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2 DESNUTRIÇÃO PROTEICO-CALÓRICA A desnutrição proteico-calórica (DPC) é definida pela FAO/OMS várias proporções, de proteínas e calorias, ocorrendo, mais frequentemente, em pré- As causas são várias, podendo ser primária (em que o consumo inadequado de nutrientes é o fator que desencadeia a desnutrição) ou secundária, em que alterações na digestão, absorção e aproveitamento de nutrientes, assim como infecções associadas, são os fatores principais da gênese da doença. A desnutrição primária é mais comum em crianças que em adultos, muitas vezes comprometendo o crescimento e o desenvolvimento de forma irreversível. Marasmo e Kwashiorkor são formas clássicas de desnutrição, podendo existir várias formas intermediárias, mesclando manifestações características de ambos os tipos. As principais diferenças entre Marasmo e Kwashiorkor estão listadas na Tabela 2.1. Desnutrição Proteico-Calórica 23 MARASMO KWASHIORKOR Ingestão alimentar Proporção entre nutrientes relativamente normal. de proteínas maior que a calórica. Perda proporção normal dos nutrientes Tempo de desenvolvimento Meses a anos Semanas a meses Exame físico Magro, pouco tecido adiposo ou muscular Parece bem nutrido Edema Ausente Presente Atrofia muscular Presente Presente Gordura subcutânea Reduzida Preservada Albumina Relativamente normal Transferrina Relativamente normal Linfócitos totais Relativamente normal Testes cutâneos imunológicos Normal ou reduzido Esteatose hepática Mínima 2.1 MARASMO Ocorrem perda muscular generalizada e ausência de tecido desenvolve-se insidiosamente durante meses ou anos, dependendo do grau de restrição alimentar e pode ser o resultado não só da falta de oferta de alimentos como também da anorexia relacionada com doenças como alcoolismo, doença do sistema nervoso central ou resposta catabólica a doenças. Indivíduos com várias complicações médicas são mais propensos a desenvolver marasmo, particularmente velhos que têm acesso limitado à comida ou limitações físicas. Os pacientes apresentam-se caquéticos, desidratados e com sinais de deficiências específicas de minerais ou vitaminas. Crianças marasmáticas têm, frequentemente, perda de até 60% do peso esperado para a altura, com importante retardo no crescimento (Figura 2.1). Os cabelos são esparsos, finos e secos, sem o brilho normal, sendo facilmente arrancados sem causar dor. A pele é seca, fina, com pouca elasticidade TABELA 2.1 Avaliação e classificação de desnutrição 24 EDITORA UFLA/FAEPE - Dietoterapia e Nutrição na Atividade Física e dobra-se facilmente. Os pacientes são apáticos, mas têm a aparência de atentos e ansiosos. Alguns pacientes são anoréticos, enquanto outros são vorazes e famintos, mas vomitam facilmente ao ingerirem grandes quantidades de comida. A diarreia pode estar presente. Há uma fraqueza intensa que não permite que o paciente levante-se sem ajuda. Os batimentos cardíacos são fracos, a pressão arterial e a temperatura, baixas. Pode ocorrer hipoglicemia, especialmente após jejum de 6 ou mais horas, acompanhada de hipotermia de 35,5oC ou menos. As vísceras são pequenas e o abdômen distendido. Os linfonodos são facilmente palpáveis. As principais complicações são gastrenterite, desidratação, infecção respiratória e lesões oculares por deficiência de vitamina A. Edemas periféricos não são comuns, mas podem aparecer em casos de reidratação intravenosa, retenção e sódio e outros. FIGURA 2.1 A = Quadro de desnutrição com predominância de marasmo. B = Mesma criança, após 3 meses de tratamento, com 200kcal/kg e 3-5g de proteína/kg por dia. A B Desnutrição Proteico-Calórica 25 FIGURA 2.2 Bioquímica nutricional no marasmo: a glicose é o principal combustível para as células hematopoiéticas e o cérebro. Depois de um jejum noturno, a glicose é produzida exclusivamente