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06/08/22, 16:40 Nutrição do adolescente
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03967/index.html# 1/46
Nutrição do adolescente
Prof.ª Mariana Peixoto Souto
Descrição
A importância da avaliação nutricional e das recomendações no planejamento dietético de adolescentes.
Propósito
Compreender a adolescência e as necessidades do desenvolvimento nesse período é importante para o aprendizado do
nutricionista, pois permitirá uma abordagem nutricional adequada e com bons resultados.
Preparação
Antes de iniciar o conteúdo, tenha em mãos calculadora, papel e caneta.
Objetivos
Módulo 1
A nutrição na adolescência
Entender como o acompanhamento nutricional nas fases da adolescência podem promover um estilo de vida saudável.
Módulo 2
Os métodos de avaliação do estado nutricional
Reconhecer os diferentes métodos de avaliação do estado nutricional e cálculo energético para adolescentes.
06/08/22, 16:40 Nutrição do adolescente
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Módulo 3
As recomendações de ingestão dietética
Identificar as recomendações nutricionais de macronutrientes e micronutrientes importantes na adolescência.
Módulo 4
A obesidade na adolescência
Reconhecer a obesidade na adolescência do ponto de vista da Nutrição e Dietética.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde (MS) e o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta e envolve o período entre 10
e 19 anos completos. Essa fase é marcada por uma alta taxa de crescimento – a segunda maior durante a vida – e
muitas mudanças psicológicas, físicas e sociais que exigem uma boa alimentação.
Geralmente, entre 10 e 14 anos, ocorre o estirão de crescimento e surgem as características sexuais, e entre 15 e 19
anos há a finalização do crescimento e desenvolvimento morfológico. É a época também em que há uma maior
preocupação com a aparência física e o hábito de omitir ou trocar as refeições por lanches pobres em nutrientes.
Neste conteúdo, aprenderemos a realizar o planejamento alimentar de adolescentes com base na avaliação nutricional
e necessidades energéticas, de macro e micronutrientes importantes para esse período da vida, entendendo como
essas mudanças se refletem no comportamento alimentar e como contornar esses aspectos para garantir um bom
desenvolvimento.
Introdução
06/08/22, 16:40 Nutrição do adolescente
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1 - A nutrição na adolescência
Ao �nal deste módulo, você será capaz de entender como o acompanhamento nutricional nas fases da
adolescência podem promover um estilo de vida saudável.
As mudanças na adolescência
As múltiplas mudanças que ocorrem na adolescência se refletem nos aspectos físico e psicológico. O crescimento
intensifica-se e os hormônios atuam expressivamente provocando mudanças que, se não compreendidas corretamente,
podem gerar consequências nas condições de saúde e nutrição da vida adulta.
Pensar em nutrição na adolescência significa pensar nas mudanças biológicas, sociais e comportamentais do indivíduo, bem
como em seu modo de vida nessa fase.
As características do desenvolvimento podem variar entre os adolescentes. Portanto, a idade cronológica não é tão
importante quanto o estágio de maturação sexual. As doenças mais características da infância e da vida adulta, quando
presentes na adolescência, são assintomáticas, o que retarda a adoção de medidas preventivas e/ou curativas. Por outro
lado, o aumento da prevalência de alterações metabólicas, obesidade e carências nutricionais, tornam os adolescentes um
grupo de risco para o desenvolvimento de doenças na vida adulta.
A adolescência inicia-se com a puberdade e vai até a transformação do adulto.
Puberdade
Processo fisiológico de maturação hormonal e crescimento que prepara o indivíduo para a reprodução.
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Fases da adolescência
Confira agora cada um dos estágios que o adolescente ultrapassa nesta fase da vida.
Fase pré-púbere
Ocorre entre o 3º ano de vida e o início da puberdade. Crescimento mais estável, de aproximadamente 5cm-7cm/ano. Os
fatores genéticos e hormonais têm maior relevância.
Fase puberal
Ocorre mais cedo em meninas, porém o estirão nos meninos é maior. A aceleração do crescimento está relacionada,
principalmente, aos esteroides sexuais e ao hormônio de crescimento (GH).
Fase puberal �nal
Crescimento lento, cerca de 1cm a 1,5cm/ano, sobretudo na região do tronco, com duração média de três anos.
Hábitos alimentares
O consumo alimentar e a ingestão de nutrientes na adolescência são determinados pela escolha de alimentos, mas também
por questões sociais, econômicas e comportamentais. Essa faixa etária é influenciada pelos seguintes fatores:
Fatores internos
Como: imagem corporal, autoestima, preferências alimentares, necessidades e características psicológicas etc.
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Fatores externos
Como: pais, amigos, valores sociais e culturais, mídia, fast food, manias alimentares etc.
Contento et al. (1988) sugerem que adolescentes não formam um grupo homogêneo em relação às motivações para a
ingestão alimentar e que isso deve ser levado em consideração na educação nutricional. Aliado a isso, há uma associação
inconsciente de atividades prazerosas (shopping, amigos) com junk food e atividades “chatas” (alimentação com os pais) aos
alimentos saudáveis (SPEAR, 2002).
O nutricionista deve considerar todos esses aspectos no aconselhamento nutricional e, segundo sugerem Contento et al.
(2006), os maus hábitos alimentares dos adolescentes não devem ser criticados, mas deve-se usar estratégias que incluam
alimentos a fim de melhorar a qualidade da alimentação.
Em outro estudo, realizado por Gama (1999) com adolescentes de escolas paulistas, há indícios de que o consumo de
alimentos não foi suficiente para atender às necessidades diárias de vitamina A e C, cálcio e ferro, e que adolescentes que
consomem diariamente junk food têm risco de menor aporte de proteínas, cálcio, ferro e vitamina A.
Atenção!
A redução dos produtos lácteos e o aumento da ingestão de refrigerantes e bebidas açucaradas contribui para o aumento do
consumo energético total sem acrescentar nutrientes importantes para o crescimento e desenvolvimento, levando ao
aumento da obesidade nessa população. A baixa ingestão de fontes de vitamina A pode comprometer o crescimento e a
maturação sexual, já que esse nutriente participa da secreção do hormônio de crescimento e dos hormônios sexuais. Já a
baixa ingestão de ferro interfere na formação de massa muscular e no surgimento da anemia.
Estudos epidemiológicos também demostram que a exclusão do café da manhã e o consumo frequente de fast food estão
associados ao ganho de peso excessivo entre adolescentes e que esses comportamentos permanecem na vida adulta
(NIEMEIER et al., 2006). Dados da última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2017-2018) mostram que:

Quanto ao consumo de alimentos naturais
A frequência de consumo de frutas, verduras e legumes é menor entre adolescentes, exceto para açaí e batata inglesa.

Quanto ao consumo de alimentos industrualizados

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Já o consumo de alimentos industrializados foi maior em adolescentes do que em adultos e idosos.
Alimentos industrializados
Podemos citar como exemplos que fizeram parte da pesquisa: macarrão instantâneo, biscoito recheado, biscoito doce,
salgadinhos chips, linguiça, salsicha, mortadela, presunto, chocolates, achocolatados, sorvete/picolé, sucos, refrescos/sucos
industrializados, refrigerantes, bebidas lácteas, pizzas, salgados fritos e assados e sanduíches.
Outroaspecto que merece atenção é a dinâmica familiar. Ambientes desarmônicos com pais muito rígidos e autoritários
fazem com que o adolescente use a alimentação para expressar sua revolta e desenvolva práticas alimentares erradas. Por
outro lado, pais muito permissivos geram insatisfação com a falta de limites, gerando repercussões na alimentação.
Portanto, é necessário que o nutricionista inclua na anamnese alimentar, além do consumo diário,
dados do comportamento alimentar.
De um modo geral, a população converge para um padrão dietético caracterizado por alto conteúdo de gordura saturada,
colesterol, carboidratos simples, alimentos refinados e baixos teores de fibra e carboidratos complexos, levando a um
aumento da prevalência de obesidade e suas complicações metabólicas associadas. Além disso, a exposição por longos
períodos a açúcar, gordura e sal alteram o funcionamento do sistema nervoso central e do trato gastrointestinal, modificando
o código genético e determinando ganho de peso ao longo de todo o ciclo de vida (SAWAYA; FILGUEIRAS, 2013).
