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DEPADEPARTARTAMENTO MENTO DE DE ENGENHARIA DE ENGENHARIA DE MINASMINAS ESCOLA DE MINASESCOLA DE MINAS UFOPUFOP CURSO DE MIN 210 - CURSO DE MIN 210 - OPERAÇÕES MINEIROPERAÇÕES MINEIRASAS PROFESSPROFESSOR VALDIR COSTA E SILVAOR VALDIR COSTA E SILVA DEMINDEMIN e-mail: al!i"#!emi$%&'()%*" e-mail: al!i"#!emi$%&'()%*" Ma"+(, 200%Ma"+(, 200% 1% PERFURAÇ.O DE ROCHA1% PERFURAÇ.O DE ROCHA 0 1%1 O/ETIVO1%1 O/ETIVO A perfuração das rochas, dentro do campo dos desmontes, é a primeira operação que se realiza e tem como finalidade abrir uns furos com uma distribuição e geometria adequada dentro dos maciços para alojar as cargas de explosivos e acessórios iniciadores. A figura mostra a evolução dos sistemas de perfuração ao longo dos anos. Figura 1: Figura 1: A A evolução dos métodos e da velocidade de perevolução dos métodos e da velocidade de perfuração das rochasfuração das rochas 1%2 1%2 APLICAAPLICAÇÕES DA PERFURAÇ.ÇÕES DA PERFURAÇ.OO 1 !s tipos de trabalho, tanto em obras de superf"cie como subterr#neas, podem classificar$se nos seguintes% perfuração perfuração de de banco, banco, perfuração perfuração de de produção,produção, perfuração perfuração de de chaminés (raiseschaminés (raises), perfuraçã), perfuração de o de poços poços (shafts), (shafts), perfuraçãoperfuração de rochas com capeamento e reforço das rochasde rochas com capeamento e reforço das rochas%% 1% PRINCIPAIS MTODOS DE PERFURAÇ.O1% PRINCIPAIS MTODOS DE PERFURAÇ.O &xistem tr's principais métodos de perfuração para o desmonte de rochas com explosivos aplicados ( mineração% • perfuração rotativa com brocas tric)nicas *+oller it- • martelo de superf"cie */op$+ammer, método roto$percussivo- • martelo de fundo de furo ou furo abaixo *0o1n the +ole, método roto$ percussivo-. Pe"'&"a+3( )(" )e"4&553(:Pe"'&"a+3( )(" )e"4&553(: /ambém conhecido por perfuração por martelo, é o método mais comum de perfuração para a maioria das roc has, os martelos podem ser acionados a ar comprimido ou hidr2ulicos. A perfuração rotopercussiva é o sistema mais cl2ssico de perfuração e o seu aparecimento coincide com o desenvolvimento industrial do século 343. As primeiras m2quinas, protótipos de 5inger *676- e 8ouch *696-, utilizavam vapor para o seu acionamento, mas foi com a aplicação posterior do ar comprimido como fonte de energia *6:- que este sistema evoluiu e passou a ser utilizado de forma intensa *;imeno,<<9-. As perfuratrizes rotopercussivas geralmente exercem um papel menor quando comparadas com as m2quinas rotativas nas operaç=es mineiras a céu aberto. 5ua aplicação élimitada ( produção das pequenas minas, perfuração secund2ria, trabalhos de desenvolvimento e desmonte controlado. >orém, o sistema de furo abaixo ou de 2 fundo de furo *do1n the hole- com di#metro de perfuração na faixa de ?@ mm *:- a BB< mm *<- vem ganhado campo de aplicação nas rochas de alta resist'ncia por propiciar maiores taxas de penetração quando comparadas com o método rotativo. &stas perfuratrizes possuem dois sistemas de acionamento b2sicos, rotação e percussão. &stas duas forças são transmitidas através da haste para a coroa de perfuração. !s martelos podem ter acionamento pneum2tico ou hidr2ulico, e são localizados na superf"cie sobre a lança da perfuratriz, conf orme figura B. ! surgimento dos martelos hidr2ulicos na década de C@ deu novo impulso a este método de perfuração, ampliando o seu campo de aplicação. Fi6&"a 2 7 C(m)($e$8e5 *95i4(5 !( ma"8el( !e 5&)e"'4ieFi6&"a 2 7 C(m)($e$8e5 *95i4(5 !( ma"8el( !e 5&)e"'4ie !s equipamentos roto$percussivos se classificam em dois grandes grupos, segundo a posição do martelo% • martelo de superf"cie */op$+ammer- • martelo de fundo de furo *0o1n /he +ole-. >or muitos anos estes equipamentos foram operados, exclusivamente, usando martelos pneum2ticos. Dos Eltimos ? anos m2quinas hidr2ulicas t'm sido introduzidas no mercado. ! alto custo de capital das perfuratrizes hidr2ulicas é 3 compensado por um menor custo operacional e maior produtividade quando comparadas com m2quinas pneum2ticas *8rosbF, <<6-. A perfuração rotopercussiva se baseia na combinação das seguintes aç=es% Pe"4&553(:Pe"4&553(: os impactos produzidos pelas batidas do pistão do martelo srcinam ondas de choque que se transmitem ( rocha. R(8a+3(:R(8a+3(: com este movimento se faz girar a broca para que se produzam impactos sobre a rocha em diferentes posiç=es. P"e553( !e aa$+(:P"e553( !e aa$+(: para se manter em contato a ferramenta de perfuração e a rocha, é exercida um pressão de avanço sobre a broca de perfuração. Fl&i!( !e lim)e;a:Fl&i!( !e lim)e;a: o fluido de limpeza permite extrair os detritos do fundo do furo. &m resumo, na perfuração percussiva o pistão transmite energia sobre a rocha através da barra de percussão, das uni=es, da haste de perfuração e da broca. ! motor de rotação ao encontrar rocha nova, rompe os cortes em pedaços ainda menores. ! ar comprimido efetua a limpeza dos furos e a refrigeração das brocas. Pe"'&"a8"iPe"'&"a8"i;e5 ;e5 P$e&m98i4a5P$e&m98i4a5 5egundo ;imeno *<<9-, um martelo acionado por ar comprimido consta de% • um cilindro fechado com uma tampa dianteira que disp=e de uma abertura axial onde é fixado o punho e as hastes de perfuração • um pistão que com o seu movimento alternativo golpeia o punho de perfuração, o qual transmite a onda de choque ( haste • uma v2lvula que regula a passagem de ar comprimido em volume fixado e de forma alternada para a parte anterior e posterior do pistão • um mecanismo de rotação para girar a haste de perfuração • um sistema de limpeza do furo que permite a passagem de ar pelo interior da haste de perfuração e retirada dos detritos da rocha entre as paredes do furo e a parte externa da haste. 4 . A profundidade m2xima alcançada por este sistema não supera os 7@ metros, devido as perdas de energia na transmissão das ondas de choque do martelo para a coroa. A cada haste adicionada na coluna de perfuração maior é a perda de energia devido a reflexão da energia nas conex=es e luvas de perfuração. ! campo de aplicação das perfuratrizes pneum2ticas de martelo de superf"cie est2 se reduzindo cada vez mais, devido ( baixa capacidade de perfuração em rochas duras, ( profundidade *em torno de ? m-, ao di#metro de perfuração *de ?@ a @@ mm- e ao alto consumo de ar comprimido, aproximadamente, B,9 m7Gmin por cada cm de di#metro, além de apresentar alto desgaste das ferramentas de perfuração% hastes, punhos, coroas, mangueiras etc., em função da freqH'ncia de impacto e na forma de transmissão da onda de choque do pistão de grande di#metro *5vedala Ieedrill, sd.-. Pe"'&"a8"iPe"'&"a8"i;e5 ;e5 <i!"9&li4a5<i!"9&li4a5 Do final da década de :@ e in"cio da década de C@ houve um grande avanço tecnológico na perfuração de rochas com o desenvolvimento dos martelos hidr2ulicos. Jma perfuratriz hidr2ulica consta basicamente dos mesmos elementosconstrutivos de uma pneum2tica. A diferença mais importante entre ambas é que no lugar de se utilizar ar comprimido, gerado por um compressor acionado por um motor diesel ou elétrico, para o acionamento do motor de rotação e para produzir o movimento alternativo do pistão do mar telo, utiliza$se um grupo de bombas que acionam estes componentes. As raz=es pela qual as perfuratrizes hidr2ulicas possuem uma melhor tecnologia sobre as pneum2ticas são as seguintes *8rosbF, <<6-% • me$(" 4($5&m( !e e$e"6ia:me$(" 4($5&m( !e e$e"6ia: as perfuratrizes hidr2ulicas consumem apenas G7 da energia, por metro perfurado, em comparação com os equipamentos pneum2ticos • me$(" me$(" !e56a58e !a *!e56a58e !a *"(4a !e "(4a !e )e"'&"a+3(=)e"'&"a+3(= 5 • mai(" el(4i!a!e !e )e$e8"a+3(:mai(" el(4i!a!e !e )e$e8"a+3(: a energia liberada em cada impacto do martelo é superior a do martelopneum2tico, resultando em maiores taxas de penetração • mel<("e5 4($!i+>e5 am*ie$8ai5:mel<("e5 4($!i+>e5 am*ie$8ai5: a aus'ncia de exaustão de ar resulta em menores n"veis de ru"do quando comparadas com perfuratrizes pneum2ticas • mmaiai(" (" 'l'le?e?i*i*ilili!i!a!a!e e $a $a ()()e"e"a+a+3(3(:: é poss"vel variar a pressão de acionamento do sistema, a energia por impacto e a freqH'ncia de percussão do martelo • mai(" 'a4ili!a!e )a"a a a&8(ma+3(:mai(" 'a4ili!a!e )a"a a a&8(ma+3(: os equipamentos são muito mais aptos para a automação das operaç=es, tais como a troca de haste e mecanismos antitravamento da coluna de perfuração. Ma"8el(5 !e F&$!( @D($ T<e H(le 7 DTHBMa"8el(5 !e F&$!( @D($ T<e H(le 7 DTHB !s martelos de fundo de furo foram desenvolvidos na década de ?@ e, srcinalmente, eram utilizados para aumentar a taxa de penetração em rochas duras e muito duras. Deste método, o martelo e a broca de perfuração permanecem sempre no fundo do furo, eliminando as perdas de energia ao longo da coluna de perfuração. A principal aplicação deste método é a perfuração em rochas duras quando se usa brocas de ?B a BB< mm *: a <-. >ara estes di#metros, os rolamentos das brocas tric)nicas são demasiadamente pequenos para suportar grandes cargas verticais *pressão de avanço-, o que se traduz em baixa taxa de penetração e altos custos. &ste método possui as seguintes caracter"sticas% • devido a posição do martelo e da broca evita a perda de energia ao longo das hastes de perfuração • necessita de moderada força de avanço *B?@ a ?