Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DoençasDoenças das Avesdas Aves @biavetlove SumárioSumário @biavetlove Programa Nacional de Sanidade Avícola ..................................... Doença de Newcastle ................................................................. Influenza Aviária ....................................................................... Laringotraqueíte Infecciosa ........................................................ Bronquite Infecciosa ................................................................... Pneumovírus .............................................................................. Bouba Aviária ............................................................................ Doença de Gumboro ................................................................... Anemia Infecciosa das Galinhas .................................................. Doença de Marek ....................................................................... Leucose Aviária .......................................................................... Artrite Viral ............................................................................... Salmonelose .............................................................................. Colibacilose ............................................................................... Pasteurelose .............................................................................. Micoplasmose ............................................................................ Botulismo .................................................................................. Clamidiose ................................................................................ Coriza Infecciosa ........................................................................ Histomoníase ............................................................................. Coccidiose .................................................................................. 3 8 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 35 36 38 42 43 46 48 49 PNSAPNSA ·Frangos e ovos. Fiscalização e vigilância sanitária. ·Frigorífico, distribuidor – consumidor. Orientação de consumo de produtos inspecionados. Vigilância epidemiológica e sanitária de doenças transmitidas por alimentos. PNSA: Vigilância epidemiológica e sanitária das principais doenças aviárias – vigilância oficial. NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA: ·Doença de Newcastle Avian avulavirus. ·Influenza aviária – Influenzavirus A. ·Salmonella – S. gallinarum; S. Pullorum; S. Enteritidis; S. Typhimurium. ·Micoplasmoses – M. gallisepticum; M. synoviae; M. melleagridis. PNSA ATUAÇÃO: ·Assistência e erradicação dos focos das doenças de controle oficial. ·Padronização de medidas de biosseguridade e da desinfecção. ·Realidade do inquérito epidemiológico local. ·Vigilância sanitária realizada pela VIGIAGRO nos pontos de ingresso de material genético (portos, aeroportos, postos de fronteiras). Controle e fiscalização do trânsito de animais. GTA – guia de transito animal. Local de saída e entrada devem ser registrados pelo MAPA. - Suspensão da importação de aves, ovos férteis, produtos e subprodutos avícolas procedentes dos países onde foram notificadas ocorrências de influenza aviária. - Impossibilidade da importação de aves vivas de companhia – reestruturação da estação quarentenária. Programa Nacional de Sanidade Avícola: Portaria MAPA n°193 (19.09.1994). Regulamenta: Estrutiocultura. Avicultura industrial. Avicultura de Subsistência. Aves Ornamentais, residentes e migratórias. Estabelecimentos de ensino e pesquisa – IN 18 (25.05.2017). Objetivos: Definir ações que possibilitam a certificação sanitária do plantel avícola nacional. Favorecer a Elaboração de produtos avícolas saudáveis para mercado interno e externo. Estrutura organizacional: MAPA: SDA (sistema de defesa agropecuário): ·VIGIAGRO (sistema de vigilância agropecuária internacional). ·DIPOA (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal). ·DSA (Divisão de Defesa Sanitária Animal). ·DFIP (Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários da Secretaria de Defesa Agropecuária). ·CGAL (Coordenação-Geral de Laboratórios Agropecuários). Tudo isso coordenado pelo CSA/PNSA – Coordenação de sanidade avícola. Vigilância da cadeia produtiva (da produção ao consumo): ·Plantéis primários, bizavozeiros, avozeiros, matrizeiros. Controle sanitário e importação de lotes/amostragem. Registro, monitoramento, vigilância epidemiológica e sanitária. PNSAPNSA M. gallisepticum: Sinais: galinhas com sinais respiratórios, redução de peso e postura. Ocorre principalmente entre 4-8 semanas. Perus: Descarga nasal, edema dos seios paranasais, tosse, respiração difícil, torcicolo, opistótono (encefalite). Ornamentais: ·Edema infraorbital pronunciado. ·Descarga nasal e ocular. ·Conjutivite, descarga ocular e aumento de volume em região infraorbital. ·Material caseoso em região infraorbital. ·Mycoplasma gallisepticum. M. synoviae – articulações: ·Galinhas – mortalidade de até 10%. ·Infecção respiratória geralmente assintomática. ·Claudicação, retardo no crescimento. ·Aerosaculite. ·Ovo queimado – mancha escura. M. meleagridis: ·Sinais: geralmente assintomática. ·Co-infecção com M. iowae (doença respiratória) ou M. synoviae (sinusite). ·Mortalidade embrionária (5-6% de ovos férteis). Lesões: Em sacos aéreos (10-25%), exacerbadas na presença de outros agentes. Deformidade óssea. Área livre certificada: Liberado o comércio de aves e ovos férteis de todos os núcleos. Núcleo sob vigilância e acompanhamento – mycoplasma synoviae - proibido comércio internacional de aves e ovos férteis de todos os núcleos. - Monitoramento de todo material genético avícola ingresso no país. - Capacitação de médicos veterinários oficiais; treinar o serviço oficial em detecção de doenças avícolas de controle oficial (treinamentos). Estabelecimentos avícolas de controle permanentes: - Granjas de Seleção genética, granjas bizavozeiras, granjas avozeiras, granjas matrizeiras, granjas SPF (livres de patógenos), Incubatórios destes estabelecimentos. Estabelecimentos avícolas de Controles eventuais: - Granjas produtoras de ovos, de frango de corte, criatórios de aves ornamentais, criatórios de pesquisa e ensino e Incubatórios destes estabelecimentos. MICOPLASMOSES IN 44 (23/Ago/2001). Ementa: Aprova as Normas Técnicas para o Controle e a Certificação de Núcleos e Estabelecimentos Avícolas para a Micoplasmose Aviária (Mycoplasma gallisepticum, synoviae e melleagridis). Infecções causadas por bactérias do gênero Mycoplasma caracterizadas por sinais respiratórios e inflamação articular, dependendo da espécie de micoplasma envolvida. ·Baixa taxa de eclosão e postura. ·Baixo ganho de peso. ·Aumento da mortalidade. ·Aumento da condenação de carcaças. ·Alto uso de antibióticos. PNSAPNSA Paratifo aviário: S. Enteritidis. S. Typhimurium. Estão entre as mais prevalentes em galinhas e tem grande importância para a saúde pública. Enfermidade de distribuição mundial. São salmonelas que infectam várias espécies animais, inclusive o homem. Ataca principalmente aves jovens (até 2ª semana de vida), aves mais velhas em geral tornam-se portadoras intestinais assintomáticas. Vacinação contra S. Enteritidis. ·Permite uso de vacinas inativadas contra S. Enteritidis somente em matrizeiros. ·Proíbe o uso de qualquer tipo de vacina contra salmonelas em estabelecimentos avoseiros, em bisavoseiros e em granjas de seleção genética de reprodutoras primárias (linhas puras). - Diferenciação positivo da vacina ou doença. Positivas para S.Gallinarum, S.Pullorum - sacrifício/abate do núcleo e eliminação de todos os ovos, incubados ou não, provenientes dos núcleos afetados. Positivas para S.Enteritidis e S.Typhimurium, haverá cancelamento da certificação de livre e passará a ser considerado controlado, desde que atenda aos critérios a seguir: • Suspensão da incubação dos ovos até a obtenção de resultados negativos. • Antibioticoterapia específica para enterobactérias. • Novas provas 5 dias após término da antibioticoterapia.• Após 2 testes negativos – CERTIFICADO COMO CONTROLADO. SALMONELOSES: Portaria MAPA: N. 193 (19/09/1994). Aprova as Normas Técnicas para Controle e Certificação de Núcleos e Estabelecimentos Avícolas como livres de Salmonella Gallinarum e de Salmonella Pullorum e Livres ou Controlados para Salmonella Enteritidis e para Salmonella Typhimurium. S. gallinarum. S. Pullorum. S. Enteritidis. S. typhimurium. Febre tifóide (Salmonella Typhi), Paratifoide (Salmonella Paratyphi) – Pessoas. Tifo aviário (Salmonella Gallinarum), Pulorose (Salmonella Pullorum). Toxinfecções – paratifo: Salmonella Enteritidis. Salmonella Heidelberg. Salmonella Typhimurium. Outras 90 ... Pulorose: S. Pullorum. Diarreia branca bacilar. Enfermidade de distribuição mundial. Ocorre em aves jovens, sendo comum ocorrer em aves quase adultas e adultas. Reprodutoras pesadas e poedeiras de ovos de casca marrom são mais sensíveis. Fêmeas são mais sensíveis que os machos. Tifo aviário: S. Gallinarum. Similar a febre tifóide humana. Enfermidade de distribuição mundial. Ocorre em aves adultas, esporadicamente aves jovens e pintinhos. Reprodutoras pesadas e poedeiras de ovos de casca marrom possuem boa receptibilidade. PNSAPNSA - Nos matadouros, ocorrendo a constatação da(s) doença(s), suspender os abates até a conclusão dos trabalhos de limpeza e desinfecção recomendados pelo DIPOA e realizada a comunicação imediata ao serviço oficial. PNSA – DNC E IA DAS AMOSTRAS E PROVAS LABORATORIAIS DA SUSPEITA: • Para isolamento e identificação do vírus, devem ser obtidas amostras de aves vivas ou após necrópsia das aves sacrificadas, ou daquelas que morreram com sinais clínicos sugestivos da DN ou IA. Soro, Suabe de cloaca, Traqueia, Fezes frescas, Baço, Cérebro, Coração, Fígado, Intestino, Pulmão. INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA: 3 Km zona de proteção, 