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AULAS de PRÓTESE BUCO- MAXILO-FACIAL Introdução a Prótese Buco-Maxilo-Facial Conceito É a Especialidade Odontológica que utiliza um conjunto de recursos aloplásticos destinados à reparação das desfigurações de tecidos duros e moles da região buco-maxilo-facial. Objetivos Os objetivos são: restaurar a estética e a função, dar proteção aos tecidos, auxiliar na terapia psicológica, melhorando a qualidade de vida do paciente. Requisitos do Material Ideal Bulbulian, 1945) Compatibilidade - Ser compatível com os tecidos sobre os quais vai ser aplicado, de maneira a não causar irritações ou desconforto enquanto estiver sendo usado. Flexibilidade - macio e flexível como o tecido vivo, de maneira a simular a maciez da pele do rosto. Leveza - leve, de maneira a poder ser facilmente retido sobre a face, sem perigo de se deslocar ou cair. Translucidez - translúcido (como a pele), não transparente ou opaco, de maneira a ter aparência de vida Amoldabilidade - facilmente moldável, isto é, deve prestar-se a uma das técnicas de laboratório de prótese dental, sem que haja necessidade da elaboração de moldes caros ou complicados (metalizados, metálicos). Condutibilidade térmica - ser mau condutor do calor, de modo a não afetar desfavoravelmente a parte do rosto que esteja em contato com ele. Durabilidade - não ser afetado física ou quimicamente por fatores exógenos ( luz do sol, calor, frio, poeira) ou por fatores endógenos (suor, saliva), de maneira a poder ser usado por longo período, sem se deteriorar. Fácil duplicação - facilmente duplicável, para que possa fazer nova prótese em pouco tempo, em casos de perda, descoloração ou fratura. Fácil aquisição - facilmente adquirível e não ser dispendioso. Permitir manutenção da higiene - facilmente lavável, Classificação dos Materiais Atuais Para PBMF Rígidos Resina acrílica R. A. T. A. R. A. Q. A. Flexíveis Resina resiliente Silicones RTV ou HTV Silastic MDX 4-4210 PVC ( cloreto polivinílico) PVC cordo Poliuretanos Conceitos: 1. Desfiguração Qto à etiologia: 1.1. Malformações - resultam de problemas genéticos (hereditários), mesológicos ou mistos quando da formação do ser. 1.2. Mutilações - 1.2.1. Patológicas - actinomicose, leishmaniose, hanseníase, tumores (oncocirurgias), etc. 1.2.2. Traumáticas advindas de : * trauma acidental (ac. automobilísticos, domésticos, de trabalho). * trauma intencional (agressões físicas, guerras). 1.3. Distúrbios de desenvolvimento - os hiper e hipo desenvolvimentos, da maxila e/ou mandíb. Distúrbios causados pelas perdas faciais Estéticos - repulsivos / extensos curativos Funcionais - fonação(rinolália = voz anasalada) - à falta de apreensão de alimentos, dific. deglutição - à respiração (ar inspirado, deficientemente aquecido e não filtrado = faringite, pré-disposição a complicações do aparelho respiratório e fadiga precoce. - incontenção da saliva, xerostomia - perda da visão, perda da visão estereoscópica, incontenção lacrimal, atrofia e cicatrização palpebral, entrópio ou ectrópio. Psíquicos - retraimento, isolamento, depressão, complexo de inferioridade, revolta, pânico, etc. Modalidades Terapêuticas de uma Desfiguração Autoplastia - Cirurgia Plástica Reconstrutora Aloplasia ou Aloplastia - P.B.M.F. - usada qdo. da contra-indicação da cirurgia plástica. Pode ser: * Transitória - para aguardar a reabilitação cirúrgica final, para melhor observação dos tecidos no período de > risco de recidiva * Reparadora - devido à extensão da perda, área, órgão ou tipo de tecido perdido, condição dos tecidos remanescentes (2 anos pós-radioterapia), razões econômicas. Mista - evolução do reparo, melhor condição do paciente, avanço da técnica cirúrgica.Troca da prótese Limitações no uso da Cirurgia plástica De ordem geral: prognóstico dos TU malignos com vistas à recidiva estado