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Indústrias de Cerâmica

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26/04/2015 
1 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
Profa. Juliana Fonseca 
CERÂMICAS 
 ‘Idade da Cerâmica’ 
2 
Embora os arqueólogos não se refiram a esta, a 
presença de vasos domésticos feitos de barro 
queimado ofereceu algumas das melhores descrições 
das culturas humanas por milhares de anos. 
26/04/2015 
2 
CERÂMICAS 
 O alumínio (Al) é um metal comum, mas o óxido de 
alumínio, um composto de alumínio e oxigênio: Al2O3. 
 
 É típico de uma família de materiais de engenharia 
fundamentalmente diferente: as Cerâmicas. 
3 
CERÂMICAS 
 
 O óxido de alumínio (Al2O3) tem 2 vantagens principais 
em relação ao alumínio metálico: 
 
- É quimicamente estável em uma grande variedade de 
ambientes severos, enquanto o alumínio metálico seria 
oxidado; 
 
- Tem um ponto de fusão significativamente mais alto 
(2020 °C) que o Al metálico (660 °C), tornando-o um 
refratário (material resistente a alta temperatura de 
grande uso na construção de fornos industriais). 
4 
26/04/2015 
3 
CERÂMICAS 
 Já que a alumina possui propriedades químicas e de 
resistência a temperaturas superiores, por que ela não é 
usada para aplicações, como motores automotivos, no 
lugar do alumínio metálico? 
 
 
 
 Por causa da sua fragilidade. 
5 
CERÂMICAS 
6 
 
 Os desenvolvimentos na tecnologia de cerâmica estão 
expandindo sua utilidade para aplicações estruturais sem 
eliminar sua fragilidade inerente, mas aumentando sua 
resistência para níveis suficientemente altos. 
26/04/2015 
4 
CERÂMICAS 
 Um exemplo é o nitreto de silício (Si3N4), um candidato 
importante para motores a jato que operam em altas 
temperaturas e são energeticamente mais eficiente – uma 
aplicação inconcebível para as cerâmicas tradicionais. 
7 
CERÂMICAS 
 O óxido de magnésio (MgO) e a sílica (SiO2) são outros 
bons exemplos de cerâmicas. 
 
 Além disso, SiO2 é a base de uma família grande e 
complexa de silicatos, que inclui argilas e minerais do tipo 
argila. 
8 
26/04/2015 
5 
CERÂMICAS 
 A grande maioria das cerâmicas comercialmente importantes é 
um compostos químico feito pelo menos de um elemento 
metálico e um de 5 elementos não-metálicos (C, N, O, P ou S). 
 
9 
CERÂMICAS 
 Cerâmica avançada: o supercondutor em alta temperatura. 
10 
26/04/2015 
6 
CERÂMICAS 
Os metais e as cerâmicas possuem uma característica 
estrutural semelhante na escala atômica: 
eles são cristalinos, o que significa que seus átomos 
constituintes são empilhados em um padrão regular, 
repetitivo. 
 
11 
CERÂMICAS 
Uma distinção entre os materiais de tipo metálico e 
cerâmico é que, por algumas técnicas, muitas 
cerâmicas podem ser fabricadas em uma forma não-
cristalina: seus átomos são empilhados em padrões 
irregulares, aleatórios. 
12 
26/04/2015 
7 
CERÂMICAS 
 O termo geral para sólidos não-cristalinos com 
composições comparáveis às das cerâmicas cristalinas é: 
Vidro. 
13 
CERÂMICAS 
 O vidro comum de janela é composto por, 
aproximadamente, 
 72% sílica (SiO2), 
 28% óxido de sódio (Na2O) + óxido de cálcio (CaO). 
14 
26/04/2015 
8 
CERÂMICAS 
 Os vidros compartilham a propriedade de fragilidade com 
as cerâmicas cristalinas. 
 
 
 
 
 
 
 
 Mas são materiais importantes por suas outras 
propriedades: 
 capacidade de transmitir luz visível (além da radiação 
ultravioleta e infravermelha) e inércia química. 15 
CERÂMICAS 
 
 Os compostos de 
aluminossilicatos tendem a ter 
baixos coeficientes de expansão 
térmica: 
 
 tornando-os resistentes a fraturas 
ocasionadas por rápidas 
mudanças de temperatura. 
16 
26/04/2015 
9 
CERÂMICAS 
Vitrocerâmica 
 Certas composições de vidro podem ser totalmente 
devitrificadas (estado vítreo para o estado cristalino) por um 
tratamento térmico. 
 
