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Educação em Direitos Humanos

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COMPLEMENTAÇÃO 
PEDAGOGICA 
2º LICENCIATURA 
 
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EDUCAÇÃO EM DIREITOS 
HUMANOS 
 
 
 
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DIREITOS HUMANOS 
 
 
 
Primeiramente, ao se iniciar uma reflexão sobre o papel dos direitos humanos 
em nossa sociedade, é importante considerar sua dimensão histórica e social, ou 
seja, o modo como tais direitos evoluíram ao longo do tempo e os contextos onde se 
inseriam. De acordo com Norberto Bobbio (1992), declarar que os homens nascem 
livres e iguais em direitos, como fizeram as primeiras declarações de direitos 
humanos modernas, é uma exigência da razão, mas não um dado histórico ou uma 
constatação da realidade. De fato, os homens não são livres nem iguais. A efetiva 
garantia de direitos implica um processo muito mais lento e incerto, permeado por 
disputas de poder e projetos de sociedade. Um exemplo disso é a própria evolução 
do que se entende por direitos humanos, ao longo dos séculos, até a formulação da 
noção contemporânea de direitos humanos que hoje nos serve de referência. 
As declarações de direitos humanos do mundo moderno surgiram a partir de 
correntes filosóficas influenciadas pelo racionalismo e jus naturalismo, nas quais os 
intelectuais europeus do século XVIII estiveram imersos. Esse período foi 
caracterizado como o do apogeu do Iluminismo ou Ilustração. Sustentava-se, 
basicamente, que o homem, enquanto tal, teria direitos naturais. Contudo, 
historicamente, a idéia de direito natural não surge com o jus naturalismo moderno; 
remonta, antes, ao pensamento cristão e clássico, aos grandes moralistas, poetas e 
escritores da Antigüidade, especialmente a Sófocles. Antígona, uma de suas 
melhores tragédias, trouxe como questão central o confronto entre o direito natural e 
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o direito positivo do Estado e serviu de inspiração e reflexão para pensadores como 
Hegel, Kant, Rousseau. Nesse sentido, a novidade trazida pelo Iluminismo foi à 
tradução do direito natural em lei escrita e positiva, por meio das declarações de 
direito, como a Declaração Americana de Direitos, de 1776, e a Declaração 
Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789. 
De acordo com Marilena Chauí, 
 
 
 
“A prática de declarar direitos significa, em primeiro lugar, que não é um fato óbvio 
para todos os homens que eles são portadores de direitos e, por outro lado, significa 
que não é um fato óbvio que tais direitos devam ser reconhecidos por todos. A 
declaração de direitos inscreve os direitos no social e no político, afirma sua origem 
social e política e se apresenta como objeto que pede o reconhecimento de todos, 
exigindo o consentimento social e político” (1989, p. 20). 
 
 
 
Nesse momento, predominava, enquanto noção de direitos humanos, uma 
concepção individualista e liberal de sociedade, em que o indivíduo, dotado de um 
valor em si, era o seu fundamento, consagrando-se o direito de liberdade como 
forma de limitar o poder de atuação do Estado em relação à ação do indivíduo. 
Contudo, no século XIX, definido por Eric Hobsbawn como a “era das revoluções”, a 
luta por direitos buscou incorporar aos direitos civis e políticos também os direitos 
sociais. O movimento operário, principal protagonista das transformações ocorridas 
no período, exigia mais do que a igualdade civil reconhecida pelas declarações de 
direito até então. Na Declaração Russa dos Direitos do Povo Trabalhador e 
Explorado, de 1918, por exemplo, garantia-se o direito ao trabalho, à educação, à 
saúde, à moradia. Altera-se, desse modo, a relação estabelecida entre indivíduo e 
Estado. De uma idéia de não interferência nos direitos individuais, ou seja, de uma 
postura negativa do Estado, passa-se a exigir deste uma ação positiva e ativa na 
garantia dos direitos sociais. 
A questão dos direitos humanos assumiu novas dimensões diante dos 
horrores decorrentes da II Guerra Mundial em meados do século XX, com a 
emergência do fenômeno do totalitarismo nazista e fascista. Ao final do conflito, a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), aprovada em 1948, assume 
nesse momento pretensões globais e procura articular os direitos civis e políticos 
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aos direitos econômicos, sociais e culturais, estabelecendo sua universalidade, 
indivisibilidade e interdependência. Ou seja, incorporou-se na DUDH não apenas 
aquilo que se convencionou chamar de primeira geração de direitos humanos, que 
consiste no direito às liberdades fundamentais – de locomoção, religião, 
pensamento, opinião, aprendizado, voto –, mas também os direitos de segunda 
geração, que abrangem os direitos econômicos, sociais e cultuais como educação, 
saúde, oportunidades de trabalho, moradia, transporte, previdência social, 
participação na vida cultural da comunidade, das artes, manifestações artísticas. 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos traz ainda, como objetivo 
comum a ser atingido por todos os povos e nações, que o Estado, cada indivíduo e 
cada órgão da sociedade se esforcem, por meio do ensino e da educação em geral, 
por promover o respeito aos direitos humanos proclamados e pela adoção de 
medidas progressivas de caráter nacional e internacional, para assegurar sua 
observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados- 
membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição. 
A educação, na DUDH, assume papel especial na promoção dos direitos 
humanos; ela é, ao mesmo tempo, um direito humano em si e condição para a 
garantia dos demais direitos. Em seu artigo 26 , a Declaração especifica algumas 
características do direito à educação: 
 