@@ lbfGin de di#metro de bit- em comparação com o método rotativo *7@@@ a C@@@ lbfGin-. &limina a necessidade de hastes pesadas e altas press=es de avanço 6 • os impactos produzidos pelo pistão do martelo no fundo do furo podem provocar o desmoronamento e travamento da coluna de perfuração em rochas não consolidadas ou muito fraturadas • requer menor torque de rotação e a velocidade de rotação *rpm- é muito menor em comparação com o método rotativo. A faixa normal de operação é de @ a :@ rpm 1% R(8a+3(T"i8&"a+3(1% R(8a+3(T"i8&"a+3( Koi inicialmente usada na perfuração de petróleo, porém, atualmente, é também usada em furos para detonação, perfuração de chaminés verticais de ventilação e abertura de tEneis. &sse método é recomendado em rochas com resist'ncia ( compressão de até ?@@@ bar. Luando perfuramos por este método, usando brocas tric)nicas, a energia é transmitida para a broca por um tubo, que gira e pressiona o bit contra a rocha. !s bot=es de metal duro são pressionados na rocha, causando o fraturamento desta, de acordo basicamente com o mesmo princ"pio da perfuração por percussão. A velocidade normal de rotação é de ?@ a <@ revGmin. 1% R(8a+3(C("8e1% R(8a+3(C("8e &ste método é usado principalmente em rochas brandas com resist'ncia ( compressão de até ?@@ bar. A perfuração por rotação necessita de uma forte capacidade de empuxo na broca e um mecanismo superior de rotação. A pressão aplicada e o torque rompem e moem a rocha. Deste método a energia é transmitida ao cortador pelo tubo de perfuração, que gira e pressiona o mesmo sobre a rocha. A 2rea de corte da ferramenta exerce pressão sobre a rocha e as lascas são arrancadas. A relação entre a pressão necess2ria e a faixa de rotação, determina a velocidade e a efici'ncia da perfuração% 7 a- a rocha branda requer menor pressão e rotação mais r2pida b- a rocha dura necessita de alta pressão e rotação mais lenta. A velocidade de rotação é de B@ revGmin para um furo de @ mm e 7@@ revGmin para furos de :@ mm de di#metro. 1% FONTES DE ENERGIA1% FONTES DE ENERGIA As fontes prim2rias de energia podem ser% motores diesel ou motores elétricos. Das perfuratrizes com um di#metro de perfuração acima de < *B7@ mm- é generalizado o emprego de energia elétrica a média tensão, alimentando a perfuratriz com corrente alternada com cabos elétricos revestidos. >orém, se a lavra é seletiva e h2 grande necessidade de deslocamento do equipamento de perfuração, pode$se adotar m2quinas a motor diesel. As perfuratrizes médias e pequenas, que são montadas sobre caminh=es, podem ser acionadas por motores a diesel. 5egundo ;imeno *<<9-, uma divisão média da pot'ncia instalada nestas unidades para os diferentes mecanismos é a seguinte% ♦ Movimento de elevação e translação% 6N ♦ Iotação% 6N ♦ Avanço% 7N ♦ Divelamento% BN ♦ Oimpeza dos detritos com ar comprimido% ?7N ♦ &quipamentos auxiliares% 7 N ♦ !utros% 7N. Dota$se na distribuição de energia, acima, a grande import#ncia do ar e da pot'ncia de rotação para o método rotativo. !s equipamentos elétricos t'm um custo de @ a ?N mais baixo que os de acionamento a diesel. 8 &stes Eltimos são selecionados quando a região da explotação não disp=e de adequada infra$estrutura de suprimento de energia elétrica ou quando a m2quina é montada sobre caminhão *;imeno, <<9-. 1% 1% SISTEMA SISTEMA DE ROTDE ROTAAÇ.OÇ.O 8om o objetivo de girar as hastes e a broca para efetuar a perfuração, as perfuratrizes possuem um sistema de rotação montado, geralmente, sobre uma unidade que desliza no mastro da perfuratriz. &sta unidade é geralmente denominada de cabeça rotativa. ! sistema de rotação é constitu"do por um motor elétrico ou um sistema hidr2ulico. ! primeiro é utilizado nas m2quinas de maior porte, pois aproveita a grande facilidade de regulagem dos motores de corrente cont"nua, num intervalo de @ a @@ rpm *;imeno, <<9-. ;2 o sistema hidr2ulico consiste de um circuito hidr2ulico com bombas de pressão cont"nua, com um conversor, para variar a velocidade de rotação do motor hidr2ulico. A figura 7 mostra os principais componentes de um sistema de perfuração rotativa% ar comprimido, sistema de elevação e avanço, motor de rotação, cabeça rotativa, haste, estabilizador e broca. 9 Figura 3: Principais componentes de um de um sistema de perfuração rotativo Fonte: Jimeno, 1994. 1% 1% SISTESISTEMA MA DE ADE AVAVANÇO E ELEVAÇ.ONÇO E ELEVAÇ.O >ara se obter uma boa velocidade de penetração na rocha é necess2rio a aplicação de uma determina força de avanço, que depende, tanto da resist'ncia da rocha, como do di#metro que se pretende utilizar. 8omo o peso da coluna de perfuração *hastes, estabilizado r e broca- não é suficiente para se obter a carga necess2ria, é preciso aplicar forças adicionais que são transmitidas exclusivamente através de energia hidr2ulica. &xistem basicamente quatro sistemas de avanço e elevação, que são% • cremalheira e pinhão direto • corrente direta • cremalheira e pinhão com corrente • cilindros hidr2ulicos. 10 Cabeça Rotativa Ar Comprimido HasteHaste BrocaBroca Sistema de Elevação e Avaço !otor de Rotação" El#tri$o o% &idr'%li$o EestabEilid EestabEilid adorador Estabilizad Estabilizad or or Estabili(ador bit 1% 1% PRINCIPAPRINCIPAIS CAIS CARACTERSTRACTERSTICAS DAICAS DAS /ROCAS S /ROCAS TRICJNICTRICJNICASAS As brocas tric)nicas são classificadas de acordo com o material dos dentes e geometria do cone. !s dentes podem ser de face dura, cobertura endurecida ou insertos de carboneto de tungst'nio. As brocas com dentes de face dura ou cobertura endurecida são denominadas de brocas dentadas e as de insertos de tungst'nio são denominadas de brocas de bot=es *Paranam Q Misra, <<6-. Da perfuração rotativa, a broca ataca a rocha com a energia fornecida pela m2quina ( haste de perfuração, que transmite a rotação e o peso de avanço *carga- para a broca. ! mecanismo de avanço aplica uma carga acima de :?N do peso da m2quina, forçando a broca em direção ( rocha. A broca quebra e remove a rocha por uma ação de raspagem em rochas macias, esmagamento$ trituração$lasqueamento em rochas duras ou por uma combinação destas aç=es *8rosbF, <<6-. A figura 9 ilustra este modelo de corte. Figura4: Modelo fsico de penetração para o m!todo rotativo Fonte: "aranam # Misra, 199$. As brocas tric)nicas consistem de tr's componentes principais% os cones, os rolamentos e o corpo. !s cones são montados sobre os eixos dos rolamentos os 11 quais são partes integrantes do corpo da broca. !s elementos cortantes dos cones consistem de linhas circunfer'nciais de dentes salientes *ex.% bot=es ou dentes-. 1%1%10 10 CACARARACTCTERERSTSTICICAAS S DODOS S FUFUROROSS !s furos são geralmente caracterizados por quatro par#metros% di#metro, profundidade, retilinidade e estabilidade. DiKme8"( !(5 '&"(5DiKme8"( !(5 '&"(5 ! di#metro do furo depende da finalidade do mesmo. &m furos para detonaç=es, h2 v2rios fatores que influem na escolha do di#metro, por exemplo, o tamanho desejado dos fragmentos, após a detonação o tipo de explosivo a ser utilizado, a vibração admiss"vel do terreno durante a detonação etc. &m grandes pedreiras e outras mineraç=es a céu aberto, furos de grande di#metro apresentam menores custos de perfuração e detonação por m 7 ou tonelada de rocha escavada. Das minas subterr#neas, as dimens=es dos equipamentos de perfuração são determinadas pelo método de lavra adotado. &m trabalhos menores, o di#metro do furo pode também ser determinado pelo tamanho do equipamento dispon"vel para perfuração, carregamento e transporte. A eleição do di#metro dos furos depende, também, da produção hor2ria, do ritmo da escavação e da resist'ncia da rocha. A figura ? mostra a relação entre os di#metros e o nEmero de furos, porte dos equipamentos de escavação, altura da pilha e granulometria dos fragmentos rochosos após a detonação. 12 Figura 5: Figura 5: Influência do diâmetrInfluência do diâmetro no n. de furos! na fragmentação no n. de furos! na fragmentação da rocha!o da rocha! na na altura altura da da pilha pilha e e no no porte porte do do e"uipamento e"uipamento de de carregamento.carregamento. A figura : mostra a relação entre o di#metro de perfuração e a seção do tEnel ou galeria e o tipo de equipamento de perfuração. Figura #: Figura #: Influência dInfluência do diâmetro o diâmetro da perfuraçãoda perfuração no no tamanho tamanho da da seção seção da da galeriagaleria P"('&$!i!a!e !(5 '&"(5P"('&$!i!a!e !(5 '&"(5 13 A profundidade do furo determina a escolha do equipamento de perfuração. &m espaços confinados somente ferramentas de perfuração curtas poderão ser usadas. Do caso de maiores profundidades *?@ a C@ m ou mais- utiliza$se perfuração de fundo de furo, ao invés de martelo de superf"cie, j2 que o método de fundo de furo proporciona mais efici'ncia de transmissão energética e remoção dos cavacos de rocha a essa profundidade. Luando utilizamos martelos 0/+ a energia é em princ"pio transmitida da mesma forma com a vantagem de que o pistão da perfuratriz trabalha diretamente sobre a broca. Re8ili$i!a!e !( '&"(Re8ili$i!a!e !( '&"( A retilinidade de uma perfuração varia, dependendo do tipo e natureza da rocha, do di#metro e da profundidade do fur o, do método e das condiç=es do equipamento utilizado, da experi'ncia do operador. Da perfuração horizontal ou inclinada, o peso da coluna de perfuração pode conc orrer para o desvio do furo. Ao perfurar furos profundos para detonação, o furo deve ser tão reto quanto poss"vel para que os explosivos, sejam distribu"dos corretamente, para se obter o resultado desejado. >ara compensar o desvio dos furos (s vezes é necess2rio furar com menor espaçamento o que resulta em maior custo. Jm problema particular causado por um furo com desvio é a possibilidade de encontrar$se com um outro j2 perfurado, causando a detonação de cargas por Rsimpatia. A probabilidade do equipamento se prender é grande e a detonação não pode ser executada adequadamente. Além do desvio do furo propriamente dito, o alinhamento pode ser afetado pelo desalinhamento da lança e pelo cuidado durante o emboque do furo. E58a*ili!a!e !