 A estrutura em escala microscópica de alta qualidade (granular 
e sem porosidade) oferece um produto com força mecânica 
superior à de muitas cerâmicas cristalinas tradicionais. 
17 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
Também Chamadas 
 
• Indústrias de Produtos de Argila. 
• Indústrias de Silicatos. 
 
• Produtos: diversos materiais, essencialmente 
silicatos. 
26/04/2015 
10 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
Necessidade atual 
Desenvolver materiais capazes de: 
 
Suportar temperaturas mais elevadas; 
Resistir a maiores pressões; 
Apresentando, ao mesmo tempo 
propriedades mecânicas 
superiores 
características elétricas 
especiais 
proteção a agentes químicos 
corrosivos 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
Tipos de Produtos 
 
1. Cerâmicas. Porcelanas, louça, vasos, louça de pó de pedra 
e louça vitrificada. 
2. Produtos estruturais de argila. Tijolos, tijolos de 
revestimento, terracota, manilhas e tubos sanitários. 
3. Refratários. Tijolos refratários; tijolos de sílica, de cromita, 
de magnesita, de magnesita-cromita; refratários de carbeto 
de silício e de zircônia; produtos de silicato de alumínio e de 
alumina. 
4. Produtos cerâmicos especiais. 
5. Esmaltes e metal esmaltado. 
26/04/2015 
11 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
História 
 
• A fabricação de potes pelo oleiro é uma das indústrias 
humanas mais antigas. 
• Encontra-se louça de barro queimado ao forno desde 
períodos datando de cerca de 15.000 a.C. 
• A fabricação estava bastante desenvolvida no Egito 10 
séculos depois. 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
História 
 
 
As necessidades de materiais de qualidade superior levaram 
a um amplo espectro de sistemas. 
Maior destaque foi atribuído ao cruzamento entre a química 
dos silicatos e a metalurgia e a física do estado sólido. 
Associados a vários processos controlados por computador 
e à automatização crescente, que caracterizam os 
métodos modernos de fabricação. 
26/04/2015 
12 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
• Recentemente, foram desenvolvidos novos processos de 
fabricação de tijolos a partir de refugos inorgânicos, como 
moinha de cinza de usinas termelétricas, areia de fundição, 
refugos de mineração, escória de fornos e uma grande 
variedade de outros materiais. 
 
 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
Matérias Primas Básicas 
 
usadas na fabricação dos produtos clássicos de 
cerâmica: 
 
Argila 
Feldspato 
Areia 
 
26/04/2015 
13 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
Argilas 
 
• São silicatos de alumínio hidratados. 
• Mais ou menos impuros. 
 
• Resultantes da alteração provocada pelo intemperismo das 
rochas ígneas, em que o feldspato era um mineral inicial 
importante. 
 
• Reações: 
K2O.Al2O3.6SiO2 + CO2 + 2H2O  K2CO3 + Al2O3.2SiO2.2H2O +2SiO2 
 
 
feldspato potássico caulinita sílica 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
• Minerais classificadas como argilas mais importantes: 
 
Caulinita (Al2O3.2SiO2.2H2O) 
Montmorilonita [(Mg,Ca)O.Al2O3.5SiO2.nH2O] 
Ilita (K2O,MgO,Al2O3,SiO2,H2O, em proporções variáveis) 
 
• Do ponto de vista cerâmico, as argilas são plásticas e 
moldáveis quando estão suficientemente cominuídas e 
úmidas. 
 
• São rígidas quando secas e vitrosas quando queimadas 
numa temperatura suficientemente elevada. 
26/04/2015 
14 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
• Junto com as argilas, obtém-se também quantidades 
variáveis de feldspato, de quartzo e de outras impurezas, 
como os óxidos de ferro. 
 
 
• Em quase todas as argilas, usadas na indústria de 
cerâmica, o mineral básico é a caulinita. 
 
 
• Em alguns casos é usada a bentonita, cuja base é a 
montmorilonita, quando se deseja uma plasticidade muito 
elevada. 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
 
• Esta plasticidade, ou trabalhabilidade,é bastante 
influenciada pelas condições físicas da argila e varia 
grandemente entre os diversos tipos. 
 
• As argilas são escolhidas pelas propriedades particulares a 
que se visam e muitas vezes são misturadas para se ter o 
melhor resultado. 
 
