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Trabalho Direito a Liberdade

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UNIVERSIDADE PARANAENSE
UNIPAR 
SEMINARIO DE DIREITO CONSTITUCIONAL	
TEMA: DIREITO À LIBERDADE
ACADEMICOS:
Francielle Farias Carvalho R.A. 00133817
Iara Borba Nogueira R.A. 00136440
Leonardo Goes R.A. 00136696
Leticia Ferreira de Moraes R.A. 00133422 
Marcos Rogerio Sonoda Filho R.A. 00142805
Thais di Angelis Bolanho R.A. 01043007 
Tiago Cristiano Bongiorno R.A. 06006918
Tiago Manzani Swirbul R.A. 00138254
Valeria Cataneo
Victor Rodrigo Bongiorno R.A. 00143863
Cianorte, 24 de abril de 2014
DIREITO A LIBERDADE
SUMÁRIO: 
Introdução – Histórico e noções básicas de liberdade;
Princípio da legalidade: CF, art. 5º, II;
Liberdade de Atuação. CF, art. 5º, II, XXXIX; 
Liberdade de Pensamento - CF, art.5º, IV;
Liberdade de Consciência, de Crença e de Culto - CF, art. 5º, VI;
Liberdade de Atividade Intelectual, Artística, Científica e de Comunicação – CF, art. 5º, IX;
Liberdade de Trabalho, Ofício ou Profissão – CF art. 5º XIII;
Liberdade de Reunião CF Art. 5º, XVI;
Liberdade de Associação – CF art. 5º, XVII; XVIII; XIX; XX;
Liberdade de locomoção: CF, art. 5º, XV;
Histórico e noções básicas de liberdade
A liberdade é inerente ao ser humano, é anterior a Sociedade, ao Direito e ao Estado. O homem por si só já é livre. O Estado apenas reconhece e regula a liberdade tendo em vista a opção do homem em viver em sociedade. 
	Nos primórdios das sociedades o Estado era absolutista, totalitário, concentrando todo o poder em seu domínio, satisfazendo apenas as suas próprias vontades. O marco inicial da cedência desse poder foi com a Carta Magna do Rei João Sem Terra, em 1215. Outro marco importante foi Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, em função da Revolução Francesa e ainda, em 1948, após a Segunda Grande Guerra, surgiu a Declaração Universal dos Direitos do Homem. 
	Percorrendo vários caminhos até chegar as liberdades atuais, observou-se uma necessidade do Estado de resguardar e proteger a dignidade da pessoa humana, tendo como um dos direitos fundamentais a liberdade do homem.
Os Direitos de Liberdade sobrevém da primeira geração dos direitos fundamentais, que são aqueles direitos básicos dos indivíduos baseados na liberdade e em seus múltiplos aspectos. Esta geração busca controlar e limitar os desmandos dos governantes em face dos cidadãos, de modo que o Estado passa a se abster de certas condutas em respeito às liberdades individuais da pessoa humana. Essa geração se caracteriza pela pratica de uma prestação negativa em relação ao indivíduo. Protegem o indivíduo contra o indivíduo, mas, principalmente contra o Estado.
Segundo a teoria do Contrato Social racionalizada por Rousseau o que homem perde pelo contrato social é a sua liberdade natural, ou seja, aquela liberdade de se fazer tudo o que se quer sem ter limites para seu exercício e com a utilização da força, e passa a adquirir a liberdade civil que é protegida e limitada pela vontade geral.
A primeira Constituição Francesa de 1791 defendia que “a liberdade consiste em fazer tudo o que não prejudique o outro e assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites, senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo destes mesmos direitos. Tais limites não podem ser determinados senão pela lei”. Já Constituição Girondina de 1793 pregava que “a liberdade consiste em fazer o que não for contrário aos direitos de outrem.”. 
 
Afonso da Silva ensina que liberdade consiste na “possibilidade de coordenação consciente dos meios necessários à realização da felicidade pessoal”. Para Montesquieu, a liberdade consiste em poder fazer o que as leis permitem, “A liberdade é o direito de fazer tudo quanto às leis permitem; e, se um cidadão pudesse fazer o que elas proíbem, não mais teria liberdade, porque os outros teriam idêntico poder.”.
Liberdade é um direito de agir conforme o seu livre arbítrio, de acordo com sua vontade própria sem interferências de terceiros ou do Estado. É uma garantia, uma prerrogativa dada ao individuo para que este possa se expressar, se locomover, se associar, ter seu próprio credo e pensamento de forma livre, sem impedimentos ou ressalvas. A liberdade só é legitima desde que o exercício de tal não desrespeite e não passe por cima dos preceitos éticos e dos limites legais. A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do seu semelhante.
