios, estradas, portos, aeroportos, 
canais de navegação, túneis, instalações prediais, obras de saneamento, de 
fundações e de terra em geral, estando excluídas as atividades 
relacionadas às operações, tais como a operação e o gerenciamento de 
13 
 
sistemas de transportes, a operação de estações de tratamento de água, de 
barragens, etc (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2000, p.9). 
 
Nesta direção, torna-se pertinente identificar como a construção civil vem 
sendo observada no que tange ao seu crescimento e, consequentemente, seus 
desdobramentos no Brasil, tendo em vista que a expansão urbana trouxe uma 
produtiva dinâmica de obras que influenciou e permanece influencia ao longo dos 
tempos o crescimento das cidades. 
De acordo com Abiko et al. (2005, p.24) o setor da construção civil apresentou 
seu crescimento a partir de 1999: 
 
O primeiro durou do início de 2000 até meados de 2001, quando a indústria 
de construção acumulou um crescimento real de quase 18%. O período que 
vai de maio de 1999 a março de 2001 é marcado pelo forte crescimento, 
fruto da bem-sucedida desvalorização cambial do início de 1999. Nesse 
período, o PIB cresceu cerca de 31% e, em janeiro de 2001, o índice de 
confiança empresarial publicado pela CNI atingiu seu valor máximo. O 
crescimento até certo ponto prolongado propiciou o aumento dos 
investimentos que impulsionou a construção civil. O crescimento foi 
encerrado quando a economia foi atingida pelo colapso argentino, pela crise 
da Bolsa de Valores dos EUA e pelo anúncio da crise energética. 
 
Já, o segundo período que marcou o crescimento do setor foi: 
 
O segundo período de crescimento se inicia após a desvalorização cambial 
motivada pela possibilidade de o governo do PT fazer drásticas mudanças 
na política econômica. Desta forma, 2003 foi um ano de forte crescimento 
das exportações, que se expandiram 9%. Em 2004, o mercado interno se 
recupera8 e, com ele, a indústria como um todo. A construção civil, em 
particular, cresceu às maiores taxas do quinquênio, expandindo-se, 
respectivamente, 6,9% e 11,6% no segundo e no terceiro trimestres do ano. 
É importante ressaltar que 2004 foi um ano de forte crescimento mundial e 
que nele as exportações brasileiras se elevaram em 18% (ABIKI et al., 
2005, p.25). 
 
O crescimento que se apresentou neste período foi expressivo até o ano de 
2010, entretanto, a partir deste momento começou a ser vivenciado um declínio nas 
atividades da construção civil. 
 
1.2 O crescimento da Construção Civil 
 
 
Na atualidade é observado que a construção civil apresenta crescimento 
considerável, e neste sentindo, a atividade da construção civil tem grande 
14 
 
importância econômica não apenas pelo elevado volume de recursos financeiros 
que mobiliza e por seu forte potencial gerador de empregos, mas também por sua 
capacidadede contribuir com o dinamismo de muitos segmentos industriais e de 
serviços 
De acordo com Medeiros e Rodrigues (2009) a Indústria da Construção Civil é 
uma atividade econômica que envolve tradicionais estruturas sociais, culturais e 
políticas. É nacionalmente caracterizada por apresentar um elevado índice de 
acidentes de trabalho. 
Sendo assim, torna-se pertinente apontar que historicamente, no Brasil, a 
construção civil representa o setor de maior absorção de mão de obra, dada a 
abrangência de sua variada oferta de trabalho, sem muitas restrições para o 
recrutamento (TAKAHASHI e SILVA, 2012). 
Fochezzato e Ghinis (2011, p.649) descreveram que ―nos últimos anos, mais 
precisamente, nas duas últimas décadas, a construção civil tem seguido uma 
trajetória de crescimento exponencial, particularmente em termos de produção.‖ Os 
autores ainda complementam que: 
 
Teoricamente, aumentos na renda real, na disponibilidade de crédito e o 
próprio crescimento populacional provocam a expansão do estoque 
desejado de construções pelos agentes econômicos e, portanto, a 
ampliação da diferença em relação ao estoque defasado ofertado, já que a 
oferta não acompanha a demanda, o que força um aumento da produção do 
setor (FOCHEZZATO e GHINIS, 2011, p.664) 
 
Sendo assim, pode-se observar que este movimento se justifica frente ao 
crescimento da renda real, do crédito e da população, o que contribui diretamente 
para a expansão da produção da construção civil. 
 
1.3 O cenário atual da construção civil 
 
 Diante da crise econômica enfrentada pelo Brasil a partir do ano de 2014, o 
cenário da construção civil também foi sendo modificado. Neste tocante, aponta-se 
que a construção civil vive uma crise sem precedentes no Brasil. Destaca-se que o 
aumento dos juros, a restrição no crédito, o desemprego, a operação lava-jato, todos 
esses fatores influenciaram diretamente o setor. 
15 
 
 De acordo com a reportagem do site Correio Braziliense, no ano de 2015, 
pode-se verificar que a construção civil costuma refletir o desempenho da economia 
de um país. Se as obras estão paradas, alguma coisa não vai bem no cenário 
nacional. Mas se os canteiros pulsam, há a certeza de um período de bonança. 
 O Boletim Regional do Banco Central do Brasil (2016, p.102) apontou que: 
 
A redução da atividade no setor se acentuou a partir de 2014, em ambiente 
de piora nas condições dos mercados de trabalho e de crédito e de redução 
da confiança dos agentes econômicos. Nesse cenário, observou-se, em 
especial em 2015, retração em todos os segmentos da construção civil, com 
destaque para a redução da representatividade das obras de infraestrutura 
no VAB das empresas do setor. 
 
