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Apostila 2 o balanco patrimonial contas grupos e subgrupos

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AAAnnnááálll iiissseee dddaaasss DDDeeemmmooonnnsssttt rrraaaçççõõõeeesss CCCooonnntttááábbb eeeiiisss ––– 666ººº pppeeerrríííooodddooo ––– BBBIIICCCEEE ––– UUUNNNIIIFFFAAALLL///222000111777 .. 
 
PPRROOFF.. MMAARRCCIIOO OO.. PPEERREEIIRRAA 1 
3. O Balanço Patrimonial 
 
 
 
3.1. CONTAS 
 
3.1.1. Conceito 
Conta é o nome técnico dados aos componentes patrimoniais (bens, direitos, obrigações e 
patrimônio líquido) e aos elementos de resultado (despesas e receitas). 
Colocando-se todas as contas de forma desordenada, ainda que respeitando as noções de 
passivo e ativo; somando-se caixa com máquinas, duplicatas a receber com veículos, e assim por diante, 
haveria muita dificuldade para interpretar e analisar o balanço. 
Essa é a razão por que se deve agrupar contas de mesmas características, de mesma natureza: 
facilitar a leitura do balanço. 
É coerente somar o dinheiro em caixa com o dinheiro depositado em bancos, pois ambos 
caracterizam dinheiro disponível para empresa. 
 
3.1.2. Classificação das contas 
Patrimoniais: registram os elementos ativos e passivos, ou seja, representam os bens, direitos, 
obrigações e patrimônio líquido. São estas contas que representam o patrimônio da empresa num dado 
momento, através do Balanço Patrimonial. 
 
Resultado: representam as receitas (ganhos) e despesas (perdas) que provocam as variações 
patrimoniais. Estas contas se diferenciam das contas patrimoniais porque no final do exercício elas são 
encerradas (zeradas) permitindo a apuração do resultado do exercício (lucro ou prejuízo). 
 
Contas analíticas: são as que sofrem os lançamentos, ou seja, aquelas que utilizamos para efetuar os 
registros. Ex.: Caixa R$ 1.000,00 
 Bancos R$ 2.000,00 
 
Contas sintéticas: representam um grupo de contas analíticas da mesma natureza. Por Exemplo, a 
conta Disponibilidades totaliza as contas que lhe são “subordinadas”. 
Ex.: Disponibilidades R$ 3.000,00 
 Caixa R$ 1.000,00 
 Bancos R$ 2.000,00 
 
 
3.2. CONCEITO DE CURTO E LONGO PRAZO NA CONTABILIDADE 
Curto Prazo: significa um período de até um ano. Ao apresentar um balanço, por exemplo, em 31 de 
dezembro, todas as contas a receber e a pagar no próximo exercício (365 dias) devem ser classificadas 
como curto prazo. 
 
Longo Prazo: período superior a um ano. Assim ao contrair um financiamento de um banco de 
desenvolvimento, com resgate de dívida após 05 anos, esta dívida é considerada de longo prazo. 
 
 31/12/X0 31/12/X1 
 X1 X2 
Curto prazo Longo prazo 
 
 término do exercício 
 social 
 
 Outro conceito de curto prazo está relacionado com o ciclo operacional do negócio. Na pecuária 
normalmente, desde o nascimento do bezerro até a venda dela na condição de boi gordo, ultrapassa 
muito mais de um ano. Neste caso o conceito de curto prazo passa a valer pelo ciclo operacional 
AAAnnnááálll iiissseee dddaaasss DDDeeemmmooonnnsssttt rrraaaçççõõõeeesss CCCooonnntttááábbb eeeiiisss ––– 666ººº pppeeerrríííooodddooo ––– BBBIIICCCEEE ––– UUUNNNIIIFFFAAALLL///222000111777 .. 
 
PPRROOFF.. MMAARRCCIIOO OO.. PPEERREEIIRRAA 2 
3.3. O BALANÇO PATRIMONIAL 
 
 O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e 
qualitativamente, numa determinada data, o patrimônio e a composição do patrimônio líquido da entidade. 
 Para Iudícibus (1998, p. 132), o Balanço é a demonstração contábil que tem por finalidade 
apresentar a situação patrimonial da empresa em dado momento, dentro de determinados critérios de 
avaliação. Por esse motivo é chamado de Balanço Patrimonial. Uma vez bem estudada a natureza do 
Ativo (bens e direitos), do Passivo (obrigações), e do Patrimônio Líquido (diferença entre o Ativo e o 
Passivo), e as rotinas e procedimentos contábeis, muito fácil se torna entender o que é Balanço. 
 
 Conforme determina o artigo 178 da Lei nº 6.404-76, “No balanço, as contas serão classificadas 
segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a 
análise da situação financeira da companhia”. 
 Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos da Lei nº 6.404 -76 e 
segundo os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabil idade. 
 
 A legislação brasileira estabelece três grupos de contas para o ativo e praticamente três grupos de 
contas para o passivo 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
Circulante 
Compreende contas que estão em constantemente 
em giro, em movimento Sua conversão em dinheiro 
ocorrerá, no máximo até o próximo exercício social 
(ou até em 01 ano) 
 
Circulante 
Obrigações exigíveis que serão liquidadas no 
próximo exercício social, nos próximos 365 dias 
após o levantamento do balanço. 
NÃO CIRCULANTE 
Realizável a Longo Prazo 
Bens e direitos que se transformarão em dinheiro 
após o exercício seguinte (ou mais de 01 ano) 
 
NÃO CIRCULANTE 
Exigível a Longo Prazo 
Obrigações exigíveis que serão liquidadas com 
prazo superior a um ano 
Ativo Fixo 
Bens e direitos que não se destinam a venda e tem 
vida útil longa, no caso de bens. 
 