( '&"(E58a*ili!a!e !( '&"( 14 !utra necessidade em perfuração é que o furo permaneça Raberto enquanto estiver sendo utilizado para carregamento de explosivos. &m certas condiç=es, por exemplo, quando a perfuração é em material Rsolto ou rocha *que tendem a desmoronar e tapar o furo-, torna$se essencial estabilizar$se o furo com tubos ou mangueiras de revestimentos. 1%11 1%11 PERFURAÇ.O PERFURAÇ.O VERTICAL INCLINVERTICAL INCLINADAADA Principais vantagens da perfuração inclinadaPrincipais vantagens da perfuração inclinada melhor fragmentação diminuição dos problemas de repé devido ao melhor aproveitamento das ondas de choque na parte cr"tica do furo *linha de greide, pé da bancada- maior lançamento permite maior malha permite redução da Iazão de 8arregamento que pode ser obtida pelo uso de explosivos de menor densidade maior estabilidade da face da bancada menor ultra$arranque. Principais desvantagens da perfuração inclinadaPrincipais desvantagens da perfuração inclinada menor produtividade da perfuratriz maior desgaste de brocas, hastes e estabilizadores maior custo de perfuração maior comprimento de furo para uma determinada altura da bancada maior risco de ultralançamentos dos fragmentos rochosos. 1%12 1%12 MALHAS MALHAS DE DE PERFURAÇ.OPERFURAÇ.O 15 A geometria das malhas de perfuração pode ser quadrada, retangular, estagiada, tri#ngulo eqHil2tero ou malha alongada% % & a' mal(a )uadrada *' mal(a retangular c' mal(a estagiada +p! de galin(a' MaMal<l<a5 a5 &&a!a!"a"a!a!a5 5 (& (& "e"e8a8a$6$6&l&la"a"e5e5:: devido a sua geometria é de f2cil perfuração *menor tempo de locomoção de furo a furo-. MalMal<a5 <a5 e58e58a6ia6ia!a5a!a5:: devido a geometria de furos alternados dificulta aperfuração *maior tempo de locomoção furo a furo-, porém possui melhor distribuição do explosivo no maciço rochoso. Mal<a T"iK$6&l( Eil98e"(:Mal<a T"iK$6&l( Eil98e"(: são malhas estagiadas com a relação &GA S ,?. 5ão indicadas para rochas compactas e duras. >ossuem ótima distribuição da energia do explosivo na 2rea de influencia do furo, maximizando a fragmentação. ! centro do tri#ngulo eqHil2tero, o ponto mais cr"tico para fragmentação, recebe igual influ'ncia dos tr's furos circundantes. Mal<a5 al($6a!a5: :Mal<a5 al($6a!a5: : 8onforme a relação &GA as malhas podem assumir v2rias configuraç=es. As malhas alongadas possuem elevada relação &GA, geralmenteacima de ,C?. 5ão indicados para rochas fri2veisGmacias aumentando o lançamento por possu"rem menor afastamentos. 16 1%1 1%1 SELEÇ.O SELEÇ.O DOS DOS DIFERENTES DIFERENTES TIPOS TIPOS DE DE PERFURAPERFURATRIESTRIES A tabela apresenta um resumo dos fatores que devem ser avaliados durante o processo de sele ção do método e equipamento de perfuração. 0urante oprocesso de seleção do método e do equipamento de perfuração é necess2rio discutir e adequar estes fatores (s caracter"sticas da jazida ou mina, de forma a se fazer a melhor escolha. a*ela 1 - Fatores para seleção dos diferentes tipos de perfuratries. Fonte: Moraes, 2001 1%11%1 CCLCULLCULO DO DOS OS COMCOMPONPONENTENTES ES DA DA PERPERFURFURAATTRIRI 17 FaFa88("("e5e5 Pe"Pe" ''&"&"a8a8""i; i; ""(8(8a8a8iiaa PePe"'"'&"&"a8a8""i; i; !e !e mama"8"8el( el( !e !e 55&)&)e"e":4:4ieie Pe"Pe" ''&"&"a8a8""i; i; !!e me ma"a" 88elel( ( !!e 'e '&$&$!( !( !e !e ''&&"("( 0i#metro do furo, mm :? a BB6 em rocha macia a média B?@ a 97B em todas formaç=es, inclu"ndo muito dura. 76 a BC. ?B a BB6 em formaç=es média a muitodura di#metros menores em furos longos. /ipo de rocha Kormaç=es na faixa demacia a muito dura. Média a muito dura. Media a muito dura. Iestriç=es em rochas muito fraturadas. >rofundidade m2xima do furo, m Maior que :@ m. Menor que B@ m. Maior que :@ m. Tolume de ar requerido Urandes vaz=es para se ter uma limpeza eficientedo furo. ! ar tem dupla função% limpeza do furo e acionamento do martelo. Dão pode usar press=es tão altas como no martelo de fundo. M2quinas hidr2ulicas reduzem bastante o consumo de ar. A taxa de penetração aumenta com o aumento da pressão de ar, mas o volume de ar requerido também. Avanço *pulldo1n- requerido aixo em formaç=es macias a muito alto em rochas duras. Altas taxas de penetração podem ser alcançadas com menores press=es de avanço. oa penetração com menos c arga de avanço. Telocidade de rotação, rpm Iequer alta velocidade em rocha macia e velocidades mais baixas em rocha dura. Iotação para o bit é aproximadamente de @@ a B@ rpm para furos de :9 mm, em rocha macia em rocha dura, C? a @@ rpm para furos de :9 mm e 9@ a ?@ rpm para furos de BC mm. !pera com menores velocidades de rotação% 7@ a ?@ rpm para rocha macia B@ a 9@ para rochas intermedi2rias e @ a 7@ rpm para rochas duras. /axa de penetração Aumenta com o aumento do di#metro da broca diminui com o aumento da resist'ncia da rocha. /axas iniciais mais altas que o método de martelo de fundo. /axa cai com cada haste adicionada. /axa decresce com o aumento do di#metro. /axas relativamente constantes ao longo do furo. Maiores taxas em rochas duras, na faixa de di#metro de ?B mm a BB6 mm, comparando$se com o método rotativo. D"veis de ru"do Ueralmente baixo. Iu"do é cr"tico% imacto do martelo e ar comprimido. M2quinas hidr2ulicas possuem menor n"vel de ru"do. D"vel de ru"do é mais baixo que o método de martelo de superf"cie. Iu"do é dissipado dentro do furo. a' NQme"( !e '&"(5 )(" !ia @NNQme"( !e '&"(5 )(" !ia @N' ' B B d f F N x H x E x A VA N = sendo% TA S volume anual *m7- A S afastamento *m- & S espaçamento *m- +f comprimento do furo *m- Dd S dias trabalhados por ano. *B P"('&$*B P"('&$!i!a!e T(!i!a!e T(8al )e"'&"a!( )(" 8al )e"'&"a!( )(" a$( a$( @PTB@PTB PT PT NN ' ' ? ? HH' ' ? ? NN!! @mB@mB sendo% Df S nEmero de furos por dia +f S comprimento do furo *m- Dd S dias trabalhados durante o ano. c' Me8"(5 !i9"i(5 )e"'&"a!(5 )(" Me8"(5 !i9"i(5 )e"'&"a!(5 )(" &ma )e"'&"a8"i; @MPB&ma )e"'&"a8"i; @MPB MP MP NH NH ? ? TP TP ? ? DM DM ? ? RMO RMO ? ? UU sendo% D+ S nEmero de horasGdia trabalhado por uma perfuratriz /> S taxa de penetração *mGh- 0M S disponibilidade mec#nica da perfuratriz *N- IM! S rendimento da mão$de$obra *N- J S utilização do equipamento *N-. d' NQme"( !e )e"'&"a8"i;e5 $e4e559"ia5 @NPBNQme"( !e )e"'&"a8"i;e5 $e4e559"ia5 @NPB MP x N P NP d T = 18 &xemplo Jma mineração pretende produzir anualmente .@@@.@@@ m 7 de hematita. 5eu desmonte de rocha apresenta as seguintes caracter"sticas% $ Malha de perfuração% Afastamento *A- S B,? m &spaçamento S ?,@ m Altura do banco S @ m 4nclinação dos furos S @° 0i#metro da perfuração S 9 *@B mm- /axa de penetração da perfuratriz% 9@ mGh$ 0isponibilidade mec#nica do equipamento% 6?N $ Iendimento da mão de obra% 6@N $ Jtilização do equipamento % 6@N $ 0ias de trabalho no ano% 7:? $ +oras trabalhadas por dia% 6 h $ 8omprimento das hastes% 7 m. A vida Etil média dos componentes é a seguinte% $ bits *coroas- % B.?@@ m $ punho % B.?@@ m $ haste e luvas % .?@@ m 8alcular o nEmero de perfuratrizes necess2rias para executar a perfuração, e os componentes gastos anualmente *hastes, luvas, punhos e coroas-. a' NQme"( !e '&"(5 )(" !ia @NNQme"( !e '&"(5 )(" !ia @N' ' B B N VA A x E x H x x x x F f = = =365 1000000 25 5 10 365 22 ) ) * *B P"('&$*B P"('&$!i!a!e T(!i!a!e T(8al )e"'&"a!( )(" 8al )e"'&"a!( )(" a$( a$( @PTB@PTB PT PT NN ' ' ? ? HH' ' ? ? NN!! BB x @ x 7:? S 6@.7@@ m c' Me8"(5 !i9"i(5 )e"'&"a!(5 )(" Me8"(5 !i9"i(5 )e"'&"a!(5 )(" &ma )e"'&"a8"i; @MPB&ma )e"'&"a8"i; @MPB 19 MP MP NH NH ? ? TP TP ? ? DM DM ? ? RMO RMO ? ? UU S 6 x 9@ x @,6? x @,6 x @,6 S C9,@6 m e' NQme"( !e )e"'&"a8"i;e5 $e4e559"ia5 @NPBNQme"( !e )e"'&"a8"i;e5 $e4e559"ia5 @NPB NP P x MP x T = = = 365 80300 365 174 08 1 26 ) * * OO**55%%:: Matematicamente o c2lculo aponta, aproximadamente, para a necessidade de duas perfuratrizes. &ntretanto, a escolha correta ser2 de uma só perfuratriz, pois basta aum entarmos o nEmero de horas trabalhadas por dia para obtermos a produçã o di2ria desej ada. !utra possibilidade seri a a de perfurar com uma maior taxa de penetração. eB Rela+3( e$8"e eB Rela+3( e$8"e me8"(5 !e <a58e me8"(5 !e <a58e e me8"( e me8"( !e '&"( !e '&"( @B@B K K H H C C C C xx f f = + = + = 2 10 3 2 3 2 17* 'B 'B NQme"( NQme"( !e <a58e5 !e <a58e5 @N@NHHB e l&a5 @NB e l&a5 @NLLBB N e N P x K vida util x H T = = = 80300 217 1500 116 ) * 6B 6B NQme"( NQme"( !e )&$!e )&$<(5 @N<(5 @NPPBB N P vida util P T = = = 80300 2500 32 ) ) <B <B NQme"( NQme"( !e 4("(a5 !e 4("(a5 @N@N//BB 20 322500 300)80 %tilvida + , -C === 1%11%1 CCLCULLCULO O DO DO CUSCUSTO TO TOTOTATAL L DA DA PERPERFURFURAAÇ.Ç.OO C&58( TC&58( T(8al !a (8al !a Pe"'&"a+3(m Pe"'&"a+3(m @CTPB@CTPB Jma relativamente simples, mas bastante interessante an2lise, foi recentemente apresentada por Iobert V. /homas, da aWer +ughes Mining /ools 4nc., que pode ser assim enunciada% CTP CTP A A M M ! ! VP VP = + sendo% A S custo da ferramenta de perfuração *brocas e cortadores- M S vida Etil da ferramenta em metros 0 S custo hor2rio da perfuratriz *custo de propriedade e custo operativo- T> S velocidade de penetração *mGh-. ! exemplo a seguir evidencia que a soma expedida na aquisição de uma broca com uma maior velocidade de penetração, aumenta os dividendos, pois o custo total de perfuração ser2 reduzido e a produção aumentar2. Eemplo do !"P Eemplo do !"P Jma perfuratriz trabalha em uma mina de cobre a céu aberto, com uma broca de di#metro de B¼. 8onsiderando os seguintes dados% 21 $ Telocidade de penetração da broca normal% B?,@ mGh $ 8usto da broca normal% J5X ?.7?: $ Telocidade de penetração da broca especial 3>% BC,? mGh $ 8usto da broca especial 3>% J5X :.:< $ Tida Etil da broca% 7.