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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * PADRÕES DE HERANÇA NA ESPÉCIE HUMANA * * * Padrões de herança na espécie humana Podemos dividir os distúrbios genéticos em: Distúrbios monogênicos; Distúrbios cromossômicos; Distúrbios multifatoriais; Distúrbios mitocondriais. * * * Padrões de herança na espécie humana Distúrbios monogênicos: Causados por genes mutantes individuais; Padrões de heredograma costumam ser óbvios e característicos; Baixa freqüência dos alelos na população. Ex: Anemia falciforme * * * Padrões de herança na espécie humana Distúrbios cromossômicos: O defeito observado se deve ao excesso ou deficiência de genes normais, contidos num cromossomo ou em parte dele; Mais comum que os distúrbios monogênicos 7 casos em 1000 habitantes; Contribui também com metade dos abortos espontâneos até o 3º mês de gestação; Ex: Síndrome de Down 3 cromossomos 21, ao invés dos dois; * * * Padrões de herança na espécie humana Herança multifatorial: Soma de condições particulares de muitos genes, que resulta em predisposição aumentada para doença ou diretamente na doença; Muitas vezes estes distúrbios se manifestam por alterações no desenvolvimento do indivíduo, levando a malformações congênitas e inúmeros distúrbios na vida adulta. Freqüências 5% na faixa pediátrica mais de 60% na população toda. Ex: Fenda labial * * * Padrões de herança na espécie humana Distúrbios mitocondriais: Alterações no cromossomo mitocondrial Raras. Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Padrões de herança monogênica * * * Objetivos da aula * * * Padrões de herança monogênica Também denominada herança mendeliana; Distúrbios da faixa de idade pediátrica; < 10% manifestam-se após a puberdade; < 1% manifesta-se após o período reprodutivo. Distúrbios caracterizados por seu padrão de transmissão nas famílias. * * * História familiar 1ª atitude para com cada paciente (consulente = pessoa encaminhada para aconselhamento genético) Mesmo quando a correspondência de encaminhamento fornece a história familiar, o geneticista deve elaborar uma própria. * * * História familiar Nome do consulente Data nascimento Aspectos clínicos relevantes Casos de abortos ou problemas reprodutivos * * * História familiar Heredograma contendo dados de: Genitores (pais) com parceiros e filhos Filhos com parceiros e filhos Irmãos com cônjuges e filhos Avós Relacionamento extraconjugal Para cada individuo anotar: nome, data de nascimento, se falecida a causa da morte e informações clínicas importantes * * * * * * * * * * * * Caso 1 * * * Caso 1 * * * Caso 1 * * * Nancy Wexler Mãe, avô e 3 tios mortos Neuropsicológa (PH.d.) Lago Maracaibo – Venezuela El mal de San Vito http://www.dailymotion.com/video/x739ee_corea-de-huntington-en-busca-del-ge_school * * * Caso 1 * * * Caso 2 * * * Caso 2 * * * Caso 2 Questionamento materno: como minha filha tem essa doença se ninguém da família jamais teve????? * * * Caso 2 * * * Padrões de herança monogênica * * * Padrões de herança monogênica Dominante X recessivo: Dominante: alelo em dose simples ou dupla causa a doença. Recessivo: apenas o alelo em dose dupla causa a doença. P/ simplificar: Fenótipo expresso em heterozigotos é DOMINANTE. * * * Padrões de herança monogênica Padrões de herança monogênica Autossômica Ligada ao sexo Dom Recess Dom Recess * * * Padrões de herança monogênica O padrão de herança mostrado por um heredograma pode não ser o real. Há fatores que podem obscurecer o verdadeiro tipo de herança. Ex: Idade de início da manifestação da doença; Pequeno tamanho das famílias. * * * Ligada ao Sexo Padrões de herança monogênica * * * Padrão de herança monogênica autossômica dominante (alelo raro) Dentre os + de 6000 tipos de herança monogênica, mais da metade são autossômicas dominantes. * * * Padrão de herança monogênica autossômica dominante (características) Afetado