Buscar

Farmacologia - resumos

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Farmacologia/1.ANTIPARASIT�RIOS.pdf
ANTIPARASITÁRIOS: 
 
O que são antiparasitários (AP)? 
# Compostos que atuam sobre os parasitas 
 Podem atuar: 
– Apenas numa espécie de parasitas; 
– Grupos de parasitas relacionados entre si; 
– Numa ampla variedade de parasitas 
 
Propriedades de um AP ideal 
• Largo espectro de atividade; 
• Não tóxico na dose terapêutica; 
• Grande margem de segurança; 
• Metabolismo e excreção rápidas; 
• Não deve deixar resíduos; 
• De fácil administração; 
• Boa relação custo eficácia. 
 
Vias de administração de AP 
• Per os: fórmulas farmacêuticas liquidas, pastas, gel, comprimidos, grânulos, 
alimentos medicamentoso, fórmulas de libertação lenta intra-ruminais; 
• SC e IM: injetáveis geralmente em frascos de rolha perfurável 
• Tópicos: sob a forma de pour-on, spot-on e banhos 
 
Programas antiparasitários estratégicos 
Devem ser elaborados individualmente para cada exploração tendo em conta: 
- Localização geográfica; 
- Condições climáticas; 
- Infeções parasitárias anteriores; 
- Ecologia do sistema de produção; 
- Espécies parasitárias alvo; 
- Conhecimento da biologia e ciclo de vida dos parasitas. 
 
• Ruminantes: 
- AP de largo espectro, intervalos regulares; 
- Desparasitação dos animais antes da entrada numa nova pastagem; 
- Nas alturas de maior stress (desmame, descorna, …) 
• Cavalos 
- AP de largo espectro, intervalos regulares (entre 6 e 12 semanas), dependendo das 
condições de produção; 
- Desparasitação dos animais antes da entrada numa nova pastagem; 
- Uso de AP eficazes contra as larvas de ciastostomíneos enquistados na mucosa 
intestinal, 1 a 2 vezes por ano. 
 
Como avaliar a eficácia dos programas de desparasitação? 
- Realizar cropologias periódicas. 
• Importância da sua realização: 
- Detetar resistências; 
- Detetar infeções parasitárias que não são cobertas pelo programa. 
 
Antiparasitários: 
Antihelmínticos 
(AH) 
 
Modo de ação: 
• Interferem 
com o 
metabolismo 
energético do 
parasita, 
impedindo a 
síntese de ATP 
• Interferem 
com a 
transmissão 
neuromuscular 
causando 
paralisia do 
parasita 
Piperasinas 
 
Citrato, cloreto, 
dihidrocloreto, fosfato, 
sulfato 
 
 Mecanismo de ação: inibe a síntese de ATP • 
Absorção: porção anterior do ID • 
Metabolização: hepática 
 Excreção: renal 
 Toxicidade: baixa 
 Sem intervalo de segurança 
 Indicações: 
 Cão e Gato: Toxocara spp e 
Toxascaris spp. 
 Aves: Ascaridia spp e Ascaris spp 
 Suínos: Ascaris suum, 
Oesophagostomum spp 
 Equinos: Parascaris sp, Oxyuris sp, 
“pequenos e grandes estrongilos” 
Benzimidazois 
 
 
 
Tiabendazol 
 Mecanismo de Ação: Inibe a 
produção de energia pelo 
parasita 
 Absorção: bem absorvido pelo 
TGI 
 Metabolização: hepática 
 Excreção: renal e fecal 
 Seguro: são-lhe atribuídas ações 
antifúngicas 
 São mais eficazes em 
ruminantes e equinos 
 Ruminantes: 
Nematodes GI 
(exceto Trichuris 
sp) 
 Equinos: 
Trichostrongylus 
axei; 
Srtongyloides 
westeri e Oxyuris 
equi 
 
 
 
Mebendazol 
 Mecanismo de Ação: Interfere 
na formação dos microtúbulos 
 Absorção: bem absorvido no 
TGI 
 Metabolização: baixa 
 Excreção: na forma quase 
intacta por via renal e fecal 
 Efeitos teratogénicos 
 
 
 Espectro de ação: 
 Cão e gato: 
Ascarídeos, 
Ancilostomideos, 
Trichuris sp, cestodes 
 Ruminantes: Trichuris 
ovis 
 Aves: Ascaridia gali, 
Heterakis sp, 
Syngamus sp, 
Capillaria sp 
 Exemplo: Seponver plus® 
(mebendazol + closantel) 
Febendazol  Mecanismo de Ação: inibe a 
produção de energia 
 Absorção: bem absorvido no 
TGI 
 Metabolização: dá origem a 4 
metabolitos, um dos quais o 
oxfendazol que tem também 
actividade antiparasitária 
 Excreção: renal e fecal 
 Grande margem de segurança 
 Espectro de acção: 
 Ruminantes: 
nemátodes GI, 
nemátodes 
pulmonares e 
Moniezia 
 Equinos: Parascaris 
sp, Oxyuris sp, 
“pequenos e 
grandes 
estrongilos” 
 Cão: Toxocara sp, 
Ancylostoma sp, 
Uncinaria sp, 
Trichuris sp, Taenia 
sp. 
 Exemplo: Panacur® 
Albendazol  Mecanismo de Ação: inibe a 
produção de energia 
 Absorção: bem absorvido no 
TGI 
 Metabolização: metabolizado 
em sulfóxido de albendazol 
 Excreção: renal 
 Toxicidade: efeitos 
teratogénicos 
 Espectro de ação: nematodes 
GI, Dictyocaulus, Fascíola 
hepática, Moniezia sp. 
Oxfendazol  Mecanismo de Ação: inibe a 
produção de energia 
 Absorção: bem absorvida no TGI 
 Excreção: renal nos 
monogástricos, fecal nos 
poligástricos 
 Toxicidade: grande margem de 
segurança 
 Espectro de ação: 
 Ruminantes: 
Nematodes GI, 
Dictyocaulus, 
Moniezia 
 Equinos: Parascaris 
sp, Oxyuris sp, 
“pequenos e 
grandes 
estrongilos” 
 Exemplo: Syztamex® 
Oxibendazol  Espectro de ação: 
 Cão: 
Toxocara sp, 
Ancylostoma 
sp, Uncinaria 
sp, Trichuris 
sp 
 Ex: 
Vitaminthe® 
(Oxibendazol 
+ 
niclosamida) 
 Equino: 
Parascaris 
sp, Oxyuris 
sp, 
“pequenos e 
grandes 
estrongilos” 
Probenzimidazois  Febantel: metabolizado no fígado em 
fenbendazol e axfendazol 
Ex: Zipyran plus® (febantel, pirantel e 
praziquantel) e Drontal plus® (febantel e 
praziquantel) 
 Netobimin: metabolizado em albendazol 
Ex: Hapasil® 
 As resistências são cruzadas entre 
benzimidazois e probenzimidazois 
Imidazotiazois 
 
(Levamisol e 
Tetramisol) 
 Mecanismo de Ação: inibe a produção de 
energia 
 Absorção: bem absorvido no TGI 
 Excreção: renal (40%) e fecal 
 Toxicidade: margem de segurança estreita - 
RESPEITAR DOSES INDICADAS 
 Tem efeito imunomodulador: 
 Aumenta o número e atividade 
dos linfócitos T e macrófagos 
 Estimula a produção de 
anticorpos – Inibe o 
crescimento de alguns tumores 
Tetrahidropirimidazois 
 
Pirantel  
 
 
 
 
 
 
Tartarato de Morantel 
 
 É comercializado em forma de 3 sais: pamoato, 
emboato e tartarato de pirantel (Ex: Strongid 
cão, gato e cavalo) 
 Absorção: bem absorvido no TGI 
 Eliminação: renal e fecal 
 Toxicidade: grande margem de segurança 
 Espectro de ação: 
 Cão e gato: Toxocara sp, 
Toxascaris sp, Ancylostoma sp, 
Uncinaria sp 
 Equinos: Parascaris sp, Oxyuris 
sp, “pequenos e grandes 
estrongilos” 
 
 É usado como aditivo alimentar ou em dose 
única 
 Ruminantes: Nemátodes GI (apenas formas 
adultas) 
 Ex.: Rumantel ® 
Organofosfatos 
 
 Mecanismo de Ação: bloqueiam a 
despolarização neuromuscular 
Diclorvos e Triclorfon  Absorção: bem absorvido no TGI 
 Metabolização: são inativados a nível hepático 
 Excreção: renal e fecal 
 Toxicidade: Margem de segurança pequena 
 Contraindicações: não usar em animais 
debilitados, com problemas do TGI, 
insuficiência hepática, insuficiência renal ou 
doenças infeciosas 
Lactonas macrocíclicas 
 
 
2 grupos: 
Avermectinas e 
Milbemicinas 
 São produtos naturais resultantes da 
fermentação da bactéria Streptomyces 
 Mecanismo de Ação: modulam atividade dos 
canais de cloreto do SN inibindo a atividade 
elétrica das células nervosas e musculares 
 São as moléculas que mais se aproximam do 
AH ideal 
 Espectro de atividade alargado:
nematodes e 
artrópodes (não tem atividade contra céstodes 
ou tremátodes) 
 Muito eficientes em doses terapêuticas muito 
pequenas 
 Margem de segurança grande 
 Algumas têm intervalo de segurança zero 
Ivermectinas 
 Administração: PO, SC e percutânea 
 Distribuição: rápida e praticamente a todos os 
tecidos, onde permanece 2 a 4 semanas 
 Metabolização: hepática (95%) 
 Excreção: renal e fecal (+) 
 Não deve ser usado em animais em lactação 
 Toxicidade: Grande margem de segurança 
 Cuidado: reações adversas na raça Collie e 
cruzamentos (Ex: Ivomec®, Heartgard®, 
Eqvalan®) 
 Equino: Parascaris sp, Oxyuris sp, “pequenos e 
grandes estrongilos”, Trichostrongylus sp, 
Dictyocaulus sp, Onchocerca sp, Gasterophilus 
sp, Habronema sp. 
 Ruminantes: Nemátodes GI e pulmunares 
(excepto Trichuris sp, Nematodirus sp e 
Muellerius sp) 
 Cão: Dirofilaria immitis, Toxocara sp, Toxasxaris 
sp, Ancylostoma sp, Uncinaria sp.  Usados no 
tratamento de sarnas 
 Suínos: nemátodes GI e pulmonares, 
ectoparasitas 
Doramectina 
 Em tudo semelhante à ivermectina 
 Só tem indicação para suínos e ruminantes 
 Espectro de ação: semelhante (Ex: Dectomax®) 
Milbemicina 
 Só está indicada para uso no cão 
 Dirofilaria immitis (prevenção), Toxocara sp, 
Trichuris sp, Ancylostoma sp, Demodecose 
juvenil (Ex. Interceptor® Eprinomectina) 
 Apenas utilizada em bovinos carne/leite 
 Só existe na forma pour on 
 Espectro de ação: idêntico às moléculas 
anteriores 
 Pode ser utilizada em animais em lactação (Ex. 
Eprinex®) 
Moxidectina 
 Utilizada em ruminantes, equinos e cão 
 Espectro de ação: idêntico às moléculas 
anteriores Ex: Equest® 
Selamectina 
 Utilizada em cão e gato 
 Espectro de acção: Dirofilaria immitis 
(prevenção), Toxocara sp, Ancylostoma sp, 
ectoparasitas: pulgas e sarna sarcóptica e 
otodécica (Ex. Stronghold®) 
 