 
PL 
São recursos dos proprietários aplicados na 
empresa. Os recursos significam o capital mais 
o seu rendimento – lucros e reservas. Se houver 
prejuízo, o total dos investimentos dos 
proprietários será reduzido 
 
 Do ponto de vista econômico, os ativos são classificados no Balanço Patrimonial seguindo sempre 
uma ordem de liquidez. Isso significa que as contas que aparecem em primeiro lugar na estrutura do 
balanço patrimonial são as contas mais representativas em dinheiro. 
 Os passivos que representam as obrigações que a empresa assumiu por captar recursos de 
 terceiros, serão classificados em ordem decrescente de grau de exigibilidade. 
 Isso significa que a empresa deverá classificar o passivo pelo seu respectivo vencimento de 
 cumprimento com a obrigação assumida. As dívidas vencíveis em primeiro lugar aparecem, por 
 coerência, em primeiro lugar no balanço patrimonial. 
 Diante do evidenciado, existe uma analogia em termos de grupos de contas entre o lado do 
 Ativo e o lado do Passivo e PL: é o grau de Liquidez decrescente. 
 
 Resumo do grau de Liquidez do Balanço Patrimonial 
Grau de Liquidez ATIVO PASSIVO 
Rápida Circulante Circulante 
Lenta Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo 
Não há Fixo PL 
 
 
A Importância do Balanço 
 Obter dados do Ativo, Passivo e PL, analisar suas variações durante determinado período de 
tempo, por meio da verificação direta dos registros contábeis, é tarefa trabalhosa, mesmo nas pequenas 
AAAnnnááálll iiissseee dddaaasss DDDeeemmmooonnnsssttt rrraaaçççõõõeeesss CCCooonnntttááábbb eeeiiisss ––– 666ººº pppeeerrríííooodddooo ––– BBBIIICCCEEE ––– UUUNNNIIIFFFAAALLL///222000111777 .. 
 
PPRROOFF.. MMAARRCCIIOO OO.. PPEERREEIIRRAA 3 
empresas, pois podem inúmeras operações diárias (Iudícibus 1998). Daí a necessidade de resumi r e 
apresentar os dados de forma adequada, que permitam às pessoas interessas em conhecer a situação 
patrimonial da empresa. 
 A tarefa de apresentar os elementos para análise e interpretação será simplificada se a 
contabilização das operações for feita com critério e colocada em um Plano de Contas bem elaborado 
(Iudícibus, 1998, p. 132). 
 A grande importância do Balanço reside na visão que ele dá das aplicações de recursos feitas 
pela empresa (Ativos) e quantos desses recursos são devidos a terceiros (Passivos). Isso evidencia o 
nível de endividamento, a liquidez da empresa, a proporção de capital próprio (PL) e outras análises. A 
visãode dois balanços consecutivos mostra facilmente a movimentação ocorrida no período e como a 
estrutura patrimonial e financeira se modificou no período. 
 A seguir um modelo de Balanço Patrimonial, onde estão destacados os principais grupos e 
subgrupos: 
 
 RES. CFC nº 686-90 NBC T 3 LEI nº 6.404-76 
ATIVO CIRCULANTE CIRCULANTE 
 a) Disponível 
b) Créditos 
c) Estoques 
d) Despesas Antecipadas 
e) Outros Valores e Bens 
- disponibilidades; 
- direitos realizáveis no curso do exercício social 
subseqüente; 
- aplicações de recursos em despesas do exercício 
seguinte. 
 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
 São os ativos referidos nos itens b, 
c, d e e anteriores, cujos prazos 
esperados de realização se situem 
após o término do exercício 
subseqüente à data do balanço 
patrimonial. 
São assim classificados os direitos realizáveis após o 
término do exercício seguinte, assim como os derivados 
de vendas, adiantamentos ou empréstimos a 
sociedades coligadas ou controladas, diretores, 
acionistas ou participantes no lucro da cia, que não 
constituírem negócios usuais na exploração do objeto 
da companhia. 
 Fixo Fixo 
 a) Investimentos – São as 
participações em sociedades além 
dos bens e direitos que não se 
destinem à manutenção das 
atividades-fins da entidade. 
 
b) Imobilizado – São os bens e 
direitos, tangíveis e intangíveis, 
utilizados na consecução das 
atividades-fins da entidade. 
 
c) Diferido – São as aplicações de 
recursos em despesas que 
contribuirão para a formação do 
resultado de mais de um exercício 
social. 
 
Investimentos – São as participações permanentes em 
outras socied. e os dir. de qq natureza, ñ classificáveis 
no ativo circ., e que ñ se destinem à manutenção da 
atividade da cia. ou da empresa. 
 
Imobilizado – São os dir. q. tenham por objeto bens 
destinados à manutenção das ativ. da cia., ou exercidos 
com essa finalidade, inclusive os de propriedade 
industrial ou comercial. 
 
