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A inclusão do aluno com Síndrome de Down

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A inclusão do aluno com Síndrome de Down: um olhar da escola.
xxxxxxxxxx – XX
2016
A inclusão do aluno com Síndrome de Down: um olhar da escola.
Projeto de Pesquisa elaborado na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso, como requisito parcial para obtenção do Grau de licenciatura no Curso de Pedagogia, orientado pela professora Doutora Xxxxxxxx Xxxxxx Xxxxxxxx 
SUMÁRIO
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO....................................................................................	4
2. INTRODUÇÃO...............................................................................................................	5
3. PROBLEMA...................................................................................................................	7
4. OBJETIVOS....................................................................................................................	8
Gerais.................................................................................................................................	8
Específico..........................................................................................................................	8
5. JUSTIFICATIVA............................................................................................................	9
6. CONSTRUÇÃO DA HIPÓTESE...................................................................................	10
7. REVISÃO DA LITERATURA.....................................................................................	11 
8.METODOLOGIA............................................................................................................	14
 Tipos de Pesquisa...........................................................................................................	14
9. CRONOGRAMAS DAS ATIVIDADES........................................................................	15
10. ORÇAMENTO..............................................................................................................	16
11. REFERÊNCIAS ...........................................................................................................	17
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2
PROJETO DE PESQUISA
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1.1 DISCIPLINA: Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
1.2. TÍTULO DO PROJETO: A inclusão do aluno com Síndrome de Down: um olhar da escola.
1.3. DADOS DA ACADÊMICA: Elizabete Cristina dos Santos, Acadêmica do sexto semestre do Curso de Pedagogia da Faculdade de Educação – UNIGRAN.
1.4. COLABORADORES E INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS:
1.5. ORIENTADORA: Professora Doutora Terezinha Bazé de Lima.
 
1.6. TIPO(S) DE PESQUISA (S): 
( X ) BIBLIOGRÁFICA
( X ) DESCRITIVA
( ) EXPERIMENTAL
( ) EXPLORATÓRIA
( ) OUTRAS . Citar : _____________________________________
2. INTRODUÇÃO 
	