 
 
 
 
Arsenicais 
 Compostos usados no tratamento da 
Dirofilariose 
Tiacetasamida sódica 
 Eficaz contra adultos de Dirofilaria immitis 
 Administração: exclusivamente por via EV 
 Toxicidade: Nefrotóxico e hepatotóxico 
 Reações adversas: inflamação e dano tissular se 
ocorrer infiltração perivascular 
Melarsomina sódica 
 Eficaz contra adultos de Dirofilaria immitis e L5 
 Administração: IM profunda 
 Toxicidade: menos tóxico que a Tiacetasamida 
sódica (Ex. Immiticide®) 
Antiparasitários 
contra céstodes 
Niclosamida  Mecanismo de Ação: inibição de absorção da 
glicose e bloqueio do ciclo de krebs 
 Administração: P.O. 
 Absorção: mal absorvido no TGI 
 Cão e gato: Taenia sp, Dipylidium caninum 
 Não é usado em ruminantes, equinos e aves 
(Ex: Vitaminthe®) 
Praziquantel  Mecanismo de Ação: Inibição da absorção da 
glicose; Desintegra o tegumento do parasita; 
Aumento do fluxo de Ca para o interior do 
parasita; Tenicida 
 Administração: PO, SC e IM 
 Absorção: rápida no TGI 
 Excreção: biliar 
 Toxicidade: grande margem de segurança Ex. 
Tenil-vet®, Drontal®, Paraquistel® 
Benzimidazois  Mebendazol: Tx do quisto hidático 
 Albendazol: Moniezia spp. 
 Oxfendazol: Moniezia spp. 
 Ex: Febantel, netobimin 
Antiparasitários 
contra 
tremátodes 
Rofozamida  Ação sobre Fascíola hepática, formas imaturas 
(6-10 sem) 
Oxiclosamida  Ação sobre Fascíola hepática, formas imaturas 
(8- 10 sem) 
Diamfenetida  Ação sobre Fascíola hepática adulta e formas 
imaturas (1-9 sem) 
 100%, formas imaturas (>12 sem) – 70% 
 Também tratamento de Dicrocoelium 
dentriticum 
Closantel  Fascíola hepática formas hepáticas adultas e 
imaturas (6 sem) 
Clorsulon  Fascíola hepática formas adultas e imaturas (6 
sem) 
Benzimidazois  Albendazol – Fascíola hepática, adultos e 
formas imaturas >8 sem 
 Triclabendazol – só atua em tremátodes, 
formas adultas e imaturas 
 
 
Farmacologia/2.F�rmacos do Aparelho Digestivo.pdf
Fármacos do Aparelho Digestivo 
1. Estimulantes do apetite; 
2. Antiácidos e antiulcerosos; 
3. Modificadores da motilidade gastrointestinal; 
4. Digestivos e eupépticos; 
5. Outros. 
 
1. Estimulantes do apetite 
a) Tónicos amargos 
- Noz vómica; 
- Genciana. 
b) Ácido cítrico 
c) Vitaminas do complexo B 
d) Corticosteróides e esteróides anabolizantes 
e) Zinco 
f) Anti-histaminicos H1 
- Ciproheptadina (cão e gato) 
- Buclizina 
g) Benzodiazepinas (supressão no centro de saciedade) 
- Elfazepam Bovinos e ovinos 
- Clordiazepóxido - Gatos 
- Diazepam – cão e gatos (Valium®) 
- Oxazepam – gato (Serenal®) 
 
2. Antiácidos e antiulcerosos 
• Tubo digestivo 
1. Função motora 
2. Função secretora 
- Complexo ác. clorídrico/pepsina e muco 
- Histamina 
- Acetilcolina 
- Hormonas digestivas: Gastrina; Secretina; Colecistocinina. 
 
Produção de HCl: 
a) Histamina 
b) Gastrina 
c) Acetilcolina 
d) Bomba de protões 
 
Antiácidos e antiulcerosos 
Objetivos: 
• Reduzir o conteúdo em HCl; 
• Impedir o contacto de ácido e pepsina com a mucosa. 
Mecanismo: 
- Neutralização do HCl (ex. antiácidos); 
- Inibição da secreção ácida (ex. anti-histamínicos H2); 
- Efeito protetor da mucosa gástrica por revestimento das crateras ulcerosas (ex. sucralfato); 
- Aumento da defesa da mucosa (ex. prostaglandinas). 
 
2.1- Antiácidos 
- Bicarbonato de sódio; 
- Gel de hidróxido de alumínio e carbonato de Al; 
- Óxido de Mg, carbonato de Mg, Trissilicato de Mg; 
- Sais de bismuto. 
As apresentações líquidas ou em pó são mais eficazes (dispersão mais rápida). 
 
2.2- Modificadores da secreção gástrica 
Mecanismo: 
- Inibição da secreção de ácido clorídrico (HCl); 
- Revestimento da mucosa gástrica. 
 
 
a) Anticolinérgicos (antagonistas muscarínicos do tipo M1) 
- Piperazina 
- Telenzepina 
 Retardam o esvaziamento gástrico (associação com antiácidos); 
 Os efeitos secundários limitam o seu uso: Boca seca, distúrbios de visão, obstipação… 
b) Anti-histamínicos H2 
- Cimetidina 
- Ranitidina 
- Fomatidina 
- Nizatidina 
 Mecanismo Ação: - Bloqueiam os recetores H2 na célula parietal - Diminuição da 
secreção de hidrogénio 
 Farmacocinética: - Bem absorvidos por via oral - Metabolização hepática - Excreção 
renal 
 Indicações: esofagites, gastrites e ulceras gástricas. 
c) Inibidores das bombas de protões (H+) 
-Omeprazol 
-Lansoprazol 
-Pantoprazol 
-Rabeprazol 
 Mecanismo de Ação: Reduz a produção de hidrogénio por inibição da ATPase da 
bomba de protões das células parietais. A ligação à enzima é reversível. 
 Absorção: é bem absorvida por via oral 
 T1/2 é de 1h, no entanto efeito 24h após dose única É o mais potente 
 Indicações: úlceras gástricas resistentes a outros fármacos 
d) Prostaglandinas 
-Misoprostol (análogo sintético da PGE1) 
 PGE1 e PGE2: - Inibe a secreção ácida basal - É estimulada pela gastrina e refeições 
estimulam a produção de muco (efeito citoprotector) 
e) Sucralfato 
PGE1 e PGE2: - Inibe a secreção ácida basal - É estimulada pela gastrina e refeições estimulam 
a produção de muco (efeito citoprotector) 
 Mecanismo Ação: atua ao nível da cratera ulcerosa, liga-se às proteínas dos tecidos 
ulcerados produzindo uma barreira protetora (efeito
tópico). 
 Interações: - Pode diminuir a absorção da cimetidina, digoxina e tetraciclinas - Ativo 
em meio ácido: não devem ser administradas com anti-ácidos (separar as 
administrações em 30 minutos) 
 
3. Modificadores da motilidade gastrointestinal 
3.1. Modificadores da motilidade gástrica 
3.1.1 - Eméticos 
Vómito = emese 
- Expulsão violenta do conteúdo gástrico; 
- Mecanismo muito importante para expulsar do organismo toxinas e outras substâncias 
irritantes para a mucosa; 
- Pode ser induzido farmacologicamente. 
Consequências: Desidratação, alterações eletrolíticas (perdas de potássio, sódio e cloro) 
Espécies em que não ocorre emese: - Equinos, ruminantes, cobaias, coelhos e roedores 
Os eméticos usam-se em: - Carnívoros, primatas, alguns pássaros e répteis 
- Ingestão de tóxicos 
Não devem ser usados em animais que estejam: 
- Em coma; 
- Em convulsões; 
- Estado de choque; 
- Com diminuição do reflexo de deglutição; 
- Dispneia; 
- Ingestão de ácidos, bases ou outras substâncias cáusticas. 
 
Origem da emese: 
i. Estimulação local da mucosa gástrica (subs. irritantes); 
ii. Distúrbios do aparelho vestibular; 
iii. Central (infeções virais, febre, toxémia). 
Eméticos: 
3.1.1.1. Eméticos de ação central 
 Apomorfina: - efeito após 2-3 mim 
- duração de 5-15 min 
- indução do vómito em cães 
- contra-indicada no gato 
 Xilazina: - propriedades tranquilizantes, relaxante muscular de ação central e 
analgésico 
- indicado no cão e gato 
- indução da emese + sedação 
3.1.1.2. Eméticos de ação periférica 
 -Sulfato de zinco a 1% 
 Sulfato de cobre a 1% 
 Cloreto de sódio 
 - Solução concentrada ligeiramente aquecida; 
 - Administração oral; 
 - Cão. 
 Peróxido de hidrogénio a 3% - cães e gatos 
3.1.1.3. Eméticos de ação mista 
 Xarope de ipecacuanha 
 Emetina 
 
 
 
3.1.2 – Antieméticos 
A) Anticolinérgicos: 
- Escopolamina 
- Aminopentamida 
- Propantelina 
B) Anti-histamínicos H1: 
- Dimenidrinato 
- Difenidramina (Vomidrine®, Enjomin®) 
- Meclisina 
- Prometazina 
 Indicados para: - o enjoo de movimento 
- Cães e gatos 
- sedação 
 
C) Antagonistas dos recetores da dopamina 
- Metoclopramida (Primperan®) 
- Domperidona (Motilium®) 
D) Antagonistas dos recetores da serotonina 
- Ondansentron: indicado para as náuseas induzidas por antineoplásicos 
E) Outros 
- Citrato de maropitant: antiemético recente em MV 
 
3.2. Modificadores da motilidade intestinal 
Diarreia: caracteriza-se por alteração da eliminação de água e sódio 
Consequências clínicas: 
- Desidratação; 
- Hipocalémia e hipomagnesiémia; 
- Hipocalcémia e hipoclorémia; 
- Hiponatrémia. 
Abordagem da diarreia: 
- Hidratação do animal; 
- Identificação e combate ao agente infecioso; 
- Antidiarreicos: a) Depressores da motilidade; 
b) Adsorventes e/ou protetores; 
c) Resinas de troca aniónica. 
O uso de antidiarreicos pode prolongar a duração das diarreias infeciosas e aumentar a 
consequência de complicações! 
 Adsorventes: substâncias que através das forças electroestáticas atraem outras, 
fixando-as sobre a sua superfície. 
 Adstringente: substâncias que possuem a capacidade de precipitar a camada 
superficial proteica das células. 
 Protetores da mucosa: substâncias insolúveis e quimicamente inertes que atuam nas 
porções finais do trato digestivo. 
 