7km zona de vigilância. Sacrifício do lote por espuma. Container para sacrifício gasoso. PNSA x INFLUENZA E NEWCASTLE DA VACINAÇÃO: • Contra a doença de Newcastle é facultativa nos estados da federação, observando-se a situação epidemiológica local. • Obrigatória para estabelecimentos de controle permanente ou eventuais QUANDO DETERMINADO PELO MAPA. • Somente vacinas registradas e aprovadas pelo MAPA • No caso da IA, por se tratar de doença exótica no país, a vacinação somente poderá ser realizada quando autorizada pelo DDA/SDA, após comprovação da ocorrência da doença, avaliação de risco e análise da situação epidemiológica. Doença de Newcastle e Influenza Aviária: - Aprova as Normas Técnicas para o Controle e a Certificação de Núcleos e Estabelecimentos Avícolas para a Doença de Newcastle e Influenza Aviária. Doença de Newcastle: Virose de difusão rápida, que afeta trato respiratório, nervoso, digestivo e reprodutivo. Sinais variáveis, dependendo da cepa viral, mais ou menos patogênica. PNSA X DOENÇA DE NEWCASTLE Ementa: Declara os plantéis avícolas industriais dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e do Distrito Federal LIVRES da Doença de Newcastle. INFLUENZA AVIÁRIA Os vírus da influenza sofrem mutações de caráter antigênico e funcional, o que ocasiona, frequentemente, o surgimento de surtos, epidemias e pandemias. BRASIL: LIVRE DE INFLUENZA AVIÁRIA! Livre em Planteis avícolas industriais, pois não inclui as criações de quintal. PNSA X INFLUENZA AVIÁRIA Aprova, no âmbito do Programa Nacional de Sanidade Avícola, o Plano Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle. - Deve ser realizada a notificação de suspeita e enviado para laboratório oficial ou credenciado pelo MAPA, qualquer material de lesão sugestiva da doença encontrada na fiscalização, no abate ou na realização de necrópsia. PNSAPNSA Vias de inoculação: IM – ângulo de 90°. Músculo peitoral. Aves e répteis possuem sistema porta renal – se injetar na coxa possui essa defesa natural e será eliminada pelos rins. Vacina com corante para poder visibilizar. Via água: Tamponadores. Horário de temperaturas mais amenas. Cortar água antes para eles quererem beber. Não usar água clorada. Com corante. Ovo possui 21 dias para nascer. Em 18 dias vai para o nascedouro e recebe vacina via ovo. Com corante – pintinho corado. Órgãos corados – diagnóstico. 24h após. Contenção animal. Descarte de perfurocortante. Observar aves – imunodepressão? PLANO NACIONAL DE CONTROLE DE RESÍDUOS E CONTAMINANTES EM PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL (PNCRC) VACINAS: Vacinas replicativas vivas: Bouba aviária – de canários para galinhas. Se adapta a essas células – in vitro. Não reconhece a célula animal – atenuado. Se adapta a espécies de laboratório. Se adapta a se replicar em temperatura X e no corpo não consegue. Deletar parte do gene – vírus vivo sem aquele gene – patogenicidade. Vetores vacinais: Marek peru – inseriram vírus IBD. Proteção dupla. Vacinas não replicativas: Sem perigo de reversão. Baixa infectividade. Vacinas mortas. Proteínas recombinantes: Plasmídeo de bactéria – alta replicação – purificação. Vacinas polivalentes: choque de antígenos. Vacina inativada é mais dolorida pois é mais oleosa (precisa de adjuvante). Vacinas obrigatórias: New castle e Marek. Cada empresa tem seu calendário. Armazenamento. Lote, data de validade, laboratório – necessários para GTA (transporte). Observar os animais – ver se estão saudáveis. NewcastleNewcastle Vetores: Moscas. Sobrevivência no intestino dessas moscas por 24h (origem de fezes). Acomete todas as espécies de aves domésticas, pássaros e espécies de aves silvestres; Várias espécies de répteis e mamíferos (homem); Independe de idade. Galinhas são mais susceptíveis. Aves aquáticas são mais resistentes. Psitacídeos são os principais carreadores. Transmissão horizontal (principal): - Contato direto: secreções, fezes, aves mortas; comida, água, utensílios e roupas. - Roedores, insetos e aves silvestres. Vertical – não muito pois se for de alta patogenicidade já mata no ovo. Então pode haver de cepas de baixa patogenicidade. Período de incubação: 2 a 15 dias. Curso de até 20 dias. Em galinhas suscetíveis um surto pode levar a morte 100% das aves afetadas, em até 72h, sem qualquer sinal clínico. Cepas: ·Assintomática: infecção entérica subclínica. ·Lentogênica: infecções respiratórias brandas ou subclínicas. VACINAÇÃO. ·Mesogênico: sinais respiratórios brandos, ocasionalmente sinais nervosos com baixa mortalidade. ·Velogênico neurotrópico: alta mortalidade, observados sinais neurológicos e respiratórios. ·Velogênico viscerotrópico: alta mortalidade, observadas lesões intestinais e respiratórias hemorrágicas. Doença de New Castle - NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA IMEDIATA. Sinônimos: Pseudo-peste Aviária, Pneumoencefalite Aviária, Avulavírus aviário, Ortoavulavírus aviário 1. Grande impacto econômico. Comércio internacional de animais e subprodutos. Virose de difusão rápida, que afeta o trato respiratório, nervoso, digestivo e reprodutivo. Sinais variáveis, dependendo da cepa viral, mais ou menos patogênica. Mortes repentinas (rápidas) e de maioria do plantel. Saúde pública – zoonose. Etiologia vírus: Família: Paramyxoviridae. Subfamília: Avulavirinae. Gênero: Ortoavulavirus. Espécies: ortoavulavirus aviário 1. Vírus RNA, Envelopado, Fita simples. Genoma não segmentado (segmentos podem se misturar e formar novos vírus), polaridade negativa. Envelope com 2 projeções de superfície - proteínas: Glicoproteína HN com capacidade de hemaglutinação e de neuraminidase. Glicoproteína F – responsável pela fusão nuclear, hemólise e penetração viral. Testes de sobrevivência: Sob penas – 87 dias a 37°C. Sob ovos – 126 dias a 25°C. Aviário (253 dias) e congelamento (6 meses a 2 anos). Bem resistente nesses ambientes. NewcastleNewcastle ·Hemorragias no proventriculo e ao redor das glândulas (geralmente produzidas por cepas viscerotrópicas). ·Edema subcutâneo. ·Úlceras fibrinonecróticas na faringe e esôfago. ·Traqueia hemorrágica – diferenciar de laringotraqueíte. ·Nódulos hemorrágicos.Hemorragia no proventriculo, moela, gordura, coração, intestino. Edema de barbela, orelha e cabeça. Cianose de cabeça. Lesões microscópicas: Depende da cepa envolvida. ·Inclusões intracelulares – citoplasma e núcleo. ·Precisa de células para se replicar. ·Na traquéia: hiperplasia da mucosa com corpúsculos celulares. ·No cérebro: encefalomielite. Imunoperoxidase – tecido ou cultivo celular. Anticorpo com enzima que oxida (reação antígeno-anticorpo) e a coloração da célula fica marrom. Material para laboratório: De acordo com as lesões. ·Traqueia, encéfalo, pulmões, baço, proventriculo. Diagnóstico: Deve ser rápido devido a velocidade de disseminação. ·Isolamento em cultivo celular. ·Inoculação em ovo embrionado. ·Hemaglutinação e inibição da hemaglutinação. ·ELISA. ·Testes moleculares: RT-PCR, qPCR. PATOGENIA: Via respiratória/digestória. ·Replicação primária – mucosa do sistema respiratório superior, mucosa intestinal. ·SNC, epitélio traqueobronquial, tecido linfóide intestinal. ·Digestivo e reprodutor. Materiais de diagnóstico de acordo com as vias. Mortalidade: Lesões no SNC, Lesões respiratórias agudas, hemorragias digestivas, associadas a diarréia e desidratação. Sinais clínicos: Variam de infecções subclínicas até infecções fatais com 100% de mortalidade; ·Incoordenação motora – patas esticadas ou abertas. ·Opistótomo. ·Torcicolo. ·Diarreia profusa geralmente esverdeada. ·Dificuldade respiratória em diferentes graus. ·Bico aberto – dificuldade respiratória. ·Queda importante na postura. ·Ovos sem casca, com casca mole ou rugosa. ·Retorno demorado a produção normal de ovos. ·Sequelas nervosas (espasmos, tremores musculares). ·Ave com cabeça contra o chão. Infecção de patos – pode acontecer sinais neurológicos se dose alta ou cepa muito patogênica. Comum em avestruzes Lesões macroscópicas: ·Alterações hemorrágicas e necrose da parede intestinal. NewcastleNewcastle ·Tela preta de plástico – roedores destroem. ·Raio de 3km – controlado e abatido. ·+ 7 km (10 km totais) - trânsito controlado. Instrução Normativa nº17 /2006: Controle e Prevenção da Doença de Newcastle. Vacinação: Frangos de corte: 1,7,14 dias. Animais de postura: 1, 7, 14, 35, 70, 155, 245, 336, 427 dias. Aves ornamentais – 3 em 3 meses. Principalmente de exposições. Aves de subsistência – teriam que vacinar, mas é muito custoso. Vias de vacinação: ·ocular, nasal, oral (água), aerossóis ou spray, membrana da asa (cepas lentogenica). ·Intramuscular ou subcutânea (vacinas inativas). Via ovo – causa sinal neurológico. ·Isolamento viral – pouco vírus 7 dias. Sem alteração por mais 7 dias e negativo aos 20 dias. Inoculação em ovos embrionados: Via de inoculação: CAM (membrana cório- alantóide). Sem romper membrana. Lesões 5-7 dias pós inoculação morte embrionária, lesões cerebrais, hemorragias. Hemaglutinação: Hemácias do animal – com material suspeito (ex: swab de traquéia). ·Se tiver vírus – hemaglutinação (tudo fica avermelhado, pois tudo se liga). Hemácia=antígeno=anticorpo. ·Se não tiver – hemácias se acumulam no fundo. Hemácia, anticorpo. Inibição de hemaglutinação: Soro do animal positivo tem anticorpos. Amostra reage antígeno-anticorpo e inibe ligação das hemácias que rolam para o fundo. Ou Vírus se liga no vírus-anticorpo-hemácia e cora a amostra. Diagnóstico diferencial: Sinais respiratórios, neurológicos ou entéricos de outras doenças. ·Bronquite infecciosa, Laringotraqueite, Influenza aviária, Coriza, Micoplasmose, Encefalomielite, Doença de Marek. Prevenção e controle: ·Manter os lotes bem separados de outras aves e livres da presença de pássaros; ·Evitar ao máximo visitantes. ·Evitar movimento de outras aves e trocas de equipamentos entre lotes. ·Tela anti-pássaros nos galinheiros. 