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Resenha Marisa Lajolo

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LAJOLO, Marisa. O que é Literatura. 17 ed. São Paulo: Brasiliense, 1995.
Resenhado por: Bruno José Ferreira Freitas
Para obtenção de notas nas disciplinas de Teoria Literária I, e na de Linguagem, Tecnologia e Produção Textual no curso de Letras – 1° período.
 Marisa Lajolo é pós-graduada, mestre e doutora em Teoria Literária, formada pela USP, e docente no Instituto de Estudos da Linguagem na UNI-CAMP (Departamento de Teoria Literária). 
 O livro apresenta e discute a definição do que venha a ser literatura. A estudiosa da teoria literária começa o livro mostrando a desavença que há em definir “literatura”. Questiona se literatura possa ser um simples poema ao um texto complexo, mediante sua teoria podendo ser ou não considerado, dependendo dos aspectos, do significado da circunstância na qual se debate o que é literatura. A autora afirma que para que se possa existir uma obra literária “[...] é preciso que alguém a escreva e que outro alguém a leia. [..]” (p.16), onde há uma relação e comunicação entre autor e leitor, sendo assim um objeto social. Reflete que há varias respostas para a pergunta “o que é literatura? ” Sem aproximar-se da correta, já que cada grupo social tem sua resposta, sua acepção para literatura. Evidencia os tantos conceitos dados pelo dicionário Aurélio, ressaltando somente do verbete o latim litteratura que nasce de outa palavra latina littera, que significa letra, escrita, ou seja, o que dito na oralidade passava-se a ser literatura depois de anotada e recolhida. Lajolo diz que a linguagem sempre foi algo de fascínio para os homens, que o ato de nomear os objetos era sinal de simbolização por sons e sinais gráficos, afirma que a partir desta linguagem pela sua amostra mais radical que surge a literatura. Fundamenta que não é a linguagem que conforma a literatura, é a semelhança que as palavras constituem com o contexto. Reflete que a concepção da literatura não é passada pelo conhecimento, a literatura possui autonomia é uma porta aberta para tudo que é provável, e não se restringe ao real. Destaca também a Grécia antiga que por sua vez localiza-se as primeiras reflexões sobre a literatura, onde não só exerciam a poesia, como também o teatro, a tragédia, onde desencadeou ainda os primeiros desacordos sérios sobre a definição do que era literatura. Relata o período medieval, onde a literatura passou a ter distintas formas de expressão. Segundo a autora, a literatura possui um “poder transformador” (p.65) que a partir de ser criada não se limita apenas a quem a criou ou a quem é destinada, ela ultrapassa os limites. A estudiosa exemplifica essa questão quando diz que os autores na Idade Média eram financiados por pessoas ricas, logo não precisariam agradar ao público leitor, somente ao seu patrocinador. Destaca como a literatura é uma forma de entender e criticar o uso do visual e do verbal, e qualquer tipo de consumação da indústria gráfica. 
 Lajolo, não chega a uma definição do que seja literatura, as respostas são sempre provisórias e dependente do grupo social literatura pode-se definir vários conceitos. Reforça a interação com o leitor, uma forma de entreter e chamar atenção aproximando, facilitando a compreensão da sua mensagem. Sendo assim, propõe uma visão histórica ao decorrer do livro, fundamentando o modelo teórico historicista. Necessitando assim de um conhecimento prévio de marcos da história, além de apresentar pontos da estilística acrescenta pontos da aristocracia. A teórica amplia a visão acadêmica científica para o estudo e acrescenta conhecimento do que é literatura com ideias de forma criativa e amplas abordagens diferentes. Busca a clareza e a coerência com o uso da linguagem coloquial e padrão. Lajolo propõe organização, originalidade em todas as partes do livro, de feitio lógico e sistematizado. Com a leitura do livro apresenta ser dirigido a iniciantes do curso de graduação de Letras e aos especialistas da área da literatura, como suporte, forma de comparação, acréscimo de conhecimento entre outros.

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