• As argilas variam de tal forma nas respectivas propriedades 
físicas e quanto às impurezas que contêm que é 
frequentemente necessário melhorá-las mediante um 
processo de beneficiamento. 
26/04/2015 
15 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
Beneficiamento do Minério 
 
Nem sempre os minerais apresentam-se na natureza na forma 
em que serão consumidos pela indústria, quer seja por suas 
granulometrias (tamanhos) quer por estarem associados a 
outros minerais, que não têm interesse ou são indesejáveis 
para o processo industrial a que se destinam. 
 
É para a adequação dos minerais aos processos industriais 
que se utiliza o beneficiamento dos minérios. 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
Fragmentação 
A fragmentação ou redução de tamanho é uma técnica de 
vital importância no processamento mineral. 
 
Um minério deve ser fragmentado até que os minerais úteis 
contidos sejam fisicamente liberados dos minerais 
indesejáveis. 
 
Às vezes, a redução de tamanho visa apenas à adequação às 
especificações granulométricas estabelecidas pelo mercado, 
como, por exemplo, a fragmentação de rochas como o granito 
ou calcário para a produção de brita. 
26/04/2015 
16 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
Fragmentação 
Em todos os casos, a fragmentação é uma operação que 
envolve elevado consumo energético e baixa eficiência 
operacional, representando, normalmente, o maior custo no 
tratamento de minérios. 
 
A fragmentação é quase sempre dividida em várias etapas, 
para minimizar seus custos e não fragmentar as partículas 
além do necessário. 
 
As etapas iniciais da fragmentação, quando ainda são gerados 
tamanhos relativamente grandes de partículas (diâmetros até 
aproximadamente 1 mm), são chamadas de britagem. 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
Fragmentação 
Quando a fragmentação visa atingir tamanhos bem menores 
(por exemplo: 0,074 mm), dá-se o nome de moagem. 
 
Os equipamentos que fazem a britagem são chamados de 
britadores e os de moagem moinhos. 
 
São exemplos de britadores mais utilizados nas operações 
mineiras: britadores de mandíbulas e britadores giratórios. 
 
26/04/2015 
17 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
Fragmentação 
Em relação aos moinhos tem-se: 
 moinho de martelos moinho de rolos 
moinho de barras moinho de bolas 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
Beneficiamento da Argila 
26/04/2015 
18 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
Feldspatos 
• 3 tipos comuns: 
 
Potássicos (K2O.Al2O3.6SiO2) 
Sódicos (Na2O.Al2O3.6SiO2) 
Cálcicos (CaO.Al2O3.6SiO2) 
 
• em maior ou menor medida, são usados nos produtos 
cerâmicos. 
• grande importância como fundente nas fórmulas cerâmicas. 
• pode estar presente na argila da jazida, ou ser adicionado 
conforme as necessidades. 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
Matérias-Primas Básicas para Cerâmicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*infusível na temperatura mais elevada da queima do carvão (1.400 °C). 
Caulinita Feldspato Areia ou Sílica 
Fórmula Al2O3.2SiO2.2H2O K2O.Al2O3.6SiO
2 
SiO2 
Plasticidad
e 
Plástica Não Plástica Não Plástica 
Fusibilidad
e 
Refratário* Aglomerante 
facilmente 
fusível 
Refratário* 
Ponto de 
fusão 
1.785 °C 1.150 °C 1.710 °C 
Retração 
na queima 
Retração grande Funde Não há retração 
26/04/2015 
19 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
Alguns Fundentes mais Comuns 
 
 
Ácido Bórico (H3BO3) Fluorita (CaF2) 
Barrilha (Na2CO3) Criolita (Na3AlF6) 
Nitrato de Sódio (NaNO3) Óxidos de ferro 
Perlasso (K2CO3) Óxidos de antimônio 
Nefelino sienito Óxidos de chumbo 
Ossos calcinados Minerais de lítio 
Apatita [Ca5(F,Cl,OH)(PO4)3] Minerais de bário 
Bórax (Na2B4O7.10H2O) 
INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
Alguns Ingredientes Refratários Especiais 
 
