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O PROCESSO DE CATALOGAÇÃO Gislene da Silva Ribeiro Dias1 Helena Maria da Costa2 Profa. Raffaela Dayane Afonso3 Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Curso Biblioteconomia (FLC4711) – Estágio Obrigatório II – Foco nas Tecnologias 10/11/2021 RESUMO A catalogação estabelece os passos necessários para inserção de títulos e novos acervos incluindo campos e subcampos imprescindíveis para uma catalogação consistente. Este trabalho apresenta uma análise por meio de revisão bibliográfica – informações da origem e evolução dos códigos de catalogação essenciais aos processos de catalogação descritiva e alguns desafios enfrentados nas etapas do Estágio Obrigatório realizado no período do sétimo semestre do curso de Biblioteconomia, na perspectiva acadêmica com embasamento teórico e prático, mediante a descrição através da catalogação de 3 obras e tendo como produto final a criação de um boletim informativo com os materiais catalogados. Verificou-se que representar descritivamente um registro informacional constitui-se em uma atividade de extrema importância do profissional bibliotecário. A partir desse estudo podemos concluir que, a catalogação ocupa importante espaço no fluxo informacional. Palavras-chave: Catalogação. Estágio Virtual. Boletim Informativo. 1 INTRODUÇÃO Este artigo é uma produção Obrigatória do acadêmico no 7º semestre de graduação, exigida pelo Curso de Graduação em Biblioteconomia pela Universidade Uniasselvi, na disciplina de Estágio Obrigatório II – Foco nas Tecnologias e corresponde ao Plano Emergencial – Estágio Virtual, um cumprimento das exigências acadêmicas e nos dá a oportunidade de relatar a experiência vivenciada através de pesquisa bibliográfica referente aos processos de catalogação, assim percebendo a nossa escolha profissional. Devido a situação atípica de enfrentamento à Covid-19, esta atividade foi realizada de forma remota com foco na tecnologia da informação, nos serviços de referências e na catalogação com subsídio das disciplinas de representação descritiva e 1 Acadêmica do Curso Biblioteconomia; E-mail: gislenedias@secel.mt.gov.brbr 2 Acadêmica do Curso Biblioteconomia; E-mail: helenacosta@secel.mt.gov.br 3 Orientadora do Curso Biblioteconomia – Turma (FLC4711); E-mail: raffaela-lela@hotmail.com temática, que nortearam o desenvolvimento de todas as atividades durante o período de setembro a novembro de 2021 com orientação da Profa. Raffaela Dayane Afonso. O estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para a atividade produtiva de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior e de educação profissional (BRASIL, 2017). Nessa perspectiva é que se delineia o presente artigo que tem como objetivo geral retratar as descrições das experiências vivenciadas da modalidade de estágio virtual - emergencial, tendo os objetivos específicos traçados da seguinte forma: Catalogação de 3 obras, a qual vincula os conhecimentos adquiridos na disciplina de Representação Descritiva II – Catalogação; Elaboração de boletim informativo de novas aquisições de uma biblioteca utilizando os livros catalogados a qual vincula ao serviço de referência; Delinear sobre a vivência do estágio realizada em etapas durante o período transcorrido assim avaliando todo o processo de catalogação, elaboração do boletim informativo e a pesquisa bibliográfica; Relatar as considerações acerca do Estágio II. 2 O PROCESSO DE CATALOGAÇÃO A principal finalidade de uma biblioteca pública é disponibilizar à população — da forma mais ampla, livre e universal — os registros da expressão intelectual e cultural da humanidade, bem como difundir os conhecimentos, as ideias e informações contidas nos bens informativos. O acervo é, portanto, parte e condição fundamental, essencial e imprescindível para viabilizar a prestação de serviços de informação e leitura por meio da biblioteca (LEONARDI, 2019, p.3). De acordo com Prado (1992) ao pretendermos organizar uma biblioteca precisamos considerar dois aspectos básicos: o intelectual e o material. O intelectual é a preocupação de servir a um público que pede conhecimentos, podendo esse público ser ou não ser especializado. O material é a preparação técnica do acervo para que fique em condições de atender rápida e acertadamente