é HOMOZIGOTO DOMINANTE (AA) ou HETEROZIGOTO (Aa). Indivíduos afetados são filhos de pai ou mãe afetados, que também tem um de seus genitores afetados......... * * * Padrão de herança monogênica autossômica dominante (características) Indivíduos normais (aa) gerados por um afetado não transmitem a anomalia. Aa X aa → tipo de reprodução + comum que gera filhos com esse distúrbio. Afeta ambos os sexos igualmente. Ocorre transmissão homem → homem. Homozigotos são muito raros. * * * Padrão de herança monogênica autossômica dominante – Neurofibromatose tipo 1 Manchas café com leite na pele e tumores neurofibromatosos. * * * Padrão de herança monogênica autossômica dominante – Neurofibromatose tipo 1 NF1 ou doença de von Recklinghausen Gene NF1 cromossomo 17 1/3500 Manchas café com leite Tumores de Lisch Neurofibromas cutâneos Tumores benignos ou malignos sistema nervoso Dificuldade de aprendizagem, baixa estatura, convulsões * * * Padrão de herança monogênica autossômica dominante – Neurofibromatose tipo 1 50% casos nova mutação Importância do aconselhamento genético? Filhos afetados * * * Heterozigoto → apenas distúrbio esquelético. Inteligência normal. Homozigoto → muito grave, não sobrevivem ao início da lactância. Padrão de herança monogênica autossômica dominante - Acondroplasia * * * Padrão de herança monogênica autossômica dominante – Doença de Huntington Neurodegenerativa. Demência progressiva e movimentos anormais. AA ou Aa com o mesmo fenótipo. * * * Padrão de herança monogênica autossômica dominante – Doença de Huntington Caso 1 * * * Padrão de herança monogênica autossômica dominante – Doença de Huntington Repetições CAG em 4p16.3 Proteína huntingtina Consultores genéticos respeitam a decisão do paciente em não saber o resultado do exame * * * * * * Padrão de herança monogênica autossômica recessiva - Características O afetado é HOMOZIGOTO RECESSIVO (aa). Herdou um alelo de cada genitor. Genitores são na maior parte das vezes heterozigotos (Aa = portadores = não manifestam a anomalia) ou raramente homozigotos. A maior parte dos alelos recessivos estão nos portadores. A anomalia afeta indivíduos de ambos os sexos na mesma proporção. Os genitores heterozigotos de um afetado têm probabilidade de 25% de gerar outro filho afetado. * * * Padrão de herança monogênica autossômica recessiva - Características A consangüinidade dos genitores de um afetado é uma forte evidência de herança autossômica recessiva. * * * * * * * * * Padrão de herança monogênica autossômica recessiva Temos ao menos de 8 a 10 alelos mutantes para distúrbios autossômicos recessivos. Alelos mutantes recessivos podem ser transmitidos nas famílias por várias gerações sem manifestar-se na forma homozigota. A presença só é revelada quando o portador casa-se com outro portador do mesmo alelo. * * * Padrão de herança monogênica autossômica recessiva Casamentos consangüíneos → + freqüente a ocorrência de homozigotos recessivos na prole = manifestação de distúrbios recessivos. Mesmo quando os genitores consideram-se não aparentados → importante verificar sua origem → podem ter um ancestral comum nas últimas gerações. * * * Padrão de herança monogênica autossômica recessiva Tipos de reproduções consangüíneas com risco aumentado: Casamentos entre primos de 3º grau ou parentesco mais remoto não são considerados geneticamente significativos. * * * Padrão de herança monogênica autossômica recessiva Isolados genéticos: grupos pequenos, separados do restante da população por barreiras geográficas, religiosas ou lingüística. freqüência de distúrbios autossômicos recessivos → freqüência do alelo recessivo. Ex: doença de Tay-Sachs → 100x mais freqüente entre judeus Ashkenazi que em outras populações. Endogamia. * * * Padrão de herança monogênica autossômica recessiva – Fibrose cística Caso 2 Infecção torácica + evacuações volumosas Questionamento materno: como minha