Alumina (Al2O3) Zircônia (ZrO2) 
Olivina [(FeO, MgO)2SiO2] Titânia (TiO2) 
Cromita (FeO.Cr2O3) Silicatos de magnésio hidratados 
Silicatos de alumínio (Al2O3.SiO2) ex. talco (3MgO.4SiO2.H2O) 
(cianita, silimanita, andalusita) Carborundo (SiC) 
Dumotierita (8Al2O3.B2O3.6SiO2.H2O)Mulita (3Al2O3.2SiO2) 
Magnesita (MgCO3) Dolomita [(CaMg(CO3)2] 
Cal (CaO) e calcário (CaCO3) Tória (ThO2) 
26/04/2015 
20 
QUÍMICA FUNDAMENTAL DAS CERÂMICAS 
 
 
Os produtos cerâmicos são feitos pela combinação de 
quantidades diversas das matérias-primas mencionadas 
anteriormente, pela conformação apropriada e pelo aquecimento 
até a temperatura de queima. 
 
Estas temperaturas podem ser baixas (~700 °C), na queima de 
certos vidrados, ou tão elevadas quanto 2.000 °C, necessária 
para muitas vitrificações. 
QUÍMICA FUNDAMENTAL DAS CERÂMICAS 
Estas temperaturas provocam várias reações, que constituem 
a base das seguintes conversões químicas: 
 
1.Desidratação: “perda de água de cristalização”, entre 150 e 
650 °C. 
 
2.Calcinação: entre 600 e 900 °C. 
 
3.Oxidação do ferro II e da matéria orgânica: entre 350 e 
900 °C. 
 
4.Formação de silicato: a 900 °C ou mais. 
26/04/2015 
21 
QUÍMICA FUNDAMENTAL DAS CERÂMICAS 
• Estudos baseados na regra das fases tiveram importância 
revolucionária na interpretação das observações empíricas da 
indústria de cerâmicas e auxiliaram a realização de previsões 
destinadas a melhorias. 
QUÍMICA FUNDAMENTAL DAS CERÂMICAS 
• Os produtos cerâmicos são todos mais ou menos refratários, 
isto é, resistentes ao calor. 
 
• O grau de resistência térmica de um dado produto é 
determinado pelas quantidades relativas dos óxidos 
refratários e dos óxidos fundentes. 
 
• Os principais óxidos refratários são: SiO2, Al2O3, CaO e o 
MgO. ZrO2, TiO2, o Cr2O3 e o BeO são menos comumente 
usados. 
 
• Os principais óxidos fundentes são: Na2O, K2O, B2O3 e SnO2; 
além dos fluoretos que são usados em certas composições. 
26/04/2015 
22 
QUÍMICA FUNDAMENTAL DAS CERÂMICAS 
• O ingrediente comum a todos os produtos cerâmicos é a argila 
(caulinita). 
 
 
 
 
• O primeiro efeito do calor é a eliminação de água de 
hidratação (600 – 650 °C) e absorve bastante calor, deixando 
um resíduo amorfo de alumina e sílica. 
 
Al2O3.2SiO2.2H2O  Al2O3 + 2SiO2 + 2H2O 
 
 
 
 e por isso as reações químicas que ocorrem no 
aquecimento da argila são muito importantes. 
QUÍMICA FUNDAMENTAL DAS CERÂMICAS 
• Continuando do aquecimento (a 940 °C) 
• a alumina amorfa se transforma numa forma cristalina, a γ-
alumina, com considerável desprendimento de calor. 
 
• A cerca de 1.000 °C - a alumina e a sílica combinam-se 
formando a mulita (3Al2O3.2SiO2). 
 
• A uma temperatura ainda mais alta, a sílica remanescente é 
convertida a cristobalita  a reação global fundamental no 
aquecimento da argila é: 
3(Al2O3.2SiO2.2H2O)  3Al2O3.2SiO2 + 4SiO2 + 6H2O 
 caulinita mulita cristobalita 
 
26/04/2015 
23 
QUÍMICA FUNDAMENTAL DAS CERÂMICAS 
• O diagrama de equilíbrio de fases do sistema Al2O3.SiO2 
resume os estados de equilíbrio em função das temperaturas. 
 
• A presença de fundentes tende a baixar a temperatura de 
formação da mulita e o atingimento das condições de 
equilíbrio dadas no diagrama de equilíbrio. 
 
• Uma massa cerâmica real contém muito mais ingredientes 
que a própria argila. 
 
• Por isso, as reações químicas são mais complicadas e 
existirão outras espécies presentes no produto final. 
QUÍMICA FUNDAMENTAL DAS CERÂMICAS 
• Todos os óxidos cerâmicos sofrem umcerto grau de 
vitrificação durante o aquecimento. 
 
