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Geografia do Brasil. Tema 1: A Geografia do Brasil e o pensamento geográfico. A Geografia brasileira. • Inserida nas principais formulações e escolas do pensamento geográfico. • Objeto da Geografia: conectado aos aconte- cimentos territoriais históricos com inúme- ras modificações na paisagem devido à ação antrópica. A Geografia como Ciência. • A ideia de sistematizar a Geografia como Ciência surge apenas no final do século XVIII. • Escola Alemã: pais da Geografia moderna: • Humboldt (1769-1859); • Ritter (1779-1859); • Ratzel (1844-1904). • Procurou aplicar na análise geográfica das sociedades os conceitos de darwinismo. • Conceito de espaço vital. • Ellen Semple • (1863-1932). • Ratzel: trabalhos deram origem à Geografia Humana alemã e à geopolítica. • Determinismo fisiográfico: homem como fruto do meio físico. O Determinismo. das paisagens, o estudo da região e o conceito de gênero de vida. • Dará base à Geografia brasileira. • Vidal de La Blache (1845-1918). • O homem sofre influência do meio, porém atua sobre este transformando-o. • Busca pela neutralidade científica, o estudo O Possibilismo. • Jean Jacques Élisée Reclus (1830-1905) que possuía compromisso com a análise dialética, procurando compreender a relação homem/na-tureza. Jean Brunhes (1869-1930). • Albert Demangeon (1872-1940). • Emmanuel de Martonne (1873-1955). • Piotr Kropotkin (1842-1921). Geógrafos com outras perpectivas. que lhe deu prestígio. • Escreveu Geografia Uni- versal (19 volumes). obra encomendada em contra- to que proibia abordagem de temas religiosos, políticos e sociais. Reclus estudava a natureza e analisava a ação do homem operando nela transformações substanciais. • Escreveu, em 1869, “A Terra e o homem”, o Jean Jacques Élisée Reclus • formas de Estado e de Governo; • Problema de etnias, das religiões, das culturas, do trabalho, da colonização, do progresso, da educação, etc. • Reclus escreveu L’home et la Terre em 1905, que analisava temas da época como: • origem do homem; • distribuição das populações; • evolução histórica da humanidade; condições naturais, dominando e transformando a natureza • Relatava expedições de povos nômades, em suas viagens e ocupação das montanhas. • Para Reclus, o desenvolvimento das socie- dades isoladas ou agrupadas, ocorreu a partir de numerosos obstáculos e lutas para se apropriarem da superfície da Terra. • Ação do homem como modificadora das Continuando Tema 1: A Geografia do Brasil e o pensamento geográfico. A fundação da Universidade de São Paulo (USP). • A partir do panorama histórico da Geografia apresentado, em 1934, é fundada a USP. • Inicia-se um processo de consolidação de uma Geografia emi- nentemente brasileira, mas vinculada aos princípios da Geografia Francesa, por ser gestada por franceses. organizar o segundo curso superior de Geografia do país e o núcleo carioca da Associação dos Geógrafos brasileiros (AGB). • Os professores Pierre Deffontaines (1894-1978) e Pierre Monbeig (1908-1987) fizeram parte desse processo; • Deffontaines permaneceu na USP apenas um ano e depois seguiu para a Universidade do Distrito Federal, atual UFRJ, onde ajudou a Localizadas por meio de monografias. • Antes da USP, inúmeros intelectuais teciam leitu- ras sobre a Geografia do Brasil, inclusive de caráter interdisciplinar. • Influência do possibilismo. • Afastamento das concepções alemãs, distanciando de temáticas políticas, realização de pesquisas empíricas e e descrições Características da Geografia do Brasil. Intelectuais que teciam leituras pertinentes à Geografia do Brasil. • Manuel Aires de Casal (1754-1821): autor do livro Corografia do brazílica. Trata-se de geografia descritiva, compartimentada e atrasada à época. • Senador Pompeu (1818-1877): produziu um livro didático da época em 1856. Intelectuais que teciam leituras pertinentes à Geografia do Brasil. • Euclides da Cunha (1866-1909): Os Sertões foi sua principal obra, relacionava aspectos naturais aos socioeconômicos da campanha de Canudos (1902). • Manoel Bonfim (1868- 1932) em seus livros apontava como solução a revolução nacionalista e popular. Intelectuais que teciam leituras pertinentes à Geografia do Brasil. • Everardo Backheuser (1879-1951). • Carlos Miguel Delgado de Carvalho (1884- 1980): autor da regionalização do IBGE em 1941. • Francisco José de Oliveira Viana (1883- 1951): autor de “Populações meridio- nais do Brasil”. Intelectuais que teciam leituras pertinentes à Geografia do Brasil. • Raja Gabaglia (1897-1954): professor do Colégio Pedro II, autor de “Práticas de Geografia” de 1930. • Josué Apolônio de Castro (1908-1973): autor de vários livros sobre os problemas sociais e geográficos do Brasil. Intelectuais que teciam leituras pertinentes à Geografia do Brasil. • Naturistas e Viajantes estrangeiros que escreveram sobre o Brasil também merecem destaque. • Além dos autores, houve uma série de instituições que colaboraram com os estudos geográficos brasileiros. O início da Geografia Brasileira. • Moreira (2014) enfatiza a grandiosidade em que a Geografia brasileira é gestada, já nascendo clássica, seguindo as várias cor- rentes epistemológicas que surgem a partir de então. • Portanto, a Geografia Brasileira nasce antes da concepção da USP. Agora é sua Vez Tema 1: A Geografia do Brasil e o pensamento geográfico. • Alexandre Von Humboldt (1769-1859) e Carl Ritter (1779- 1859), seguidos por Friedrich Ratzel (1844- 1904). Pensando na Geografia do Brasil e no Pensamento Geográfico responda as seguintes perguntas: 1. Quais foram os geógrafos considerados os pais da Geografia moderna? 3. Como La Blache vê a relação homem/meio? • o homem como um ser ativo, que sofre influência do meio, porém que atua sobre este transformando-o. 2. O que é espaço vital? uma sociedade, para garantir o equilíbrio entre população e recursos naturais necessita de um território, e, sobretudo a expansão desse para manter-se. 5. Onde foi organizado o segundo curso superior de Geografia do país? • Na atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 4. Qual é o evento que marca o processo de consolidação de uma Geografia eminente-mente brasileira? A fundação da Universidade de São Paulo (USP). Finalizando Tema 1: A Geografia do Brasil e o pensamento geográfico. Considerações Finais • A ideia de sistematizar a Geografia como Ciência surge apenas no final do século XVIII. • Escola Alemã: pais da Geografia moderna: • Humboldt (1769- 1859); • Ritter (1779-1859); • Ratzel (1844-1904). Considerações Finais • Ratzel: o determinismo geográfico, a ideia de espaço vital e a região natural • La Blache: o possibilismo, o conceito de gê- nero de vida e a região geográfica. • Reclus: análise dialética, procurando compreender a relação homem/natureza. Considerações Finais • A partir do panorama histórico da Geografia apresentado, em 1934, é fundada a USP. • Inicia-se um processo de consolidação de uma Geografia emi- nentementebrasileira, mas vinculada aos princípios da Geografia Francesa, por ser gestada por franceses. Considerações Finais Característica da Geografia Brasileira: • Influência do possibilismo. • Afastamento das concepções alemãs. • Nascimento de uma Geografia eminente- mente brasileira, mas vinculada aos princí- pios da Geografia Francesa. Considerações Finais • Antes da USP, inúmeros intelectuais teciam leituras sobre a Geografia do Brasil, inclusive de caráter interdisciplinar. • Naturistas e Viajantes estrangeiros que es- creveram sobre o Brasil também mere- cem o devido des- taque. Considerações Finais • Além dos autores, houve uma série de instituições que colaboraram com os estudos geográficos brasileiros. • Face aos estudos realizados geográficos realizados, verifica-se que a Geografia Brasileira nasce antes da concepção da USP. O início da Geografia Brasileira. • Moreira (2014) enfatiza a grandiosidade em que a Geografia brasileira é gestada, já nascendo clássica, seguindo as várias cor- rentes epistemológicas que surgem a partir de então. • Portanto, a Geografia Brasileira nasce antes da concepção da USP. Referências ABRAHÃO, Cinthia Maria de Sena. Síntese e complexidade no pensamento geog,ráfico. Artigo. Universidade Federal de Uberlândia. 2009. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/ sociedadenatureza/article/viewFile/9 517/5766> Acesso em: 25 out. 2014. ROSS, Jurandyr L. Sanches (org.). Geografia do Brasil. 6. Ed., 1. Reimpr. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 2011. FERREIRA, Gustavo H. Cepolini. Geografia do Brasil: A Geografia do Brasil e o pensamento geográfico. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015. Geografia do Brasil. Tema 2: Paisagem, região, território, lugar e espaço geográfico no Brasil. As categorias constituem formas fundamen- tais para o melhor entendimento dos estudos geográficos. A Geografia do Brasil está anco- rada nessas categorias: • a paisagem; • a região; • o território; • o lugar; e • o espaço geográfico. As categorias geográficas. • Parcela do Espaço Geográfico que se vê, como a foto em um mirante. • Normalmente reflete uma ação humana sobre a natureza. • Não é algo estático, pois está em cons- tante transformação. • Paisagem natural: ele- mentos da natureza. Categorias Geográficas: a Paisagem • Troll (1950), concebia a paisagem como o conjunto das interações homem e meio, dotada de forma e funcionalidade. • Para Bertrand (1968), a paisagem forma um conjunto único e indissociável que está em contínua evo- lução. Categorias Geográficas: a Paisagem • Para Santos (1997) paisagem é a expres- são materializada do espaço geográfico, a qual é interpretada como forma. • é o conjunto de for- mas que exprime as heranças das suces- sivas relações locali- zadas entre o homem e a natureza. Categorias Geográficas: a Paisagem • Para Santos (2004) a paisagem possui duas perspectivas: natural e antrópica, compre- endendo dois elementos estruturantes: • Os objetos naturais e os objetos sociais. • A paisagem se trans- forma para se adaptar às novas necessidades da sociedade. Categorias Geográficas: a Paisagem • Amazônico; da Caatin- ga; dos Cerrados; dos Mares de Morros; das Pradarias; da Mata de Araucárias. Também, são consideradas as áreas de transição. A paisagem natural brasileira pode ser lida por: Biomas (IBAMA/ICMBio), Ecossistemas (IBAMA), Vegetação (IBGE), e por Domínios Morfoclimáticos (Aziz Ab’Saber). Esta última regionalização possui seis domínios: • É a parte de um todo. É a divisão de um espaço em partes menores. • É atribuída a partir de suas particularidades. • Possui escala bem definida. • Se articula com outras regiões. • Facilita a adminis- tração do território. Categorias Geográficas: a Região • O termo região apresentou uma série de acepções ao longo da evolução da Ciência Geográfica. • O termo ganhou dis- tintos contornos: região natural, região- paisagem, diferenciac- ção de áreas, trata- mento quantitativo e depois crítico. Categorias Geográficas: a Região • Regionalização oficial do IBGE; • Os Complexos Regio- nais de Pedro Geiger; • Os Quatro Brasis de Milton Santos. A Regionalização é um método, um instru- mento de análise do Espaço. Qualquer espaço pode ser regionalizado. Existem outras regio- nalizações do Brasil além daquelas calcadas nas paisagens naturais: • É o espaço vivido, apresenta identidade local, sentimento de pertencimento. • Nele, as pessoas se reconhecem, por se constituir no espaço de uma comunidade. • Quando não existe o sentimento de perten- cimento: trata-se do não-lugar. Categorias Geográficas: o Lugar • Para Santos (1997), o lugar constitui a dimensão da existência que se manifesta através de um cotidiano compartido entre as mais diversas pessoas, firmas, instituições– cooperação e conflito, sendo a base da vida em comum. Categorias Geográficas: o Lugar Para Ferreira (2015), é no lugar que as pes- soas constroem e reconstroem um sistema de valores, regras e ordens, fundamentais para a vida em sociedade. Cada indivíduo se identifica com um lugar que possui “identidade única, que em tempos de globali- zação mantém relações com outros lugares”. Categorias Geográficas: o Lugar Continuando Tema 2: Geografia do Brasil: paisagem, região, território, lugar e espaço geográfico. • É a categoria que expressa o conceito mais amplo. • Tempo e Espaço são conceitos inseparáveis. O Espaço Geográfico: • é o espaço concreto, a superfície do planeta; • comporta a sociedade e a natureza. • vai do local ao global. Categorias Geográficas: o Espaço • Para ele o Espaço é um fator social. • a sociedade só existe por meio de seu Espa- ço e a racionalidade deste ocorre através da sociedade. • Para Santos (1997) o Espaço possui formas de interação, que se dividem em Fixos e Fluxos, onde os Fixos seriam como torres de rádio e os Fluxos seriam as ondas transmitidas e recebidas entre as torres. • os Países subdesenvol- vidos teriam dois tipos de economia no mês- mo Espaço um supe- rior e outro inferior de- vido a uma moder- nização diferenciada. • Para Santos (1997) a organização espacial se dá por uma estrutura territorial, uma configuração espacial, um arranjo espacial e em um espaço socialmente produzido; o que leva ao Espaço como Fator Social. desta forma, as diferentes regras no mesmo Espaço permitem a prática de diferentes atividades humanas. • Moreira (1982) desenvolveu a metáfora da quadra poliesportiva, na qual ele coloca a condição do espaço como sendo uma quadra, em que as devidas marcações permitem a convivência de vários jogos, “o Espaço geográfico no Brasil é fruto de um processo histórico contraditório e desigual em que, causa-consequência, problemas e even- tuais soluções estão niti- damente articulados e podem ser reestrutura- das a partir dos arranjos espaciais construídos pe- la própria sociedade”. (FERREIRA, 2015). Categorias Geográficas: o Espaço • Parcela do Espaço Geográfico apropriada, possui limites (fronteiras). • Não existe se não houver limites. • Relaciona-se com a soberania. • Sempre vai apresentar um sujeito, como por Exemplo: o Território do Brasil. Categorias Geográficas: o Território • Ratzel (1899) vincula o territórioao solo, enquanto espaço ocupado por uma determinada sociedade. • O território está ligado ao domínio de uma determinada área, em uma perspectiva de análise centrada na identidade nacional. Categorias Geográficas: o Território • Na Geopolítica, território é o espaço nacional, controlado por um Estado-nação. • Conforme Ferreira (2015), território também é entendido como uma “parcela do espaço geográfico apropriado através da fronteira pelos sujeitos sociais ou pelo território de um Estado Nacional”. Categorias Geográficas: o Território Para Sposito (2004), o território é fonte de recursos e só assim pode ser compreendido quando enfocado em sua relação com a socie- dade e suas relações de produção, conforme as distintas maneiras que a sociedade se utiliza para se apropriar e trans- formar a natureza. Categorias Geográficas: o Território Rafestin (1993), considera o território como a interação entre três fatores: tempo, espaço e relações sociais. Para Oliveira (1999), o território é uma cons- trução histórica, produto da luta de classes. A construção do território se dá pela valorização, produção e reprodução. Categorias Geográficas: o Território Para Ferreira (2015), no Brasil existem as seguintes variáveis do território: territoriali- zação, desterritorialização, territorialidades e Multiterritorialidades que assumem as formas eco- nômicas, religiosas, jurí- dicas, sociais, culturais, entre outras. Ex.: os pro- blemas sociais devido à construção de represas. Categorias Geográficas: o Território Agora é sua Vez Tema 2: Geografia do Brasil: paisagem, região, território, lugar e espaço geográfico. a) Território; b) Espaço; c) Lugar; d) Paisagem; e) Região. Pensando nas categorias geográficas responda às seguintes perguntas: 1. A Parcela do Espaço Geográfico que se vê, como a foto em um mirante, representa a seguinte categoria geográfica: 3. Quais são as regiona-lizações do Brasil? • Oficial (IBGE); • Complexos Regionais; • Os Quatro Brasis; • Por fatores naturais. 2. Qual conceito geográfico que está ligado ao domínio de uma determinada área, em uma perspectiva de análise centrada na identidade nacional? Território. seriam as ondas trans- mitidas e recebidas entre as torres. 4. Diferencie os fixos e os fluxos do espaço, conforme Milton Santos. O espaço possui formas de interação, que se dividem em Fixos e Fluxos, onde os Fixos seriam como torres de rádio e os Fluxos jogos, desta forma, as diferentes regras no mesmo Espaço per- mitem a prática de diferentes atividades humanas. 5. Explique a metáfora da quadra polies- portiva de Ruy Moreira. Ele coloca a condição do espaço como sendo uma quadra, em que as devidas mar- cações permitem a convivência de vários relações de produção, conforme as distintas maneiras que a socie- dade se utiliza para se apropriar e transfor- mar a natureza. 6. Dê o conceito de território, conforme Sposito. o território é fonte de recursos e só assim pode ser compreendido quando enfocado em sua relação com a sociedade e suas Finalizando Tema 2: Geografia do Brasil: paisagem, região, território, lugar e espaço geográfico. Dentre as categorias geográficas foram vistos importantes conceitos que ancoram o estudos sobre a Geografia do Brasil: • paisagem; • região; • território; • lugar; • espaço. Considerações Finais • A paisagem é a parcela do Espaço Geográfico que se vê. • Normalmente reflete uma ação humana sobre a natureza. • Não é algo estático, pois está em cons- tante transformação. • Paisagem natural: ele- mentos da natureza. Considerações Finais De uma forma geral, a região é a divisão de certo espaço em partes menores. No entanto, sua conceituação dentro da Geo- grafia é algo complexo, variou conforme a evolução do pensamento geográfico e ainda existe muita controvérsia a respeito do assunto. Considerações Finais • O lugar é o espaço vivido, apresenta iden- tidade local, sentimento de pertencimento. • Nele, as pessoas se reconhecem, por se constituir no espaço de uma comunidade. • Quando não existe o sentimento de perten- cimento: trata-se do não-lugar. Considerações Finais • O espaço é a categoria que expressa o conceito mais amplo. • Tempo e Espaço são conceitos inseparáveis. O Espaço Geográfico: • é o espaço concreto, a superfície do planeta; • comporta a sociedade e a natureza. • vai do local ao global. Considerações Finais • O território é parcela do Espaço Geográfico apropriada, possui limites (fronteiras). • Não existe se não houver limites. • Relaciona-se com a soberania. • Sempre vai apresentar um sujeito, como por Exemplo: o Território do Brasil. Considerações Finais Referências • FERREIRA, Gustavo H. Cepolini. Geografia do Brasil: Paisagem, região, território, lugar e espaço geográfico no Brasil. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015. • MOREIRA, R. Geografia: Teoria e Crítica: o saber posto em questões. Petrópolis: vozes, 1982. • BERTRAND, G. Paisage y Geografia Física Global. In MENDOZA, J.G.; JIMINES, J.M. y CANTERO, N. O. (Orgs) El pensamiento geográfico. Estudio interpretativo y antologia de textos (de Humboldt a las tendências radicales). Madrid: Alianza Editorial, 1982. Referências • RATZEL, F. El Territorio, la sociedad y el Estado. MENDOZA, J. G. ; JIMENEZ,J. M. y CANTERO, N. O. (Orgs.). El pensamiento geográfico. Estudio Interpretativo y Antologia de Textos (De Humboldt a las tendencias radi-cales). Madrid: Alianza Editorial, 1982. • OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Prefácio. In.: FERNANDES, B. M. MST: formação e territorialização em São Paulo. São Paulo: Hucitec, 1999. • RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993. Referências • SANTOS, M. A Natureza do Espaço. Técnica e Tempo. Razão e Emoção. 2º Edição. São Paulo: Hucitec, l997. • ______. Pensando o espaço do homem. São Paulo: Edusp, 2004. • SPOSITO, E. S. Geografia e Filosofia: contribuição para o ensino do pensamento geográfico. São Paulo: UNESP, 2004. • TROLL, C. El paisage geográfico y su investigación. MENDONZA, J. G. ; JIMENEZ, J. M. y CONTERO, N. (Org.) El pensamiento geográfico. Estudio interpretativo y antologia de textos (De Humboldt a las tendências atuales). Madrid: Alianza Editorial, 1982. Geografia do Brasil. Tema 3: Formação territorial e apropriação dos recursos naturais. • A organização territorial inicia-se com a colonização portuguesa. • Os ciclos de exploração econômica transfor- maram a paisagem na produção do espaço. • Os recursos naturais foram apropriados com os consequentes impactos ambientais. Ocupação e produção histórica do território brasileiro. A Mata Atlântica foi devastada, restan-do apenas 7,91% em “ilhas" de mata isoladas. Disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/ File:Atlantic_Forest_WWF.jpg?uselang=pt-br> . Acesso em: 02 nov. 2014. Imagem 1: Área original de Mata Atlântica apropriação dos recur- sos naturais e no processo de organização territorial e política do Brasil. • Também houve a mo- nopolização da terra. A cobertura original da mata atlântica se estendia em 17 estados, alcançando a Argentina e o Paraguai. • A exploração do pau-brasil e os ciclos se- guintes levaram à devastação da mata, na No mapa: território do Brasil no século XVI e a distribuiçãodas atividades eco- nômicas. Fonte: (THÉRY; MELLO, 2009, p. 35 apud FERREIRA, 2015) Mapa 1: A economia e o território no século XVI. ao catolicismo. • Verificou-se, no século XVII, a aceleração da marcha do povoamen- to e da urbanização, mostrando a força do poderio econômico. • A abrupta ação antrópica capitalista leva à exploração do sertão brasileiro em busca de ouro e pedras preciosas. • Junto a essas explorações seguiam as mis- sões religiosas visando converter os nativo No mapa 2 é possível verificar a ocupação do sertão e a influência das áreas povoadas. Fonte: (PETRONE apud ROSS, 2006, p. 102) Mapa 2: Ocupação da faixa costeira no século XVII. nha de Tordesilhas. Is- so potencializou a ex- ploração do território. • Durante esse período ocorreu a ocupação holandesa no nordeste brasileiro. O Avanço sobre a Amazônia • A exploração do espaço natural amazônico e a busca das chamadas drogas do sertão. • Durante a União Ibérica (1580-1640) os lusos podiam explorar as terras além da li- O mapa 3 ilustra a exploração amazô- nica, o avanço da pecuária e a ocu- pação holandesa. Fonte: (THÉRY; MELLO, 2009, p. 37 apud FERREIRA, 2015) Mapa 3: A economia e o território no século XVII xo impacto, face às técnicas utilizadas. • No século XVIII, os eixos de transporte se expandem, inter- ligando as áreas de interesse comercial. Os impactos ambientais • As áreas ocupadas século XVIII, já apresen- tavam alguns impactos da agropecuária e da exploração dos recursos minerais. • A agricultura camponesa apresentava bai- Na figura 4 é pos-sível notar o avanço rumo ao sertão e o adensamento de vilas e cidades Fonte: (THÉRY; MELLO, 2009, p. 39 apud FERREIRA, 2015) Mapa 4: A economia e o território no século XVIII Continuando Tema 3: Formação territorial e apropriação dos recursos naturais. • No século XVIII a base econômica do Brasil, passa a ser a produção de café. • As plantações de café ocuparam os estados do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de São Paulo • Para a plantação ocor- reu o desmatamento e a ocupação de áreas com matas tropicais. A formação territorial a partir do café. no Centro-Sul, na Amazônia as áreas co- nhecidas surgem nas margens dos principais rios. Aglomerados urbanos surgem dessa forma na atualidade. Infraestrutura e crescimento urbano • Crescimento urbano com significativas mudanças espaciais e arquitetônicas. • Enquanto as rodovias e ferrovias servem de eixo para a expansão do número de cidades • O café e as ferrovias foram importantes para a criação de cidades no sudeste. • Processo marcado pelo desflorestamento e outros problemas. • O transporte que era feito com animais, foi substituído por rodovias e ferrovias, ligando a produção do interior aos portos. • Com isso houve grande incremento no número de vilas e cidades. da economia canavi- eira, aliada ao desen- volvimento da minera- ção em Minas Gerais e, posteriormente, ao crescimento da econo- mia cafeeira. • Na Amazônia a economia da Borracha possibilita o desenvolvimento de cidades como Manaus e Belém. • A concorrência na produção do açúcar e a proibição do tráfico negreiro levam a queda No mapa 5 é pos-sível ver a distri-buição das ativida-des econômicas no Brasil do Sec. XIX. Fonte: (THÉRY; MELLO, 2009, p. 41 apud FERREIRA, 2015) Mapa 5: A economia e o território no século XIX O mapa 6 retrata a evolução da ocupa-ção do território brasileiro entre os Sec. XVI e XIX. Fonte: (THÉRY; MELLO, 2009, p. 87 apud FERREIRA, 2015) Mapa 6: A ocupação do território brasileiro dos senhores de enge- nho, sempre com a ligação das regiões produtivas aos portos propicia a formação de um território desarticulado. • No século XIX, o centro econômico passou a ser o Sudeste, gerando modificações na organização territorial. • A articulação entre latifúndio, trabalho escravo e plantation, seguida da autonomia • Século XVIII: ouro; • Século XIX: café; • Século XX: café e borracha. • Não havia ligação entre as regiões. Conforme aponta Ferreira (2015), a cons- trução do arquipélago continental esteve baseada em ciclos econômicos direcionados à exportação: • Século XVII: açúcar e ouro; • O dinamismo dos bandeirantes; • os missionários; • a expansão pecuária; • A União Ibérica; • as migrações internas. Além dos ciclos econômicos, outros fatores importantes para a formação territorial devem ser levados em conta: • a tenaz vontade e posição política e administrativa da Coroa portuguesa. O mapa 7 a evolução da apropriação do território brasileiro: de arquipélago a continente. Fonte: (THÉRY; MELLO, 2009, p. 42 apud FERREIRA, 2015) Mapa 7: Do arquipélago ao continente, O mapa 8 apresenta os processos que levaram a atual configuração do território brasileiro. Fonte: (THÉRY; MELLO, 2009, p. 87 apud FERREIRA, 2015) Mapa 8: As modificaçãoes antrópicas no território brasileiro Agora é sua Vez Tema 3: Formação territorial e apropriação dos recursos naturais. • A organização territo- rial inicia-se com a co- lonização portuguesa e se consolida confor- me a evolução dos ciclos econômicos. Após estudar a Formação territorial e apropriação dos recursos naturais do Brasil, responda às seguintes perguntas: 1. Como se inicia e se consolida a formação territorial brasileira? transformação do es- paço natural em espa- ço geográfico, o que junto à apropriação dos recursos naturais gerou problemas de ordem ambiental. 2. Quais foram as consequências sobre a paisagem e sobre os recursos naturais durante o processo de formação territorial do Brasil? • Houve severas mudanças na paisagem pela • Século XVII: açúcar e ouro; • Século XVIII: ouro; • Século XIX: café; • Século XX: café e borracha. 