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E SE OS TUBARÕES FOSSEM HOMENS

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Centro universitário internacional Uninter
Adilson Martins Teles- RU 1254707
Portifólio
LORENA-SP
2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
Uninter
ADILSON MARTINS TELES-1254707
	Trabalho realizado para o Curso de: 
Licenciatura em História, apresentado para fins de avaliação da UTA HISTÓRIA GERAL C, Fase I: Tutora: Rosangela Aparecida do Rosário.
Polo de apoio presencial de Lorena- SP	
Reflexão “Se os tubarões fossem homens”
A sociedade humana é voraz e complexa, funciona como um organismo vivo, dominada por uma classe excludente, que desde os primórdios de sua história, só pensa nela mesma, filosofa e arruma argumentações para afirmar sua condição de dominante. E o que seria desta classe se não houvesse os dominados? E se os dominados alcançassem o topo da pirâmide e se tornassem a caça? Essas questões e outras fomentam o imaginário dos dominados em atormentam as ideias dos dominantes. No imaginário popular seria a hora da vingança o dia D, todo o mal iria ser destruído e finalmente a graça seria alcançada, mas é esta a solução? Estamos vivenciando um momento de grande importância no país que afeta diretamente os jovens, a transição de um novo governo, mudanças no âmbito educacional, numa sociedade, que como todas as épocas, quer manter a sua hegemonia, ou seja, deixar tudo como antes ou não mexer no que esta dando certo para as classes privilegiadas.
Nossa sociedade garante uma benevolência ardilosa, fornecendo trabalho, religião, escola e outros aparatos capaz de conter de certa forma a população menos crítica, por traz disso pode estar um trabalho explorativo uma escola de má qualidade e uma religião que visa deixar o cidadão sem anseios materialistas. 
As escolhas que fazemos hoje refletem por uma vida inteira, o que somos e que queremos deixar para o futuro é uma escolha pessoal, porém no nosso caso, futuros docentes, a escolha não vai ser tão pessoal, o futuro estará em nossas mãos, a manutenção de um sistema manjado e dominante ou a transformação da realidade de uma sociedade de que anseia por drásticas mudanças? Sonho ou realidade? São questões como esta que cada um de nos futuros docentes não devemos deixar em branco 
 