Avaliação dietética
O consumo alimentar pode ser avaliado por diferentes métodos. Os indicadores são métodos indiretos de avaliação do
estado nutricional, e fornecem dados qualitativos e quantitativos do consumo alimentar. Nenhum deles é ideal, todos são
passiveis de erros.
Os métodos para a avaliação do consumo individual podem ser classificados em dois grupos: prospectivos (presente) e
retrospectivos (passado imediato, de longo prazo ou habitual).
A seguir, conheça detalhadamente estes métodos!
É um relato da quantidade de todos os alimentos e bebidas consumidos ao longo de um período de 24 horas
precedentes, caracterizando o consumo atual. Suas aplicações em série permitem a estimativa do consumo habitual.
O indivíduo anota, no momento do consumo, em formulários, todos os alimentos e bebidas ingeridos ao longo do dia,
Recordatório de 24 horas 
Registro Alimentar 
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durante um a sete dias, não sendo mais do que três ou quatro consecutivos. Geralmente, inclui-se um dia de final de
semana. O registro das porções pode ser feito em medidas caseiras ou por pesagem direta dos alimentos. São
necessários dados precisos quanto à forma de preparo, ingredientes etc.
É composto por uma lista de alimentos e uma série de respostas sobre a frequência do consumo habitual. Pode ser
usado para a coleta de informações qualitativas, semiquantitativas e quantitativas.
Trata-se de informações retrospectivas sobre o consumo e hábitos alimentares durante seu ciclo de vida, podendo se
referir a um período de um dia, uma semana ou mais. São obtidos dados sobre o consumo atual e passado.
A tabela a seguir indica vantagens e desvantagens de cada método. Vamos conferir!
Vantagens Desvantagens
Recordatório de 24 horas
Necessário um único contato Não reflete a ingestão habitual
Dispensa alfabetização do entrevistado
Dificuldade em estimar precisamente otamanho das
porções
Não altera a ingestão de alimentos Influenciado pela memória do entrevistado
Baixo custo
Requer treinamento do investigador paraevitar indução
Curto período de administração
Registro alimentar
Não depende da memória do entrevistado Requer alfabetização e motivação
Boa exatidão na estimativa das porçõesingeridas
(registro por peso)
Requer tempo e cooperação
Requer conhecimento prévio de medidascaseiras
Questionário de frequência de consumo alimentar (QFCA) 
História alimentar 
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Vantagens DesvantagensMenor precisão com o aumento dos dias
Menor adesão de indivíduos do gêneromasculino
Pode alterar o padrão alimentar
Custo elevado (registro por peso)
Questionário de frequência de consumo alimentar (QFCA)
Rápido e de baixo custo Desenho do instrumento requer reforço etempo
Simples administração Necessita de validação prévia
Não altera o padrão de consumo alimentar Limitações em analfabetos e idosos
Estima ingestão habitual, incluisazonalidade Perda de detalhes
Categoriza em níveis de consumo Quantificação pouco exata
Observa modificações na dieta Requer memória de hábitos do passado
Minimiza a variabilidade intraindividual
Não informa sobre horários e circunstânciasdo consumo
de alimentos
História alimentar
Descrição qualitativa e quantitativa Alto custo
Considera sazonalidade Maior treinamento dos entrevistados
Boa descrição da ingestão usual
Requer tempo (uma a duas horas)
Dificuldade em codificar informações
Tabela: Vantagens e Desvantagens dos métodos de avaliação do consumo alimentar. 
Adaptada de Priore et al., 2010, p. 55.
A ingestão alimentar de adolescentes é influenciada pelo grau de maturação sexual, variabilidade da ingestão de alimentos e
tendência à omissão, principalmente em meninas.
Acompanhe agora algumas das particularidades do consumo alimentar na adolescência e fatores que influenciam sua
avaliação.
Formação e consolidação dos hábitos alimentares, com maior suscetibilidade à variabilidade na ingestão diária de
alimentos.
Aumento das demandas nutricionais em função do processo de crescimento e desenvolvimento.
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Influência de fatores como valores socioculturais, imagem corporal, convivências sociais, situação financeira e mídia.
Consumo de alimentos industrializados e de fácil preparo.
Hábito de consumir alimentos fora de casa.
Menor cooperação e motivação em relatar o consumo de alimentos.
Dificuldade em estimar corretamente os alimentos e o tamanho das porções consumidas.
A avaliação do consumo alimentar é passível de erros, mas é de extrema importância na adolescência. Permite a
identificação e intervenção precoces para evitar, principalmente, a ocorrência de obesidade e complicações metabólicas,
predispondo o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta.
A adolescência é o período de maior necessidade de cálcio, zinco, ferro, magnésio e vitaminas do complexo B devido ao
estirão, pico de formação de massa óssea e aumento do metabolismo energético. O plano alimentar deve conter todos os
grupos de alimentos, o hábito alimentar e a individualidade do adolescente.
Dica
O planejamento alimentar deve ser pensado com base nas recomendações de macro e micronutrientes e nas orientações do
Guia Alimentar para a População Brasileira (Ministério da Saúde, 2014).
Nutrição na adolescência
Confira mais detalhadamente os aspectos relacionados com a nutrição na adolescência.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(CEFET-RJ, 2013) O que é avaliação dietética?
A
Análise da condição econômica e física, verificando renda para a aquisição de seu próprio alimento e
capacidade física e mental para elaboração e socialização das refeições.
B
Análise da condição de saúde atual, incluindo tratamento médico e/ou cirúrgico e predisposição patológica
de acordo com antecedentes familiares como diabetes, hipertensão, câncer, doenças cardiovasculares etc.
C
Avaliação do estado nutricional que tem como principal objetivo a identificação de alterações metabólicas
orgânicas, dependentes da alimentação ou que possam ser atenuadas por um aporte nutricional adequado.
D
Investigação da ingestão de alimentos mediante aplicação de inquéritos alimentares, sendo os mais
utilizados o recordatório de 24 horas, inquérito de consumo habitual, registro alimentar, questionário de
frequência alimentar e história alimentar. Os inquéritos alimentares têm o objetivo de investigar o hábito
alimentar de um indivíduo, não podendo ser aplicados isoladamente para a determinação do diagnóstico
nutricional.
E
Determinação do estado nutricionalcom o auxílio de história social, clínica, dietética, dados
antropométricos, bioquímicos e interações entre drogas e nutrientes e entre nutrientes e nutrientes, levando
em conta princípios de biodisponibilidade
Parabéns! A alternativa D está correta.
A resposta correta é a letra “d” porque a avaliação dietética é a avaliação dos hábitos alimentares
mediante aplicação do inquérito alimentar.
Questão 2
Correlacione as colunas abaixo e marque a alternativa correta:
1. Recordatório 24h
2. QFCA
3. Hábito alimentar
4. Registro Alimentar
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( ) Não reflete a ingestão habitual
( ) Boa exatidão na estimativa das porções ingeridas
( ) Necessita de validação prévia
( ) Boa descrição da ingestão usual
A 1, 3, 2, 4
B 3, 2, 4, 1
C 1, 4, 2, 3
D 2, 4, 1, 3
E 4, 1, 3, 2
Parabéns! A alternativa C está correta.
A resposta correta é a letra “c” porque cada tipo de inquérito alimentar possui uma característica
que o diferencia dos outros e deve ser considerada na hora da escolha do método mais
adequado.

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2 - Os métodos de avaliação do estado nutricional
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os diferentes métodos de avaliação do estado
nutricional e cálculo energético para adolescentes.
Avaliação do estado nutricional
A avaliação nutricional de adolescentes deve ser mais criteriosa devido às diferenças de crescimento, idade, gênero, peso,
etnia e maturação sexual dos indivíduos dessa população. É importante o acompanhamento contínuo, periódico e
longitudinal das medidas antropométricas e sua correlação com o estágio de maturação sexual mediante os critérios de
Tanner.
Indicadores antropométricos
A antropometria é importante porque monitora a evolução das modificações do crescimento. O IMC (índice de massa
corporal), ao final da adolescência, tem correlação com o IMC na vida adulta e com todas as medidas antropométricas que
estimam percentual de gordura corporal.
Os indicadores usados na avaliação do estado nutricional de adolescentes são os mesmos utilizados para crianças. Na
adolescência, o IMC reflete melhor as mudanças corporais do que peso/altura e peso/idade e tem melhor correlação com o
peso e gordura corporal e baixa correlação com a altura.