Dentro de uma sociedade democrática essas liberdades demonstram o tratamento igualitário entre os cidadãos. 
O exercício de nossa liberdade não é ilimitado, podendo sofrer algumas restrições, para que outros também exerçam seus direitos. Por exemplo, é proibido se associar para praticar ou cometer atos ilícitos, como crimes, ou pode-se verificar também a restrição da liberdade de expressão, opinião ou crença quando esta tem o intuito de discriminar uma pessoa ou grupo específico, por meio de declarações difamatórias ou injuriosas.
O trabalho a seguir aborda o direito a liberdade em seus vários sentidos, não só o direito a liberdade de ir e vir, mas outras liberdades individuais exercidas pelos indivíduos dentro de uma sociedade. 
O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – CF, art. 5°, II
É um dos princípios mais importantes do ordenamento jurídico consagrado no inciso II do artigo 5º da Constituição Federal. Dispõe que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, ou seja, tudo será resolvido através da lei e não através da força. 
Não é possível pensar em direitos e deveres subjetivos sem que seja estipulado por lei, ou seja, tudo aquilo que não está proibido por lei é juridicamente permitido. 
Pode-se afirmar que nenhum brasileiro ou estrangeiro pode ser compelido a fazer, a deixar de fazer ou a tolerar que se faça alguma coisa senão em virtude de lei. É uma garantia de todos nós, cidadãos, pois qualquer ato do Estado somente terá validade se respaldado em lei. Representa um limite para a atuação do Estado, visando à proteção do administrado em relação ao abuso de poder. 
É incontestável a suprema importância do princípio da legalidade, seja para o mundo penalista, administrativista ou tributarista do Estado Democrático de Direito. 
LIBERDADE DE ATUAÇÃO – CF, art. 5°, II E XXXIX
II – Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Vê-se aqui a enunciação de um princípio basilar do Estado de Direito: Princípio da Legalidade, ou seja, somente a letra da lei pode impor obrigações ou dispensas. Alguns atos administrativos, no entanto, possuem força de lei quando nos obrigam à determinados procedimentos (apresentar determinados documentos pessoais, requerimentos, ou então obedecer a regulamentos de órgãos públicos). Embora determinados atos administrativos, como decretos e portarias, também obriguem os cidadãos, em última análise, isto só é possível porque alguma lei permite.
XXXIX – Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
 Eis o princípio da reserva legal. Não é sinônimo do princípio da legalidade, mas espécie dele. O princípio da legalidade estabelece a submissão e o respeito à lei (art. 5º, II); já o princípio da reserva legal, consiste em dizer que a regulamentação de determinadas matérias há de se fazer necessariamente por lei formal. O primeiro trata de lei em sentido amplo (constituição, leis ordinárias, leis complementares, resoluções, etc...), enquanto o segundo refere-se especificamente à emenda constitucional, à lei complementar, etc, para regular determinado assunto. “Se todos os comportamentos humanos estão sujeitos ao princípio da legalidade, somente alguns estão submetidos ao da reserva da lei”.
LIBERDADE DE PENSAMENTO – CF, art. 5°, IV.
O artigo 5ª da Constituição Federal diz que é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
A Constituição de 1988 vem a proteger a exteriorização da opinião e proibir a censura. O pensamento é um direito totalmente livre, cada pessoa pode pensare refletir sobre o assunto que quiser e ter a opinião que bem entender. Assim, ninguém pode proibir alguém de pensar, mesmo que suas idéias sejam as mais absurdas possíveis, visto que, estamos falando do foro íntimo da pessoa, o mais íntimo de todos, o pensamento, que reflete o que cada um sente e esconde, os mais variados desejos e segredos.
No entanto, no momento que esse pensamento é expressado e atingir a honra de outra pessoa ou passar os limites do aceitável, o direito surge para defender aqueles que se sentirem prejudicados, material ou moralmente, pelas opiniões ou reflexos do pensamentos dos outros.
LIBERDADE DE CONSCIENCIA, CRENÇA E CULTO - CF, art. 5º, VI;
Ao se proclamar república, o Brasil garantiu liberdade de pensamento, crença e culto religioso. Tornou-se um país laico, sendo prescritas tais liberdades na Constituição de 1988.