 
 
§1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos 
graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A 
instrução técnico profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, 
baseada no mérito. 
§2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da 
personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e 
pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância 
e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as 
atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. 
 
 
 
Nos anos seguintes, a DUDH e também vários pactos, acordos e convenções 
foram ampliando a abrangência de tais direitos e fortalecendo sua apropriação por 
meio dos Estados signatários, valendo ressaltar, dentre eles: 
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- Convenção relativa à Luta contra a Discriminação no Campo do Ensino (1960); 
 
- Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (1966); 
 
- Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966); 
 
- Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação 
 
Racial (1966); 
 
- Convenção sobre a Eliminaçãode Todas as Formas de Discriminação contra a 
 
Mulher (1979); 
 
- Convenção sobre os Direitos da Criança (1989); 
 
- Convenção para proteção e promoção da diversidade de expressões culturais 
 
(2005). 
 
 
 
Recentemente, foi acrescida à noção de direitos humanos também uma 
terceira geração de direitos, que abrange o direito a um meio ambiente equilibrado e 
não poluído, uma qualidade de vida saudável, o direito à autodeterminação dos 
povos, direito ao progresso, direito à paz, bem como a outros direitos difusos e 
coletivos, não mais restritos a indivíduos ou a grupos específicos, mas a toda a 
coletividade. 
No início do século XXI, a noção contemporânea de direitos humanos com a 
qual se trabalha vem abarcar todas as gerações de direitos, consideradas 
igualmente fundamentais, sem hierarquizações, prevalecendo sua universalidade, 
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indivisibilidade e interdependência, a partir de uma postura ativa do Estado como 
garantidor desses direitos. 
 
 
 
 
A SOCIEDADE BRASILEIRA E OS 
DIREITOS HUMANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No Brasil, a Constituição Federal de 1988 representa o principal marco 
jurídico do processo de transição democrática e de institucionalização dos direitos 
humanos. Ao instituir o Estado Democrático de Direito, define como seus 
fundamentos a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores 
do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político. Vale ainda ressaltar que a 
República Federativa no Brasil, regendo-se em suas relações nacionais e 
internacionais pelo respeito aos direitos humanos, traz como seus objetivos 
fundamentais, dentre outros, a erradicação da pobreza e da marginalização e a 
redução das desigualdades sociais e regionais. Indica, desse modo, sua 
consonância com a concepção contemporânea de direitos humanos, que abrange a 
garantia não apenas de direitos políticos e civis, mas também de direitos 
econômicos, sociais e culturais. 
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Associados no regime militar à defesa dos direitos de presos políticos, diante 
da violência institucional praticada pelo Estado, os direitos humanos no Brasil se 
estenderam aos presos comuns e acabaram por ser identificados na sociedade 
como “direitos de bandidos”. Apesar de essa visão ainda predominar em alguns 
setores, inclusive como um legado histórico do autoritarismo que marca nossa 
sociedade, os trabalhos atuais de direitos humanos vêm enfatizando quão reduzida 
é esta perspectiva diante do que se entende hoje por direitos humanos. Essa é a 
concepção de direitos humanos presente, por exemplo, no Plano Nacional de 
Direitos Humanos (PNDH) aprovado pelo Governo Federal em 1996 e, 
especialmente, no Plano revisado em 2002. 
No entanto, apesar dos avanços nas declarações de direitos, na elaboração 
do PNDH e na ampliação do conceito de direitos humanos, ainda são necessários 
esforços no sentido de sua materialização na sociedade brasileira, promovendo o 
fortalecimento de uma cultura de direitos humanos no país nas várias esferas 
sociais. Um aspecto a ser enfrentado para que se alcance esse objetivo relaciona-se 
com o reconhecimento de todo cidadão brasileiro enquanto sujeito de direitos, capaz 
de participar das decisões do país. Para tanto, é fundamental que se passe de uma 
cidadania passiva – aquela que é outorgada pelo Estado, com a idéia moral da tutela 
e do favor – para uma cidadania ativa – aquela que institui o cidadão como portador 
de direitos e deveres, mas essencialmente criador de direitos para abrir espaços de 
participação e possibilitar a emergência de novos sujeitos políticos (cf. Benevides, 
1998, p.150). 
 