3.2.1 - Antidiarreicos 
A) Depressores da motilidade 
 - Anticolinérgicos: escopolamina, propantelina… 
 - Opiáceos: Ópio e derivados (tin. de ópio, codeína), Difenoxilato, Loperamida (Imodium®) 
B) Adsorventes e/ou protetores da mucosa 
- Pectina; 
- Carvão ativado: é o adsorvente mais potente; 
- Sais de bismuto: adsorvente mais adstringente e mais protetor; 
- Caulino (silicato hidratado de Al); 
- Compostos de Al e Mg. 
 
3.2.2 - Laxantes e catárticos 
Fármacos que promovem a defecação. 
Laxantes: dejeções de fezes moles; 
Catárticos: evacuações fluidas. 
M.A.: - Aumento da excreção fecal de água e electrólitos 
- incremento da motilidade propulsora intestinal 
 Indicações: Obstipação, tóxicos, pré-cirúrgico 
 
Laxantes: dejeções de fezes moles 
a) Emolientes ou lubrificantes 
M.A.: - Lubrificam e amolecem as fezes 
i) óleo mineral e vegetal; 
ii) docusatos 
b) Expansores do volume fecal 
M.A.: promove o amolecimento das fezes -> aumento do seu volume -> distensão das 
fibras musculares do intestino -> aumento do peristaltismo 
i) Polissacarídeos naturais 
ii) Derivados sintéticos da celulose 
iii) Celulose obtida de sementes (linhaça) 
iv) Casca de sementes (farelo) 
v) Algas 
vi) Resinas sintéticas 
c) Osmóticos e/ou salinos 
d) Estimulantes ou de contacto 
 
 
 
 
4. Digestivos ou eupépticos 
• Medicamentos que favorecem os processos digestivos; 
• Atuam ou complementam as secreções TGI: 
- Enzimas digestivas 
- Coleréticos – estimulam a secreção de bílis; 
- Colagogos – contração da vesícula biliar. 
Enzimas digestivas: - Bromelina: é uma protease presente no ananás 
- Pancreatina e pancreolipase (pâncreas de suíno), amilase, tripsina e lípase 
 
5. Outros 
• Hepatoprotectores 
- Colina; 
-Metionina; 
-Lecitina e betaína; 
-Vitamina B12; 
-Vitamina E e Se; 
-Glucose e frutose. 
• Antiflatulentos e antiespumantes 
- Facilitam a eructação 
- Alteram a tensão superficial dos líquidos digestivos 
i) Óleo ou essência de terebentina; 
ii) Gengibre em pó; 
iii) Anestésicos locais (clorofórmio e éter); 
iv) Álcool; 
v) Simeticone ou dimeticone; 
vi) Cetancerina. 
Farmacologia/2�frequencia.odt
Fármacos do Aparelho Digestivo
1. Estimulantes do apetite;
a) Tónicos amargos 
b) Ácido cítrico
c) Vitaminas do complexo B
d) Corticosteróides e esteróides anabolizantes
e) Zinco
f) Anti-histaminicos H1 
g) Benzodiazepinas (supressão no centro de saciedade) 
2. Antiácidos e antiulcerosos;
2.1- Antiácidos
2.2- Modificadores da secreção gástrica
a) Anticolinérgicos
b) Anti-histamínicos H2
c) Inibidores das bombas de protões (H+)
d) Prostaglandinas
e) Sucralfato	
3. Modificadores da motilidade gastrointestinal;
3.1. Modificadores da motilidade gástrica 
3.1.1 – Eméticos
3.1.1.1. Eméticos de ação central
3.1.1.2. Eméticos de ação periférica
3.1.1.3. Eméticos de ação mista
3.1.2 – Antieméticos
A) Anticolinérgicos
B) Anti-histamínicos H1
C) Antagonistas dos recetores da dopamina
D) Antagonistas dos recetores da serotonina
E) Outros
3.2. Modificadores da motilidade intestinal
3.2.1 – Antidiarreicos
A) Depressores da motilidade
B) Adsorventes e/ou protetores da mucosa
3.2.2 - Laxantes e catárticos
4. Digestivos e eupépticos;
5. Outros. 
Fármacos do aparelho cardiovascular:
1. Digitálicos
I. Ubaina
II. Digoxina
III. Digitoxina 
2. Antiarrítmicos
Classe I: estabilizadores de membranas
Classe II: bloqueadores β-adrenérgicos
Classe III: prolongadores da repolarização
Classe IV: bloqueadores dos canais de cálcio 
3. Vasodilatadores
4. Diuréticos
a) Furosemida
b) Espirolactona
c) Manitol
Fármacos do aparelho respiratório:
1. Broncodilatadores
- Anticolinérgicos
- Agonistas β2 adrenérgicos
- Metilxantinas
2. Expectorantes
- Guaiacolato de glicerilo 
- Ipecas 
- Iodeto de potássio
3. Antitússicos
- Narcóticos: butorfanol, codeína
-Não narcóticos: Dextrometorfano
4. Outros
A. Mucolíticos
B. Descongestionantes nasais
C. Anti-histaminicos H1
• Anestesia geral
É um estado de intoxicação controlada e reversível do sistema nervoso central (SNC), caracterizado pela diminuiçãoda sensação dolorosa (analgesia), perda de memória (amnésia) e ausência de resposta motora.
• Anestesia balanceada
- Associação de diferentes fármacos com propriedades distintas;
- Permite utilizar mais fármacos com doses inferiores, aumentando a sua segurança e diminuindo os riscos. 
Objetivos:
- Proporcionar analgesia;
- Promover imobilização do paciente;
- Relaxamento muscular;
- Maximizar a segurança e minimizar os riscos.
Tipos de anestesia
1.Anestesia geral
- Inalatória: Volátil;Gasosa
- Fixa: endovenosa; intramuscular; oral, rectal, …
2.Anestesia Local
- Aplicação tópica;
- Infiltração e bloqueio anestésico regional;
- Epidural;
- Regional intravenosa. 
Seleção do tipo de anestesia
• Equipamento disponível;
•Conhecimento e experiência do anestesista;
• Condições disponíveis nos cuidados pós-operatórios;
• Temperamento do animal;
• Espécie e raça;
• Idade e estado geral do paciente;
• Tipo de intervenção cirúrgica;
• Duração da cirurgia.
Fases da anestesia geral:
1. Pré-anestesia: precede a indução, proporciona conforto e tranquilidade ao paciente
2. Indução: - Período em que o animal perde a consciência
- Uso de anestésicos injetáveis ou inalatórios
- Deve ter a duração mais curta possível
3.Manutenção: o animal permanece no plano anestésico desejado
4. Recobro: fase final da anestesia em que os agentes anestésicos são eliminados do sangue e do SNC
1. Pré-anestesia
A. Avaliação do paciente
• Anamnese: 
- História clínica;
- Históriade alergias ou reações a fármacos;
- Tratamentos anteriores;
- Sintomatologia nas últimas 24 horas;
- Tipo de intervenção a executar;
- Tolerância ao exercício;
- outros… 
• Exame clínico
		Métodos diretos: 
- Inspeção
- Palpação
- Percussão
- Auscultação 
		Métodos indiretos:
- Temperatura corporal
- Hematologia
- Bioquímica
- Radiológico, ECG 
• Avaliação dos sistemas orgânicos
- Sistema cardiovascular;
- Sistema respiratório;
- Sistema urinário;
- Estado da hidratação; 
- Função hepática. 
• Avaliação do risco anestésico:
Qualquer tipo de anestesia envolve risco de acidentes que podem ocasionar lesões ou mesmo morte do paciente
B. Maneio pré-anestésico
1. Jejum:privação da ingestãode sólidos e líquidos
• Para impedir o aparecimento de vómito os cães e gatos adultos saudáveis devem fazer:
- 12 horas de jejum de sólidos
- 2 horas de jejum de líquidos
• Aves, pequenos roedores, cães e gatos com menos de 3 meses
- jejum bastante mais curto ou inexistente
• Cirurgia do TGI
- 24 horas de jejum de sólidos
- 8 a 12 horas de jejum de líquidos
2. Cateterização intra-venosa :
Motivos pelos quais devemos aplicar um cateter endovenoso:
- Ter uma via endovenosa de acesso fácil erápido em situação de urgência;
-Possuir uma via aberta pela qual podemos administrar com segurança substâncias irritantes (ex. tiopental);
- Realizar infusões continuas de eletrólitos ou fármacos;
- Administração de fluidos durante a anestesia;
-Manutenção da anestesia fixa com administração endovenosa.
3. Taxa de administração de fluídos:
- Taxa rápida de rehidratação
90 ml/Kg/h – cães
5 ml/Kg/h – gatos
- Ter em atenção os sinais de sobrehidratação
• Descarga nasal e ocular
•Aumento dos sons pulmonares
• Aumento do ritmo respiratório
• Dispneia
4. Preparação do local da cirurgia
		Tricotomia (tosquia)
• Corte no sentido do crescimento do pelo;
• Ter a certeza que removemos uma área suficiente de pêlo (no mínimo 7cm a todaa volta);
• Áreas com infeção evidente devem ser tosquiadas posteriormente.
		Lavagem da pele
• Remoção da gordura cutânea, com éter ou álcool;
• Lavagem com desinfetantes no mínimo 3 vezes;
• Lavar sempre do local da incisão para a periferia. 
Vantagens da administração de pré-anestésicos
- Acalmar ou sedar os animais excitados ou perigosos
- Permite manipular os animais de forma mais fácil e tranquila
- Promovem uma indução e recuperação anestésicas mais suaves
- Reduzir ou eliminar osefeitos dos anestésicos gerais (vómito, diarreia, salivação, bradicardia, arritmias, etc.)
- Reduzir a dose de anestésico geral
- Diminuir a dor e o desconforto no pós-operatório
- Facilitar a imobilização dos animais submetidos a analgesia local ou regional 
A escolha dos agentes pré-anestésicos depende:
1. Da natureza da intervenção
2. Preferência do anestesista 
3. Espécie, estado geral e temperamento do animal
Classificação dos agentes pré-anestésicos:
		Anticolinérgicos
		Tranquilizantes, sedativos e hipnóticos
		Analgésicos
		Neuroleptanalgésicos 
AINEs
Analgésicos, antipiréticos, anti.inflamatórios não esteróides 
		Usados como agentes pré-anestésicos pelo seu efeito analgésico
		Osfármacos mais recentes tem potências semelhantes às dos opiáceos e menos efeitos secundários
		Utilizados na dor aguda e na dor crónica
		Efeito analgésico a nível medular e supramedular 
Mecanismo da inflamação
• A dor é originada pela inflamação dostecidos
• Há libertação de substâncias que produzem dor
• Excitam as terminações periféricas das fibras aferentes mioceptivas
• A rutura da membrana liberta fosfolípidos que vão ser transformados em ácido araquidónico (fosfolipases)
• O ácido araquidónico é biodegradado pelas cicloxigenases e pelas lipoxigenases
• Contra-indicações:
– Insuficiência hepática e renal 
– Desidratação 
– Corticosteroides 
– Úlcera gástrica 
– Melena 
– Distúrbios gastrointestinais
• Os mais utilizados:
– Firocoxib 
– Meloxicam 
– Carprofeno 
– Ácido Tolfenâmico 
– Flumixina meglumina 
– Dipirona
Indução
• Anestésicos injectáveis
Vantagens:
- Pouco equipamento 
- Acesso “directo” ao SNC 
- Grande variedade de técnicas e anestésicos
Desvantagens:
- Recobrodepende de factores incontroláveis 
- Variação individual na resposta ao fármaco 
- Tem efeito cumulativo 
Indução por administração intravenosa: 
• Um dos métodos mais utilizados 
• Aplicação prévia de cateter intravenoso 
• A dose calculada pode ser administrada de 2 formas: 
– Em bolus (2/3 rápido e 1/3 lentamente) 
– Dose efeito (administrado lentamente até se obter o efeito desejado) 
• Após a indução é colocado o tubo endotraqueal 
Indução por administração intramuscular: 
• Alguns agentes podem ser administrados por via IM 
• Não serve para administrar agentes irritantes 
• Útil em animais em que é difícil o uso da via EV 
Indução por via oral 
• Pouco utilizada 
• Pode ser utilizada para a ketamina 
• Dose e efeito poucoprevisíveis 
• Administrado por seringa ou misturado na água 
Indução com agentes inalatórios 
• Realizada por administração de anestésicos gasosos ou voláteis 
• São absorvidos e eliminados por via pulmonar
• Administrados por máscaras ou câmaras
de indução
• Após indução é colocado o tubo endotraqueal 
Anestésicos injetáveis
		Barbitúricos
		Derivados fenólicos
		Imidazólicos
		Dissociativo
Farmacologia/3.F�rmacos do aparelho respirat�rio.pdf
Fármacos do aparelho respiratório 
1. Broncodilatadores 
- Anticolinérgicos: - Atropina - Brometo de ipatrópio – Glicopirrolato 
A acetilcolina provoca broncoconstrição e aumento da produção de muco! 
M.A.: Bloqueio dos recetores nas fibras do musculo liso. 
Efeitos secundários da atropina: boca seca, taquicardia, retenção urinária, aumento da pressão 
intra-ocular, espessamento das secreções brônquicas. 
Brometo de ipratrópio: tem menos efeitos secundários que a atropina 
Glicopirrolato: usado em animais de companhia 
- Agonistas β2 adrenérgicos: - Epinefrina - Isoprenalina - Terbutalina - Salbutamol - Albuterol – 
Clembuterol 
M.A.: - Inibição das fibras do músculo lisa pela ligação aos recetores β2 adrenérgicos 
- Estabilização dos mastócitos 
- Metilxantinas: - Cafeína - Teobromina - Teofilina – Aminofilina 
M.A.: Inibição enzimática (fosfodiesterases) no músculo liso 
Interações: Fenobarbital, cimetidina, eritromicina, clindamicina e lincominica 
 