- Liberdade de Pensamento: conforme a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão de 1789: “ninguém pode ser perturbado por suas opiniões, mesmo religiosas, desde que a sua manifestação não inquiete a ordem pública estabelecida pela lei”. É, de fato, a livre manifestação de seus pensamento e ideais, em diversas formas como fala, escrita ou imagens, sem sofrer qualquer tipo de perseguição ou punição do Estado ou da sociedade, salvo se previstas em lei.
- Liberdade de Crença: assim como a Liberdade de Pensamento, a Liberdade de Crença garante a livre manifestação de pensamentos, mas em termos religiosos. Foi introduzida no pensamento jurídico através da Declaração de Direitos da Virgínia de 1776, com os dizeres: “todos os homens têm igual direito ao livre exercício da religião, segundo os ditames da consciência”. No Brasil, a Constituição de 1824 especificava a religião católica como a oficial do império, mas autorizava o culto as demais religiões, desde que, de forma doméstica, no interior das residências ou em espaços físicos que não indicassem que o local se tratava de um templo religioso. Com a primeira Constituição Republicana, em 1891, o Brasil se torna um Estado neutro, Laico, retirando o catolicismo como religião oficial. A separação político-religiosa, originou a criação de mecanismos constitucionais capazes de permitir o exercício da liberdade de crença.
- Liberdade de Culto: com a garantia de que suas crenças religiosas fossem compreendidas e respeitadas, dá-se a necessidade do homem um local físico para a sua manifestação. No Brasil, é garantido pelo art. 5º, VI, da CF que diz: “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”, sendo assim, o homem passou a se manifestar de forma mais ampla, em locais públicos destinamos a cada tipo de crença. 
LIBERDADE DE ATIVIDADE INTELECTUAL, ARTISTICA, CIENTIFICA E DE COMUNICAÇÃO – CF, art. 5°, IX
O artigo 5º inciso IX da constituição federal assegura a liberdade de expressão que é direito de todo e qualquer indivíduo de manifestar seu pensamento, opinião, atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sem censura ou licença. É direito da personalidade, inalienável, irrenunciável, intransmissível e irrevogável, essencial para que se concretize o princípio da dignidade humana. É uma forma de proteger a sociedade de opressões. É elemento fundamental das sociedades democráticas, que têm na igualdade e na liberdade seus pilares.
Podendo apenas ser responsabilizado dependendo de como se da à expressão da respectiva atividade já que é livre a expressão do pensamento sendo vedado o anonimato, podendo ser responsável por uma eventual lesão ao direito personalíssimo.
LIBERDADE DE TRABALHO, OFICIO OU PROFISSÃO – CF, art. 5º, XIII
“É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;”
A liberdade de trabalho, oficio ou profissão é um direito individual, inviolável e está condicionada às opções e vocações de cada pessoa, podendo ser restringida, unicamente, quando se tratar de exigência legal de atendimento às qualificações profissionais, como, por exemplo, o exame de ordem para o exercício da profissão de advogado ou a prova de residência para um médico.
Para estes tipos de profissão, não basta aprender ou ter habilidade de fato para desempenhar o trabalho. É indispensável que se conquiste o direito de exercer tais atividades através da formação acadêmica e do registro do diploma no respectivo Conselho ou Órgão Fiscalizador da Profissão; ou seja, tem que atender às qualificações profissionais que a lei específica estabelecer, devendo assim o profissional tornar-se competente, quando for exigível, para poder realizar e praticar suas habilidades dentro do que escolheu.
O direito ao livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão encontra vários graus de concretização. Desse modo, revela, como projeções necessárias, outros direitos e liberdades constitucionais. Apresentam-se como efetivos desdobramentos da liberdade pública em exame o direito à livre escolha da profissão, o direito à livre escolha do regime jurídico para o exercício da profissão, o direito de acesso às profissões, o direito de mudar de profissão, o direito de exercer mais de uma profissão ou trabalho, o direito de não trabalhar e o direito de não fazer greve.
Mesmo cada cidadão tendo a liberdade do direito de escolha de sua profissão, a liberdade do exercício e da admissão poderá sofrer restrição pelo Estado, desde que tenha como finalidade a proteção da vida, da saúde, da segurança, além de condições adequadas à educação e à defesa de valores morais. Desta forma, as restrições que a lei poderá estabelecer são fundadas no potencial lesivo do exercício de determinada profissão, voltada sempre para o interesse público.