Há que se atentar também em nosso país para a hierarquização entre tipos 
diferentes de cidadãos de acordo com a classe social à qual pertencem, sendo ainda 
comum a criminalização da pobreza e a associação generalizada das classes 
populares ao banditismo e à violência: 
“As classes populares são geralmente vistas como „classes perigosas‟, ameaçadoras 
pela feiúra da miséria, ameaçadoras pelo grande número, ameaçadoras pelo 
possível desespero de quem nada tem a perder, e, assim, consolida-se o „medo 
atávico das massas famintas‟. (...) 
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“Esta é uma maneira de circunscrever a violência, que existe em toda a sociedade, 
apenas aos „desclassificados‟, que, portanto, mereceriam todo o rigor da polícia, da 
suspeita permanente, da indiferença diante de seus legítimos anseios” (Benevides, 
2004, p. 50). 
 
 
 
A construção e a consolidação de uma cultura em direitos humanos no Brasil 
implicam, desse modo, enfrentar essa série de desafios e contradições, ainda 
presente em nossa sociedade, que afeta todos os brasileiros em termos da sua 
qualidade de vida e das possibilidades de seu pleno desenvolvimento enquanto 
pessoa humana. A educação, nesse contexto, aparece como um espaço privilegiado 
para a promoção dessa cultura de direitos humanos, contribuindo para a difusão de 
atitudes, valores e práticas coerentes com esses princípios, seja por meio da 
educação escolar, no nível básico ou superior, seja pela educação não-formal, por 
meio da atuação de organizações da sociedade civil, pela mídia e os sistemas de 
justiça e segurança. 
 
 
 
 
A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS 
 
 
 
A preocupação e o interesse com a promoção de uma educação orientada 
para os direitos humanos ganham maior projeção em meados dos anos 90 com a 
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definição, em 1995, da década da educação em direitos humanos, encerrada, em 
 