geral do paciente idade fatores econômicos disposição psíquica do paciente para se submeter à cirurgia plástica e posteriores operações de retoque De ordem local a extensão da perda tissular (tegumentos e tecidos ósseos) as pobres condições dos tecidos remanescentes a pouca vascularização de certas regiões, para integração dos enxertos. Ex. : em cartilagens (nariz, orelha). Vantagens da Prótese BMF O tratamento protético não exige internação hospitalar Possibilita a inspeção de regiões operadas, especialmente nos recém operados Não impede que o tratamento autoplástico seja instituído em ocasião oportuna, após período prudente de observação qto. a recidiva É executada em poucos dias As melhorias psíquicas, estéticas e funcionais são imediatas. Desvantagens da Prótese BMF Estética Durabilidade relativa do material (superada pela substituição ou duplicação) Descoloração mal adaptação e retenção imperfeita (tem dependência com a técnica de confecção e tecidos remanescentes do paciente) É uma prótese, não é o tecido do paciente, portanto, necessita ser refeita periódicamente. Perfil do pacientes em PBMF Síndromes ( Crouzon, Pierre Robin, etc.) Anoftalmia Microftalmias Microauriculiformes Fissuras ou fendas lábio-palatais Micrognatas Pós-cirúrgicos de oncologia Pós-traumatismo acidental ou intencional (agressões, guerra) Quanto à oportunidade - PBMF Prótese imediata ou cirúrgica - confeccionada no pré-operatório em concordância com o oncocirurgião qto. a área a ser ressecada. Auxilia a cicatrização e dá conforto ao paciente. Prótese temporária - é aquela que se destina ao uso durante o período de observação clínica. Melhora precária da estética e /ou função. Prótese reparadora - qdo. há contra-indicação formal da cirurgia plástica ou enquanto se aguarda melhora do paciente. Prótese para o período de repouso - destina-se ao uso quando o paciente se encontra no lar ou quando vai dormir. Divisão da P.B.M.F. Malformações de lábio e palato Prótese nas grandes perdas de maxila e mandíbula Próteses internas Modelos faciais Próteses faciais (Epíteses) ex. : prótese nasal Próteses faciais (Anaplerose) ex. : P. Ocular Prótese complementar de cirurgia Prótese radífera Recursos da prótese-BM nos distúrbios de ATM Odontologia Desportiva (protetores dentários) Próteses Faciais Epíteses São as próteses restauradoras que visam reconstruir artificial ou aloplasticamente as perdas ou substâncias das diversas regiões da face, aplicando-se sobre estas regiões (passando em ponte sobre as regiões lesadas) Anaplerose São próteses que estão contidas em uma cavidade. As próteses ocular e, por vezes, a óculo-palpebral apresentam estas característica. Porquê o CD é o responsável pela confecção da P.B.M.F.? Se dedica à prótese Tem conhecimentos suficientes da anatomia da cabeça Conhece e pratica técnicas de moldagem Domina e está familiarizado com técnicas de manipulação de materiais odontológicos Possui um treino para realizar trabalhos de minúcia, inerentes a sua profissão Exame do paciente para PBMF Analisar Expectativa, Função, Estética e Psicologia ( ident. o > problema do paciente) Situação local e sistêmica Análise e estudo do local que receberá a prótese Explicar o que se vai executar Solicitar colaboração e paciência ao paciente Observar se existe um recurso adicional que possa ser solicitado, para melhorar a condição do paciente e/ou da futura prótese. Ter a concepção da obra terminada ( estético e harmonioso) Modelos Faciais Total e parcial Conceitos Moldagem É uma manobra clínica utilizando-se de materiais e técnicas apropriadas que visam a obtenção de moldes das áreas desejadas Molde É a reprodução em negativo das superfícies moldadas Modelo É a reprodução em positivo obtido pelo vazamento do molde com um material rígido (geralmente gesso). Modelo facial é a réplica da face. É uma modelagem