às consultas dos leitores. Para o alcance efetivo dessa organização, é essencial considerar os seguintes processos: a) aquisição e seleção de material; b) tombamento ou registro de entrada; c) Classificação; d) Catalogação; e) Indexação. Os instrumentos utilizados nas bibliotecas devem, obrigatoriamente, atender ao objetivo de disseminação. Mesmo aparentemente díspares, catálogos, bibliografias, serviço de referência, sistemas de classificação e indexação não apresentam diferenças básicas: são meios diversos para se estabelecer ligação entre ser humano (usuário) e conhecimento registrado (acervo). As mensagens veiculadas pelo catálogo são produtos da catalogação. Entretanto, mais abrangente do que o catálogo, a catalogação é utilizada por outros canais de comunicação das bibliotecas: bibliografias e bases de dados bibliográficos, formatos de intercâmbio automatizado de informações bibliográficas, catálogos e bibliografias de catalogação de fonte. A catalogação, de maneira geral, é visualizada por sua interação com o usuário. No entanto, possui outras funções nos serviços internos da biblioteca: área administrativa, serviços de seleção e aquisição, por exemplo. Deste modo, abrange não apenas os itens existentes nos acervos (formadores dos catálogos), mas também aqueles passíveis de inclusão. Portanto, qualquer definição para a catalogação deve abarcar limites mais amplos do que a “manufatura” de catálogos. A história da catalogação no século XX é marcada pela Conferência Internacional sobre Princípios de Catalogação, organizada pela IFLA, e realizada em Paris em outubro de 1961, com patrocínio da UNESCO. É também reforçada pela Reunião Internacional de Especialistas em Catalogação (RIEC), evento realizado na cidade de Copenhague, em 1969, com participação de 32 países; com patrocínio pela IFLA, e no qual Micheal Gorman apresentou o documento denominado “International Standard Bibliographic Description” (Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada), propondo padronização das informações contidas na descrição bibliográfica (FRAINER, 2020, p. 71). Assim, catalogar não significa um processo mecânico de redigir e codificar mensagens. O que nos leva a definir : Catalogação é o estudo, preparação e organização de mensagens codificadas, com base em itens existentes ou passíveis de inclusão em um ou vários acervos, de forma a permitir interseção entre as mensagens contidas nos itens e as mensagens internas dos usuários e usuários potenciais desse(s) acervo (s) (MEY, 1987, p. 77). A catalogação não objetiva, somente, atender à perspectiva do usuário, mas também exprimir a ótica do autor, fazendo com que cada item “encontre” seu usuário (MEY, 1987, p. 78). São, portanto, funções da catalogação: 1. Permitir a um usuário localizar um item específico; escolher entre as várias manifestações de um item específico; escolher entre vários itens semelhantes, sobre os quais, inclusive, possa não ter conhecimento prévio algum; expressar, organizar ou alterar sua mensagem interna, isto é, “dialogar” com o catálogo. 2. Permitir a um item encontrar seu usuário (como consequência da escolha pelo usuário entre vários temas). 3. Permitir outra biblioteca, localizar um item específico, não existente em seu próprio acervo; saber quais os itens existentes em acervos que não o seu próprio (MEY, 1987, p. 81). Definição de Catalogação Apesar da vasta literatura sobre catalogação-teórica ouprática, é difícil encontrar definição da mesma. Escreve-se muito sobre o catálogo, muitas obras tem como título “Catalogação”, mas é raro defini-lá. Com base no estudo realizado por Mey (1987), são apresentados a seguir as principais definições de catalogação: Para Cutter, “Catalogação é uma arte, não usa ciência”. Enquanto Osborn considera: “Catalogar é uma arte, e como arte é uma técnica”. Segundo a Encyclopaedia of librarianship: “Catalogação – o processo de compilar um catálogo, ou construir entradas para inserção em um catálogo. Em sentido lato, todos os relacionados à preparação e manutenção de um catálogo, incluindo classificação, determinação de cabeçalhos de assunto e indexação por assunto. Em sentido restrito, a determinação dos tipos de entrada, dos cabeçalhos, descrição bibliográfica e referências necessárias ao registro adequado de livros e outros materiais