2. Expectorantes 
- Guaiacolato de glicerilo 
- Ipecas 
- Iodeto de potássio 
 
• Aumentam a produção • Diminuem a viscosidade => Ajuda a expulsar as secreções 
• Só atuam quando a causa da tosse é a acumulação de secreções espessas (tosse produtiva) 
Expectorantes de ação reflexa 
Irritação da mucosa gástrica -> Aumento da secreção brônquica 
I. Ipecas 
II. Iodeto de potássio 
III. Guaiacolato de glicerilo - Administração: PO, inalatória e parentérica 
- Usado em associações 
- Utilizado como anestésico geral em cavalos 
Expectorantes de acção directa 
– Óleos voláteis e bálsamos: essência de pinheiro, eucalipto 
3. Antitússicos 
Inibem ou suprimem a tosse 
- Narcóticos: butorfanol, codeína 
- ópio e derivados da morfina 
 i. Codeína – com menos efeitos secundários 
 ii. Diidrocodeína – usado no tratamento da tosse não produtiva em cães 
 iii. Butorfanol – 100x mais potente que a codeína 
- utilizado em cães e gatos 
- não provoca dependência 
- Usado como pré anestésico e analgésico 
- Sedação 
- Não narcóticos: Dextrometorfano 
Efeitos secundários: - Depressão respiratória 
- Sem propriedades analgésicas 
 
4. Outros 
A. Mucolíticos: diminuem a viscosidade das secreções 
i. Acetilcisteína 
ii. Bromexina 
iii. Ambroxol 
B. Descongestionantes nasais 
- agonistas α-adrenégicos 
- pouco usados em M.V. (exceto doença respiratória felina) 
C. Anti-histaminicos H1 
Histamina liga-se aos recetores H1 do musculo liso -> Broncoconstrição 
Farmacologia/4.F�rmacos do aparelho cardiovascular.pdf
Fármacos do aparelho cardiovascular 
1. Digitálicos 
– Aumento da força de contração ventricular; 
– Diminuição da frequência cardíaca; 
– Efeito antiarrítmico; 
– Diminuição dos sinais de dispneia; 
– Margem terapêutica estreita; 
 – Efeitos devido a níveis plasmáticos elevados 
• Anorexia; 
• Vómito; 
• Diarreia; 
• Arritmia; 
– Necessário monitorização periódica; 
– Intoxicação digitálica (suspensão do fármaco); 
– Inibidores da bomba de sódio- potássio (Na+/K+ ATPase). 
 
Exemplos: 
I. Ubaina 
• Baixa lipossolubilidade; 
• Não é absorvido PO; 
• T1/2 plasmática de 21h; 
• Metabolização nula; 
• Excreção renal. 
II. Digoxina 
• Lipossolubilidade média; 
• 75% absorvido PO; 
• T1/2 plasmática de 40h; 
• Metabolização <20%; 
• 75% excreção renal. 
III. Digitoxina 
• Lipossolubilidade alta; 
• 90% absorvido PO; 
• T1/2 plasmática de 168h; 
• Metabolização >80%; 
• Excreção biliar. 
 
2. Antiarrítmicos 
Classe I: estabilizadores de membranas 
• Quinina – usada em arritmias ventriculares e fibrilhação auricular 
• Procainamina – usada na contração ventricular prematura 
• Lidocaína – usada na contração ventricular prematura 
Classe II: bloqueadores β-adrenérgicos 
• Propanolol • Acebutolol => usados em cardiopatia hipertrófica e arritmias auriculares e 
ventriculares. 
– Provocam diminuição da velocidade de despolarização das células marcadoras de passo; 
– Evitam a estimulação de focos ectópicos; 
– Reduzem a tendência para isquémia. 
Classe III: prolongadores da repolarização 
• Amiodarona • Bretílio => Usados em arritmias ventriculares 
Classe IV: bloqueadores dos canais de cálcio 
• Verapamil • Nidefina • Diltriazem => Usados em fibrilhações auriculares 
 
3. Vasodilatadores 
– Mecanismo de ação: 
1. Ação direta no músculo liso dos vasos; 
2. Bloqueio da estimulação simpática; 
3. Inibidores da enzima da conversão da angiotensina. 
– Exemplos: 
• Hidriazina (ação direta no músculo liso dos vasos arteriolares) 
• Nitroglicerina (venodilatador • Redução da pré-carga; • Aumento do débito cardíaco; • 
Diminuição do edema pulmonar) 
• Prozosina (• Reduz a pressão sanguínea e a vasoconstrição periférica por bloqueio dos 
recetores α2-adrenérgicos; • Atua nas artérias e ventrículos (arterial e venoso).) 
4. Diuréticos 
– Reduzem a pré-carga através da diurese: 
• Diminuição da retenção de sódio; 
• Diminui a sobrecarga de volume e de pressão; 
• Diminui o edema tecidular (ascite e edema pulmonar). 
– Diminuição da congestão venosa; 
– Diminuição da acumulação de fluídos 
 
Exemplos: 
– Furosemida 
• Diurético de ansa; 
• Inibe a reabsorção ativa de Na+; 
• Diurético de maior potência; 
• Pode provocar desequilíbrios eletrolíticos e ototoxicidade (gatos). 
– Espirolactona 
• Poupador de K+; 
• Antagonista da aldosterona; 
• Usado em: 
- Hipocalémia; 
- Edema refratário à furosemida; 
- ICC. 
– Manitol 
• Diurético osmótico; 
• Diminui a reabsorção de fluídos; 
• Usado em emergências (IV); 
• Usado em: 
- Edemas cerebrais; 
- Glaucoma agudo. 
• Provoca insuficiência cardíaca. 
Farmacologia/5.Anestesia.pdf
• Anestesia geral 
É um estado de intoxicação controlada e reversível do sistema nervoso central (SNC), 
caracterizado pela diminuição da sensação dolorosa (analgesia), perda de memória (amnésia) 
e ausência de resposta motora. 
• Anestesia balanceada 
- Associação de diferentes fármacos com propriedades distintas; 
- Permite utilizar mais fármacos com doses inferiores, aumentando a sua segurança e 
diminuindo os riscos. 
 
