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ENCEFALOMIELITE AVIÁRIA O vírus da encefalomielite aviária é o agente etiológico de uma doença difundida mundialmente nas aves transmitida pelas vias oral e fecal Em aves jovens o vírus induz paralisia, ataxia e distrofia muscular Em aves adultas a infecção é geralmente subclínica, resultando em queda na produção de ovos A transmissão também pode ser por via vertical, resultando na diminuição da eclosão e ataxia ou tremores característicos nas aves que nascem infectadas Doença de Distribuição Mundial 1º surto da doença ocorreu em 1930 publicado na revista Science em 1932 onde foram observados pintos com 2 semanas de idade apresentando tremores de cabeça A epizootiologia da doença foi esclarecida por Calnek et al que desenvolveram em 1962 uma vacina oral administrada até os dias atuais ETIOLOGIA Vírus da família Picornaviridae RNA de fita simples Não envelopado Amostra de Campo (não causam lesões embrionárias) Apresenta transmissão horizontal, infectando aves por via oral e disceminando-se pelas fezes. São enterotrópicas e apresentam baixa patogenicidade, exceto para pintos susceptíveis. Algumas amostras tendem a ser mais neurotropicas que as outras, causando graves lesões no SNC. Em aves com mais de 3 a 4 semanas de idade as cepas de campo são praticamente apatogênicas. Cepa Adaptada em Embrião É altamente neurotrópica e não apresenta transmissão horizontal. Causa lesões macroscópicas nos embriões, como nanismo, hemorragia, degeneração muscular e desvio dos membros inferiores TRANSMISSÃO Ingestão oral Replicação nas cél. Epiteliais e Int. del. Entra na corrente sanguínea Via placas de peyer e vasos linfaticos Atinge SNCExcreção do vírus ocorre pelas fezes Pintos 2 a 3 semanas Aves eliminam o vírus por 5 dias TANSMISSÃO HORIZONTAL -Alimentos - Água - Cama - Calçado - Equipamentos contendo fezes contaminadas PERÍODO DE INCUBAÇÃO No mínimo 11 dias para apresentar sinais clínicos TRANSMISSÃO VERTICAL Aves infectadas produzem até 40% de ovos infectados PERÍODO DE INCUBAÇÃO De 1 a 7 dias PATOGENIA Infecção oral O vírus instala-se no trato digestivo principalmente no duodeno. Após 3 dias pode ser detectado no pâncreas, fígado e baço. O vírus poderá ser encontrado também no proventrículo, intestino delgado, ceco, músculos esqueléticos e SNC SINAIS CLÍNICOS Surtos ocorrem com 1 a 2 semanas de idade Sintomas também podem ser observados logo após a eclosão - Ataxia progressiva com incordenação dos movimentos das asas - Tremores de cabeça e pescoço - Inanição, prostração e morte ALTERAÇÕES ANATOMOPATOLÓGICAS Lesões macroscópicas Observa-se áreas esbranquiçadas na camada muscular do ventrículo Em aves adultas observa-se opacidade azulada no cristalino Lesões microscópicas Histologicamente as principais lesões são encontradas no SNC e em algumas vísceras DIAGNÓSTICO Isolamento e identificação do agente causal (cérebro, pâncreas e duodeno) Inoculação em embriões susceptíveis via saco da gema Imunofluorescência indireta ELISA PCR DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Doença de Newcastle Doença de Marek Distúrbios nutricionais PREVENÇÃO Não existe tratamento conhecido para a enfermidade Separar os pintinhos que apresentam sintomas Medidas de biosseguridade Vacinação dos lotes de reprodutoras durante a fase de crescimento DOENÇA DE MAREK • Doença linfoproliferativa altamente contagiosa • Causada por um herpesvírus oncogêncico associado à célula • Característica – infiltração mononuclear dos nervos periféricos • Lesão mais característica é o aumento dos nervos especialmente o ciático, vago e plexo braquial • Ameaça à indústria avícola HISTÓRICO 1926 – Descreveram as características clínicas, epidemiológicas e patológicas da doença 1949 – surto agudo 1960 – 1970 – foi relatada a via de transmissão e formulação da vacina bivalente 1990 – nova amostra do vírus rompeu a imunidade vacinal e foi formulada a vacina polivalente No Brasil a enfermidade está sob controle (vacina sorotipo 1) porém emergentes em algumas regiões ou segmentos da avicultura Distribuição: Países produtores de aves Perdas elevadas Etiologia: Família Herpesviridae » Subfamílias alfa; beta e Gammaherpesvirinae » Gammaherpesvirinae » gênero: Lyfulphocryptovirus membros = Gallid herpesvírus 2 (herpesvirus 1 da doença de Marek) Genoma constituído de DNA Considerando a antigenicidade agrupa-se em 3 sorotipos: • De baixa e alta virulência, e cepas atenuadas • Herpesvírus