2,5x2,5 (1 polegada). InfluenzaInfluenza Patogênese: ·Aerossóis ou contato com fômites e superfícies contaminadas. ·Replicação no epitélio ciliado do sistema respiratório superior – gripe, resfriado; ·Replicação em gânglios linfáticos – viremia – replicação no sistema respiratório inferior – traqueíte, laringotraqueobronquite, pleurite, bronquite, pneumonia. Mortalidade maior que 75% = alta patogenicidade. Menor = média patogenicidade. Gripe aviária: Infecções por diferentes estripes. H6N1; H7N2; H7N7; H7N3; H9N2 e H10N7. Estripe H7 - Síndromes respiratória graves. Difusão: aves migratórias, fluxo de pessoas, tráfego aéreo. SINAIS CLÍNICOS – vírus de média patogenicidade: ·Assintomática ·Sinais clínicos suaves a severos: ·Trato respiratório ·Urogenital ·Entérico SINAIS CLÍNICOS - vírus de alta patogenicidade: Galinhas: ·Emagrecimento; ·Diminuição da produção de ovos; ·Tosse e espirros; ·Corrimento nasal e ocular; ·Cianose e edema subcutâneo da cabeça, crista e barbelas; ·Sinusite- perus em especial; ·Incoordenação; ·Alta morbidade e mortalidade (até 100%). Influenza aviária – NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA. Doença acometida por vírus que sofrem mutações de caráter antigênico e funcional, o que ocasiona, frequentemente, o surgimento de surtos, epidemias e pandemias. Etiologia: Famíllia: Orthomyxaviridae Gênero: Alphainfluenzavirus Espécie: Alphainfluenzavirus influenzae Ortho: original, verdadeiro Myxa: secreção muco RNA de fita simples de polaridade negativa. Segmentado (Alphainfluenza e Beta: 8 seg). ·Cada fragmento forma uma proteína (HA, NA). ·Varia proteínas hemaglutininas e neuraminidases – surgindo variações. Entra na célula, joga esse fragmento – replicação e variantes. Variações no RNA: ·Drifts: variações restritas. Erros nas RNA polimerase viral que gera variantes de HA e NA. ·Shifts: variações extensas. Substituições de seguimentos. Resistência: Sensíveis ao calor (56°C/30min); Maior incidência no inverno. Circulam entre várias espécies domésticas e homem. Frequente: aquáticas. Ocasional: galiformes. Raro: pássaros. - Aves silvestres migratórias aquáticas sem sinais clínicos. InfluenzaInfluenza ·Hipoclorito de Amantadina - redução de 50% da mortalidade, mas aves permanecem excretando o vírus. Tratamento de suporte e antibióticos para controlar as infecções secundárias. Vigilância e prevenção no Brasil. Alerta sanitário. Barreiras: prevenção – fiscalização de mercadoria, monitoramento – quarentena e vigilância, emergência – planos de contingência no combate. Medidas de controle: Quarentena e sacrifício maciço de aves. Desinfecção e vazio sanitário de 60 dias. Vigilância ativa. Comunicação imediata. Sinais clínicos avestruz: Fígado e intestino de avestruz com congestão e hemorragia. Diagnóstico: Material: ·Swabs garganta ou aspirado do sistema respiratório inferior, soro. Técnicas diagnóstico: ·Imunofluorecência direta (IFD) ou indireta (IFI) ·Inibição da Hemaglutinação (HI) ·RT-PCR Isolamento viral: ·Células MDCK ·Isolamento em ovos embrionados. Culturas celulares: Pós inoculação: Amarelo – ácido. Laranja – alcalino. Efeito citopático. Isolamento em ovos embrionados: Via de inoculação: membrana cório alantóide (CAM). Lesões: 3 - 5 dias PI morte embrionária, Hemaglutinação - confirmatório. Diferencial: Rinovírus não hemaglutina hemácias. Prevenção e controle: Controle difícil: alta taxa de mutações. Vacinas: FLUV- A (H1N1 e H3N2) + FLUV-B. Produzidas em ovos embrionados SPF (livres de patógenos específicos). Brasil considerado país LIVRE de influenza aviária, VACINAÇÃO É PROIBIDA. Tratamento (AVES): Não existe tratamento específico LaringotraqueíteLaringotraqueíte Sinais clínicos: ·Corrimento nasal. ·Dispneia grave, bico aberto e pescoço distendido. ·Conjuntivite/sinusite. ·Redução na produção de ovos. ·Muco sanguinolento. Curso da infecção de 10-15 dias. LESÕES: Macroscópicas: Inflamação e hemorragia na traqueia e laringe. Microscópicas: ·Edema, hemorragias e infiltrações. ·Inclusões intranucleares de Seifrid nos epitélios afetados (3-5 dias infecção) = ·Acúmulo de agregados basofílicos de DNA viral no núcleo da célula. Diagnóstico ·Clínico. Laboratorial: ·ELISA. ·Soroneutralização (SN). ·PCR. ·Inoculação em ovos embrionados. ·Histopatológico – Imunoperoxidase (imunocoloração). Inoculaçãoem ovos embrionados: Via de inoculação: membrana cório alantóide (CAM). Lesões: 5-6 dias PI, lesões na CAM, confirmatório fazer o histopatológico. Tratamento: ·Não há específico. ·Antibióticos com substâncias mucolíticas (bromexina), infecção secundária. ·Melhorar manejo de temperatura, ventilação e umidade. Laringotraqueíte infecciosa – NOTIFICAÇÃO MENSAL. Doença respiratória aguda que afeta galinhas, faisões e perus. Causa depressão respiratória e eliminação de muco sanguinolento. Responsável por severas perdas econômicas. Latência no sistema nervoso – para resto da vida – queda de imunidade se manifesta. Alta transmissão. Etiologia: Família: Herpesviridae. Subfamília: Alphaherpesvirinae. Subfamília: Betaherpesvirinae. Subfamília: Gammaherpesvirinae. Gêneros: Litovirus: Gallid alphaherpesvirus 1. DNA, forma irregular, envelopado, 180- 250nm. Cepas de alta e baixa virulência. Resistência/ sensibilidade: 4-10°C = 7 meses. Epidemiologia Incubação: 6-12 dias Morbidade: 100% Mortalidade: variável de 5 a 70% Transmissão: por aerossóis Infecção via respiratória ou ocular. Contato direto aves. Latência no gânglio trigêmeo. Reativado espontaneamente ou por estresse: ·Início da postura. ·Alta densidade. ·Calor ou frio em excesso. ·Mudança da alimentação. ·Vacinação. LaringotraqueíteLaringotraqueíte Profilaxia: ·Vacinação- vírus vivo modificado na 4ª semana, revacinar em 15-20 dias. ·Instilação nasal ·Ocular ·Aves com 15-70 semanas dose única. Obrigatória para aves entre 4 e 70 semanas só na região de Bastos-SP. BronquiteBronquite Resistência: 56°C por 15min. Congelado por vários anos. Inverno por 56 dias. Muito resistente em meio ambiente envolto por matéria orgânica – preservação. Patogenia: Replicação primária: ·Glândulas de harder. ·Traqueia. ·Pulmões. ·Sacos aéreos. Replicação secundária: ·Esôfago. ·Proventrículo. ·Ovários. ·Rins. ·Cecos. Sinais clínicos: ·Tosse, espirros. ·Ronqueira (+inverno, diferencial pneumovírus). ·Descargas nasais. ·Edema de cabeça – problema respiratório. ·Desidratação – anorexia. ·Diarreia moderada – sujo ao redor da cloaca. ·Aves em postura: queda na produção e na qualidade dos ovos. Ovos amassados com ondulações – lesões no oviduto. Formas clínicas: CORTE: SISTEMA RESPIRATÓRIO: Tosses, espirros, descargas nasais e ronqueira. SISTEMA URINÁRIO: Desidratação, diarréia, nefrite, nefrose e urolitíase. Bronquite Infecciosa - NOTIFICAÇÃO MENSAL. Doença viral caracterizada por sinais respiratórios, queda na produção de ovos e queda na qualidade da casca do ovo. Sinais reprodutivos em aves de postura. Perú, faisão, galinha. Etiologia: Família: Coronaviridae Subfamília: Orthocoronavirinae Gênero: Gammacoronavirus Subgênero: Igacovirus Espécie: Avian coronavirus. Corona – parece uma coroa, espículas. Mais de 100 sorotipos. Vírus RNA+ envelopado. Proteínas Virais: S (SPIKE) – primeiro contato – usada para vacinas. M (MEMBRANA); N (NUCLEOCAPSÍDIO) E (ENVELOPE). Principais variantes do vírus: MASSACHUSTES – vacinas. CONNECTICUT, BEAUDETTE, GRAY, HOLT, ARKANSAS, DELWARE, AUSTRALIAN. Transmissão: Horizontal. Vertical. Período de incubação: 18 a 36h. Muito rápido: entra, se instala e dá sinais clínicos. Aves portadoras por mais de 20 semanas. BronquiteBronquite Prevenção: Biosseguridade. Vacinação: Pulverização, Ocular, Nasal, Subcutânea, Intramuscular- inativada (via circulatória). DESINFECÇÃO. Ter criação de galinha e de fundo de quintal não é permitido. Tratamento: ·Sem tratamento. ·Aquecer o ambiente. ·Vitaminas e eletrólitos. ·Aumentar vitaminas na ração e antibióticos. ·Antibióticos para controle de infecções secundárias. ·Ave consegue se recuperar e voltar aos índices produtivos. Ovo: Bronquite infecciosa: albumina aquosa e gema de má qualidade e deformada. Retorno lento à produção de ovos. POSTURA: SISTEMA RESPIRATÓRIO: Raramente é afetado. SISTEMAS URINÁRIO E REPRODUTIVO: Alterações de casca dos ovos – frágil e perde coloração. Queda na produção. Leve aumento dos rins. SISTEMA DIGESTIVO: Diarreia. Porcentagem de eclodibilidade menor. Porcentagem de ovos refugados maior. Diminuição do consumo de ração. Lesões: ·Edema e congestão traqueal. ·Muco ás vezes hemorrágico na traquéia. ·Aumento de volume dos rins. ·Hipoplasia/ atrofia e/ou edema de oviduto – ave sentada ou andar em pingüim. ·Postura intra-abdominal. ·Rompimento de oviduto. ·Contaminação secundária. Mortalidade: Frangos jovens até 25%. Cepas nefropatogênicas 1-15%. Diagnóstico: ·Sorológico (monitoria). ·ELISA. ·Soroneutralização. ·HI (imunohistoquímico). ·Molecular (RT-PCR) – qual variante. ·Inoculação em ovos embrionados. ·Histopatológico. Lesões nos embriões inoculados: ·Nanismo e enrolamento. PneumovírusPneumovírus Espécies refratárias a doença clínica, mas disseminam o vírus: ·Pombos. ·Gansos. ·Patos. Faixa Etária: Infecta perus e galinhas em qualquer idade. ·Frangos de corte (3-5 semanas) ·Poedeiras (20- 26 semanas) ·Reprodutoras (24 – 36 semanas). Severidade do surtos: ·Superlotação dos galpões ·Sistema ineficiente de ventilação. ·Mudança repentina no clima. ·Microclima do galpão – janela semiabertas. 100% morbidade (transmissão). 