 
O cidadão para a sociedade
O conceito de cidadão ao longo dos anos tem sua significância e particularidades, na Grécia e na Roma antiga ser cidadão, pra nós hoje seria um fardo, para a maioria de nós, devido a inúmeras exigências a principal seria uma boa condição financeira ou ser cidadão era algo elitizado, na idade media prevalece o mesmo, e só com a revolução francesa, a situação do cidadão alcançou ares de liberdade salvo o direito pleno das mulheres. Hoje o conceito de cidadão realmente atingiu sua plenitude, definido da seguinte forma: Cidadão é um indivíduo que convive em sociedade  grupo de indivíduos entre os quais existem relações recíprocas. Cidadão é o habitante da cidade, e tem o direito de gozar de seus direitos civis e políticos do Estado em que nasceu, ou no desempenho de seus deveres para com este. O cidadão ao ter consciência e exercer seus direitos e deveres para com a pátria está praticando a cidadania.
A partir deste conceito é necessário admitir que para ser cidadão hoje, é importante entender a sociedade em que este indivíduo esta inserido. E para que este indivíduo entenda sua sociedade com suas armadilhas, é necessário que este adquira senso critico do mundo que o cerca, a sua sociedade, “A criança bem atendida, considerada um cidadão, enquanto cresce se depara com fenômenos, fatos e objetos do mundo; pergunta, reúne informações, organiza explicações e arrisca respostas. Desse modo, ocorrem mudanças fundamentais no seu modo de conceber a vida, a natureza e a cultura” (SILVIA, 2008). O papel do professor ao instigar a criança a respeito do seu mundo, ao questionar as desigualdades sociais e mostrando a realidade e os mecanismos capaz de mudar esta realidade transformar não por um dia, mas para sempre a vida de qualquer cidadão e este mecanismo é simples não tem segredo é a informação a erudição é o conhecimento, conhecer, saber onde esta “nadando” e principalmente com quem, quando se conhece as técnicas do inimigo é mais fácil de enfrenta-lo. Portanto formar um indivíduo capaz de ter noção que se ele permanecer estático sem a compreensão de sua sociedade ele vai continuar reproduzindo as mesmas atitudes de seus pais avos de toda uma geração, se livrar das correntes esta, é a ideia, formar cidadão capaz de questionar, perguntar, discutir, apontar soluções para um mundo melhor onde às ideias elitistas não seria uma mera reprodução, formar um cidadão de direito pleno, que saiba ser cidadão de fato e de direito, em todo tempo e lugar. 
Ser cidadão não é apenas possuir uma certidão de nascimento, não é só exercer o direito do voto, ser cidadão é muito mais. É ter participação ativa na sociedade, é reclamar quando se adquire um produto estragado exigindo a troca ou devolução do valor pago, é ter educação de qualidade, é ter atendimento médico sempre que precisar, é ter emprego e salário decente, é ver garantido seu direito, e também cumprir com seu dever. 
A sociedade não esta preparada para este tipo de cidadão de uma forma geral, para Webber sociedade é um conjunto de indivíduo que praticam ações partindo do outro, ou seja, a ação social. Tal ação é destinada a cada indivíduo, sendo que suas atitudes são transformadas pela sociedade que cada um vive. A sociedade em que estamos inseridos é acumulativa e predatória ela tira o máximo que puder dos indivíduos maus preparados, o capitalismo não perdoa por isso a importância da escola de boa qualidade, e dos professores capazes de mostrar aos jovens a importância de ser de fato um cidadão. A educação voltada para a cidadania propicia uma formação que promove a compreensão, a tolerância, à solidariedade e o respeito à diversidade social e cultural, assim como, a participação nos destinos do meio em que vive. “Educar para a cidadania exige educar para a ação político-social e esta, para ser eficaz, não pode ser reduzida ao âmbito individual. Educar para a cidadania é educar para a democracia que dê provas de sua credibilidade de intervenção na questão social e cultural. É incorporar a preocupação ética em todas as dimensões da vida pessoal e social.” (Candau, 1999, p. 112).
O papel do professor de História é mostrar ao aluno como têm acontecido as lutas por direitos, as relações sociais e econômicas que repercutem nas relações favoráveis ou desfavoráveis em relação à natureza, os modelos de Estado e como se constituem nos confrontos políticos e sociais, e as reivindicações das diferentes classes sociais confiscadas de seus direitos, através de erros do passado é possível mudar o presente e acertar no futuro, a prática docente de cada um de nos depende muito da visão de mundo que cada um tem, e a vontade de transformar significativamente nossa sociedade, mostrar ao aluno que somente pela a educação é possível uma transformação real. E através dos ensinamentos de história é possível levar o aluno a compreender o a formação do seu povo se encontrar como semelhante de uma cultura se apropriar dos legados e de todo um aparato capaz de sugerir, que é possível mudar o que esta errado e melhorar o que esta dando certo. Deste modo, Oriá (2006, p. 134) considera que a história para formação do cidadão deve levar o aluno a: compreender quem somos, para onde vamos, o que fazemos, mesmo que muitas vezes pessoalmente não nos identifiquemos com o que esse mesmo bem evoca,ou até não apreciemos sua forma arquitetônica ou seu valor histórico. (...), pois é revelador e referencial para a construção de nossa identidade histórico-cultural.
Portanto ensinar História é municiar o cidadão de todas as armas e defesas, contra um sistema que visa reproduzir as mesmices do passado, formar um cidadão critica capaz de enxergar com olhos de tubarão tudo que esta a sua volta Segundo, Terra e Freitas (2004, p. 8) “O ensino de História enquanto elemento da formação do cidadão inclui a percepção pelo aluno de sua sociedade, considerando que tem sido construída a partir de relações entre indivíduos, grupos, classes sociais, interesses econômicos, costumes e mentalidades, os estudos históricos podem contribuir, por exemplo, para que e compreenda sua sociedade como uma construção coletiva (...) 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É possível fazer diferente, é possível remar contra maré e até nadar com tubarões, desde que conheçamos e compreendamos, o “mar” que estamos nadando É importante que o aluno conheça a sociedade humana como um todo e não apenas um resumo dela, Desse modo, faz-se necessário que o ensino de História promova uma reflexão critica, a fim de que os indivíduos se reconheçam como agentes históricos e não apenas “peixinhos” de passagem prontos para serem devorados.
As relações humanas sempre foram relações de poder onde os mais forte,mais influentes,mais ricos exploram os mais fracos, a mudança esta em nos, o novo, o improvável,depende de nos o futuro não pode e nem deve ser o mesmo. 
REFERÊNCIAS:
CANDAU, Vera Maria et al. Oficinas pedagógicas de direitos humanos. 3 ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
SILVIA, Sonia Graça Oliveira. A escola na formação do cidadão.Disponível emhttp://wwwartigonal.com.ciencia-artigos/a-escola-na-formação-do-cidadão.481121.html
ORIÁ, Ricardo. Memória e ensino de História. In: BETTENCOURT, Circe (Org.). O Saber Histórico na sala de aula. 11. ed. São Paulo: Contexto, 2006. p. 128 – 148. SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO. Proposta Pedagógica da Educação de Jovens e Adultos. Rio de Janeiro, 2000.
TERRA, Antonia e FREITAS, Denise. Referencial Curricular de História da Fundação Bradesco. Págs. 2-12. São Paulo. Dez/2004. 
WEBER;Max economia e sociedade:fundamentos da sociologia compreensiva.Trad.Regis Barbosa e Karen E Barbosa:editora Universidade de Brasília,1991.vol1

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