@@@ m Broca normal#Broca normal# CTP "# $ "# % $ % "# $= + = . . )) )) . . // // . . * * // 53565356 30003000 450450 2525 19 19 785785 Broca especial $P#Broca especial $P# CTP "# $ "# % $ % "# $= + = . . )) )) . . // * * // . . * * // 61696169 30003000 450450 27 527 5 18 18 420420 0iferença de custo% J5X ,7:?Gm *:,<N- Telocidade de penetração da I!8A D!IMAO S B?,@ mGh Telocidade de penetração da I!8A &5>&84AO 3> S BC,? mGh 4D8I&M&D/! 0& >I!0J/4T40A0& S B,? mGh @10B@10B Jm acréscimo de apenas @N na velocidade de perfuração representa uma economia de J5X 9@<.?@@,@@ por ano, em um programa de perfuração de 7@@.@@@ m, isto é% *J5X ,7:?Gm x 7@@.@@@ m S US 0%00,00US 0%00,00-. 22 /. P0P02&%& & &5&67 & &8P52 2%1 INTRODUÇ.O2%1 INTRODUÇ.O >aralelamente ( evolução dos métodos de lavra, os explosivos v'm sofrendo, desde os anos 9@, um acentuado desenvolvimento tecnológico, objetivando alcançar os seguintes resultados% uma melhor fragmentação das rochas, maior segurança no manuseio, maior resist'ncia ( 2gua, menor custo por unidade derocha desmontada. 2%2 EPLOSIVOS2%2 EPLOSIVOS De'i$i+3(De'i$i+3( &xplosivos são subst#ncias ou misturas, em qualquer estado f"sico, que, quando submetidos a uma causa térmica ou mec#nica suficientemente enérgica *calor, atrito, impacto etc.- se transformam, total ou parcialmente, em gases, em um intervalo de tempo muito curto, desprendendo consider2vel quantidade de calor. I$6"e!ie$8e5 !e &m e?)l(5i(I$6"e!ie$8e5 !e &m e?)l(5i( *a- Explosivo básico *ou explosivobase- é um sólido ou l"quido que, submetido a uma aplicação suficiente de calor ou choque, desenvolve uma reação exotérmica extremamente r2pida e transforma$se em gases a altas temperaturas e press=es. &xemplo t"pico de explosivos b2sico é a nitroglicerina 8 7+?!<D7, descoberta em 69: pelo qu"mico italiano Ascanio 5obrera. b Os combustíveis e oxidantes são adicionados ao explosivo b2sico para favorecer o balanço de oxig'nio na reação qu"mica de detonação. ! combust"vel *óleo diesel, serragem , carvão em pó, parafina, sabugo de milho, palha de arroz etc.- combina com o excesso de oxig'nio da mistura explosiva, de forma que previne a formação de D! e D! B o agente oxidante *nitrato de am)nio, nitrato de c2lcio, nitrato de pot2ssio, nitrato de sódio etc.- assegura a completa oxidação do carbono, prevenindo a formação de 8!. A formação de D!, D! B e 8! é indesej2vel, pois além de altamente tóxicos 23 para o ser humano, especialmente em trabalhos subterr#neos, esses gases reduzem a temperatura da reação Rladr=es de calor e conseqHentemente, diminuem o potencial energético e a efici'ncia do explosivo. $ os antiácidos geralmente são adicionados para incrementar a estabilidade do produto ( estocagem, exemplo% carbonato de c2lcio, óxido de zinco. d os depressores de chama *cloreto de sódio- normalmente são utilizados para minimizar as possibilidades de fogo na atmosfera da mina, principalmente nas minas onde ocorre a presença do g2s metano *grisu-. *e- os agentes controladores de densidade e sensibilidade dividem$se em% qu"micos *nitrito de sódio, 2cido n"trico- e mec#nicos *micro esferas de vidro-. Do controle do p+ do explosivo utilizam$se a cal e o 2cido n"trico. *f- os agentes cruzadores *cross linking - são utilizados juntamente com a goma guar para dar uma forma de gel nas lamas e evitar a migração dos agentes controladores da densidade. &xemplo% dicromato de sódio. 2% 2% PROPRIEDADES PROPRIEDADES DOS DOS EPLOSIVOSEPLOSIVOS De$5i!a!e !e &m e?)l(5i(De$5i!a!e !e &m e?)l(5i( 0ensidade é a relação entre a massa e o volume dessa massa, medida em gGcm7. A densidade dos explos ivos comerciais varia de @,: a ,9? gGcm 7. A densidade dos explosivos é um fator importante para a escolha do explosivo. !s explosivos com densidade inferior ou igual a não devem ser utilizados em furos contendo 2gua, para evitar que os mesmos bóiem. >ara detonaç=es dif"ceis, em que uma fina fragmentação é desejada, recomenda$se um explosivo denso. >ara rochas fragmentadas Rin situ, ou onde não é requerida uma fragmentação demasiada, um explosivo pouco denso ser2 suficiente. E$e"6ia !e &m e?)l(5i(E$e"6ia !e &m e?)l(5i( 24 A finalidade da aplicação de um explosivo em um desmonte é gerar trabalho Etil. A energia liberada pelo explosivo em um furo é utilizada da seguinte forma% pulverização da rocha nas paredes do furo, rompimento da rocha, produção de calor e luz, movimento da rocha, vibração do terreno e sobrepressão atmosférica. Do passado, a energia de um explosivo era medida em função da porcentagem de nitroglicerina *DU- contida no mesmo. Jm explosivo que possu"a :@N de *DU- em peso era qualificado como tendo força de :@N. Acontece que os modernos explosivos, especialmente os agentes detonantes, não possuem DU nas suas formulaç=es, da" a necessidade de se estabelecer um novo padrão de comparação. Da atualidade, os seguintes conceitos são utilizados% - RS - - RS - Rela8Rela8ie ei6<ie ei6<8 8 S8"eS8"e$68< @E$e"6$68< @E$e"6ia ia "ela"ela8ia )(" 8ia )(" ma55aBma55aB:: é a energia dispon"vel por massa de um explosivo x, comparada com a energia dispon"vel por igual massa de um explosivo tomado como padrão. Dormalmente o ADK! é tomado como o explosivo padrão. ! c2lculo do IV5 é feito através da seguinte expressão% &'# ETx ET(= onde% &/x e &/p são as energias termoqu"micas do explosivo x e padrão, respectivamente. Eemplo %Eemplo % % 8onsidere como o explosivo padrão, o ADK! que apresenta as seguintes propriedades% densidade S @,6? gGcm 7 &nergia termoqu"mica S <@@ calGg. 82lculo da &nergia Ielativa por Massa *IV5- do explosivo emulsão que apresenta as seguintes propriedades% densidade S ,? gGcm 7 &nergia termoqu"mica S 6?@ calGg. //$al$al900900 //$al$al850850 E-pE-p E-E- RRSS == 25 IV5 S @,<99 ou IV5 S <9,9. Jma unidade de massa da emulsão possui ?,: N a menos de energia quando comparada com a mesma unidade de massa do ADK!. - R/S - Rela8ie /&lW S8"e$68< @E$e"6ia "ela8ia )(" (l&meB:- R/S - Rela8ie /&lW S8"e$68< @E$e"6ia "ela8ia )(" (l&meB: é a energia dispon"vel por volume de um explosivo x, comparada com a energia dispon"vel por igual volume de um explosivo tomado como padrão. 4sto é% &)# ETx ET( x x ( &'# x x (= = ρ ρ ρ ρ onde% ρx e ρp são as densidades do explosivo x e p, respectivamente. Exemplo 2 % Jtilizando os dados do exemplo anterior c2lc ulo da &nergia Ielativa por Tolume *I5-% 3 3 $m/85*0 $m/15*1 /$al900 /$al850 p E-p E-RS =ρ ρ= I5 S ,B6 ou I5 S B6. Jma unidade de volume da emulsão possui B6N a mais de energia quando comparada com a mesma unidade de volume do ADK!. /ala$+( !e /ala$+( !e O?i6X$i( !e O?i6X$i( !e &m &m e?)l(5i( e?)l(5i( e e E$e"6ia E$e"6ia !e e?)l(53( !e e?)l(53( @H@H' ' BB A maioria dos ingredientes dos explosivos e composto de oxig'nio, nitrog'nio, hidrog'nio e carbono. >ara misturas explosivas, a liberação de energia é otimizada quando o balanço de oxig'nio é zero. alanço zero de oxig'nio é definido como o ponto no qual uma mistura tem suficiente oxig'nio para oxidar completamente todos os combust"veis *óleo diesel, serragem, carvão, palha de arroz etc.- presentes na reação, mas não contém excesso de oxig'nio que possa reagir com o nitrog'nio na mistura para formação de D! e D! B e nem a falta de oxig'nio que possa gerar o 8!, pois além de altamente tóxicos para o ser humano, esses gases reduzem a temperatura da reação e, conseqHentemente, diminuem o potencial energético e a efici'ncia do explosivo. 26 /eoricamente, os gases produzidos na detonação a balanço zero de oxig'nio são% 8!B, +B! e DB e na realidade pequenas quantidades de D!, 8!, D+ B, 8+9 e outros gases. 8omo exemplo, considere a mistura ideal do nitrato de am)nio *DB+9@7- com o óleo diesel *8+ B-% DB+9@7 Y 8+B → 8!B Y +B! Y DB TaTa*ela 2 - C9l4&l( *ela 2 - C9l4&l( !a $e4e55i!a!e !e (?i6X$i( )a"a e&ili*"!a $e4e55i!a!e !e (?i6X$i( )a"a e&ili*"a" a e&a+3(%a" a e&a+3(% 8omposto Kórmula >rodutos desejados na reação Decessidade *$- ou excesso *Y- de oxig'nio Ditrato de am)nio Zleo diesel DB+9@7 8+B DB, B+B! 8!B, +B! Y 7 $ B S Y $ B $ S $ 7 Decessidades de oxig'nio% $7 ! resultado é uma defici'ncia de 7 2tomos de oxig'nio por unidade de 8+ B. 0esde que cada molécula do nitrato de am)nio apresenta excesso de um 2tomo de oxig'nio, 7 unidades de nitrato de am)nio são necess2rias para o balanço de cada unidade de óleo diesel na mistura de ADGK!. &quilibrando a equação% 7DB+9@7 Y 8+B → 8!B Y C+B! Y 7DB 82lculo das percentagens de DB+9@7, 8+B por massa de mistura de ADGK!% Jsando as massas moleculares da tabel a 7, podemos calcular a soma das massas moleculares dos produtos a partir das massas at)micas% Al S BC 8 S B ! S : + S D S 9. TaTa*ela - *ela - C9l4&l( !a 5(ma !a C9l4&l( !a 5(ma !a ma55a m(le4&la"ma55a m(le4&la" !(5 )"(!&8(5 !a "ea+3(%!(5 )"(!