Cada criança ou jovem brasileiro, independentemente da região onde reside ou condições de infra-estrutura e socioeconômicas, deve ter acesso e o direito de aprender, e esse direito deve ser garantido pelo Estado. (BRASIL, 1997)
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), cabe a escola garantir o acesso aos saberes elaborados socialmente, pois os mesmos, servem como instrumentos para o desenvolvimento, socialização e o exercício da cidadania. Para isso, a escola deve ser um espaço de formação e informação, onde os conteúdos favoreçam a inserção do aluno no cotidiano das questões sociais marcantes e em um universo cultural maior.
“A escola comum se torna inclusiva quando reconhece as diferenças dos alunos diante do processo educativo e busca a participação e o progresso de todos, adotando novas práticas pedagógicas”. (ROPOLI et al, 2010)
“A escola inclusiva é aquela que conhece cada aluno, respeita suas potencialidades e necessidades, e a elas responde, com qualidade pedagógica”. (BRASIL, 2004)
ROPOLI et al (2010) ainda enfoca que uma educação inclusiva compreende a escola como um espaço para todos, onde os alunos constroem o conhecimento conforme suas habilidades e participam das tarefas de ensino e se desenvolvem como cidadãos, nas suas diferenças.
A Constituição Federal (1988), o artigo 5º trata sobre o princípio da equidade e igualdade de direitos, sendo um deles, o acesso à educação, apresentados nos artigos 6º e 205º. O artigo 206º apresenta ainda, que o ensino de ser aplicado em igualdade de condições de acesso.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996) vem reafirmar o que determina a Constituição Federal, onde todos têm direito à Educação, garantindo um “atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino”. 
BRANDÃO et al (2014) relata que uma formação escolar de excelência, pode trazer ganhos permanentes às crianças com necessidades especiais, porém, muitas delas não têm acesso à educação formal, devido à falta de infraestrutura das escolas, do sistema escolar e também ao preconceito. 
Vale destacar, que umas destas necessidades especiais, são as crianças portadoras da Síndrome de Down, uma cromossomopatia, doença cujo quadro clínico global é explicado por um desequilíbrio na constituição cromossômica, a presença de um cromossomo extra no par 21, caracterizando uma trissomia simples. (SILVA & DESSEN, 2002)
Além das características fenotípicas comuns como braquicefalia (cabeça achatada), base nasal achatada e hipoplasia da região mediana da face, pescoço curto, língua protusa e hipotônica, vale ressaltar que a deficiência mental é uma das características mais presentes, possivelmente devido a um atraso global no desenvolvimento, que varia em cada criança. Apesar de o QI dessas crianças ser classificado como abaixo da média, têm-se salientado a necessidade de discutir sobre suas habilidades para a realização das atividades de vida diária, como andar, vestir-se, alimentar-se com independência, aprender a ler, etc. (SILVA & DESSEN, 2002)
3. PROBLEMA
As escolas de ensino regular estão realmente preparadas para inclusão de alunos portadores da Síndrome de Down?
4. OBJETIVOS 
4.1. Gerais:
Analisar o processo de inclusão escolar das crianças portadoras da Síndrome de Down. 
4.2. Específicos:
Caracterizar a Síndrome de Down. 
Destacar a importância da escola inclusiva.
Evidenciar a importância da escola para o desenvolvimento das crianças com Síndrome de Down.
5. JUSTIFICATIVA
Embora haja determinação das Leis como a Constituição e Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que a criança com deficiência tem direito de estudar em escola regular, ainda há barreiras na própria escola, devido a objeções de professores resistentes à inclusão, falta de recursos e acessibilidade e capacitação profissional insuficiente. Pesquisas embasadas na importância da inclusão escolar das crianças com Síndrome de Down são relevantes, pois oferecem subsídios para um Projeto Político Pedagógico realmente inclusivo. 
6. HIPÓTESE
As escolas de ensino regular já possuem um preparo para receber e atender as crianças portadoras de necessidades especiais, devido às políticas de inclusão das diversas esferas do governo, garantindo verbas para preparo da escola para ser inclusiva e formação dos professores, bem como, o professor auxiliar em sala de aula.
7. REVISÃO DA LITERATURA
Em um breve histórico sobre a Síndrome de Down, a pesquisa de SILVA & DESSEN (2002) apontam que os primeiros estudos científicos datam do Século XIX, mas, somente em 1932 que a SD foi considerada uma aberração cromossômica e, em 1959 houve a descoberta do cromossomo extra. A designação síndrome de Down, só foi proposta após várias outras denominações, algumas atécom termos pejorativos, terem sido usadas como: imbecilidade mongolóide, idiotia mongolóide, cretinismo furfuráceo, acromicria congênita, criança mal-acabada, criança inacabada, dentre outras. Somente em 1965 com as publicações da Organização Mundial da Saúde (OMS) que o termo Síndrome de Down prevaleceu, ainda que, o termo mongolismo seja usado no vocabulário cotidiano.
É importante ressaltar que BRANDÃO et al (2014) comenta que as crianças com SD por possuírem um fenótipo característico que as identifica, apresentam desenvolvimento em ritmo mais lento comparadas às outras e requerem um atendimento mais efetivo, acabam provocando reações de rejeição e de zombaria das outras crianças. Porém, a exposição pública é a forma mais adequada de introduzir a criança com SD à comunidade, pois, por meio dos contatos cotidianos eles se tornam mais confortáveis com pessoas menos familiares.
Em virtude de o comprometimento intelectual ser uma característica própria dos portadores de SD, sempre houve o questionamento da inclusão e integração destas pessoas no ambiente escolar regular, ora por desconhecimento da síndrome, ou por receio de não ter a capacidade suficiente de se inserir no âmbito escolar, ocorrendo dúvidas em colocar a criança com SD em uma sala com atendimento diferenciado ou no ensino regular. (BRANDÃO et al, 2014)
Segundo BRANDÃO et al (2014), há uma desvantagem na escolarização precoce da criança com SD, algumas delas, tem uma maior suscetibilidade para doenças respiratórias, podendo pegar um esfriado ou outras infecções com facilidade, porém, com o tempo aumenta a resistência. 