São utilizados os índices IMC por idade (IMC/I) e altura por idade (A/I) para a avaliação nutricional, de acordo com a idade e
sexo, em percentis ou escore Z. Os pontos de corte e a classificação se encontram na tabela a seguir:
Valores Críticos Índices Antropométricos
IMC para a
Estatura
para a
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idade
para a
idadeValores Críticos Índices Antropométricos
IMC para a
idade
Estatura
para a
idade
< Percentil 0,1 < Escore z -3
Magreza
acentuada
Muito
baixa
estatura
para a
idade
≥ Percentil 0,1 e < Percentil 3 ≥ Escore z -3 e < Escore z -2 Magreza
Baixa
estatura
para a
idade
≥ Percentil 3 e < Percentil 15 ≥ Escore z -2 e < Escore z -1
Eutrofia
Estatura
adequada
para a
idade
≥ Percentil 15 e ≤ Percentil 85 ≥ Escore z -1 e ≤ Escore z +1
> Percentil 85 e ≤ Percentil 97 > Escore z +1 e ≤ Escore z + 2 Sobrepeso
> Percentil 97 e ≤ Percentil 99,9 > Escore z +2 e ≤ Escore z + 3 Obesidade
> Percentil 99,9 > Escore z +3
Obesidade
grave
Tabela: Pontos de corte e classificação para a avaliação nutricional. 
World Health Organization, 2006, p. 81.
Dobras cutâneas
As mais utilizadas para medir a adiposidade são a tricipital e a subescapular. Além de utilizar a classificação em percentis
das dobras isoladas e suas somas (classificação de Frisancho, 1990), é possível, a partir da soma dos dois valores, calcular o
percentual de gordura corporal (fórmula de Slaugther, 1988).
INDICADOR
PERCENTIL
< 5 5 - 95 >95
DCT (dobra cutânea
tricipital)
Baixo Médio Excesso
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INDICADOR
PERCENTIL
< 5 5 - 95 >95DCSE (dobra cutânea
subescapular)
Baixo Médio Excesso
SDCTS (soma da DCT
e DCSE)
Baixo Médio Excesso
Tabela: Critérios de classificação da composição corporal. 
Frisancho, 1990, p. 10.
Conheça agora as equações antropométricas para determinação da porcentagem de gordura corporal utilizando a soma das
duas dobras cutâneas, em ambos os sexos, de 8 a 18 anos.
Pré–púberes: 1,21 (tricipital + subescapular) – 0,008 (tricipital + subescapular)2 – 1,7
Púberes: 1,21 (tricipital + subescapular) – 0,008 (tricipital + subescapular)2 – 3,4
Pós–púberes: 1,21 (tricipital + subescapular) – 0,008 (tricipital + subescapular)2 – 5,5
Pré–púberes: 1,21 (tricipital + subescapular) – 0,008 (tricipital + subescapular)2 – 3,2
Púberes: 1,21 (tricipital + subescapular) – 0,008 (tricipital + subescapular)2 – 5,2
Pós–púberes: 1,21 (tricipital + subescapular) – 0,008 (tricipital + subescapular)2 – 6,8
1,33 (tricipital + subescapular) – 0,013 (tricipital + subescapular)2 – 2,5
Homens: 0,783 (tricipital + subescapular) + 1,6
Mulheres: 0,546 (tricipital + subescapular) + 9,7
Homens brancos 
Homens negros 
Todas as mulheres 
Se a soma das duas dobras cutâneas for maior que 35mm 
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Para isso, saiba que:
Tricipital e subescapular: mm
Pré – púberes: estágios 1 e 2 de Tanner
Púberes: estágio 3 de Tanner
Pós – púberes: estágios 4 e 5 de Tanner
Indicadores de acúmulo de gordura abdominal
A circunferência abdominal deve ser usada como medida adicional ao IMC e às dobras cutâneas. A classificação é feita
mediante os pontos de corte utilizados por Freedman et al. (1999).
Idade(anos)
Brancos Negros
Meninos Meninas Meninos Meninas
Percentil Percentil Percentil Percentil
n 50 90 n 50 90 n 50 90 n 50 90
5 28 52 59 34 51 57 36 52 56 34 52
6 44 54 61 60 53 60 42 54 60 52 53
7 54 55 61 55 54 64 53 56 61 52 56
8 95 59 75 75 58 73 54 58 67 54 58
9 53 62 77 84 60 73 53 60 74 56 61
10 72 64 88 67 63 75 53 64 79 49 62
11 97 68 90 95 66 83 58 64 79 67 67
12 102 70 89 89 67 83 60 68 87 73 67
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Idade(anos)
Brancos Negros
Meninos Meninas Meninos Meninas
Percentil Percentil Percentil Percentil13 82 77 95 78 69 94 49 68 87 64 67
14 88 73 99 54 69 96 62 72 85 51 68
15 58 73 99 58 69 88 44 72 81 54 72
16 41 77 97 58 68 93 41 75 91 34 75
17 22 79 90 42 66 86 31 78 101 35 71
Tabela: Distribuição em percentis da circunferência abdominal segundo sexo e idade. 
Freedman et al., 1999, p. 308-317.
Maturação sexual
A identificação do estágio de maturação sexual é um importante parâmetro para a avaliação do crescimento e do
desenvolvimento físico individual do adolescente. As fases do desenvolvimento sexual estão relacionadas com crescimento
estatural, incremento de peso, desenvolvimento muscular e modificações biológicas. É utilizado o critério proposto por
Tanner para autoavaliação e avaliação clínica. O critério é composto por fotos que demostram cinco estágios do
desenvolvimento dos pelos pubianos, dos genitais (meninos) e das mamas (meninas), conforme podemos observar na
imagem a seguir.
Na parte superior da imagem, é possível identificar os estágios de desenvolvimento das mamas e logo abaixo os estágios de
desenvolvimento dos pelos pubianos em meninas. Já na parte inferior da imagem é possível identificar os estágios de
desenvolvimento dos genitais em meninos.
Critérios de Tanner.
O adolescente poderá estar em diferentes estágios de desenvolvimento de pelos pubianos em relação às mamas e aos
genitais. As meninas iniciam o estirão de crescimento em média aos 9 anos, com pico aos 12 anos, enquanto nos meninos
ocorredois anos mais tarde, com pico aos 14 anos de idade. A duração e a magnitude do crescimento nos meninos são
maiores.
O incremento de altura que ocorre no pico de velocidade de crescimento é cerca de 8cm a 9cm para as meninas e 10cm para
os meninos, o que justifica a diferença de estatura entre os gêneros na fase adulta. Após esse pico de crescimento, inicia-se a
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fase de desaceleração do crescimento até atingir a estatura final aos 18 anos nos meninos e aos 15 ou 16 anos nas meninas.
Saiba mais
O pico de velocidade máxima de ganho de peso feminino geralmente ocorre próximo à menarca, no período de desaceleração
do crescimento, entre os estágios M3 e M4. Após a menarca, o acúmulo de gordura está relacionado à ação hormonal que
aumenta os depósitos de gordura corporal. Nos homens, o pico de ganho de peso se dá junto ao pico de crescimento, no
estágio G4. A OMS recomenda como início e fim do estirão puberal (ocorrem aproximadamente um ano antes e um ano
depois ao pico de crescimento) para meninas o estágio 2 do desenvolvimento mamário e a menarca e, para os meninos, o
estágio 3 do desenvolvimento da genitália e a mudança do timbre de voz.
Cálculo energético
O gasto energético é altamente influenciado pela massa livre de gordura. Portanto, meninos têm maiores necessidades de
energia e nutrientes do que as meninas. O estado nutricional é um indicador da necessidade nutricional. É necessário um
conhecimento exato da fase pubertária em que se encontra o adolescente para realizar o cálculo energético de forma a
atender as necessidades para crescimento e desenvolvimento.
A estimativa do gasto energético total (GET) leva em consideração gênero, idade, peso e fator de atividade física (FAF).
Observe a seguir as equações da necessidade energética estimada (EER) para adolescentes de 9 a 18 anos eutróficos (IOM,
2006).
EER = GET + energia de deposição
Rotacione a tela. 
Meninos:
EER = 88,5 + 61,9 x idade (anos) + atividade física x [(26,7 x peso (Kg)) +(903 x altura (m))] + 25 (Kcal de deposição de
energia)
Rotacione a tela. 