 Indo além, pode-se ainda descrever que o setor da construção civil vive 
atualmente um momento delicado no Brasil. Em meio a um ambiente recessivo, um 
dos principais motores da atividade econômica apresenta sinais claros de 
enfraquecimento, onde as demissões já compõem o cenário, e as projeções que fora 
traçadas para 2016 se mantém, uma vez que a queda do emprego e investimentos 
no setor já se apresentava como um forte indicativo. 
Amorim (2015) entende que a crise da construção chegou a uma velocidade 
estonteante. Mas a recuperação, quando vier, terá ritmo bem diferente. Nesta 
direção, cabe enfatizar que: 
 
O mercado de construção civil, obviamente, não é o único que sofre com a 
retração econômica do país. Outros setores, como a autoindústria, tiveram 
um 2014 ainda pior, com retração de 15% nas vendas. As fabricantes de 
eletroeletrônicos encolheram 9%. Todos eles sofrem de uma nefasta 
combinação de inflação perigosamente alta, desemprego crescente, 
aumento dos juros, restrição no crédito, falta de confiança no governo 
(AMORIM, 2015, s/p). 
 
 Assim, o que em 2007 se apresentava como um período promissor, de amplo 
crescimento e geração de renda, chegou ao ano de 2010 com um ápice, não se 
encontra mais com este indicativo. Ou seja, as obras de infraestrutura, no mercado 
imobiliário e no varejo, a estagnação da economia derrubou a demanda e 
interrompeu de vez o ritmo acelerado de contratações e investimentos (CORREIO 
BRAZILIENSE, 2015). 
 
 
16 
 
 Ademais, cabe ainda citar que: 
 
A partir de 2014, o segmento passou a repercutir o ambiente de 
desaceleração da atividade econômica do país, evidenciado, no âmbito da 
demanda interna, pela perda de dinamismo do consumo das famílias e pelo 
recuo da Formação Bruta de Capital Fixo (BOLETIM REGINAL DO BANCO 
DO BRASIL, 206, p.99). 
 
 Outro fato que figura no cenário da construção civil, e que não se pode deixar 
de citar é a relação das construtoras com a operação lava jato, da Polícia Federal, 
esta que vem investigando esquema de corrupção na Petrobrás, e que 
consequentemente, atingiu as maiores empreiteiras do país (CORREIO 
BRAZILIENSE, 2015). 
 Contudo, e apesar de estar acompanhando o processo de crise vivenciado no 
país, é possível ainda verificar que a construção civil exerce um papel de suma 
importância no Brasil. 
 Entretanto, a sua recuperação ainda não é uma realidade vivenciada, 
contudo, espera-se que o ano de 2017 traga uma nova colocação para este setor e 
que o seu crescimento volte a surgir. 
 Apesar da esperança de recuperação, Campos (2016) ao debater sobre o 
futuro da construção civil, apontou que este é sempre um dos últimos setores a se 
recuperar em um cenário de crise, pois de maneira geral ninguém tem coragem de 
comprar um apartamento ou fazer uma ampla reformar diante de um momento como 
esse. A crise no país deixa claro o cenário de incertezas que o brasileiro tem 
vivenciado, e com essa percepção a construção e o setor imobiliário, estes 
diretamente interligados a construção civil tente a sofrer rebatimentos negativos e 
que precisam da recuperação do país para posteriormente se reerguerem. 
 Ao compreender como a construção civil exerce papel de suma importância 
no cenário brasileiro, torna-se pertinente verificar ainda sobre o acidente de trabalho 
e como este apresenta rebatimentos neste setor. 
 
 
 
 
 
 
17 
 
2 ACIDENTE DE TRABALHO 
 
Para que seja possível compreender a importância da temática ―acidente de 
trabalho‖, cabe fazer um breve recorte temporal para que seja possível desenvolver 
a sua compreensão frente a dinâmica da sociedade na atualidade. Torna-se 
pertinente apontar que a segurança do trabalho engloba diversos conhecimentos, 
tais quais: de Engenharia; Higiene do trabalho; Medicina do Trabalho e ações de 
controle de riscos. Ambos se somam também as legislações de segurança e as NRs 
que orientam para a segurança do trabalho. 
Ademais, evidencia-se que na atualidade o acidente de trabalho se destaca 
como um tema de constante preocupação para trabalhadores, governo e empresas, 
tendo em vista apesar de apresentar diferentes dimensões em escalas e este pode 
ser observado como prejuízo em diversas espécies para os três atores aí 
envolvidos. 
 
2.1 Compreendendo o acidente de trabalho 
 
 No que tange ao termo segurança do trabalho, este pode ser definido como a 
ciência que, através de metodologias e técnicas apropriadas, estuda as possíveis 
causas de acidentes do trabalho, e busca a prevenção destes. 
 O acidente de trabalho pode ser também conceituado como um fato ou 
acontecimento, o qual esteja relacionado ao trabalho do acidentado e que determine 
a morte, perda ou redução da capacidade para o trabalho (TORTORELLO, 2014). 
 Pode-se ainda acrescentar que: 
 
O acidente de trabalho compreende além das ocorrências no ambiente de 
trabalho, as consequências geradas pela atividade desempenhada pelo 
trabalhador, como as doenças decorrentesdas condições de trabalho, 
consideradas doenças profissionais e/ou ocupacionais (ROJAS, 2015, 
p.118). 
 
