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Direito O engenheiro e o direito do trabalho Requisitos para a configuração de vinculo de emprego Subordinação: Relação de dependência entre empregado e o empregador Autônomos trabalhador que não é considerado empregado, não é protegido pela legislação trabalhista. Ele cumpre o que foi contratado, não há subordinação, realizará seu trabalho quando quiser. Trabalhador pessoa física: não pode ser pessoa jurídica Empregador: pessoa jurídica ou física Pessoalidade na prestação de serviços: Contrato não admite sucessão, o empregador tem o direito de trabalho prestado pela pessoa que contratou não se admitindo substituição por outra pessoa. Trabalho não eventual: empregado é aquele que presta seus serviços de maneira não eventual (periódica e contínua). Trabalhador eventual não é protegido pelas leis trabalhistas (pedreiro, por ex. trabalha uma vez ou outra) Contraprestação salarial por trabalho: o empregado deve prestar serviços ao empregador e este deve efetuar o pagamento do salário, não há vinculo de emprego sem pagamento de salário. Logo trabalhador voluntário não está protegido pelas leis trabalhistas. “Empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário” – Basta estar dentro do perfil da lei, o registro CLT é o efeito. “Considera empregador a empresa, individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.” O princípio protetivo A legislação deve proteger a parte mais frágil, ou seja, o empregado, praticando a justiça Há duas maneiras de proteger o empregado: Vendo o empregado individualmente, limitando liberdade de contratar (jornada de trabalho) Dando força ao coletivo (sindicato) Irrenunciabilidade: o Estado coloca patamar mínimo dos direitos sociais (13° jornada), o trabalhador não pode abrir mão desses direitos mínimos. Ato de renúncia do trabalhador sobre direitos mínimos não tem validade jurídica, o empregador não pode alegar se o trabalhador aceitou trabalhar sem direitos mínimos. Primazia da realidade: Se conseguir provar algo que privatiza realidade ganha a realidade Condição mais benéfica: Conseguir condições de trabalho acima do que a lei manda. Dois jeitos de conseguir: Sindicato e empregador. Obs: Uma vez dada a condição benéfica não pode tirar mas, vira clausula contratual Continuidade da relação de emprego: Estratégias para contrato durar mais Prazo indeterminado de contratação Prevendo indenização FGTS (sistema de fundo de garantia): Abre uma conta na caixa, empregador deposita 8% de salário + ME + férias do empregado, mas ele só pode sacar quando: Termina contrato, se ele não deu causa ou seja, mandado embora sem justa causa, se pedir demissão não pode sacar. Compra casa própria, aposentadoria de câncer. FGTS x sistema antigo: penalizava bons empregados (+10 anos, não recebe + nada) FGTS desmotivador: Se o empregador demitir a pessoa, ele paga o FGTS + 40% do valor que esta lá Estabilidade: não pode ser mandado embora sem motivo Garantia de emprego: Acidentado: 15 dias longe + acidentado CIPA: da inscrição até 1 ano após o termino do mandato Dirigente Sindical: Candidatura até 1 ano após término contrato Norma mais favorável: Duplicidade de normas – Aplica a norma mais favorável para o empregado, dentro do território para a categoria. Noções gerais de organização sindical Sindicato era um órgão de Estado, hoje é pessoa jurídica privada antes era pública. Associação de pessoas físicas ou jurídicas que tem atividades econômicas ou profissionais, levando à defesa dos interesses coletivos e individuais de seus membros ou da categoria. Representação Sindical Peculiaridade: Representação de não sócios e obrigatória (representatividade difenciada) Enquadramento sindical: Qual sindicato vai me representar eu querendo ou não. Critério para escolha: 1-) Categoria: coisas que tem em comum Econômica: A atividade predominante domina e as empresas são representadas pelo mesmo sindicato Profissional: Preponderante: Critério para agrupar empregados: O que a empresa faz (atividade preponderante) Diferenciada: (exceção) Leva em conta o que a pessoa faz (secretária, professora, advogado) Se não tiver sindicato para a diferenciada, cai na preponderante. 