Os responsáveis pela criança com SD, independente de qual escola a matriculem, devem atuar de forma a cooperar e interagir com os seus profissionais, a fim de levar o conhecimento adquirido em casa para escola e, vice-versa. Elas necessitam ter seus potenciais explorados e desafiados, por isso, é importante a ação entre a família e a escola. (BRANDÃO et al, 2014)
A escola, embasado nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), deve possibilitar aos alunos, condições para que todos ampliem suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para compreensão da realidade e de participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais amplas que são fundamentais para o exercício da cidadania na construção de uma sociedade democrática e não excludente.
 “O desenvolvimento de capacidades, como as de relação interpessoal, as cognitivas, as afetivas, as motoras, as éticas, as estéticas de inserção social, torna-se possível mediante o processo de construção e reconstrução de conhecimentos”. (BRASIL, 1997)
Nas escolas brasileiras, para exercerem a função social, devem estabelecer o cultivo dos bens culturais e sociais, contemplando as expectativas e as necessidades dos alunos e de todos os envolvidos diretamente no processo educativo. (BRASIL, 1997)
ROPOLI et al (2010) expõe que “um ensino para todos os alunos há que se distinguir pela sua qualidade”. Explana ainda que nas escolas inclusivas e escolas-padrão, a natureza do ensino é a mesma, o que deve ser considerado, é o ideal pedagógico, medido e definido objetivamente e que se apresentam como modelo a ser seguido e aplicado em qualquer contexto escolar.
 “Nas escolas inclusivas, ninguém se conforma a padrões que identificam os alunos como especiais e normais, comuns. Todos se igualam pelas suas diferenças!”. (ROPOLI et al, 2010)
Para atender a todos e melhor, a escola atual deve mudar, e isso exige trabalho em muitas frentes, devendo encontrar soluções próprias para os seus problemas. As mudanças necessárias não acontecem por acaso e nem por Decreto, mas fazem parte da vontade política do coletivo da escola, explicitadas no seu Projeto Político Pedagógico - PPP e vividas a partir de uma gestão escolar democrática. (ROPOLI et al, 2010)
O projeto político-pedagógico de uma escola é o documento teórico/metodológico que define as relações da escola com a comunidade a quem vai atender, além de explicar o que, por quê, para quê, para quem e como será feito. (BRASIL, 2004)
A transição da escola dos diferentes para a escola das diferenças exige conhecimento, determinação e decisão. As propostas de mudança variam e dependerão além de discussões, estudos, levantamento de dados e iniciativas a serem compartilhadas pelos seus membros de gestões democráticas das escolas, que favoreçam essa mudança. (ROPOLI et al, 2010)
LUIZ et al (2012) comenta que a educação especial e inclusão escolar são áreas de conhecimentos complementares e, quando conciliados, possibilita ao aluno com necessidades educacionais especiais frequentar o ensino regular, por meio de apoios apropriados à sua condição especifica.
Fica a cargo dos órgãos públicos assegurarem às escolas regulares recursos para que elas possam atender todos os alunos, sem distinção, tanto no contexto acadêmico como no social, como também, uma atitude positiva em relação à criança com SD, respeitando suas diferenças e seus limites. (LUIZ et al, 2012) 
Em conformidade com as legislações federal, estaduais e municipais em relação à educação, as escolas devem assumir como política educacional, a garantia para todos, do acesso ao conhecimento. (BRASIL, 2004)
Embasado em outros autores, LUIZ et al (2012) destaca que o sucesso da inclusão escolar, fundamenta-se principalmente na voluntariedade e compromisso dos profissionais envolvidos no processo.
Para ROPOLI et al (2010), “ A inclusão rompe com os paradigmas que sustentam o conservadorismo das escolas, contestando os sistemas educacionais em seus fundamentos”. Acrescentando ainda, que a construção de uma nova cultura de valorização das diferenças, só ocorre a partir do acesso, participação e aprendizagem de todos os alunos nas escolas.
A inclusão escolar de crianças com necessidades especiais oportuniza a interação com outras crianças como mecanismo de diminuir o isolamento social e o preconceito. (BRANDÃO et al, 2014)
BRANDÃO et al (2014) usa faz seguinte comentário sobre inclusão:
“Não há como discutir a questão escolar e educacional dos portadores de SD, sem abordar o tema da inclusão. A LDB, em seu artigo 3º, estabelece que o ensino seja ministrado com base em alguns princípios, sendo que o primeiro deles é a “igualdade das condição para o acesso e a permanência na escola” (BRASIL, 1996). Esse princípio demonstra a função de inclusão da educação”.
Apesar de existir desafios a serem superados, que ainda demandam tempo e compromisso para sua efetivação, a inclusão da criança com SD na rede regular de ensino, vem se demonstrando benéfica, pois permitem ganhos no desenvolvimento social e cognitivo. (LUIZ et al, 2012) Para complementar a descrição do autor, BRANDÃO et al (2014) expõe que “é preciso que haja uma correta avaliação das necessidades especiais da criança com SD antes de inseri-la no ambiente escolar, pois muitas vezes perde-se uma grande oportunidade de inclusão”.
Segundo LUIZ et al (2012), nas escolas de educação infantil, apesar de haver boa receptividade aos alunos com Síndrome de Down, os professores não estão capacitados para atendê-los, isto porque há falta de rede de apoio do sistema educacional.
8. METODOLOGIA
8.1. Tipo de Pesquisa
Embasado em PRODANOV & FREITAS (2013), refere-se a uma pesquisa de natureza básica (produz novos conhecimentos, úteis ao avanço da ciência), de abordagem qualitativa (o processo e seu significado são os focos principais de abordagem) com propósito descritivo (há registro e relatos de fatos) e de procedimento bibliográfico (elaborado a partir de material já publicado).
A pesquisa será executada através de uma análise baseada nas publicações no idioma da língua portuguesa, encontradas na literatura científica relacionadas ao tema inclusão escolar e síndrome de Down, na base de dados eletrônicos da SciELO (ScientificElectronic Library Online), Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), portal do MEC (Ministério da Educação) e no site de acesso livre e gratuito Google,como também em teses/dissertações e livros didáticos no período de 2000 a 2016. 
9. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROJETO
	Etapas do Projeto
	Meses - 2015
	