 Abramides e Cabral (2003) ao abordarem os aspectos referentes aos 
acidentes de trabalho evidenciaram que a reestruturação produtiva no Brasil, junto a 
precarização das relações de trabalho, a intensificação de ritmos, a perda de postos 
de trabalho e a exigência de polivalência (requisições diferenciadas na atividade 
18 
 
laborativa) vem contribuindo amplamente para o quadro de doenças e riscos de 
acidentes nos espaços de trabalho. 
 Pontua-se ainda que o dia que ocorre o acidente do trabalho é tido como o 
início da incapacidade laborativa, ou seja, o acidente de trabalho modifica o 
exercício da atividade habitual; o dia da segregação compulsória; o dia em que for 
realizado o diagnóstico. Para esse efeito é importante assinalar que fica valendo o 
que ocorrer primeiro. 
 Nesta perspectiva, Mattos et al. (2011) complementam que atualmente 
entende-se que o acidente do trabalho começa a acontecer quando algum elemento 
do processo de trabalho deixa de funcionar como planejado, ou seja, quando ele 
apresenta uma disfunção. 
 Costa (2008) esclarece que ao longo de mais de um século a legislação 
pertinente a segurança do trabalho vem sofrendo processos evolutivo, constante 
aprimoramento que visa melhor atender aos anseios da classe trabalhadora, 
especialmente nas categorias mais sujeitas às lesões traumáticas ou das doenças 
resultantes das condições de trabalho. 
Bitencourt e Quelhas (2008, p.05) afirmam que: 
 
 
O empregador, nos últimos anos, passou a preocupar-se mais com a 
segurança, devido aos custos diretos e indiretos que um acidente pode 
representar para sua empresa. Esta visão vem se desenvolvendo de forma 
gradativa e tende a se expandir com os novos conceitos que estão 
surgindo, relacionando a segurança com a qualidade e a produtividade. 
 
Dentro deste contexto, vale acrescentar que são considerados acidentes de 
trabalho qualquer evento inesperado que cause danos ao meio ambiente ou à saúde 
humana, prejuízos materiais ao patrimônio próprio ou de terceiros, ocorrência de 
fatalidades ou ferimentos graves para o pessoal próprio ou para terceiros ou a 
interrupção das operações da Instalação por mais de 24 (vinte e quatro) horas 
(RESOLUÇÃO ANP N.º 43, DE 6/12/2007). Além destes, cabe destacar também 
como acidente de trabalho: 
 Doenças ocupacionais provocadas pelo trabalho. 
 Doenças causadas pelas condições de trabalho. 
 Acidentes que acontecem na prestação de serviços, por ordem da empresa, 
fora do local de trabalho; 
 Acidentes que acontecem em viagens a serviço da empresa; 
19 
 
 Acidentes que ocorram no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho 
para casa. 
 
Um ponto que merece destaque quando é feita análise sobre o acidente de 
trabalho na cosntrução civil se traduz com a falta de investimento em prevenção, 
sendo este considerado o maior obstáculo para reduzir os acidentes de trabalho. 
O acidente do trabalho ainda é um tema que requer muitas discussões, tendo 
em vista os diversos campos de trabalho, tendo em vista que estes ainda ocupam 
posição de destaque no atual. Contudo, pode-se destacar que que em seu campo 
legal, encontra-se ampla legislação que vem atuando sobre a temática e buscando 
assim, evitar e/ou diminuir os acidentes de trabalho. 
 
 
2.2 O campo legal: normas e legislação sobre acidente de trabalho 
 
 O aporte legal acerca da temática do acidente de trabalho na atualidade é 
amplo, e assim, torna-se nítido neste cenário que empregados e empregadores 
encontram-se resguardados pelas Leis. 
No ano de 1919 surgiu o primeiro Decreto nº 3.724 contendo 30 artigos e 
dispondo sobre o conceito de acidente do trabalho, onde cabe citar: 
 
Art. 1º Consideram-se acidentes no trabalho, para os fins da presente lei: I 
a) o produzido por uma causa súbita, violenta, externa e involuntária no 
exercício do trabalho, determinado lesões corpóreas ou perturbações 
funcionais, que constituam a causa única da morte ou perda total, ou 
parcial, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho; I b) a 
moléstia contraída exclusivamente pelo exercício do trabalho, quando este 
for de natureza a só por si causa-la, e desde que determine a morte do 
operário, ou perda total, ou parcial, permanente ou temporária, da 
capacidade para o trabalho (BRASIL, 1919). 
 
A referida Lei é alterada em 05 de março do mesmo ano pelo Decreto 13.493. 
E em 10 de julho de 1934, pelo Decreto 24.637, este que trouxe em seu art. 1º o 
seguinte texto: 
 
Art. 1º. - Considera-se acidente do trabalho, para os fins da presente lei, 
toda lesão corporal, perturbação funcional ou doença produzida pelo 
exercício do trabalho ou em consequência dele, que determine a morte, ou 
a suspensão de limitação permanente ou temporária, total ou parcial, da 
capacidade para o trabalho (BRASIL, 1934). 
 
20 
 
O Decreto 24.637/34 se mostrou mais abrangente no que tange ao acidente 
do trabalho, pois tratou sobre a lesão corporal, perturbação funcional ou doença 
produzida pelo acidente de trabalho ou em consequência dele. 
Em 01 de maio de 1943 foi publicado o Decreto Lei 5.452 que aprovou a 
Consolidação das Leis do Trabalho, cujo capítulo V refere-se a Segurança e 
Medicina do Trabalho. 
Já, no ano de 1944 surgiu mais um Decreto-Lei nº. 7.036 que versou sobre a 
Reforma da Lei de Acidentes do Trabalho, e trouxe em seu art. 1º o seguinte texto: 
 
Art. 1º Considera-se acidente do trabalho, para os fins da presente Lei, todo 
aquele que se verifique pelo exercício do trabalho, provocando direta ou 
indiretamente, lesão corporal, perturbação funcional, ou doença, que 
determine a morte, a perda total ou parcial, permanente ou temporária, de 
capacidade para o trabalho (BRASIL, 1944). 
 
O Ministério do Trabalho e Emprego tem o papel, entre outros, de realizar a 
inspeção e a fiscalização das condições e dos ambientes de trabalho em todo o 
território nacional. 
A Lei nº 6.514 de 22 de dezembro de 1977 alterou o Capítulo V do Titulo II da 
Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina do trabalho. 
Neste contexto, cabe citar: 
 
Art . 157- Cabe às empresas: 
I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; 
II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às 
precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças 
ocupacionais; 
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional 
competente; (BRASIL, 1977). 
IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. 
 