Atividade física:
1,0 se sedentário
1,13 se pouco ativo
1,26 se ativo
1,42 se muito ativo
Meninas:
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EER = 135,3 – 30,8 x idade (anos) + atividade física x [(10 x peso (Kg)) +(934 x altura (m))] + 25 (Kcal de deposição de
energia)
Rotacione a tela. 
Atividade física:
1,0 se sedentário
1,16 se pouco ativo
1,31 se ativo
1,56 se muito ativo
Planejamento dietético na adolescência
Você já sabe o que é planejamento dietético na adolescência? É exatamente sobre isso que falaremos aqui.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1
(Prefeitura de Jaíba-MG, 2017) Os índices antropométricos mais amplamente usados, recomendados pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) e adotados pelo Ministério da Saúde na avaliação do estado nutricional de adolescentes de 10 a 19
anos, são:
A Peso para estatura; IMC para idade.
B Circunferência abdominal; estatura para idade.
C Prega subcutânea subescapular para idade; IMC para idade.
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D IMC para idade; estatura para idade.
E Peso para a idade, IMC para a idade.
Parabéns! A alternativa D está correta.
A alternativa correta é a “d”, pois os dois órgãos recomendam a avaliação desses parâmetros
porque refletem melhor as alterações corporais.
Questão 2
Sobre a adolescência, marque V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmativas abaixo:
( ) Para a avaliação da maturação sexual, são utilizados os estágios propostos por Tanner, sendo realizada por um médico ou
por meio da autoavaliação do adolescente.
( ) Na avaliação antropométrica, um dos índices mais utilizados é o peso para a idade.
( ) A menarca é um importante marcador de desaceleração do crescimento nas meninas.
( ) A avaliação da fase puberal influencia no cálculo das necessidades energéticas.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
A V, V, F, V
B F, F, V, F
C F, V, F, F
D V, V, V, V
E V, F, V, V
Parabéns! A alternativa E está correta.
A t t é l t “ ” ál l éti é i fl i d l li ã d
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3 - As recomendações de ingestão dietética
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as recomendações nutricionais de macronutrientes e
micronutrientes importantes na adolescência.
Parâmetros de recomendações de ingestão dietética
As recomendações de ingestão dietética – DRI (Dietary Reference Intakes) foram estabelecidas pelo Instituto de Medicina
(IOM) dos EUA, em 1941, e desde então vêm sofrendo atualizações. Atualmente, as DRI são divididas em quatro parâmetros
que apresentam recomendações e aplicações distintas:
EAR
Estimated average requirement é o valor de ingestão de um nutriente para atender as necessidades de 50% da população em
um grupo específico. Avalia a adequação da dieta de indivíduos e grupos populacionais e é utilizada para o cálculo das RDA.
RDA
A resposta correta é a letra “e” porque o cálculo energético é influenciado pela avaliação do
estágio de maturação sexual e a velocidade de crescimento. Já o índice de avaliação
antropométrica mais utilizado é o IMC/I.

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Recommended dietary allowance trata-se do nível de ingestão suficiente para cobrir a necessidade de 97% a 98% dos
indivíduos. É a EAR + 2 desvios padrão. Se não foi determinada a EAR, também não haverá a RDA. Deve ser usada como meta
de prescrição individual.
IA
Adequate intake é a ingestão adequada. Baseada nas estimativas de média de ingestão por indivíduos saudáveis. Utilizada
quando não está disponível a RDA. Tende a estar superestimada.
UL
Upper level é a ingestão máxima tolerada. Nível máximo que pode ser ingerido de um nutriente, contínua e prolongadamente,
sem que haja risco de efeitos adversos. Portanto, não é uma recomendação, e sim um parâmetro para limitar a ingestão de
um nutriente.
Veja a seguir a distribuição dos parâmetros da DRI com a ajuda do gráfico.
Distribuição dos parâmetros da DRI
Para planejar o consumo alimentar de um indivíduo, a RDA, em teoria, é o melhor parâmetro. As questões individuais devem
ser avaliadas com cuidado para uma prescrição apropriada. A EAR não deve ser utilizada como meta de planejamento. Já
para o planejamento de dietas de grupos, a RDA não é considerada. Deve-se utilizar a EAR como diretriz para baixa
prevalência, a IA como meta de consumo diário, e a UL para o risco de consumo excessivo.
Macronutrientes
Conheça os principais nutrientes que fazem parte desta classificação:
Carboidratos (CHO)
Seu papel principal é fornecer energia às células do corpo, principalmente o cérebro. O valor da RDA de CHO para todas as
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p p p p g p , p p p
faixas etárias é de 130g/dia, baseado na quantidade mínima de glicose utilizada pelo cérebro. É importante orientar quanto
ao tipo de carboidrato ingerido; o consumo de carboidratos complexos deve ser incentivado em detrimento do consumo de
CHO simples.
Fibras
A fibra da dieta é a parte comestível das plantas ou dos carboidratos análogos que são resistentes à digestão e à absorção
no intestino delgado de humanos, com fermentação completa ou parcial no intestino grosso. A fibra da dieta inclui
polissacarídeos, oligossacarídeos, lignina e substâncias associadas à planta. A fibra da dieta promove efeitos fisiológicos
benéficos, incluindo laxação e/ou atenuação do colesterol do sangue e/ou atenuação da glicose do sangue.Curiosidade
A fibra alimentar é um alimento funcional. Ao sofrer fermentação no cólon, estimula seletivamente o crescimento ou a
atividade de bifidobactérias e lactobacilos, produzindo ácidos graxos de cadeia curta (acético, butírico e propiônico), que são
a principal fonte de energia para os enterócitos, promovendo sua integridade.
Sua ingestão protege o indivíduo contra o desenvolvimento de diarreia, doença bucal, diabetes, obesidade, dislipidemia,
doenças cardiovasculares, constipação intestinal, eczema e neoplasias.
Proteínas (PTN)
São o maior componente estrutural das células, participam da função de enzimas, são componentes de membranas, atuam
como transportadoras e como hormônios. É essencial uma adequada ingestão de proteínas para a manutenção da
integridade e funções celulares, para a saúde e reprodução.
A necessidade proteica durante a adolescência está ligada ao padrão de crescimento e não necessariamente à idade. Caso a
ingestão energética seja insuficiente, as proteínas serão usadas para suprir a necessidade energética e não estarão
disponíveis para a síntese ou reparo tecidual. Esse fator pode levar ao prejuízo na velocidade de crescimento e no ganho de
massa magra.
A ingestão excessiva de proteínas pode interferir no metabolismo de cálcio, aumentado sua
excreção e, consequentemente, a necessidade de fluidos. Então, dietas muito restritas interferem
no crescimento e dietas com um aporte muito alto, por exemplo em atletas, aumentam o risco de
desidratação.
Veja o nível de RDA suficiente, por idade:
10 a 13 anos: 0,95 g/kg/dia.
4 a 18 anos: 0,85 g/kg/dia.
19 a 20 anos: 0,8 g/kg/dia.
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Lipídios (LIP)
Não foram estabelecidos valores de IA e de RDA para gordura total. Utiliza-se uma faixa de distribuição aceitável de
macronutrientes (AMDR – Acceptable Macronutrient Distribution Range) de 25% a 35% de LIP totais na dieta de crianças e
adolescentes de 4 a 18 anos.
Confira na tabela a seguir a distribuição de macronutrientes (AMDR):
Nutriente
Porcentagem
(%)
Carboidratos 45 a 65
Proteínas 10 a 30
Lipídios 25 a 35
Ácido linoleico 5 a 10
Alfalinolênico 0,6 a 1,2
EPA ou DHA
Até 10% da
AMR
      Institute Of Medicine, 2005, p. 6-13.
Veja ainda os valores de Ingestão dietética de referência segundo a idade e o gênero (DRI – Dietary Reference Intakes):
Adolescente(M)9 –
13 anos
Adolescente(M)14 -
18 anos
Adolescente(F)9 –
13 anos
Adolescente(F)14 
18 anos
Carboidratos (g/d) 130 130 130 130
Fibras (g/1000
kcal) [g/d]a
14 [31] 14 [38] 14 [26] 14 [26]
Proteínas (g/Kg/d) 0,95 0,85 0,95 0,85
Lipídios (g/d) NE NE NE NE
a Valores em [ ] são exemplos do total de g/dia do total de fibras calculadas de g/1000kcal multiplicado pela ingestão média de energia (g/1000kcal/dia); NE = não
estabelecido. 
Institute of Medicine, 2006, p. 6-13.