3. Quais foram os ciclos econômicos que proporcionaram a construção do arquipélago continental brasileiro? • Século XVI: pau-brasil; • O dinamismo dos bandeirantes; • os missionários; • a expansão pecuária; • A União Ibérica; • as migrações internas. 4. Além dos ciclos econômicos, quais outros fatores importantes devem ser levados em conta para a formação territorial do Brasil? • a tenaz vontade e posição política e administrativa da Coroa portuguesa. • Fez o Sudeste tornar-se o centro econômico nacional e gerou bases para a industrialização, devido à construção de ferrovias e da acumulação de capital. 5. Quais foram as consequências ambientais e econômicas do ciclo do café no Brasil? • O ciclo do café gerou elevado desmatamento da mata atlântica, onde ela era mais exuberante na busca de melhores terras. Finalizando Tema 3: Formação territorial e apropriação dos recursos naturais. • A organização territorial inicia-se com a colonização portuguesa. • Os ciclos de exploração econômica. • Os recursos naturais foram apropriados com os consequentes impactos ambientais. • A devastação da mata atlântica. Considerações Finais • A interiorização da exploração econômica: a marcha do povoamento e da urbanização no século XVII. • A busca das drogas do sertão e a apropriação da Amazônia. • A expansão dos eixos de transporte no século XVIII. Considerações Finais • No século XVIII a base econômica do Brasil, passa a ser a produção de café. • Para a plantação ocorreu o desmatamentoe a ocupação de áreas com matas tropicais. • A expansão dos eixos de transporte no século XVIII. • Ferrovias servem de eixo para a expansão. Considerações Finais • Na Amazônia a economia da Borracha possibilita o desenvolvimento de cidades como Manaus e Belém. • No século XIX, o centro econômico pas- sou a ser o Sudeste, gerando modificações na organização terri- torial. Considerações Finais a construção do arquipélago continental esteve baseada em ciclos econômicos direcionados à exportação: • Século XVII: açúcar e ouro; • Século XVIII: ouro; • Século XIX: café; • Século XX: café e borracha. Considerações Finais Além dos ciclos econômicos, outros fatores importantes para a formação territorial devem ser levados em conta: • os bandeirantes; • os missionários; • a expansão pecuária; • as migrações internas; • a Vontade política da coroa portuguesa. Considerações Finais Referências MORAES. Antonio Carlos Robert. Bases da formação territorial do brasil. Geografares. Vitória, n. 2, jun. 2001. p. 105-113. Disponível em: <periodicos.ufes.br/geografares/ar ticle/download/1145/858>. Acesso em: 15 out. 2014. FERREIRA, Gustavo H. Cepolini. Geografia do Brasil: Formação territorial e apropriação dos recursos naturais. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015. ROSS, Jurandyr L. Sanches (org.). Geografia do Brasil. 6. Ed., 1. Reimpr. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 2011. Referências ROSS, Jurandyr L. Sanches. Ecogeografia do Brasil: subsídios para planejamento ambiental. São Paulo: Oficina de Textos, 2006. MORAES. Antonio Carlos Robert. Notas sobre a formação territorial e políticas ambientais no Brasil. Revista Território. Rio de Janeiro. Ano IV, n. 7, jul.-dez. 1999. P. 43-50. Disponível em: <http://www.revistaterritorio.com.br/pdf/07_4_moraes.pdf> Acesso em: 15 out. 2014. Geografia do Brasil. Tema 4: A regionalização do Brasil e a economia mundial. • O Brasil é o quinto maior país do mundo em superfície territorial, com uma área de 8.515.767 km². • A formação do país é oriunda de um proces- so amplo e complexo que remete aos cinco séculos de história e transformações. A extensão territorial do Brasil O Brasil possui quatro fusos horários e sua área é maior do que a Europa. Fonte: (THÉRY; MELLO, 2009, p. 19 apud FERREIRA, 2015). Mapa 1: Brasil - um país de dimensões continentais. • Regionalizar um território desse porte é um grande desafio. • A formação do território quanto à regionali- zação está ligada ao ciclos econômicos. • Mas não se pode olvi- dar dos elementos da nova Divisão Territorial do Trabalho (DTT). A regionalização do Brasil A criação de novos estados se dá por novas demandas regionais e crescimento populacional. Fonte: (THÉRY; MELLO, 2009, p. 47 apud FERREIRA, 2015). Mapa 2: A formação dos Estados Brasileiros. No mapa 3 é possível ver a evo-lução da regionali- zação do IBGE entre 1940 e 1990. Fonte: (THÉRY; MELLO, 2009, p. 268 apud FERREIRA, 2015). Mapa 3: A evolução das grandes regiões. • A proposta do geógrafo Pedro Pinchas Geiger que em 1967, idealizou uma “divisão geoeconômica”, denominada também de “complexos econômi- cos”, que não segue as divisas territoriais dos estados: Complexos Amazônico, Nordeste e Centro-Sul. Propostas de regionalização do Brasil O mapa 4 apresenta os três complexos regionais ou regiões geoeconômicas. Fonte: (SILVA, 2010, p. 30 apud FERREIRA, 2015). Mapa 4: As regiões geoeconômicas de Pedro Pinchas Geiger. O IBGE apresenta, também, um mapa com macrorregiões geoeconômicas. Fonte: (IBGE, 2002, p. 160 apud FERREIRA, 2015). Mapa 5 : Macrorregiões geoconô-micas – IBGE. A proposta de Corrêa respeita os limites estaduais, sendo similar a Geiger e ao IBGE. Fonte: (SILVA, 2009, p. 11 apud FERREIRA, 2015) Mapa 6: Regionalização do Brasil segundo Roberto Lobato Corrêa – 1989. Continuando Tema 4: A regionalização do Brasil e a economia mundial. • Milton Santos propõe uma regionalização levando em conta o número de atividades econômicas modernas nas áreas financeira, comercial, de serviços e industrial, além da agropecuária altamen- te mecanizada e a quantidade de recur- sos avançados. Propostas de regionalização do Brasil A regionalização de Milton Santos leva em conta a densidade técnica-científica-informacional. Fonte: (SANTOS; SILVEIRA, 2008, p. 64 apud FERREIRA, 2015). Mapa 7: Meio técnico-científico-informacional e as regiões do Brasil – 1999. • Região Centro-Oeste: agropecuária mecani- zada. Produção de commodities para exportação. Também está integrada à globalização. Os quatro Brasis: • Região Concentrada: denso sistema de rela- ções. Elevados índices de urbanização e alto padrão de consumo (empresas e parte das famílias). Centro da tomada de decisões. • Amazônia: é rara a prática da agricultura mecanizada e outras atividades modernas. Baixa densidade popu- lacional e poucos recursos tecnológicos . • Nordeste: Agricultura pouco intensiva e urbanização irregular. A prática de atividades econômicas modernas e o uso de recursos tecnológicos avançados ocorrem apenas em determinadas áreas da região. • As Regiões de Integração e Desenvol- vimento do IBGE, buscam manter diferentes vínculos analíticos. Propostas de regionalização do Brasil • Abarca as relações lo- cais, regionais, nacio- nais e internacionais, sobretudo com o avanço do capitalismo no pós-Segunda Guerra Mundial. Leva em conta diferentes vínculos analíticos: o econômico, o ambiental, o social, o cultural. Fonte: (IBGE, 2002, p. 160 apud FERREIRA, 2015). Mapa 8: Regiões de Integração e Desenvolvimento – IBGE. Goulart, essa tendência é reforçada com o Plano Trienal. • Durante o Regime Mili- tar: Plano Nacional de Desenvolvimento (PND). As políticas de integração regional • Década de 1950: as políticas econômicas passaram a ser integradas em macroplanos de desenvolvimento. • No início dos anos 60, no governo de João • O Plano de Integração Nacional (PIN): previa a colonização e a construção de rodovias na Amazônia. As políticas de integração regional • Durante o regime militar, as políticas regionais apoiavam-se sobre as superintendências de desenvolvimento regional: SUDENE, SUDECO, SUDESUL, SUDAM e SUFRAMA. gração nacional. • grande parte desses programas de cunho econômico não resol- veram os problemas e nem atingiram grande parte de suas metas. As políticas de integração regional • Os Programas Especiais como o Polocentro, o Poloamazônia, o Polonordeste e a Code- vasf vão figurar entre os planos do Regime Militar no planejamento regional para a in- No mapa 9 chama atenção a quantidade de áreas planejadas no polamazônia. Fonte: (THÉRY; MELLO, 2009, p. 269 apud FERREIRA, 2015). Mapa 9: Programas econômicos de integração nacional. 60 (senso 2010). • as RMs estão inseridas no meio técnico- científico-informacional expressando vários pontos na rede da globalização. As políticas de integração regional • Outras políticas públicas sob o rótulo da regionalização existem, como os inúmeros financiamentos para as Regiões Metropo- litanas (RMs) do país que somam mais de O mapa 10 aponta as relações do Brasil na Américas face à sua liderança regional. Fonte: (DURANT et al., 2009, p. 570 apud FERREIRA, 2015). Mapa 10: Principais processosde integração regional nas Américas – Jan. 2009. os indicadores sociais entre outras possibili- dades que poderiam ser regionalizadas cada qual com uma metodologia, recorte e abordagem específica.” • Ferreira (2015) enfatiza que “coexistem centenas de formas de regionalizar para diferentes temas, tais como: a saúde, a educação, as religiões, setores censitários, Outras possibilidades de regionalização Agora é sua Vez Tema 4: A regionalização do Brasil e a economia mundial. • Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro- Oeste. • Há a divisão dos estados em mesorre- giões e microrregiões. Após estudar a Formação territorial e apropriação dos recursos naturais do Brasil, responda às seguintes perguntas: 1. Quais são as macrorregiões na classificação oficial do IBGE? • O IBGE apresenta as macrorregiões geoeco- nômicas e Roberto Lo- bato Corrêa apresenta regionalização seme- lhante, respeitando os limites estaduais. 