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Tecnologia d eaplicacao

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LINO ROBERTO FERREIRA
Tecnologia de Aplicação 
de Defensivos Agrícolas
Consumo de agrotóxicos
Fungicidas; 
16%
Inseticidas; 
21%
Acaricidas; 
4%
Herbicidas; 
56%
Outros; 3%
Brasil
Fungicidas; 
7% Inseticidas; 
21%
Herbicidas; 
68%
Outros; 4%
EUA
Fungicidas; 
5% Inseticidas; 
18%
Acaricidas; 
2%
Herbicidas; 
69%
Outros; 6%
Argentina
Intoxicações 
• Agrotóxicos -10,5%
• Medicamentos– 28%
Óbitos
• Medicamentos – 16,05%
• Agrotóxicos – 36,26%
Mendonça & Marinho, 2003
Causas das Intoxicações
• Acidentes – 60,08%
• Tentativa de homicídios – 19,8%
• Ocupacional – 7,29%
Mendonça & Marinho, 2003
Distribuição da intoxicação
• Homens – 64,51% por agrotóxicos
• Mulheres – 61,81% por medicamento
Zona urbana – 40,1% por medicamento
Zona rural – 18% agrotóxico
Mendonça & Marinho, 2003
Alimentos contaminados por 
agrotóxico
Alimentos contaminados por 
agrotóxico
• 1295 amostras - 81,2% resíduos
• 22,17%- resíduo acima do permitido
• 233 amostras irregulares 74 com produtos não 
autorizados
Fonte: Boletim Informativo da Anvisa nº 25, de novembro de 2002
Causas dos problemas com 
agrotóxicos
• Tecnologia de aplicação
• Falta de treinamento
• Falta de assistência técnica
• Falta de fiscalização
Segurança no Trabalho com Agrotóxicos
CONTROLE DO 
RISCO
Na Fonte
Na Trajetória
No Indivíduo
Vias de Exposição
 
Inalatória
 
Oral
 
Ocular
 
Dérmica
Inalatória
Potencial= 100% 
Vias de penetração
Oral
Potencial
100%
Dérmica
Absorção:Potencial = 10%
 Mãos: 12 %
 Escroto: 100%
 Face/Cabeça: 50 %
 
Oral
Risco = Toxicidade X ExposiçãoRisco = Toxicidade X Exposição
Risco
É a probabilidade de um evento causar 
efeito adverso à saúde.
Alto
Baixo
Alto
Baixo
Alta
Alta
Baixa
Baixa
Alta
Baixa
Alta
Baixa
Toxicidade
É a propriedade inerente à substância de 
causar efeito adverso à saúde.
Resposta
Dose
Classificação Toxicológica
Extremamente tóxico
Altamente tóxico
Medianamente
tóxico
Pouco
tóxico
III
I
II
IV
Estimativa da Exposição
Exposição do aplicador à 
calda na cultura do 
morangueiro. 
Exposição do Aplicador (ml/h) Área do Corpo 
Experimento 1 Experimento 2 
 
Cabeça 1,1 0,3 
Rosto 0,4 0,9 
Pescoço 0,2 0,2 
Peito 2,0 3,5 
Dorso 4,7 2,2 
Ante-Braço 2,6 1,8 
Braço 9,6 6,9 
Mão 20,8 96,8 
Coxa 40,3 38,3 
Perna 211,8 145,1 
Pé 2654,9 2729,8 
 
Total 2948,7 3025,8 
 
Exposição do aplicador à calda de 
agrotóxicos na cultura do morangueiro. 
(Jundiaí, 1998/00)
Estimativa do Risco Intoxicação
Principais EPI´s
 
 
 
Principais EPI´s
 
É obrigação do empregador
•fornecer os EPI’s adequados ao trabalho
•instruir e treinar quanto ao uso dos EPI’s
•fiscalizar e exigir o uso dos EPI’s
•repor os EPI’s danificados
É obrigação do trabalhador
• usar 
• conservar os EPI’s
• comunicar danos e extravio
BANHOBANHO
• Lavar
• Guardar
• Manter
• Descartar
CUIDADOSCUIDADOS
Por que dar um destino 
correto para as embalagens?
• Diminuir o 
risco para a 
saúde das 
pessoas
• Evitar a 
contaminação 
do meio 
ambiente
• Separar as embalagens laváveis das
contaminadas e das não contaminadas
• Guardar temporariamente as 
embalagens na propriedade
• Devolver as embalagens vazias na 
unidade de recebimento indicada pelo 
revendedor
Qual a obrigação do agricultor?
Tríplice lavagem
IMPORTANTE:
Realizar a operação durante 
o preparo da calda.
 Esvazie completamente o conteúdo da 
embalagem no tanque do pulverizador
 Adicione água limpa à embalagem até 
¼ do seu volume
 Tampe bem a embalagem e agite-a por 
30 segundos
 Despeje a água de lavagem no tanque 
do pulverizador
 Inutilize a embalagem plástica ou 
metálica, perfurando o fundo
As embalagens plásticas lavadas são 
recicladas e viram conduítes corrugados
Ilustração: máquina extrusora na Dinoplast (Louveira-SP)
Reciclagem
• As embalagens 
contaminadas
são destruídas 
em 
incineradores 
industriais
Destruição
•Satisfação consumidor
•Novos mercados
•Qualidade de vida
•Preservação do meio ambiente
•Mais alimentos
USO CORRETO E SEGURO DOS
AGROTÓXICOS
NR 31
Norma Regulamentadora de Segurança 
e Saúde no Trabalho na Agricultura, 
Pecuária, Silvicultura, Exploração 
Florestal e Aqüicultura
• Uso correto e seguro dos 
agrotóxicos.
• Saúde do aplicador.
• Preservação do meio ambiente.
• Produção de alimentos saudáveis.
 BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS
 Objetivos:
Ministério da Agricultura, 
Pecuária e do Abastecimento
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE 
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
Introdução
 Alvo biológico
 Plantas daninhas
 Doenças
 Pragas
 Eficiência de aplicação
100
adadose.aplic
cadose.teóri
Eficiência
Introdução
Avaliação de perdas na aplicação de agrotóxicos 
na cultura do tomate de mesa. 
(CHAIM et al., 1999)
Planta: 24 a 41%
Solo: 20 a 30%
Atmosfera: 30 a 45%
Cobertura do alvo 
C = cobertura (% da área);
V = volume aplicado (L/ha);
R = taxa de recuperação (% de volume aplicado captado pelo alvo);
K = fator de espalhamento de gotas;
A = superfície vegetal existente no hectare;
D = diâmetro de gotas.
AD
VRK²15
C
TAMANHO 
DE GOTA IDEAL
Pequena o suficiente 
para produzir boa 
cobertura.
Grande o necessário 
para provocar menor 
perda por deriva e 
evaporação.
DMV= 200µm DMV= 300µm DMV= 400µm
Volume 2X
258 gotas/cm2
Volume 2X
76 gotas/cm2
Volume 2X
32 gotas/cm2
 Diâmetro mediano volumétrico (VMD)
Parâmetros para avaliação de gotas
 Diâmetro mediano numérico (NMD)
VMD
V = 2 ml V = 2 ml
NMD
N = 4 gotas N = 4 gotas
Parâmetros para avaliação de gotas
 Coeficiente de dispersão (r) 
nmd
vmd
r
r = 1; r ≥ 1,4 e r ≤ 1,4
 Amplitude de dispersão (Span)
50
1090
V
VV
s
Categoria 
DMV (µm) 
Aproximado 
Risco de Deriva / 
evaporação 
Aplicações Agrícolas 
Muito Fina < 100 Muito alto Não recomendado 
Fina 100 – 175 Muito alto Fungicida de contato 
Média 175 – 250 Alto Inseticidas e herbicidas de contato 
Grossa 250 – 375 Médio Herbicidas sistêmicos e pré-emergentes 
Muito Grossa 375 – 450 Baixo Herbicidas sistêmicos e pré-emergentes 
Extrem. Grossa >450 Baixo Herbicidas sistêmicos e pré-emergentes 
 
Classes de gotas propostas segundo norma da ASAE e suas
aplicações na pulverização agrícola
Fonte: TeeJet Spray Products.
Fatores que afetam a qualidade 
da pulverização
 Bicos
 Tipo
 Pressão
 Espaçamento
 Ângulo de pulverização
 Ângulo de desvio
 Bicos
 Qualidade do perfil
 Desgaste
 Entupimento
 Vazão
Fatores que afetam a qualidade 
da pulverização
 Barra 
 Pressão de pulverização 
 Filtros obstruídos
 Altura
 Distância entre bicos
 Estabilidade (movimento vertical e lateral)
 Comprimento
Fatores que afetam a qualidade 
da pulverização
 Condições ambientais
 Velocidade do pulverizador e turbulência
resultante
 Problemas de tubulação influenciando a
turbulência do líquido pulverizado
 Velocidade e direção do vento
 Umidade relativa
Fatores que afetam a qualidade 
da pulverização
APLICAÇÃO X VENTO
POTENCIAL DE RISCO DE DERIVA - PRD
DETALHE DA DERIVA NOMOMENTO 
DA APLICAÇÃO
Deriva: conseqüências 
 Danos nas culturas sensíveis
 Contaminação de reservatório 
e cursos de água
 Prejuízo econômico
Deriva: causas e controle 
 Tamanho de gota
 Altura da ponta de pulverização
 Velocidade de vento
 Velocidade de operação
 Temperatura e umidade relativa
 Volume de aplicação
 Formulação
PULVERIZADORES
Jato Lançado
ALTA PRESSÃO (Pulverizadores de Pistolas):
Para tratamento de plantas novas e adultas.
PULVERIZADORES DE JATO LANÇADO
40 lb pol-2
140 L ha-1
60 lb pol-2
170 L ha-1
40 lb pol-2
280 L ha-1
60 lb pol-2
340 L ha-1
PULVERIZADORES DE JATO ARRASTADO
MÉDIA-ALTA PRESSÃO - Turbo-Pulverizadores:
bucha
Válvula de esfera
Camara de pressão
Cilindro 
Pá agitadora
Pulverizador Costal Manual
Valvula 
Reguladora 
de pressão
Válvulas reguladoras de pressão
Função: Manter a pressão de pulverização constante
independentemente da variação do bombeamento pelo
operador.
Benefícios:
Uniformidade de pulverização
Menor esforço no bombeamento
Economia de herbicidas
Redução de deriva (pois não permite altas pressões)
SISTEMAS DE COMANDO MANUAL
- Equipa a maioria dos pulverizadores 
nacionais .
- Menor custo
- Posição incômoda
- Não permitem ajustes em operação
- Recebem toda a pressão da bomba, sujeitos a 
vazamentos que podem contaminar o operador.
SISTEMAS DE COMANDO ELÉTRICO
Dentro da cabine, fica somente um 
pequeno painel de comando , sem 
nenhum contato com o produto 
químico
TIPOS DE BOMBAS :
BOMBA DE PISTÃO:
Deslocamento positivo
Alta Pressão
Baixa Vazão
TIPOS DE BOMBAS :
BOMBA CENTRÍFUGA:
Alta Vazão
Baixa Pressão
BOMBA de ROLETE:
Deslocamento Positivo
Média Vazão
Média Pressão
TIPOS DE BOMBAS :
TIPOS DE BOMBAS : 
BOMBA DE DIAFRAGMA:
Média Vazão
Média Pressão
PONTAS DE
PULVERIZAÇÃO
Classificação quanto
a forma do jato
Cônicos
Cone cheio
Flooding ou 
deflector (TK)
Jato Plano
Cone vazio
Leques
Bicos Pulverizadores Hidráulicos
COMPONENTES DO BICO 
•Determina a Vazão
•Produz as Gotas
•Distribui a Pulverização
1 - ABRAÇADEIRA 
2 - CORPO 
3 - FILTRO
4 - PONTA
5 - CAPA
VIDA ÚTIL DE PONTAS DE PULVERIZAÇÃO
DURABILIDADE QUALIDADE
• Material da Ponta
• Produto Aplicado
• Pressão de Trabalho
• Limpeza da água
• Manutenção
• Idoneidade
• “Know-How”
• Controle de Qualidade
• Assistência
Tecnologia
Material da Ponta Vida útil relativa
Latão 1,0
Polímero 2,0
Aço Inoxidável 3,5
Cerâmica(alumax) 130,0
Spraying Systems Co.(1994) - Dados obtidos por desgaste
acelerado(30 anos). Ponta de jato plano padrão a 40 PSI
produto atrazina.
Influência da Pressão no Controle de Aveia em Manejo
Paraquat 300g de i.a / ha - 10 daa 75
80
85
90
95
100
%
Controle
20 lbs/pol 40 lbs/pol 60 lbs/pol 80 lbs/pol
VAZÃO 200 lt/ha Vento 13 Km/hora
Ponta XR 11002 VS
Marochi A I., Fundação ABC, 1992
UNIFORMIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DA PULVERIZAÇÃO
Longitudinal : 
CV = Coeficiente de Variação
Distribuição Irregular
- Barra muito alta
- Espaçamento entre 
bicos variados
- Pontas desgastadas
Distribuição muito irregular
- Pontas diferentes
- Pontas danificadas
- Grandes oscilações na 
altura da barra
Boa distribuição
- Boa relação espaça_
mento e altura.
- Pontas novas
- Pouca oscilação da 
barra
Coeficiente de Variação de Barra
Distribuição das Pontas Twinjet x Conejet
Baixo C.V.
Acúmulo no cruzamento
Alto C.V.
Twinjet Conejet
Ponta Turbo Teejet® - TT
•Jato Plano de Grande ângulo
•Menor entupimento
•Excelente vida útil
•Gotas maiores - menor deriva
•Maior faixa de Pressão (1 a 6 Bar)
TeejetTurbo Teejet
Air Induction - AI Teejet®
Características:
•Produção de gotas grandes - inclusão de ar
•Gotas grandes - menor deriva
•Perfil de deposição normal - bicos de jato plano
•Altura ótima de Pulverização - 50 cm
•Inserto de saída em aço inox
•Código de cores
•Adaptável em qualquer porta-bico padrão
•Faixa de pressão de trabalho 3 a 8 bar
Aplicações:
•Herbicidas pós-emergentes sistêmicos
•Herbicidas pré-emergentes
Ponta de Indução de Ar Anti-Deriva
Tipo Venturi ou “Bico Espuma”
XR Teejet - XR
Ponta Jato plano Uso Ampliado
Aplicações:
•Herbicidas pré e pós-emergentes
•Sistêmicos e de Contato
•Fungicidas e Inseticidas
Características:
•Excelente distribuição pressões
•Baixa deriva a baixas pressões
•Polímero,aço inox e cerâmica
Conejet - TX
Ponta de Jato Cônico Vazio
Aplicação:
•Produtos de contato - Pós emergência
•Aplicações em faixas
•Aplicações em Culturas Perenes onde 
se necessita boa cobertura
Características:
•Gotas finas melhor cobertura
•Ângulo do jato 80º
•Disponível em Aço inox e Cerâmica
AI - 1 bar
DMV 780
AI - 2 bar
DMV 711
TTI - 1 bar
DMV 920
AVI - 2 bar
DMV 365
AVI - 1 bar
DMV 480
TTI - 2 bar
DMV 730
Coreano - 1 bar
DMV 1360
Coreano - 2 bar
DMV 845
Japonês -1 bar
DMV 1370
Japonês - 2 bar
DMV 687
NUNCA TENTAR
LIMPAR UMA PONTA
COM A BOCA OU 
COM UM MATERIAL
METÁLICO !
USAR UMA ESCOVA
COM CERDAS MACIAS
E LIMPAR COM ÁGUA 
E/OU AR
COMPRIMIDO
Manutenção da ponta de Pulverização
ETAPAS PARA UMA BOA REGULAGEM:
1 - Definição do tipo de ponta de pulverização a 
ser usado.
2 - Definição da pressão de trabalho.
3 - Definição do volume de aplicação.
4 - Verificação do espaçamento entre bicos
5 - Determinação da velocidade de trabalho
6 - Determinação da numeração da ponta a ser usada
Calibração
A= 100 m2
Vol = 5L
Vol = 4L
A = 100 m2
Calibração
100 m2-------------------1L
10000 m2-----------------x X= 100 L ha
-1
Dose do Herbicida = 1 L ha-1
Quanto Colocar em um pulverizador de 20 L?
20 L calda ------------- Y
Y= 0,2 L do Herbicida
Calibração
100L Calda -------------1 L do Herbicida
Barra protegida 
•Até 70% de redução no volume de calda aplicado
• Até 90% de redução na contaminação do aplicador
DP= 20 km
FP= 0,5 m
DP= 2,5 km
FP= 4 m
DP= 10 km
FP= 1 m
DP= 5 km
FP= 2 m
PROBLEMAS COMUNS
Balizamento Manual Marcador de espuma
RESUMO DOS ASPECTOS DE
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO
QUAL O TAMANHO DE
GOTA ADEQUADO ?
QUAL A DENSIDADE DE
GOTAS NECESSÁRIA ?
VOLUME DE APLICAÇÃO
(Litros de calda por área)
E-mail: lroberto@ufv.br

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