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Micronutrientes
Desempenham importante papel no crescimento e saúde dos adolescentes. As principais fontes são frutas e vegetais, e seu
baixo consumo está associado a alguns tipos de câncer e outras doenças.
Minerais
Cálcio
Cerca de 99% desse mineral está em ossos e dentes, mas também é encontrado no sangue, no fluido extracelular, nos
músculos e mediando a contração e vasodilatação vascular, contração muscular, transmissão nervosa e secreção glandular.
O pico do aumento da taxa de retenção de cálcio ocorre, em média, aos 13 anos para meninas e aos 14,5 anos nos meninos.
Após a menarca, a retenção de cálcio nas meninas cai rapidamente com a formação e reabsorção óssea. Altas ingestões de
cálcio nesse período da vida são associadas à grande quantidade de massa óssea na vida adulta.
A absorção de cálcio sofre influência negativa em alimentos ricos em ácido oxálico, ácido fítico e fibras. A resposta positiva à
ingestão de cálcio parece melhor quando a fonte são leites e derivados ou sais de fosfato de cálcio extraídos do leite e não
carbonato ou citrato de cálcio. Portanto, devido à sua biodisponibilidade, é recomendado que 60% do cálcio ingerido venha
dos produtos lácteos.
Exemplo de fontes
Leites e derivados, sardinha, ostras, salmão, feijão de soja.
Na tabela seguinte, você verá a quantidade necessária de alimento para atingir a DRI de cálcio para o adolescente.
Alimentos Total de cálcio (mg)
2 copos grandes de leite desnatado
(250ml cada um)
670
1 copo grande de iogurte natural
(250ml)
358
Laranja 60
½ unidade pequena de mamão 30
1 fatia pequena de abacaxi 11
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Alimentos Total de cálcio (mg)1 filé de peixe 56
1 unidade média de filé mignon
grelhado
4
2 colheres de sopa de brócolis
cozido
18
3 folhas de alface 12
2 colheres de sopa cheias de
espinafrecozido
50
1 concha de feijão 18
2 unidades de pão francês 16
Total 1.303
Tabela: Quantidade necessária de alimento para atingir a DRI de cálcio para o adolescente. 
Weffort, 2012, p. 59.
Fósforo
Está ligado ao cálcio e desempenha papel importante na produção de energia, formação de ossos e dentes, crescimento,
construção e reparação de tecidos. A adolescência é um período de rápido crescimento e, por isso, aumento das
necessidades e absorção de fósforo.
Amplamente distribuído nos alimentos, o fósforo tem sua absorção prejudicada na presença de fitatos (feijão, ervilha, cereais
e castanhas).
Magnésio
Participa da proliferação celular, do metabolismo energético, do transporte de íons potássio e cálcio e também modula sinais
de transdução. Quanto maior a sua ingestão, menor a sua absorção. Alimentos ricos em fosfatos, fitatos e fibras diminuem
sua biodisponibilidade. Por outro lado, a presença de cálcio estimula a sua absorção quando há uma relação molecular de 2:2
(cálcio:magnésio). Fontes: acelga, feijão preto, abacate, peixes, frango, leite integral, ovos, entre outros.
Ferro
Componente da hemoglobina, mioglobina e enzimas. Indispensável na prevenção da anemia. O ferro de fontes vegetais (não
heme) tem baixa biodisponibilidade e necessita da presença de vitamina C para ser absorvido. Já o ferro de fontes animais
(heme) tem maior biodisponibilidade, sua forma química permite que seja absorvido sem interferência de outros fatores
dietéticos.
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Os processos fisiológicos que têm maior demanda desse mineral na adolescência são o intenso
crescimento, a menarca nas meninas e o aumento da concentração da hemoglobina nos
meninos.
Fontes: fígado de boi, carnes, vegetais verde escuro (bertalha, espinafre, brócolis, couve etc.), leguminosas e melado de cana.
Cobre
Indispensável para eritropoiese e reações como: fosforilação oxidativa, maturação de proteínas, oxidação do íon ferro em
ferroso, entre outras. Importante no sistema adrenérgico, nas terminações nervosas e na medula adrenal, principalmente
durante a adolescência. Sua biodisponibilidade é prejudicada na presença de zinco, ácido ascórbico, frutose e excesso de
proteínas.
Fonte: fígado de boi, caju, avelã, abacate, sardinha, bife de boi, arroz branco.
Zinco
Participa da síntese e degradação do DNA, RNA e ribossomos, atua no metabolismo de macronutrientes, diferenciação e
replicação celular, transporte, função imunológica e informação genética. A sua deficiência pode ocorrer mesmo com uma
ingestão adequada se a biodisponibilidade na dieta for muito baixa. Os componentes que dificultam a absorção de zinco são:
fibras, fitatos, cálcio, ferro, cobre e cádmio. Vitamina A e proteína aumentam a biodisponibilidade do zinco.
Fontes: ostras, mariscos, peixes, aves, leite e derivados, carne de boi, fígado, presunto de peru, amendoim, nozes, cereais
integrais, leguminosas, pão branco, arroz, ovo, macarrão.
Selênio
Principalcomposto da enzima glutationa-peroxidase, antioxidante que protege as células e as membranas. Atua também na
mediação da ação da insulina. Sua concentração no alimento depende da concentração no solo e água.
Fonte: nozes brasileiras, castanha-do-pará, linguado, salmão, mariscos, germe de trigo, melaço, granola, peito de frango, ovos,
leite, queijo cheddar.
Manganês
Essencial na formação de ossos, dentes e metabolismo de aminoácidos, colesterol e carboidratos.
Fontes: nozes, grãos integrais, amêndoas, aveia, pêssego.
Iodo
Participa da regulação do metabolismo (taxa metabólica basal), crescimento e desenvolvimento, transcrição do hormônio do
crescimento, proliferação de neurônios e conversão de caroteno em vitamina A.
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Fontes: algas, peixes marinhos, crustáceos, moluscos, ovas de peixe, lentilha, sal iodado.
Vitaminas
As principais vitaminas foram elencadas a seguir. Vamos conferir!
Vitamina C
Essencial para a síntese de colágeno e absorção do ferro não heme. Adolescentes fumantes e que fizerem uso de
contraceptivos orais podem apresentar deficiência.
Fontes: acerola, morango, goiaba, caju, tomate, laranja e limão e outras frutas cítricas.
Ácido fólico
Importante na replicação celular e nos períodos de crescimento.
Fontes: vegetais verdes escuros, legumes, frutas e fígado.
Vitamina A
Sua necessidade aumenta nos períodos de crescimento acelerado, pois participa da diferenciação e proliferação celular,
tornando-se fundamental para o crescimento linear e a maturação sexual. Sua ingestão costuma ser insuficiente em
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adolescentes.
Fontes: fígado, rins, leite integral, creme de leite, queijos, manteigas, gema de ovo, vegetais folhosos, legumes e frutas
amarelo-alaranjados.
Vitamina D
Atua no metabolismo do cálcio, fósforo e mineralização óssea.
Fontes: óleo de fígado de peixes, gema de ovo, manteiga e nata.
Para descobrir os valores de ingestão dietética de referência segundo a idade e o gênero (DRI – Dietary Reference Intakes),
observe a tabela a seguir.
Adolescente(M)9-
13 anos
Adolescente(M)14-
18 anos
Adolescente(F)9-13
anos
Adolescente(F)14-
18 anos
Cálcio (mg/d) 1300 1300 1300 1300
Fósforo (mg/d) 1250 1250 1250 1250
Magnésio (mg/d) 240 410 240 360
Ferro (mg/d) 8 11 8 15
Cobre (µg/d) 700 890 700 890
Zinco (mg/d) 8 11 8 9
Selênio (µg/d) 40 55 40 55
Manganês (mg/d) 1.9* 2.2* 1.6* 1.6*
Iodo (µg/d) 120 150 120 150
Vitamina C (mg/d) 45 75 45 65
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Adolescente(M)9-
13 anos
Adolescente(M)14-
18 anos
Adolescente(F)9-13
anos
Adolescente(F)14-
18 anosFolato (µg/d)d 300 400 300 400
Vitamina A (µg/d)a 600 900 600 700
Vitamina D
(µg/d)b,c
15 15 15 15
a 1 equivalente de retinol = 1 µg retinol ou, 12 µg betacaroteno ou, 24 µg alfacaroteno em alimentos; b,c colecalciferol 1 µg = 40 UI de vitamina D; d como equivalentes de
folato (EF), 1 EF = 1 µg folato no alimento = 0,6 µg de ácido fólico em alimento fortificado; negrito = Recommended Dietary Intake (RDA); * = Adequate Intake (AI). 
