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➢ Desenvolver formulações para a energia cinética de um corpo e definir os vários modos como forças e torques realizam trabalho; ➢ Aplicar o princípio do trabalho e energia para resolver problemas de dinâmica do movimento plano de um corpo rígido que envolvem força, velocidade e deslocamento. ➢ Mostrar como a conservação da energia pode ser usada na resolução de problemas. 1 Objetivos desta seção: CAP 4. DINÂMICA DE CORPOS RÍGIDOS: TRABALHO E ENERGIA 2 4.1. Energia Cinética 4.2. Trabalho de uma Força 4.3. Trabalho de um Momento 4.4. Princípio do Trabalho e Energia 4.5. Energia Potencial 4.6. Conservação da Energia Conteúdo desta Seção: 3 4.1. Energia Cinética de Corpos Rígidos A) Corpo em Movimento Plano Geral 22 2 1 2 1 GG JmvT A energia cinética deste compactador de solo consiste na energia cinética de translação do corpo ou da estrutura da máquina e nas energias de translação e rotação do rolo e das rodas em seu movimento plano geral. Estamos excluindo as perdas cinéticas adicionais desenvolvidas pelas partes móveis do motor e da transmissibilidade. 4 B) Corpo em Rotação em Torno de um Eixo Fixo 22 2 1 2 1 GG JmvT 22 2 1 )( 2 1 GG JrmT 222 2 1 2 1 GG JmrT 22 2 1 GG mrJT 2 2 1 OJT 5 B) Corpo em Translação 22 2 1 2 1 GG JmvT 2 2 1 GmvT 0 6 Exemplo 4.1 O sistema de três elementos mostrado na figura consiste em um bloco B de 6 kg, um disco D de 10 kg e um cilindro C de 12 kg. Se não há escorregamento, determine a energia cinética total do sistema na situação mostrada. 7 4.2. Trabalho de uma Força ➢ Uma força aplicada em um corpo realiza um trabalho quando produz um deslocamento no corpo na direção da aplicação da força. ➢ Quando uma força tem o mesmo sentido do movimento o trabalho realizado é positivo: >0; ➢ Quando uma força tem sentido oposto ao movimento o trabalho realizado é negativo: <0. Seja uma força constante de módulo Fc aplicada em um corpo que se desloca de s1 a s2, o trabalho é dado por: )( 1221 ssFc 8 A) Trabalho de uma Força Variável Se uma força externa F age num corpo rígido, o trabalho realizado por essa força quando seu ponto de aplicação se move ao longo da trajetória s é dado por: sF dsF cos O ângulo é o ângulo formado entre o vetor força e o vetor deslocamento infinitesimal. 9 B) Trabalho de uma Força Constante sF dsF cos sFF )cos( Se uma força externa F agindo num corpo rígido mantém constantes sua intensidade e sua direção relativamente à trajetória, durante um movimento de translação retilínea s, então: 10 C) Trabalho de um Peso O peso de um corpo rígido realiza trabalho apenas se seu centro de massa G sofre um deslocamento vertical y. Se esse deslocamento é para cima, o trabalho é negativo, pois o peso e o deslocamento têm sentidos opostos. )( yWW Se esse deslocamento é para baixo, o trabalho é positivo. 11 D) Trabalho da Força de uma Mola agindo num Corpo Se um corpo é ligado à extremidade livre de uma mola elástica linear, a força elástica Fs=ks agindo no corpo realiza trabalho quando a mola se distende ou se comprime de uma posição s1 a outra s2, mais distante. Em ambos os casos, o trabalho é negativo, pois o deslocamento do corpo se dá no sentido oposto ao da força elástica. O trabalho é dado por: 2 1 2 2 2 1 2 1 21 ksksk * O trabalho de forças conservativas é igual a diferença de suas energias potenciais: 2121 VV 12 E) Forças que não Realizam Trabalho Há algumas forças externas que não realizam trabalho quando o corpo se desloca. Essas forças podem agir em pontos fixos do corpo ou são perpendiculares ao deslocamento de seus pontos de aplicação. Como exemplos temos: - as reações em um pino de suporte em torno do qual um corpo gira; - a reação normal agindo num corpo que se move sobre uma superfície fixa; - o peso de um corpo quando o seu centro de massa se move num plano horizontal. 