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10 ENXERTOS E RETALHOS DE PELE - Cirurgia plástica é estética e reparadora - Mama: cicatriz em T - Nariz: correção do dorso ENXERTOS HISTÓRICO: - Baronio 1804 – enxerto de pele em múmias de experimento - Astley Cooper 1817 - Ollier DEFINIÇÃO: Transposição de pele de uma área doadora para uma receptora, sem manutenção do seu pedículo vascular (portanto enxertar sobre tecidos vivos) CLASSIFICAÇÃO: Espessura: Parcial: leva parcialmente a derme sem levar toda a derme. - Delgada - Intermediária - Espessa Total: leva toda a derme sem deixar resquícios. Origem: - Autógeno: doador e receptor é o mesmo indivíduo - Homógeno: doador e receptor são indivíduos diferentes porém da mesma espécie - Heterógeno: doador e receptor são de espécies diferentes Forma: - Estampilha - Malha - Tira RETRAÇÃO DOS ENXERTOS: PRIMÁRIA: ocorre imediatamente após a retirada do enxerto (encolhe devido as fibras elásticas) SECUNDÁRIAS: ocorre na ferida enxertada (o leito reage) A primária ocorre mais no enxerto de pele total (+ fibras elásticas) e menos nos de pele parcial A secundária ocorre < em enxertos totais e > em parciais ASSIM PODE ESCOLHER O TIPO DE PELE, O LOCAL E A PREFERÊNCIA ÁREAS DOADORAS: - Pele parcial: coxas, abdome, dorso, nádegas, braços, couro cabeludo, tórax, púbis - Pele total: retro auricular, supra clavicular, pálpebras superiores, inguinal, peri umbilical, prega cubital, punho MESMO SENDO PARA REPARAÇÃO TEM QUE TENTAR RETIRAR O MATERIAL ESTETICAMENTE MELHOR. INTEGRAÇÃO DO ENXERTO (“PEGA”): 1. Embebição plasmática: até primeiras 24 horas (há troca de eletrólitos entre vasos do enxerto e da pele receptora). 2. Inosculação (vasos do enxerto abocanham os vasos da área receptora após 48 horas circulação intensa. 3. Neovascularização. INDICAÇÕES TOTAL: face, mãos e dedos. Quando as áreas são próximas fica melhor a estática. PARCIAL: curativos biológicos, queimados, úlceras de membros, substituto de mucosa e estruturas. Vascularizadas: - Osso com perióstio - Tendão com paratendão - Nervo com perinervo 11 - Vaso com perivaso MUITAS VEZES TEM QUE TRATAR A GRANULAÇÃO PARA PODER RECEBER O ENXERTO. A ÁREA TEM QUE SER VIVA. CURATIVO DO ENXERTO: PELE TOTAL: - CURATIVO DE BROWN: enxerto fixado nas bordas, faz chumaço de gaze sobre a ferida e faz como uma bolsinha com os fios amarrados para segurar o enxerto (curativo que pressiona o enxerto) - É importante limpar a pele para que se apoie e se encaixe bem a ferida PELE PARCIAL: 1. RAYON úmido (gaze delicada) 2. Gaze de rolo 3. Algodão hidrófilo (absorção de secreções) 4. Faixa de crepe Todas uma camada sobre a outra FACA DE BLAIR: usada para retirar um pedaço de pele (lâmina) = ao descascador de batata - Além de alinhar as bordas o enxerto tem que seguir as linhas de força da pele, aparar as bordas. Na perna coloca-se transversalmente - O RAYON é colocado no sentido da pele - A gaze de rolo tem que ser posta no vai e vem - O algodão e depois a faixa de crepe - O sucesso do curativo vai depender de vários fatores: técnica, médico, orientação e paciente COMPLICAÇÕES: - Hematoma - Não deve ter nada para atrapalhar o contato da área receptora com a doadora TRATAMENTO DA ÁREA DOADORA: - FECHADO: curativo semelhante ao do enxerto - ABERTO: Rayon seco ou úmido, espera reepitelizar, o que vai depender da membrana basal que é germinativa RETALHOS HISTÓRICO: - Sushrruta (600 a.C. na Índia) – econstrução nasão e lobo auricular - Celsus ( 25 a.C.) - Galen (200 a.C.) – precursor da cirurgia plástica atual DEFINIÇÃO: Transposição de pele com manutenção do seu pedículo vascular, definitiva ou temporária. Tem circulação própria independente da área receptora IRRIGAÇÃO DA PELE: Macrocirculação: - Sistema segmentar - Sistema perfurante - Sistema cutâneo Microcirculação: - Arteríola - Vênulas - Capilares - Anastomose A –V CLASSIFICAÇÃO: 1. AO ACASO (randomizado) não sabe quem nutre. 12 2. ARTERIAIS (axiais) no eixo tem uma artéria conhecida. AO ACASO: (ART. MIO – CUT) - Forma: planos e tubulares - Número de pedículos: mono ou bipediculados - Constituição: simples ou compostos - Local da área doadora: avanço, rotação, transposição, interpolação, avanço em V –Y - Distância: direto ou indireto ARTERIAIS: (1 ou mais artérias no eixo do retalho) - Arteriais - Em ilha - Em península (deixa pedaço de pele adjacente) - Livres (microcirurgia) INFLUÊNCIAS QUE REGULA ESSE RETALHO: - Venosa - Humoral - Física - Metabólica INDICAÇÕES: - Cobrir estruturas nobres - Cobrir áreas com deficiência vascular - Cobrir saliência óssea FATORES E SINAIS DE INVIABILIDADE: 1. palidez cutânea permanente. 2. não sangramento da extremidade cutânea. 3. tensão na ilha de sutura. 4. pressões internas (tubulares) e externas (edema). OBS: em casos de isquemia ou congestão, retirar pontos dos locais de maior tensão, ou retornar o retalho ao local de origem. Aproveita-se para autonomização (retalho se adapta a diminuição de tensão de O2, quando volta não necrosa). TESTE DE CIRCULAÇÃO: - Subjetivo: cor, sangramento e enchimento - Objetivos: metabólicos, pH e PO2, fotoeletrônico, temperatura da superfície, etc... COMPLICAÇÕES: - NECROSE - INFECÇÃO # O tempo de permanência do retalho é até que fique independente vascularmente (aproximadamente 21 dias) do seu pedículo (tem certeza de que a área receptota está nutrindo o retalho). # Para bridas por queimadura: fazer zetaplastia no local da brida. # Paralisia facial: não consegue fechar o olho roda o músculo temporal. # Lesão de mão: retalho inguinal, coloca na área receptora, após 21 dias libera, pois a partir daí o retalho passa a ser nutrido pela área receptora. “Grownflep” – retalho inguinal na mão, o paciente fica com a mão ligada inguinal pelo pedículo aproximadamente 21 dias até que a área receptora consiga nutrir o reto, então pode-se cortar o pedículo. # Perda de polegar e neuroma (choque): retalho CHINÊS da região de antebraço coloca sobre a mão. # Para mão: amputação e reimplante.
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