 Existem diferenças significativas e traços diferenciados entre certos direitos fundamentais, como o direito à livre iniciativa, o direito ao trabalho e o direito ao livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão. De um lado, a liberdade de iniciativa corresponde a um direito a ser exercido por aquele que, já tendo exercido a sua liberdade de trabalho, ofício ou profissão, optou pela atividade empresarial ficando, inclusive, sujeito a restrições de outra ordem. Por outro, o direito ao trabalho, ao contrário da liberdade de trabalho, ofício ou profissão, constitui um direito social de escolha, da liberdade, da democracia, garantindo a liberdade de cada cidadão, que pode escolher ter uma profissão, como escolher também não ter nenhuma profissão. 
Mesmo evidenciando tanta liberdade de expressão e liberdade de escolhas do cidadão, existem normas constitucionais que diretamente limitam a sua plena aplicação. Outras, porém, atribuem expressamente ao legislador o poder de restringir o exercício da liberdade, assim como as limitações decorrentes de outros princípios constitucionais que se contrapõe à liberdade de trabalho ofício ou profissão, como no caso do impedimento, durante a campanha eleitoral, do desempenho da profissão de apresentador ou comentarista de rádio ou televisão por candidatos a cargos em disputa no pleito.
Constitui a liberdade de trabalho, ofício ou profissão direito fundamental de conteúdo próprio, com relevantes desdobramentos, que, ao se submeterem ao regime constitucional em vigor, se sujeitam a todas as categorias de limitações e restrições atinentes aos direitos fundamentais, devendo assim respeitar os limites necessários.
DIREITO A LIBERDADE DE REUNIÃO – art. 5, XVI, CF/88. 
Determina o texto constitucional que "todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente" (art. 5.°, XVI).
O direito de reunião é meio de manifestação coletiva da liberdade de expressão, em que pessoas se associam temporariamente tendo por objeto um interesse comum, quepoderá ser, por exemplo, o mero intercâmbio de idéias, a divulgação de problema da comunidade ou a reivindicação de alguma providência.
De acordo com a exegese do inciso XVI do art. 5º, são requisitos legais para o exercício do direito de reunião: 
8.1 FINALIDADE PACÍFICA
A reunião deve ter o fim de discutir PACIFICAMENTE assunto de interesse comum. Não há direito à realização de reuniões que tenham por fim praticar quaisquer espécies de atos de violência. 
8.2 AUSÊNCIA DE ARMAS
Os participantes da reunião não deverão portar quaisquer tipos de armas. Se algum dos participantes estiver portando arma, a realização da reunião não poderá ser frustrada por isso. Nestes casos as autoridades competentes poderão tomar as providências cabíveis para retirá-lo do ambiente em prol da integridade física dos demais. 
Este requisito tem por finalidade evitar uma reunião armada, onde todos os participantes estejam portando armas. 
Assim, a exemplo de uma manifestação de policiais, se estes participantes estiverem armados, esta reunião estará ferindo o dispositivo constitucional. 
8.3 LOCAIS ABERTOS AO PÚBLICO
O direito de reunião deve ser exercido em local aberto ao público, ainda que em percurso móvel, evitando-se com isso a perturbação da ordem pública, ou mesmo a lesão a eventual direito de propriedade. 
8.4 NÃO-FRUSTRAÇÃO DE OUTRA REUNIÃO ANTERIORMENTE CONVOCADA PARA O MESMO LOCAL
O direito de reunião de um grupo não pode atrapalhar reunião anteriormente convocada para o mesmo local por outros indivíduos, já previamente avisada à autoridade competente.
8.5 DESNECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO
O direito de reunião independe de autorização, ou seja, não precisa de autorização previa para o seu exercício. Significa dizer que as autoridades públicas não dispõem de competência e discricionariedade para decidirem pela conveniência, ou não, da realização da reunião, tampouco para interferirem indevidamente nas reuniões lícitas e pacíficas, em que não haja lesão ou perturbação à ordem pública.
8.6 NECESSIDADE DE PRÉVIO AVISO À AUTORIDADE COMPETENTE
O direito de reunião não exige autorização, mas exige prévio aviso à autoridade competente.
Esse prévio aviso tem por fim dar conhecimento à autoridade competente
sobre a realização da reunião, para que esta adote as providências que se fizerem necessárias, tais como a regularização do trânsito, a garantia da segurança e da ordem públicas, o impedimento de realização de outra reunião no mesmo local.