0-90% mortalidade – maior em contaminação secundária. Transmissão: A infecção natural ocorre por: ·Contato direto; ·Água contaminada; ·Movimentação das aves doentes, de pessoas ou equipamentos. ·Transmissão via aerossóis por até 3 Km. ·Transmissão vertical não documentada. Sinais Clínicos: São extremamente variáveis e dependem da idade, doenças intercorrentes e fatores ambientais. ·Cabeça inchada - na infecção secundária por E. coli. ·Coinfecção com v. da bronquite infecciosa aviária. Pneumovírus – NOTIFICAÇÃO MENSAL. Doença viral respiratória que produz tosse, sinusite, rinite, espirros, aumento de volume dos seios da face e corrimento nasal. Vírus mais comum respiratório em aves. Aves escondem sinais – e Disseminam agente. Pombo é muito comum em granja. Casos graves: descarga nasal serosa, pneumonia, aerossaculite, pericardite e perihepatite. Perus – Rinotraqueíte dos Perus (TRT). Galinhas – Síndrome da Cabeça Inchada (SCI, SHS). Aves em geral - Rinotraqueíte Aviária (ART). Etiologia: Família Pneumoviridae. Gêneros: Metapneumovírus Espécie: avian metapneumovirus. RNA, envelopado de fita simples. Esféricos em geral, com capsídeo de simetria helicoidal, 80-200nm. Sorogrupos A, B, C, D. Espécies domésticas: Columba livia (A e B) Gallus g. domesticus (A e B) Meleagris gallopavo (A e B). Epidemiologia: Espécies mais acometidas: ·Perus. ·Galinhas. ·Faisões. ·Avestruzes. PneumovírusPneumovírus Vacinas: ·Vacina viva – spray: 0, 3, 6 semana. ·Vacina inativada injetável: 16, 20 semana. Somente new castle e Marek são obrigatórias no BR. Prevenção e controle: Manejo: ventilação, superlotação, cama (trocar), higiene, “all in all out” Controle: Isolamento dos lotes infectados, esvaziamento destes locais, limpeza, desinfecção, vazio sanitário e antibióticos. Monitoria sorológica: detecção precoce de Ac para a doença, para tomada de medidas de prevenção e controle da enfermidade. Sinais Clínicos: Aves de postura – Queda na produção de ovos transitória, podendo chegar até 70%. Anormalidades nos ovos – Leve dificuldade respiratória. Aves de corte: ·Corrimento nasal, ·Hiperemia conjuntival, ·Lacrimejamento, ·Aumento dos seios infra-orbitários. Lesões: Frangos de Corte: ·Lesões generalizadas na cabeça. ·Exsudato caseoso subcutâneo purulento – E. coli. ·Pericardite, aerossaculite, perihepatite e pneumonia. Reprodutoras: ·Edema na cabeça. ·Acentuada degeneração do ovário e atresia folicular. Diagnóstico: ·Histórico de tosse, descarga nasal e aumento dos seios são sugestivos. ·RT-PCR ·Soroneutralização ·ELISA – diferenciar pneumo de bronquite. ·Imunofluorescência. ·Isolamento viral, a partir de tecidos e swabs dos animais afetados tem melhor índice com coletas no início dos sinais clínicos. Diagnóstico diferencial: ·Influenza Aviária, Doença de Newcastle. ·Laringotraqueíte. ·Micoplasmose. ·Rinotraqueíte Aviária por Bordetella avium ·Ornithobacteriumrhinotracheale. ·Colibacilose Bouba AviáriaBouba Aviária FORMAS CLÍNICAS: ·Cutânea: partes sem pena, bico, ao redor dos olhos, crista, barbela e patas. ·Diftérica: boca, língua, traqueia, esôfago; ·Sistêmica- generalizada. Transmissão: Horizontal: Descamação da pele, crostas; Reutilização de cama; Canibalismo; Vetores - áreas sem penas. Mosquitos - permanecem infectados por algumas semanas. Ácaros - Dermanyssius sp., Moscas, Piolhos. Transmissão Vertical: Via ovo - doença subclínica; Estresse; Imunodepressão. PERÍODO DE INCUBAÇÃO 4 a 8 dias em galinhas; 4 dias em canários, pombos e perus. SINAIS CLÍNICOS E LESÕES: ·Nódulos endurecidos – pálpebras, crista, barbela, bico, pés; ·Lesões crostosas ao redor dos olhos; ·Dermatites escamosas em regiões com penas; ·Pseudomembranas no interior da boca – morte por asfixia; ·Perda de peso; ·Queda na postura; ·Inapetência; ·Exsudato nas narinas; ·Dificuldades respiratórias. LESÕES MICROSCÓPICAS: Hiperplasia do epitélio; Alargamento das células; Corpos de Bollinger – corpúsculos. Bouba aviária – NOTIFICAÇÃO MENSAL. Doença caracterizada por lesões crostosas nodulares nas pele (bouba cutânea) e por lesões diftéricas no trato resp. e digestivo superior (bouba diftérica). ·Forma cutânea, diftérica e sistêmica. SINÔNIMOS: Epitelioma contagioso; Difteria aviária; Varíola aviária. Etiologia: Família: Poxviridae Subfamília: Chordopoxivirinae Gênero: Avipoxvirus Vírus DNA; Envelopado. Grande: 330 x 280 x 220nm; Disseminação pelas crostas de pele. Lesões mais comuns em áreas sem penas. Descamação – entrar em contato via oral. Não contamina pele íntegra. Resistência do vírus: 50°C por 30 minutos Nas descamações de pele e crostas resiste por meses. Inativado pela soda cáustica a 1% quando livre no meio ambiente. Espécies acometidas: Galinhas, canários, pombas, perus, codornas, psitacídeos. Aves silvestres. Impacto econômico: ·Mortalidade. ·Queda na produção de ovos. ·Queda da conversão alimentar. Bouba AviáriaBouba Aviária DIAGNÓSTICO: Clínico – lesões e sinais clínicos; Histopatológico – corpos de Bollinger. Inoculação em ovos embrionados. PCR. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ·Avitaminose; Deficiência vitamínica pode levar a descamação. ·Micoplasmose; ·Coriza infecciosa. TRATAMENTO ·Iodo glicerado 50% nas patas; ·Vitamina A. ·Antibióticos que atuem em DNA, (cloranfenicol – proibido em aves de produção - resíduo), quinolonas por 7 dias no mínimo. PREVENÇÃO: Vacinação. Bouba fraca – 1º semana ·Vírus canário para proteger a galinha (o de galinha é muito forte). Bouba forte – 3º semana ·Vírus de pomba – para proteger a galinha. O do mais fraco protege o mais forte. Limpeza e desinfecção. Controle de focos de mosquito. Escarificação – membrana na asa. GumboroGumboro ·Pior índice de conversão alimentar. ·Elevada mortalidade. ·Falhas vacinais – como animal imunodeprimido. Espécies afetadas: Galinha, mutum, ratita, codorna, galinha da angola, avestruz. Epidemiologia: Período de incubação 2-3 dias. Altamente contagiosa. Transmissão indireta: roupas, material de limpeza e trabalho, cama e fezes. Excreção nas fezes 10-14 dias. Galinhas mais susceptíveis. Patos, perus, avestruzes. Pássaro pega, dissemina a doença, mas não desenvolve. Sobrevivência: Instalações 100 dias. Alimentos e fezes 60 dias. Lixo orgânico 8 semanas. Inativado: Calor 70°C por 30seg. Doença subclínica: pintos – até 3 semanas. Doença clínica: 3-6 semanas. Patogenia: ·Entra via respiratória/oral – vai para o trato gastrintestinal com predileção pelos macrófagos. Replicação nas células linfóides: ·Primariamente: timo e bursa de fabricius. ·Secundariamente: glândulas de harder, baço, tonsilas cecais e divertículo de meckel. Doença de Gumboro – NOTIFICAÇÃO MENSAL. Infecção viral, aguda, imunossupressora e altamente contagiosa de aves jovens com predileção especial pela Bursa. Família: Birnaviridae. Gêneros: Avibirnavirus – infectious bursal disease vírus – galinhas. RNA vírus de fita dupla. 2 segmentos. Não envelopado. Tamanho de 58-60nm de diâmetro. Simetria icosaédrica. 2 sorotipos: 1 – galinhas. 2 – perus. Proteína VP1 – polimerase. Proteína VP2 – capsídeo externo. Proteína VP3 – capsídeo interno. VP2 – vacinas. Proteína mais externa – entra primeiro em contato. Persistência do vírus na natureza: ·Infecção de espécies de aves: galinha – aves silvestres. ·Transmissão por vetores – insetos para galinhas. ·Constante existência de aves portadoras no plantel. ·Reaproveitamento constante da cama. ·Viabilidade genética e antigênica. Importância econômica: ·Imunossupressão severa e prolongada. ·Alto número de aves doentes. ·Alta patogenicidade. ·Lotes desuniformes e baixo desempenho. GumboroGumboro Teste sorológico – anticorpos vacinais. Salmonelose causa diarréia branca. Utilização do Bursômetro. Diagnóstico: Inoculação em ovo embrionado: Membrana cório-alantóide, morte do embrião e hemorragias. Cultura celular: FEG: efeitos citopáticos característicos. Fibroblasto de embrião de galinha. Tratamento: Não há tratamento específico. Hidratação com eletrólitos; Analgésicos: Dipirona sódica (500mg – 0,1 – 0,2mL). Ác. Acetilsalicílico 40g em 100 litros de água. Suplementação vitamínica. Controle e Profilaxia: ·Identificação e eliminação de aves doentes ou portadoras do IBDV; ·Rigorosa limpeza e desinfecção de materiais e ambiente; ·Biosseguridade; ·Vacinação. Vacinação: Prevenir contra doença clínica. Imunossupressão. Perdas econômicas. Vacinas atenuadas (suaves, intermediárias e fortes). Vacinas inativadas (reforço). Campo – forma subclínica. Da corrente sanguínea vai para a bursa de fabricius para replicação, causando destruição das células linfóides (linfócitos B). Sinais clínicos: Forma subclínica: ·Severa imunossupressão. ·Baixo consumo de alimento. ·Retardo no crescimento associado a outras doenças. ·Sonolência. ·Palidez. ·Baixa capacidade de resposta vacinal. Forma aguda ou clássica: ·Penas eriçadas. ·Prostação, letargia. ·Tremores. ·Anorexia e desidratação. ·Diarreia (fezes esbranquiçadas). ·Cloaca suja. ·Músculos escurecidos e hemorragias. ·Morte súbita. Morbidade: 10-100%. Mortalidade: 0-50%. Bolsa de fabricius: edema, transudato amarelo gelatinoso na serosa, hemorrágica, aspecto “cozido”. Necrose dos folículos, Perda das células linfóides. Necrose e atrofia de vários órgãos – tumo, baço, fígado, rim. Diagnóstico: Dados epidemiológicos. Sinais clínicos. Lesões macroscópica e histopatológico. Diagnóstico laboratorial: ·Material: soro e tecidos (Bursa, timo, baço,..). AnemiaAnemia Transmissão: Vertical e horizontal. Excreção fezes 5 semanas. Transmissão à progênie 3-6 semanas após infecção inicial (resposta imune ativa). Infecção ovários, infundíbulo e testículos de matrizes → transmissão vertical intermitente. Período de incubação de 10-21 dias. Sinais não específicos. Forma clínica: 7-14 dias. Forma subclínica: 2-3 semanas. >3 semanas sem doença clínica. Sinais clínicos: ·Depressão, retardo de crescimento, lote desuniforme; ·Anemia → graus variados de palidez da musculatura, crista e barbela (mais sugestivo); ·Hemorragias musculares e dermatites secundárias (doença da asa azul); Patologia: Lesões macroscópicas: ·Atrofia do timo (graus variados); ·Medula óssea coloração rósea ou amarelada; ·Discreta atrofia da bolsa de fabrício e baço; ·Hemorragias subcutâneas, musculares ou no proventrículo. Lesões microscópicas (11-18 dias pós infecção): ·Timo: depleção linfócitos no córtex, hiperplasia células reticulares. ·Medula óssea: desaparecimento células hematopoiéticas, proliferação de tecido conjuntivo número linfócitos, proliferação células reticulares, foco. ·Baço: necrose.tamanho folículos , poucos linfócitos. ·Bolsa de Fabrício: ·Fígado: edema intersticial, necrose focal. Anemia infecciosa das galinhas – NOTIFICAÇÃO MENSAL. Complexo das doenças imunossupressoras. Família Anelloviridae: Gênero: Gyrovirus Espécies: Avian gyrovirus 2; GyV3,4,5,6,7,8. DNA circular de fita simples (1,72,3 kb). 