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História da Fotografia: Da Câmara Escura à Heliografia

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Técnico em Rádio e TV 
 
 
HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA 
Fotografia 
Prof. Ana Breda 
radioetv@residenciasaude.com.br AULA 01 
Nada na vida acontece por acaso e assim é o nosso 
encontro. 
Será uma troca de experiências, que vai nos 
ensinar a cada dia uma nova lição, acreditem, não 
apenas de fotografia. 
Mais que um curso de fotografia, teremos uma 
vivência intensa desse mundo maravilhoso. 
Que este seja o encontro de pessoas em torno de 
uma mesma paixão e depois desses dias, paixão 
cheia de técnica. 
Contem comigo! 
 Aninha Clark 
 
 
UM POUCO DE HISTÓRIA 
 
A Câmara Escura foi o primeiro 
exemplo prático da captação da luz 
 
A Câmara Escura nada mais é do que uma caixa 
(ou sala) totalmente vedada à entrada da luz, 
exceto por um pequeno orifício. É por ele que a 
luz passa projetando a imagem no lado (ou 
parede) oposto, de forma invertida (como 
acontece no olho humano). 
 
 
Esse fenômeno já era conhecido desde a 
época de Aristóteles (350 A.C.) que 
compreendeu esse princípio ótico sentado 
sob uma árvore, observando a imagem do 
sol, durante um eclipse parcial, projetando-
se no solo em forma de meia lua quando 
seus raios passaram por um pequeno orifício 
entre as folhas. Observou também que 
quanto menor fosse o orifício, mais nítida 
era a imagem. 
 
Essa câmera escura passou a ser popular 
entre os sábios europeus a partir do século 
XII, para observação dos eclipses solares, 
trazendo o beneficio de não prejudicar os 
olhos. 
 
 
 
A partir da imagem projetada nas paredes 
nas salas escuras, 
 surgiu a dúvida: Como gravá-las? 
 
Através de Pintura 
 
Através de Desenho 
 
 
A partir do século XIV, a câmara escura passou a 
ser amplamente utilizada para auxiliar no 
desenho e na pintura. 
Leonardo da Vinci fez uma descrição da câmara 
escura em seu livro de notas, mas não foi 
publicado até 1797 
Isso ainda não seria considerado fotografia, mas 
já dava uma ideia do que viria a seguir! 
Giovanni Baptista Della Porta, cientista 
napolitano, publicou em 1558 uma descrição 
detalhada da câmara e de seus usos. 
Esta câmara era um quarto estanque à luz, 
possuía um orifício de um lado e a parede à sua 
frente pintada de branco. 
 
 
Quando um objeto era posto diante do 
orifício, do lado de fora do compartimento, 
sua imagem era projetada invertida sobre a 
parede branca. 
Alguns, na tentativa de melhorar a qualidade 
da imagem projetada, diminuíam o tamanho 
do orifício, mas a imagem escurecia 
proporcionalmente, tornando-se quase 
impossível ao artista identificá-la. 
 
 
 
Este problema foi resolvido em 1560 pelo físico 
milanês Girolamo Cardano, que sugeriu o uso de 
uma lente biconvexa junto ao orifício, permitindo 
desse modo aumentá-lo, para se obter uma 
imagem clara sem perder a nitidez. 
 
Tudo que existe é sensível à luz. 
 
Tudo se modifica com a luz (tecidos, 
tintas, pele, etc.) o que varia é em quanto 
tempo essa matéria se modifica por conta 
da luz, que pode variar de frações de 
segundos até milhares de anos. 
 
 
Em 1604, o cientista italiano Angelo Sala, 
observou que certo composto de prata se 
escurecia quando exposto ao sol. Acreditava-
se que o calor era o responsável. 
 
Em 1727 o alemão Johann Heirich Shulz também 
percebeu que um vidro que continha ácido 
nítrico, prata e gesso escurecia se exposto à luz 
do sol. 
 