pelo fígado (glicogenólise). Além de 24 horas de jejum, a depleção do glicogênio hepático leva ao aumento da neoglicogênese para produzir glicose ao cérebro. O fígado também remove aminoácidos (particularmente alanina e glutamina), glicerol, lactato, piruvato e ácidos graxos livres do sangue para formar a glicose e corpos cetônicos que fornecerão energia ao organismo. Depois de 48 a 72 horas de jejum, a concentração de glicose no plasma cai e os níveis de insulina também. Esta queda da insulina é o principal evento que atua para estimular a lipólise, a proteólise, a cetogênese, a gliconeogênese e a redução de síntese proteica. O resultado deste quadro metabólico é um grande aumento na produção de ácidos graxos e corpos cetônicos para serem usados como combustíveis pelo organismo. Juntamente com a redução da insulina ocorre um aumento de glucagon, que auxilia no quadro metabólico descrito. A diminuição da ingestão de energia na inanição precoce é seguida por uma redução no metabolismo basal. Essa redução benéfica e protetora é regulada primariamente pela redução de hormônios mista com predominância de Kwashiorkor. DermaƟtes, perda de cabelo e ulcerações decorrentes de Kwashiorkor. B= Edema facial (sinal da lua cheia) A B 26 EDITORA UFLA/FAEPE - Dietoterapia e Nutrição na Atividade Física tireoidianos e atividade do sistema nervoso simpático. Esta redução no gasto energético basal tem como objetivo prolongar a vida por conservar a proteína e a função dos órgãos. 2.2 KWASHIORKOR O Kwashiorkor clássico é um termo utilizado para descrever a resposta do organismo a uma ingestão inadequada de proteína quando existe quantidade suficiente de energia. As manifestações clínicas incluem fígado gorduroso, edema, redução da albumina e sódio plasmáticos e dermatose. É extremamente comum, em países do terceiro mundo, onde a disponibilidade de calorias pode existir, mas sem a ingestão de produtos ricos em proteínas, em geral mais caros. A desnutrição hipoalbuminêmica é um termo alternativo utilizado para caracterizar aqueles pacientes bem nutridos com hipoalbuminemia (baixa de albumina no sangue) e redução de outras proteínas viscerais associadas à queda na resposta imune (Shils et al., 1994). A etiologia desta hipoalbuminemia relaciona-se à resposta do organismo à infecção ou injúria. Como a resposta imunológica é bastante afetada, alguns também a denominam de mal nutrição imunorrepressiva. O quadro predominante do Kwashiorkor é o edema, que ocorre normalmente nas pernas, podendo acometer braços e face, nos casos mais severos. A maioria dos pacientes tem lesões de pele, parecidas com a lesão de pelagra (deficiência de niacina) nas áreas de edema. A pele pode ser eritematosa e brilhante nos locais de edema, com áreas de ressecamento, hiperqueratose e hiperpigmentação. O tecido cutâneo está preservado, enquanto a massa muscular é escassa. A perda de peso pode ser mascarada pelo edema, mas, mesmo descontado o edema, não é tão importante quanto no marasmo. A altura pode ser normal ou retardada, dependendo do tempo de início e constância da doença. Os cabelos são secos, finos, sem brilho e são facilmente arrancados sem dor. Cabelos encaracolados tornam-se lisos e a coloração torna-se castanho-clara, ruiva ou mesmo louro-claro. Muitas diferentes tonalidades. Os pacientes são pálidos, com extremidades frias e cianóticas (arroxeadas). Eles são apáticos e irritadiços, choram facilmente e mantêma expressão de miséria ou tristeza (Figura 2.2.). Anorexia, vômitos após alimentação e diarreia são comuns. O fígado está aumentado, com bordas arredondadas pela deposição de gordura. O abdômen é protuberante, devido à distensão do estômago e intestinos. Desnutrição Proteico-Calórica 27 O tônus e a força muscular são reduzidos, assim como o peristaltismo. Ocorrem taquicardia, hipotermia e hipoglicemia, com