Diferido – São as aplicações de recursos em despesas 
que contribuirão para a formação do resultado de mais 
de um exercício social, inclusive os juros pagos ou 
creditados aos acionistas durante o período que 
anteceder o início das operações sociais. 
PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
 São as obrigações conhecidas e 
os encargos estimados cujos 
prazos estabelecidos ou 
esperados se situem no curso do 
exercício subseqüente à data do 
balanço patrimonial. 
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos 
para a aquisição de direitos do ativo permanente, serão 
classificadas no passivo circulante, quando se 
vencerem no exercício seguinte, e no passivo exigível a 
longo prazo, se tiverem vencimento em prazo maior. 
 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
 São as obrigações conhecidas e os 
encargos estimados, cujos prazos 
estabelecidos ou esperados, 
situem-se após o término do 
exercício subseqüente à data do 
 
AAAnnnááálll iiissseee dddaaasss DDDeeemmmooonnnsssttt rrraaaçççõõõeeesss CCCooonnntttááábbb eeeiiisss ––– 666ººº pppeeerrríííooodddooo ––– BBBIIICCCEEE ––– UUUNNNIIIFFFAAALLL///222000111777 .. 
 
PPRROOFF.. MMAARRCCIIOO OO.. PPEERREEIIRRAA 4 
balanço patrimonial. 
 
PASSIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 Capital – São os valores aportados 
pelos proprietários e os 
decorrentes de incorporação de 
reservas e lucros. 
Reservas – São os valores 
decorrentes de retenções de 
lucros, de reavaliação de ativos e 
de outras circunstâncias. 
Lucros ou Prejuízos Acumulados – 
São os lucros retidos ou ainda não 
destinados e os prejuízos ainda 
não compensados, estes 
apresentados como parcela 
redutora do patrimônio líquido. 
 
Capital Social: discriminará o montante subscrito e, por 
dedução, a parcela ainda não realizada. 
Reservas de Capital: 
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar 
o valor nominal e a parte do preço de emissão das 
ações, sem valor nominal, que ultrapassar a 
importância destinada à formação do capital social, 
inclusive nos casos de conversão em ações de 
debêntures ou partes beneficiárias; 
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e 
bônus de subscrição; 
c) o prêmio recebido na emissão de debêntures; 
d) as doações e as subvenções para investimento. 
Será ainda registrado como reserva de capital o 
resultado da correção monetária do capital realizado, 
enquanto não capitalizado. 
Reserva de Reavaliação: as contrapartidas de 
aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em 
virtude de novas avaliações com base em laudos. 
Reservas de Lucros: são as contas constituídas pela 
apropriação de lucros da companhia. 
Ações em Tesouraria: destacadas no balanço 
patrimonial como dedução da conta do patrimônio 
líquido. 
 
A Lei das S.As estabelece, em seu artigo 178, §1º, que, no ativo, as contas serão dispostas em 
ordem decrescente de liquidez, e, dentro desse conceito, as contas de disponibilidades são as primeiras a 
serem apresentadas no balanço, dentro do ativo circulante. Seguem-se os direitos realizáveis no curso do 
exercício social subseqüente e aplicações de recursos em despesa do exercício seguinte. 
 
 
3.3.1. OS GRUPOS E SUBGRUPOS DAS CONTAS DO ATIVO 
 
A NBC T 3 estabelece a divisão do ativo em: 
 
3.3.1.1. CIRCULANTE 
 É o primeiro grupo de contas do ativo. É também chamado de ativo corrente, que gira e trabalha 
para trazer benefícios à empresa. São bens e direitos que se realizarão no exercício social seguinte 
(caixa, bancos, aplicações financeiras, contas a receber, estoques, despesas antecipadas). 
• avaliação: custo de aquisição, custo ou mercado - dos dois o menor. 
 
a) Disponível ou disponibilidades – São os recursos da empresa para fazer gente a seus 
compromissos imediatos ou para qualquer outra aplicação relativa a sua atividade. Sua principal 
característica é de serem a vista, isto é, trata-se de dinheiro em mãos, depósitos bancários sacáveis a 
vista, ou de aplicações de liquidez imediata, ou a vista. 
▪ Caixa: numerário a disposição da empresa e cheques não depositados, porém recebíveis 
imediatamente 
▪ Bancos Conta movimento: depósitos efetuados em conta bancária na qual a empresa 
pode geralmente com cheque movimentar livremente o dinheiro depositado 
▪ Aplicações financeiras de Liquidez imediata: aplicações em títulos para poucos dias, 
que podem ser transformados em dinheiro a qualquer momento. 
 
b) Créditos ou contas a receber – São os títulos de crédito, quaisquer valores mobiliários e os outros 
direitos. Estes direitos representam, normalmente, um dos mais importantes ativos das empresas em 
geral. Decorrem de vendas a prazo, de mercadorias e serviços a clientes ou são oriundos de outras 
transações que geram valores a receber. 
AAAnnnááálll iiissseee dddaaasss DDDeeemmmooonnnsssttt rrraaaçççõõõeeesss CCCooonnntttááábbb eeeiiisss ––– 666ººº pppeeerrríííooodddooo ––– BBBIIICCCEEE ––– UUUNNNIIIFFFAAALLL///222000111777 .. 
 