indireta da face (obtida por moldagem da face). Objetivos dos Modelos faciais Auxiliar no planejamento e no prognóstico (antever) das correçõesplástico-cirúrgicas. Escultura das próteses faciais - para realizar modelagem direta em cera ou modelina Documentação tridimensional da lesão e verificação do resultado plástico-cirúrgico. Modelo didático Modelo de museu Soerguimento moral (psicológico) de outros pacientes. QUANTO À OPORTUNIDADE O MODELO FACIAL PODE SER: Pré-cirúrgico - Servirá para documentação e para orientar o cirurgião e o protesiólogo Pós-cirúrgico - presta-se para a verificação do resultado plástico-cirúrgico obtido ou da mutilação. Para Confecção das próteses faciais - é indispensável a confecção de um modelo facial para a elaboração de uma prótese facial. DIVISÃO QUANTO À EXTENSÃO QUE ABRANGE, O MODELO FACIAL PODE SER: Parcial - é aquele que abrange algumas regiões faciais como, por exemplo, mental, oculopalpebral, auricular, nasal, etc. Total - é o que reproduz a face fisiológica, abrangendo, eventualmente, os pavilhões auriculares. MODALIDADES DE MODELO FACIAL Modelo de estudo Modelo de trabalho Modelo de documentação Modelo didático Modelo de estudo Nos permite estudar dados anatômicos na ausência do paciente. Geralmente são modelos totais da face. Tem por objetivo orientar a escultura da prótese facial no que tange às relações dimensionais da ceroplastia com os demais elementos anatômicos, de acordo com os dados fornecidos pela anatomia artística e pela prosometria. Modelo de trabalho - é a réplica do modelo de estudo, podendo ser total ou parcial, dependendo do tipo de prótese a ser confeccionada. É sobre este tipo de modelo que esculpimos a prótese em argila, modelina ou cera. Este modelo servirá para a confecção do molde a duas peças na obtenção da ceroplastia indireta e delgada, na técnica de confecção de próteses em resina acrílica preconizada por Brito Vianna. Modelo de documentação - é confeccionado em gesso, podendo também ser em cera (museu de cera). Modelo didático - são nestes modelos duplicados que o estudante constata a morfologia da lesão ou da malformação e onde executará a escultura da prótese, como exercício prático no laboratório. MATERIAIS PARA MOLDAGEM DA FACE Hidrocolóides irreversíveis- Vantagens - precisão de detalhes, fácil manipulação, fácil obtenção, baixo custo e higiênicos. Desvantagens - bordas frágeis, sua consistência é padronizada, necessitam camada de reforço. Ex.: Alginato Gesso-paris - Gesso-paris-Vantagens - precisão de detalhes, resistente, fácil manipulação, fácil obtenção, camadas finas. Desvantagens - material anelástico; fratura facilmente, risco de inspiração de fragmentos pelo paciente, necessita de isolante para não se aderir no modelo, possui uma exotermia relativamente alta. Materiais polimerizados Hidrocolóides reversívei Compressas gessadas Resinas resilientes REQUISITOS DOS MATERIAIS DE MOLDAGEM Fácil manipulação Reprodução fiel da anatomia moldada Estabilidade dimensional para não se alterar em pouco tempo de repouso Fácil escoamento para penetrar e reproduzir mínimos detalhes Compatibilidade tecidual Leve para evitar pressões e deformação da área Presa em tempo hábil Reação térmica suportável e não agressiva aos tecidos Resistência suficiente para não deformar nem quebrar no ato da remoção. MATERIAIS PARA O MODELO DA FACE Gesso-pedra- é o mais comumente usado, vantagem de baixo custo. Metal de baixa fusão Metálico por galvanização Resina epóxi Silicone REQUISITOS DOS MATERIAIS PARA O MODELO DA FACE Fácil manipulação Reprodução fiel do molde Boa estabilidade dimensional Fácil escoamento Inalterabilidade física e química Resistência à confecção das próteses Compatibilidade com o material da prótese PREPARO DO LOCAL EM QUE SERÁ REALIZADA A MOLDAGEM/ PREPARO PSICOLÓGICO/ ORIENTAÇÃO AO PACIENTE Local tranqüilo, sem