 
Embora não soubesse ao certo a utilidade 
prática de sua descoberta, disse: “Não tenho 
qualquer dúvida de que esta experiência poderá 
revelar ainda outras utilidades e aplicações aos 
naturalistas”. 
Embora antes se pensasse que o composto de 
prata escurecesse devido ao calor, os estudos 
mostraram que isso acontecia por conta da luz e 
assim a fotossensibilidade instantânea foi sendo 
estudada por químicos e físicos. 
 
Em 1802, Tomas Wedgwood conseguiu imprimir em 
couro sensibilizado com Nitrato de Prata silhuetas de 
folhas e penas. As imagens não eram fixadas e todo o 
couro escurecia quando novamente exposto à luz. 
Isso despertou o interesse em pesquisadores do 
mundo inteiro, que começaram a fazer experimentos 
na tentativa de fixar as imagens gravadas pela luz, 
utilizando sais de prata e outros materiais. 
Entre 1793 e 1816, Joseph Nicéphore Niépce e seu irmão 
fizeram algumas experiências na tentativa de gravar 
imagens utilizando uma câmera escura produzida pelos 
irmãos Chevalier, surgindo assim a Heliografia. 
A Heliografia (do Grego, gravar com o Sol) era feita com 
uma placa de estanho derivado de um petróleo 
fotossensível, podendo ficar cerca de 8 horas sob 
exposição solar. 
Para conseguir a imagem que veremos, Niépce 
estudou por vários anos o processo de fixação 
das imagens projetadas sobre uma superfície. 
 
Juntamente com outros cientistas, Niépce 
trabalhou em materiais capazes de 
fotossensibilizar num curto espaço de tempo e 
que conseguisse registrar uma imagem da 
câmara escura. 
 
 
Conseguiram melhores resultados com soluções de 
Brometo e Iodeto de Prata por causa da velocidade 
de captura da imagem (8 a 12 horas) e pela nitidez da 
imagem formada, devido à combinação do Brometo e 
o Mercúrio na revelação, ficando assim a ser 
resolvida a questão de como fixar a imagem obtida 
por mais tempo da janela do sótão da sua casa de 
campo, mostrando o terreno da granja. 
Ela encontra-se exposta hoje na Universidade do 
Texas, em Austin, EUA. 
Vista da Janela de Le Gras – A primeira fotografia da História 
 
 
Através dos irmãos Chevalier, Niépce entrou em 
contato com outro entusiasta que também 
procurava obter imagens impressas quimicamente: 
Jacques Mandé Daguerre (1787 – 1851). 
 
 
Niépce e Daguerre mantiveram correspondência sobre 
seus trabalhos, compartilhando seus conhecimentos sobre 
aperfeiçoar a Heliografia e em 1829 firmaram uma 
sociedade, que não durou muito porque Niépce morreu 
quatro anos depois, deixando toda sua obra nas mãos de 
Daguerre. 
Este, então, aperfeiçoou o projeto e começou a usar Prata 
Polida na captura, que era sensibilizada pelo Vapor de 
Iodo, criando assim uma película de Iodeto de Prata 
sensível à luz que diminuiu para minutos o tempo 
necessário de exposição para se conseguir a imagem, que 
anteriormente precisava de horas. 
 
A revelação dessas imagens foi melhorada por 
acaso. 
Daguerre apanhou uma chapa revestida com Prata 
e sensibilizada com Iodeto de Prata que apesar de 
ter sido exposta não apresentou nenhuma imagem 
e guardou-a num armário. Ao abrir o armário no 
dia seguinte encontrou uma imagem revelada. 
Fez experiências com outros produtos que estavam 
no armário e por eliminação descobriu que a 
imagem havia sido revelada por ação do mercúrio 
vindo de um termômetro quebrado que estava 
dentro do armário. 
 