&8(5 !a "ea+3(% 8omposição Massa molecular *g- 7DB+9@7 7 x 6@ S B9@ 8+B 9 /otal B?9 27 A percentagem do nitrato de am)nio na mistura, ser2% *B9@ % B?9- x @@N S ,, &ntão sabemos que B9@ g de nitrato de am)nio reagem com 9 g de carbono quando o balanço é perfeito, quer dizer, o óleo deve representar, em massa% *9 % B?9- x @@N S ,, Cal(" !e Cal(" !e F("ma+3((& F("ma+3( (& E$e"6ia !e E$e"6ia !e E?)l(53( E?)l(53( @H@H' ' BB >or definição, a ener gia da explosão *+ f - é a dif erença entre o cal or de formação dos produtos *+p- e o calor de formação dos reagentes *+ r -, isto é% HH' ' HH)) - - HH" " Jtilizando os valores da entalpia da tabela 9, teremos% TaTa*ela - *ela - E$8al)ia !e F("ma+3( )a"E$8al)ia !e F("ma+3( )a"a !i'e"e$8e5 4(m)(58(5a !i'e"e$8e5 4(m)(58(5 C(m)(58( C(m)(58( HH ' ' @W4alm(lB @W4alm(lB DB+9!7 *nitrato de am)nio- $6C,7@ +B@ $?C,6@ 8!B $<9,@ 8+B *óleo diesel- $ C,@@ 8! $B:,9@ D @ D! Y B,:@ 28 D!B Y 6,@ AlB!7 *alumina- $7<<,@@ +p S $<9,@ Y C*$?C,6@- Y 7*@- ⇒ +p S $9<6,C Wcal +p S 7*$6C,7@- $ C ⇒ +p S $B:6,< Wcal +f S +p $ +r S $9<6,C Wcal $ *$B:6,<- Wcal S $BB<,6 Wcal /ransformando para calGg% $BB<,6 x @@@ G B?9 g ⇒ H' H' - 0 - 0 4al64al6 VeVel(4i!a!e e P"l(4i!a!e e P"e553( !e e553( !e !e8($a+3( !e &m !e8($a+3( !e &m e?)l(5i(e?)l(5i( A velocidade de detonação de um explosivo *T!0- é o "ndice mais importante do desempenho do mesmo, desde que a pressão de detonação de um explosivo é diretamente proporci onal ao quadrado da velocidade de detonação, conforme a expressão abaixo. Jma maneira de avaliar o desempenho de um explosivo é pela comparação da pressão produzida no furo durante a detonação. 8aso a pressão produzida no furo durante a detonação não supere a resist'ncia din#mica da rocha, a mesma não ser2 fragmentada, entretanto a energia não utilizada no processo de fragmentação e deslocamento da rocha se propagar2 no terreno sob a forma de vibração. ! pico da pressão exercida pela expansão dos gases, depende primariamente da densidade e da velocidade da detonação. As press=es podem ser calculadas usando a seguinte equação% 6 2 10 4 + −ρ= 29 sendo% >K S pressão produzida no furo, quando o explosivo est2 completamente acoplado ao furo *U>a- ρ S densidade do explosivo *gGcm 7- T!0 S velocidade de detonação de um explosivo confinado *mGs-. >ara a medição da T!0 do explosivo, pode$se utilizar o R VOD PRORE ! "#$% EV#"&#%OR' de fabricação da 4D5/AD/&O 4D8. *8anad2- ou oMini/rap 444, de fabricação da MI&O do 8anad2. ! medidor da T!0 */he T!0 >robe $ last &valuator- possui um cron)metro eletr)nico que é acionado por fibras óticas introduzidas no furo a ser detonado e mede a T!0. [ medida que ocorre a detonação do explosivo, a luz resultante que é emitida aquece o probe de fibra ótica em um certo tempo, permitindo dessa maneira a medição da T!0 do explosivo. ;2 o Mini/rap 444 mede a T!0 utilizando cabo coaxial. A medição da velocidade de detonação dos explosivos tem os seguintes objetivos% • determinar a velocidade de detonação do explosivo, para que a partir damesma seja calculada a pressão produzida no furo durante a detonação • comparar o desempenho do explosivo quando iniciado com diferentes escorvas, acessórios e diferentes materiais utilizados para o confinamento do tampão • verificar se os explosivos e acessórios estão detonando de acordo co m o valor fornecido pelos fabricantes. Se$5i*ili!a!e Y i$i4ia+3(Se$5i*ili!a!e Y i$i4ia+3( 0efine$se como a susceptibilidade de um explosivo ( iniciação, isto é, se o explosivo é sens"vel ( espoleta, cordel, booster *reforçador- etc. 30 DiKme8"( 4"8i4(DiKme8"( 4"8i4( As cargas de explosivos com forma cil"ndrica t'm um di#metro abaixo do qual a onda de detonação não se propaga ou propaga$se com uma velocidade muito baixa. A esse di#metro, d2$se o nome de di#metro cr"tico. !s principais fatores que influenciam no di#metro cr"tico são% tamanho das part"culas, reatividade dos seus ingredientes, densidade e confinamento. Ga5e5 6e"a!(5 )el(5 e?)l(5i(5Ga5e5 6e"a!(5 )el(5 e?)l(5i(5 A classificação dos fumos é primordialmente importante na seleção de explosivos para desmontes subterr#neos ou utilização em tEneis em que as condiç=es de ventilação e renovação do ar são limitadas. Luando o explosivo detona, decomp=e$se em estado gasoso. !s principais componentes são 0ióxido de 8arbono, Monóxido de 8arbono, !xig'nio, Zxidos de Ditrog'nio e U2s 5ulf"drico. !s gases nocivos ao ser humano, quanto ao n"vel de toxidade, são classificados como% $ 8lasse $ não tóxicos *menor que BB,:? lGWg- $ 8lasse B $ mediamente tóxicos *de BB,:? a menos de 9:,C lGWg- $ 8lasse 7 $ tóxicos *de 9:,C a menos de <9,6 lGWg-. A toxidez dos gases da explosão é avaliada pelo balanço de oxig'nio *!-. 4sto quer dizer que, o oxig'nio que entra na composição do explosivo pode estar em falta ou em excesso, estequiometricamente, resultando uma transformação completa ou incompleta. Luando a transformação é completa, os produtos resultantes são 8! B, +B! e DB, todos não tóxicos. Da realidade pequenas proporç=es de outros gases *D!, 8!, D+ 7 e 8+9 etc.- também são gerados, mas não comprometem a boa qualidade dos produtos finais. A pesquisa do ! de um explosivo, apresenta uma grande import#ncia pr2tica, não só do ponto de vista da formação dos gases tóxicos, mas, porque ela est2 correlacionada com a energia da explosão, o poder de ruptura e outras 31 propriedades do explosivo usado. ! m2ximo de energia é conseguido quando o ! é zero. Da pr2tica, esta condição é utópica *Ieis, <<B-. !s explosivos podem ser representados pela fórmula geral% CCaaHH**OO44NN!!ee, onde 3 é um metal. 8onsideremos o caso da decomposição de um explosivo que não recebe elementos met2licos. >ara uma transformação completa, ter"amos% 8aa+**!44D!! ??8!B Z Z [[+B! Z Z ;;DB &quilibrando a equação% a S x b S BF d S Bx Y F c S Bx Y F ⇒ 4 2a Z *24 2a Z *2 , quando então a transformação é completa, tendo em vista os produtos de reação. Eemplo#Eemplo# Ditroglicerina% 8+!D !xig'nio existente na molécula% < 2tomos !xig'nio necess2rio% c S Ba Y bGB S B x 7 Y ?GB S 6,? 2tomos +2, portanto, um excesso de @,? 2tomo de oxig'nio. 8onsiderando que o peso molar da DU é de% 7 x B Y ? x Y < x : Y 7 x 9 S BBC gramas. ! S 7,?BN &bservaçã&bservação% &xplosivos mal iniciados ou desbalanceados geram mais gases tóxicos. Re5i58X$4ia Y 96&aRe5i58X$4ia Y 96&a 32 :100 227 8:100 xx rinanitroglicedamolecular >eso oxig'niodeexcessodomolecular >eso! == \ a capacidade que um explosivo tem de resistir a uma exposição ( 2gua durante um determinado tempo, sem perder suas caracter"sticas. A resist'ncia de um explosivo ( 2gua pode ser classificada como% nenhuma, limitada, boa, muito boa e excelente. 2% 2% CLASSIFICAÇ.O CLASSIFICAÇ.O DOS DOS EPLOSIVOSEPLOSIVOS A figura 6 mostra como podem ser classificados os explosivos. Deste texto discutiremos apenas os explosivos qu"micos, por serem os mais utilizados pelas mineraç=es e obras civis. +2 tr's tipos de explosivos comerciais% a al8(5 al8(5 e?)l(5ie?)l(5i(5(5, isto é, explosivos cara cterizados pela elevad"ssima velocidade de reação *?@@ a <@@@ mGs- e alta taxa de pressão *?@.@@@ a 9 milh=es de psi-. !s altos explosivos serão prim2rios quando a sua iniciação se der por chama, centelha ou impacto. 5ecund2rios quando, para sua iniciação, for necess2rio um est"mulo inicial de consider2vel grandeza. &xemplo de altos explosivos% /D/, dinamites, gelatinas b *ai?(5 e?)l(5i(5*ai?(5 e?)l(5i(5, ou deflagrantes, caracterizam$se por uma velocidade de reação muito baixa *poucas unidades de mGs- e press=es no m2ximo de ?@.@@@ psi. &xemplo% pólvora e explosivos permiss"veis $ A6eA6e$8e5 !e8($a$8$8e5 !e8($a$8e5e5 são misturas cujos ingredientes não são classificados como explosivos. &xemplo% ADK!, ADK!GAO, lama, ADK! >esado, emuls=es. lassificação dos &;plosivos !e$;i$os <%=mi$os ,%$leares Altos Eplosivos aios Eplosivos Aetes etoates 33 +rim'rio Se$%d'rio +ermiss=veis ,ão permiss=veis Figura $ - lassificação dos e;plosivos E?)l(5i(5!e'la6"a$8e5E?)l(5i(5 !e'la6"a$8e5 aixos explosivos *propelantes-, ou deflagrantes, são aqueles cuja reação qu"mica é uma combustão muito violenta chamada deflagração, que se propaga a uma velocidade da ordem de @@ a ?@@ mGs e press=es de no m2ximo ?@.@@@ psi. &ntre os explosivos deflagrantes, o protótipo é a pólvora negra. 8onhecida da remota AntigHidade, sua invenção tem sido atribu"da aos chineses, 2rabes e hindus. Jsada pela primeira vez, em mineração, em :BC, na +ungria, e logo após, na 4nglaterra. A percentagem ponderal média dos componentes da pólvora negra é a seguinte% > Ditrato de pot2ssio *PD@7- ou nitrato de sódio *DaD@7- ........................ C?N > 8arvão vegetal *8- ................................................................................ ?N > &nxofre *5- ............................................................................................ @N 2% 2% ALTALTOS EPLOSIVOS COM OS EPLOSIVOS COM /ASE DE /ASE DE NITROGLINITROGLICERINACERINA Di$ami8e5Di$ami8e5 As dinamites, inventada pelo qu"mico sueco Alfred Dobel, em 6::, diferem emtipo e graduação conforme o fabricante, podendo, contudo, serem classificadas segundo os seguintes grupos principais% 34 • 0inamite guhr • 0inamites simples • 0inamites amoniacais 'inamite guhr 'inamite guhr 0e interesse puramente histórico, resulta da mistura de Ditroglicerina, Pieselguhr e estabilizantes. Dão é mais usada. 'inamite simples'inamite simples Iesultante da mistura% Ditroglicerina Y 5erragem Y !xidante Y &stabilizante. 8omo se v', a serragem substitui o Wieselguhr como absorvente e nitrato de sódio é, em geral, o oxidante usado. 8omo estabilizante, ou anti2cido, usa$se o carbonato de c2lcio, com cerca de N. A dinamite simples produz boa fragmentação. &m contrapartida, apresenta um alto custo e gera gases tóxicos. 