	Fev
	Mar
	Abr
	Mai
	Elaboração do pré-projeto
	
	X
	X
	
	Levantamento bibliográfico
	X
	X
	X
	
	Análise dos dados e informações
	
	
	X
	X
	Redação do Projeto
	
	
	X
	
	Conclusão e referências
	
	
	X
	X
	Revisão
	
	
	
	X
	Redação final
	
	
	
	X
	Entrega do Projeto final
	
	
	
	X
10. ORÇAMENTO
	Valores em reais
	Especificação
	Quantidade
	Unitário
	Total
	Pen-drive
	01
	19,90
	19,90
	Caneta esferográfica
	03
	1,50
	3,30
	Xérox
	500
	0,20
	100,00
	Sulfite (resma) 
	01
	19,90
	19,90
	Lápis
	04
	0,80
	3,20
	Borracha
	02
	1,50
	3,00
	Encadernação
	03
	40,00
	120,00
	Internet mensal
	
	80,00
	80,00
	Lanche
	08
	8,00
	64,00
	Gasolina
	60 litros
	3,59
	215,40
	Cartucho para impressão
	03
	26,00
	78,00
	Valor total
	706,70
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRANDÃO, I. M.; FONSECA, V.; MADI, R. R.. Inclusão Escolar: situação dos portadores de Síndrome de Down. Educationis, Aquidabã, v.2, n.1, p.35‐41, 2014. Disponível em: http://sustenere.co/journals/index.php/educationis/article/view/ESS2318-3047.2014.001.0004/521 acesso: 22/03/2016.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: DOU, 1988.
BRASIL, Ministério de Educação e do Desporto. Lei Nº 9.394, de 23 de Dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
 
BRASIL, Educação inclusiva: a escola. Brasília: Ministério da Educação/ Secretaria de Educação Especial, 2004. Vol. 3
LUIZ, F. M. R; PFEIFER, L. I; SIGOLO, S. R. R. L; NASCIMENTO, L. C. Inclusão de crianças com Síndrome de Down. Psicologia em Estudo, Maringá, V. 17. N. 4, p. 649-658, out./dez. 2012
PRODANOV, C. C; FREITAS, E. C. Metodologia do trabalho científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 2 ª ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013
ROPOLI, E. A. et al. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: A Escola Comum Inclusiva. Brasília: SEESP/MEC/UFC, 2010. Vol. 1
SILVA, N. L.P; DESSEN, M. A. Síndrome de Down: etiologia, caracterização
e impacto na família. Interação em Psicologia, V.6. n. 2, p. 167-176, jul/dez. 2002

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