13 A força de resistência Fr agindo num ponto de contato de um corpo que rola sem escorregar sobre uma superfície áspera também não realiza trabalho. Isso ocorre porque, durante um tempo infinitesimal dt, Fr , age num ponto do corpo que possui velocidade nula (centro instantâneo de velocidade nula, CI), e, portanto, o trabalho realizado pela força é nulo. Em outras palavras, o ponto não se desloca na direção da força durante esse tempo. Como Fr contata pontos sucessivos na mesma condição, o trabalho dessa força é nulo. 14 4.3. Trabalho de um Torque ou Momento Quando um corpo submetido a um momento (torque) M está em movimento plano geral, esse momento realiza trabalho apenas quando o corpo sofre uma rotação. )( 12 MM 15 Exemplo 4.2 A barra mostrada na figura tem massa de 10 kg e está submetida a um momento M = 50 N.m e uma força de intensidade P = 80 N aplicada sempre perpendicularmente à barra, na sua extremidade livre. Além disso, a mola tem um comprimento de 0,5 m, quando não deformada, e se mantém na posição vertical devido à guia para o rolete B. Determine o trabalho total realizado por todas as forças e momentos agindo na barra, quando esta gira para baixo de 0o a 90o . 16 Diagrama de Corpo Livre: 17 4.4. Princípio do Trabalho e Energia 2211 TT A energia cinética de translação e de rotação inicial mais o trabalho realizado por todas as forças e torques externos agindo no corpo rígido, conforme este se move de sua posição inicial à sua posição final, é igual à energia cinética de translação e de rotação final do corpo. Princípio do trabalho e energia 18 O trabalho do torque ou momento desenvolvido pelas engrenagens motrizes dos dois motores se transforma em energia cinética de rotação da betoneira. 19 Exemplo 4.3 O disco de massa 30 kg mostrado na figura pode girar em torno do pino em seu centro. Determine o número de revoluções que ele deve realizar para atingir a velocidade angular de 20 rad/s, a partir do repouso. Sobre o disco agem uma força constante F =10 N, que é aplicada pela corda enrolada em sua periferia, e um momento de valor constante M=5 N.m. Despreze a massa da corda. 20 Diagrama de Corpo Livre: 21 Exemplo 4.4 A barra de 10 kg mostrada na Figura está vinculada de forma que suas extremidades movem-se em ranhuras. A barra está inicialmente em repouso quando =0o. Se o bloco deslizante B está submetido a uma força horizontal P=50 N, determine a velocidade angular da barra no instante em que =45o. Despreze os atritos e as massas dos blocos A e B. 22 Diagrama de Corpo Livre 23 4.5. Energia Potencial Energia Potencial. Esta energia é definida como a capacidade de realizar trabalho. É uma medida da quantidade de trabalho que uma força conservativa é capaz de realizar Há a energia potencial gravitacional e a energia potencial elástica. Energia Cinética : Energia proveniente do movimento de um ponto material Energia Potencial: Energia associada à posição de um corpo, medida em relação a uma linha ou plano de referência fixo * Só há energia potencial associada a forças conservativas eg VVV 24 Força Conservativa. Quando o trabalho realizado por uma força sobre um corpo que se move de um ponto a outro é independente da trajetória percorrida pela partícula, diz-se que a força é conservativa. Exemplos de forças conservativas: Força peso e força de uma mola elástica. Exemplo de forças não-conservativas: Força de atrito e resistência do ar. O trabalhorealizado por uma forças conservativas que deslocam o corpo de uma posição 1 para outra posição 2 é medido pela diferença entre as energias potenciais inicial (1) e final (2). 2121 VVcons 25 A) Energia Potencial Gravitacional Gg WyV A energia potencial gravitacional do corpo é determinada conhecendo-se a altura do centro de gravidade acima ou abaixo da linha ou nível de referência escolhido. Positivo, pois o corpo tem capacidade de realizar trabalho positivo 26 B) Energia Potencial Elástica 2)( 2 1 skVe A energia potencial elástica armazenada pela mola quando a mesma é deslocada a partir do repouso até a posição final s, é: Positivo, pois o corpo tem capacidade de realizar trabalho positivo 27 No caso geral, se um corpo está submetido simultaneamente a forças gravitacionais e elásticas, a energia potencial do corpo pode ser expressa pela soma algébrica: eg VVV A medida de V depende da localização do ponto material em relação às referências escolhidas. O trabalho realizado por forças conservativas que deslocam o corpo de uma posição inicial, 1, para a posição final, 2, é medido pela diferença entre as energias potenciais inicial e final do corpo. 