em um catálogo”. Sengupta, descreve a catalogação como “(...) somente uma entre outras técnicas para a organização de materiais coletados e preservados por uma biblioteca para uso efetivo”. E, citando L. Stanley Just, a catalogação é “senso comum organizado, baseado na experiência, aplicado à descrição de material impresso”. Para Rowley, “Catalogação, tradicionalmente, significou a criação de catálogos”. Balnaves define: “Catalogação é descrição de documentos, identificação e designação de classes de documentos e criação de arquivos”. Finalmente, para Svenonius, “o ato de catalogar pode ser encarado como prover descrições para itens que pertencem a um universo bibliográfico”. De acordo com Mey (1987) de modo geral, a catalogação tem sido definida como o ato de elaborar catálogos. Isto se justifica na medida em que a história da catalogação tem-se limitado a apresentar uma história dos catálogos e códigos de catalogação. Os estudos históricos mais completos, apesar de remontarem a 2000 a.C., não trazem o porquê dos elementos registrados, ou da ordem destes elementos. Esta ausência de causa e uma prática, segundo STROUT, “firmemente enraizada na tradição” fazem com que os teóricos considerem a catalogação a partir do catálogo (e não vice-versa, como seria o lógico). Catalogar é registrar tudo o que há na biblioteca, para que o leitor possa saber o que nela existe e qual a sua localização. O catálogo deve, portanto, poder informar o que existe de determinado autor, sobre determinado assunto e se há determinada obra (título). (PRADO, 1992). Dessa forma, na prática, “catalogar” tem sido visualizado como registrar bibliograficamente um item, ou seja, consiste em descrever suas características e determinar-lhe pontos de acesso, permitindo sua identificação e escolha pelo usuário, não abrangendo análise de conteúdo (isto é, classificar ou indexar), particularmente nas bibliotecas especializadas. O fato também se justifica, na medida em que os próprios códigos de catalogação, portadores deste nome e editados por instituições biblioteconômicas respeitáveis, não abordam o ângulo “conteúdo”. Porém, se o termo “catalogação” se encontra intimamente ligado ao temo “catálogo”, esse ponto de vista não resiste à menor análise: um catálogo não se constitui apenas das partes identificadas nos códigos (MEY, 1987, p. 4). Sendo assim, a catalogação é fundamental em todos os tipos de bibliotecas, esse serviço é baseado em regras internacionais que norteiam a forma de descrever os dados (títulos, autor(es), tradutor(es), número de edição, editor, local, data de publicação, número de páginas e ISBN da obra), que caracterizam um material bibliográfico. A catalogação automatizada Embora não haja diferenças básicas entre catálogo manual e automatizado (como afirma Lubetzky), certamente a automação trouxe novas potencialidades, que não se podem ignorar (MEY, 1987, p. 6). A automação em bibliotecas teve seu início na década de 50, segundo Alice P. Barbosa, para “(...) produção de catálogos em forma de livro e controle de tarefas administrativas, como o empréstimo”. A década de 60 começa o projeto MARC (Marchine-Readable Cataloging) pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. Este projeto tem fundamental importância, uma vez que deles se derivaram inúmeros outros, tais como: o UNIMARC, para uso internacional; o MARCAL, para uso da América Latina; e o CALCO para uso no Brasil (MEY, 1987, p. 6). No século XIX, a catalogação sofre um processo de padronização mais minucioso, surgem, também muito impactado pela globalização, diversos estudos e pesquisas sobre a temática abrangendo a catalogação e, grande parte dos aspectos práticos que se conhece e se utiliza atualmente iniciaram com maior representatividade nesse século (FRAINER, 2019, p. 9). Ainda com base no estudo de Mey (1987a;1995), importante e renomada estudiosa dos aspectos históricos e conceitos relativos à catalogação, evidencia-se que a classe bibliotecária, no Brasil, desde o início da elaboração de códigos padronizados de catalogação em países da Europa e Estados Unidos, até os dias atuais, não criou um código de catalogação próprio. As tentativas, até então sem desfecho ou adesão ampla dos profissionais em contexto brasileiro, implicaram em estudos mais concentrados na organização de