de galinha, não virulento e não oncogênico • Não virulento e não oncogênico Patogenia e Epizootia Hospedeiro natural – galinha Formas de transmissão – direta e indireta Replicação viral – folículo da pena Principais fontes de infecção – penas e fezes Transmissão vertical Período de incubação – 8 a 9 semanas Sinais Clínicos: Varia de ave para ave: • Paresia assimétrica progressiva • Paralisia completa de uma ou mais extremidades • Asas caídas • Incoordenação e postura incorreta • Perda de peso, anorexia e diarréia • Desidratação Morbidade e mortalidade: • Antes da vacina – 30 – 60% • Após a vacina – 5% • Fatores que influenciam as perdas nos lotes afetados: – Hospedeiro: Idade sexo Genética anticorpos maternos Ambientais e infecções intercorrentes – densidade alta micotoxinas Infecções com outros vírus intercorrentes Alterações anatomopatológicas • Lesões nos nervos periféricos • Tumores linfóides viscerais • Despigmentação da íris Lesões não neoplásicas: atrofia da bolsa de fabrício Degeneração da medula e de várias visceras Lesões da pele: Localizada ao redor dos folículos das penas: Inflamatórias Linfomatosas Diagnóstico • Fatores a considerar: Sinais clínicos Lesões microscópicas Mortalidade e morbidade Lesões comuns: Aumento de diâmetro dos nervos periféricos linfomas viscerais As aves são consideradas positivas quando: • Houver aumento de volume dos nervos periféricos • Presença de tumores linfóides em tecido: Músculo e pele fígado, coração, proventrículo (em aves com mais de 16 semanas) Tumores linfóides sem envolvimento da bolsa cloacal Descoloração da íris Diagnóstico difinitivo Testes laboratoriais • Histológico dos tecidos • Histológico de impressões das lesões de aves recém-mortas • PCR • Prevenção e controle Vacinação Medidas de biosseguraça LEUCOSE AVIÁRIA INTRODUÇÃO: O complexo leucótico aviário compreende uma variedade de neoplasias benignas e malignas. ETIOLOGIA: Agente: Retrovírus Família: Retroviridae VLA são divididos em seis grupos (A,B,C,D,E e J) O subgrupo J é o mais comum atualmente DISTRIBUIÇÃO E OCORRÊNCIA - A incidência da infecção é alta - A incidência da doença clínica geralmente é baixa PATOGENIA: - Os VLAS podem ser isolados de infecções naturais em galinhas, perus, faisões, codornas e perdizes. - Podem ser transmitidas horizontal e verticalmente Com viremia e com anticorpos (V + A+) São aves infectadas horizontalmente que geram anticorpos mas ainda não controlam a infecção. Sem viremia e com anticorpos (V – A+) A maioria das aves infectadas por infecção horizontal que geram anticorpos e controlam a infecção. Com viremia e sem anticorpos (V- A+) São aves infectadas verticalmente, as quais não desenvolvem resposta imune e são as maiores excretoras de vírus para as aves do seu lote e para a progênie. O VLA apresenta quatro classes Sorológicos/virológicos como conseqüência da infecção: Sem viremia e sem anticorpos (V - A- ) São aves de lotes não infectados ou resistentes à infecção em um lote infectado. ASPECTOS CLÍNICOS Leucose LinfoidePeríodo de incubação – 14 a 30 semanas Sinais da doença não específicos Crista apresenta-se pálida, murcha e ocasionalmente cianótica Inapetência e fraqueza Curso rápido da doença Leucose Mielóide Período de incubação variável Letargia, fraqueza geral, palidez da crista, desidratação e diarréia Curso da doença variável ALTERAÇÕES ANATOMOPATOLÓGICAS: Tumores – fígado, rins, ovário, bolsa cloacal, Coração, superfície dos ossos, coloração branco a cinzenta, Leucose linfóide – bolsa cloacal Leucose mielóide – superfície dos ossos. SINAIS CLÍNICOS: - As aves afetadas podem não apresentar nenhum sinal da doença. - Os sinais clínicos são inespecíficos e de curso rápido - Geralmente ocorre inapetência, emaciação e fraqueza das aves - O abdômem pode estar aumentado - Diminuição na produção de ovos IMUNIDADE Os Anticorpos passados para a progênie provêm de proteção passiva Anticorpos maternos retardam a infecção pelo VLA, baixa a incidência de tumores e baixa a viremia e excreção. DIAGNÓSTICO: - Histórico do lote - Para isolamento e identificação o plasma, soro e tumores das aves com lesões são a melhor fonte de vírus infeccioso. - Testes utilizados: - Fixação de complemento - ELISA - Imunofluorecência - PCR TRATAMENTO: Não existe tratamento eficaz para o controle do vírus ou tumor. CONTROLE E PREVENÇÃO: - Medidas de biossegurança - Ovos de matrizes livres de infecção.
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