 Objetivos: 
 - Proporcionar analgesia; 
 - Promover imobilização do paciente; 
 - Relaxamento muscular; 
 - Maximizar a segurança e minimizar os riscos. 
 
Tipos de anestesia 
1.Anestesia geral 
- Inalatória: - Volátil 
 - Gasosa 
- Fixa: - endovenosa 
 - intramuscular 
 - outras: oral, rectal, … 
2.Anestesia Local 
 - Aplicação tópica; 
 - Infiltração e bloqueio anestésico regional; 
 - Epidural; 
 - Regional intravenosa. 
 
Seleção do tipo de anestesia 
• Equipamento disponível; 
• Conhecimento e experiência do anestesista; 
• Condições disponíveis nos cuidados pós-operatórios; 
• Temperamento do animal; 
• Espécie e raça; 
• Idade e estado geral do
paciente; 
• Tipo de intervenção cirúrgica; 
• Duração da cirurgia. 
 
Anestesia Geral 
Fases da anestesia geral: 
1. Pré-anestesia: precede a indução, proporciona conforto e tranquilidade ao paciente 
2. Indução: - Período em que o animal perde a consciência 
 - Uso de anestésicos injetáveis ou inalatórios 
 - Deve ter a duração mais curta possível 
3. Manutenção: o animal permanece no plano anestésico desejado 
4. Recobro: fase final da anestesia em que os agentes anestésicos são eliminados do 
sangue e do SNC 
1. Pré-anestesia 
A. Avaliação do paciente 
• Anamnese: - História clínica; 
 - História de alergias ou reações a fármacos; 
 - Tratamentos anteriores; 
 - Sintomatologia nas últimas 24 horas; 
 - Tipo de intervenção a executar; 
 - Tolerância ao exercício; 
 - outros… 
• Exame clínico 
 - Métodos diretos: - Inspeção 
 - Palpação 
 - Percussão 
 - Auscultação 
 
 - Métodos indiretos: - Temperatura corporal 
 - Hematologia 
 - Bioquímica 
 - Radiológico, ECG 
 
• Avaliação dos sistemas orgânicos 
 - Sistema cardiovascular; 
 - Sistema respiratório; 
 - Sistema urinário; 
 - Estado da hidratação; 
 - Função hepática. 
 
 Avaliação do risco anestésico: 
Qualquer tipo de anestesia envolve risco de acidentes que podem ocasionar lesões ou mesmo 
morte do paciente. 
A American Society of Anesthesiologists (ASA) estabeleceu uma tabela de classificação de risco 
anestésico que é composta por 5 classes. 
Categoria Condição física Exemplos 
Classe I 
Risco mínimo 
Animal saudável, sem patologia subclínica Castração, Rx de displasia 
Classe II 
Baixo Risco 
Alterações sistémicas leves e com 
capacidade de compensação 
Neonatos, geriátricos, obesos, 
massa cutânea… 
Classe III 
Risco Moderado 
Animais com alterações sistémicas e sinais 
clínicos moderados 
Anemia, desidratação moderada, 
febre, sopro cardíaco e patologias 
cardíacas ligeiras…. 
Classe IV 
Alto Risco 
Patologia sistémica pré-existente de 
natureza grave 
Desidratação grave, choque, 
uremia, toxemia, IC 
descompensada, diabetes…. 
Classe V 
Risco Grave 
Animais críticos Choque profundo, trauma grave, 
doença prolongada, êmbolos 
pulmonares…. 
 
B. Maneio pré-anestésico 
1. Jejum: privação da ingestão de sólidos e líquidos 
• Para impedir o aparecimento de vómito os cães e gatos adultos saudáveis devem 
fazer: 
 - 12 horas de jejum de sólidos 
 - 2 horas de jejum de líquidos 
• Aves, pequenos roedores, cães e gatos com menos de 3 meses 
 - jejum bastante mais curto ou inexistente 
• Cirurgia do TGI 
- 24 horas de jejum de sólidos 
- 8 a 12 horas de jejum de líquidos 
 
2. Cateterização intra-venosa 
Motivos pelos quais devemos aplicar um cateter endovenoso 
 - Ter uma via endovenosa de acesso fácil e rápido em situação de urgência; 
 -Possuir uma via aberta pela qual podemos administrar com segurança substâncias 
irritantes (ex. tiopental); 
 - Realizar infusões continuas de eletrólitos ou fármacos; 
 - Administração de fluidos durante a anestesia; 
 - Manutenção da anestesia fixa com administração endovenosa. 
 
3. Taxa de administração de fluídos 
 - Taxa rápida de rehidratação 
 90 ml/Kg/h – cães 
 5 ml/Kg/h – gatos 
 - Ter em atenção os sinais de sobrehidratação 
• Descarga nasal e ocular 
• Aumento dos sons pulmonares 
• Aumento do ritmo respiratório 
• Dispneia 
 
 
Tipos de fluidos 
i) Cristalóides: - soluções eletrolíticas balanceadas 
 - Soluções salinas: NaCl 0,9%, Lactato de ringer 
 - Soluções com dextrose a 2,5 ou 5% 
ii) Colóides: - naturais: plasma, sangue 
 - sintéticos: dextran, hetastrarch e pentastarch 
 
4. Preparação do local da cirurgia 
 - Tricotomia (tosquia) 
• Corte no sentido do crescimento do pelo; 
• Ter a certeza que removemos uma área suficiente de pêlo (no mínimo 7cm a toda a 
volta); 
• Áreas com infeção evidente devem ser tosquiadas posteriormente. 
 - Lavagem da pele 
• Remoção da gordura cutânea, com éter ou álcool; 
• Lavagem com desinfetantes no mínimo 3 vezes; 
• Lavar sempre do local da incisão para a periferia. 
 
Vantagens da administração de pré-anestésicos 
- Acalmar ou sedar os animais excitados ou perigosos 
- Permite manipular os animais de forma mais fácil e tranquila 
- Promovem uma indução e recuperação anestésicas mais suaves 
- Reduzir ou eliminar os efeitos dos anestésicos gerais (vómito, diarreia, salivação, 
bradicardia, arritmias, etc.) 
- Reduzir a dose de anestésico geral 
- Diminuir a dor e o desconforto no pós-operatório 
- Facilitar a imobilização dos animais submetidos a analgesia local ou regional 
 
A escolha dos agentes pré-anestésicos depende: 
1. Da natureza da intervenção 
2. Preferência do anestesista 
3. Espécie, estado geral e temperamento do animal 
Classificação dos agentes pré-anestésicos: 
- Anticolinérgicos 
- Tranquilizantes, sedativos e hipnóticos 
- Analgésicos 
- Neuroleptanalgésicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Farmacologia/6.Condi��es gerais- anestesiologia.pdf
Condições gerais 
• Anestesia Geral 
É um estado de intoxicação controlada e reversível do sistema nervoso central (SNC), 
caracterizado pela diminuição da sensação dolorosa (analgesia), perda de memória (amnésia) 
e ausência de resposta motora. 
Pré-anestesia 
A escolha dos agentes pré-anestésicos depende: 
- Da natureza da intervenção 
- Preferência do anestesista 
- Espécie, estado geral e temperamento do animal 
Classificação dos agentes pré-anestésicos: 
1. Anticolinérgicos 
2. Tranquilizantes, sedativos e hipnóticos 
3. Analgésicos 
4. Neuroleptanalgésicos 
 
1. Anticolinérgicos 
• Competem com a acetilcolina para os seus receptores 
• Contrariam a acção da acetilcolina 
Acção da acetilcolina: 
 - Ocular: aumento da produção de lágrimas, miose 
- Digestivo: aumento da secreção salivar e gástrica 
- Pulmonares: broncoconstrição 
- Cardíaco: bradicardia 
 
Os anticolinérgicos são usados para: 
- Reduzir secreções das glândulas salivares 
- Reduzir as secreções das glândulas mucosas do tracto respiratório 
- Reduzir a motilidade gástrica e intestinal 
- Bloquear o nervo vago e contrariar o aparecimento da bradicardia sinusal 
 
 
 
1.1. Sulfato de atropina (alcaloide da Belladona) 
- Mecanismo de acção: Bloqueia dos recetores muscarínicos da acetilcolina 
- Vias de administração: SC, IM e EV (emergência). Quando EV cuidado!! Pode causar 
bradicardia inicial 
- Duração de ação: 1 a 1,5h 
- Metabolização: - cães, a maioria é eliminada intacta - gatos, a maior parte sofre 
metabolização 
- Excreção: renal 
Indicações e contra-indicações 
- A inclusão da atropina por rotina tem vindo a diminuir; 
- Indicada para diminuir as secreções salivares, respiratórias e prevenir bradicardia sinusal; 
- Recomendada quando se utilizam drogas com potente efeito vagotónico; 
- Contra-indicada em pacientes com taquicardia 
 
1.2. Glicopirrolato 
Composto quaternário de amónio sintético 
M.A.- Semelhante à atropina mas de efeito mais prolongado 
Via de administração: SC, IM ou EV
Duração de ação: 2 a 3h; efeito antissiálogogo 6 a 8 horas 
Menor risco de desenvolver taquicardia 
 
2. Tranquilizantes, sedativos e hipnóticos 
A) Derivados das Fenotiazinas 
– Acepromazina 
– Clorpromazina 
– Prometazina 
A acção das Fenotiazinas são semelhantes variando na potência e na duração de acção 
A acepromazina é a mais utilizada em Medicina Veterinária 
Via de administração: Oral, SC, IM e EV 
 
 
 
a) Acepromazina 
Tem efeito sobre: 
 SNC: 
- Depressão 
 - Não produz analgesia 
- Efeito anti-emético 
- Deprime o centro termorregulador 
 - Diminui o limiar para as convulsões 
 Cardiovascular: 
- Conduz a hipotensão 
- Vasodilatadora 
- Efeito anti-arritmico 
- Ionotropico negativo 
 Respiratório: nas doses terapêuticas possuem efeitos mínimos 
 
 Outros: 
 
- Relaxamento muscular leve 
- Atraso no esvaziamento gástrico 
- Colapso cardiovascular nos braquiocefálicos (Boxer) 
- Protusão do pénis (perigoso nos cavalos) 
- Leve efeito antihistaminico 
 