16-25nm, icosaédrico, sem envelope. Proteínas VP1, VP2, VP3. Anemiainfecciosa das galinhas (CAV): Presente praticamente em todos os países; Transmissão: vertical e horizontal; Taxa de morbidade: 100% Taxa de mortalidade: 5 – 15% Persistência do vírus: Muito resistente à inativação química e calor. Difícil inativação e a completa eliminação em granjas avícolas uma vez contaminadas. ·Imunossupressão. ·Anemia, aplasia de medula. ·Atrofia de timo e bursa. Patogenia: Predileção pelas células do Timo e medula óssea. Células T – imunossupressão. Medula óssea – anemia e hemorragias. Imunossupressão: VP3: apoptose de células. Baixa depleção de linfócitos T, baixa resposta imune. Infecção subclínica: Sem sinais clínicos e lesões. Baixa produção de interleucina. Alterações nas funções das células do sistema imune. AnemiaAnemia Hematócrito: Normal 29-35%. 8-10 dias pós inoculação: 27%. 14-20 dias: 10-20%. 16-21 dias começa a retornar ao normal. 28-32 dias já está normal. Diagnóstico diferencial: ·Doença de Marek. ·Doença de Gumboro. ·Reovírus e Adenovírus. ·Micotoxinas. ·Estresse. Prevenção e Controle: Não há tratamento! ·Antibióticos para reduzir infecções bacterianas secundárias; ·Imunidade passiva à progênie; ·Monitoria sorológica de matrizes; ·Controle de agentes imunossupressores; ·Desinfecção do aviário para reduzir a carga infectiva. Matrizes: Imunização matrizes antes do início da postura (Anticorpos suficientes via ovo). Vacinas atenuadas para matrizes, 1 ou + doses, entre 16 e 20 semanas. Última dose até 4 semanas antes da postura. 18-21 dias inicia recuperação das lesões. 26-28 dias recuperação completa. Imunidade: VP1, VP2, VP3: quando separadas não induzem níveis significativos de Ac (matrizes). VP1 - Capsídeo viral, indução de Ac neutralizantes protetores; VP2 – junto a VP1 – desenvolvimento de Ac neutralizantes. VP3 – função de apoptose celular. Imunidade: Anticorpos contra o CAV. Pintos SPF de 1 dia – ac. Neutralizantes com 21 dias após inoculação IM. Aves de 2-5 semanas – ac. 7-8 dias (+rápido). Comprometimento da resposta imune devido imunossupressão causada pela doença. Diagnóstico: Amostras: ·Isolamento viral: timo, fígado, baço, bolsa, fêmur (congelados). ·Sorologia. ·Histologia: timo, baço, medula óssea, bolsa, fígado (formol ou resfriado). ·Hematócrito. ·PCR. Diagnóstico sorológico: ·Imunofluorescência Indireta (IFA). ·Imunoperoxidase (IPX). ·Soroneutralização (SN) em cultivo celular. ·ELISA ➔ + rápido e + usado para monitoria sorológica. Inoculação em ovos embrionados: 9 dias de incubação → mortalidade 19-20 dias, hemorragia, edema e tamanho embrião. Cepas Gifu e Cux-1 não causam lesões. MarekMarek Período de incubação: 4 a 16 semanas. Transmissão horizontal. Disseminação: aves portadoras (penas). Morbidade e mortalidade variável – cepa. Idade geralmente acima dos 30 dias – tempo para tumor se desenvolver. ·Baixas de imunidade como: início de postura, mudanças de temperatura. Espécies acometidas: Galinhas: Raramente outros galliformes e pássaros. Preferência por fêmeas – por causa da postura vivem mais. Patogenia: ·Infecção por inalação. ·Replicação precoce em pulmões. Predileção por células linfóides: ·Células B – replicação e morte celular. ·Células T – morte celular ou ativadas causando infecção latente. Transforma esses linfócitos em linfomas. Transformação nos linfócitos (3-4 semanas). Linfoma de Marek. Excreção viral pelos folículos das penas. Formas clínicas: De acordo com a localidade do tumor. ·Neural. ·Ocular. ·Cutênea. ·Visceral. Forma neural: ·Paralisia de asas, patas, pescoço, papo. ·Incoordenação. ·Opistótono. ·Diarreia. Doença de Marek – NOTIFICAÇÃO MENSAL. Doença imunossupressora linfoproliferativa, caracterizada pela infiltração de células linfóides em um ou mais dos nervos periféricos, gônadas, íris, vísceras, músculos e pele. Família Herpesviridae: Subfamília: Alphaherpesvirinae. Litovirus: Gallid alphaherpesvirus 1 (laringo traqueíte). Mardivirus: gallid alphaherpesvirus 2. Etiologia: Vírus DNA, 180-250-nm. Cadeia dupla, envelopado, latência. Sorotipos: Sorotipo 1: Oncogênico (Gallid alphaherpesvirus 2): Pouco virulento, virulento, muito virulento. Perigoso e causa tumor. Mais lenta, sinais com mais de 30 dias. Sorotipo 2: Cepa não virulenta – vacinas. Não oncogênico. Gallid alphaherpesvirus 3. Não causa problemas nas aves, usado para vacinas. Sorotipo 3: HVT – Herpesvirus turkey: Não oncogênico. Meleagrid alphaherpesvirus 1 – de perus. Primeira vacina contra câncer (humanos), inoculado em galinhas para vacinação. Resistência: Sobrevive por 10min em temperatura de 60°C. Sobrevive de 4-8 meses na natureza. MarekMarek Tratamento: ·Não há tratamento. Em aves de alto valor há experimentos com antivirais (aciclovir – muito caro). Antiviral – para a replicação viral e volta para latência no sistema nervoso. ·Hidratação e melhorar o manejo. Profilaxia: Vacinação no incubatório: ·18° dia de incubação via ovo ou no 1° dia por via SC. Cepas HVT, SB1, RISPENS. ·Vacinação obrigatória antes de nascer ou quando nasce. Por lei – até 1 dia de idade. Vacina viva liofilizada: 2h de validade após ser diluída. Descongelar sob temperatura controlada. Só pode vacinar até 2h devido a validade – descarte. De x em x aves avaliar o pescoço – se está vacinado está com corante. Queimar penugens e penas. Desinfecção do ambiente. Vazio entre lotes – 7 dias de vazio sanitário. Idade única. Não reutilizar a cama. Aves positivas não reutilizar a cama, passar vassoura de fogo e por cama nova. Forma ocular: ·Cegueira, opacidade da córnea, íris irregular e descorada – geralmente de 1 olho. Forma cutânea: ·Lesões inflamatórias e/ou linfomatosas. ·As indústrias chamam de celulites. Forma visceral: ·Tumores: Fígado, baço, ovários, rins, bolsa de fabricius, proventrículo. ·Nervo ciático aumentado – geralmente unilateral. Destroi em pontos o tapete celular – unidades formadoras de placas. Lesões na microscopia: Infiltração difusa de linfócitos e plasmócitos nos nervos. Presença de células grandes com núcleo excêntrico – células de Marek. Diagnóstico: Material – bulbo da pena – pena mais calibrosa (asa) e congelado para diagnóstico virológico. ·Histopatológico. ·Imunohistoquímica. ·Biologia molecular-PCR (específico para diferencial da Marek vacinal). ·Inoculação celular (FEG - Fibroblasto de embrião de galinha). Diferencial: ·Leucose. ·Reticuloendoteliose. ·Tuberculose. ·Avitaminoses. LeucoseLeucose Faisões, codornas, perdizes: Exógenos: F, G, H, I. Exógenos A e B – galinhas. Mais frequente a campo. Formação de tumores. Leucose linfóide. Mais raro a campo – C, D. Mais presente em reprodutoras pesadas – J. Leucomieloide. Endógeno: E presente na maioria das aves. Espécie: Mais comum em galinhas (hospedeiros naturais). Fator genético: linhagens mais sensíveis. Sexo: fêmeas. Machos – osteopetrose (calcificação nas articulações). Período de incubação: 12 – 60 dias. Mortalidade: rara antes de 16 semanas de idade. Demora para o tumor se desenvolver. Aves de corte – são abatidas antes dos sinais aparecerem. Idade 4 – 18 meses. Transmissão: Horizontal: vírus exógenos de galinha ou galo para outra galinha – viremia transitória com imunidade rara. Sem anticorpos produzidos. Transmissão vertical: Ocorre de duas formas: Infecção congênita: Galinha infectada para vírus exógenos para o seu filhote – viremia crônica com imunidade. Transmissão genética: Macho passa para fêmea o vírus endógeno e fêmea passa para seu ovo – viremia e imunidade rara. Leucose aviária – NOTIFICAÇÃO MENSAL. Grupo de doenças do grupo leucose/sarcoma compreende as neoplasias benignas e malignas das galinhas causadas por membros da família Retroviridae. ·Frequência baixa em granjas de matrizes. Forma clínica mais comum: Leucose linfóide – doença do fígado grande. Ocorrência mundial. Família Retroviridae: Subfamília: Orthoretrovirinae. Gêneros: Alpharetrovirus. Espécie Avian leukosis vírus (mais comum). Vírus RNA, Capsídeo irregular, envelopado. Diâmetro 80-140nm. Avian leukosis vírus Avian carcinoma Mill Hill virus 2 Avian myeloblastosis virus Avianmyelocytomatosis virus 29 Avian sarcoma virus CT10 Fujinami avian sarcoma virus Rous sarcoma virus Avian UR2 sarcoma vírus. Y73 sarcoma vírus. Etiologia: Subgrupos baseados na glicoproteína de membrana Gp85. Exógeno: entra dentro da célula, se replica no citoplasma e sai vírus novo. Endógeno: entra no genoma (DNA) da ave. Antigamente as aves matrizes tinham muito leucose endógena. Galinhas: Exógenos: A,B,C,D,J. Endógenos: E. LeucoseLeucose ·Cultivo: em fibroblastos de embrião geneticamente resistentes ao subgrupo E (Endógeno). ·Caracterização Molecular do Tumor. ·Reprodução do Tumor Experimentalmente – não muito usual. ·Detecção (vírus exógenos) por: ·Soroneutralização em cultivos celulares. ·Provas de ELISA. ·RT- PCR. Diagnóstico diferencial Marek e Leucose: Idade da ave: Marek: 1-16 semanas. Leucose: > 16 semanas. Etiologia: Marek: vírus DNA. Leucose: vírus RNA. Tumoração: Marek: nervos, olhos, pele, fígado, baço, rim. Leucose: bursa, fígado, baço, rins. Prevenção: Marek: vacinação no 1° dia de vida. Leucose: seleção das aves. Profilaxia: NÃO TEM VACINA. ·Separar os sexos. ·Proporção de fêmeas por machos. ·Equilíbrio nutricional. ·Trocar as agulhas nas vacinações. ·Descarte de aves positivas. ·Manejo sanitário. Patogenia: Vírus ataca inicialmente a bursa – ocorrendo queda de imunidade. A forma clínica depende: Vírus: cepa, origem, dose infectiva e rota da inoculação. Hospedeiro: sexo, idade e constituição genética. Sinais clínicos: Inespecíficos: ·Diarreia. ·Desidratação. ·Incoordenação/ fraqueza – localidade do tumor. ·Emagrecimento – penas escondem. ·Barbela pálida – anemia. NÃO AUMENTA O NERVO CIÁTICO – diferenciação. ·Nefroblastomas – rim cresce e causa pressão sob o nervo ciático – paralisia e incoordenação. Tumorações podem