Verifica-se que as empresas têm seu papel definido nesta relação acerca da 
segurança do trabalho, contudo, é oportuno destacar que os empregados também 
precisam atentar para o seu dever, e sendo assim, cita-se: 
 
Art . 158- Cabe aos empregados: 
I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as 
instruções de que trata o item II do artigo anterior; 
Il - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo. 
Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: 
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do 
item II do artigo anterior; 
21 
 
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa 
(BRASIL, 1977). 
 
No ano de 1978 foi aprovada a Portaria nº 3.214, 08 de junho de 1978, esta 
que aprovou as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da 
Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. 
Em 4 de julho de 1991 foi promulgada a Lei 8.213 que dispõe sobre os Planosde Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Nesta referida Lei foi 
contemplado questões relacionadas ao acidente de trabalho. Diante desta 
colocação, cabe citar que: 
 
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a 
serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do 
trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, 
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a 
perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o 
trabalho. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015) 
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e 
individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador. 
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de 
cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho. 
§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os 
riscos da operação a executar e do produto a manipular. 
§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os 
sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel 
cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o 
Regulamento (BRASIL, 1991). 
 
Ainda pautado na Lei 8.213/91 acrescenta-se: 
 
Art. 20.Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, 
as seguintes entidades mórbidas: 
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo 
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da 
respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência 
Social; 
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em 
função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se 
relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. 
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho: 
a) a doença degenerativa; 
b) a inerente a grupo etário; 
c) a que não produza incapacidade laborativa; 
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que 
ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou 
contato direto determinado pela natureza do trabalho. 
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na 
relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições 
especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona 
diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho 
(BRASIL, 1991). 
22 
 
É possível verificar que o acidente de trabalho engloba uma gama de 
possibilidades acerca do acidente de trabalho, e indo além, o art. 21 apresenta em 
seu texto o que também pode ser equiparado ao acidente de trabalho: 
 
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta 
Lei: 
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, 
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou 
perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija 
atenção médica para a sua recuperação; 
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em 
consequência de: 
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou 
companheiro de trabalho; 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa 
relacionada ao trabalho; 
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de 
companheiro de trabalho; 
d) ato de pessoa privada do uso da razão; 
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou 
decorrentes de força maior; 
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no 
exercício de sua atividade; 
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de 
trabalho: 
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da 
empresa; 
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar 
prejuízo ou proporcionar proveito; 
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando 
financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-
de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive 
veículo de propriedade do segurado; 
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, 
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do 
segurado. 
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da 
satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou 
durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho. 
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho 
a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se 
superponha às consequências do anterior (BRASIL, 1991). 
 
De forma geral o que é observado com base na leitura dos art. 19, 20 e 21 da 
Lei 8.213/91 é que o acidente de trabalho é contemplado de forma ampla, e assim, 
cabe destacar que tanto empregado como o empregador encontram-se 
resguardados. 
 
 
 
 
23 
 
2.3 Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e NBR – ABNT 
 
A segurança do trabalho pode ser traduzida a partir de um conjunto de 
Normas Regulamentadoras (NRs) que se constituem da legislação que atende a 
referida temática, Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional no Brasil. 
As normas regulamentadoras foram construídas na direção de eliminar ou 
erradicar as doenças ocupacionais buscando gerar maiores níveis de prevenção 
frente a ocorrência de acidentes de trabalho (SAURIM e RIBEIRO, 2000). 
As normas brasileiras possuem um escopo restrito, focando principalmente na 
implantação de medidas relacionadas às instalações físicas de segurança (guarda-
corpos ou aterramentos, por exemplo), e deixando de exigir medidas preventivas 
amplas que visem eliminar ou reduzir os riscos nas suas origens. 
A Norma Regulamentadora 18 versa sobre as condições e meio ambiente de 
trabalho na Indústria da Construção, assim como estabelece diretrizes de ordem 
administrativa, de planejamento de organização, que objetivem a implementação de 
medidas de controle e sistemas preventivo de segurança nos processos, nas 
condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil. 
Neste cenário, pode-se ainda citar a NBR 14280/2000 da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que versa sobre o Cadastro de acidente do 
trabalho - Procedimento e classificação os acidentes, onde destaca-se que os 
acidentes são por três fatores, sendo: 
 Fator pessoal de insegurança ou fator pessoal: causa relativa ao 
comportamento humano, que pode levar à ocorrência do acidente ou prática 
do ato inseguro. Ex:. Falta de conhecimento, falta de experiência ou de 
especialização, fadiga, alcoolismo e toxicomania, etc. 
 Ato inseguro: ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, 
pode causar ou favorecer a ocorrência de acidente. Ao ato inseguro é a causa 
fundamental da maioria dos acidentes. Alguns estudiosos atribuem percentual 
superior a 90% aos fatores ligados à falha humana. Ex:. Usar equipamento de 
maneira imprópria, usar material ou equipamento fora de sua finalidade, 
sobrecarregar (elevadores, andaimes, veículos, etc.), trabalhar ou operar à 
velocidade insegura, correr, saltar de ponto elevado de veículo ou de 
plataforma, etc. 
24 
 
 Condição ambiente de segurança (condição ambiental insegura): é a 
condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para que o mesmo 
ocorresse. Incluem desde a atmosfera do local de trabalho até as instalações, 
equipamentos, substâncias e métodos de trabalho empregados. 
Apensar do respaldo acerca do acidente de trabalho se configurar enquanto 
amplo, este ainda é uma realidade que preocupaambos os lados, ou seja, 
empregados e empregadores. E tendo como recorte o cenário da construção, torna-
se pertinente sinalizar como o acidente de trabalho vem sendo observador por este 
referido setor. 
 