'inamites amoniacais'inamites amoniacais ! alto custo da dinamite simples e as qualidades indesej2veis j2 citadas permitiram o desenvolvimento das dinamites amoniacais. As dinamites amoniacais são similares em composição, (s dinamites simples, mas a nitroglicerina e o nitrato de sódio são pa rcialmente substitu"dos por nitrato de am)nio. elatinaselatinas A gelatina também foi descoberta por Alfred Dobel, em 6C?. A gelatina é um explosivo bastante denso de textura pl2stica, parecendo uma goma de mascar, constitu"da de nitroglicerina Y nitrocelulose Y nitrato de sódio. 5ão utilizadas apenas em casos especiais. Ueram gases nocivos. /em grande velocidade de detonação, produz boa fragmentação e ótimo adensamento no furo. elatinas amoniacaiselatinas amoniacais As gelatinas amoniacais t'm formulaç=es semelhantes (quelas das gelatinas, porém o nitrato de am)nio substitui, parcialmen te, a nitroglicerina e o nitrato de sódio. &ssas gelatinas foram desenvolvidas para substituir as gelatinas, com 35 maior segurança no manuseio e custo menor de produção, porém menos resistentes ( 2gua. emigelatinasemigelatinas 8onstituem um tipo intermedi2rio entre as gelatinas e as dinamites amoniacais, combinando a baixa densidade das amoniacais com a resist'ncia ( 2gua e a coesão das gelatinas, em grau mais atenuado. As composiç=es são semelhantes (quelas das gelatinas amoniacais, com variaç=es nas proporç=es de nitroglicerina, nitrato de sódio e nitrato de am)nio, este em porcentagens mais altas. !s gases variam de excelentes a pouco tóxicos. &xistem diversas variantes comerciais. A tabela ? mostra as N dos ingredientes dos altos explosivos. TaTa*ela - *ela - P("4e$8a6em !(5 iP("4e$8a6em !(5 i$6"e!ie$8e5 !(5 al8(5 $6"e!ie$8e5 !(5 al8(5 e?)l(5i(5e?)l(5i(5 P0&<%=&M +>' 2<=0&2&<& Produto < glic. < celul. < ?dio < %m@nio om*ustvel %ntiAcido inamites simples 20 > 60 > 60 ? 20 > 15 ? 18 3 ? 0 1*3 ? 1*0 inamites %moniacais 12 ? 23 > 57 ? 15 12 ? 50 10 > 9 7 ? 2 1*2 ? 1*0 =elatinas 20 ? 50 0*4 ? 1*2 60 ? 40 > 11 > 8 8 ? 0 1*5 ? 1*1 =elatinas %moniacais 23 ? 35 0*3 ? 0*7 55 ? 34 4 > 20 8*0 7 > 0 0*7 ? 0*8 emigelatinas sem i@ormação 2% 2% AAGENTES GENTES DETONADETONANTESNTES EPLOSIVOS GRANULADOS EPLOSIVOS GRANULADOS !s explosivos granulados, também conhecidos como agentes detonantes, geralmente consistem em misturas de nitratos inorg#nicos e óleo combust"vel,podendo sofrer adição ou não de subst#ncias não explosivas *alum"nio ou ferro$ sil"cio-. 36 ANFOANFO &ntre os explosivos granulados, h2 um universalmente conhecido, formado pela mistura pura e simples de nitrato de am)nio *<9,?N- e óleo diesel *?,?N- denominado ADK!, sigla esta resultante dos voc2bulos ingleses Ammonium Ditrate e Kuel !il. As proporç=es acima, consideradas ideais, foram determinadas pelos americanos Oee e AWre, em <??. As maiores vantagens do ADK! são% ocupar inteiramente o volume do furo, grande insensibilidade aos choques, poucos gases tóxicos e redução do preço global do explosivo *J5X @,9@GWg-. As maiores desvantagens% falta de resist'ncia ( 2gua, baixa densidade *@,6? gGcm 7- e necessidade de um iniciador especial. A reação ideal do ADK! *DB+9@7 $ Ditrato de am)nio e 8+ B $ Zleo diesel- quando o balanço de oxig'nio é zero, pode ser expressa por% 7DB+9@7 Y 8+B → 8!B Y C+B! Y 7DB Z Z 00 00 4al64al6. !utros explosivos granulados, fabricados por diferentes produtores, nada mais são do que formulaç=es similares ( do ADK!, com adição de outros ingredientes, explosivos ou sensibilizantes, combust"veis, oxidantes e absorventes. ANFOALANFOAL !s primeiros trabalhos realizados com explosivos contendo alum"nio na sua formulação, a fim de otimizar os custos de perfuração e desmonte, foram conduzidos no in"cio da década de :@, em minas de ferro no >eru e mais tarde na Austr2lia. ! objetivo da adição de alum"nio ao ADK! é de aumentar a produção de energia do mesmo. A adição de alum"nio no ADK! varia de ? a ?N por massa. Acima de ?N a relação custo$benef"cio tende a não ser atrativa. A reação do ADK!GAO contendo ?N de Al pode ser expressa por% 37 9,?DB+9@7 Y 8+B Y AO → 8!B Y @+B! Y 9,?DB Y ½ AlB@7 Z Z 1100 1100 4al64al6 Jma composição de ADGK!GAl *<@,6:G9,9G?- apresenta as seguintes propriedades% densidade S @,6C gGcm7 IV5 S ,7 e I5 S ,: comparada com o ADK! padrão. LAMAS LAMAS @SLURRIES@SLURRIESB B E PE PAASTASTAS DETONANTESS DETONANTES 0esenvolvidas e patenteadas nos &stados Jnidos da América, representam v2rios anos de pesquisa de Mr. Melvin A. 8ooW e +. &. Korman. A lama explosiva foi detonada com sucesso, pela primeira vez em dezembro de <?:, na Mina Dob OaWe, em Oabrador, 8anad2. !s materiais necess2rios ( composição da lama *tabela :- são representados por sais inorg#nicos *nitrato de am)nio, nitrato de c2lcio e nitrato de sódio-, sensibilizantes *alum"nio atomizado, ferrosil"cio- combust"veis *carvão eGou óleo diesel-, estabilizantes, agentes controladores de densidade *nitrito de sódio e 2cido n"trico- e de p+, agentes gelatinizantes, agentes cruzadores e gomas. As pastas são superiores ao ADK!, apresentam boa resist'ncia ( 2gua, todavia são bem mais caras. 8om a introdução das emuls=es no mercado internacional, o consumo de lama vem decaindo. TaTa*ela - *ela - C(m)(5i+3( *95i4a !a C(m)(5i+3( *95i4a !a LamaLama F%& <B<C% %a 15 > 20: ,itrato de AmBio e/o% de Sdio/C'l$io 65 ? 80: Doma Aetes Cr%(adores 1 ? 2: F%& &<B<C% Fleo iesel 2 > 5: Al%m=io 0 > 10: Aetes de Dasei@i$ação 0*2 : EMULSÕESEMULSÕES ! interesse em explosivos em emulsão deu$se no in"cio da década de :@. &xplosivos em emulsão são do tipo R2gua$em$óleo *(ater!in!oil -. &les consistem de microgot"culas de solução oxidante supersaturada dentro de uma matriz de 38 óleo. >ara maximizar o rendimento energético, enquanto minimiza custos de produção e preço de venda, o oxidante dentro das microgot"culas consiste principalmente de nitrato de am)nio. 0entro de um ponto de vista qu"mico,uma emulsão se define com uma dispersão est2vel de um l"quido imisc"vel em outro, o qual se consegue mediante agentes que favorecem este processo *agentes emulsificantes- e uma forte agitação mec#nica. A tabela C mostra a composição b2sica de um explosivo em emulsão. $a$a%ela & ' %ela & ' (omposição t)pica de u(omposição t)pica de um e*plosivo em emulsão m e*plosivo em emulsão +,ilva! -+,ilva! -. (.! 1/#0. (.! 1/#0 2<=0&2&<& P&0&<%=&M &M M%% ,itrato de AmBio %a Fleo diesel Aete Em%lsi@i$ate" leato de sdio o% !ooleato de e(orbitol 77*3 16*7 4*9 1*1 GGGGG 100*0 ANFO PEANFO PESADO @HEAV\ ASADO @HEAV\ ANFOBNFOB A primeira patente utilizando ADK! como agente redutor de densidade foiconcedida em <CC *8laF , <CC- desde que os prills *grãos ou pérol as- e os interst"cios do ADK! podem ser utilizados para aumentar a sensibilidade da emulsão e ao mesmo tempo aumenta r a densidade do ADK!. A bl endagem da emulsão com o ADK! ou Ditrato de am)nio é conhecida como ADK! >esado *tabela 6-. A densidade do ADK! >esado resultante situa$se na faixa de ,@@ a ,77 gGcm 7. A resist'ncia ( 2gua do ADK! pesado é moderada. >ara uma blendagem de ADK!G&mulsão% ?@G?@, a uma densidade de ,77 gGcm7, o ADK! pesado passa a apresen tar resis t'ncia ( 2gua, porém a m"nima escorva de iniciação deve apresentar uma massa acima de 9?@ g. $a$a%ela / ' %ela / ' (omposiçã(omposição t)pica do o t)pica do AF2 3esado comAF2 3esado com resistência 4 guaresistência 4 gua Hatsabais* 1999) 2<=0&2&<& P&0&<%=&M &M M%% ,itrato de AmBio 59*1 39 ,itrato de C'l$io %a Fleo diesel Al%m=io Aete Em%lsi@i$ate" leato de sdio o% !ooleato de e(orbitol 19*7 7*2 5*9 7*0 1*1 GGGGG 100*0 EPLOSIVOS PERMISSVEISEPLOSIVOS PERMISSVEIS 5ão assim chamados os explosivos que podem ser usados em algumas minas subterr#neas, nas quais podem acontecer emanaç=es de metano que, com o ar, forma uma mistura inflam2vel, ou então, em minas com poeiras carbonosas em suspensão. A tabela < apresenta um resumo das principais propriedades dos explosivos industriais. a*ela 9 - %lgumas propriedades dos e;plosivos industriais.ote" erad#(* 2000 P"(!&8( P"(!&8( De$5i!a!e De$5i!a!e Vel(4i!a!e Vel(4i!a!e !e !e De8($a+3( De8($a+3( P"e553( P"e553( !e !e De8($a+3( De8($a+3( E$e"6ia E$e"6ia !a !a V(l&me V(l&me !e!e *confinada- E?)l(53( Ga5e5E?)l(53( Ga5e5 *gGcm7- *mGs- *Pbar- *calGg- *lGWg- 0inamites especiais ,9@ BC@@ ] ?C@@ B? ] 99 <7? 0inamite amoniacal ,B? 9C@@ :< ::9 6B Uelatina ,?@ C?@@ ] C6@@ BB? 97@ C9@ Uelatina amoniacal ,7B ?@@@ 67 B? <@@5emi$gelatina ,B9$,7@ 9<@@ ] ?@@ C9 ] 6? 6<@ ] <?@ 6@@ ] 6@ ADK! *φS:- @,6? 7?@@ B6 <@@ @?@ ADK!YAl B a BN @,6:$@,<@ 9?@@ ] 9C@@ 97 ] 9C <:@ ] 7:@ <@@ ] @7@ Oama ,@?$,? 77@@ ] ?9@@ B6 ] 6@ C@@ ] 9@@ &mulsão * a B- ,@$,6 ?@@ ] ?6@@ CB ] C< C@ ] C?@ <@@ ] @@@ ADK! >esado ,79$,7C 7:B@ ] 97@ 99 ] ?: :7@ ] 6:? @9? ] B@ 2% 2% CRITRIOS GERAIS CRITRIOS GERAIS DE SELEÇ.O DE SELEÇ.O DE UM DE UM EPLOSIVO COMERCIALEPLOSIVO COMERCIAL C"i8]"i( !e 5ele+3( !e e?)l(5i(5C"i8]"i( !e 5ele+3( !e e?)l(5i(5 A escolha adequada de um explosivo é uma das partes mais importantes no projeto de desmonte de rocha. &sta seleção é ditada por consideraç=es econ)micas e condiç=es de campo. !s fatores que devem ser levados em consideração na escolha do explosivo incluem% tipo de desmonte, propriedade s dos explosivos *densidade, velocidade e pressão de detonação, resist'ncia ( 40 2gua, classe dos gases-, segurança no transporte e manuseio, di#metro da carga custo do explosivo, da perfuração, do carregamento, do transporte e britagem da rocha condiç=es da geologia local, caracter "sticas da rocha a ser desmontada *densidade, resist'ncia ( tração, ( compressão e cisalhamento, módulo de ^oung, coeficiente de >oisson, velocidade s"smica-, condiç=es da ventilação dos ambientes subterr#neos, impactos ambientais gerados pelos desmontes de rocha etc. 8onhecidos esses fatores, pode$se definir qual o explosivo mais indicado para cada situação particular. G&ia )a"a 5ele+3( !e e?)l(5i(5 !i5)($ei5 $( me"4a!