causar protuberâncias na cabeça, tórax e canelas. Tumorações/ leucose mieloide: Na superfície dos ossos, uniões osteocondrais das costelas, sobre o esterno, pélvis, mandíbula e crânio. Podem ser nodulares ou difusos. Geralmente múltiplos de cor branco- amarelada. Fígado aumentado e com nodulações amareladas. Diagnóstico: Bulbo da pena. ·Isolamento Viral: soro, plasma, linfócitos do sangue periférico, albumina de ovo fresco, fezes, embriões, sêmen, polpa de pluma. ArtriteArtrite Artrite: Principalmente aves de linhagens pesadas (matrizes de corte), principalmente machos entre 12 a 16 semanas, porem há relatos em aves jovens de 4 a 6 semanas. ·Galinhas e perus mais susceptíveis. Sinais clínicos: Infecção inaparente na maioria dos casos; Em 0 -50% das aves podem apresentar sinais clínicos; ·Tumefação das bainhas tendinosas dos tendões dos flexores digitais do tarso e extensores dos metatarsos; ·Claudicações; ·Tendem ficar sentadas e relutam em se mover; ·Condição corporal piora aumentando o índice de aves refugadas. Pintos: Diarreia (10 a 14 dias de idade); Penas anormais principalmente nas asas; Raquitismo e palidez nas pernas e cabeça; Idade posterior 5 a 6 semanas osteopetrose; Retardo de crescimento . Lesões: ·Edema e infiltrações de tendão flexor e extensor na região tersometatarso; ·Hemorragia na membrana sinovial; ·Ruptura do tendão; Diagnóstico: ·Cultivo celular: Células primárias de fígado de embrião de galinhas. ·Ovos embrionados: via gema ou membrana cório-alantoide (mortalidade 7 a 8 dias pós incubação). ·Pouco desenvolvimento do embrião, focos necróticos no fígado e baço. ·Soroneutralização, ELISA e AGP para detectar Ac. Artrite viral – NOTIFICAÇÃO MENSAL. Doença infecciosa que se caracterizada por tumefação nas articulações, com exsudato sanguinolento e ulcerações nas cartilagens articulares. Aviam orthoreovirus: Artrite viral / tenossinovite Doença respiratória Doença entérica Síndrome da Morte Súbita (SMS) Síndrome da Má Absorção (SMA) Etiologia: Família: Reoviridae. Gênero: Orthoreovirus. Espécie: Avian orthoreovirus. RNA de cadeia dupla, Sem envelopes, 60 – 80 nm. Icosaédricos, Genoma com 10 seguimentos. 11 sorotipos descritos. Resistência: Resistentes a tratamentos químicos (ativos por longo período); Resistente a temperaturas de 60°C por 8 horas; Penas – sobrevive por 10 dias. Água – sobrevive por 10 meses. Epidemiologia: Grupo REO (respiratory-enteric-orphan): Difundido pelo mundo. Infecta mamíferos e aves. Transmissão Horizontal e vertical. Morbidade pode chegar 100%. Mortalidade em média 4%. Patogenia: ·Entrada do vírus via oral. ·Intestino e bursa. ArtriteArtrite Prevenção e Controle: ·Vacinas vivas. ·Imunização de matrizes transfere imunidade para à progênie. ·Vazio sanitário de 30 dias. SalmoneloseSalmonelose Fatores que afetam a susceptibilidade das aves à colonização por Salmonella: ·Quebra do equilíbrio intestinal: ·Idade da ave. ·Estresse e ambiente. ·Quimioterapia inadequada. ·Doenças concorrentes. ·Imunossupressão. ·Resistência genética. ·Cepas mais invasivas. Ciclo de transmissão: ·Transovariana. ·Casca do ovo. ·Ração. ·Incubatório. ·Roedores. ·Aves silvestres. Possíveis fontes de transmissão: ·Ingredientes das rações. ·Contaminação no processo de estocagem. ·Aves silvestres, roedores, humanos. ·Plantéis de reposição. PULOROSE Salmonella Pullorum ·Diarreia branca bacilar. ·Enfermidade de distribuição mundial. ·Ocorre em aves jovens, sendo comum ocorrer em aves quase adultas. ·Reprodutoras pesadas e poedeiras de ovos de casca marrom são mais sensíveis. ·Fêmeas são mais sensíveis que os machos. Transmissão: ·Via transovariana (Principal); ·Penetração casca do ovo (extra-genital); ·Horizontal (pintos infectados infectam os demais); ·Canibalismo; ·Homem, aves silvestres. Salmonelose – NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA. Infecções causadas por bactérias do gênero Salmonella. Aves infectadas – reservatórios – humanos (alimentação). Saúde pública. Febre tifóide humana – Salmonella typhi. Febre paratifoide humana – Salmonella paratyphi. Tifo aviário – Salmonella gallinarum. Pulorose – Salmonella Pullorum. Não são problemas em saúde pública. Humanos e aves: Infecções alimentares. ·Salmonella Enteritidis ·Salmonella Heidelberg. ·Salmonella Typhimurium. Importância: ·Perdas zootécnicas e financeiras. ·Problema de saúde pública. ·Notificação obrigatória. ·Perda de mercado consumidor. Etiologia: ·Bactérias do gênero Salmonella. ·Bacilos não esporulados, flagelados (exceto Salmonella Pullorum e Salmonella Galinarum). ·Gram negativos, aeróbios ou anaeróbios facultativos. ·+ de 2500 Sorotipos. ·80 À 90 são mais comuns em infecções de humanos e animais. 04 mais importantes para a avicultura: ·Salmonella Pullorum (Pulorose). ·Salmonella Gallinarum (Tifo). ·Salmonella Typhimurium (Paratifo). ·Salmonella Enteritidis (Paratifo). SalmoneloseSalmonelose TIFO AVIÁRIO Salmonella Gallinarum Etiologia: ·Similar a febre tifóide humana. ·É uma enfermidade de distribuição mundial. ·Ocorre em aves adultas, esporadicamente aves jovens e pintinhos. ·Reprodutoras pesadas e poedeiras de ovos de casca marrom possuem boa receptibilidade. ·Muito semelhante a Samonella Pullorum. Transmissão (mais lenta que a Pulorose): Horizontal (Principal): ·Contato de aves doentes com aves sadias. ·Canibalismo. ·Aves mortas na granja. ·Falta de higiene. ·Presença de moscas, aves silvestres, roedores, insetos. ·Água e comida contaminadas com fezes. ·Ração com insumos de origem Animal (proibido). Sinais clínicos: Aves jovens: semelhante a pulorose. ·Aumento de volume e congestão do fígado, baço e rins (pontos brancos); ·Alteração do conteúdo do saco da gema; ·Nódulos branco-amarelados no pulmão (outros órgãos); ·Material caseoso nos cecos. Aves adultas: ·Diarreia amarelo-esverdeada. ·Prostração, fraqueza. ·Perda de apetite. ·Cristas encolhidas, penas arrepiadas. ·Cabeça pálida. Morbidade e mortalidade variáveis, sendo que o quadro de mortalidade se repete várias vezes. Sinais clínicos: ·Aves jovens (primeiros dias de vida). ·Sonolência. ·Fraqueza ·Perda de apetite. ·Retardo do crescimento, ·Amontoamento, frio (febre). ·Fezes de cor branca ao redor da cloaca. Morbidade (pico 2ª ou 3ª semana) e mortalidade variáveis. Lesões em aves jovens: ·Aumentode volume e congestão do fígado, baço e rins (pontos brancos); ·Alteração do conteúdo do saco da gema; ·Nódulos branco-amarelados no pulmão (outros órgãos); ·Material caseoso nos cecos. Lesões em Aves adultas: ·Lesões mínimas (folículos ovarianos e coração). ·Sorologia positiva. Fígado: aumento de volume e nódulos brancos. Lesões ovarianas e salpingite. Coração: nódulos brancos. Intestino: pontos necróticos. Sinovite na pulorose. Diagnóstico: ·Sinais clínicos e lesões. ·Sorologia (soro-aglutinação rápida, ELISA). ·Isolamento do agente etiológico. Diagnóstico diferencial: ·Colibacilose. ·Tifo. ·Aspergilose. ·Encefalomielite. SalmoneloseSalmonelose Transmissão: ·Horizontal e Vertical (contaminação do ovos no oviduto e cloaca); ·Contato de aves sadias com aves doentes (penetração via oral e/ou cloacal => trato digestivo); ·Rações e água contaminadas; ·Presença de moscas, aves silvestres, roedores, insetos, veículos e seres humanos. Sinais clínicos: ·Aves adultas raramente apresentam sinais clínicos. ·Aves jovens apresentam frio, amontoamento, empastamento da cloaca, diarreia, sonolência, prostração, penas arrepiadas, queda de consumo, asas caídas. Morbidade variável e a mortalidade raramente ultrapassa 20%. Lesões em aves jovens: ·Septicemia. ·Fígado, baço e rins - hipertrofiados e congestos, focos de necrose. ·Enterite necrótica. ·Espessamento da parede do ceco presença de conteúdo líquido. ·Má absorção da gema. Lesões em aves adultas: ·Pode ocorrer sem a manifestação de lesões macroscópicas. Diagnóstico: ·Sinais clínicos e lesões. ·Sorologia (soro-aglutinação, ELISA, microaglutinação). ·Isolamento do agente etiológico. Lesões em Aves jovens: ·Focos branco-acinzentados nos pulmões. ·Presença de nódulos no coração e moela. ·Fígado marro-esverdeado e inchado. ·Medula óssea marrom escura. Lesões em aves adultas: ·Aumento de volume do fígado, baço e rins. ·Congestão de órgãos internos. ·Focos branco-acinzentados no fígado e coração. ·Vesícula biliar distendida. Diagnóstico: ·Sinais clínicos e lesões. ·Sorologia (soro-aglutinação rápida, ELISA). ·Isolamento do agente etiológico. Diagnóstico diferencial: ·Colibacilose. ·Pasteurelose. ·Micoplasmose. ·Doença de Marek. ·Aspergilose. ·Encefalomielite. PARATIFO AVIÁRIO Com exceção de S. Pullorum, S. Gallinarum e as conhecidas como Arizonae, qualquer outra pode estar envolvida. S. Enteritidis (mais frequente) e a S. Typhimurium estão entre as mais prevalentes em galinhas e tem grande importância para a saúde pública. ·É uma enfermidade de distribuição mundial. ·São salmonelas que infectam várias espécies animais, inclusive o homem. ·Acomete principalmente aves jovens (até 2ª semana de vida), aves mais velhas em geral tornam-se portadoras intestinais assintomáticas. SalmoneloseSalmonelose Imunização: Vacinas vivas: ·Imunidade celular e humoral; ·Exclusão imune da cepa de campo no intestino; ·Adequada para primovacinação das aves; ·Aplicação via água de bebida ou spray. Vacinas inativadas: ·Induz resposta imune humoral; ·Produção de anticorpos circulantes - reduzem o acesso das bactérias; ·Soroconversão duradoura; ·Complementa programa de vacinas vivas; ·Reduzir a contaminação dos ovos; ·Aplicação intramuscular. Imunização: ·Vacinas vivas SE: ·1 semana. ·2 a 4 semanas. ·Vacinas vivas SG – 9R: ·6-10 semanas. ·Vacinas inativadas SE + ST: ·15 semanas. ·Início da produção. Prevenção e controle terapêutico: ·Antimicrobianos. ·Soroloia: soro aglutinação rápida (SAR). Monitoria: Sorologia. ·Matéria prima/ ração. ·Suabe de arrasto. ·Ovos bicados. ·Pintos. ·Mecônio. ·Fezes – cama aviária. ·Vísceras. Diagnóstico diferencial: ·Colibacilose. ·Pasteurelose. ·Micoplasmose. ·Doença de Marek. ·Aspergilose. ·Encefalomielite. Prevenção