8.7 CASOS DE RESTRIÇÕES AO EXERCÍCIO DE REUNIÃO
Vale lembrar que a própria Constituição Federal, em circunstâncias excepcionais, admite expressamente a restrição e até a suspensão do direito de reunião. Assim, na hipótese de decretação do estado de defesa (CF, 136, § 1°, I, "a") e do estado de sítio (CF, art. 139, IV) o direito de reunião, ainda que exercida no seio das associações, poderá sofrer restrições permitindo-se, até, no caso do estado de sítio, a suspensão temporária desse importante direito constitucional. 
8.8 IMPORTANTE! Caso o Poder Público venha a adotar medidas imotivadas para restringir o direito de reunião, é possível a impetração de MANDADO DE SEGURANÇA visando garantir o exercício deste direito. 
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO – CF ART. 5º, XVII, XVIII, XIX, XX
XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
O dispositivo constitucional referido estabelece o direito de liberdade, apontando sua abrangência: existir, permanecer, desenvolver e expandir-se livremente, ao mesmo tempo em que apresenta as restrições ao exercício deste direito.
As restrições, porém, destacadas pelo dispositivo constitucional compreendem:
A vedação de associação dedicadas a fins ilícitos, entendidos estes como os fins proibidos por lei, que possam atentar contra a moral, a ordem pública ou que consistam na união de pessoas para o cometimento de crimes.
Quanto à ilicitude, é importante destacar que ela não está limitada ao cometimento de crimes, à infração das normas de direito penal, mas também à prática de comportamentos repugnados pelo ordenamento jurídico aos quais não se atribui sanção de natureza penal[3].
Porem é vedada a associação paramilitar, a qual se conceitua como Todo grupo ou associação com fins político-partidários, religiosos ou ideológicos, formado por membros armados, que usam táticas e técnicas policiais e/ou militares para a realização de seus objetivos.
XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
Não é necessário para dar-se inicio a criação de uma associação ou de uma cooperativa uma autorização previa do estado, pelo contrario neste inciso, fica explicito a vedação da interferência do estado no funcionamento da mesma. Ao Estado é, portanto, conferido o direito de estabelecer regras de organização e estrutura das associações, como o faz por meio de Código Civil, sem que essa conduta implique em interferência.
XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
Este dispositivo constitucional garante que o pedido de dissolução compulsória de uma associação e a suspensão de suas atividades seja submetido à apreciação do Poder Judiciário e impede a atuação dos Poderes Executivo e Legislativo, tornando inconstitucional qualquer ato por eles editado com o cunho de dissolvê-la ou de suspender as atividades dela. As atividades inerentes a associação só poderá ser suspensas por decisões judiciais, sendo a dissolução apenas por transito em julgado, ou seja, “Diz-se que a demanda transitou em julgado quando a sentença tornou-se definitiva, não podendo mais ser modificada, seja por ter transcorrido o prazo para a interposição de eventuais recursos, seja por não caber mais recurso sobre ela” (http://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/976/Transito-em-julgado).
XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
Dessa forma, sendo um dos direitos de liberdade, o direito de associação implica em uma ação dos interessados no seu exercício ou de uma abstenção, caso não tenham a necessidade de se associarem. Lei alguma pode proibi-los de se associar, da mesma forma que nenhum lei pode obrigá-los a fazer.
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO - CF, art. 5º, XV
“É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;”
Todos podem se locomover livremente dentro do território brasileiro com seus bens, nos termos da lei
Essa norma assegura o direito de locomoção a todas as pessoas, de livremente ir e vir no território nacional, em tempos de paz, sem qualquer limitação ou empecilho. Além da pessoa, vale também a garantia para os bens, desautorizando qualquer lei que impeça a livre circulação de bens legitimamente adquiridos. Essa liberdade é garantida pelo Habeas Corpus.
CONCLUSÃO
Conclui-se que o direito a liberdade é um direito fundamental do homem, este intrinsecamente ligado à natureza do ser humano. Porém essa liberdade não é ilimitada,
tem que ser ponderada em razão da convivência em sociedade, pois através do contrato social cedemos parte de nossa liberdade para que o Estado passe a regular a liberdade individual dentro de uma coletividade. Qualquer um dos direitos de liberdade ilustrado neste trabalho demonstram o grau de relação entre os indivíduos, e entre os indivíduos e o Estado. Ninguém poderá ser privado de sua liberdade (seja Liberdade de Atuação, de Pensamento de Consciência, de Crença, de Culto, de Atividade Intelectual, Artística, Científica e de Comunicação, de Trabalho, Ofício ou Profissão , de Reunião  ou de locomoção) em virtude dos desmandos do Estado ou de capricho de outrem.

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