PPRROOFF.. MMAARRCCIIOO OO.. PPEERREEIIRRAA 5 
A Lei nº 6.404-76 não separa as transações relacionadas às atividades-fins das não-relacionadas 
com as atividades-fins da empresa. A NBC T 3 determina essa segregação, classificando as transações 
não-relacionadas com as atividades-fins em Outros Valores e Bens. 
▪ Clientes ou Duplicatas a receber: valores oriundos de vendas a prazo 
▪ Bancos conta aplicações: aplicações não disponíveis para saque imediato (com 
títulos a vencer no exercício seguinte) 
▪ Adiantamentos a receber: numerário entregue a terceiros, sem a vinculação 
específica ao fornecimento de bens ou serviços 
▪ Tributos a recuperar: impostos de diversas operações a recuperar 
 
c) Estoques – são bens adquiridos ou produzidos pela empresa com o objetivo de venda ou utilização no 
cursonormal de suas atividades. São os valores referentes às existências de produtos acabados, 
produtos em elaboração, matérias-primas, mercadorias, materiais de consumo, serviços em andamento e 
outros valores relacionados às atividades-fins da entidade. 
Também representam um dos ativos mais importantes do capital circulante e da posição financeira 
da maioria das companhias industriais e comerciais. 
▪ Matéria prima: material bruto para transformação; 
▪ Produtos em fabricação: materiais processados, que dependem de serem 
completados, acabados ou montados; 
▪ Produtos acabados: produtos prontos em que a empresa como unidade de 
transformação, comercializa seu produto; 
▪ Mercadorias: engloba todos os materiais, mais comum em empresas comerciais; 
▪ Outros: almoxarifado, materiais de consumo, materiais de manutenção, produtos 
agrícola, etc.. 
 
 Para uma empresa comercial estoque significa o conjunto de mercadorias à disposição para vendas. 
 Para uma empresa industrial estoque significa a matéria prima adquirida, estando ela em 
transformação ou já acabada (transformada). 
 Para uma empresa de serviços estoque significa o material de consumo disponível e necessário para 
o desempenho eficaz de sua atividade. (Marion, 2005, p. 278). 
 
d) Despesas Antecipadas ou de exercícios seguintes – São as aplicações em gastos que tenham 
realização no curso do período subseqüente à data do balanço patrimonial. 
Neste subgrupo são registrados os ativos que representam pagamentos antecipados de de spesas, 
cujos benefícios ou prestação de serviços à empresa se farão durante o exercício seguinte. 
A NBC T 3 adotou o título Despesas Antecipadas, por ser mais adequado e tecnicamente correto, 
como a própria conceituação acima comprova. 
 
▪ Prêmios de seguros: pagamento antecipado à companhia de seguros para desfrutar 
de uma cobertura securitária no próximo exercício 
▪ Despesas financeiras: geralmente descontado do financiamento e que corresponde 
ao custo do capital de terceiros, que estará à disposição da empresa no próximo 
exercício ou será liquidado no próximo exercício 
▪ Despesa antecipada com aluguéis: valor pago antecipadamente por força 
contratual, para se utilizar um imóvel no próximo exercício. 
 
e) Outros Valores e Bens – A NBC T 3 estabelece a identificação das transações reais relacionadas com 
as atividades-fins da empresa. Devem ser usadas as mesmas contas já previstas nos grupos anteriores. 
São exemplos: Bens Não-Destinados ao Uso, Imóveis Recebidos em Garantia para Revenda, etc. 
3.3.1.2. REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
Direitos que irão realizar-se após o exercício social seguinte (prestamistas, contas a receber a longo 
prazo). 
• avaliação: custo de aquisição, custo ou mercado - dos dois o menor. 
Os valores a receber com cláusula de paridade cambial ou de correção pós-fixada, deverão ser 
atualizadas na data do balanço. 
 
Serão classificadas contas da mesma natureza das do ativo circulante, porém realizáveis após o 
término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou e mpréstimos a 
sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro, que não constituíram 
negócios usuais na exploração do objeto da companhia (FIPECAFI, 2000, p. 124). 
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PPRROOFF.. MMAARRCCIIOO OO.. PPEERREEIIRRAA 6 
 
▪ Clientes ou Duplicatas a receber: valores oriundos de vendas a longo prazo 
▪ Adiantamentos a receber: numerário entregue a terceiros, sem a vinculação 
específica ao fornecimento de bens ou serviços 
▪ Tributos a recuperar: impostos de diversas operações a recuperar 
▪ Títulos a receber: nota promissória, letras e outros títulos 
▪ Créditos de acionistas, diretores, coligadas e controladas: 
 
 
3.3.1.3. PERMANENTE 
São bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu 
empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. Não estão dest inados à 
transformação direta em meios de pagamento e sua perspectiva de permanência na entida de ultrapassa 
um exercício. 
É constituído pelos seguintes subgrupos: 
 
a) Investimentos: são aplicações de caráter permanente que podem produzir renda para a empresa, 
rendimentos não necessários à manutenção da atividade principal da empresa. Participações 
permanentes no capital social de outras sociedades e outros direitos permanentes que não se destinem à 
manutenção das atividades da empresa (investimentos em ações ou quotas, obras de arte, imóveis para 
aluguel, acervos, etc.). 
 