normas de cabeçalhos de entrada de nomes pessoais, especificamente de autores brasileiros e portugueses, bem como de nomes das entidades coletivas brasileiras (FRAINER, 2019, p. 11). Com avanço e os impactos da utilização da internet, os meios e suportes para a disponibilização da informação, em especial, em ambientes eletrônicos/digital estão em constante aprimoramento e diversificação. Os documentos, antes em maior proporção, elaborados e disponibilizados em suportes físicos, transformaram-se em documentos eletrônicos armazenados em redes digitais/virtuais. Estes documentos desde então, dentre outras alternativas, passaram a ser gerenciados em primeiro momento com a utilização de metadados e, em segundo momento, por padrões de metadados. Os padrões de metadados fornecem elementos essenciais para a prática e efetivação do tratamento técnico da informação, tal qual abrange os procedimentos de Representação Descritiva – Catalogação (FRAINER, 2019, p. 163). Desta maneira, iremos abordar de forma sucinta apenas o uso do Formato MARC 21 bibliográfico, o padrão de estrutura de metadados descritivos, em conjunto com o AACR, que estabelece o padrão conteúdo em que ambos foram utilizados nesta etapa do estágio obrigatório. Formato MARC e o MARC 21 O Formato MARC criado na década de 60, mais pontualmente entre 1965 e 1966, veio acompanhado de outros eventos históricos importantes que desde então, tem direcionado a sua evolução e utilização na área da biblioteconomia e da gestão da informação em todo o mundo, bem como para a evolução e desenvolvimento dos demais procedimentos da Representação Descritiva – Catalogação (FRAINER, 2020, p. 84). Convém ressaltar que antes da atual versão denominada MARC 21, a Biblioteca do Congresso fundadora do formato MARC na década de 60, organizou e participou de diversas conferências que apresentavam e discutiram o sistema MARC, e exemplo disso, no Congresso em 1966, foi apresentado o MARC Pilot ProjectI. Em 1967, em sua 4ª conferência com o objetivo de discutir o sistema MARC e sua função, relativos aos sistemas de bibliotecas, apresentou-se então, o MARC II que se baseia em um grupo de caracteres de forma gráfica para os dados bibliográficos. Em 1968 o Projeto Piloto encerrou suas atividades e foram relatados aspectos práticos do Projeto. E em 1969 o formato estava encarregado elas monografias que eram catalogadas pela Biblioteca do Congresso. E em 1983 a nomenclatura USMARC começou a ser utilizada para designar o então formato MARC II (SANTOS, 2007 apud FRAINER, 2019, p. 173). Em meados de 1994, para atender à demanda de dificuldades referentes aointercâmbio de informações deu-se início a uma harmonização, mais especificamente entre os formatos desenvolvidos no Canadá o CANMARC, e o USMARC, elaborado nos Estados Unidos, o qual foi nomeado como MARC 21 (SANTOS, 2007 apud FRAINER, 2019, p. 174). O MARC 21 se refere a: um conjunto de padrões para identificar, armazenar, e comunicar informações bibliográficas em formato legível por máquina, de forma que diferentes computadores e programas possam reconhecer, processar e estabelecer pontos de acesso dos elementos que compõem a descrição bibliográfica (ALVES; SOUZA, 2007, p. 25 apud FRAINER, 2019, p. 174). O padrão MARC 21 é constituído por três principais elementos, tais quais a estrutura do registro, a designação do conteúdo e o conteúdo dos dados do registro (FRAINER, 2019, p. 174). Destarte, que o registro bibliográfico para identificação dos diferentes tipos de informação, o formato MARC utiliza, em sua configuração, um sistema de números, letras e símbolos e, com essa mesma configuração, a considerar as evoluções dos estudos relativos ao referido formato até a estruturação atual, o atual Formato MARC 21 como um instrumento por vezes incompreensível e que exige uma ampla especialização por parte do profissional que utiliza, tornou-se o padrão utilizado pela maioria dos softwares de biblioteca no mundo (FRAINER, 2019, p. 175). AACR O AACR, criado em 1967, foi traduzido para o português em uma versão brasileira em 1969 e recebeu o título de Código Anglo-Americano de Catalogação, este código passou a ser adotado, nos cursos de formação e graduação em biblioteconomia, praticamente em todos os estados brasileiros (MEY, 1995 apud FRAINER, 2019, p. 12). O AACR2 