( *"a5ilei"(G&ia )a"a 5ele+3( !e e?)l(5i(5 !i5)($ei5 $( me"4a!( *"a5ilei"( >ara auxiliar os profissionais que atuam na atividade do desmonte de rocha, é que desenvolvemos as tabelas de equival'ncia dos diferentes produtos de diversos fabricantes que atuam no mercado brasileiro. Além da equival'ncia, as tabela @ e mostram a aplicação de cada explosivo e acessório, respectivamente. "abela %* "abela %* + + Euival-ncia de alguns Euival-ncia de alguns eplosivos comerciais dispon.veis noeplosivos comerciais dispon.veis no mercado mercado brasileiro/brasileiro/ 2P & &8P52 F%D02%<& <M& M&02%5 %P52%6E& &MC57 &<%0C%% RICA AIRAS!AD,J! +IRRS RICA RICA RICA RICA > +ERDEK 800 > RAS+EL> !AD>DEK 100 > +IRR- > +ERDEK 800 SIS!DRIC > +ERDEK RL 800 > +ERDEK RL 900 > +ERDEK 900 E 1000 E!JKSM AKJ!I,INAA > +RE!IJ! > !ieração a $#% aberto* s%bterr;ea e s%baO%'ti$o)> <%alO%er tipo de ro$Pa* $#% aberto* s%bsolo e s%baO%'ti$o > Espe$ial para prospe$ção s=smi$a) > !ieraçQes o s%bsolo e teis) > !ieração a $#% aberto* pr#>@iss%rameto e @oa$Po) > +edreiras e mieração a $#% aberto* $ostr%ção $ivil em eral e desmotes s%baO%'ti$os) > esmotes em eral $a$a%ela 1%ela 11 1 ' ' 6"uival6"uivalência de ência de alguns e*plosivos comerciais dispon)veis no alguns e*plosivos comerciais dispon)veis no mercado mercado %rasilei%rasileiro.ro. 2P & &8P52 F%D02%<& <M& M&02%5 %P52%6E& &MC57 DMD&%% RICA !AD,J! I< +ERDEK !AD>!AL IE!JL Ro$Pas bradas o% d%ras) Cara de @%do) esmote em eral 41 %<F P&% DMD&% RICA I< EL+K, A+ IE!EL / IE,I-E Ro$Pa d%ra* sã o% @iss%rada) Em @%ros $om '%a) =0%<C5% DMD&% RICA I< !AD,J! EL+K, S 65 A,!AL !AD!IL /!AD,J! Ro$Pas bradas e @ri'veis em @%ros se$os) %GC%=&5 +5%M%' RI-A,I-E -EL E RI-A,I-E AK esmote s%baO%'ti$o* $#% aberto e s%bterr;eo) =0%<C5% I< AIRAS RICA ,I-R,* RI-A!, E RI-, RAS+, +ER!IL !D > Eplosivos de $ol%a em @%ros se$os* e para o desmote se$%d'rio @oa$Po) > peraçQes a $#% aberto o% s%bsolo* em @%ros se$os ode eiste a e$essidade de eplosivos de baia desidade de $arreameto e as operaçQes $om $arreameto pe%m'ti$o) I!EK EKDEL + 15 > Ro$Pas d%ras e m#dias) > Ro$Pas m%ito d%ras e resistetes) > Ro$Pas m%ito d%ras e resistetes) > Cara de @%do) &M2=&5%2<% I!EK -RI!,I Cara de $ol%a em desmote a C#% aberto) % % ACESS^RIOS ACESS^RIOS DE IDE INICIAÇ.ONICIAÇ.O %1 I$8"(!&+3(%1 I$8"(!&+3( >aralelamente ( evolução dos métodos de lavra, os acessórios de iniciação de desmonte de rochas por explosivos v'm sofrendo, desde os anos 9@, um acentuado desenvolvimento tecnológico, objetivando alcançar os seguintes 42 resultados% uma melhor fragmentação das rochas, maior precisão nos tempos de retardo, maior segurança e facilidade no manuseio, redução dos problemas ambientais gerados durante os desmontes, menor custo por unidade de rocha desmontada. %2 Hi58_"i4(%2 Hi58_"i4( !s acessórios surgiram a partir do momento em que o homem tendo conhecimento do poder do explosivo, pólvora negra, que até então era utilizada em armas de fogo e em fogos de artif"cios, decidiu utiliz2$la na atividade de mineração. Do ano de :7, Mor ton Veigold sugeriu a utilização de explosivos nas minas da região da 5ax)n ia. >orém sua idéia não obtev e sucesso. &m fevereiro de :BC, Paspar Veindl, nascido na região do /irol, nos Alpes austr"acos, realizou uma detonação na mina real de 5chemnitz, em !ber$ iberstollen, na +ungria, sendo esta, a primeiradetonação em mineração que se tem not"cia. >rovavelmente, Paspar Veindl utilizou um acessório, também de pólvora negra, para iniciar a carga explosiva. >ossivelmente este primeiro acessório teria sido uma trilha, que descia acesa ao furo, preenchido por pólvora negra. ! sistema era muito inseguro e impreciso *Iezende, B@@B-. % Ge$e"ali!a!e5% Ge$e"ali!a!e5 !s explosivos industriais tem um certo grau de estabilidade qu"mica que os tornam perfeitamente manuse2veis, dentro de condiç=es normais de segurança. >ara desencadear a explosão, ser2 necess2rio comunicar ao explosivo uma quantidade inicial de energia de ativação, suficientemente capaz de promover as reaç=es internas para sua transformação em gases. Jma vez iniciada esta reação, ela se propaga através de toda a massa explosiva. &sta energia inicial provocadora é comunicada sob forma de choques moleculares, oriundos de calor, chispas, atrito, impacto etc. 43 !s acessórios de detonação são destinados a provocar estes fen)menos iniciais de uma forma segura. Alguns deles são destinados a retardar a explosão, quando isto for desej2vel. >odemos, pois, dizer que os acessórios de detonação são dispositivos, aparelhos ou instrumentos usados na operação de explosão, para se obter explosão segura e eficaz. 5e o acessório iniciador não comunicar uma energia de ativação satisfatória para ocasionar uma iniciação desej2vel, pode resultar, simplesmente, na queima dos explosivos, sem deton2$lo. A efici'ncia da explosão est2 intimamente ligada ao modo pelo qual foi iniciado, pois, sabem os que, a energia desenvolvida pelo corpo, pela sua decomposição, for inferior a energia inicial de ativação, a reação não se propagar2 *Ieis, <<B-. % % P"i$4i)ai5 P"i$4i)ai5 a4e55_"i(5 8"a$5mi55("e5 a4e55_"i(5 8"a$5mi55("e5 !e e$e"6ia!e e$e"6ia E58()im !e Se6&"a$+aE58()im !e Se6&"a$+a Acessório desenvolvido para mineração, por Villiam icWford, na 4nglaterra, no ano de 67. ! estopim de segurança, ou estopim, conduz chama com velocidade uniforme a um tempo de queima constante de 9@ s * ± @ s- por metro, para ignição direta de uma carga de pólvora ou detonação de uma espoleta simples. 8onstitu"da de um nEcleo de pólvora negra, envolvida por materiais t'xteis que, por sua vez, são envolvidos por material pl2stico ou outro, visando sua proteção e impermeabilização. >ara se iniciar o estopim, poder$se$2 usar palitos de fósforos comuns e isqueiros. E5)(le8a 5im)le5E5)(le8a 5im)le5 Alfred Dobel, conhecedor do poder da nitroglicerina, por v2rios anos tentou criar uma carga de iniciação que pudesse detonar este explosivo. Após v2rias tentativas fracassadas, utilizando$se de uma mistura de pólvora negra e nitroglicerina, observou que a nitroglicerina molhava a pólvora negra reduzindo 44 assim a capacidade de queima. &ntão, no ano de 6:7 ele desenvolveu o que seria chamado do primeiro protótipo da espoleta simples. A espoleta simples consta de um tubo, de alum"nio ou cobre, com uma extremidade aberta e outra fechada, contendo em seu interior uma carga detonante constitu"da por uma carga chama prim2ria, ou de ignição, cujo explosivo é a azid a de chumbo >b *D 7-B, e uma carga b2sica de >&/D $ /etranitrato de pentaeritritol *8 B+9DB!:-. A razão destas duas cargas, é devido ao fato de que a azida de chumbo é um explosivo fulminante que pode ser iniciado ( custa de uma fagulha. A azida de chumbo, uma vez iniciada pela fa"sca do estopim, faz detonar a carga de >&/D. !s tipos mais comuns das espoletas encontradas no mercado são do tipo n._ : *massa de @,7B? g de >&/D e @,7 g de misto iniciador- e a n._ 6 *massa de @,? g de >&/D e @,7 g de misto iniciador-. A c2psula de cobre só é usada para casos particulares, porque a presença de umidade contendo g2s carb)nico, a azida de chumbo pode se transformar em azida de cobre, que é muito mais sens"vel e, portanto, mais perigosa. E5)(le8a5 El]8"i4a5E5)(le8a5 El]8"i4a5 As exig'ncias do mercado com relação ( necessidade de um acessório que oferecesse um maior controle da detonação levaram +. ;ulius 5mith a inventar a espoleta elétrica em 6C:. A grande idéia que este cientista teve foi a de utilizar o conceito da l#mpada e da espoleta simples, para criar a espoleta elétrica. &sta novidade, que poderia ser chamada de cruzamento entre os dois acessórios, tinha como princ"pio de funcionamento uma fonte de energia elétrica que gerava um aquecimento pelo efeito )oule, em uma ponte de fio altamente resistente, incandescente, capaz de desencadear a detonação da carga explosiva de ignição da c2psula, formada por uma pequena subst#ncia pirotécnica. A espoleta elétrica é um iniciador ativado por corrente elétrica. ! tipo instant#neo funciona em tempo extremamente curto quando a corrente circula pela ponte elétrica. 45 ! tipo retardo, por ação de um elemento de retardo, proporciona um tempo de espera controlado entre suas iniciaç=es e a detonação da espoleta propriamente dita. /empo de &spera% @ a ? s ........................................................................... 5érie 5 B? a @@@ ms ................................................................ 5érie M5 As espoletas elétricas são empregadas em trabalhos cujo a iniciação deva ser controlada com rigor *prospecção geof"sica- ou em condiç=es onde não seja poss"vel o uso do cordel detonante *carga de abertura de forno metalErgico-. C("!el De8($a$8eC("!el De8($a$8e *ist+rico • Krança ] 6C< /ubos finos de chumbo, carregados com nitrocelulose que depois eram estirados. • `ustria ] 66C Kulminato de mercErio, misturado com parafina, envolto por uma fiação de algodão T!0 S ?@@@ mGs. • Krança ] <@: Melinte *trinitro fenol fundido misturado com pó de nitrocelulose- T!0 S C@@@ mGs. • Alemanha ] <@ /D/ fundido envolvido por tubos flex"veis de estanho T!0 S ?9@@ mGs. • &uropa ] <B@ >entaeritritol *nitropenta- envolvido por uma fiação de algodão parafinado ou coberto com betume ou uma capa de chumbo. • 8obertura de chumbo ] anos ?