Institute of Medicine, 2006, p. 489; 2011, p. 10-12.
A importância do consumo de micronutrientes na adolescência
Gostaria de aprofundar seus conhecimentos sobre a importância do consumo de micronutrientes na adolescência? Assista
ao vídeo!
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1
Relacione os micronutrientes às respectivas recomendações durante a adolescência.
1. Ferro
2. Cálcio
3. Folato
4. Vitamina D
( ) A AI entre adolescentes de ambos os sexos, entre 9 e 18 anos, é de 1.300 mg/dia.
( ) A AI entre adolescentes de ambos os sexos, entre 9 e 18 anos, é de 15 µg/dia.
( ) Entre adolescentes do sexo feminino a RDA é de 8mg/dia (entre 9 e 13 anos) e de 15 mg/dia (de 14 aos 18 anos) Para os
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( ) Entre adolescentes do sexo feminino, a RDA é de 8mg/dia (entre 9 e 13 anos) e de 15 mg/dia (de 14 aos 18 anos). Para os
do sexo masculino, a RDA é de 8 mg/dia (de 9 aos 13 anos) e de 11 mg/dia (entre 14 e 18 anos).
( ) Para adolescentes de ambos os sexos, entre 9 e 13 anos, a RDA é de 300 µg/dia e, para a faixa etária entre 14 e 18 anos, de
400 µg/dia.
Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.
A 1 – 3 – 2 – 4
B 2 – 3 – 1 – 4
C 2 – 4 – 1 – 3
D 2 – 4 – 3 – 1
E 1 – 4 – 2 – 3
Parabéns! A alternativa C está correta.
A resposta “c” está correta porque mostra os valores corretos estabelecidos pelo Institute of
Medicine (IOM) como referência para ingestão dietética diária segundo a idade e o gênero desses
nutrientes.
Questão 2
(CETRO - 2014 - FUNDAÇÃO CASA) A adolescência é um tempo de intenso e rápido crescimento e desenvolvimento físico,
psíquico e social, demandando um aumento das necessidades nutricionais, assim como a habilidade do indivíduo em
satisfazer essas necessidades. Diante do exposto, assinale a alternativa correta.
A
O cálcio é um dos principais micronutrientes responsáveis pela construção óssea, sendo na adolescência o
período da vida em que há maior necessidade desse mineral. A Dietary Reference Intakes (DRI) para o
Cálcio é 1100mg para todos os adolescentes.
B
Durante a adolescência, a anemia secundária à deficiência de ferro pode prejudicar a resposta imunológica
e diminuir a resistência à infecção. A recomendação diária de ferro para adolescentes de ambos os sexos
entre 9 e 13 anos de idade é de 8mg.
Sabe se que o zinco é essencial para o crescimento e maturação sexual Apesar dos níveis plasmáticos de
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4 - A obesidade na adolescência
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a obesidade na adolescência do ponto de vista da
Nutrição e Dietética.
Obesidade
C
Sabe-se que o zinco é essencial para o crescimento e maturação sexual. Apesar dos níveis plasmáticos de
zinco aumentarem durante o desenvolvimento puberal, a retenção de zinco diminui durante o estirão de
crescimento.
D
A vitamina C possui papel secundário na síntese de colágeno e no auxílio da absorção do ferro, dessa
forma, sua necessidade não está relacionada com o crescimento puberal.
E
As necessidades vitamínicas estão todas aumentadas durante o anabolismo e produção energética na
adolescência e não possuem interferência de outros fatores.
Parabéns! A alternativa B está correta.
A alternativa “b” é correta porque mostra os valores da DRI de ferro correspondente ao sexo e
faixa etária de 9 a 13 anos.

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Obesidade
A obesidade é uma doença crônica que afeta todas as idades em todo o mundo.
Era mais encontrada em adultos e agora atinge também crianças e adolescentes, constituindo um dos mais significativos
problemas nutricionais da atualidade.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a obesidade é uma doença complexa, de etiologia multifatorial, resultado do
balanço energético positivo e graus variados de armazenamento de gordura corpórea, ou de condição inflamatória com
hiperplasia e hipertrofia dos adipócitos. Seu desenvolvimento ocorre pela associação complexa de fatores genéticos,
fisiológicos, metabólicos, ambientais e comportamentais, dentre os quais podemos destacar: apelo publicitário para o
consumo de alimentos do tipo fast food, sedentarismo e fatores relacionados à família.
A herança genética na determinação da obesidade é de natureza poligênica, ou seja, é consequência da interação de vários
genes. É considerada fator de risco para doenças metabólicas e cardiovasculares, diabetesmelito tipo 2, hipertensão arterial,
problemas ortopédicos e alguns tipos de câncer, tendo maior impacto na morbidade do que na mortalidade de crianças e
adolescentes.
Curiosidade
A adolescência, por ser um período de intensas mudanças físicas, psicológicas e sociais, é um período crítico de
desenvolvimento da obesidade: 70% dos adultos obesos começaram a ganhar peso na adolescência.
As transformações corporais são significativas na formação da identidade do adolescente e, com frequência, podem levar à
diminuição da autoestima, dificuldades com a imagem corporal, nos relacionamentos sociais e no exercício da sexualidade,
podendo levar a consequências como:
depressão;
evasão escolar;
ansiedade;
desordens de ajustamento;
transtornos bipolares;
compulsão alimentar;
outros transtornos alimentares.
Esses aspectos também podem interferir na adesão ao tratamento.
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Aspectos metabólicos, alterações hormonais e obesidade
Sabe-se que há centenas de genes isolados que codificam componentes relacionados à regulação do peso corporal. Alguns
desses componentes agem diretamente na ingestão alimentar, outros no gasto energético, e outros atuam nos dois
mecanismos ou na modulação dessas ações.
O equilíbrio energético é controlado por processo neuro-hormonal, em que a leptina e a insulina são essenciais. Secretadas
em proporção ao conteúdo de gordura corporal, agem no hipotálamo ativando vias catabólicas e inibindo vias anabólicas,
reduzindo a ingestão alimentar. Veja como atuam!
A leptina é uma proteína codificada pelo gene ob, produzida no tecido adiposo branco e atua nos receptores
hipotalâmicos promovendo saciedade e regulando o balanço energético. Porém, em obesos, apesar de suas
concentrações séricas estarem elevadas, ocorre uma redução da sensibilidade à sua ação, limitando o efeito
anoréxico.
A insulina tem produção betapancreática e sua concentração sérica está relacionada com a adiposidade. Tem ação
anabólica, aumentando a captação de glicose, reduzindo a glicemia e estimulando o apetite. Além disso, a insulina
aumenta o gasto energético e regula a ação da leptina, interfere na secreção do glucagon-like-peptide, inibindo o
esvaziamento gástrico e promovendo sensação de saciedade prolongada.
A ingestão alimentar e o gasto energético são regulados pelo hipotálamo e existem dois grandes grupos de neuropeptídeos
envolvidos nos processos orexígenos (neuropeptídeo Y - NPY e hormônio concentrador de melanina – MCH, as orexinas A e B
e proteína relacionada com o gene Agouti – AgRP) e anorexígenos (hormônio melanócito estimulante – alfa-MSH, hormônio
liberador de corticotrofina – CRH, hormônio liberador de tireotrofina - TRH e transcrito regulado por cocaína e anfetamina -
CART).
Comentário
O NPY é um dos mais potentes estimuladores da ingestão alimentar. Sua secreção aumenta em situações de jejum ou
hipoglicemia e com o declínio dos estoques de gordura corporal e/ou reduzida sinalização da leptina (inibe sua secreção). Já
o alfa-MSH é derivado da POMC (pró-opiomelanocortina) e tem grande importância na homeostase energética através dos
receptores MC3 e MC4 que suprimem a ingestão alimentar.
Também há fatores intestinais envolvidos na obesidade. A presença de alimento no trato gastrointestinal contribui para a
modulação do apetite mediante estimulação da liberação de colecistocinina (CCK), promovendo saciedade. Confira!
Grelina
Leptina 
Insulina 
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A grelina, secretada pelas células gástricas, é reguladora da ingestão alimentar e sua concentração se eleva antes das
refeições e diminui imediatamente após elas.