2. Quais são três complexos regionais apresentados por Pedro Pinchas Geiger? Quais as regionalizações semelhantes a ela? • Amazônia, Nordeste e Região Centro-Sul, sem respeitar os limites administrativos. • Nessa regionalização, foi levado em conta a o grau diferenciado de do meio técnico-cien- tífico-informacional no espaço. 3. Quais são os quatro Brasis de Milton Santos e o que foi levado em conta nessa regionalização? • Amazônia, Nordeste, Centro-Oeste e Região Concentrada. mo a SUDAM; • grande parte desses programas de cunho econômico não resol- veram os problemas e nem atingiram grande parte de suas metas. 4. Como se davam as políticas regionais no período do regime militar? • Durante o regime militar, as políticas regionais apoiavam-se sobre as superin- tendências de desenvolvimento regional co- entre outras possibili- dades que poderiam ser regionalizadas ca- da qual com uma metodologia, recorte e abordagem específica. 5. Quais são as outras possibilidades de regionalização apontadas por Ferreira (2015)? • a saúde, a educação, as religiões, os setores censitários, os indicadores sociais Finalizando Tema 4: A regionalização do Brasil e a economia mundial. • O Brasil possui grande extensão territorial, o que dificulta sua regionalização. • Atenção deve ser dada à importância dos ci- clos econômicos na formação territorial. • Não se pode olvidar dos elementos da nova Divisão Territorial do Trabalho (DTT). Considerações Finais • A divisão regional oficial do IBGE em cinco macrorregiões e as divisões dos estados em mesorregiões e microrregiões. • As regiões geoeconô- micas de Pedro Pinchas Geiger, do IBGE e de Roberto Lobato Corrêa: seme- lhanças e diferenças. Considerações Finais • Milton Santos e os Quatro Brasis: Amazônia, Nordeste, Centro-Oeste e Região Concen- trada. • A importância do meio técnico-científico-infor- macional para essa regionalização. • Considerada uma das regionalizações mais realistas. Considerações Finais • As Regiões de Integração e Desenvol- vimento do IBGE, buscam manter diferentes vínculos analíticos. Considerações Finais • Abarca as relações lo- cais, regionais, nacio- nais e internacionais, sobretudo com o avanço do capitalismo no pós-Segunda Guerra Mundial. • O regime militar e as políticas regionais apoiadas sobre as superintendências de desenvolvimento regional. Considerações Finais • As políticas públicas sob o rótulo da regio- nalização como os inú- meros financiamentos para as Regiões Me- tropolitanas (RMs) do país. • A Divisão Regional do Brasil refere-se a um conjunto de determinações econômicas, sociais e políticas que dizem respeito à or- Considerações Finais • ganização do espaço nacional, devido à forma desigual como se processa o desen- volvimento das forças produtivas. (IBGE, 2010). • Os estudos regionais servem para subsidiar o planejamento, estudos e identificação das estruturas espaciais, visando a elaboração Considerações Finais • de políticas públicas, e a decisão quanto à localização de ativi- dades econômicas, sociais e tributárias (IBGE, 2010). Referências BRASIL, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Divisão Regional. IBGE, 2010. Disponível em <http://www.ibge.gov.br/home /geociencias/geografia/default_ div_int.shtm?c=1> Acesso em 14 nov. 2014. FERREIRA, Gustavo H. Cepolini. Geografia do Brasil: A regionalização do Brasil e a economia mundial. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015. ROSS, Jurandyr L. Sanches (org.). Geografia do Brasil. 6. Ed., 1. Reimpr. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 2011. Referências SILVA, Carlos Henrique da. A expansão geográfica do capital e a criação de novos estados no Brasil. XIII Coloquio Internacional de Geocrítica: El control del espacio y los espacios de control Barcelona, 5-10 mai. 2014. Disponível em: <http://www.ub.edu/geocrit/coloquio2 014/Carlos%20Henrique%20da%20Sil va.pdf> Acesso em: 15 out. 2014. COSTA, Wesley Borges; MOREIRA, Michelle Neris; Nery, Maria Goreth e Silva. Repensando a regionalização brasileira a partir da teoria do meio. técnico-científico-informacional. Espaço em Revista. v. 14 n. 2 jul./dez. 2012. p.183 – 197. Disponível em: <http://www.revistas.ufg.br/index.php/espaco/article/view/17952/1288 5#.VFbQOGdZvw8> Acesso em: 15 out. 2014.3 Geografia do Brasil. Tema 5: Regionalização, disparidades e dinâmicas territoriais. • Desigualdade: dimensão da posição dos componentes de uma sociedade, determi- nando as diferenças entre eles. • Pobreza: situação nas quais as pessoas ou grupos sociais care- cem de algo de que necessitam para viver. Desigualdade e Pobreza • No processo de exclusão social o indivíduo vai se afastando da sociedade através de rupturas consecutivas com a mesma. • É a combinação de falta de meios econômicos, de isolamento social e de acesso limitado aos direitos sociais e civis. A exclusão social • A regionalização do país aponta para uma sobreposição de divisões que aumentam os problemas ao invés de solucioná-los. • As divisões municipais são marcadas por ru- pturas, dividindo parte dos recursos econô- micos e dos problemas sociais. A regionalização do Brasil e os problemas sociais O mapa apresenta a criação de municípios no Brasil de 1530 e 2000. Hoje: 5.565 municípios. Fonte: THÉRY; MELLO, 2009, p. 53 apud FERREIRA, 2015. Figura 1: Data de instalação dos municípios brasileiros. • A colonização do Brasil foi iniciada no litoral. • A industrialização e a urbanização vão ser reflexo disso. • O processo de ocupa- ção histórica leva a situação atual de com- centração populacional no litoral e algumas áreas pontuais. Os fatores históricos e a distribuição da população O mapa ao lado revela os reflexos do processo de ocupação histórica do Brasil. Fonte: SOMAIN, 2010 apud FERREIRA, 2015. Figura 2: Densidade demográfica em 2010. • Possui três dimensões: IDH Renda, IDH Saúde e IDH Educação. • Revela situações relacionadas às condições de vida como serviços médicos-sanitários, saneamento, água encanada. • Muitos itens devem ser garantidos pelo poder público. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) Nesse mapa é pos- sível observar que os melhores índices do IDH estão no Centro- Sul. Fonte: THÉRY; MELLO, 2009, p. 245 apud FERREIRA, 2015. Figura 3: Brasil – IDH em 2000. Continuando Tema 5:Regionalização, disparidades e dinâmicas territoriais. • Em 2012 foi elaborado o IDHM, já considerando a nova metodologia do PNUD, adotada a partir de 2010. • Comparando-se os IDHM de 1991, 2000 e 2010, verifica-se grande avanço do índice no Brasil, conforme os mapas seguintes. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) Figura 4: Brasil – IDHM: 1991, 2000 e 2010. Fonte: PNUD, 2013, p. 01 apud FERREIRA, 2015. Os mapas apontam para uma sensível melhora do IDHM nas regiões que viviam abaixo da linha da pobreza. • A disparidade entre as regiões brasileiras. • A estratégia da modernização, via industria- lização não possibilitou a redução das dispa- dades entre as regiões Sudeste e Nordeste. • Os processos de inte- gração regional e os assistencialistas dimi- nuiram a escala dessa disparidade. As disparidades regionais • O acesso permanente à educação e à saúde, previstos na carta magna como direitos do cidadão não são oferecidos com a devida qualidade. • A violência atinge todo o país e os direitos humanos são desrespeitados devido a ausência do Estado. • Com isso, verifica-se a existência de traba- lho escravo no Brasil em pleno século XXI. Migração, desigual- dade e conflituali-dade andam juntas na dinâmica do trabalho escravo. Fonte: THÉRY et al, 2009, p. 26 apud FERREIRA, 2015. Figura 5: Brasil: fluxos do trabalho escravo. Esse processo per- verso, desigual e contraditório é real e ocorre no território brasileiro. Fonte: THÉRY et al, 2009, p. 79 apud FERREIRA, 2015. Figura 6: Índice de probabilidade de escravidão e resgates em 2008. Figura 7: Brasil – Analfabetismo funcio-nal e Brasil – Beneficiários do Pro-grama Bolsa Família. Fonte: PNUD, 2013, p. 01 apud FERREIRA, 2015. A sobreposição de dados destes mapas revela uma parcela significativa de desi- gualdade no país. ve como diagnóstico para o planejamento que vise reduzir tais situações regionais. • É preciso alcançar o desenvolvimento e a integração regional. • A desigualdade no Brasil possui dimensão histórica e geográfica. • As dinâmicas territoriais materializam as disparidades regionais. • O reconhecimento dessas disparidades ser- Agora é sua Vez Tema 5: Regionalização, disparidades e dinâmicas territoriais. já que a riqueza se con- centra nas mãos de pou- cos, enquanto a maioria possui baixa renda e dificuldades no acesso aos serviços públicos. Após estudar a Regionalização, disparidades e dinâmicas territoriais do Brasil, responda às seguintes perguntas: 1. Caracterize a desigualdade social no Brasil. O país que possui grande desigualdade social, • O processo histórico de ocupação foi inicia- do no litoral. Depois, a política de industriali- zação encaminhou a atual configuração ao induzir a urbanização. 