@. • 8obertura >l2stica ] Meados da década de ?@. 'efinição'efinição 46 ! cordel detonante é um acessório de detonação consistindo, essencialmente, de um tubo de pl2stico com um nEcleo de explosivo de alta velocidade $ nitropenta *8 ?+6D9!B- $ e de materiais diversos que lhe dão confinamento e resist'ncia mec#nica. ! cordel detonante é usado para iniciar cargas explosivas simultaneamente, ou com retardos em lavra a céu aberto eGou subsolo. A sua velocidade de detonação é de, aproximadamente, C@@@ mGs. Muito embora a alta velocidade e viol'ncia de explosão, o cordel detonante é muito seguro no manuseio e imperme2vel. Tantagens do cordel detonante em relação (s espoletas elétricas% a- as correntes elétricas não o afetam b- permite o carregamento das minas em regime descont"nuo, com o uso de espaçadores c- é muito seguro, pois, não detona por atrito, calor, choques naturais ou fa"scas d- detona todos os cartuchos, ao longo dos quais est2 em contato. A iniciação do cordel se faz com espoletas simples ou instant#neas, firmemente fixadas ao lado do cordel detonante com fita adesiva, e com sua parte ativa, isto é, o fundo, voltado para a direção de detonação. ! cordel detonante é fabricado com as seguintes gramaturas% D>$@ *@ gGm de Ditropenta ± @N-, D>$? *? gGm de Ditropenta ± @N-, D>$7 *7 gGm de Ditropenta ± @N-. Re8a"!( /i!i"e4i($al $3( el]8"i4( )a"a C("!el De8($a$8eRe8a"!( /i!i"e4i($al $3( el]8"i4( )a"a C("!el De8($a$8e ! retardo de cordel é um tubo met2lico, revestido de pl2stico, iniciado em um dos extremos pelo cordel, ao passar pelo dispositivo, sofre uma queda de velocidade, enquanto queima o misto de retardo. /erminada esta queima, ele detona o cordel na sua extremidade. !s retardos de cordel, denominados Rosso de cachorro, são fabricados com os seguintes tempos de retardos% ? ms, @ ms, B@ ms, 7@ ms, ?@ ms,C? ms, @@ ms e B@@, 7@@ ms. 47 Si58ema $3( El]8"i4( 4(m Li$<a Sile$4i(5aSi58ema $3( El]8"i4( 4(m Li$<a Sile$4i(5a ! sistema não elétrico de iniciação, com linha silenciosa, foi desenvolvido por >. A. >erson, nos laboratórios da empresa Ditro Dobel, na 5uécia, entre <:C e <:6. 8onsiste basicamente de uma espoleta comum, não elétrica, conectada a um tubo de pl2stico transparent e, altamente resistente, com di#metro externo e interno de 7 mm e ,? mm, respectivamente. ! tubo pl2stico contém, em média, uma pel"cula de >&/D pulverizada de B@ mgGm de tubo, que, ao ser iniciada, gera uma onda de choque, causada pelo calor e expansão dos gases dentro do tubo, que se propaga com uma velocidade, aproximadamente, de B@@@ mGs. &ssa reduzida carga explosiva, geradora da onda de choque, que se desloca através do tubo, não chega a afetar o lado externo do mesmo, porém, inicia a espoleta instant#nea ou de retardo. ! sistema oferece inEmeras vantagens quando comparado a outros acessó rios. &ntre elas, baixo ru"do, é insens"vel ( corrente elétricas e parasitas, não destrói parte da coluna de explosivo dentro do furo, diferentemente do cordel, seu tubo não detona nenhum tipo de explosivo comercial, permite a iniciação pontual, contribuindo para diminuir a carga por espera. &sse sistema apresenta a seguinte desvantagem em relação ao cordel detonante% quando a coluna de explosivos encartuchados perde o contato, a depender do RAir Uap, alguns cartuchos podem não ser iniciado. De8($a!(" Ele8"`$i4(De8($a!(" Ele8"`$i4( Acompanhando a evolução tecnológica, o mercado desenvolveu o 5istema de Ietardo &letr)nico, que consiste de uma espoleta de retardo eletr)nico, f2cil de usar, program2vel, para todo tipo de desmonte em mineração e na construção civil, podendo ser usado tanto em obras a céu aberto como subterr#neas. ! detonador eletr)nico apresenta o mesmo laFout e di#metro de uma espoleta elétrica de retardo convencional. A grande diferença reside em que cada espoleta pode ter seu tempo de retardo programado individualmente. 8ontém, 48 em média, C<@ mg de >&/D */etra Ditrato de >enta &ritritol-, como carga de base, e <@ mg de azida de chumbo, como carga prim2ria, ponte de fio de alta resist'ncia *inflamador- e um circuito eletr)nico que contém um microchip inteligente e dois capacitores eletr)nicos $ um para assegurar a autonomia do detonador e o segundo para iniciar o inflamador. 4deal para uso nos altos explosivos comerciais sens"veis ( espoleta, podendo também, ser usado para a detonação de boosters. Programa,-o da unidade 8ada detonador contém um microchip, possibilitando estabelecer o tempo de retardo através da unidade de programação individualmente, segundo a conveni'ncia e a necessidade da seqH'ncia de sa"da dos furos. !utros sistemas utilizam um código de barra, que permite identificar o tempo de retardo de cada espoleta, através de um scanner manual. Luando a unidade é registrada, o scanner estabelece automaticamente um incremento de tempo no retardo em relação ao seu predecessor ou permite que o usu2rio especifique o tempo de retardo. &stas informaç=es ficam estocadas no scanner sendo transferidas, posteriormente, para a m2quina detonadora. 0esde que a unidade de programação registra o tempo de retardo de cadaunidade, é irrelevante a seqH'ncia em que cada detonador é conectado, isto é, cada unidade detonar2 no tempo especificado pela unidade de programação. "iga,-o no campo Após os fios de cada espoleta serem conectados a uma unidade de programação, tr's par#metros de identificação são atribu"dos para cada detonador% nEmero do furo, seqH'ncia de sa"da e o tempo de retardo. &xiste a possibilidade em qualquer instante ser checado ou modificado o seu tempo de retardo. Após a programação de cada detonador, elas são conectadas ( linha de desmonte através de um conector. 0uas linhas, então, são conectadas ( maquina detonadora, que armazena todos os dados contidos na unidade de programação. 8aso ocorra curto$circuito ou existam fios desconectados, um 49 aviso é dado pela m2quina detonadora, bem como sugest=es para sanar o problema. &m desmontes mais complexos, é poss"vel programar os tempos de retardo dos detonadores, bem como a seqH'ncia de sa"da dos furos, utilizando$se um notebook , transferindo$se, em seguida, através de um disquete, para a m2quina detonadora, cuja memória tem capacidade de armazenar dados de até 7 planos de fogo. ! fogo é iniciado quando o operador pressiona, simultaneamente, o botão de detonação e o de carga na m2quina detonadora. Algumas m2quinas detonadoras, por questão de segurança, exigem a senha * pass(ord - do operador. A depender do sistema, até B@@ espoletas podem ser utilizadas em um mesmo desmonte. !utro recurso do sistema consiste do operador poder programar na m2quina detonadora o instante em que os mesmos desejam que o fogo seja iniciado em um determinado turno. PrecisãoPrecisão Mediç=es realizadas nos tempos de detonação dos iniciadores eletr)nicos em uma mina na Krança, em julhoG<C, através de fotografias ultra$r2pida e sismogramas dos desm ontes, os valores observados apresen taram uma diferença de tempo de retardo, em relação aos teóricos, de ± 7 ms. 8omprovando a grande precisão dos detonadores eletr)nicos em relação aos sistemas convencionais de iniciação. egurançaegurança ! detonador eletr)nico é imune ( eletricidade est2tica, a sinais de r2dio e ( detonação pré$matura pelos detonadores apresentarem as seguintes caracter"sticas eletrost2ticas e eletromagnéticas, respectivamente% B@@@ pK ] @ PT ] @ Ω, ?@ P+z a U+zG9@ TGm. 50 Benef.ciosBenef.cios !s detonadores eletr)nicos apresentam os seguintes benef"cios aos desmontes de rochas% • alta precisão no tempo de retardo *± 7 ms- • todos detonadores são id'nticos, podendo os tempos de retardo serem programados livremente e a qualquer instante • o sistema permite a detecção de poss"veis falhas nas ligaç=es, sugerindo medidas de correção • as ligaç=es dos furos são facilmente efetuadas, não necessitando de mão$de$ obra especializada • por não ser necess2ria a utilização de retardos de superf"cie, ocorre uma redução consider2vel nos custos com acessórios de iniciação • redução do n"vel de vibração e ultralançamento dos fragmentos rochosos, em função da grande precisão que evita a sobreposição dos tempos de retardo • redução do n"vel de ru"do e pulso de ar, pela iniciação ser elétrica • melhor fragmentação da rocha em função da precisão e da grande faixa de tempo de retardo *de até :@@@ ms- e da possibilidade de escolha do tempo de retardo pelo usu2rio • seguro, por ser insens"vel a cargas est2ticas e eletromagnéticas • aumento da efici'ncia do explosivo, pela iniciação ser pontual • redução da necessidade de estoque de espoletas, visto que todas são id'nticas. A programação do tempo de retardo é feita durante o carregamento dos furos. 51 A tabela B mostra a equival'ncia de alguns acessórios fabricados no mercado brasileiro. $a$a%ela 1%ela 17 ' 7 ' 6"uivalência 6"uivalência de ade alguns lguns acess8rios acess8rios comerciais comerciais dispon)veis dispon)veis no no mercado mercado %rasileiro%rasileiro) 2P & %&H02 F%D02%<& <M& M&02%5 %P52%6E& &P5&% &5I02% 2M=0F2% RICA !A,-ESIS Espe$ial para prospe$ção s=smi$a) &P5&% 2MP5& RICA RI-A,I-E I!EK !A,-ES+ ES+KE-A ,° 8 RI-A,I-E EKE-, Ii$iar $aras eplosivas de peO%eo di;metro o% $ord#is por meio de estopim ) &P2M & &=C0%<6% RICA +IRRS CRA C!J! +I,EIR > estiado ii$iação de espoletas simples e plvoras) 52 RICA RI-A,I-E I!EK +IRRS !A,-+I! RI-A!+I! EK+I! +IR+I! > Ii$iação de $aras eplosivas e @oa$Po) 0&5 &<%<& RICA RI-A,I-E I!EK +IRRS !A,-ICR RI-ACR EKCR +IRCR Ii$iação
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