ruídos, arejado, sem odor, levemente escurecido por persianas ou cortinas, música suave, fumo proibido. Pia com água corrente, mesa ou bancada para preparo do material Paciente confortavelmente instalado em cadeira odontológica. Durante a moldagem manter silêncio Ao remover o molde paciente não deve receber luz forte sobre os olhos e manter olhos fechados por alguns instantes Falar com o paciente somente o suficiente para demonstrar presença, não fazê-lo rir. Posição do paciente: Para Moldagem a gesso-paris : Sentado, sem inclinação ao plano vertical. Tronco e cabeça a 90º em relação ao ao plano horizontal (solo) Para Moldagem com alginato : Paciente em decúbito-dorsal, com tronco e cabeça em 30º em relação ao plano horizontal Moldagem com Gesso-paris : Camada de precisão com gesso-paris e Camada de reforço com gesso-paris. Moldagem com Alginato: Camada de precisão : com alginato, camada de Retenção: com gaze e Camada de reforço: com gesso- paris. CUIDADOS COM A CONFECÇÃO DO MODELO AO USAR NA MOLDAGEM HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL A construção do modelo (vazamento com gesso pedra) deve ser imediata para evitar o fenômeno de sinérese ou embebição no alginato. Após a presa do gesso, em torno de 40 minutos, este deve ser removido do molde através da imersão em água corrente para haver embebição do alginato e facilitar sua remoção. ISOLAMENTO DO MOLDE: Molde em gesso: sabão líquido, isolante p/ gesso (Selac). Molde em alginato: dispensa isolamento. LIMITES DA ÁREA MOLDADA PARA MODELO TOTAL Linha Imaginária : Da inserção dos cabelos, passando pela região do tragus indo até o osso hióide, e subindo pelo lado oposto. Delimitação da área: Com fio de chumbo ou cobre, para fazer transferência para papel cartolina, que irá fazer a contenção do material de moldagem. MANUTENÇÃO DA RESPIRAÇÃO: canudinho de refrigerante nas narinas IISOLAMENTO DE ÁREAS PILOSAS: vazelina ÁREAS DE DEFORMAÇÃO TECIDUAL: Ápice nasal Região palpebral Pró-lábio Região mentoniana Lóbulo da orelha TÉCNICA DE DEPOSIÇÃO DO MATERIAL Objetivo: Evitar deformidade tecidual. Depositar alginato da zona de maior para a de menor compressibilidade. Evita o excesso de peso. De baixo para cima. Escoamento é bom. Evita deslizamento excessivo. Gesso (camada de reforço) pode ser de cima para baixo, por causa do peso. Menor compressibilidade = frontal e zigoma, arco infraorbitário. Média Compressibilidade = periorbitária, dorso do nariz, ângulo mandibular Maior compressibilidade = bochecha, lábio e região ocular. (Dietz) VAZAMENTO EM GESSO PEDRA RETOQUE DO MODELO: pincel e gesso fluido. PRÓTESE OCULAR: É uma modalidade da prótese facial que visa reparar aloplasticamente as perdas ou as deformidades do globo (bulbo) ocular. É a reparação aloplástica das perdas ou deformidades do bulbo ocular. É a prótese que visa reparar as perdas totais ou parciais do bulbo ocular. OBJETIVOS: Recuperar a estética facial Prevenir o colapso e a deformidade das pálpebras Proteger a sensível cavidade contra agressões por corpos estranhos, irritação por poeira, fumaça, etc. Restaurar a direção da secreção lacrimal e prevenir acúmulo deste fluido na cavidade remanescente, evitando a epífora (lacrimejamento incontido) Manter o tônus muscular, prevenindo as alterações assimétricas que progressivamente se instalam. Qto. A oportunidade: Prótese imediata ou cirúrgica - confeccionada antes da cirurgia, destina-se a manter e modelar a loja cirúrgica. Não possui íris, esclera, etc. Prótese temporária ou pós-cirúrgica - Colocada algumas semanas após a cirurgia, assim que a cavidade possa ser moldada. Prótese reparadora - confec. quando o paciente já se adaptou com a prótese temporária. Prótese ortocavitária - destina-se a preparar cavidades anoftálmicas que sofreram retração cicatricial ou àquelas que nunca receberam prótese e apresentam-se