2.4 O acidente de trabalho na Construção Civil 
 
 
A temática segurança do trabalho, na atualidade, é compreendida de forma 
ampla, e deve ser uma orientação em todos os ramos de trabalho desenvolvidos na 
sociedade, tendo como ponto principal a busca de soluções e estratégias que 
consigam eliminação dos riscos de acidentes. 
Com base nos ensinamentos de Peixoto (2010) destaca-se que o acidente do 
trabalho é todo aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, 
provocando lesão corporal, perturbação funcional doença que cause a morte, perda 
ou redução permanente ou temporária de condições para o trabalho. 
De acordo com Silveira, Robazzi, Walter e Marziale (2005, p.39) ―a Indústria 
da Construção Civil (ICC) mantém elevados índices de Acidentes de Trabalho (AT) 
apesar de esforços governamentais, empresariais e sindicais no sentido de reduzi-
los.‖ 
Para além, vale ainda acrescentar que no tocante a construção civil, ―grande 
parte dos canteiros de obra com ordem e limpeza deficientes, diante do acúmulo de 
materiais pontiagudos, escombros e outros, além da falta de dispositivos de 
proteção ao acesso da obra, rampas e passarelas‖ (SILVEIRA, ROBAZZI, WALTER 
e MARZIALE, 2005, p.40). 
De acordo com a Fundacentro (1980) existem duas causas observadas como 
as principais no que tange ao acidente de trabalho, sendo: 
1. Causas objetivas: englobam as causas que se vinculam aos métodos e 
utensílios de trabalho. São as condições inseguras de trabalho colocam em 
25 
 
risco as maquinas, os equipamentos e a integridade física e mental de 
trabalhador; 
2. Causas subjetivas: englobam as causas que dependem da pessoa do 
trabalhador. São os atos inseguros que, conscientes ou não podem provocar 
algum dano a ele ou mesmo às máquinas e aos materiais e equipamentos. 
Ademais, pode-se ainda identificar alguns dos principais fatores que levam a 
atos inseguros ou condições inseguras no cenário da construção civil, sendo 
observado no quadro 1: 
Quadro 1: Principais fatores de inseguros ou condições inseguras 
 
Fonte: FUNDACENTRO (1980). 
 
O quadro 1 conseguiu expressar de forma resumida como diversos fatores 
que não observados, ou negados pela empresa e pelo próprio funcionário podem ser 
decisivos para a ocorrência de acidentes de trabalho no cenário da construção civil. 
De acordo com Damasceno (2005, apud Moreira, 2015) diversos estudos 
informam que a maioria dos acidentes e das doenças decorrentes do trabalho 
ocorrem, principalmente por: 
26 
 
 Falta de planejamento e gestão gerencial compromissada com o assunto; 
 Descumprimento da legislação; 
 Desconhecimento dos riscos existentes no local de trabalho; 
 Inexistência de orientação, ordem de serviço ou treinamento adequado; 
 Falta de arrumação e limpeza; 
 Inexistência de avisos, ou sinalização sonora ou visual sobre os riscos; 
 Prática do improviso (jeitinho brasileiro) e pressa; 
 Utilização de máquinas e equipamentos ultrapassados ou defeituosos; 
 Utilização de ferramentas gastas ou inadequadas; 
 Iluminação deficiente ou inexistente; 
 Utilização de escadas, rampas e acessos sem proteção coletiva adequada; 
 Utilização de instalações elétricas precárias ou defeituosas; 
 Presença de ruídos, 
 Presença calor excessivos; entre outros. 
Entende-se que com o passar do tempo, a busca pela diminuição dos 
acidentes de trabalho, e consequentemente, a proteção ao trabalhador tem sido 
cada vez mais evidenciada e trabalhado no campo de inserção destes, uma vez que 
existe de forma ampliada a preocupação com a segurança dos trabalhadores, onde 
pode-se dar ênfase ao universo da construção civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
3 A PREVENÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
A prevenção é fundamental para que não ocorra acidente de trabalho. Ao 
pensar sobre acidentes e a construção civil pode-se ampliar a compreensão sobre 
essa temática ao trazer ao texto ações que podem contribuir para que o acidente 
seja evitado, assim como, destaca-se o papel da Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes (CIPA) nas empresas. 
 
 
3.1 A segurança do trabalho é fundamental para a prevenção de acidentes 
 
 
Para que os acidentes de trabalho sejam de fato evitados, ou seja, para que o 
risco de acidentes seja considerado nulo, é preciso atentar para o trabalho de 
prevenção de acidentes que toda empresa deve ter. 
Logo, abordar a temática da segurança do trabalho se traduz como um ponto 
de suma importância para qualquer atividade desenvolvida na atualidade. Assim, 
pode-se apontar inicialmente que ―a preocupação com a segurança e a saúde do 
trabalhador é um tema que vem sendo discutido há muito tempo‖ (MACEDO, 2008, 
p.63). 
Ao discorrer sobre a segurança do trabalho, cabe citar que: 
 
Segurança do trabalho é o conjunto de ações planejadas e tecnológicas que 
buscam a proteção do trabalhador em seu local de trabalho, no que se 
refere à questão da segurança e da higiene do trabalho, com a finalidade de 
prevenir riscos de acidentes nas atividades de trabalho visando à defesa da 
saúde da pessoa humana (MALTA, 2004, p.44). 
 
Logo, é importante discorrer sobre o acidente no trabalho para que a 
segurança do trabalho possa ser percebida como essencial a dinâmica cotidiana de 
trabalho, e desta forma indica-se a necessidade constante da implantação/ 
manutenção de um plano de trabalho preventivo aos riscos à saúde. 
 