foi traduzido para 25 línguas e suas regras são aceitas e utilizadas em diversos países. Sua revisão foi necessária após tantas traduções e divergências, e sua última atualização aconteceu mediante a publicação da segunda edição em 1978, e precisou ser reeditada com revisões nos anos de 1988, 1998 e 2002. A versão da segunda edição publicada com revisões de 2002 é a que possui ampla aceitação (FRAINER, 2020, p. 11). Quando foi lançado no Brasil, o ensino de Biblioteconomia do país passou a torná-lo prioridade e outro códigos, antes utilizados, foram sendo substituídos pelo AACR, e isso tem se evidenciado na realidade das bibliotecas ainda nos dias atuais (MEY, 1995 apud FRAINER, 2020, p. 11). O AACR2 se caracteriza pelo agrupamento de regras que permitem elaborar descrições bibliográficas, e para além disso, que permitem construir e atribuir pontos de acesso e cabeçalhos. As regras implicam na possibilidade de retratar pessoas, pontos geográficos e entidades coletivas, e ainda, de salvaguardar títulos (FRAINER, 2020, p. 13). O AACR2 é dividido em duas partes, a Parte I se refere a delimitação dos itens que descrevem o que está sendo catalogado e a Parte II estabelece os pontos de acesso de como as informações são descritas e apresentadas aos usuários do catálogo (FRAINER, 2020, p. 20). Sabemos que a contextualização histórica, os conceitos e os desdobramentos relativos ao desenvolvimento de uma padronização dos procedimentos de Representação Descritiva – Catalogação, são aspectos essenciais para aprender com um direcionamento mais crítico o porquê, como e em sob quais contextos e momentos sociais, históricos e tecnológicos foram deliberadas e definidas as regras e estruturação do Anglo-American Cataloging Rules - AACR2. Porém diante da extensão, abordamos apenas o que julgamos essencial dos formatos MARC e AACR2. 3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO A realização do Estágio II aconteceu em 4 etapas (atividades). Cada etapa comportou procedimentos da realização do estágio, sendo: 1. Catalogar 3 obras com os materiais disponibilizados na trilha de aprendizagem); 2. Criar um Boletim Informativo com os materiais catalogados; 3. Elaborar o Paper do estágio tendo como temática o Processo de Catalogação e revisão bibliográfica a partir de autores e disciplinas do semestre que abordam a gestão a informação com foco nas tecnologias; e 4. Socialização (Apresentação para o tutor externo). Para a realização da primeira etapa foram disponibilizadas na trilha de aprendizagem 5 obras (livros) em que escolhemos apenas 3 obras sendo elas: Altmetria para bibliotecários; Políticas de aquisição e preservação de acervos em universidades e instituições de pesquisa; Avaliação e projeto no design de interfaces, a escolha justifica- se pelas obras apresentarem possibilidades distintas de aprendizado durante a consulta e preenchimento dos campos do MARC 21. Após definição das obras já citadas acima, realizamos o preenchimento do modelo da ficha de catalogação com MARC21 e o AACR2 e por fim, a elaboração da ficha catalográfica no word de cada obra. Nesta etapa sentimos dificuldades e o ensino do formato MARC21 faz-se necessário tanto de natureza teórica quanto prática, tendo em vista que a teoria nos proporcionou a interpretação da importância do uso dos padrões catalográficos para a representação e recuperação da informação enquanto a prática desenvolveu habilidade de como aplicar as normas nos registros catalográficos e efetivar a representação e a recuperação da informação. A partir das 3 obras catalogadas nós traçamos e criamos um Boletim Informativo aos leitores de uma biblioteca fictícia intitulada de Biblioteca Pública Paulo Freire, apresentamos as novas aquisições solicitadas, contendo informações como o título, autor(es), assunto(s), localização (número de chamada) e sinopse, finalizamos o boletim com o resumo da biografia de Paulo Régis Neves Freire, suas obras mais importantes, e outras informações como horário de atendimento presencial; empréstimo; recomendações necessárias de biossegurança; sendo finalizado com algumas dicas de conservação dos livros. Tudo isso foi desenvolvido por meio de reuniões das autoras deste artigo e contato via whatsapp com a professora orientadora Raffaela, para o cumprimento de cada etapa proposta