diminuídas para as próteses restauradoras. Esta pode ser de tamanhos variados ou apresentar artifícios ( molas, ou parafusos) para ampliar a cavidade. ETIOLOGIAS DAS PERDAS OU ATROFIAS DO GLOBO OCULAR Congênitas:- atrofias do globo = criptoftalmia, microftalmia ausência do globo = anoftalmia Adquiridas: Adquiridas Patológicas:Tumores (retinoblastoma, melanoma, glioma, neuroblastoma, etc.) Doenças da córnea (tracoma, glaucoma, panoftalmia). Adquiridas Acidentais: Lesões Civis: Industriais: torno, esmeril, faísca de solda Acidentes de tráfego - estilhaços de vidro Diversos: acidentes de caça, domésticos, agressões, FPAF, brincadeiras, esportes, lavoura (de trabalho). Queimaduras, explosões, etc. Lesões de Guerra: estilhaços de origem variada MODALIDADES CIRÜRGICAS OFTALMOLÖGICAS: Evisceração - é o esvaziamento do bulbo ocular. Remoção de todo o conteúdo do bulbo. É o esvaziamento cirúrgico do bulbo ocular com a conservação da esclera, podendo ou não proceder-se a retirada da córnea. Panoftalmias, ferimentos penetrantes profundos. Coto muscular + favorável à prótese. Enucleação - é a cirurgia oftálmica que consiste na remoção total do bulbo ocular, permanecendo a cápsula do bulbo (Tennon) e os músculos oculomotores. Olhos cegos, deformados ou dolorosos; grandes ferimentos penetrantes; TU malignos intra-oculares (retinossarcoma, retinoblastoma). Exenteração -remoção de todo o conteúdo da cavidade orbital, incluíndo ressecção das pálpebras sup. e inf. Geralm. Seguida de enxerto epidérmico. Neoplasias malignas. Prótese óculo-palpebral. Classificação das próteses oculares: Industrializadas ou de estoque: + inadequada. Forma, tamanho, cor, curvatura, disposição da vasculatura, diferença entre prótese ocular esquerda e direita. Cavidade anoftálmica não é padrão, não há cavidades iguais. Individualizadas: Estruturas são fielmente copiadas por moldagem, que determinará a forma do olho artificial. São plásticos (resina acrílica), podem ser coloridos, aparados, lixados e polidos. Individualização dos olhos industrializados: moldagem e utilização de partes industrializadas, como ex. a íris. Implantes oculares: Oferecem mobilidade á prótese. FASES DA CONFECÇÃO DA PRÖTESE OCULAR: 1.Moldagem da cavidade oftálmica 2. Confecção do corpo escleral em cera ceroplastia. 3. Confecção da íris protética 4. União do corpo escleral de cera com a íris protética 5. Transformação do corpo escleral de cera em resina acrílica 6. Polimento, esterilização e instalação no paciente. CUIDADOS GERAIS COM A CAVIDADE OFTÁLMICA E A PRÓTESE OCULAR Prótese deve ser usada em tempo integral Higienização diária rigorosa Retornos periódicos programados para revisão Esclarecimentos e Retorno programado para troca da prótese reparadora MODELAGEM (do ponto de vista da Prótese Facial) É o conjunto de recursos artísticos e protéticos empregados na obtenção de modelos de órgãos ou regiões faciais. Tecnicamente, é dividida em : Modelagem direta - É o procedimento artístico-anatômico por meio do qual imprimimos no material plástico, pelas técnicas de escultura, a forma do órgão ou regiões anatômica faciais. Modelagem indireta - É o procedimento técnico-protético de reprodução do modelo anatômico, por meio de moldagem prévia de órgãos ou regiões anatômicas faciais, preferencialmente de um parente próximo ou um Na modelagem direta, elaboramos o modelo, na indireta, reproduzimos em modelo. O estudo de modelagem direta para as próteses faciais exige conhecimento prévio de noções complementares de antropometria (prosopometria), biotipologia e cartografia facial, aplicadas à escultura ou modelagem direta das próteses faciais. PRÓTESE AURICULAR Prótese auricular restauradora é a modalidade de prótese facial que se propõem a restaurar artificial ou aloplasticamente as perdas de substâncias parciais ou totais do pavilhão auricular. Etiologia