Adipsina
A adipsina (fator D), também derivada do tecido adiposo, é necessária para a produção enzimática da ASP (proteína
estimulante de acilação) que afeta o metabolismo de glicídios e lipídios.
A grelina estimula também a expressão do NPY e da AGRP no hipotálamo, aumentando a ingestão alimentar e diminuindo a
ação da leptina.
Esses dois componentes também estão relacionados positivamente com adiposidade, resistência insulínica, dislipidemia e
doença cardiovascular.
A obesidade está fortemente relacionada com a inflamação através das citocinas. O TNF-α (fator de necrose tumoral α) afeta
significativamente o balanço metabólico. O aumento dos seus níveis em tecido adiposo eleva os níveis séricos de insulina e
triglicerídeos, agindo como mediador da resistência à insulina. A interleucina 6 (IL6), outra citocina, é expressa no tecido
adiposo e sua concentração tem relação positiva com a obesidade, intolerância à glicose e resistência à insulina.
Veja a seguir outras substâncias expressas pelo tecido adiposo.
MCP-1 (proteína quimioatrativa de macrófagos e monócitos)
Recruta monócitos (secretores de TNF α e IL6) para os locais de inflamação, contribuindo para a resistência à insulina.
PAI-1 (inibidor do ativador de plasminogênio)
Envolvido na angiogênese, na aterogênese e adiposidade visceral, está elevado na obesidade e resistência insulínica e se
correlaciona com síndrome metabólica, diabetes tipo 2 e doença cardiovascular.
Existem também várias proteínas do sistema renina-angiotensina (SRA) produzidas pelo tecido adiposo (renina, angiotensina
I e II, angiotensinogênio e receptores de angiotensina tipo 1 e 2). A angiotensina II contribui para a regulação da pressão
arterial. Sua deficiência está relacionada com a diminuição da pressão arterial e da massa de tecido adiposo e a sua
superexpressão tem o efeito oposto.
Classificação de obesidade: androide (à esquerda) e ginecoide (à direita).
A obesidade pode ser classificada de acordo com o local de depósito de gordura. Pode ser androide (formato maçã), quando
a gordura se acumula principalmente no tórax e no abdome (gordura abdominal ou visceral) – mais comum em homens – ou
ginecoide (formato pera), quando a gordura se acumula na parte periférica do corpo, principalmente nádegas e coxas.
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A obesidade abdominal é mais importante como fator de risco cardiovascular por estar mais relacionada com a incidência de
diabetes e alterações lipídicas. Essa forma de gordura está associada a alterações no metabolismo de glicose, dislipidemia e
aterogênese. Essas consequências se relacionam com a ação endócrina do tecido adiposo que sintetiza diversas
substâncias ligadas ao metabolismo e controle de diversos sistemas.
As modificações hormonais durante a puberdade responsáveis pela gonadarca e adrenarca dependem do balanço energético
adequado, ou seja, do equilíbrio entre ingestão alimentar, gasto energético e mecanismos de termorregulação.
Atenção!
O desequilíbrio nesse balanço pode ocasionar disfunção reprodutiva, e meninas com sobrepeso/obesidade podem
apresentar retardo ou precocidade na idade da menarca, respectivamente. Nos meninos, a obesidade está relacionada com
queda das concentrações de testosterona total, da globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG) e do hormônio
luteinizante (LH), podendo interferir na fertilidade.
A leptina é importante no balanço energético porque sinaliza ao hipotálamo a adequação do estado nutricional para que haja
puberdade; ela estimula a síntese do LH e do FSH (hormônio folículo estimulante) e regula a produção de esteroides.
A leptina atua na inibição e/ou estímulo dos neurônios orexígenos e anorexígenos, controlando os mecanismos de fome e
saciedade e gasto energético. O aumento da sua concentração inibe os neurônios orexígenos e ativa os anorexígenos,
reduzindo a ingestão alimentar e aumentando o gasto energético. A redução da concentração de leptina tem o efeito oposto.
Alterações no peso corporal interferem no nível de leptina plasmática, que sinaliza os níveis de reserva de energia na forma
de tecidoadiposo.
Para aprofundar ainda mais este aspecto, veja o esquema simplificado da ação da leptina na puberdade:
Esquema simplificado da ação da leptina na puberdade:
Na puberdade, ocorre o aumento das concentrações dos esteroides sexuais, estimulando o eixo GH – sistema IGF que regula
o crescimento. O GH estimula a síntese hepática de IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina 1).
Acompanhe a imagem a seguir, que apresenta um esquema simplificado da atuação hormonal na puberdade.
Esquema simplificado da atuação hormonal na puberdade.
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Obesidade e microbiota intestinal
A microbiota intestinal é composta por diversas espécies de micro-organismos que habitam o intestino e interagem entre si e
com o hospedeiro. Sua composição no intestino delgado, particularmente no duodeno, é semelhante à do estômago e tem
características ácidas.
Conforme avançamos pelo intestino, a acidez vai diminuindo até chegar no cólon, onde há maior número de micro-
organismos. As espécies podem ser divididas em benéficas (ex.: lactobacilos e bifidobactérias) e prejudiciais (ex.:
enterobactérias e Clostridium spp.).
Microbiota intestinal.
Estudos mostram que a microbiota intestinal está envolvida na obesidade e em distúrbios metabólicos, revelando que obesos
têm alterações na composição da microbiota intestinal em comparação com os magros. A microbiota pode regular o peso
corporal por meio da influência nas funções metabólicas, neuroendócrinas e imunológicas do hospedeiro. Ela é capaz de
regular a expressão gênica do hospedeiro, melhorando a capacidade de extrair e armazenar energia da dieta e contribuindo
para o ganho de peso corporal.
Desequilíbrios na microbiota e aumento de lipopolissacarídios circulantes também podem atuar como fatores inflamatórios
relacionados ao desenvolvimento de aterosclerose, resistência à insulina e ganho de peso corporal. Em contraste, probióticos
específicos, prebióticos e seus metabólitos podem exercer efeitos benéficos no metabolismo lipídico e de glicose, na
produção de peptídeos da saciedade e no grau de inflamação relacionado à obesidade e distúrbios metabólicos associados
(SANZ et al., 2010).
Diagnóstico
Feito por meio de anamnese e exame físico (peso, altura, IMC e circunferência abdominal). Podem ser usados exames
complementares sobre a composição corporal (medição das pregas cutâneas e da circunferência do braço, BIA e DEXA) para
investigação de possíveis causas da obesidade e para o diagnóstico das repercussões metabólicas mais comuns da
obesidade como: dislipidemia, alterações do metabolismo glicídico, hipertensão arterial, doença hepática gordurosa não
alcoólica, síndrome da apneia obstrutiva do sono e síndrome dos ovários policísticos.
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É importante investigar:
padrão alimentar do adolescente e da família;
estilo de vida;
história familiar de obesidade; e
doenças associadas.
Além disso, deve-se investigar fatores desencadeantes da obesidade, qualidade do sono, presença de roncos, cefaleia, dores
nos membros e irregularidade no ciclo menstrual.
Vamos conferir agora as medidas antropométricas mais utilizadas.
Peso

Estatura
Circunferência abdominal (CA)
Também podem ser úteis as medidas da circunferência do braço (CB) e as dobras cutâneas tricipital (DCT) e subescapular
(DCSE). O estado nutricional deve ser classificado por meio do índice IMC/I, utilizando os critérios de classificação da OMS
(2006), já citados.
A CB, DCT e DSCE são medidas complementares de peso e estatura para estimar a adiposidade. A CA avalia, indiretamente, a
gordura visceral. A relação circunferência abdominal/estatura (CA/E) é considerada adequada quando menor ou igual a 0,5 e
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indica risco de adiposidade central. A pressão arterial deve ser aferida em todas as consultas e é necessário determinar o
estadiamento puberal.
Para adolescentes com excesso de peso, a Sociedade Brasileira de Pediatria também recomenda que sejam feitos exames
laboratoriais para triagem de comorbidades, são eles: glicemia de jejum, teste de tolerância oral à glicose, perfil lipídico e
alanina aminotransferase (ALT).
Tratamento
Deve ser interdisciplinar com interação de médico, nutricionista, psicólogo e outros profissionais de saúde para que sejam
abordados os aspectos psicológicos, comportamentais e ambientais.
Na abordagem do adolescente obeso, o profissional deve adotar uma postura ativa e acolhedora, estabelecendo um vínculo
que possibilite boas respostas terapêuticas. É fundamental esclarecer ao adolescente e a seus pais que ele será o foco da
consulta.