 
Em 1837, ele havia padronizado o processo que ainda tinha 
alguns obstáculos: Tempo de Exposição (15 a 30 minutos), a 
imagem era invertida, o contraste era muito baixo e a 
imagem formada na chapa depois de revelada, continuava 
sensível à luz do dia e era rapidamente destruída (a fixação 
ainda era um problema). 
Este ultimo problema foi resolvido quando Daguerre 
mergulhou as chapas reveladas numa solução aquecida de 
sal de cozinha, que tinha poder fixador e obteve uma 
imagem inalterável. 
Agora as imagens eram expostas por minutos nas chapas, 
reveladas com vapor de mercúrio e fixadas com solução 
aquecida de sal de cozinha. 
 
Surgia então, a partir dos seus estudos, o Daguerreótipo: 
 
Por querer manter secreta a parte fundamental do 
processo que descobriu, Daguerre não conseguiu 
apoio de indústrias. Com problemas financeiros, em 
1839 vendeu sua invenção ao Governo Francês, 
recebendo renda vitalícia de 6000Francos anuais e 
Isadore Niépce (filho de Nicéphore), recebia 4000 
Francos. 
 Curiosidade: 
Por causa do tempo de exposição, as fotografias de 
pessoas eram feitas usando defuntos como modelos. 
Fixava-se o corpo na cadeira, os olhos eram abertos e 
o Daguerreotipo fazia o resto. 
 
 
Algumas fotos históricas feitas com Daguerreotipo: 
 
Primeira imagem capturada 
 
Primeira imagem com seres humanos 
 
Panorâmica usando seis Daguerreotipos 
 
O Daguerreótipo foi uma verdadeira revolução. 
A burguesia francesa pagava muito caro para ter 
os seus primeiros registros fotográficos. 
Agora, surgia um grande inconveniente (sim, MAIS 
um): As chapas (fotografias) não possuíam 
negativos. 
Além do fato de que os modelos tinham que ficar 
completamente imóveis por vários minutos, a 
fotografia possuía apenas uma única cópia 
positiva. 
 
 
 
A fotografia não tinha como ser reproduzida por 
que ainda não existia o negativo. 
 
E isso começou a se tornar um problema após a 
grande popularização do processo. 
 
Daguerre e outros continuaram a aperfeiçoar as 
chapas sensíveis, os materiais de revelação e 
fixação e até mesmo as objetivas. 
 
 
Foi uma invenção de Josef Petzval, matemático húngaro, 
que libertou os primeiros fotógrafos dos absurdos tempos 
de exposição, que chegavam a 30 minutos nos primórdios, 
criando uma objetiva dupla, formada por componentes 
distintos, com abertura TRINTA vezes mais rápida (clara) do 
que as tradicionais lentes Chevalier, adotadas até então. 
 Essa objetiva possuía uma abertura f/3.6, 30x mais clara. 
 Veremos sobre esses termos mais adiante. 
 
 
O próximo estágio do progresso dessa tecnologia se deu 
com a criação de matrizes capazes de produzir um número 
indeterminado de cópias fotográficas. Esse foi o primeiro 
passo para o desenvolvimento da fotografia como meio de 
comunicação de massa. 
Foi o americano William Fox Talbot que, em 1835, 
conseguiu obter o primeiro negativo denominado Calotipo, 
obtido através de papel sensibilizado. 
 
 
O negativo é uma película fotossensível 
semitransparente composta por uma fina camada 
de cristais de prata sensíveis à luz. 
Existem filmes com uma maior sensibilidade 
(ASA) do que outros (falaremos sobre isso 
adiante). 
A partir destes primeiros precursores, a fotografia 
ganhou força com a popularização dos retratos. 
 
 
Rápidos, baratos e “fiéis”, eles logo se tornaram 
mania, inaugurando uma nova forma de representar 
as pessoas, antes feita apenas pela pintura. 
Os retratos serviram como suporte para fotógrafos 
comercializarem imagens de paisagens, costumes e 
povos das mais diversas culturas em grandes tiragens. 
A fotografia conquistou um importante papel social 
como forma de comunicação e divulgação de 
conhecimento, pois apresentava imagens de um 
mundo desconhecido, principalmente através dos 
fotógrafos viajantes. 
 