2-) Base territorial: sindicato representa uma categoria dentro de uma base territorial (nunca menor que um município) Unidade territorial: só pode ter 1 sindicato por categoria por base territorial Negociação Coletiva Convenção coletiva de trabalho: Sindicato com sindicato (sindicato de categoria econômica negocia com sindicato profissional) estipulam condições de trabalho aplicáveis às relações individuais de trabalho Acordo coletivo de trabalho: sindicato profissional negocia com a empresa diretamente sem ser com o sindicato da empresa. Esse acordo vale como se fosse lei para os representados Norma mais favorável: prevalece o território comum (menor área comum) Quando é o sindicato que negocia pode tirar e por condições (na condição benéfica não pode tirar) Vigência de 2 anos (para A e B), quando está acabando ocorre greves Fontes de custeio Contribuição sindical: Desconta 1 dia de trabalho do pagamento e passa para o sindicato Contribuição confederativa: Contribuição para não sócios. Contribuição Assistencial: Benefício vale para quem é sócio do sindicato e cria taxa extra para quem não é. Mensalidade Espécies de trabalhadores sem a proteção das leis trabalhistas (não é empregado) Autônomo Eventual Temporário: pessoa física, atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal ou acréscimo de serviços. Empresa de trabalho temporário: Pessoa física ou jurídica cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores qualificados, por elas remunerados. O vínculo de emprega é entre a empresa de trabalho temporário e o temporário. Não pode contratar direto o trabalhador temporário sem ser por uma empresa específica, exceções: final de ano, grávida Condições para contratar temporários Aumento de demanda, substituição de pessoal permanente Substituição de pessoal permanente Contrato 3 meses com direito 1 renovação Terceirização: Ate o TST só aceitava terceirização para vigilância e limpeza, agora a tendência é ampliar. Não há lei, há uma sumula. No caso de inadimplência de obrigações trabalhistas pelas empresas prestadoras de MDO, as empresas tomadoras devem assumir as obrigações. Doméstico: Características: O empregador é pessoa ou família (pessoa física) e o trabalho do doméstico não pode ter lucro. Direito domésticos iguais aos do empregado: HE, FGTS A nova regulamentação do estágio (Lei 11 788l08) Estágio: Ato escolar supervisionado com objetivo de aperfeiçoamento do que ele está aprendendo. Não é empregado, não há vinculo de emprego. Estágio x Aprendizado: estagiário não é empregado e aprendiz, tem direitos trabalhistas Requisitos para um estágio válido Matrícula e frequência em um curso superior, médio, profissionalizante, especial ou fundamental Termo de compromisso: elementos essenciais (tem que estar no contrato) Parte concedente Estudante Instituição de ensino Agentes de integração (CIEE, catho): não podem representar os elementos essenciais (pode estar no contrato como testemunha só) Aproxima quem procura estágio e quem oferece Não pode cobrar de estagiário pelos serviços prestados, da empresa pode. Compatibilidade de atividades (desenvolvidas no estágio) Prazo 2 anos Relatório (professor e supervisor) Direitos de estagiário Seguro por acidentes pessoais Segurança e saúde no trabalho Segurado facultativo no INSS Bolsa Auxilio Transporte Limitação jornada (férias e provas) Recesso Estagio em fase obrigatória, bolsa e transporte não são obrigatório Se receber bolsa é remunerado nas férias Código de ética da engenharia (resolução 1002102 Confea) Papel do ato normativo “Resolução”: Estabelecer parâmetrospara o exercício honesto da profissão. Fazer acontecer e fazer que a lei seja cumprida – função CREA Temas Abordados: Visão peculiar da profissão: existe para atender necessidades da sociedade de um bem comum. Relacionamento com clientes, fornecedores, subordinados e superiores Meio ambiente Segurança no trabalho Perspectivas de abordagem Princípio, deveres, direitos, condutas Engenheiro empregado – direitos diferenciais (Lei 4950166) Abrangência da lei: precisa ter CREA para ter esses direitos e estra trabalhando como engenheiro Lei Assegura dois direitos: Peso salarial profissional, adicional noturno diferenciado Direito a uma contraprestação mínima: espécies de pesos salariais (salário base) Salario mínimo: atender necessidades (moradia, saúde, transporte, alimentação) R$742,00 Peso salarial regional (estadual): estados podem criar sua regiões Peso de categoria: Sindicato empresa x sindicato empregado, para conseguir melhorias como peso salarial na categoria na região Piso salarial profissional: O engenheiro tem direito a no mínimo 6 salários mínimos por uma jornada de 6h diárias. Caso a jornada seja maior que 6h diárias, a hora acrescida deverá sofrer acréscimo de 25% (8h – 8,5 salários