Vantagens: 
1. Permite diminuir a dose dos anestésicos 
2. Sedam e acalmam os animais antes da anestesia 
3. Efeitos respiratórios mínimos 
4. Podem prevenir o aparecimento de arritmias 
5. Ação antieméticos e anti-histaminicos 
6. Pouco dispendiosos 
Desvantagens: 
1. Os seus efeitos são irreversiveis, i. é., não existe antagonista para as fenotiazinas 
2. Causam hipotensão 
3. Hipotermia 
4. Não tem efeito analgésico 
5. Potenciam o aparecimento de convulsões 
 
B) Derivados das Fenotiazinas: 
– Acepromazina 
 – Clorpromazina: • Ação semelhante com menos contra-indicações • 10x menos potente • 
Pode conduzir a excitação nos equinos • Utilizados principalmente pelo efeito antiemético 
– Prometazina: • Semelhante à clorpromazina • Efeito anti-histamínico potente 
 
C) Derivados das Benzodiazepinas (São considerados tranquilizantes menores) 
– Diazepam 
 Via de administração 
• Oral, rectal, IV ou IM (dolorosa) 
• Não é solúvel em água; dissolvido em propilenoglicol o que torna a absorção imprevisível ou 
errática 
• A administração IV deve ser lenta para evitar hipotensão, bradicardias e apneia 
 Metabolização: hepática dando origem a metabolitos activos 
 Excreção: renal 
Vantagens: • Efeito cardio-respiratório mínimo 
• Útil nas convulsões e epilépticos 
• Pré-anestesia em geriátricos e animais debilitados 
• Tem antagonista (Flumazenil) 
Desvantagens: • Pode ter efeitos contrários aos pretendidos 
• Nos animais saudáveis o seu efeito é ligeiro 
• Resposta individual variáve 
– Midazolam 
– Zolazepam (– Surge associado à Tiletamina no Zoletil®) 
 
 
 
 
 
C.1) Derivados das Butirofenonas – Tranquilizantes maiores (neurolépticos) 
- Droperidol 
– Aparece associado ao Fentanil para formar o Innorvarvet® 
– Diminui a pressão arterial, resistência vascular periférica e ritmo cardíaco 
– Depressão respiratória 
– Duração de acção de aproximadamente 2 horas 
– Metabolização hepática 
- Azaperone 
– Efeitos semelhantes ao Droperidol 
– Usado nos suínos 
– Cuidado com a utilização noutras espécies 
 
D) Alfa-2-agonistas 
a) Clonidina 
b) Xilazina 
c) Detomidina 
d) Medetomidina 
e) Outros 
 
Xilazina 
Efeitos: 
a) Sedativos 
b) Analgésicos 
c) Relaxantes musculares 
Vias de administração 
I. IV início de ação 3 a 5 min 
II. IM início de acção 10 a 15 min 
Duração de acção: 
a) Efeito sedativo 1 a 2 horas, por vezes 6 a 10h 
b) Efeito analgésico 15 a 30 min 
Efeito 
I. Cardiovascular- aumento de pressão arterial seguido de hipotensão 
II. Respiratório – geralmente diminui o ritmo respiratório; suprime o reflexo da tosse 
III. Outros – vómito, diminuição do centro termorregulador, hiperglicemia e hipoinsulinémia 
Indicações 
• Pré-anestesia 
• Como agente único em pequenos procedimentos 
• Associado a opiáceos para produzir analgesia e sedação profunda 
Precauções e contra-indicações 
• Não associar a outros tranquilizantes 
• Muita atenção em raças de peito profundo 
• Não usar em patologias cardíacas, respiratórias, hepáticas ou renais 
• Provoca parto prematuro e aborto em bovinos 
• Pode ser absorvida por feridas de pele ou pelas mucosas 
 
Medetomidina 
– Lipofílico 
– 10 vezes mais potente que a Xilazina 
– Via de administração – IM, SC, EV 
– Efeitos 
• Cardio-pulmonares semelhantes à xilazina, podendo ser mais pronunciados 
• Depressão respiratória significativa 
• Administração preventiva de atropina pode impedir bradicardia 
 
Detomidina 
– Mais usada no cavalo 
– Usado apenas em grandes animais 
– Propriedades idênticas à xilazina mas o efeito analgésico é maior 
– Administração IV ou IM, actua em 3 a 5 min e dura 1 hora (efeito máximo aos 15 min) 
Detomidina (sedação nos cavalos) 
– Indiferença 
– Abaixamento da cabeça 
– Relaxamento do pénis e das pálpebras 
– Queda do lábio inferior 
– Ataxia 
– Por vezes sudação 
 
Outros: 
– Atipamizol – o mais específico 
– Yohimbina – menos específicos que o Atipamizol 
– Tolazolina – é o antagonista menos específico 
– Idazoxam – usado na investigação científica 
 
3. Analgésicos 
a) Analgésicos narcóticos 
- Morfina - natural 
- Meperidina 
- Oximorfina 
- Fentanil Sintéticos 
- Remifentanil 
- Butorfanol 
- Buprenorfina 
 
Morfina 
• Protótipo dos agonistas opióides 
• Produz analgesia com algum grau de sedação 
• Uso limitado ao cão 
• Depressão respiratória 
• Bradicardia sinusal 
• Libertação de ADH (vasopressina/Hormona antidiurética) com diminuição da perfusão renal 
• Vómito 
• Metabolização hepática 
Meperidina ou petidina 
• Menor efeito cardiovascular e respiratório que morfina 
• Administração EV liberta histamina 
• Duração de ação de 1 a 3 horas IM 
• Sedação leve 
 
Fentanil – agonista 
• Agonista sintético com potência 100 a 150 vezes superior à morfina 
• Não recomendado o uso em gato 
• Duração de ação curta (30 min cão) 
• Efeitos cardiovasculares mínimos 
• Hiperventilação, depressão respiratória e apneia 
• Provoca defecação e raramente vómito 
 
Remifentanil – agonista 
• Duração de acção muito rápida 
• Pode ser usado em infusão continua 
 
Oximorfina – agonista 
• 10 vezes mais potente que a morfina 
• Pode ser usado no cão e no gato 
• Maior sedação que a morfina 
• Menor depressão respiratória que a morfina 
• Duração de ação 1 a 3 horas 
 
Butorfanol – agonista- antagonista sintético 
• 3 a 5 vezes mais potente que a morfina 
• Depressão respiratória semelhante à morfina 
• Administração EV, IM e SC 
• Duração de ação de 1 a 4 horas 
• Bem absorvido por via oral 
Buprenorfina – agonista-antagonista parcial 
• 30 vezes mais potente que a morfina 
• Demora cerca de 20 a 30 min a atingir o efeito máximo após administração IM e EV 
• Duração de ação de 6 a 8 horas EV ou IM 
 
Analgésicos narcóticos (Antagonistas) 
Agonista-Antagonista – Nalorfina 
• Maior efeito antagonista que agonista 
• Específico
para Narcóticos 
• Podem causar leve depressão respiratória 
• Duração de acção – 1,5 a 3 h (EV, IM e SC) 
Antagonista puro – Naloxone 
• Não causa depressão do SNC nem respiratório 
• 13 x mais potente que a nalorfina 
• Duração de ação – 15 a 45 min (EV, IM e SC) 
 
AINEs 
Analgésicos, antipiréticos, anti.inflamatórios não esteróides 
 Usados como agentes pré-anestésicos pelo seu efeito analgésico 
 Os fármacos mais recentes tem potências semelhantes às dos opiáceos e menos 
efeitos secundários 
 Utilizados na dor aguda e na dor crónica 
 Efeito analgésico a nível medular e supramedular 
 
Mecanismo da inflamação 
• A dor é originada pela inflamação dos tecidos 
• Há libertação de substâncias que produzem dor 
• Excitam as terminações periféricas das fibras aferentes mioceptivas 
• A rutura da membrana liberta fosfolípidos que vão ser transformados em ácido araquidónico 
(fosfolipases) 
• O ácido araquidónico é biodegradado pelas cicloxigenases e pelas lipoxigenases 
 
 
Cascata da inflamação 
 
 
Mecanismos de inflamação: 
• Tromboxanos: - Tbx A2 - Hipotensão - Hipovolémia - Agregação plaquetária 
• Prostaciclinas: -PGl2 - Hipotensão - Hipovolémia 
• Prostaglandinas: - PGE2, PGE2α, D2 - Efeitos homeostáticos - Efeitos inflamatórios 
• Leucotrienos: - Broncoconstrição - Vasoconstrição - Perpetuação da reação inflamatória 
•Quimiotaxia: - Aumento da permeabilidade vascular - Infiltração leucocitária - Radicais livres 
 
Mecanismo de Ação: 
• Inibição das cicloxigenases 
• O AAS (Ác. Acetilsalicílico) é a única substância que inibe esta via de forma irreversível, as 
restantes substâncias tem uma inibição competitiva 
• Existem 2 isómeros da cicloxigenase (COX) 
- Cicloxigenase 1 (Cox1) 
- Cicloxigenase 2 (Cox2) 
 
AINEs 
Ação: 
– Cicloxigenase 1 (Cox1) 
• Prostaglandinas fisiológicas 
• Produção de muco protector gástrico 
• Regulação do fluxo renal 
• Manutenção da taxa de filtração glomerular 
- Cicloxigenase 2 (Cox2) 
• Prostaglandinas patológicas 
• Inflamação 
• Dor 
• Febre 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivo: 
– Utilizar ou selecionar os AINEs com maior seletividade Cox2 para prevenir os efeitos 
secundários 
– A seletividade é expressa pela relação Cox1:Cox2 
 
• Contra-indicações 
– Insuficiência hepática e renal 
– Desidratação 
– Corticosteroides 
– Úlcera gástrica 
– Melena 
– Distúrbios gastrointestinais 
• Os mais utilizados 
– Firocoxib 
– Meloxicam 
– Carprofeno 
– Ácido Tolfenâmico 
– Flumixina meglumina 
– Dipirona 
 
• FIROCOXIB 
– Administração per os 
– O mais seletivo Cox2 
– Sem evidência de toxicidade renal ou hepática 
– Seguro a nível gastrointestinal 
– Uso recomendado na terapêutica de dor crónica 
– Interferência muito reduzida com a coagulação 
 
• MELOXICAM 
– Administrado por via oral e parenteral 
– Selectividade Cox2 elevada 
– Sem toxicidade hepática e renal 
– Com actividade mínima para os tromboxanos 
– Eficaz no tratamento da dor aguda e crónica 
 • Procedimentos cirúrgicos 
 • Ortopédicos 
 • Inflamação 
 