2121 VVcons Resumo: 28 4.6. Conservação da Energia Quando um corpo é submetido simultaneamente a forças conservativas e não conservativas, o princípio do trabalho e energia pode ser escrito como: 2. 21211 )( TVVT consnão Se somente forças conservativas que realizam trabalho, a equação acima se reduz a: 2211 VTVT Conservação da Energia Mecânica Durante o movimento, a soma das energias cinética e potencial (isto é, a energia mecânica) permanece constante A parcela do trabalho realizado pelas forças conservativas pode ser escrita em termos das diferenças das respectivas energias potenciais. Então, 2. 21.211 TT consnãocons 29 Exemplo 4.5 A barra AB de 10 kg mostrada na figura tem seus movimentos restritos pelas ranhuras horizontal e vertical. A mola tem uma rigidez k=800 N/m e não está deformada quando =0o. Determine a velocidade angular de AB quando =0o, se a barra é solta a partir do repouso quando =30o. Despreze a massa dos blocos deslizantes. 30 31 Exemplo 4.7 O disco mostrado na figura possui peso 30 lb e raio de giração kG=0,6 pé. Ele está preso a uma mola de rigidez k=2 lb/pé e comprimento de 1 pé quando não deformada. Se o disco é solto a partir do repouso na posição mostrada na figura e rola sem escorregar, determine sua velocidade angular após G ter percorrido 3 pés para a esquerda. 32 33 4ª Avaliação 1a) Os quatro corpos da Figura 1 estão ligados entre si por uma corda. A massa do disco A é igual a (2× R1) kg e raio rA=0,8 m e ele gira sem escorregar. As roldanas B e C têm massa iguais a 3 kg e com raios iguais a 0,4 m. O bloco D tem massa 15 kg. Sabendo-se que o bloco D neste instante tem velocidade de 1,2 m/s e não há escorregamento nas roldanas, determine a energia cinética total do sistema. ➢ Para ser resolvida em equipe de até 3 componentes. Equipe com 4 ou mais não serão consideradas; ➢ Aluno 1: R1; Aluno 2: R2: Aluno 3: R3 (Cada Ri (i=1,2,3) corresponde ao último dígito do número de matrícula de cada aluno; ➢ Entrega: Até às 18:30h de 02/02/18 na sala 204. Multa de 3 pontos por dia por atraso. 34 2ª) O alçapão da Fig. abaixo no piso de uma casa tem massa R2 kg e está submetido a um momento M de 80 N.m constante no sentido anti-horário e uma força F de 120 N aplicada sempre perpendicularmente ao alçapão na sua extremidade de abertura D. Uma mola que desliza livremente na sua extremidade de rolete B está fixa em C, ficando sempre na vertical à medida que se abre o alçapão. A mola possui uma constante elástica k=50 N/m e comprimento natural de 0,5 m. Determine o trabalho total realizado por todas as forças e momentos agindo na alçapão quando este gira da posição horizontal (=0o) até a posição vertical (=90o). 35 3ª) A Fig. abaixo mostra uma correia transportadora que move uma massa M de (R310) kg. Os cilindros A e B têm diâmetro de 0,3 m e massa de 15 kg cada um. Além disso, eles possuem raio de giração de 0,12 m. Os roletes C, D, E, F e G têm diâmetro de 75 mm, massa de 4,5 kg e raio de giração de 25 mm cada um. Qual o valor constante de torque (aplicado em B) que elevará a velocidade de M de 0,3 m/s para 0,9 m/s após percorrer 1,5 m? Não ocorre deslizamento em nenhum rolete nem nos cilindros. A correia tem massa de 12 kg. 36 4a) Um cabo é enrolado em torno de um cilindro de massa mC=20 kg e raio rC=25 cm, passa por uma polia de massa mP=8 kg e raio rP= 12,5 cm e se encontra ligado a um bloco de massa mB=5 kg. Considere que a polia e o cilindro são discos uniformes com momento de inércias JGi=miri 2/2 em relação ao centros de giro e que o corpo B parte do repouso. O cabo é inextensível, de massa desprezível, e não escorrega no cilindro ou na polia. Determine a velocidade do bloco depois de ele ter descido de uma altura de R1 m. 37 5ª) No equipamento de forjamento mostrado na Fig. abaixo, o martelo de (R210) kg é suspenso para a posição 1 e largado. O martelo então cai e atinge a peça de trabalho na posição 2. A constante de cada mola é k=1500 N/m, e a tensão (força elástica) em cada mola é 150 N quando o martelo está na posição 2. Despreze o atrito e determine: a) Qual a velocidade do martelo no momento antes de atingir a peça de trabalho? b) Assumindo que toda a energia cinética é transferida para a peça de trabalho, qual a potência média que é transferida para a peça se a duração do impacto é 0,02s?
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