curtos períodos de jejum. As complicações que ocorrem são as mesmas do marasmo, mas a diarreia e as infecções respiratórias e de pele são mais frequentes e severas. A morte pode ocorrer devido a infecções que ocorrem sem febre ou qualquer outro sinal característico. A causa de morte mais comum é edema pulmonar com broncopneumonia, septicemia, gastrenterite ou distúrbio hidroeletrolítico do sangue. Bioquímica nutricional: quando há uma severa falta de alimentos (como no marasmo), o equilíbrio endócrino mobiliza ácidos graxos do tecido adiposo e aminoácidos do músculo. As concentrações de proteínas plasmáticas continuam normais, enquanto a gliconeogênese hepática é alta. Porém, o aumento da ingestão de carboidratos, associada a uma ingestão proteica muito baixa, produz uma quebra do equilíbrio hormonal citado, devido aos seguintes fatores (Kirby & Dudrick, 1996): 1) a ingestão de carboidratos induz ao aumento de insulina e à redução da produção de norepinefrina e cortisol; 2) a lipólise diminui e a ação da insulina aumenta pela supressão dos efeitos inibitórios de ácidos graxos livres na ação periférica da insulina; 3) a quebra da proteína muscular aminoácidos livres diminui, já que não há ingestão proteica; 4) a síntese de proteínas viscerais e, principalmente, as proteínas plasmáticas, como a albumina, reduzem a pressão oncótica intravascular, a pressão tecidual aumenta e o débito cardíaco diminui. Este fato contribui para o aparecimento de edema. A síntese aumentada de ácidos graxos devido ao excesso de carboidratos, lipólise diminuída e produção diminuída de apo B, importante para o transporte de lipídeos no plasma, leva à infiltração gordurosa e consequente aumento do fígado. Infecção em crianças desnutridas também pode desencadear Kwashiorkor. Os mecanismos pelos quais o processo ocorre não estão totalmente esclarecidos, mas parecem envolver os seguintes mecanismos: 28 EDITORA UFLA/FAEPE - Dietoterapia e Nutrição na Atividade Física 1) a infecção pode levar o organismo a produzir as chamadas proteínas de fase aguda e, assim, limitar a síntese de albumina e outras proteínas plasmáticas; 2) algumas proteínas de fase aguda são inibidoras de enzimas proteolíticas (alfa 1 antitripsina e alfa 1 antiquimotripsina), impedindo a quebra da proteína muscular; 3) a menor utilização de corpos cetônicos durante a infecção pode levar ao maior uso de aminoácidos para a neoglicogênese; 4) o catabolismo de proteínas e a perda de nitrogênio estão aumentados por muitas infecções virais ou febris, provavelmente pelo aumento de norepinefrina e cortisol. Estas perdas podem ser tão altas quanto o correspondente a 2% da proteína muscular total do organismo por dia. A formação de edema está ligada à hipoalbuminemia, que leva à menor pressão coloidosmótica do plasma, levando à passagem de líquido do intravascular para o intersticial. Entretanto, outros fatores parecem também ser importantes para que haja edema, como a deficiência de potássio (que leva à retenção de sódio e água), a própria administração excessiva de sódio e água e o extravasamento do líquido, devido ao aumento da permeabilidade capilar pela infecção. 2.3 EFEITO DA DESNUTRIÇÃO NOS SISTEMAS CORPORAIS O efeito da DPC na estrutura e na função dos órgãos é bastante significante. Geralmente, está relacionado à duração e à severidade da doença. 2.3.1 Perda de peso A perda de peso é uma das mais óbvias consequências da DPC. A maioria das pessoas pode tolerar uma perda de peso de 5% a 10%, sem grandes consequências. Quando a perda de peso excede 20% a 25% do peso usual, o metabolismo é alterado e estressado. Perdas acima de 40% são altamente relacionadas com óbito imediato. A sobrevivência relaciona-se, principalmente, com os estoques corporais de gordura no início da doença. Desnutrição Proteico-Calórica 29 2.3.2 Sistema respiratório DPC afeta a estrutura e a função do sistema respiratório, sendo a pneumonia a principal causa de morte nesses pacientes. A DPC afeta os pulmões por diminuir a capacidade respiratória e diminuir a limpeza das secreções pulmonares, propiciando infecções. 