e controle: Ração: ·Farinhas de origem vegetal. ·Peletização. ·Ácidos orgânicos. ·Desinfecção de equipamentos. Ovos: ·Coleta - frequência - equipamentos - coletor. ·Manuseio - ovos sujos ou de chão. ·Ninhos - desinfecção - troca da cama. ·Fumigação. Incubatório: ·Fumigação. ·Desinfecção equipamentos / instalações. ·Monitoria - testes microbiológicos. Biosseguridade: ·Adquirir aves livres e alojá-las em granjas livres. ·Controle efetivo e contínuo de roedores. ·Monitorar presença Salmonella na ração/matéria prima. ·Limpeza intensiva e desinfecção das instalações. ·Treinamento em biosseguridade. ·Operários e técnicos: normas rígidas higiene. ·Proibição de visitantes desnecessários. ·Eliminar contato com aves silvestres/animais domésticos. ColibaciloseColibacilose ·Perihepatite. ·Conjuntivite. ·Coligranulomatose. ·Peritonite. ·Salpingite. ·Artrite. Diagnóstico: ·Necropsia. ·Cultura – meio Mac conkey. ·Provas bioquímicas. ·Pesquisa de fatores de virulência. ·Histopatológico. ·PCR. ·Elisa. Tratamento: ·Antibióticos. ·Hidratação. ·Antitóxicos. Profilaxia: ·Corrigir o manejo, estresse, fatores imonossupressores. ·Desinfecção. ·Biosseguridade. ·Vacinação- vacinas vivas e mortas. ·Prevenção de infecções virais. Vacinas: ·Poulvac E. coli – Fort Dodge/ Phizer. ·Vacina viva modificada do sorotipo 078. ·Indicada para frangos de corte, reprodutoras e poedeiras. ·Estimula a resposta imune celular como a proteção da mucosa traqueal e intestinal. Redução da mortalidade inicial – 100%. Redução de aerossaculite – 82%. Redução de perihepatite e pericardite – 76%. Colibacilose – NOTIFICAÇÃO MENSAL. Qualquer infecção causada pela Escherichia coli patogênica das aves. ·Condenações de carcaça - celulite e aerossaculite. ·Mortalidade, onfalite. ·Alta refugagem. Contaminação secundária na maioria das doenças virais respiratórias. Escherichia coli: ·Enterobactéria. ·Gram negativa, Móvel. Escherichia coli patogênica para aves- APEC: São consideradas causadores de doenças extra-intestinais. Fatores predisponentes: ·Imunidade deficiente. ·Aumento de linhagens patogênicas. ·Superlotação. ·Flora normal deficiente. ·Micotoxinas. ·Estresse. ·Manejo incorreto. Transmissão: ·Horizontal. ·Vertical. Patogenia: ·Infecção por via inalatória, digestiva e reprodutiva. ·Infecção primária ou secundária. Sinais clínicos: ·Colisepticemia. ·Celulite. ·Onfalite. PasteurelosePasteurelose • Fatores predisponentes: alterações no clima, má nutrição, stress; • Em galinhas, as mortes ocorrem normalmente em aves de postura (pela idade). • Fonte de infecção: aves cronicamente infectadas. (bactéria nas fossas nasais de aves saudáveis) • Porta de entrada: vias aéreas; Transmissão Horizontal. Pasteurelas de suínos e gatos podem ser patogênicas para aves Sinais Clínicos: Doença Aguda: • Morte súbita, anorexia, febre, descarga nasal, diarreia e aumento da frequência respiratória; Cianose em áreas sem penas; Sobreviventes não se desenvolvem bem. Doença Crônica: • Seguindo a forma aguda; • Edemas: de barbelas, seios nasais, articulações, almofadas plantares; • Lesões exsudativas da faringe e conjuntiva; • Sinais respiratórios; • Aves cronicamente infectadas podem permanecer infectadas por longos períodos; Lesões de Necrópsia: D. Aguda: • Distúrbios vasculares (congestão, hemorragias, aumento do volume do fígado). • D. Crônica: • Infecções localizadas; • Pneumonia principalmente em perus; • Conjuntivite, edema facial. Doença contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres. Caracterizada por doença septicêmica com alta morbidade e mortalidade, embora condições crônicas possam ocorrer. 1836 na França: Fowl Cholera. 1886: Septicemia hemorrágica. 1900: Pasteurelose aviária. Ocorrência: • Ocorre esporadicamente na maioria dos países; • Mais prevalente no final do verão; • Aves adultas são mais suscetíveis. Etiologia: • Pasteurella multocida: • Bacilo Gram negativo, imóvel, não formador de esporos; • Presença de cápsula; • Crescimento ótimo a 37°C, pH 7,2 a 7,8. P. multocida pode causar doença no homem, mas não existem evidências das amostras de aves serem patogênicas para o homem ou que sejam de risco para saúde pública. Resistência: • Facilmente destruída por desinfetantes comuns; • Luz solar (desidratação ou calor).Inativação: 56°C por 15min; 60°C por 10min; 1% formol. Patogenicidade: Perus são mais sensíveis que galinhas. Aves maduras são mais sensíveis que frangos. Todas as aves são susceptíveis. PasteurelosePasteurelose Diagnóstico: • Histórico, sinais e lesões; • Imunofluorescência em tecidos ou exsudatos; • Isolamento e identificação bacteriana (medula óssea, sangue do coração, fígado, meninges, lesões localizadas); • MacConkey, ágar sangue ou ágar chocolate. Tratamento: Antibiograma e antibióticos: sucesso variável dependendo da prontidão do diagnóstico e a droga utilizada. Sulfas, Estreptomicina, Penicilina, Oxitetraciclina. Prevenção e Controle: • Eliminar e evitar os reservatórios de P. multocida; • Limpeza e desinfecção do local, equipamentos de água; • Introdução somente de aves jovens em novos lotes; • Idades únicas e espécies únicas nos lotes; • Evitar acesso de suínos e gatos nas instalações. • Vacinas são usadas em matrizes de corte; • A proteção dada pelas vacinas vivas são mais duradouras e mais abrangentes, mas podem causar infecções crônicas MicoplasmoseMicoplasmose M. gallopavus. M. cloacale. Codornas: M. gallisepticum. M. synovae. M. meleagridis. Pombos: M. columbinasale. M. columbinum. M. columborale. Patos: M. anatis. Gansos: M. auseris. Ratitas: M. gallisepticum. M. synoviae. M. meleagridis. Mycoplasma Gallisepticum: Infecção caracterizada por sinais respiratórios e aerosaculite grave em galinhas e sinusites em perus. Distribuição: • Distribuição mundial, também em aves de vida livre; • Diminuição da incidência nos últimos 25 anos por programas de controle. Resistência: • Inativação por formalina, fenol. Viável em fezes de galinhas a 20°C por 1-3 dias. Infecções causadas por bactérias do gênero Mycoplasma caracterizadas por sinais respiratórios e inflamação articular, dependendo da espécie de micoplasma envolvida. 1898: Pleuropneumonia contagiosa em bovinos. 1905: Pneumoenterite epizoótica dos perus. 1938: Sinusite infecciosa dos perus. 1960: Mycoplasma gallisepticum. Importância: Diminuição das taxas de eclosão e postura. Diminuição do ganho de peso. Aumento da mortalidade. Aumento da condenação de carcaças. Aumento do uso de antibióticos. Etiologia: • Gram negativo (não tem parede celular), • Geralmente cocóide, 0,25-0,5 µm; • Requerem meio complexo enriquecido com soro para crescimento, cresce a 37°C, pH 7,8; • Colônias com morfologia característica (parece um ovo frito). Espécies: Galinhas: M. gallisepticum. M. synoviae. M. ioware. M. gallinarum. M. pullorum. M. ieus. M. lipofacieus. M. gycophilum. Perus: M. gallisepticum. M. synoviae. M. ioware. M. meleagridis. MicoplasmoseMicoplasmose Diagnóstico diferencial: Galinhas: • Doença de Newcastle, bronquite infecciosa, coriza infecciosa, pasteurelose, M. synoviae. Perus: • Pasteurelose, clamidiose, criptosporidiose, M. synoviae, deficiência de vitamina A. Tratamento: • Estreptomicina, oxitetraciclina, tilasina, etc; • ATB na ração/água/solução para mergulhar ovos; • Aquecimento dos ovos a 46°C. Prevenção e controle: • Origem das aves! • Vacinação: • Bacterinas: com adjuvante oleoso, reduzem mas não eliminam a colonização pelo Mycoplasma. • Vacinas vivas: amostra F pode ser patogênica em perus. Amostras 6/85, MG30 e TS-11 são produzidas comercialmente. Mycoplasma synoviae: Infecção que ocorre principalmente de forma subclínica. Pode se tornar sistêmica, causando sinovite. Histórico: 1954: Olson et al. descrevem a doença. Distribuição: Ocorre principalmente em criações de múltipla idade; Distribuição mundial. Etiologia: Requer meio complexo enriquecido com soro para crescimento, cresce a 37°C, pH 7,8; Identificação baseada em testes bioquímicos e reações sorológicas. Amostras: • A5969: utilizada no preparo de antígenos; • Amostra F: utilizada em vacinas vivas; • Amostra R: utilizada e em estudos de desafio. Perus são mais susceptíveis que galinhas. Transmissão horizontal e vertical. Mortalidade: de 30% associada a doença de newcastle, bronquite infecciosa das galinhas ou E. coli. Maior incidência no inverno. PI: 6 a 21 dias Sinais Clínicos: Galinhas: • Sinais respiratórios, redução de peso e postura. • Ocorrem principalmente entre 4 e 8 semanas. Perus: • Descarga nasal, edema dos seios paranasais; • Tosse, respiração difícil; • Torcicolo, opistótono (encefalite). Lesões: • Exsudato catarral ou caseoso nas vias aéreas, traqueia, brônquios e sacos aéreos; • Pneumonia; • Aumento espessura da mucosa com infiltração de células mononucleares e hiperplasia de glândulas mucosas. Diagnóstico: • Isolamento; • Detecção do genoma do agente (PCR); • Sorologia (associada a histórico e sinais clínicos = diagnóstico presuntivo); • Aglutinação em placa (triagem); • HI; • ELISA. MicoplasmoseMicoplasmose Antibióticos diminuem mas não eliminam a infecção do lote. Prevenção e controle: Única forma é adquirir aves livres de MS; Abate das aves positivas, se mantidas para postura a incubação dos ovos deve ser separada do resto; Vacina viva sensível a temperatura (MS- H). Micoplasma de forma cocoide, forma colônias semelhantes às de M. gallisepticum. Anaeróbio facultativo, crescimento ótimo a 37-38°C. em meio com soro, pH 7,5-7,8. Causa hemólise em sangue de equino. Tratamento: M. meleagridis: Infecção caracterizada por aerosaculite e/ou deformidade óssea em perus, sendo o agente transmitido via transovariana. Importância econômica: perdas associadas à redução da eclosão e tratamento dos ovos para controle da enfermidade. Distribuição: Distribuição mundial, redução da incidência por medidas de controle. Etiologia: Resistência: Sobrevive pelo menos 6 horas no ar; A maioria dos desinfetantes é efetiva. Estrutura antigênica: Diferente antigenicamente de outros micoplasmas aviários; Testes