• CARPROFENO 
– Administrado por via oral e parenteral 
– Não altera a coagulação nem a funcionalidade renal 
– Útil na dor ortopédica e articular 
– Duração de acção de 12 a 18 horas 
 
• ÁCIDO TOLFENÂMICO 
– Administrado por via oral e parenteral 
– Pouca toxicidade hepática e renal 
– Pode produzir: • Anorexia • Vómito • diarreia 
 
• CETOPROFENO 
– Administrado por via oral e parenteral (max. 5 dias) 
– Actividade Cox1 e Cox2 
– Pode alterar a coagulação 
– Possui alguma actividade lipoxigenase 
– Pode causar: • Hemorragias • Ulceração gástrica • Insuficiência renal 
 
• FLUMIXINA MEGLUMINA 
– Administrado por via oral e parenteral 
– Usado no tratamento da dor pós operatória 
– Efeito anti-endotóxico 
– Útil na cirurgia oftálmica 
– Pode causar: • Aumento da ALT (alanina aminotransferase) • Ulceração gástrica • 
Nefrotoxicidade 
 
• DIPIRONA 
– Administrado por via IV 
– O seu efeito não é suficiente para o tratamento da dor pós operatória 
– A sua potência aumenta quando associado aos opiáceos 
– Usado com alguma segurança em animais normotensos e normovolémicos 
 
4. Neuroleptoanalgesia 
• Tranquilizante (neuroléptico) + Analgésico (narcótico) 
• A combinação potencia os efeitos depressores do SNC 
• A profundidade da depressão depende do estado geral do paciente 
• Origina um estado de sedação profunda sem perda de consciência 
 
Efeitos – Provocam poucas alterações cardiovasculares 
– Efeitos colaterais mínimos 
– Podem ser minimizados com a atropina 
– Podem levar a depressão respiratória 
 
Vantagens - Analgesia pré e pós-operatória 
- Redução da quantidade de anestésico geral 
- Permite a realização de intervenções cirúrgicas menores 
- Fraca depressão cardiovascular 
- Possibilidade de reversão por antagonistas 
 
Desvantagens – Hipersensibilidade auditiva 
– Defecação e diarreia transitória 
– Convulsões clónicas 
– Bradicardia 
– Pedalagem 
– Alterações do comportamento 
– Pode ocorrer forte depressão respiratória 
 
Associações: 
– Fentanil+droperidol (innovar-vet®) 
– Metotrimeprazina + etorfina (immobilon®) 
– Acepromazina + petidina/meperidina 
 + fentanil 
 + morfina 
 + metadona 
 + buprenorfina 
 + butorfano 
– Diazepam + petidina 
 + fentanil 
 + morfina 
 + metadona 
 + buprenorfina 
 + butorfano 
– Medetomidina + petidina/meperidina 
 + fentanil 
 + morfina 
 + metadona 
 + buprenorfina 
 + butorfanol 
 Suínos: azaperona + meperidina 
clorpromazina + meperidina 
droperidol + fentanil 
 Ruminantes: 
–Fentanil + droperidol 
–Meperidina + diazepam 
–Butorfanol + xilazina 
 
 
 
 
Anestesia geral 
Fases da anestesia geral: 
• Pré-anestesia: - precede a indução 
 - conforto e tranquilidade ao paciente 
• Indução: - Período em que o animal perde a consciência 
 - Uso de anestésicos injetáveis ou inalatórios 
 - Deve ter a duração mais curta possível 
• Manutenção: - o animal permanece no plano anestésico desejado 
• Recobro: fase final da anestesia em que os agentes anestésicos são eliminados do sangue e 
do SNC 
 
Indução 
• Anestésicos injectáveis 
Vantagens: - Pouco equipamento 
- Acesso “directo” ao SNC 
- Grande variedade de técnicas e anestésicos 
Desvantagens: - Recobro depende de factores incontroláveis 
- Variação individual na resposta ao fármaco 
- Tem efeito cumulativo 
 
Indução por administração intravenosa: 
• Um dos métodos mais utilizados 
• Aplicação prévia de cateter intravenoso 
• A dose calculada pode ser administrada de 2 formas: 
– Em bolus (2/3 rápido e 1/3 lentamente) 
– Dose efeito (administrado lentamente até se obter o efeito desejado) 
• Após a indução é colocado o tubo endotraqueal 
 
Indução por administração intramuscular: 
• Alguns agentes podem ser administrados por via IM 
• Não serve para administrar agentes irritantes 
• Útil em
animais em que é difícil o uso da via EV 
 
Indução por via oral 
• Pouco utilizada 
• Pode ser utilizada para a ketamina 
• Dose e efeito pouco previsíveis 
• Administrado por seringa ou misturado na água 
 
Indução com agentes inalatórios 
• Realizada por administração de anestésicos gasosos ou voláteis 
• São absorvidos e eliminados por via pulmonar 
• Administrados por máscaras ou câmaras de indução 
• Após indução é colocado o tubo endotraqueal 
 
Selecção da via e forma de administração depende: 
• Do animal 
• Do anestésico seleccionado 
– Tiopental em bolus 
– Ketamina e propofol administrado lentamente 
• Da patologia em causa 
– Em animais dispneicos não induzir com máscara 
• Da preferência do Anestesista 
 
 
 
Anestésicos injetáveis 
1. Barbitúricos 
2. Derivados fenólicos 
3. Imidazólicos 
4. Dissociativos 
 
1. Barbitúricos 
Classificação (duração): 
• Longa 8-12h (fenobarbital) 
• Intermédia 2-6h 
• Curta 45-90 min (pentobarbital) 
• Ultracurta 5-15 min (tiopental) 
Fenobarbital – Útil no controlo de quadros convulsivos 
Tiopental – Administração exclusivamente EV 
– Penetra rapidamente no SNC 
– Tempo de indução 15-30 seg 
– Duração de acção 10-15 min 
– Contra-indicado: neonatos, animais caquéticos, insuficiência hepática, hipovolémia 
Uso clínico: 
– Indução anestésica 
– Fraca analgesia 
– Excitação em doses baixas 
– Recobro prolongado com administrações múltiplas 
 
Efeitos cardiovasculares: 
– Arritmogénico 
– Depressão moderada e transitória da pressão sanguínea 
– Diminui a contractilidade cardíaca 
Efeitos respiratórios: 
• Depressão respiratória 
• Apneia transitória 
2. Derivados fenólicos 
Propofol: 
– Anestésico EV 
– Pode ser administrado em bolos ou em infusão contínua 
Vantagens: 
– Pico de ação rápida, ação curta, recobro rápido e suave 
– Não cumulativo 
– Útil para indução e/ou manutenção 
– Seguro nas cesarianas e neonatos 
– Recuperações calmas 
Desvantagens (Propofol) 
– Relativamente caro 
– Hipotensão moderada 
– Possibilidade de bradiarritmias 
– Depressão respiratória 
– Fraca analgesia 
– Existem veículos que permitem o crescimento bacteriano, utilizar imediatamente após 
abertura do recipiente 
 
3. Imidazólicos 
Etomidato 
– Moderadamente caro 
– Administração dolorosa 
– Efeitos cardiovasculares mínimos 
– Pico de efeito rápido 
– Recobro rápido 
– Grande margem de segurança 
– No período de indução/recuperação – excitação, mioclonus, vómito e apneia 
 
 
 
4. Dissociativos 
• Ketamina ou cetamina 
• Tiletamina 
 
Acção anestésica dos dissociativos 
– Produzem amnésia, catalépsia e analgesia superficial; 
– Dissociação do córtex com os centros nervosos baixos; 
– Efeitos de depressão e excitação 
– Pode provocar convulsões 
Efeitos cardiovasculares: 
– Aumento da frequência cardíaca 
– Aumento da pressão sanguínea 
– Aumento da contractiblidade cardíaca 
Efeitos respiratórios: 
– Modestos 
– Apneia com outras drogas 
– Tiletamina pode causar apneia inicial per si 
 