 
 
28 
 
3.1.1 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) 
 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) atualmente está 
regulamentada pela CLT em seus arts. 162 a 165, e pela NR-5. Pode-se destacar 
que a CIPA é obrigatória para as empresas com mais de 20 colaboradores. 
De acordo com Costa et al. (2012): 
 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), regulamentada pela 
Norma Regulamentadora 5 (NR5), é um mecanismo para prevenir acidentes 
e doenças do trabalho, tornando compatível a execução do serviço com a 
preservação da integridade física e a saúde do trabalhador (COSTA et al., 
2012, p.105). 
 
Ferreira e Peixoto (2012) apontam que a CIPA é um grupo de pessoas 
composto por representantes dos empregados e do empregador, especialmente 
preparados para colaborar na prevenção de acidentes. Salienta-se que a CIPA 
considera que o acidente de trabalho é fruto de causas que podem ser eliminadas 
ou atenuadas. 
Para além, cabe trazer ao texto a informação de que: 
 
A CIPA foi criada na década de 1940, pelo Governo Federal, com o objetivo 
de reduzir o grande número de acidentes de trabalho nas indústrias. O 
objetivo dessa união é encontrar meios e soluções capazes de oferecer 
mais segurança ao local de trabalho e ao trabalhador (FERREIRA e 
PEIXOTO, 2012, p.102). 
 
Para compreender o processo de eleição da CIPA destaca-se que este deve 
seguir as seguintes condições, conforme indica a NR-5: 
 
a) Publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no 
prazo mínimo de 55 (cinquenta e cinco) dias antes do término do mandato em 
curso; (205.043- 9/ I3) 
b) Inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será 
de quinze dias; (205.044-7/ I3) 
c) Liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, 
independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de 
comprovante; (205.045-5/ I3) 
d) Garantia de emprego paratodos os inscritos até a eleição; (205.046-3/ I3) 
29 
 
e) Realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do 
mandato da CIPA, quando houver; (205.047-1/ I3) 
f) Realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de 
turnos e em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados. 
(205.048-0/ I3) 
g) Voto secreto; (205.049-8/ I3) 
h) Apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento 
de representante do empregador e dos empregados, em número a ser 
definido pela comissão eleitoral; (205.050-1/ I3) 
i) Faculdade de eleição por meios eletrônicos;( 205.051-0/ I3) 
j) Guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por 
um período mínimo de cinco anos. (205.052-8/ I3). 
 
No tocante ao cenário da construção civil, destaca-se que no ano de 1995, a 
Portaria n⁰ 4 de 4 de julho, determinou a mudança da NR-18, que passou a ser 
intitulada Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Logo, 
essa referida NR passou a contemplar item específico (18.33) para o 
dimensionamento da CIPA, nesse ramo de atividade (COSTA et al., 2012). 
 
3.2 Tipos de prevenção de acidente na construção civil 
 
Pensar sobre a prevenção de acidentes na construção civil requer também 
compreender que diversas ações podem ser realizadas pelas empresas. Assim, 
deve-se atentar que é preciso ter como base que a prevenção se traduz como mais 
efetiva do que a correção de qualquer problema posterior a um acidente. 
Logo, investir em treinamento é um ponto de destaque. Posteriormente, pode-
se apontar para a compra de equipamentos de segurança individual contribui de 
maneira ampliada para que acidentes sejam evitados, ou que sejam minimizados. 
Ações voltadas para a prevenção são observadas como sinônimo de 
economia em longo prazo para as empresas (LOPES e LOBATO, 2014). 
Os impactos causados pelo acidente de trabalho causam rebatimentos em 
diversos cenários, assim como, apresentam uma relação com o setor da construção 
civil no Brasil. 
 
30 
 
3.3 O impacto econômico dos acidentes de trabalho na construção civil 
 
Aos poucos, as grandes empresas vêm entendendo que a preocupação com 
a segurança e saúde do trabalhador não possui apenas um viés humano, mas 
também, um aspecto econômico-financeiro e crucial para manutenção e sobrevida 
da empresa. 
As altas taxas de acidentes expõem elevados custos e prejuízos não apenas 
ao trabalhador, onde outro aspecto também se faz presente, sendo o econômico que 
custam muito para o País, considerando apenas os dados do trabalho formal. 
Salienta-se que mais de 800 trabalhadores do setor da Construção Civil 
morrem todos os anos devido a acidentes de trabalho, ou seja, enquanto exercem 
suas funções. E como maior indicativo de causa-morte de todas as atividades de 
produção de obras as quedas ainda são responsáveis por uma em cada três mortes, 
de trabalhadores1. 
De acordo com Figueiras (2015) a participação da construção civil no total de 
acidentes fatais passou de 10,1%, em 2006, para 16,5%, em 2013. O risco de um 
trabalhador morrer na construção é mais do que o dobro da média do mercado de 
trabalho. 
Pode-se indicar os dez tipos de acidentes2 mais comuns na construção civil, 
sendo: 
1 Violência e Brigas no Ambiente Trabalho; 
2 Distensões Musculares; 
3 Exposição de Ruídos Intensos; 
4 Objetos em quedas; 
5 Impactos de veículos; 
6 LER (lesões por esforço repetitivo); 
7 Corte e Laceração; 
8 Alergia e Complicações; 
9 Tombos; 
10 Picadas de inseto e bichos peçonhentos. 
 
 
1
Informações disponíveis em: http://www.aplequipamentos.com.br/acidentes-na-construcao-civil-
como-evitar-esse-risco-fatal Publicado em: 15 de maio de 2013. Acesso em: 28-10-2016. 
2
 Informações disponíveis em: http://blog.inbep.com.br/os-10-acidentes-comuns-na-construcao-civil/ 
Publicado em 10 de maio de 2016. Acesso em: 28-10-2016. 
 