2004, com a aprovação, no ano seguinte, do Programa Mundial de Educação em 
Direitos Humanos (PMEDH) e seu Plano de Ação. Esse debate repercute no Brasil 
no mesmo período, especialmente no âmbito das organizações da sociedade civil e, 
em 2003, ganha maior institucionalidade, com a criação do Comitê Nacional de 
Educação em Direitos Humanos e o início da elaboração de uma primeira versão do 
Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH) no país, finalmente 
aprovado em sua forma final em 2006. 
Considera-se o PNEDH um instrumento orientador e fomentador das ações 
de educação em direitos humanos, especialmente por parte das políticas públicas 
nas áreas da educação básica, superior, educação não-formal, dos sistemas de 
justiça e segurança e da mídia. O Plano visa, sobretudo, promover e difundir uma 
cultura de direitos humanos no país. A educação, por sua vez, é entendida como um 
meio privilegiado para atuar nessa direção (cf. PNEDH, 2006). 
No entanto, o que significa educar em direitos humanos? É possível ensinar 
direitos humanos? De acordo com o PNEDH, a educação em direitos humanos deve 
ser promovida em três dimensões: 
“a) conhecimentos e habilidade: compreender os direitos humanos e os mecanismos 
existentes para a sua proteção, assim como incentivar o exercício de habilidades na 
vida cotidiana; 
b) valores, atitudes e comportamentos: desenvolver valores e fortalecer atitudes e 
comportamentos que respeitem os direitos humanos; 
c) ações: desencadear atividades para a promoção,defesa e reparação das 
violações aos direitos humanos” (2006, p. 23). 
Considera-se, segundo essa definição, a educação em direitos humanos 
como uma educação permanente e global, que não trabalha apenas com a 
dimensão da razão e da aprendizagem cognitiva, mas envolve também aspectos 
afetivos e valorativos que precisam ser sentidos, vivenciados. É preciso 
experimentar os direitos à liberdade, à igualdade, à justiça e à dignidade para 
entender o que significam e, principalmente, para que se consiga difundi-los 
(BENEVIDES, 2001). Desse modo, “de nada adiantará levar programas de direitos 
humanos para a escola se a própria escola não é democrática na sua relação de 
respeito com os alunos com os pais, com os professores, com os funcionários e com 
a comunidade que a cerca” (Benevides, 2001, p. 40). Por outro lado, a introdução 
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dessa discussão na escola pode servir para questionar suas próprias contradições e 
conflitos cotidianos, propiciando a busca de formas para enfrentá-los. 
A proposta é que a educação em direitos humanos seja um eixo central do 
trabalho desenvolvido nas escolas e permeie o currículo como um todo, a formação 
inicial e continuada dos profissionais da educação, o projeto político-pedagógico da 
instituição, os materiais didático-pedagógicos, o modelo de gestão e de avaliação e 
as metodologias e práticas desenvolvidas no conjunto do espaço escolar. Como 
observa Vera Candau (2003), é essencial enfatizar processos que utilizem 
metodologias participativas e de construção coletiva, superando estratégias 
pedagógicas meramente expositivas, e que empreguem uma pluralidade de 
linguagens e materiais de apoio, orientados para mudanças de mentalidade, atitudes 
e práticas individuais e coletivas. 
A educação em direitos humanos vai além de uma aprendizagem de 
conteúdos; inclui o desenvolvimento social e emocional de todos os envolvidos no 
processo de ensino aprendizagem. 
Seu objetivo é desenvolver uma cultura em direitos humanos, em que os 
direitos humanos são praticados e vividos na comunidade escolar e demais 
instituições públicas, em interação com a comunidade local. Para tanto, é essencial 
garantir que o ensino e a aprendizagem da educação em direitos humanos ocorram 
em um ambiente direcionado para os direitos humanos. É fundamental assegurar 
que os objetivos, práticas e organização das instituições sejam consistentes com os 
seus valores e princípios. Uma escola assim orientada caracteriza-se pelo 
entendimento mútuo, pelo respeito e pela responsabilidade; almeja a igualdade de 
oportunidades, o sentido de pertencimento, a autonomia, a dignidade e a autoestima 
de todos os membros da comunidade escolar (PMEDH, 2005). 
Considera-se, por fim, que a defesa, a proteção e a promoção da educação 
em direitos humanos, como práticas a serem difundidas pelas várias esferas da 
sociedade, exigem que as escolas e demais instituições públicas assumam um 
compromisso permanente com o fortalecimento de uma cultura de direitos humanos 
no país, consolidando o Estado Democrático de direito e contribuindo para a 
melhoria da qualidade de vida da população brasileira. 
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NOMENCLATURA DOS DIREITOS 
HUMANOS 
 
 
Encontramos na literatura diversas nomenclaturas para o conjunto de direitos 
essenciais ao ser humano: Direito das gentes, direitos humanos, liberdades 
públicas, direitos fundamentais etc.. O constituinte originário utilizou a 
denominação direitos fundamentais para aqueles que estão positivados em nossa 
Carta de 1988. 
“Em suma, a expressão direitos fundamentais é a mais precisa. Primeiro, 
pela sua abrangência. O vocábulo direito serve para indicar tanto a situação em que 
se pretende a defesa do cidadão perante o Estado como os interesses jurídicos de 
caráter social, político ou difuso protegidos pela Constituição. De outro lado, o termo 
fundamental destaca a imprescindibilidade desses direitos à condição humana.” 
 