• avaliação: custo de aquisição menos provisão para perda, quando a perda estiver comprovada como 
permanente. Os investimento relevantes são avaliados por equivalência patrimonial. 
▪ Participações societárias: investimentos em empresas coligadas (participação no 
mínimo de 10% do capital da outra sem controlá-la) e controladas (participação maior 
que 50% do capital votante 
▪ Imóveis não de uso: alugados a terceiros 
▪ Terrenos para futura expansão: não utilizados no momento pela empresa 
▪ Obras de arte 
 
b) Imobilizado – São os bens e direitos, tangíveis e intangíveis, destinados à manutenção das atividades 
da empresas ou exercidos com essa finalidade (terrenos, edifícios, máquinas e equipamentos, móveis e 
utensílios, instalações, marcas e patentes, obras em andamento, etc.). De acordo com Marion (2005, p. 
325) entende-se por ativo imobilizado todo ativo de natureza relativamente permanente que se utiliza na 
operação dos negócios de uma empresa e que não se destinam a venda, e tem que preencher 
concomitantemente a 03 características básicas: 
 Natureza relativamente permanente; 
 Ser utilizado na operação dos negócios 
 Não se destinar a venda 
 
• avaliação: custo de aquisição mais reavaliação, e menos depreciação ou exaustão. 
 
 Bens Tangíveis ou corpóreos: aqueles que têm corpo físico, que pode ser tocado: 
 sujeitos a depreciação: edifícios e equipamentos 
 não sujeitos a depreciação: terrenos 
 sujeitos a exaustão: reservas florestais 
tais como terrenos, máquinas, veículos, benfeitorias em propriedades arrendadas, direitos sobre 
recursos naturais, etc. 
 
Bens Intangíveis ou incorpóreos: aqueles cujo valor reside não em qualquer propriedade 
física, mas nos direitos de propriedade legalmente conferidos aos seus possuidores, tais como: 
patentes, direitos autorais, marcas, etc. 
 
 
Observação: Também integram o Imobilizado os recursos aplicados ou já destinados a bens da natureza 
citada, mesmo que ainda não em operação, mas que se destinem a tal finalidade, tal como construção em 
andamento. 
 
 
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PPRROOFF.. MMAARRCCIIOO OO.. PPEERREEIIRRAA 7 
▪ Terrenos: utilizados pela empresa 
▪ Edifícios ou construções: utilizados pela empresa 
▪ Instalações: integradas aos edifícios (hidráulicas, elétricas, sanitárias) 
▪ Máquinas e equipamentos: para realizar a atividade da empresa 
▪ Móveis e utensílios: mesas, cadeiras, arquivos 
▪ Veículos: utilizados pela empresa 
▪ Benfeitoria em imóveis de terce iros: construções em imóveis arrendados ou 
alugados 
▪ Marcas e patentes: gastos com registro de marcas, nome, invenções e gastos com 
aquisição do direito de utilizar marcas ou patentes 
 
c) Diferido – Segundo Iudícibus, Martins e Gelbcke, na obra Manual de Contabilidade das Sociedades 
por Ações, serão classificadas no Ativo Diferido: aplicações de recursosem despesas que contribuirão 
para a formação do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos 
acionistas durante o período que anteceder ao início das operações sociais. 
Aplicações que beneficiarão resultados de exercícios futuros, despesas que contribuirão para a formação 
de mais de um exercício social (pré-operacionais, despesas com reorganização, benfeitorias em 
propriedade alheia, etc.). 
• avaliação: custo de aquisição menos amortização (o prazo não pode ser superior a dez anos). Os 
gastos em pesquisa e desenvolvimento podem ser registrados como despesa do ano no caso de 
abandonado ou fracassado (nos EUA são tratados como despesa do período, obrigatoriamente). 
 
Consignam, ainda, esses autores que “os Ativos Diferidos caracterizam-se por serem ativos 
intangíveis, que serão amortizados por apropriação às despesas operacionais, no período de tempo em 
que estiverem contribuindo para a formação do resultado da empresa. Compreendem despesas 
incorridas durante o período de desenvolvimento, construção e implantação de projetos, anteriores ao seu 
início de operação, aos quais tais despesas estão associadas, bem como as incorridas com pesquisas e 
desenvolvimento de produtos, com implantação de projetos mais amplos de sistemas e métodos, com 
reorganização da empresa e outras. Não incluem bens corpóreos, já que estes devem ser classificados 
no Imobilizado. Representam, muitas vezes, gastos que seriam lançados como despesas operacionais 
caso a atividade a que se referem estivesse já produzindo receitas. É o caso dos gastos incorridos com 
pessoal administrativo, despesas geral e administrativas e demais gastos específicos (desde que não 
sejam parte do Imobilizado), que são necessários ao desenvolvimento de um projeto”. 
 
Exemplos: gastos pré-operacionais, gastos com implantação de sistemas e gastos de 
desenvolvimento de produtos. 
 
Observação: Não se deve confundir a natureza das operações classificáveis nesse subgrupo, ou seja, 
Ativo Permanente Diferido, com a natureza das operações classificáveis no subgrupo de spesas 
antecipadas, no Ativo Circulante. 
 
As despesas antecipadas são as despesas que efetivamente e de forma objetiva pertencem ao 
exercício ou exercícios seguintes. Não são ainda despesas incorridas. Contudo, no ativo difer ido 
(Permanente) se incluem despesas já incorridas, pagas ou a pagar, mas que são ativadas para serem 
apropriadas em exercícios futuros, pois contribuirão para a formação dos resultados de exercícios futuros, 
tais como pesquisa e desenvolvimento de produtos, despesas pré-operacionais, etc. 
 