31 
 
As motivações dos acidentes são distintas, tendo em vista que a construção 
civil abrange um amplo cenário de atuação, podem ser uma abra para construir uma 
casa, assim como um terreno maior para a construção de um condomínio de 
prédios. 
Outro ponto relevante sobre o impacto econômico devido aos acidentes de 
trabalho na construção civil se relacionam diretamente com os custos, e neste 
cenário pode-se apontar com base nos ensinamentos de Moreira (2015) que: 
acidente de trabalho gera diversos prejuízos a empresa, e assim os custo podem ser 
compreendidos como direto ou segurado, que é o recolhimento mensal feito à 
Previdência Social, para pagamento do seguro contra acidentes de trabalho e que 
visa garantir uma das modalidades de benefícios estabelecidos pela legislação da 
previdência; e, custo indireto ou não segurado. 
Desta forma, Damasceno (2005, apud Moreira, 2015), entende que os 
acidentes não segurados impactam a empresa principalmente nos seguintes itens: 
 Salário dos quinze primeiros dias após o acidente; 
 Transporte e assistência médica de urgência; 
 Paralisação de setor, máquinas e equipamentos; 
 Comoção coletiva ou do grupo de trabalho; 
 Interrupção da produção; 
 Prejuízos ao conceito e à imagem da empresa; 
 Destruição de máquina, veículo ou equipamento; 
 Danificação de produtos, matéria-prima e outros insumos; 
 Embargo ou interdição fiscal; 
 Investigação de causas e correção da situação; 
 Pagamento de horas-extras; 
 Atrasos no cronograma de produção e entrega; 
 Cobertura de licenças médicas; 
 Treinamento de substituto; 
 Aumento do prêmio de seguro; 
 Multas e encargos contratuais; 
 Perícia trabalhista, civil ou criminal; 
 Indenizações e honorários legais; e 
 Elevação de preços dos produtos e serviços. 
32 
 
Ainda no tocante aos impactos econômicos, podem ser destacados os 
benefícios gerados por acidentes de trabalho sendo estes: 
 Auxílio Doença por Acidente de Trabalho; 
 Aposentadoria por Invalidez por Acidente de Trabalho; 
 Pensão por Morte por Acidente de Trabalho; 
 Auxílio Acidente; 
 Auxílio Suplementar Acidente de Trabalho. 
Os custos dos benefícios acima citados são financiados a partir da 
contribuição referente à alíquota de Seguro de Acidentes de Trabalho (SAT) 
calculada com base na massa salarial do estabelecimento e que varia entre 1%, 2% 
e 3% de acordo com a atividade do estabelecimento (CECHUN, 2002). 
O gasto do INSS com benefícios devido a acidentes e doenças do trabalho e 
aposentadorias especiais foi da ordem de R$ 15,9 bilhões/ano. Adicionando 
despesas de custo operacional do INSS e as despesas na área da saúde o custo 
global atinge valor de R$ 63,60 bilhões. O valor gasto pelos cofres públicos mostra a 
urgência em criação de políticas públicas voltadas à prevenção e proteção contra os 
riscos relativos às atividades do trabalho. 
Os custos devido ao acidente de trabalho estão em evidência na sociedade, 
uma vez que a prevenção precisa ser um ponto ampliado. Custo por acidente 
remete diretamente a prejuízos nas organizações e gastos na previdência, assim: 
 
Os custos provocados pelos acidentes de trabalho causam prejuízos a toda 
sociedade. Parte dos impostos pagos é destinada para arcar com os 
acidentes, ao invés ser para investimentos no país em outros setores. A 
empresa, que perde mão de obra e tem sua imagem comprometida, além 
da queda na produtividade durante o período de acomodação e assimilação 
da ocorrência, e os gastos diretos (pagamento de seguros, indenizações, 
tratamento médico). O governo também perde com pagamento de pensões 
e, como consequência,tem a efetivação de suas políticas frustradas pela 
alocação de verbas para pagamento de pensões e aposentadorias 
precoces
3
. 
 
 O acidente de trabalho, conforme já indicado tende a gerar diversos 
rebatimentos para os empregados e empregadores, indo além, essa relação acaba 
por prejudicar também a sociedade de maneira geral. Assim, a figura 01 exemplifica 
claramente essa colocação: 
 
3
 Informações disponíveis em: http://pmkb.com.br/artigo/estouro-no-orcamento-devido-a-falta-de-
seguranca-do-trabalho/ Acesso em: 10-11-2016. 
33 
 
Figura 2: Custos do acidente para a sociedade, empregado e empresa. 
 
Fonte: Site PMKB (2014) 
 
 Os três pontos abordados na figura 01 se relacionam na atualidade de forma 
ampliada, ou seja, sociedade, empregados e empregadores são prejudicados com a 
ocorrência de acidentes de trabalho, o que, consequentemente, gera prejuízo 
econômico para ambos. 
 
3.3 Principais ações que podem prevenir acidentes na construção civil 
 
Para que seja possível indicar ações que atentem para a prevenção de 
acidentes na construção civil, deve-se inicialmente apontar que o a utilização dos 
equipamentos de proteção individual é essencial para todo trabalhador que esteja 
inserido neste universo. Sendo assim, cabe citar que ―os equipamentos de proteção 
individual (EPI) mais usados são os capacetes e luvas.‖ (SILVEIRA, ROBAZZI, 
WALTER e MARZIALE, 2005, p.40). 
Contudo, outros diversos equipamentos devem constar neste cenário, e em 
sua maioria são negligenciados, ora pelos funcionários, ora pelos próprios 
empregadores, apensar de todos constarem nas normas de segurança. Assim, 
34 
 
equipamentos como protetores auriculares e faciais, os cintos de segurança e os 
sapatos especiais tendem a ficar esquecidos. 
Ainda com base nos ensinamentos de Silveira, Robazzi, Walter e Marziale 
(2005, p.40) é possível apontar que: 
 
Na fase mais demorada da construção (trabalho em concreto armado), 
frequentemente há quedas nas beiras de lajes, choques elétricos causados 
por vibradores e até por fios de alta tensão, além de queda de materiais nas 
áreas junto às fachadas. 
 