• Este grau de vitrificação depende: 
 
- das quantidades relativas de óxidos refratários e de 
óxidos fundentes na composição, 
- da temperatura, 
- do tempo de aquecimento. 
 
26/04/2015 
24 
QUÍMICA FUNDAMENTAL DAS CERÂMICAS 
 
• A fase vitrificada atribui qualidades desejáveis a alguns 
corpos cerâmicos . Por exemplo, atua como ligante na 
porcelana e atribui-lhe certa transparência. 
 
 
 
 
 
• A vitrificação é desejável, num certo grau, até mesmo em 
refratários, para atuar como agente ligante, mas uma 
vitrificação muito intensa destroi as qualidades 
refratárias. 
QUÍMICA FUNDAMENTAL DAS CERÂMICAS 
O grau de vitrificação (redução da porosidade) fornece a base para 
uma classificação útil dos produtos cerâmicos, conforme a lista a seguir: 
 
1. Cerâmicas brancas: diversos teores de fundentes, aquecimento a 
temperaturas moderadamente elevadas, diversos graus de vitrificação. 
2. Produtos estruturais de cerâmica (cerâmicas vermelhas): fundentes 
abundantes, calor a baixa temperatura, pouca vitrificação. 
3. Refratários: pouco fundente, calor a elevadas temperaturas, 
pequena vitrificação. 
4. Esmaltes: fundentes muito abundantes, calor a temperaturas 
moderadas, vitrificação completa. 
5. Vidros: fundentes em quantidades moderadas, calor a temperaturas 
elevadas, vitrificação completa. 
 
 
26/04/2015 
25 
CERÂMICAS BRANCAS 
• Produtos usualmente brancos e de textura fina. 
 
• Obtidas a partir de tipos escolhidos de argila aglutinados mediante 
quantidades variáveis de fundentes e aquecidos num forno a 
temperaturas relativamente elevadas (1.200 a 1.500 °C). 
 
• Em virtude das diferentes quantidades e das diversas espécies de 
fundentes, há uma variação grande no grau de vitrificação das 
cerâmicas brancas, desde a louça comum até a porcelana vitrificada. 
CERÂMICAS BRANCAS 
Classificação dos produtos 
 
1. Louça Comum – semivitrificada, porosa, opaca, com um 
vidrado mole. 
 
2. Louça Vitrificada – porcelanizada, cerâmica com um vidrado 
medianamente resistente à abrasão; é usada com objetos não 
técnicos. 
 
3. Porcelana – cerâmica vitrificada, translúcida, vidrado duro, 
que resiste ao máximo à abrasão. Inclui a porcelana química, a 
isolante e a dentária. 
26/04/2015 
26 
CERÂMICAS BRANCAS 
4. Louça de pó de pedra – uma das louças mais antigas, muito 
anterior à porcelana  porcelana grosseira; fabricada a partir de 
materiais de baixa qualidade e processos sem controle 
cuidadoso. 
 
5. Louça sanitária –- antigamente  feita de argila, era porosa 
e incoveniente; hoje  composição vitrificada. 
 
6. Ladrilhos – diversos tipos, classificados como (i) ladrilhos 
para pisos, resistentes à abrasão, impermeáveis à penetração de 
líquidos, vidrados ou não; e (ii) azulejos – diversas cores e 
texturas, superfície dura e permanente. 
CERÂMICAS BRANCAS 
Fabricação de Porcelana 
26/04/2015 
27 
CERÂMICAS BRANCAS 
• As matérias-primas são pesadas e transferidas para um carro 
carregador (Op). 
• O feldspato, as argilas e a sílica são misturados com a água na 
misturadora, passam por um separador magnético, são peneirados e 
armazenados (Op). 
• A maior parte da água é removida (e refugada) num filtro-prensa 
(Op). 
• Todo o ar é retirado na amassadeira, que opera sob vácuo e com o 
auxílio de lâminas cortadeiras. Com isso se obtém uma porcelana 
mais densa e forte (Op). 
• A massa preparada é conformada em peças numa prensa hidráulica 
ou mediante prensagem a quente, nos moldes convenientes (Op). 
CERÂMICAS BRANCAS 
• As peças sofrem uma secagem preliminar, são acabadas e 
rebarbadas, e por fim completamente secas, em condições 
cuidadosamente controladas (Op). 
• Assegura-se o lustre superficial mediante um vidrado feito de 
materiais selecionados (Op). 
• A vitrificação do corpo cerâmico e do vidrado é feita num forno-
túnel, com o controle preciso da temperatura e do deslocamento 
das peças (Cq). 
• As peças de porcelana são protegidas, durante a queima, por caixas 
de refratários onde são colocadas, sendo as caixas empilhadas umas 
sobre as outras e dispostas em vagonetes. Neste processo só há uma 
queima, pois o corpo e o vidrado são queimados simultaneamente. 
26/04/2015 
28 
CERÂMICAS BRANCAS 
• Grande parte da louça de mesa é fabricada por processos mais 
complicados que os artigos de porcelana. 
 