2. Onde se concentra a maior parte da população brasileira e por que? • A população brasileira se concentra no litoral e em algumas áreas pontuais, notadamente, próximo às capitais. de vida como serviços médicos-sanitários, as- neamento, água enca- nada. Desta forma, muitos itens medidos devem ser garantidos pelo poder público. 3. Quais são as dimensões do IDH e o que esse índice pode revelar? • São três dimensões: IDH Renda, IDH Saúde e IDH Educação. • Revela situações relacionadas às condições políticas sociais imple- mentadas pelo Estado Brasileiro, geraram es- tabilidade econômica e inclusão social, redu-zindo a fome e a miséria no país. 4. Qual a conclusão que se chega com a evolução do IDHM entre 1991 e 2010? • Verifica-se grande avanço do índice no Brasil nesse período. • As políticas de estabilidade econômica e as o que será muito im- portante para basear o planejamento de ações que visem resolver os problemas e reduzir as dispa-ridades. 5. Para que servem os estudos que levantam os problemas e as disparidades sociais? • Servem para localizar, dimensionar e me-lhor entender os problemas, visando o esta- belecimento de um diagnóstico da situação, Finalizando Tema 5: Regionalização, disparidades e dinâmicas territoriais. • Desigualdade, pobreza, exclusão social e disparidades regionais fazem parte dos estudos geográficos. • As divisões municipais levam à divisão de parte dos recursos econômicos e dos problemas sociais. • O processo de ocupa- ção do território. Considerações Finais • As três dimensões do IDH e o IDHM. • A comparação do IDHM de 1991, 2000 e 2010 permite concluir a evolução do índice. • A disparidade entre as regiões brasileiras e o fracasso estratégia da modernização, via in- dustrialização, no ob- jetivo de redução dessas desigualdades. Considerações Finais • Os processos de integração regional e os assistencialistas diminuíram a escala da disparidade regional. • A violência atinge todo o país e os direitos humanos são desres- peitados. • O trabalho escravo no Brasil em pleno século XXI. Considerações Finais • O acesso permanente à educação e à saú- de, que são direitos do cidadão não são oferecidos com a devida qualidade. • A desigualdade no Brasil possui dimensão histórica e geográfica. • As dinâmicas territo- riais materializam as disparidades regionais. Considerações Finais • O reconhecimento das disparidades regio- nais serve como diagnóstico para o planeja- mento que vise reduzir esse problema. • É preciso alcançar o desenvolvimento e a integração regional. • O país avança mas ainda tem muito o que melhorar. Considerações Finais Referências SILVA, Cristiane de Freitas. Pobreza e desigualdade no Brasil: uma análise da contradição capitalista. VII Congresso português de sociologia. Universidade do Porto. 19 a 21 jul. 2012. Disponível em: <http://www.aps.pt/vii_congresso /papers/finais/PAP0692_ed.pdf>. Acesso em: 15 out. 2014. ROSS, Jurandyr L. Sanches (org.). Geografia do Brasil. 6. Ed., 1. Reimpr. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 2011. FERREIRA, Gustavo H. Cepolini. Geografia do Brasil: Regionalização, disparidades e dinâmicas territoriais. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015. , Referências THERY, Hervé; THERY, Neli Aparecida de Mello. Disparidades e dinâmicas territoriais no Brasil. Revista do Departamento de Geografia. USP, v. especial 30 Anos, 2012. p. 68-91. Disponível em <www.revistas.usp.br/ rdg/article/download/ 53843/57806>. Acesso em: 15 out. 2014. Geografia do Brasil. Tema 6: Modernização e relação campo- cidade no Brasil. • A modernização do meio rural e seus reflexos na sociedade urbana. • Agricultura dependente de bens industria- lizados para sobrevi- vência e para maior lucratividade. • Modernização do cam- po e criação do com- plexo agroindustrial. A modernização do meio rural no Brasil. • A modernização pro- voca novos contornos sociais, culturais, eco- nômicos e políticos. • Subordinação da agri- cultura ao ritmo da indústria. • No passado: coexistência da grande com a pequena propriedade. • A modernização do campo e o avanço sobre os pequenos proprietários: abandonar a terra ou tornar-se mão-de-obra barata. • A partir da década de 1970 a dependência da indústria em relação à agricultura cres- ceu de forma intensa. • A difusão da revolução verde e o avanço do capitalismo. • A importância da agri- cultura familiar na pro- dução de alimentos. A modernização e industrialização da agricultura. Figura 1: Brasil - práticas agrícolasmodernas. Fonte: THÉRY; MELLO, 2009, p. 121 apud FERREIRA, 2015. queda no valor dos produtos agrícolas. • A agricultura se torna um grande e lucrativo negócio para as multi- nacionais produtoras de insumos agrícolas. A Revolução Verde (RV): • causou a falência de milhões de pequenos agricultores devido à queda excessiva dos preços dos alimentos. • Aumento vertiginoso da produção agrícola • Com a RV os agri- cultores são totalmen- te dependentes de in- sumos comprados fora das propriedades. • O trabalho do agricul- tor foi desvalorizado. A Revolução Verde (RV): • Antes da RV, os agricultores eram indepen- dentes e precisavam de poucos insumos de fora da propriedade, principalmente ferra- mentas. como fazer, já compra uma solução pronta. É explorado pelas em- presas produtoras de insumos e pelos atra- vessadores e comer- ciantes. A Revolução Verde (RV): • A agricultura tornou-se um grande negócio para as multinacionais, enquanto o produtor rural é quem menos ganha com a atividade. • O agricultor se acostuma a não pensar mais • No Brasil a agricultura foi se transformando em indústria para atender ao domínio do capital, deixando de lado o desenvolvi- mento socioambiental. • Os países desenvolvidos realizaram, cada um a sua maneira, uma reforma agrária que garantiu o acesso do pequeno produtor à terra, dinamizando suas economias e gerando desenvolvimento socioambiental. • No Brasil os estabele- cimentos com mais de 1.000 ha ocupam 43% da área total, enquan- to aqueles com menos de 10 ha ocupam, 2,7% da área total. • Em 2008 o Brasil se tornou o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. • O país possui sérios conflitos no campo, como os movimentos de luta pela terra e os problemas relacionados à “grilagem”. Continuando Tema 6: Modernização e relação campo- cidade no Brasil. • Os caiçaras, ribeirinhos, indígenas negam o território do capital e sua lógica de moder- nização. • A grande produção agrícola brasileira mar- cada pela alta tecno- logia, acaba gerando a expulsão dos trabalha- dores do campo. Agroindústria e complexo agroindustrial. • A agroindústria da soja e do suco de laranja se caracteri- zam pela forte ligação com o mercado exter- no. • A agroindústria é a indústria que transfor- ma um produto agropecuário em produto pronto para uso como o óleo de soja ou o suco de laranja. Faz parte do complexo agroindustrial ou agronegócio. • É marcado pela inten- sa ligação com a in- dústria, comportando atividades “antes da porteira”, “dentro da porteira” e “após a porteira”. • O Agronegócio se caracteriza por grandes unidades de produção destinadas, geral- mente, ao cultivo de um único produto de alto valor comercial e destinados ao mer- cado interno (indústrias) e à exportação. ção entre a agricultura familiar e a agroin- dústria na cadeia o frango. • Verifica-se, no Brasil, a sujeição da agricultura à agroindústria. • Em São Paulo se destaca o complexo agroindustrial citrícola, integrando a produção de quem produz, que industrializa e comercializa o suco concentrado. • No Sul e no Centro-Oeste ocorre a integra- • Atualmente, é discutido onde termina o rural e onde se inicia o urbano. Como deter- minar se uma atividade é rural ou urbana. • A mecanização, tecni- fica o campo, com isso, as máquinas tomam o lugar de vários postos de tra- balho. Atividades urbanas e agrárias. • Funcionários de gran- des fazendas traba- lham no campo e moram na cidade. • Subordinação das ati- vidades agrárias ao modo urbano. • Nem todas as atividades no campo são agrárias. • Atividades ligadas ao lazer, ao turismo, à moradia, industriais e de prestação de serviços. duzir o desemprego rural. • O crescimento de atividades não-agríco- las é importante para a manutenção do homem no campo. • A reforma agrária não se restringe a simples democratização do acesso a terra. • A necessidade da viabilização de uma Reforma Agrária justa e o apoio estatal à agricultura familiar como formas para se re- • No Brasil foi estabelecido um novo rural, dinâmico, com forma de trabalho coletivo na produção e industrialização dos produtos agrícolas e na presta- ção de serviços ao meio urbano. • Relações entre campo e cidade são estrei- tadas no cotidiano. A relação campo-cidade. e suas diferenças na paisagem. • Apesar das diferen- ças, a integração entre o campo e a cidade é uma realidade. • Os limites entre o rural e o urbano são defi- nidos pelo perímetro urbano. • O rural continua existindo, mas com novo significado. • O rural e o urbano como realidades distintas Agora é sua Vez Tema 6: Modernização e relação campo- cidade no Brasil. • Houve o avanço sobre os pequenos proprie- tários que tiveram que abandonar a sua terra ou tornar-se mão-de- obra barata. Após estudar a Modernização e a relação campo-cidade no Brasil, responda às seguintes perguntas: 1. O que aconteceu com a mão-de-obra rural a partir da modernização do campo? • A criação do complexo agroindustrial marca a forte dependência de insumos (agrotóxicos, implementos, adubos), da agroindústria e da exportação. 