2.3.3 Sistema cardiovascular O coração, ao contrário do se pensava anteriormente, é afetado pela DPC, sofrendo atrofia e fibrose, com edema intersticial e perda de até 60% da massa cardíaca. 2.3.4 Sistema digestivo Como a presença de alimentos é o principal estímulo para o crescimento da mucosa intestinal, a falta de alimentos leva à sua atrofia, com perda das vilosidades e, assim, das enzimas da borda em escova e da área absortiva. Ocorre também atrofia do pâncreas exócrino, com insuficiente secreção de enzimas, o que agrava a má absorção. O fígado do paciente com marasmo pode tornar-se pequeno, com perda das proteínas, reduzida síntese proteica e com acúmulo de triglicérides. No caso de Kwashiorkor, pode haver aumento do fígado por acúmulo de ácidos graxos e triglicérides. A albumina no sangue é bem baixa (<3,0 g/dl). 2.3.5 Células do Sangue Ocorre redução de hemácias, plaquetas e leucócitos pela dificuldade de síntese proteica. Além disso, pode ocorrer anemia microcítica e hipocrômica, sugestiva de deficiência de ferro. Os leucócitos (principalmente neutrófilos) podem estar aumentados em alguns casos de infecção. 2.4 TRATAMENTO NUTRICIONAL Pacientes com DPC não complicada devem ser tratados fora de hospitais, se possível. Isso diminui o risco de infecções hospitalares e mantém o paciente com a família. Porém, se o paciente está grave, com risco de morte ou se as condições em sua casa são deploráveis ou não permitem a renutrição adequada, o paciente deve ser hospitalizado. 30 EDITORA UFLA/FAEPE - Dietoterapia e Nutrição na Atividade Física O tratamento deve ser dividido em 3 etapas: 1- afastar o risco de morte, 2 - restaurar o estado nutricional e 3 - dar assistência à reabilitação nutricional. A primeira etapa baseia-se em resolver os distúrbios hidroeletrolíticos, tratar as possíveis infecções, as alterações hemodinâmicas (de pressão e coração), a anemia severa, a hipotermia, a hipoglicemia e as deficiências vitamínicas (principalmente A). A etapa de restauração do estado nutricional deve ser iniciada tão logo a homeostase do organismo seja alcançada. Ela deve ser feita lentamente, para coibir as complicações vindas de um organismo frágil e sem reservas. O ideal é iniciar com dietas líquidas, divididas em 6 a 12 refeições ao dia. O intervalo deve ser pequeno, proibindo um jejum de mais de 4 horas para evitar vômitos, hipoglicemia e hipotermia. A proteína deve ser de alto valor biológico e de fácil digestibilidade. Embora o leite possa ter esta característica, o risco de intolerância à lactose é alto e, assim, outras proteínas como a de ovo, isolados de soja, peixe e carne ou misturas vegetais, podem ser preferidas. As misturas vegetais tem menor teor de proteína e, assim, um volume maior de alimento será necessário, o que pode ser mais difícil de ingerir noscasos de crianças pequenas. A vantagem é que muitos dos ácidos graxos essenciais estão também presentes nestas misturas. Alguns médicos preconizam uma dieta líquida que contenha 30 gramas de proteína e 1000 kcal por litro. No início, o volume ingerido pelo paciente pode ser baixo, devido à anorexia que acompanha a desnutrição. Uma oferta adicional de água pode ser necessária para cumprir a necessidade total diária de 1ml/kcal de dieta. Após 7 dias do início da alimentação, o paciente poderá alimentar-se segundo seu apetite. A dieta deve ter seus componentes ajustados para a idade do paciente. O tratamento inicial deve prover o requerimento proteico e energético médio, seguido por um aumento gradual de 1,5 vez no requerimento de energia e 3 a 4 vezes