• Algumas peças são moldadas na roda do oleiro  trabalha a massa 
plástica com as mãos, conformando-a na configuração desejada; 
outras peças são moldadas por colagem, com barbotina, que é 
derramada em moldes absorventes de gesso de Paris. 
 
• Depois de secas, são removidas dos moldes para sofrer o 
processamento posterior necessário. 
 
• As peças de formas complicadas, como os objetos artísticos ou os de 
laboratório, podem ser produzidas por este método. 
CERÂMICAS BRANCAS 
• Fig 9.4 a e b. 
26/04/2015 
29 
CERÂMICAS BRANCAS 
• A produção em massa de objetos simples, redondos, como 
xícaras, pratos, pires, é feita economicamente por 
estampagem. 
 
• a argila plástica é prensada no molde, ou sobre o molde, 
que gira na horizontal. 
 
• O oleiro é auxiliado na moldagem da superfície externa do 
objeto por uma peça, que tem o perfil do objeto e é 
abaixada sobre a massa, conformando-a e retirando-lhe o 
excesso. 
PRODUTOS ESTRUTURAIS DE ARGILA 
• Os produtos mais baratos, mas muito duráveis, como o tijolo, 
a terracota, as manilhas de esgoto e as águas servidas, são 
fabricados muitas vezes com a argila mais comum e barata, 
com ou sem vitrificação. 
 
 
26/04/2015 
30 
PRODUTOS ESTRUTURAIS DE ARGILA 
Fabricação de Tijolos 
 
As matérias-primas são argilas de três grupos: 
(1) argilas vermelhas, 
(2) argilas brancas, 
(3) argilas ocres, usualmente refratárias. 
 
 
As exigências feitas a um tijolo à vista são: ausência de 
empenamento, ausência de sais solúveis, dureza e 
uniformidade geral de colorações depois da queima. 
PRODUTOS ESTRUTURAIS DE ARGILA 
• As exigências feitas aos tijolos comuns são muito menos 
drásticas; usualmente, emprega-se argila vermelha. 
 
• Os tijolos são fabricados por um entre 3 processos: a lama 
líquida, a lama rígida, ou a prensagem a seco. 
 
• No procedimento que predomina: a lama rígida, a argila tem 
umidade suficiente (12 a 15 %) para manter-se encorpada no 
trabalho. 
 
• A desaeração aumenta a trabalhabilidade, a plasticidade e a 
resistência do tijolo úmido graças à redução dos vazios. 
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PRODUTOS ESTRUTURAIS DE ARGILA 
• Os tijolos são secados de diversas formas: ao ar livre, em 
galpões ou em túneis de secagem. 
 
• Depois de secos, os tijolos são queimados em fornos, a 
temperaturas entre 875 °C e pouco acima de 1.000 °C. 
 
• A combinação do secador e do forno de queima é uma 
tendência recente. 
 
• O processo da lama rígida é empregado na fabricação de 
praticamente todos os produtos de argila, inclusive dos de 
manilhas de esgoto, de tubos para cabos, de revestimentos 
contra incêndio e de terracota. 
PRODUTOS ESTRUTURAIS DE ARGILA 
 
 
• O tipo de argila disponível no local é que 
determina, muitas vezes, o produto cerâmico que 
pode ser fabricado economicamente. 
 
• A fabricação de produtos estruturais em cerâmica 
tornou-se muito mecanizada e as fábricas sem 
modernização não podem ser competitivas. 
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INDÚSTRIAS DE CERÂMICA 
 
• http://www.youtube.com/watch?v=hxB0udRVdnU&fea
ture=related 
 
• http://www.youtube.com/watch?v=E_qgh17LvbI 
 
• http://www.youtube.com/watch?v=hvwG1KdeFRk

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