 
Em 1888, George Eastmann criou a Kodak juntamente 
com o slogan: “Você aperta o botão, nós fazemos o 
resto”, salientando a facilidade em usar o equipamento. 
Eastmann perseguia a ideia de um sistema fotográfico 
simples e barato. 
Nascia a primeira câmera realmente popular, batizada 
de Kodak 1. 
 
 
A câmera era vendida por US$25,00 com um filme 
suficiente para tirar 100 fotografias. 
A partir desse momento, a fotografia tornou-se mais 
barata, pois a máquina da Kodak usava um filme de 
rolo com uma base de papel, coberta com uma 
emulsão fotossensível. 
Terminado o rolo, o cliente mandava a câmera inteira 
para a empresa de Eastman, que fazia todo o processo 
de revelação do filme até as ampliações, devolvendo o 
aparelho com um novo rolo de filme juntamente com 
as fotos reveladas. 
 
 
Dessa forma, ele tornou o processo de sujeira e 
complicações em algo simples, fácil de usar e 
acessível para praticamente qualquer pessoa. 
A fotografia ficou ainda mais acessível ao grande 
público em 1900, quando ele lançou a Brownie, 
uma câmera de 6 x 6 centímetros que custava 1 
dólar ou 5 xelins. 
 
 
Assim, os princípios fundamentais da fotografia 
foram estabelecidos desde as primeiras décadas do 
século XX, sendo o lançamento da Leica, em 1925 e 
a criação do filme fotográfico colorido em 1936, as 
últimas fronteiras para a nova linguagem se 
estabelecer por completo. 
Apenas alguns avanços tecnológicos ao longo das 
décadas tornaram o ato fotográfico mais popular e 
barato, além de contribuir na melhoria da 
qualidade das imagens produzidas. 
 
 
Porém, a digitalização dos sistemas fotográficos 
que iniciou a partir de 1990 e segue até os dias 
de hoje colocou em pauta um novo debate: 
 
Fotografia Digital é fotografia? 
 
Ainda não houve um consenso por parte dos 
teóricos sobre este assunto. 
 
 
Por hora, vemos que fotografia digital minimizou os 
custos, reduziu etapas, modificou formas de 
visualização, armazenamento e transmissão de imagens 
e, sobretudo, acelerou e facilitou os processos de 
produção e manipulação. 
Atualmente, a introdução da tecnologia digital tem 
modificado muito os rumos da fotografia. 
Os equipamentos, ao mesmo tempo em que são 
oferecidos a preços cada vez menores, disponibilizam 
ao usuário médio recursos cada vez mais sofisticados, 
assim como maior qualidade de imagem e facilidade de 
uso. 
 
 
A incorporação da câmera fotográfica aos aparelhos 
de telefonia móvel têm definitivamente levado a 
fotografia ao cotidiano particular dos indivíduos. 
 
Assim, a fotografia, à medida que se torna uma 
experiência cada vez mais pessoal, amplia os perfis 
de fotógrafos amadores ou profissionais e o já 
amplo leque do significado da experiência de se 
conservar um momento em uma imagem. 
 
 
 Se fotografia é, resumidamente falando, a 
arte de fixar por meio da luz a imagem dos 
objetos numa chapa fotossensível (câmeras 
analógicas) ou num sensor (câmara digital), 
fotografia digital É fotografia. 
 
 
Especialmente hoje, em plena era de 
redes sociais e aplicativos de edição nos 
aparelhos de telefonia móvel, cuja grande 
vantagem é a forma instantânea de 
compartilhamento de momentos usando 
apenas alguns clicks e tomando pouco 
mais que alguns segundos, possibilizando 
a utilização de vários filtros, 
 
 Somos todos fotógrafos!

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