nos requerimentos de proteína por volta do sétimo dia. A energia fornecida ao marasmático pode ser posteriormente aumentada. A resposta inicial à dieta pode ser a não alteração ou, até mesmo, a perda de peso corporal, causada pela diminuição do edema acompanhada de diurese. Após 5 a 15 dias, há um período de grande pode ser de 10 a 20 vezes maior do que em uma criança normal da Desnutrição Proteico-Calórica 31 mesma idade. Algumas crianças apresentam um ganho de apenas 4 a 5 vezes o de uma criança bem nutrida. Este é um sinal de que o fornecimento de energia está insuficiente (formulação errada, número de refeições insuficientes, anorexia etc.) ou existem infecções não diagnosticadas, sendo as mais comuns tuberculose e infecções urinárias. Etapa de assistência à reabilitação nutricional: esta fase deve começar desde a primeira fase e continuar após o estabelecimento do estado nutricional, quando alimentos tradicionais forem introduzidos. Os estímulos físico e emocional devem ser parte do tratamento. Distúrbios, como diarreia persistente, parasitas intestinais e outras complicações menores, devem ser também solucionados. A vacinação da criança deve ser atualizada. Os alimentos tradicionais devem ser introduzidos gradualmente, em combinação com as fórmulas de alta energia. Este passo deve ser feito após o desaparecimento do edema, das lesões de pele e do retorno do apetite. A fase de catch-up já deve ter sido instaurada adequadamente, assim como a interação do paciente com o meio ambiente. Deve-se garantir às crianças uma média de 3 a 4 g de proteína e 150 kcal para cada quilo de peso corporal. Para que esta meta seja atingida, a densidade calórica dos alimentos sólidos deve ser melhorada pela adição de óleos, assim como o uso de proteínas de alto valor biológico (como dito anteriormente). A estimulação emocional deve ser feita por meio do afeto e carinho, vindos não só dos familiares como da equipe que o trata. Quando a criança está hospitalizada, o local onde ela se encontra deve ser colorido, com brilho e música (estimulação visual e auditiva). Assim que a criança esteja apta a movimentar-se, ela deve ser encorajada a caminhar pelos corredores, brincar com outras crianças e com a equipe do hospital. Os parentes devem participar das brincadeiras e jogos. Critérios de recuperação: o tratamento deve ser continuado no ambulatório. Deve-se ter a certeza de que os pais ou responsáveis pelo paciente ou amigos próximos entendam a importância da manutenção de dietas hipercalóricas e hiperproteicas, mesmo em casa. Mesmo após o retorno ao lar, a criança (ou adulto) deve ser acompanhada regularmente quanto ao estado nutricional, por meio de vistas de pessoal treinado. O aumento da albumina no soro é uma das principais indicações da repleção proteica. Certamente, os critérios mais práticos de avaliação são o ganho de peso adequado e o alcance do peso ideal para a altura 32 EDITORA UFLA/FAEPE - Dietoterapia e Nutrição na Atividade Física nesses pacientes desnutridos. Porém, o término prematuro do tratamento, muito frequentemente, leva a novos episódios de DPC. A regra geral, caso não haja condições de determinar a composição corporal, é manter o tratamento por, pelo menos, 30 dias após a recuperação do peso ideal no paciente com DPC e edema e 15 dias no paciente marasmático. O tratamento de outras deficiências nutricionais específicas (deficiência de ferro, por exemplo) deve ser mantido por mais tempo. A presença de uma criança mal nutrida em uma família sugere que outros membros podem ser posteriormente afetados. Neste caso, as medidas de reabilitação nutricional devem ser estendidas aos outros membros da família e devem incluir a prevenção da desnutrição, principalmente em crianças em fase de desmame, gestante e lactantes.
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