▪ Gastos de implantação e pré operacionais: 
o Gastos preliminares de operação: materiais consumidos, salários do pessoal da 
produção 
o Organização e Administração: seleção e treinamento de funcionários, propaganda 
institucional antes do lançamento, abertura da empresa e honorários para constituição 
o Encargos financeiros 
o Estudos, projetos e detalhamento 
▪ Pesquisa de desenvolvimento de produtos 
▪ Gastos com implantação de sistemas e métodos 
▪ Gastos de reorganização 
 
 
 
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PPRROOFF.. MMAARRCCIIOO OO.. PPEERREEIIRRAA 8 
 
3.3.2. OS GRUPOS E SUBGRUPOS DAS CONTAS DO PASSIVO 
 
 As obrigações da Companhia são apresentadas no passivo exigível, que se subdivide em Passivo 
Circulante e Exigível a Longo prazo (Fipecafi 1998). 
 
 Segundo Marion (2005) O Passivo exigível tem a seguintes características: 
▪ Requer um desembolso de dinheiro no futuro 
▪ É o resultado de uma transação do passado e não de uma transação futura 
▪ Tem de ser passível de mensuração ou de aproximação razoável 
▪ Deverá ter uma contrapartida no ativo ou nas despesas. 
 
 Comentários sobre o passivo Exigível (Marion, 2005 p. 371): 
 
 O perfil do Passivo Exigível (endividadmento) das empresas brasileiras nos últimos 10 anos 
mudou sensivelmente. A edição das Melhores e Maiores da Revista Exame, em 1993, indicava uma 
média de Passivo Exigível sobre o ativo à razão de 40% (capital de terceiros 40% e capital próprio 60%). 
Em 2002, a média do endividamento das empresas aproximava-se de 60%. 
 
 O passivo Exigível poderá ser dividido em: 
Exigíveis Onerosos e não onerosos: 
▪ Onerosos: são os que estão custando à empresa mensalmente, juros e encargos bancários: 
financiamentos, empréstimos, etc 
▪ não onerosos: não gera encargos financeiros a empresa: salários, fornecedores, etc. 
 
Exigíveis Fixos e Exigíveis Variáveis 
▪ fixos: não variam com o volume das vendas da empresa: aluguéis 
▪ variáveis: que guardam certa relação com o volume de vendas: ICMS, fornecedores, salários 
 
Exigíveis Preferenciais e Exigíveis Quirografários 
 Num caso de falência, preferenciais são as dívidas que serão liquidadas em primeiro lugar: 
 
1. Despesas com falência; 
2. empregados e encargos sociais 
3. dívidas com garantias reais (hipotecas, penhor mercantil) 
4. governo (impostos) e outros créditos 
5. exigível quirografário: os que não se enquadram nos preferenciais: fornecedores, dividentos, etc. 
 
A NBC T 3 estabelece a divisão do Passivo em: 
 
 
3.3.2.1. CIRCULANTE 
 São as obrigações conhecidas e os encargos estimados da empresa cuja liquidação se espera 
que ocorra dentro do exercício social seguinte, ou de acordo com o ciclo operacional da empresa, se este 
for superior a um ano. Estas obrigações podem representar valores fixos ou variáveis, vencidos ou a 
vencer em uma determinada data ou diversas datas futuras. 
 
 
• Avaliação: o valor efetivo devido. As obrigações em moeda estrangeira com cláusula de paridade 
cambial e as obrigações com cláusulas de correção pós-fixadas deverão ser atualizadas para a data 
do balanço. 
 
▪ Fornecedores: compras a prazo de matérias-primas, mercadorias 
▪ Salários a pagar: folha de pagamento que a empresa deverá pagar até o 5° dia útil do 
 mês seguinte 
▪ Encargos sociais a recolher: tributos decorrentes da folha de pagamento (INSS, 
 FGTS, etc), ainda não pagas 
▪ Impostos a recolher: impostos em que o fato gerador já ocorreu por ocasião da 
 venda do produto, porém ainda não foi recolhido aos cofres públicos 
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PPRROOFF.. MMAARRCCIIOO OO.. PPEERREEIIRRAA 9 
▪ Imposto de Renda a pagar: é a parte do lucro apurado no exercício, que será 
 recolhida ao governo federal no exercício seguinte 
▪ Provisões: a empresa poderá deduzir como custo ou despesa operacional, em cada 
 exercício social a importância destinada a constituir provisões para pagamento de 
 férias, 13salário, contingências fiscais, contingências trabalhistas. 
▪ Empréstimos bancários: são empréstimos realizados em instituições financeiras que 
 serão pagos dentro de um ano, normalmente vinculados a capital de giro da empresa 
▪ Adiantamento de clientes: adiantamento por conta de um bem ou serviço a ser 
 entregue no futuro 
▪ Duplicatas a pagar: compra de materiais de consumo a prazo 
▪ Contas a pagar: pequenas contas a serem pagas pela empresa: água, telefone, 
 energia elétrica 
▪ Dividendos a pagar: dividendos propostos aprovados ou não pela AGO 
▪ Outras obrigações: demais obrigações 
 