filha tem essa doença se ninguém da família jamais teve????? * * * Padrão de herança monogênica autossômica recessiva – Fibrose cística Mutação gene CFTR cromossomo 7 * * * Padrão de herança monogênica autossômica recessiva – Fenilcetonúria (PKU) ff → fenilalanina hidroxilase (PAH) defeituosa ou ausente (aa). Gene cromossomo 12 Fenilalanina Tirosina Fenilalanina se acumula = dano SN Tirosina não produzida = ausência de melanina 1/10 000 PAH * * * Padrão de herança monogênica autossômica recessiva – Fenilcetonúria (PKU) Atraso no desenvolvimento psicomotor Convulsões Retardo mental Início antes de 1 ano Tratamento: dieta pobre em fenilalanina Expectativa de vida sem tratamento: 30 anos Triagem neonatal Ratulagem * * * Padrão de herança monogênica autossômica recessiva – Fenilcetonúria (PKU) Alimentos proibidos: carne, peixe, aves, mariscos, moluscos e crustáceos (polvo, lulas, conquilha, amêijoa, camarão, gamba, lagosta), fiambre, presunto, produtos de salsicharia (salsicha, chouriço, patês), caldos de carne concentrados, ovos, leite, queijo, gelados de leite ou nata, iogurte, suissinho, natas, sobremesas lácteas, farinha, pão, massas, leguminosas secas (feijão, grão, favas, ervilhas, lentilhas), soja, biscoitos, bolachas, bolos e produtos de pastelaria, farinhas infantis excepto as prescritas, chocolate, cacau, bombons, caramelos de leite ou de chocolate, gelatina animal, frutos secos ou oleaginosos (castanha, noz, amêndoa, amendoim, avelã, cajú, pistacho, pinhão), manteiga de amendoim, adoçantes artificiais (canderel, aspartame)*. * * * Padrão de herança monogênica autossômica recessiva – Fenilcetonúria (PKU) Permitidos mas controlados: vegetais, sucos de vegetais, batata, fruta, sucos de fruta, arroz, farinhas infantis (Nutribén 1ª Papa), farinha de mandioca, fécula de batata, Maizena, tapioca, pipocas. * * * Padrão de herança monogênica autossômica recessiva – Fenilcetonúria (PKU) * * * Armadilhas na interpretação e consultoria * * * Variabilidade de expressões fenotípicas Penetrância: tem ou não tem. Porcentagem de indivíduos com alelo e fenótipo referente ao alelo. Penetrância incompleta: indivíduo tem o genótipo e não o fenótipo. Ex: Deformidade da mão dividida. * * * Variabilidade de expressões fenotípicas III-11 Não penetrância * * * Variabilidade de expressões fenotípicas Expressividade: em que grau tem o fenótipo. Expressividade variável: diferentes graus de gravidade da doença. Ex: Neurofibromatose → todos portadores do genótipo possuem o fenótipo, em graus diferentes. * * * Variabilidade de expressões fenotípicas Pleiotropia: um gene anormal induz diversos fenótipos. Ex: Fenilcetonúria (PKU). Par de alelos recessivos → fenilalanina hidroxilase (PAH) defeituosa ou ausente. Fenilalanina Tirosina Fenilalanina se acumula = dano SN Tirosina não produzida = ausência de melanina. PAH * * * Um casal, ambos polidáctilos e de visão normal, tem uma criança normal para polidactilia, mas míope. Considerando-se que ambas as anomalias são autossômicas e os respectivos genes estão em cromossomos diferentes, responda: ♂ Polid. Visão normal X ♀ Polid. Visão normal Dedos normais e miope ✓ Polidactilia dominante ✓ Miopia recessiva Pais duplos heterozigotos Filho duplo recessivo * * * Qual a probabilidade do casal ter outra criança normal para polidactilia e míope? Polidactilia Miopia Aa X Aa Rr X Rr AA, Aa, Aa, aa RR, Rr, Rr, rr ¼ ¼ R: ¼ X ¼ = 1/16 Qual a probabilidade do casal ter outra criança normal para polidactilia ou míope? R: ¼ + ¼ = 1/2 * * * Qual a probabilidade do casal ter outra criança normal para as duas características? Normal e normal Normal p/ polidactilia = ¼ Normal para visão = ¾ R: ¼ X ¾ = 3/16 Um alelo normal seria capaz de compensar o efeito do alelo mutante e evitar a ocorrência da doença. Tumor maligno da baínha de nervos periféricos ou neurofibrossarcoma.
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