A permanência dos pais durante o atendimento é autorizada ou não pelo adolescente, conforme o Estatuto da Criança e do
Adolescente, que determina que todo adolescente tem direito à privacidade.
Geralmente, na primeira consulta, os pais estão ansiosos e querem falar tudo que julgam errado no comportamento do filho e
não percebem seu envolvimento no desenvolvimento da obesidade. Uma estratégia eficaz para que não haja interferências na
criação do vínculo entre profissional e adolescente é conversar em outro momento com os pais (se assim o adolescente
consentir). A participação da família é fundamental, mas os limites desse envolvimento devem ficar claros para os pais e para
o adolescente.
É necessário conhecer os fatores físicos, nutricionais, emocionais e sociais envolvidos no processo de ganho de peso
excessivo. É preciso o desenvolvimento da escuta cuidadosa e atenta por parte do profissional. Nos encontros com o
adolescente, ele deve ser estimulado a resgatar a sua percepção de fome e saciedade fisiológicas e entender os sentimentos
envolvidos na ingestão excessiva. Já nos encontros com os pais é importante conhecer crenças, sentimentos e experiências
relacionadas com condutas alimentares inadequadas e conflitos familiares.
Exemplo
Os pais devem ser incentivados a adotar uma alimentação balanceada e compatível com as necessidades dos membros da
família. Alimentos muito calóricos e com excesso de açúcar e gordura devem ser consumidos esporadicamente por toda a
família. Proibir o adolescente de comer algum desses alimentos enquanto são consumidos pelo restante da família, pode
agravar ainda mais o problema. A alimentação do adolescente obeso e de sua família deve seguir as recomendações do Guia
Alimentar para a População Brasileira (Ministério da Saúde, 2014).
As bases para o manejo ponderal são estratégias comportamentais como a diminuição no consumo total de calorias,
redução do sedentarismo e aumento de atividade física. Não há consenso sobre qual a melhor estratégia para perda
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ponderal. Dietas com baixo índice glicêmico e restrita em carboidratos são tão efetivas quanto as dietas balanceadas com
todos os grupos de alimentos. Porém, a adesão às primeiras pode ser baixa e por um curto período. Dietas muito restritas
são desaconselhadas, pois podem levar ao déficit estatural.
Algumas Abordagens Dietéticas para o Tratamento da Obesidade na Adolescência (Weffort, 2019) foram listadas a seguir.
Acompanhe!
Incentivar consumo de cinco porções de frutas e vegetais diariamente.
Diminuir consumo de alimentos com alta densidade calórica como gorduras saturadas, salgadinhos e alimentos com alto
índice glicêmico, como doces.
Diminuir consumo de bebidas açucaradas e/ou com aromatizantes.
Diminuir o consumo de alimentos fora de casa, em particular fast food.
Fazer o desjejum todos os dias.
Não pular refeições.
Didaticamente, seguindo a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria, podemos dividir a conduta nutricional em
cinco etapas.Confira!
Etapa 1
Esclarecimentos
O profissional deve conhecer com detalhes a alimentação do adolescente para estabelecimento das
estratégias de curto e longo prazos. É importante “desmistificar” conceitos inadequados relacionados a dietas
de emagrecimento, estimular o conhecimento sobre alimentação saudável.
Etapa 2
Avaliação do comportamento
Antes de iniciar qualquer mudança, é importante identificar algumas atitudes comuns entre adolescentes
obesos, como: mastigação rápida, comer na frente da TV, ausência de rotina alimentar e omissão de refeições.
Essas modificações devem ser feitas gradualmente começando pela mais fácil.
Etapa 3
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A Associação Americana de Pediatria recomenda pequena perda de peso, de forma gradativa, preservando o crescimento
adequado. Acompanhe as recomendações a seguir.
Para adolescentes com IMC entre 85% e 95% e com complicações ou com IMC acima de 95%, com ou sem complicações,
recomenda-se a perda de até 1kg por mês.
Quantidade
Redução gradativa da quantidade dos alimentos consumidos em excesso (especialmente os ricos em
carboidratos simples e gorduras).
Etapa 4
Qualidade
Nesta etapa, já se atingiu o controle do ganho de peso e a adequação das quantidades ingeridas e dos
comportamentos alimentares. Deve ser incentivado o consumo crescente de alimentos nutritivos que não
fazem parte do hábito alimentar.
Etapa 5
Manutenção
Nesta fase, o próprio paciente ou a sua família utiliza o conhecimento adquirido para se adaptar às diversas
situações, buscando uma alimentação equilibrada.
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Para aqueles com IMC entre 85% e 90%, sem complicações, recomenda-se estabilizar o peso.
Veja as equações da necessidade energética estimada (EER) para adolescentes com sobrepeso e obesos de 3 a 18 anos
(DRI, 2011).
Meninos:
GEB (kcal/d) = 420 – 33,5 x idade [a] + 418 x altura [m] + 16,7 x peso (kg)
Rotacione a tela. 
GET para manutenção do peso em meninos com sobrepeso e obesos de 3-18 anos:
GET = 114 – 50,9 x idade (a) + Atividade Física x (19,5 x peso [kg] + 1161,4 x altura [m])
Rotacione a tela. 
Atividade física:
1,00 se sedentário.
1,12 se atividade leve.
1,24 se atividade moderada.
1,45 se atividade intensa.
Meninas:
GEB (kcal/d) = 516 – 26,8 x idade [a] + 347 x altura [m] + 12,4 x peso (kg)
Rotacione a tela. 
GET para manutenção do peso em meninas com sobrepeso e obesas de 3-18 anos:
GET = 389 – 41,2 x idade (a) + Atividade Física x (15,0 x peso [kg] + 701,6 x altura [m])
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Rotacione a tela. 
Atividade física:
1,00 se sedentário.
1,18 se atividade leve.
1,35 se atividade moderada.
1,60 se atividade intensa.
Práticas educativas para reduzir a obesidade na adolescência
Conheça agora algumas práticas educativas para reduzir a obesidade na adolescência.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1
(Prefeitura de Niterói-RJ, 2003) O tipo de obesidade caracterizado pelo excesso de gordura subcutânea nos troncos,
particularmente na região abdominal, que é altamente correlacionado com resistência insulínica, é:
A tipo I ou ovoide.
B tipo II ou androide.
C tipo III.
D tipo IV ou ginoide.
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Considerações �nais
Abordamos as transformações que acontecem na fase da adolescência, os diferentes métodos de avaliação nutricional, as
recomendações de energia e nutrientes para essa faixa etária. Com essas informações, você está apto para realizar o
E tipo V.
Parabéns! A alternativa B está correta.
A alternativa “b” está correta, pois o que caracteriza a obesidade androide é o acúmulo de gordura
na parte central do corpo, o que tem relação com alterações no metabolismo de glicose.
Questão 2
Segundo a Associação Americana de Pediatria, para adolescentes com IMC entre 85% e 95% com complicações ou com IMC
acima de 95%, com ou sem complicações, é recomendada a perda de:
A 0,5kg/semana.
B 2kg/semana.
C 1kg/mês.
D 1kg/semana.
E 0,5kg/mês.
Parabéns! A alternativa C está correta.
A alternativa “c” está correta porque a Associação Americana de Pediatria estabelece uma perda
de peso gradual para não prejudicar o crescimento do adolescente.

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planejamento dietético de um adolescente.
Considerando a transformação epidemiológica da população mundial, com crescentes percentuais de jovens com obesidade,
aprofundamos também o conhecimento sobre essa doença complexa e multifatorial para que você, entendendo a
complexidade dos fatores envolvidos no seu desenvolvimento e nas suas consequências, tenha bons resultados no
tratamento nutricional de adolescentes obesos.
Podcast
Para concluir este estudo, ouça agora algumas dicas de lanches saudáveis para melhoria do consumo alimentar na
adolescência.

Referências
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Confira agora algumas indicações de documentos para que você se aprofunde ainda mais no assunto estudado!
Pesquisa de orçamentos familiares 2017-2018: primeiros resultados. Rio de Janeiro: IBGE, 2019.
Orientações para avaliação de marcadores de consumo alimentar na atenção básica [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério
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Proteger e cuidar da saúde de adolescentes na atenção básica [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
Dez passos para uma alimentação adequada e saudável, [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, s.d.
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