 
 
3.3.2.2. PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
 
 São as obrigações conhecidas e os encargos estimados da empresa cuja liquidação deverá 
ocorrer em prazo superior a seu ciclo operacional, ou após o exercício social seguinte. 
• avaliação: idem 
▪ Fornecedores:compras a longo prazo 
▪ Financiamentos: empréstimos realizados nas instituições financeiras que serão 
 pagos a longo prazo. Os financiamentos são mais comuns para aplicação no Ativo 
 Permanente. 
▪ Debêntures: são títulos normalmente de longo prazo, emitidos pelas companhias, 
 com garantia de certas propriedades, bens ou aval do emitente. São negociáveis e 
 conferem a seus titulares (proprietários dos títulos) direito de crédito contra a 
 empresa. Dessa forma, a companhia tem uma dívida com os proprietários das 
 debêntures (debenturistas). 
 A emissão de debêntures pela companhia é uma forma de captar recursos financeiros 
 com o público. 
▪ Provisões: fiscos fiscais e contingências 
▪ Outras: 
 
 
3.3.2.3. Resultados de Exercícios Futuros: 
 São receitas de exercícios futuros deduzidas dos custos e despesas a elas correspondentes 
(loteamentos, obras de longo prazo). 
 São receitas recebidas antecipadamente, que contribuirão para o Resultado de Exercícios 
Futuros. Serão subtraídos os custos já incorridos ou vinculados, correspondentes a tais receitas (Marion 
2005). 
 
 Pelo princípio da Realização da Receita, não podemos reconhecer Receita antes da entrega 
(transferência) do produto ou mercadoria-alvo da venda. 
Note, entretanto, que, embora a receita recebida antecipadamente não contribua para o resultado do atual 
exercício (DRE), há paralelamente, uma apuração de resultado (receita – custo) que contribuirá para 
formação de resultado de exercícios futuros. 
 
• avaliação: as receitas e menos os custos efetivamente incorridos deverão ser reconhecidos de 
acordo com os princípios contábeis, que são dois: primeiro: de acordo com o andamento do contrato, 
o lucro é reconhecido anualmente, com base no andamento físico do projeto ou nos custos incorridos. 
Segundo: o reconhecimento do resultado é feito apenas do fim do projeto, na entrega final do bem. 
 
 No livro Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, Iudícibus, Martins e Gelbke 
registram que “Resultado de Exercícios Futuros consta do Balanço entre o Passivo Exigível e o 
Patrimônio Líquido e seu objetivo é abrigar receitas já recebidas que efetivamente devem ser 
reconhecidas em resultados em anos futuros, daí a sua intitulação, sendo que já devem estar deduzidas 
dos custos e despesas correspondentes, incorridas ou a incorrer. Todavia, somente deve englobar tais 
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receitas menos despesas, ou seja, resultados futuros recebidos, mas para os quais não haja qualquer 
tipo de obrigação de devolução por parte da empresa”. Assim, esse grupo contempla, por exemplo, os 
aluguéis recebidos antecipadamente. 
 
▪ Aluguéis Recebidos antecipadamente: (desde que não haja reembolso em caso de 
devolução do imóvel). 
 A NBC T 3 não considerou o grupo RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS, entendendo que 
tais contas devem ser classificadas no Ativo e Passivo Circulante. A Lei nº 6.404- 
-76 prevê este grupo, e, por conseqüência, pode ser considerado no plano contábil das empresas. 
 O mais adequado, todavia, é classificar tais contas no Ativo e no Passivo Circulante. 
 Há uma tendência entre os doutrinadores da Ciência Contábil em não considerar este su bgrupo 
do Passivo. 
 
 
 
3.3.2.4. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
 O patrimônio líquido representa os recursos próprios da entidade, e seu valor é a diferença entre o 
valor do Ativo e o valor do Passivo (Ativo - Passivo). Desta forma, o valor do patrimônio líquido pode ser 
positivo, negativo ou nulo. 
 Recursos pertencentes aos acionistas da companhia (capital social, ágio na colocação de ações, 
doações e subvenções para investimentos, lucros e/ou prejuízos acumulados e reservas). 
• avaliação: pela contrapartida da apuração do resultado do exercício social ou de valores registrados 
no ativo. 
 
Na verdade, pela Lei 6.404/76, entende-se como Passivo todo lado direito do Balanço Patrimonial, 
incluindo Resultados de exercícios Futuros e Patrimônio Líquido. 
Portanto, o lado direito do Balanço Patrimonial que reflete toas as fontes de recursos é constituído de 
Passivo Exigível, Resultados de Exercícios Futuros e Patrimônio Líquido, assim temos a fórmula mais 
adequada de encontrar o PL: 
 
 PL = ATIVO (-) (PASSIVO EXIGÍVEL + RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS) 
 
O patrimônio líquido é dividido em: 
 
a) Capital – São os investimentos efetuados na empresa pelos proprietários e os decorrentes de 
incorporação de reservas e lucros. 
▪ Capital subscrito: aquele comprometido (assinado) pelos acionistas 
▪ Capital Integralizado: realização do capital subscrito em forma de dinheiro ou bens 
materiais. 
 
b) Reservas – Representam valores decorrentes de reavaliação de ativos, retenções de lucros e de 
outros fatores. 
▪ Reservas de capital: não decorrentes do resultado do exercício. Ex.: ágio na 
emissão de ações, doações e subvenções para investimentos. As reservas de capital 
somente poderão ser utilizadas para absorver prejuízos e incorporação do capital. 
 