mínimos como peso salarial). A jornada de 6h serve apenas de base de calculo para o salario mínimo. Não pode usar salário mínimo como indicador no contrato não pode apresentar: Salário = 2 salários mínimos Constitucionalidade: fato de usar salário mínimo como base de cálculo para peso salarial Hora extra: a partir da 8ª hora diária ou 44º hora semanal Adicional noturno diferenciado: o empregado tem direito a um adicional de 20% sobre o trabalho das 22h entre 5h. O engenheiro tem direito a 25% O sistema Confea/CREA Autarquia: pessoa jurídica pública criada por lei para exercer uma função do Estado. CREA e CONFEA são autarquias federais (fiscalizar e cobrar para que a lei da engenharia seja cumprida) CONFEA: Órgão central do sistema, regulamentação e fiscalização do exercício profissional, constituído pelos próprios profissionais (conselheiros de diversas unidades da federação) CREA: fiscalização, orientação, controle e aprimoramento do exercício profissional, em cada Estado, administrado pelos próprios profissionais (conselheiros que representam instituições de ensino, associações e sindicatos). Para atuar como engenheiro tem que ser formado por uma instituição de ensino reconhecida e ter registro no CREA do seu estado. Câmaras especializadas: órgãos dentro do CREA, eles que tocam o processo disciplinar, 1º órgão que analisa se tem inflação. Ele que processa, chama, testemunha e decide, depois recurso pro CREA e se mandar decisão CONFEA. Auditoria de projetos, direitos e responsabilidades Responsabilidade por dolo direto: praticar a conduta porque quis Responsabilidade por dolo: não to nem aí se acontecer Responsabilidade por culpa: Mesmo que você não queira você é penalizado, conduta inadequada ocasionando algo Imperícia: Barbeiragem no exercício profissional, errou responde por culpa. Os direitos de autoria de um projeto de engenharia são de quem os elaborar, só esta pessoa pode alterar o projeto. Quando tem mais de 1 engenheiro responsável, todos são co-autores do projeto. Técnicos especializados ou profissionais que colaboram numa parte do projeto, são autores da parque que lhes tiver sido confiada. Para patentear projeto evento: Tem que ser algo novo Fruto de um ato inventado É possível industrializa-lo Registro Profissional Só pode atuar como engenheiro após registro no CREA, no local da sua atividade, se profissional, forma ou organização, registrado em qualquer CREA, exercer atividade em outra região, ficará obrigado a visar pelo seu registro. 1º registro não é definitivo porque o diploma tem que ser registrado no MEC Pessoa jurídica (firmas, associações, empresas em geral) que se organiza para executar a obra ou serviços de engenharia tem que ter CREA Se a razão social da empresa usar a palavra “engenheiros” todos os sócios tem que ser engenheiros, se usar “engenharia” nem todos precisa. Qualidades que a lei atribui para a carteira definitiva do CREA Vale como documento em todo o território nacional Tem fé publica (as informações da carteira são verdadeiras até que provem o contrário). Carteira substitui diploma Prerrogativas: Direitos exclusivos de uma profissão Só chama engenheiro quem tem CREA Competências pessoa jurídica: produção e execução Pessoa Física: dirigir a obra Exercício ilegal da profissão Não tem registro e atua exercendo atividade privativa de engenheiro CREA suspenso, mas mesmo assim continua atuando Invadiu área de atribuição de outro setor da engenharia Pessoa jurídica invade área pessoa física Pessoa física empresta nome a pessoa jurídica sem fazer parte efetiva dela *Não é exercício legal para efeitos penais – atuar fora da região do CREA é infração profissional (multa) Penalidade por infração Censura Reservada: não é divulgada para terceiros Pública: divulgada, quando é mais grave, ou faz 2x a mesma coisa Infrações e penalidades Infração ----------------------------- Penalidade Ao código de ética --------------- Advertência, censura reservada ou pública Leves, médias, graves ----------- Multa Reincidência: multa em dobro porque continuo praticando a infração Nova reincidência: se for grave, a pena é suspensão temporária. Grave (podem levar a cancelamento do registro) Má Conduta pública Escândalo público Condenação judicial Processo administrativo disciplinar Garantias constitucionais do acusado Tem que ter direito ao contraditório Ampla defesa (direito de provar) Crea é poder executar, se quiser recorrer vai para o judiciário
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