das perdas auriculares Oncocirúrgicas Traumática Acidental: projeção contra para-brisa do carro, queimaduras, explosões. Intenciona: brigas, castigos físicos/Hindus, Argelinos. Patológicas: Hanseníase, sífilis, leishmaniose, lupus vulgaris. Moldagem Posição do paciente: decúbito lateral Tamponamento do meato auditivo Delimitação do campo com muro de modelina ou cartolina Material: alginato Deposição: da região retro-auricular para a face anterior Reforço externo com gesso-paris Confecção Obtenção do modelo de trabalho (parcial) Modelagem direta (escultura em cera sobre o modelo) - Modelagem indireta - moldagem de orelha de outro indivíduo e o vazamento do positivo em cera e posterior transformação em resina ou silicone. Passos da Confecção Modelo de trabalho da lesão Modelo da orelha sã Projeção em papel celofane e demarcação Inversão da demarcação em papel celofane Demarcação em bloco de cera para modelagem Modelagem em bloco de cera Inclusão em mufla da modelagem em cera Eliminação da peça ceroplástica Condensação da resina cromatizada Acabamento final Recursos técnicos facilitam a escultura do modelo enantiomorfo: Observação no espelho do modelo da orelha existente Decalque em cera parafinada do desenho invertido, em papel celofane, da orelha existente Cópia fotográfica da orelha existente, tamanho 1 x 1, obtida pela inversão do negativo Método por meio do uso do aparelho preconizado por Brito Vianna PRÓTESE NASAL Conceito Prótese nasal restauradora é a modalidade de prótese facial que se propõem a restaurar artificial ou aloplasticamente as perdas de substâncias do apêndice nasal. Etiologia das perdas nasais Oncocirúrgicas Traumática Acidental: projeção contra para-brisa do carro, queimaduras, explosões. Intenciona: brigas, castigos físicos/Hindus, Argelinos. Patológicas:Hanseníase, sífilis, leishmaniose, lupus vulgaris. ConfecçãoObtenção do modelo de trabalho (Total) Modelagem direta (escultura sobre o modelo) observar índice nasal, ângulo frontonasal, perfil do nariz, ângulo nasolabial, altura da base, base nasal. Modelagem indireta PRÓTESE ÓCULO-PALPEBRAL É a restauração aloplástica do olho e da região palpebral. Indicada na reparação aloplásica da lesão oculopalpebral produzida no tratamento cirúrgico-oncológico. Tipos: com apoio na cavidade orbitária (anaplerose). Indicação: Para os casos que receberam enxerto pediculado de pele, o assoalho da órbita oferece apoio adequado. sem apoio na cavidade orbitária (epítese) é uma concha que que passa em ponte sobre a cavidade orbital, toma contato com a pele normal adjacente. Qtº. À oportunidade: Próteses cirúrgicas ou imediata, temporária, reparadora. Coloração: intrínseca ou extrínseca. CONFECÇÃO Moldagem parcial ou total da face Obtenção do Modelo de trabalho (gesso- pedra) Modelagem indireta (Escultura em modelina) Caracterização (imitar poros, rugas) Abertura palpebral, escavada 3mm de profundidade Molde em gesso da escultura Remoção do molde, eliminação da modelina, e perfuração do modelo facial (fundo da lesão) Embebição do gesso do modelo e do molde. Vazamento de cera parafinada fundida, através da perfuração Remoção dos excessos da ceroplastia, abertura do fundo da rima palpebral Prova com a prótese ocular previamente confeccionada Prova, adaptação e retoques da ceroplastia no paciente Isolamento e Vazamento de gesso-pedra com a peça ceroplástica em posição no modelo Inclusão em mufla e Isolamento Condensação da resina acrílica cromatizada Prensagem Polimerização (cocção) Desmuflagem e acabamento com jato de areia Prova no paciente Fixação da porção ocular e de pêlos à peça de resina acrílica com RAQA. MALFORMAÇÕES DO LÁBIO E DO PALATO São malformações congênitas do terço médio da face, consistindo de fissuras do lábio superior e do palato. Distúrbios estéticos, funcionais (alimentação, fonação) e psicológicos.