▪ Reservas de reavaliação: contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a 
elementos do Ativo Permanente em virtude de novas avaliações. 
 
▪ Reservas de Lucros: constituídas a partir da apropriação de lucros da companhia. 
 Reserva Legal, 
 Reservas estatutárias, 
 Reservas para contingências, 
 Reserva de lucros a realizar. 
 
 
 
c) Lucros/Prejuízos Acumulados – Representa o saldo remanescente dos lucros (ou prejuízos) líquidos, 
estes apresentados como parcela redutora do Patrimônio Líquido. 
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 Esta conta representa a interligação entre o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resu ltado 
do Exercício. No caso de, no final do exercício, ainda permanecer saldo, este será adicionado ao novo 
lucro, ou seja, o lucro do exercício seguinte. 
 No caso de o Patrimônio Líquido ser negativo, será demonstrado após o Ativo, e seu valor final 
denominado de Passivo a Descoberto. 
 
 
d) Ações em Tesouraria: só em condições excepcionais as empresas podem adquirir suas próprias 
ações. Quando isso ocorrer, deveremos destacá-las no Balanço Patrimonial como dedução da conta 
Patrimônio Líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição. 
Vamos admitir que a Cia Desanimada resolva diminuir seu Capital Social de R$ 2.800.000 para 
R$2.000.000, adquirindo R$ 800.000 em ações pelo seu valor nominal. 
PL : Capital Social R$ 2.800.000 
 (-) Ações em Tesouraria (R$ 800.000) 
 Capital Líquido R$ 2.000.000 
 
 
 
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3.4. Modelo de Balanço Patrimonial - Completo 
ATIVO PASSIVO 
CIRCULANTE 
 DISPONÍVEL 
 Caixa 
 Bancos Conta Movimento 
 Bancos Cta. Aplicações de Liquidez Imediata 
 CRÉDITOS 
 Duplicatas a Receber 
 (-) Duplicatas Descontadas 
 (-) Provisão p/ Crédito de Liquid. Duvidosa 
 Bancos c/ aplicações 
 Adiantamentos 
 Tributos a Recuperar 
 ESTOQUES 
 DESPESAS ANTECIPADAS 
 Prêmios de Seguros a Vencer 
 Encargos Financeiros a Vencer 
CIRCULANTE 
 Fornecedores 
 ObrigaçõesTrabalhistas 
 Obrigações Fiscais e Sociais a Recolher 
 Adiantamento de Clientes 
 Empréstimos e Financiamentos 
 Arrendamento Mercantil a Pagar 
 Aluguéis a Pagar 
 Lucros e Dividendos a Pagar 
 Debêntures 
 ProvisõesTrabalhistas 
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
 Clientes 
 (-) Prov. p/ Crédito de Liquidação Duvidosa 
 Títulos a Receber 
 Créditos de Sócios e Diretores 
 Créditos de Coligadas e Controladas 
 Adiantamentos a Terceiros 
 Particip. Societárias Não-Permanentes 
PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
 Empréstimos e Financiamentos 
 Títulos a Pagar 
 Debêntures 
 Provisões para Riscos Fiscais 
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 
 Receitas de Exercícios Futuros 
 (-) Custos e Despesas de Exercícios Futuros 
PERMANENTE 
INVESTIMENTOS 
 Participações Societárias 
 Obras de Arte 
 Imóvel Não de Uso 
 (-) Depreciações Acumuladas 
 (-) Provisões para Perdas 
IMOBILIZADO 
 Terrenos 
 Construções 
 Instalações 
 Máquinas e Equipamentos 
 Móveis e Utensílios 
 Veículos 
 Ferramentas 
 (-) Depreciações Acumuladas 
 Benfeitorias em Imóveis de Terceiros 
 (-) Amortizações Acumuladas 
 Marcas e Patentes 
 Construções em Andamento 
DIFERIDO 
 Gastos Pré-Operacionais 
 Gastos de Implantação de Sistemas 
 Gastos de Desenvolvimento de Produtos 
 (-) Amortizações Acumuladas 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Capital Social 
Capital Social 
(-) Capital a Integralizar 
 
Reservas de Capital 
 Reserva de Ágio 
 Doações e Subvenções p/ Investimentos 
 
Reservas de Reavaliações 
 Reavaliação do Ativo Próprio 
 Reavaliação de Ativos de Coligadas e 
Controladas 
 
Reservas de Lucros 
 Reserva Legal 
 Reserva Estatutária 
 Outras Reservas de Lucros 
 
(-) Ações em Tesouraria 
 
Lucros ou Prejuízos Acumulados 
 
 
 
A conta “Banco Conta Movimento” com saldo credor, representa obrigação para a empresa; po rtanto, 
deve ser classificada no Passivo Circulante. 
 
Ocorrendo a elaboração de demonstrações contábeis sem respaldo em escrituração contábil regular, 
poderá o CRC instaurar o processo administrativo contra o responsável técnico, estando previstas 
penas de multas e suspensão do exercício profissional ou processo por infr ação ao Código de Ética 
Profissional do Contabilista, que estabelece penas de advertência reservada, censura reservada e 
censura pública

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