2. O que muda na relação agricultura e indústria com modernização do campo? • A partir da década de 1970 a dependência da indústria em relação à agricultura cres-ceu de forma intensa. • o êxodo rural foi inten- so, o sonho de melho- res condições de vida encontrou cidades despreparadas, o que gerou vários proble-mas sociais urbanos. 3. O que acontece no urbano à mesma época da modernização do campo no Brasil? • Ocorre o processo de industrialização que servirá como atrativo da mão-de-obra expulsa do campo pela modernização; nha renda familiar pre- dominantemente origi- nada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabeleci- mento e seja dirijido pela família. 4. O que define a agricultura familiar? • A Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006: a propriedade não pode ser superior a quatro módulos fiscais; deve utilizar predominan- temente mão de obra da própria família; te- complexo agroindustri- al. A agroindústria da soja e do suco de laranja se caracterizam pela forte ligação com o mercado externo. 5. O que é agroindústria? é a indústria que transforma um produto agropecuário em produto pronto para uso como o óleo de soja ou o suco de laranja. A agroindústria faz parte do agronegócio ou soja, milho, pecuária). • “Depois da porteira”: transporte, armazena- mento industrialização e comercialização. • Pesquisa, assistência técnica, crédito rural. 6. Como funciona o agronegócio? Envolve toda a cadeia produtiva: • “Antes da porteira”: sementes, adubos, agrotóxicos, implementos, máquinas, etc. • “Dentro da porteira”: produção (laranja, Finalizando Tema 6: Modernização e relação campo- cidade no Brasil. • A modernização do meio rural e seus reflexos na sociedade urbana. • Modernização do campo e o complexo agro- industrial. • A modernização do campo e o avanço sobre os pequenos proprietários e outros reflexos. Considerações Finais • A difusão da revolução verde e o avanço do capitalismo. • A importância da agricultura familiar na pro- dução de alimentos. • A Revolução Verde. • A Reforma agrária e o desenvolvimento socioambiental. • O consumo de agro- tóxicos no Brasil. Considerações Finais • Os conflitos no campo. • A grande produçãoagrícola brasileira, a alta tecnologia no campo e suas consequências. • Agronegócio e Agroin- dústria no Brasil. • A sujeição da agricul- tura à agroindústria. • A complementaridade entre o urbano e o rural e seus limites. Considerações Finais • Nem todas as atividades no campo são agrárias. • Subordinação das atividades agrárias ao modo urbano. • O crescimento de atividades não-agríco- las é importante para a manutenção do homem no campo. Considerações Finais • A modernidade das técnicas agrícolas pro- voca aumento na produtividade, altera a or- ganização do trabalho e aumenta a relação das atividades primá- rias com a indústria e os serviços. • As diferenças na paisagem entre o urbano e o rural. Considerações Finais Referências FAJARDO, Sérgio. Complexo agroindustrial, modernização da agricultura e participação das cooperativas agropecuárias no estado do Paraná. Caminhos de Geografia. Uberlândia v. 9, n. 27, set. 2008. p. 31 – 44. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/ caminhosdegeografia/article/viewFil e/15725/8898>. Acesso em: 15 out. 2014. ROSS, Jurandyr L. Sanches (org.). Geografia do Brasil. 6. Ed., 1. Reimpr. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 2011. FERREIRA, Gustavo H. Cepolini. Geografia do Brasil: Modernização e relação campo-cidade no Brasil Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015. Referências • PEREIRA, Rosimeire Fernandes Cruz. Modernização da agricultura no Brasil e as transformações da agricultura familiar. Sociedade E Desenvolvimento Rural on line – v.4, n. 1 – • Jun – 2010. p. 79-95. Disponível em: http://www.inagrodf. com.br/revista/index.php/ SDR/article/viewFile/94/78>. • Acesso em: 15 out. 2014. Geografia do Brasil. Tema 7: A problemática urbana e ambiental. • Os problemas urbanos são decorrência da política econômica que influenciou o quadro urbano, populacional e ambiental. • A falta de planejamen- to nos grandes aglo- merados urbanos: mi- grações internas e sa- zonais, ilícitos, desem- prego, baixa qualidade dos serviços públicos. As causas dos problemas urbanos e ambientais Para Santos (2008) apud Ferreira (2015): • a grande maioria da população urbana vive sob o mais baixo nível de vida, enquanto um número reduzido de pessoas tem altas rendas e elevado nível de vida. • O planejamento e a gestão do território são submetidos à lógica econômica da globalização que influi nas questões regi- onais. Para ROSS (1998) apud Ferreira (2015): • o avanço técnico/científico e o crescimento industrial em diferentes países, vem agre- dindo e alterando a natureza, em benefício dos interesses imediatos dos homens. • O crescimento urbano representa parte dos problemas ambientais, já que ele avança so- bre áreas verdes, de acordo com os interes- ses de especuladores. • A rede urbana é formada por um conjunto de cidades que mantém entre si relações comerciais, financeiras, industriais, políticas, mas geralmente sob o comando de uma cida- de que apresenta o setor de prestação de serviços mais desen- volvido e diversificado. A Rede Urbana Para Santos (1994) apud Ferreira (2015): • As categorias de análise de Milton Santos, estrutura, processo, função e forma, devem ser consideradas no estudo da rede urbana. • Ferreira (2015) aponta que pobres e ricos participam do proces- so, havendo desigual- dades que devem ser investigadas e supe- radas, já que são reflexos do processo de industrialização. • A Divisão Internacional do Trabalho (DIT) está em consonância com a rede urbana, e esta é condição para o funcionamento da Divisão Territorial do Trabalho (DTT). • Isso dá a dimensão da importância da rede urbana para o capita- lismo globalizado. • A rede urbana permite a articulação da pro- dução no território nacional, por meio das relações da DTT. Para Corrêa (1994) apud Ferreira (2015): • A utilização do exército de reserva, faz com que se pague cada vez menos, pelo mesmo trabalho, em escala mundializada. • As empresas mudam de lugar conforme as vantagens oferecidas pela perspectiva da guerra fiscal. • Os movimentos sociais urbanos lutam por moradia e conscienti- zação coletiva. A Revolução Verde levou ao êxodo rural que ocasionou problemas socioambientais urbanos. Fonte: FERREIRA, 2015. Figura 1: A urbanização brasileira e a industrialização. A Rede Urbana Área de segurança para intérprete de Libras. Metrópole Nacional Metrópole Regional Centros Regionais Centros Sub-regionais Centros Locais Metrópole Global 1 1 2 2 • A PEA é a parcela da população em idade ativa que está trabalhando ou em busca de trabalho, é uma mão-de-obra em potencial A população econômica ativa (PEA) e os setores da economia. para o setor produtivo. • a parte da população que está desemprega- da e que não busca empregos, forma a População econômica inativa (PEI). • Setor Primário: composto basicamente pela agricultura, extrativismo vegetal e animal; • Secundário: ligado à indústria pela construção civil e pela mineração; • Terciário: composto pelo comércio e pela prestação de serviços; • Quaternário: ligado à robótica, cibernética, informática. Trata-se das tecnologias logas à C&TI – Ciencia Tecnologia e Inovação. Continuando Tema 7: A problemática urbana e ambiental. • A mecanização do campo liberou mão-de- obra despreparada para as cidades, aumen- tando a quantidade de pobres no urbano. • A falta de preparação das cidades gerou problemas habitacio- nais com a formação de aglomerados sub- normais (favelas). Os problemas socioambientais urbanos O mapa revela que o crescimento populacional foi liderado pelas regiões urbano-industriais. Fonte: THÉRY; MELLO, 2009, p. 91 apud FERREIRA, 2015. Figura 2: Crescimento populacio-nal dos estados entre 1872-2000. • O intenso crescimento demográfico, o êxodo rural e a favelização das grandes cidades gerou inúmeros problemas socioambientais decorrentes. • A favelização no Brasil atinge todas as ma- crorregiões. • Tal situação tem suas origens no processo de industrialização e nas políticas neoliberais, desde a década de 1980. O mapa aponta a concentração de favelas nas áreas mais urbano- industrializadas do país. Fonte: THÉRY; MELLO, 2009, p. 193 apud FERREIRA, 2015. Figura 3: A distribuição espacial das favelas no Brasil. Bairros luxuosos em meio a precárias favelas: uma realidade brasileira e mundial. Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/ wikipedia/commons/3/38/Rocinha_Favela_Brazil_Slums.j pg?uselang=pt-br>. Acesso em: 07 nov. 2014. Figura 4: Favela da Rocinha no Rio de Janeiro – 2008. Para Santos (2008) apud Ferreira (2015): • Existem muitas contradições no direito de morar com as demais infraestruturas - o que se constitui em um direito básico do cidadão – tal realidade é mais evidente nas grandes metrópoles. • A contradição da mer- cantilização da mora- dia a preços exorbi- tantes, mesmo quando financiada com recur- sos públicos. A precariedade das favelas e os perigos de sua localização, como em margens de rios. Disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/ File:Favela_under_highway.jpg?uselang=pt-br >. Acesso em: 18 out. 2014. Figura 5: Favela, a rodovia e o rio – São Paulo – 2006. • O Estatuto da Cidade, obriga o Plano Diretor a estabelecer planos não apenas para o espaço urbano,mas para todo o ter- ritório municipal, inclu- indo, o espaço rural. • Todo municípios com mais de 20 mil habi- tantes deve ter seu Plano Diretor. As políticas urbanas. • Entretanto a falta de políticas públicas é uma realidade no Bra- sil, o que cria áreas segregadas e sem infraestrutura: a cida- de informal. • O plano diretor cria um sistema de planeja- mento e gestão do município, determinando as políticas a serem desenvolvidas em um prazo de dez anos em todas as áreas da administração. • Isso aponta para sério desequilíbrio entre a cidade formal e seus condomínios e a cida- de informal, apontan- do para sérias diferen- ças socioeconômicas. • A cidade informal possui sérios problemas como a falta de saneamento, de saúde e de educação. A violência e o desemprego, junto às péssimas condições de moradia são uma realidade na cidade informal. Agora é sua Vez Tema 7: A problemática urbana e ambiental. As cinco maiores áreas metropolitanas do Brasil são: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife. Após estudar a Modernização e a relação campo-cidade no Brasil, responda: 1. Quais são, em ordem populacional decrescente, as cinco maiores áreas metropolitanas do Brasil? 2. Quais os principais problemas detectados nas cidades do Brasil? • A falta de políticas gerou problemas de ordem ambiental e social. Entre eles: o inchaço das cidades, a falta de infraestrutu- ra, engarrafamentos, poluições, desempre- go, desigualdade so- cial, violência, sistema de saúde e de edu- cação precários, au- sência de saneamento. 3. Um conjunto de municípios contíguos e integrados socioeconomicamente à uma cidade central, com serviços públicos e infraestrutura comuns, define a: (A) metropolização (B) área metropolitana (C) rede urbana (D) megalópole (E) hierarquia urbana 3. Um conjunto de municípios contíguos e integrados socioeconomicamente à uma cidade central, com serviços públicos e infraestrutura comuns, define a: (A) metropolização (B) área metropolitana (C) rede urbana (D) megalópole (E) hierarquia urbana 4. Segundo a hierarquia urbana, as cidades mais importantes de um país, que comandam a rede urbana nacional, estabelecendo áreas de influência, correspondem aos (às): (A) centros regionais (B) cidades-dormitórios (C) metrópoles nacionais (D) capitais regionais (E) metrópoles regionais 4. Segundo a hierarquia urbana, as cidades mais importantes de um país, que comandam a rede urbana nacional, estabelecendo áreas de influência, correspondem aos (às): (A) centros regionais (B) cidades-dormitórios (C) metrópoles nacionais (D) capitais regionais (E) metrópoles regionais 5. Qual a diferença entre cidade formal e cidade informal? • A cidade formal concentra os investimentos públicos, a infraestrutura e equipamentos urbanos; enquanto que a cidade informal cresce na ilegalidade urbana, sem atributos de urbanidade e ca- rente de infraestru- tura. Isso aponta sé- rias diferenças socio- ambientais na cidade. Finalizando Tema 7: A problemática urbana e ambiental. • Os problemas urbanos, a falta de planeja- mento e os problemas decorrentes. • As sensíveis diferenças no nível de vida en- tre os mais ricos e os mais pobres. • o avanço técnico/cien- tífico e o crescimento industrial: agressão e alteração da natureza. Considerações Finais • A rede urbana: relação com a DTT e a DIT. • As categorias de análise de Milton Santos, no estudo da rede urbana. • As desigualdades do espaço urbano: cidade formal e informal. • O exército de reserva e a guerra fiscal. • A PEA, a PEI e os setores da economia. Considerações Finais • Os movimentos sociais urbanos. • O êxodo rural e a chegada de pessoas nas cidades despreparadas para isso. • A formação de aglo- merados subnormais (favelas). • Os problemas socio- ambientais decorren- tes da favelização e falta de planejamento. Considerações Finais • As origens da favelização e sua ocorrência em todas as macrorregiões. • A falta de moradia digna para os cidadãos. • A contradição da mer- cantilização da mora- dia a preços exorbi- tantes, mesmo quando financiada com recur- sos públicos. Considerações Finais • O Estatuto da Cidade e o Plano Diretor. • A falta de políticas públicas é uma realidade no Brasil. • Apesar da obrigatorie- dade do Plano Diretor, boa parte das prefeitu- ras são conduzidas com amadorismo e ou corrupção, o que agra- va o quadro existente. Considerações Finais Referências FERREIRA, João Sette Whitaker; MOREIRA, Tomás Antônio. Governança urbana no contexto das cidades subdesenvolvidas. Anais do IX Congresso Ibero- americano de Urbanismo. Recife. 27 - 30 nov. 2000. Disponível em: <http://www.fau. usp.br/docentes/depprojeto/j_whit aker/govern.html>. Acesso em: 15 out. 2014. ROSS, Jurandyr L. Sanches (org.). Geografia do Brasil. 6. Ed., 1. Reimpr. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 2011. FERREIRA, Gustavo H. Cepolini. Geografia do Brasil: A problemática urbana e ambiental. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015. Referências <http://www.fau.usp.br/deppr ojeto/gdpa/paisagens/artigos/ 2007Silva-Werle- PlanejamentoUrbanoSustenta bilidade.pdf>. Acesso em 15 out. 2014. SILVA, Geovany Jessé Alexandre da; WERLE, Hugo José Scheuer. Planejamento urbano e ambiental nas municipalidades: da cidade à sustentabilidade, da lei à realidade. Paisagens em Debate. revista eletrônica da área Paisagem e Ambiente, FAU.USP - n. 05, dez. 2007. Disponível em: Geografia do Brasil. Tema 8: Unidades de Conservação. • As UC estão inseridas no debate entre natu- reza e sociedade nas escalas local à global. • Considera ações, normatizações, práticas e manejos. • Primeiras áreas prote- gidas: Parque Nacional de Yellowstone (1872) e o Parque de Yosemi- te (1890). Unidades de Conservação (UC), a natureza e a sociedade sociedade como des- truidores da natureza; • Surgiu nos EUA para salvaguardar a natu- reza em ilhas verdes de beleza cênica. Para Diegues (1998) apud Ferreira (2015): • O modelo estadunidense de criação de áreas naturais protegidas foi adotado por outros países, inclusive pelo Brasil. • Ideologia preservacionista: Visão homem/ dicionais serem excluí- dos com a imposição de áreas protegidas. • Tais populações convi- vem com a natureza, não sendo plausível o seu afastamento dela. • Para a ideologia preservacionista as áreas protegidas são espaços públicos que não permitem a presença de moradores. • No Brasil essa ideologia gerou conflitos de- vido às populações indígenas e grupos tra- a reserva extrativista; em que poderiam realizar suas ativida- des extrativas e cultivo em roça de subsis- tência. • A implantação de UCs no Brasil sob a perspectiva preservacionista acabaram por deslegitimar as atividades agroextrativas de populações indígenas e tradicionais. • Wilson Pinheiro e Chico Mendes advogaram • A “reforma agrária” dos seringueiros se da- ria pelo sistema tradicional das colocações e não poderia ser dividida em lotes. • A associação com os ambientalistas refor- çou a luta dos seringueiros em 1987. • Entretanto, na prática as reservas extrativis- tas seguiram um plano agrário e não ambiental. • A criação do IBAMA em 1989. • Para Conti e Furlan (1998) apud Ferreira (2015) o histórico do SNUC insere a noção de meio ambiente, ecossistema e paisagem como dimensões dis- tintas do debate.
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