Indo além, destaca-se que a busca pela redução de acidentes deve contar 
com ações preventivas. Ou seja, é preciso que as empresas entendam que para 
reduzir o acidente de trabalho deve-se primeiramente desenvolver e investir em 
ações dentro dos próprios canteiros de obras, uma vez que um erro, descuido ou até 
mesmo um engano cometido por um profissional tende a desencadear múltiplas 
consequências, ou até mesmo, perdas que são consideráveis irreparáveis tanto no 
campo material como físico. 
Logo, a principal ação que pode ser tomada é a distribuição dos 
equipamentos de proteção individual para todos os funcionários, dentro é claro da 
necessidade especifica de cada função. 
Posteriormente, a ação seguinte deve ser entendida como a conscientização 
da importância do uso dos EPIs, tanto para os funcionários, como para as empresas, 
que precisam seguir as normas regulamentadoras, evitando assim, acidentes e 
multas. 
A capacitação dos funcionários para o uso dos EPis, pode ocorrer através de 
cursos e palestras, que não devem ser prolongadas para que o foco não seja 
perdido, e os funcionários não de distraiam diante do tema. 
O técnico de segurança do trabalho também é percebido como um elo 
fundamental quando a empresa busca desenvolver ações de prevenção de 
acidentes, pois este é o profissional que estará atento a essa realidade. Sendo 
assim, é indicado que este busque capacitar-se sempre diante das modificações no 
cenário da indústria da construção civil e assim, possa observar, orientar e apontar 
mudanças que venham a contribuir para o cotidiano das obras, tendo como base o 
cuidado com os funcionários. 
35 
 
Como a temática versa exclusivamente sobre o acidente de trabalho no 
universo da construção civil, destaca-se que o mestre de obras também exerce 
papel importante dentro do campo da prevenção de acidentes no canteiro de obra, 
pois este profissional estará mais próximos dos funcionários que trabalham 
diretamente na construção. Ou seja, este deve ser treinado também pela empresa 
no que tange aos equipamentos de proteção, para que possa cobrar o uso dos seus 
subordinados. 
De forma geral, torna-se válido pontuar que ―os acidentes, em sua grande 
maioria, são previsíveis, sendo por isso evitável. Algumas medidas simples, uma vez 
adotadas, são suficientes para reduzir consideravelmente o número de acidentes de 
trabalho em uma empresa‖ (MACEDO, 2012, p.118). 
Diante dos apontamentos acerca da necessidade de ações preventivas no 
cenário da indústria da construção civil, cabe ainda sinalizar o que as empresas 
estão promovendo como prevenção na atualidade. 
 
3.3.1 Promovendo a prevenção: um olhar sobre as ações das empresas 
 
Neste espaço será apresentado alguns pontos sobre como promover a 
prevenção de acidentes no campo da construção civil. Inicialmente, pode-se pensar 
na contratação do funcionário, tendo em vista que este é um momento importante, 
onde o mesmo pode e deve ser informado além da função que irá exercer, sobre a 
necessidade de desenvolver o seu trabalho de maneira consciente, que não 
prejudique a si ou a equipe em que estará inserido, dando ênfase neste momento 
para o ensino da utilização dos equipamentos de segurança individual. 
O material didático é considerado um bom aliado neste espaço, pois ao trazer 
a foto, a descrição e como manusear e usar contribui de forma ampla para que o 
profissional não tenha dúvidas sobre a sua utilização. 
 Cartilhas ilustradas; 
 Palestras sobre o uso dos equipamentos de proteção individual; 
 Palestras sobre o uso de equipamentos de proteção coletiva; 
 Cursos de curta duração sobre o impacto do acidente de trabalho na 
construção civil; 
 Investimento das empresas em segurança do trabalho; 
36 
 
 Manter equipamentos de proteção tanto individual como coletivos em perfeito 
estado, não utilizando ou fazendo com que o funcionário utilize equipamento 
danificado que possa vir a provocar algum acidente, e/ou não o proteja na 
ocorrência de acidente de trabalho. 
Todas as medidas apresentadas se configuram como simples e de fácil 
aplicação, entretanto, exigem comprometimento tanto por parte da organização 
como dos funcionários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
CONCLUSÃO 
 
A prevenção de acidentes de trabalho nas empresas é fundamental. 
Entretanto, no tocante a construção civil, este ainda é um quadro que precisa ser 
amplamente trabalhado para que mudanças significativas possam ocorrer, tendo em 
vista que a literatura mostrou que ainda na atualidade os índices de acidentes ainda 
encontram-se altos. 
As ações prevencionistas devem ser compreendidas com um ganho para a 
empresa e para os trabalhadores, uma vez que evitar acidentes, ou seja, prevenir 
que estes possam ocorrer, é essencial quando observado na perspectiva de valor da 
vida do trabalhador, assim como quando observado sobre a perspectiva econômica 
para as empresas. 
Assim, o investimento em ações que promovam a prevenção de acidentes é 
fundamental, pois, contribuem diretamente com diversos fatores como: a redução de 
custos, a proteção da integridade dos trabalhadores, a prevenção de prejuízos que 
podem ser contabilizados por danos de valor financeiro ou danos a saúde do 
trabalhador, o aumento de produtividade sem riscos de acidentes, assim como, a 
não existência do acidente de trabalhocontribui diretamente para a imagem 
empresarial. 
Ao tratar sobre a temática dos acidentes de trabalho na indústria da 
construção civil, pode-se verificar também que os custos do acidente geram 
rebatimentos tanto para a sociedade, assim como para o empregado e a empresa. 
De maneira geral, o prejuízo econômico é verificado como algo ampliado ao atentar 
para os três pontos atingidos: sociedade, empregados e empregadores. 
Logo, a prevenção precisa ser um ponto ampliado, pois, o impacto econômico 
dos acidentes de trabalho na construção civil remete diretamente a prejuízos nas 
organizações e gastos na previdência social. 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
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