de aglutinação, fluorescencia e fixação de complemento: usados na identificação do MM. Mortalidade até 10%; Infecção respiratória geralmente assintomática; Claudicação, retardo no crescimento; Aerosaculite. Imunofluorescência é utilizada para a identificação de isolados de campo. Resistência a agentes químicos: Instáveis a pH abaixo de 6,8. Sensíveis a temperaturas acima de 39°C; Sensíveis a diversos desinfetantes. Estrutura antigênica: Um único sorotipo; Soros de aves com MS pode aglutinar MG no teste de aglutinação em placa, mas não na HI. Hospedeiros naturais: Perus: 10-24 semanas. Galinhas: 14-16 semanas. Via de entrada: Trato respiratório - doença respiratória e sinovite. Transmissão horizontal e vertical. PI: 11-21 dias. Sinais clínicos: Galinhas: Diagnóstico: Detecção do agente: Isolamento e identificação do M. synoviae, PCR; Sorologia: aglutinação em placa (reações cruzadas), ELISA, HI (confirmatório). Diagnóstico diferencial: Sinovite e artrite bacteriana (E coli, Staphilo, Pasteurell, Salmonella), sinovite por M. gallinarum. MicoplasmoseMicoplasmose Geralmente assintomática; Coinfecção com M iowae (doença respiratória) ou M synoviae (sinusite); Mortalidade embrionária (5-6 % de ovos férteis). Em sacos aéreos (10-25%), exacerbadas na presença de outros agentes; Deformidade óssea. PCR; Sorologia: aglutinação em placa, em tubo, HI. Diagnóstico diferencial: MG; MS E MI. Afeta perus e possui baixa mortalidade. Sinais: Lesões: Diagnóstico: Detecção do agente (isolamento e identificação, confirmação por testes sorológicos (IPX); Tratamento: Antibióticos na água/ração, mergulhar ovos em solução de antibióticos. Prevenção e controle: Identificação de reprodutores livres; Vacinas: não disponíveis. BotulismoBotulismo TOXINA: Termolábil: sendo destruída ou perde suas propriedades em temperaturas baixas ou muito elevadas. Também é resistente a ácidos. Sinais clínicos: São dose Dependentes; • Paralisia flácida de pescoço e membros; • Respiração abdominal; • Cianose; • Pupilas dilatadas; • Falência cardíaca e respiratória; • Hemorragia e petéquias no cérebro e cerebelo. Diagnóstico: • Bioensaioem camundongos; relatou-se apresentação de "cintura de vespa". Em casos com a presença do Clostridium: • Isolamento em cultivo anaeróbico; • Histopatológico; • ELISA; • PCR; Tratamento: • Não há tratamento efetivo. • Realizar Terapia de suporte; • Hidratação • Suplementação de vitaminas • Estreptomicina Cuidado com Aminoglicosídeos, Tetraciclina, sulfato de magnésio e penicilina - tem ações de bloqueadores musculares. Prevenção: • Higiene das instalações Limpeza e desinfecção + Bissulfito de Sódio (1Kg/200m³) no piso e na cama; • Evitar acesso dos animais à matéria orgânica em decomposição; É uma intoxicação produzida pela ingestão de toxina neurotóxica, produzida pelo Clostridium botulinum. Etiologia: • Bacilo gram-positivo; • Anaeróbico; • Produz endosporos; São classificados em 7 tipos de acordo com a toxina que produz: Em aves, temos os tipos C e D. Transmissão horizontal: Ingestão de alimentos contaminados. Ferimentos: contaminação por fômites. Ingestão de esporos; ingestão de invertebrados mortos ou vegetação em decomposição. Áreas de risco: Lagos e pântanos com vegetação em putrefação. Indicativo: larvas de dípteros na moela e inglúvio. Manifestações de Sinais: • Intensidade da contaminação ambiental; • Presença de substrato; • Condições ideais de multiplicação; • Cresce facilmente no TGI; • Surtos em frangos e faisões = mais frequente tipo C. Corvos e urubus são resistentes. Patogenia: Cresce facilmente no TGI. Ingestão da toxina - vai para o sangue/linfa e daí para as Terminações nervosas na junção neuromuscular, levando ao bloqueio da liberação de acetilcolina e paralisia flácida sem perda sensorial. ClamidioseClamidiose C. trachomatis C. muridarum C. suis Bactéria Gram negativa, Forma cocóide. Não cresce em meios de cultura. Bactéria intracelular obrigatória. A e F - Psitacídeos. B - Pombos. C - Gansos e patos. D - Perus. E - Avestruz, pombo, peru, pato, homem. 56°C por 5min. 37°C por 48h. 22°C por 12 dias. 4°C por 50 dias. -20 por meses. Gênero: Chlamydia Espécies: Etiologia: C. psittaci - 8 sorotipos: Resistência do agente: Formas morfológicas: Forma Intermediária: Forma imatura; transforma-se em FE. Forma Elementar: Forma infectiva; metabolicamente inativa; sobrevive no ambiente extracelular. Forma Reticular: Forma intracelular obrigatória; metabolicamente ativa; multiplica-se por divisão binária originando a fora intermediária. C. psittaci: humanos, mamíferos e aves. C. pneumoniae: humanos C. percorum: ruminantes. C. abortus C. felis C. caviae Doença respiratória que ocorre em mais de 140 espécies de aves sendo considerada uma zoonose. Sinônimos: Clamidofilose, Psitacose, Febre dos papagaios, Ornitose. Histórico: 1929: Pandemia envolvendo 12 países - importação de psitacídeos da América do Sul. 1931: Nova regulamentação dos EUA para importação de psitacídeos. Década de 40 e 50: Doença de diversas espécies de aves e suspeitava-se que era transmissível aos humanos. 1960: Reduziram-se as epidemias, mas surtos isolados ocorreram no Brasil e no mundo. Década de 80: Nos EUA, 20 surtos em criações de Perus, 2 em pombos e 1 em faisões. 1991: elevada mortalidade em avestruzes e em infecções em humanos da África. 2006: Surtos em criações de Perus na Bélgica associado a pneumovírus aviário. Etiologia: Família: Chlamydiaceae Gênero: Chlamydophila Espécies: ClamidioseClamidiose Sinais Clínicos: Mais comuns em Psitacídeos: • Descarga óculo-nasal, conjuntivite, sinusite; • Diarreia, regurgitação, anorexia, perda de peso; • Espirros, dispneia; • Depressão; • Queda de até 50% na produção de ovos; • Aumento da mortalidade neonatal; • Convulsões e paralisia; • Podem desenvolver encefalite. Perus: • Depressão, • Fraqueza, • Anorexia, • Descarga nasal, • Dificuldade respiratória, • Perda de peso e diarreia amarelo-esverdeada Pombos: • Depressão, • Conjuntivite uni ou bilateral. Lesões: Lesões macroscópicas: • Congestão pulmonar, broncopneumonia; • Aerossaculite; • Peritonite; • Congestão de órgãos internos devido a septicemia; • Pericardite e miocardite; • Enterite catarral; • Cirrose hepática e necrose pancreática; • Orquite e ooforite. Em perus: Sacos aéreos com exsudato fibrinoso. Outras espécies: Bovinos e ovinos • Abortos • Encefalomielite bovina • Poliartrites Epidemiologia: • Distribuição: mundial • Susceptibilidade: - Aves jovens mais susceptíveis. - Aves domésticas: perus > patos > galinhas Vias de infecção: oral, nasal ou transovariana; Vias de eliminação: fezes, secreções nasais e oculares; Transmissão: oral e respiratória; Aves jovens e aves submetidas a estresse são mais sensíveis à infecção. Portadores: Papagaios e pombos. Mortalidade depende da cepa: Alta virulência: 5-30% de mortalidade. Sorotipo D 50-80% de mortalidade. Baixa virulência: menor que 5% de mortalidade. Patogenia: Infecção oro/nasal; Invade epitélio da mucosa, infecta citoplasma da célula; Infecções inaparentes: Forma Elementar permanece inativa no citoplasma da célula. As aves desenvolvem a doença ou eliminam o microrganismo quando são imunossuprimidas (observado em papagaios e pombos). Infecção secundária - sist. resp. Multiplicação e septicemia. Multiplicação em 50h, uma célula infectada pode conter de 100-500 novos microorganismos - Lise celular - Septicemia ClamidioseClamidiose Tratamento: O tratamento deve ser de duas a seis semanas. • Doxiciclina têm bons resultados (45 dias). • Clortetraciclina na água ou alimento. • Resistentes às penicilinas. Prevenção: • Biossegurança e Higiene • Em lotes positivos: eliminar aves, desinfecção e vazio sanitário de no mínimo três semanas. • Pássaros isolamento e quarentena. • Evitar o contato de aves domésticas com aves silvestres. • Não existem vacinas efetivas! Equinos: • Conjuntivites Felinos: • Conjuntivites • Pneumonias. Humanos: • Febre, dor de cabeça, calafrios, dores musculares, • Conjuntivite, com ou sem sinais respiratório, • Tosse seca que evolui para mucopurulenta, • Aborto • Pneumonia, • Broncopneumonia, • Dor ao urinar e/ou durante as relações sexuais; • Corrimento genital amarelado ou claro . Diagnóstico: • Presuntivo: histórico, sinais clínicos e lesões; • Definitivo: - Isolamento: embriões de galinha e em várias células linhagens • Identificação: • Imunofluorescência • Imunoperoxidase • PCR • Esfregaço secreção nasal ou ocular corados com Giemsa, Gimenez, Stam: corpúsculos de Levinthal-Colles-Lillie (LCL) - patognomônico Diagnóstico Diferencial: • Micoplasmoses • Influenza aviária • Cólera aviária • Aspergiloses • Pneumovirose • Colibacilose Coriza InfecciosaCoriza Infecciosa Infecção associada a outros agentes: Micoplasmas, Pasteurela, Laringotraqueíte, Bronquite infecciosa... • Sinais semelhantes aos anteriores mas mais graves; • Tampões caseosos nas vias nasais; • Maior mortalidade e duração da doença; • Aerossaculite. Diagnóstico: • Histórico (ocorrência anterior da doença), sinais e lesões • Identificação do agente: isolamento a partir de exsudatos das vias respiratórias. Diagnóstico diferencial: • Micoplasmose; • Pasteurelose; • Laringotraqueíte infecciosa; • Bronquite infecciosa; • Influenza aviária. Tratamento: • Estreptomicina (IM), • Eritromicina (IM, ração ou água), • Tetraciclina (IM), • Tilosina (SC); • Sulfas; Clorar ou adicionar desinfetantes a base de iodo na água. Prevenção: • Evitar a introdução de aves de origem desconhecida; • Criação de aves em idade única; • Minimizar fatores complicadores: lotes livres de Mycoplasma; • Isolamento de aves infectadas, vazio sanitário de 2-3 semanas com limpeza e desinfecção. • Uso de vacinas. Doença respiratória que cursa com edema de barbela e processo inflamatório nasal e ocular. Etiologia • Bacilo gram negativo; • Avibacterium paragallinarum; • Microaerofila (5% de CO2) • Pouco resistente ao meio ambiente. • Três sorotipos: A, B e C. Ocorre em galinhas, angolas, codornas e faisões. Perus são
Compartilhar