pelo Plano Emergencial de Estágio Curricular Obrigatório II, que nos levaram a momentos importantes quanto ao trabalho de ação e prática do profissional bibliotecário. A aproximação da atividade real com os serviços realizados por um bibliotecário que nesse caso específico foi o de catalogar e criar um Boletim informativo, mesmo sendo realizado de forma fictícia, foi feito como se realmente os livros fizessem parte do acervo de uma biblioteca. Devido as restrições impostas pela pandemia da Covid-19 que assola o mundo, esta etapa do estágio nos possibilitou ampliarmos o conhecimento quando se trata de Representação Descritiva, dessa forma foi possível avaliarmos as dificuldades e os prazeres das atribuições que encontraremos em nossa futura profissão de bibliotecárias. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estágio é um componente imprescindível para a formação do acadêmico, é o período onde se tenta tornar possível a vinculação da teoria e da prática, de forma que se obtenham os melhores resultados possíveis, e principalmente perceber que é importantíssimo assumir uma postura crítica e reflexiva diante da realidade das Bibliotecas/Unidades de Informação, e a partir desta garantir o direito a cultura por meio da democratização do acesso à informação. As regras de catalogação, tem como finalidade estabelecer formas de padronizar e universalizar as informações contidas em um documento. Neste segundo estágio tivemos oportunidade de vivenciar um serviço diário desenvolvido pelo profissional bibliotecário, o de catalogar, pudemos aprender com os percursos históricos e demais desdobramentos do desenvolvimento e evolução dos formatos de catalogação estudados neste semestre. Vimos que é preciso desmistificar alguns acontecimentos inerentes a biblioteconomia. E o que nos chamou atenção foi a evolução das temáticas relativasà evolução da catalogação - em que fizemos apenas um recorte de alguns itens descritos neste artigo. O estágio nos fez perceber o quão é importante formar um profissional qualificado, com o entendimento dos conceitos abordados pelas disciplinas ao longo do Curso de Biblioteconomia, por exemplo, conhecer um pouco da contribuição da biblioteconomia para possibilitar o acesso amplo e democrático de informações; o que influenciou e direcionou a elaboração das regras e padrões de catalogação em todo mundo; como o projeto MARC (automação da catalogação) ampliou as comunicações entre bibliotecas dentre outras. Podemos concluir com isto, que o estágio funciona como uma forma de inclusão dos acadêmicos à realidade e vivência da rotina de uma Biblioteca/Unidade de Informação. Vimos que essa etapa é de fundamental importância para um profissional bibliotecário que está sendo formado. REFERÊNCIAS BRASIL. Resolução Conselho Federal de Biblioteconomia. Resolução nº 192, de 12 de dezembro de 2017. Dispõe sobre a orientação e supervisão de estágios de estudantes de Biblioteconomia e das normas de conduta do Bibliotecário quando em atividade de supervisão de estágio de estudantes de Biblioteconomia. Brasília, DF: dezembro de 2017. Disponível em: http://repositorio.cfb.org.br/bitstream/123456789/1306/1/Resolu%c3%a7%c3%a3o%20 192%20est%c3%a1gio.pdf. Acesso em: 8 nov. 2021. FRAINER, Juliana. Representação descritiva I – catalogação. 1ª ed. Indaial: UNIASSELVI, 2019. FRAINER, Juliana. Representação descritiva II – catalogação. 1ª ed. Indaial: UNIASSELVI, 2020. LEONARDI, B. J.; ROSA, I. F.; GATTI, M. R. B. O.; SIENNA, M. M..; TREVISAN, R. L. S. Política de Desenvolvimento de Coleções. Biblioteca Pública do Paraná, Curitiba, 2019. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/136uIAE8YmXsFNn27J_mIP-l8EG1_Oj1p/view. Acesso em: 26 set. 2021. MEY, Eliane Serrão Alves. Catalogação e descrição bibliográfica: contribuições a uma teoria. Brasília: Associação dos Bibliotecários do Distrito Federal, 1987. PRADO, Heloísa de Almeida. Organização e administração de bibliotecas. 2ª ed. São Paulo: T. A. Queiroz, 1992. http://repositorio.cfb.org.br/bitstream/123456789/1306/1/Resolu%c3%a7%c3%a3o%20192%20est%c3%a1gio.pdf http://repositorio.cfb.org.br/bitstream/123456789/1306/1/Resolu%c3%a7%c3%a3o%20192%20est%c3%a1gio.pdf https://drive.google.com/file/d/136uIAE8YmXsFNn27J_mIP-l8EG1_Oj1p/view
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