Farmacologia/anestesiologia.docx
AULA 12
AULA 13
Anestesia: Considerações gerais
Fases da anestesia geral:
1.Pré-anestesia: precede a indução, proporciona conforto e tranquilidade ao paciente
2.Indução: - Período em que o animal perde a consciência
- Uso de anestésicos injectáveis ou inalatórios
- Deve ter a duração mais curta possível
3.Manutenção: o animal permanece no plano anestésico desejado
4.Recobro: fase final da anestesia em que os agentes anestésicos são eliminados do sangue e do SNC
1. Pré-anestesia
A.Avaliação do paciente
•Avaliação dos sistemas orgânicos
- Sistema cardiovascular
- Sistema respiratório
- Sistema urinário
- Estado da hidratação
- Função hepática
B. Maneio pré-anestésico
1. Jejum: privação da ingestão de sólidos e líquidos
•Para impedir o aparecimento de vómito os cães e gatos adultos saudáveis devem fazer:
- 12 horas de jejum de sólidos
- 2 horas de jejum de líquidos
•Aves, pequenos roedores, cães e gatos com menos de 3 meses
- jejum bastante mais curto ou inexistente
•Cirurgia do TGI
-24 horas de jejum de sólidos
- 8 a 12 horas de jejum de líquidos
2. Cateterização intra-venosa
Motivos pelos quais devemos aplicar um cateter endovenoso
- Ter uma via endovenosa de acesso fácil e rápido em situação de urgência
-Possuir uma via aberta pela qual podemos administrar com segurança substâncias irritantes (ex. tiopental)
- Realizar infusões continuas de eletrólitos ou fármacos
- Administração de fluidos durante a anestesia
- Manutenção da anestesia fixa com administração endovenosa
3. Taxa de administração de fluídos
- Taxa rápida de rehidratação
90 ml/Kg/h – cães
5 ml/Kg/h – gatos
- Ter em atenção os sinais de sobrehidratação
•Descarga nasal e ocular
•Aumento dos sons pulmonares
•Aumento do ritmo respiratório
•Dispneia
Tipos de fluidos
i)Cristalóides: - soluções eletrolíticas balanceadas
- Soluções salinas: NaCl 0,9%, Lactato de ringer
- Soluções com dextrose a 2,5 ou 5%
ii) Colóides: - naturais: plasma, sangue
- sintéticos: dextran, hetastrarch e pentastarch
4. Preparação do local da cirurgia
- Tricotomia (tosquia)
•Corte no sentido do crescimento do pêlo
•Ter a certeza que removemos uma área suficiente de pêlo (no mínimo 7cm a toda a volta)
•Áreas com infecção evidente devem ser tosquiadas posteriormente
- Lavagem da pele
• Remoção da gordura cutânea, com éter ou álcool
• Lavagem com desinfectantes no mínimo 3 vezes
• Lavar sempre do local da incisão para a periferia
Vantagens da administração de pré-anestésicos
-Acalmar ou sedar os animais excitados ou perigosos
-Permite manipular os animais de forma mais fácil e tranquila
-Promovem uma indução e recuperação anestésicas mais suaves
-Reduzir ou eliminar os efeitos dos anestésicos gerais (vómito, diarreia, salivação, bradicardia, arritmias, etc.)
-Reduzir a dose de anestésico geral
-Diminuir a dor e o desconforto no pós-operatório
-Facilitar a imobilização dos animais submetidos a analgesia local ou regional
A escolha dos agentes pré-anestésicos depende:
1. Da natureza da intervenção
2. Preferência do anestesista
3. Espécie, estado geral e temperamento do animal
Classificação dos agentes pré-anestésicos:
- Anticolinérgicos
- Tranquilizantes, sedativos e hipnóticos
- Analgésicos
- Neuroleptanalgésicos
Aula 14
1. Anticolinérgicos
•Competem com a acetilcolina para os seus receptores
•Contrariam a acção da acetilcolina
Acção da acetilcolina:
-Ocular: aumento da produção de lágrimas, miose
-Digestivo: aumento da secreção salivar e gástrica
-Pulmonares: broncoconstrição
-Cardíaco: bradicardia
São usados para:
- Reduzir secreções das glândulas salivares
- Reduzir as secreções das glândulas mucosas do tracto respiratório
- Reduzir a motilidade gástrica e intestinal
- Bloquear o nervo vago e contrariar o aparecimento da bradicardia sinusal
1.1. Sulfato de atropina (alcaloide da Belladona)
- Mecanismo de acção: Bloqueia dos receptores muscarínicos da acetilcolina
- Vias de administração: SC, IM e EV (emergência). Quando EV cuidado!! Pode causar bradicardia inicial
- Duração de acção: 1 a 1,5h
- Metabolização: - cães, a maioria é eliminada intacta
- gatos, a maior parte sofre metabolização
- Excreção: renal
Indicações e contra-indicações
-A inclusão da atropina por rotina tem vindo a diminuir
-Indicada para diminuir as secreções salivares, respiratórias e prevenir bradicardia sinusal
-Recomendada quando se utilizam drogas com potente efeito vagotónico
-Contra-indicada em pacientes com taquicardia
1.2. Glicopirrolato
Composto quaternário de amónio sintético
M.A.- Semelhante à atropina mas de efeito mais prolongado
Via de administração: SC, IM ou EV
Duração de acção: 2 a 3h; efeito antissiálogogo 6 a 8 horas
Menor risco de desenvolver taquicardia
2. Tranquilizantes e sedativos
Derivados das Fenotiazinas
–Acepromazina
–Clorpromazina
–Prometazina
A acção das Fenotiazinas são semelhantes variando na potência e na duração de acção
A acepromazina é a mais utilizada em Medicina Veterinária
Via de administração: Oral, SC, IM e EV
Acepromazina
Tem efeito sobre:
-SNC:
-Depressão
-Não produz analgesia
-Efeito anti-émético
-Deprime o centro termorregulador
-Diminui o limiar para as convulsões
-Cardiovascular:
-Conduz a hipotensão
-Vasodilatadora
-Efeito anti-arritmico
-Ionotropo negativo
-Respiratório: nas doses terapêuticas possuem efeitos minimos
-Outros: - Relaxamento muscular leve
-Atraso no esvaziamento gástrico
-Colapso cardiovascular nos braquiocefálicos (Boxer)
-Protusão do pénis (perigoso nos cavalos)
-Leve efeito antihistaminico
Vantagens:
1.Permite diminuir a dose dos anestésicos
2.Sedam e acalmam os animais antes da anestesia
3.Efeitos respiratórios mínimos
4.Podem prevenir o aparecimento de arritmias
5.Acção antieméticos e anti-histaminicos
6.Pouco dispendiosos
Desvantagens:
1.Os seus efeitos são irreversiveis, i. é., não existe antagonista para as fenotiazinas
2.Causam hipotensão
3.Hipotermia
4.Não tem efeito analgésico
5.Potenciam o aparecimento de convulsões
Derivados das Fenotiazinas:
–Acepromazina
–Clorpromazina:
•Acção semelhante com menos contra-indicações
•10x menos potente
•Pode conduzir a excitação nos equinos
•Utilizados principalmente pelo efeito antiemético
–Prometazina:
•Semelhante à clorpromazina
•Efeito anti-histamínico potente
Derivados das Benzodiazepinas:
–São considerados tranquilizantes menores
Diazepam
–Via de administração
•Oral, rectal, IV ou IM (dolorosa)
•Não é solúvel em água; dissolvido em propilenoglicol o que torna a absorção imprevisível ou errática
•A administração IV deve ser lenta para evitar hipotensão, bradicardias e apneia
–Metabolização: hepática dando origem a metabolitos activos
–Excreção: renal
Diazepam
–Vantagens:
•Efeito cardio-respiratório mínimo
•Útil nas convulsões e epilépticos
•Pré-anestesia em geriátricos e animais debilitados
•Tem antagonista (Flumazenil)
–Desvantagens:
•Pode ter efeitos contrários aos pretendidos
•Nos animais saudáveis o seu efeito é ligeiro
•Resposta individual variável
Zolazepam
–Surge associado à Tiletamina no Zoletil®
Flumazenil
–Antagonista das benzodiazepinas
–Antagoniza o efeito 2 a 4 minutos após a administração IV e dura aproximadamente uma hora
Derivados das Butirofenonas
Droperidol
–Aparece associado ao Fentanil para formar o Innorvar-vet®
–Diminui a pressão arterial, resistência vascular periférica e ritmo cardíaco
–Depressão respiratória
–Duração de acção de aproximadamente 2 horas
–Metabolização hepática
Azaperone
–Efeitos semelhantes ao Droperidol
–Usado nos suínos
–Cuidado com a utilização noutras espécies
Alfa-2-agonistas
Xilazina
I.Efeitos:
a)Sedativos
b)Analgésicos
c)Relaxantes musculares
II.Vias de administração
I.IV início de acção 3 a 5 min
II.IM início de acção 10 a 15 min
I.Duração de acção:
a)Efeito sedativo 1 a 2 horas, por vezes 6 a 10h
b)Efeito analgésico 15 a 30 min
II.Efeito
I.Cardiovascular- aumento de pressão arterial seguido de hipotensão
II.Respiratório – geralmente diminui o ritmo respiratório; suprime o reflexo da tosse
III.Outros – vómito, diminuição do centro termorregulador, hiperglicemia e hipoinsulinémia
I.Indicações
•Pré-anestesia
•Como agente único em pequenos procedimentos
•Associado a opiáceos para produzir analgesia e sedação profunda
I.Precauções e contra-indicações
•Não associar a outros tranquilizantes
•Muita atenção em raças de peito profundo
•Não usar em patologias cardíacas, respiratórias, hepáticas ou renais
•Provoca parto prematuro e aborto em bovinos
•Pode ser absorvida por feridas de pele ou pelas mucosas
Medetomidina
–Lipofílico
–10 vezes mais potente que a Xilazina
–Via de administração – IM, SC, EV
–Efeitos
•Cardio-pulmonares semelhantes à xilazina, podendo ser mais pronunciados
•Depressão respiratória significativa
•Administração preventiva de atropina pode impedir bradicardia
Detomidina
–Mais usada no cavalo
–Usado apenas em grandes animais
–Propriedades idênticas à xilazina mas o efeito analgésico é maior
–Administração IV ou IM, actua em 3 a 5 min e dura 1 hora (efeito máximo aos 15 min)
Detomidina (sedação nos cavalos)
–Indiferença
–Abaixamento da cabeça
–Relaxamento do pénis e das pálpebras
–Queda do lábio inferior
–Ataxia
–Por vezes sudação
Antagonistas alfa-2
–Atipamizol – o mais específico
–Yohimbina – menos específicos que o Atipamizol
–Tolazolina – é o antagonista menos específico
–Idazoxam – usado na investigação científica
AULA 15
3. Analgésicos
a)Analgésicos Narcóticos
Morfina:
•Protótipo dos agonistas opióides
•Produz analgesia com algum grau de sedação
•Uso limitado ao cão
•Depressão respiratória
•Bradicardia sinusal
•Libertação de ADH (vasopressina/Hormona antidiurética) com diminuição da perfusão renal
•Vómito
•Metabolização hepática
Meperidina ou petidina
•Menor efeito cardiovascular e respiratório que morfina
•Administração EV liberta histamina
•Duração de acção de 1 a 3 horas IM
•Sedação leve
Fentanil – agonista
•Agonista sintético com potência 100 a 150 vezes superior à morfina
•Não recomendado o uso em gato
•Duração de acção curta (30 min cão)
•Efeitos cardiovasculares mínimos
•Hiperventilação, depressão respiratória e apneia
•Provoca defecação e raramente vómito
Remifentanil – agonista
•Duração de acção muito rápida
•Pode ser usado em infusão continua
Oximorfina – agonista
•10 vezes mais potente que a morfina
•Pode ser usado no cão e no gato
•Maior sedação que a morfina
•Menor depressão respiratória que a morfina
•Duração de acção 1 a 3 horas
Butorfanol – agonista- antagonista sintético
•3 a 5 vezes mais potente que a morfina
•Depressão respiratória semelhante à morfina
•Administração EV, IM e SC
•Duração de acção de 1 a 4 horas
•Bem absorvido por via oral
Buprenorfina – agonista-antagonista parcial
•30 vezes mais potente que a morfina
•Demora cerca de 20 a 30 min a atingir o efeito máximo após administração IM e EV
•Duração de acção de 6 a 8 horas EV ou IM
Antagonistas 
Agonista-Antagonista – Nalorfina
•Maior efeito antagonista que agonista
•Específico para Narcóticos
•Podem causar leve depressão respiratória
•Duração de acção – 1,5 a 3 h (EV, IM e SC)
Antagonista puro – Naloxone
•Não causa depressão do SNC nem respiratório
•13 x mais potente que a nalorfina
•Duração de acção – 15 a 45 min (EV, IM e SC)
AINEs
Analgésicos, antipiréticos, anti.inflamatórios não esteróides (AINEs)
Usados como agentes pré-anestésicos pelo seu efeito analgésico
Os fármacos mais recentes tem potências semelhantes às dos opiáceos e menos efeitos

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando