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Nutrição na Adolescência NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 MINICURSO PAEBS - UniAGES Ministrantes: Juliana e Qhetillin Crescimento e maturação sexual • Transformações somáticas, psicológicas e sociais; • De acordo com a OMS, é definida no período dos 10 anos aos 19; • 2º período da vida extrauterina; • Influencias genéticas, ambientais, nutricionais, hormonais, sociais e culturais. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Características do adolescente de acordo com sexo e estágio de maturação sexual de Tanner (sexo masculino) Estágios Pelos pubianos (P) Genitália (G) Estágio 1 Ausentes Características infantis sem alteração Estágio 2 Presença de pelos finos e claros Aumento pequeno do pênis ou ausente, aumento inicial do volume testicular Estágio 3 Púbis coberta Crescimento peniano em comprimento, maior crescimento dos testículos e do escroto Estágio 4 Tipo adulto: sem extensão para coxas Crescimento peniano, principalmente no diâmetro Estágio 5 Tipo adulto: com extensão para coxas Desenvolvimento completo da genitália NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Características do adolescente de acordo com sexo e estágio de maturação sexual de Tanner (sexo feminino) Estágios Pelos pubianos (P) Mamas (M) Estágio 1 Ausentes Sem modificação da fase infantil Estágio 2 Pequenas quantidades: longos, finos, lisos e distribuídos ao longo dos grandes lábios Brotos mamários: elevação da aréola e das papilas formando uma pequena saliência Estágio 3 Aumento em quantidade e espessura, mais escuros e encaracolados Maior aumento da mama e da aréola, mas sem separação dos contornos Estágio 4 Pelos do tipo adulto, cobrindo mais densamente a região púbica, sem alcançar as coxas Maior separação da mama e da aréola, havendo separação dos contornos Estágio 5 Pilosidade pubiana igual a do adulto, invadindo parte interna das coxas Mamas com aspecto adulto: o contorno areolar é incorporado novamente ao contorno da mama Estágios de maturação sexual •Estágio 1 (M1P1) para meninas e meninos: características infantis; Meninas com menos de 9 a 10 anos, meninos com menos de 11 a 12 anos; Monitoração de distúrbios endócrinos e metabólicos; Acumulo de tecido adiposo para estirão pubertário; Não deve-se ultrapassar 20% a mais do peso atual. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 •Estágio 2 (M2P2/G2P2) Meninas: inicio do estirão de crescimento e, após 2 anos apresentará menarca; Meninos: inicio da puberdade e não do estirão; NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 •Estágio 3 (M3P3/G3P3) Meninas: já passaram pelo estirão pubertário, aspecto retilíneo e magro; aumento dos tecidos adiposo, magro e ósseo; menarca ocorre no final desse estágio; Meninos: período de estirão pubertário. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Estágio 4 •Meninas: maior estatura e peso, porém, mesma necessidade energética; •Meninos: apetite voraz, mesmo com menor velocidade de crescimento; NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Estágio 5 •Finalização do processo de maturação sexual. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Recomendações nutricionais para adolescentes • Ingestão de energia que garanta o adequado crescimento; • Necessidade proteica; • Micronutrientes: Ferro Cálcio Vitamina D Vitamina A Vitamina C Fibra alimentar Ácidos graxos trans NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Hábitos alimentares na adolescência • Influenciados por mudanças biológicas, psicológicas e sociais; • Motivação para seleção de alimentos: Hedonistas; Saúde pessoal; Pais e saúde; NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 •Estratégias de intervenção •Consumo de produtos lácteos X refrigerantes •Prevalência de excesso de peso e obesidade no Brasil e no mundo NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Fatores determinantes para o excesso de peso em crianças e adolescentes NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 •Aleitamento Materno adequado – PROTEÇÃO •Fatores de risco: crescimento acelerado nos primeiros anos de vida; pouco tempo de sono; menos de 30 min diários de AF; consumo de bebidas açucaradas; obesidade dos pais; baixo ou elevado peso ao nascer; tempo em frente a televisão; nível socioeconômico. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Determinantes precoces • Tabagismo materno; • Aleitamento materno; • Crescimento e ganho de peso da criança; • Período de sono; • Tempo de tela. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Excesso de peso materno • Relação com: Consequências metabólicas; Implicações fisiológicas e psicológicas; Menor duração da amamentação; Diabetes mellitus (gestacional ou não); Fatores genéticos; Nível socioeconômico; Educação; Tabagismo e etilismo. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Fatores genéticos e ambientais • Ambientais – hábitos alimentares, atividade física e condição patológica; Hereditariedade aumenta o risco Associada a: sedentarismo, alta ingestão de guloseimas e baixo consumo de fibras. Obesidade ou excesso de peso é indicador para doenças crônicas não transmissíveis. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Fatores relacionados ao primeiro ano de vida RISCOS • Recém nascidos com baixo peso ao nascer: arteriosclerose, intolerância a glicose e hipertensão na vida adulta. • Bebes com peso excessivo: alterações no metabolismo de CHO e LIP, desenvolvimento de obesidade, DM e dislipidemias. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Atividade física • Melhora perfil lipídico; • Melhora metabolismo digestivo; • Reduz prevalência de obesidade; • Favorece aumento de massa magra; CRIANÇA TEM QUE BRINCAR! NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Horas diárias de televisão, computador e videogame • Propagandas de alimentos ricos em açúcar, sódio e gordura; • Inatividade física; Associados são fatores determinantes Ao comer em frente a televisão, não se presta atenção a quantidade de alimento consumida. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Recomendações •Tempo de tela deve ser menor que 2h/dia; •Televisão e internet devem estar localizadas fora do quarto da criança; •Evitar exposição de crianças menores de 2 anos. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Padrão alimentar • Composição e qualidade da dieta; • Pode ser observado atualmente: aumento do consumo de guloseimas e diminuição do consumo de frutas e hortaliças; • Adolescentes: conquista da independência alimentar. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Repercussões da obesidade NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Características de crianças obesas • Maior altura; • Idade óssea avançada; • Maturação sexual antecipada; A partir dos 3 anos de idade o excesso de peso se torna definitivamente determinante para obesidade futura. A obesidade na adolescência confere de 70% a 80% de chances de obesidade adulta. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Outras relações: • Função pulmonar; Em casos graves, pode gerar a síndrome de Pickwik. • Alterações dermatológicas; Infecções fungicas na área das dobras; Escurecimento da pele na região do pescoço e axilas; • Anormalidades no fígado; • Alterações posturais; NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Alterações no perfil lipídico • Hipercolesterolomia; • Hipertrigliceridemia; Aumento das chances de formação de placas de ateroma. • Fatores de risco complementares para arteriosclerose: Fumo passivo, dislipidemia, hipertensão arterial, sedentarismo, obesidade e diabetes mellitus. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 A analise do teor lipídico deve serfeita em crianças que: • Tenham pais ou avós com historia de aterosclerose com idade <55 anos; • Tenham pais com níveis de triglicérides >240mg/dL; • Apresentem fatores de risco como: HAS, obesidade, tabagismo ou dieta rica em gorduras saturadas ou AG trans; • Utilizem drogas ou sejam portadoras de doenças que tem relação com dislipidemias; • Apresentem manifestações clinicas de dislipidemias. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Recomendações para aferição da pressão arterial • Crianças acima de 3 anos devem ter sua PA medida pelo menos uma vez ao ano; • Crianças com fatores de risco HAS devem ter a aferição realizada mais precocemente. Se a PA apresentar comportamento na faixa de pré-hipertensão, deve-se fazer nova medida no prazo máximo de seis meses; • Caso a pressão seja caracterizada como anormal, deve ser confirmado em mais duas ocasiões. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Alterações no metabolismo glicídico • Aumento crescente de crianças e adolescentes com diabetes mellitus e diminuição da tolerância a glicose; Deve-se realizar o teste de glicose: A partir dos 10 anos ou se já iniciou a puberdade mais jovem; A cada dois anos; De preferencia teste de glicose em jejum. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Síndrome metabólica • O que é? Ocorrência concomitante de fatores de risco cardiovascular, como: hipertensão, metabolismo da glicose alterado, dislipidemia e obesidade abdominal. A obesidade é apenas um marcador, e não uma causa. A obesidade na infância e na adolescência é a condição que mais predispõe a vida adulta a complicações metabólicas. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Estratégias de intervenção dietética e nutricional • 4 passos: 1) Reconhecimento de um problema; 2) Estabelecimento de uma meta; 3) Mudanças de atitude e seu auto monitoramento; 4) Reavaliação do processo. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Ideias, muitas vezes errôneas, preconcebidas por profissionais de saúde • A população é ignorante; • Os alimentos estão disponíveis, mas a população não sabe utiliza-los; • Os distúrbios nutricionais na infância estão relacionados exclusivamente a falta de cuidados maternos; • Apenas as mulheres necessitam de conhecimento sobre nutrição; o conhecimento do especialista é o melhor; • A população não tem condições de tomar suas próprias decisões sobre saúde e nutrição sem ajuda; NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Inquérito alimentar • Deve ter os seguintes objetivos: 1) Esclarecer o que se passa do dia a dia alimentar da criança ou adolescente; 2) Verificar a adesão ao plano alimentar orientado; 3) Fazer com que o adolescente conscientize-se do que está consumindo. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Aspectos psicológicos da obesidade na infância e na adolescência Preconceito contra obesos Sentimento de culpa, vergonha e incapacidade de controlar o peso afeta a autoestima. O obeso, muitas vezes, não consegue canalizar seu prazer para outra atividade que não seja comer. DIETAS RESTRITIVAS, NÃO! NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Estratégias de intervenção • Crianças e adolescentes na fase púbere; Atividade física diária; Reduzir tempo de tela; Mudança gradativa de hábitos alimentares da família; Problemas como depressão e ansiedade podem atrapalhar o tratamento; REEDUCAÇÃO ALIMENTAR/ MUDANÇAS GRADATIVAS NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 1º etapa – mudança conceitual • Correção de conceitos errôneos; • Comparação de alimentos calorias iguais e nutrientes diferentes; • A conversa com os pais deve ser constante. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 2ª etapa – restrição quantitativa • Cumplicidade – profissional/criança/família; • Redução gradual de alimentos altamente energéticos. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Comportamentos comuns as crianças com excesso de peso • Alimentam-se com voracidade; • Alimentam-se em frente a televisão; • Comem escondidas, com medo de repreensão; • Compensam consumo de carboidratos proibidos com alimentos ricos em gordura; • Não tem consciência de quanto comem; • Ingerem grandes quantidades de líquidos energéticos. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 3ª etapa – mudanças qualitativas • Reeducação alimentar; • Estimulo ao consumo de verduras, frutas e lácteos; • Estimulo para diminuição no consumo de alimentos altamente energéticos e bebidas açucaradas. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 • Deve-se diminuir o máximo possível alimentos gordurosos; • Utilizar-se preferencialmente o carboidrato de boa qualidade; • A quantidade de proteína deve se manter na média. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Edulcorantes e dietéticos • Uso não recomendado para crianças e adolescentes; • Motivos: Maior risco de ultrapassar a dose diária máxima aceita; Fome residual determinada pela falsa promessa de ingestão calórica; Associação entre o uso de aspartame e convulsões ou irritabilidade em crianças; Pouca eficácia quando objetiva-se redução de calorias diárias; NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Adolescentes no pós-estirão pubertário • Crescimento com velocidade reduzida; Intervenções inadequadas podem causar mais conflitos do que a ausência de tratamento. • O profissional deve sempre procurar estratégias educativas que estimulem o paciente. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 Percepção e satisfação corporal do adolescente Relação com o estado nutricional NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 “O adolescente tem como característica comportamentos de contestação que o tornam vulnerável, volúvel, seguidor de líderes, grupos e modas, desenvolvendo preocupações ligadas ao corpo e à aparência” (Gambardella, 1995; Mantoanelli et al., 1997). NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1 “[...] magreza como uma situação ideal de aceitação e êxito”. NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA – PARTE 1
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