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173780050917 OAB2FASE DIRCONST AULA 19 CONTESTACAO FINAL

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CASO CONCRETO – CONTESTAÇÃO 
 
Tício, brasileiro, casado, vereador, nascido e domiciliado em Porto Alegre – RS indignou-se ao saber, em janeiro 
de 2012, por meio da imprensa, que Caio, Deputado Estadual e candidato à reeleição (além de seu desafeto polí-
tico), estaria envolvido em processo licitatório fraudulento e que havia realizado inúmeras reformas suntuosas e 
desnecessárias em seu gabinete utilizando o dinheiro público. O Deputado declarara em entrevistas que os gastos 
com a reforma seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce e que 
todo o procedimento havia sido realizado de acordo com a lei. 
 
Sem provas contra o Deputado, mas inconformado com a suspeita anunciada pela mídia, Tício procurou ajuda de 
profissional da advocacia para aconselhar-se a respeito da providência legal que poderia ser tomada no caso e o 
advogado ajuizou uma Ação Popular contra Caio perante o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul 
tendo em vista que se tratava de Deputado Estadual com foro por prerrogativa de função. O Tribunal determinou 
que Caio se manifestasse sobre a ação. Na qualidade de advogado (a) constituído (a) por Caio, redija a medida 
judicial mais apropriada em sua defesa. 
 
EXM°. SR. DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO 
SUL 
 
(3 linhas) 
Processo n° ... 
(2 linhas) 
 
CAIO, nacionalidade..., estado civil... (ou existência de união estável), Deputado estadual..., portador do RG nº e 
do CPF n°..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado..., nesta cidade, por seu advogado infra-assinado, 
conforme procuração anexa, com escritório..., endereço que indica para os fins do art. 77, V, do CPC, vem à pre-
sença de V. Exa., nos termos do art. 336, do CPC, apresentar a presente CONTESTAÇÃO à Ação Popular, pro-
posta por Tício, já qualificado nos autos, com base nos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
 
I - DA SÍNTESE DA INICIAL 
 
A Ação Popular proposta narra o envolvimento do Réu em procedimento licitatório fraudulento, sem qualquer em-
basamento em conjunto probatório mínimo. 
 
Já foi declarado, através da imprensa, que os gastos com algumas reformas mencionadas foram necessários para 
a manutenção da representação adequada ao cargo exercido, tendo sido adotado o procedimento previsto em lei 
para tanto. 
 
II - PRELIMINAR DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA 
 
De acordo com o art. 337, II, do CPC, a incompetência absoluta deve ser alegada antes da discussão do mérito. 
 
Dessa forma, preliminarmente, faz-se necessário sustentar a incompetência absoluta deste Tribunal de Justiça do 
Estado do Rio Grande do Sul, tendo em vista que as Ações Populares devem ser propostas, em regra, perante o 
juízo de primeiro grau, tendo em vista que a competência para o seu julgamento não leva em conta a prerrogativa 
de foro funcional de autoridades envolvidas, conforme extraímos da leitura do art. 5º, da Lei 4.717/65. 
 
Importante salientar que Juízo absolutamente incompetente é aquele a que falta competência para a causa, em 
razão da matéria, da pessoa ou da função, de acordo com o disposto no art. 62, do CPC. 
 
III - MÉRITO 
 
O art. 5º, LXXIII, da CRFB/88 prevê que qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a 
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao 
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. A referida ação também se encontra regulamentada na Lei 
4.717/65 e é um importante instrumento em defesa dos direitos difusos. 
 
Entretanto, tal remédio constitucional não se presta a eventual vingança em razão de diferenças políticas, pois 
nenhuma das condutas narradas na inicial são geradoras de atos lesivos ao patrimônio público. 
 
 
 
 
 
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Foi respeitado o princípio da legalidade, na medida em que todos os procedimentos realizados seguiram adequa-
da e fielmente o disposto na legislação nacional. 
 
Ademais, não há como comprovar as alegações do Autor, já que desacompanhadas de provas, de forma que a 
ação deverá ser julgada improcedente por deficiência de prova, conforme art. 18, da Lei 4.717/65. 
 
IV - DA CONCLUSÃO 
 
Ante o exposto, requer o réu a V. Exa.: 
 
a) preliminarmente, seja reconhecida a incompetência absoluta deste Tribunal de Justiça; 
b) se afastada a preliminar, no mérito, que julgue improcedente os pedidos formulados na inicial, condenando o 
Autor nos ônus da sucumbência; 
c) provar o alegado por todos os meios de prova previstos em lei, especialmente pelos documentos ora juntados 
aos autos. 
 
Termos em que 
pede deferimento. 
Local... e Data... 
Advogado... 
OAB nº...

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