 
“Direitos humanos é expressão preferida nos documentos internacionais. 
Contra ela, assim, contra a terminologia direitos do homem, objeta-se que não há 
direito que não seja humano ou do homem, afirmando-se que só o ser humano pode 
ser titular de direitos. Talvez já não mais assim, porque, aos poucos, se vai 
transformando um direito especial de proteção dos animais.” Grifos no original. 
 
 
“Direitos fundamentais do homem constitui a expressão mais adequada a este 
estudo, porque, além de referir-se a princípios que resumem a concepção do mundo 
e informam a ideologia política de cada ordenamento jurídico, é reservada para 
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designar, no nível do direito positivo, aquelas prerrogativas e instituições que ele 
concretiza em garantias de uma convivência digna, livre e igual de todas as 
pessoas.” 
 
 
OBS.: A Constituição utiliza a nomenclatura direitos fundamentais e os tratados 
internacionais utilizam a nomenclatura direitos humanos. 
 
 
É preciso enfatizar, que a dignidade da pessoa humana – alçada a princípio 
fundamental pela Constituição Brasileira (CF/88, art. 1º, III) é vetor para a 
identificação material dos direitos fundamentais – apenas estará assegurada quando 
for possível ao homem uma existência que permita a plena fruição de todos os 
direitos fundamentais. 
 
 
DIGNIDADE HUMANA 
 
 
 
A dignidade da pessoa humana não é vista pela maioria dos autores como um 
direito, pois ela não é conferida pelo ordenamento jurídico. Trata-se de um atributo 
que todo ser humano possui independentemente de qualquer requisito ou condição, 
seja ele de nacionalidade, sexo, religião, posição social etc. É considerada como o 
nosso valor constitucional supremo, o núcleo axiológico da constituição. 
Considerada o núcleo em torno do qual gravitam os direitos fundamentais. 
Para que possa ser protegida e concedida, a Dignidade da Pessoa Humana (DPH) é 
protegida pela CF/88 através dos direitos fundamentais, confere caráter sistêmico e 
unitário a esses direitos. 
Existem direitos fundamentais que estão mais próximos (derivações de 
primeiro grau: liberdade e igualdade) e outros que estão mais afastados (derivações 
de segundo grau). 
A dignidade da pessoa humana é uma qualidade intrínseca, inseparável de 
todo e qualquer ser humano, é característica que o define como tal. Concepção de 
que em razão, tão somente, de sua condição humana e independentemente de 
qualquer outra particularidade, o ser humano é titular de direitos que devem ser 
respeitados pelo Estado e por seus semelhantes. É, pois, um predicado tido como 
inerente a todos os seres humanos1 e configura-se como um valor próprio que o 
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identifica. Pode-se trazer à baila a visão antropológica de Leonardo Boff, quando do 
ultraje da dignidade: Nada mais violento que impedir o ser humano de se relacionar 
com a natureza, com seus semelhantes, com os mais próximos e queridos, consigo 
mesmo e com Deus. Significa reduzi-lo a um objeto inanimado e morto. Pela 
participação, ele se torna responsável pelo outro e con-cria continuamente o mundo, 
como um jogo de relações, como permanentedialogação. 
Carmem Lúcia Antunes Rocha, ao comentar o Art. 1º da Declaração dos 
Direitos Humanos, o festejado dispositivo que decreta a igualdade de todos os seres 
humanos em dignidade e direitos, faz as seguintes considerações: Gente é tudo 
igual. Tudo igual. Mesmo tendo cada um a sua diferença. Gente não muda. Muda o 
invólucro. O miolo, igual. Gente quer ser feliz, tem medos, esperanças e esperas. 
Que cada qual vive a seu modo. Lida com as agonias de um jeito único, só seu. Mas 
o sofrimento é sofrido igual. A alegria, sente-se igual. 
A ausência de dignidade possibilita a identificação do ser humano como 
instrumento, coisa – pois viola uma característica própria e delineadora da própria 
natureza humana. Todo ato que promova o aviltamento da dignidade atinge o cerne 
da condição humana, promove a desqualificação do ser humano e fere também o 
princípio da igualdade, posto que é inconcebível a existência de maior dignidade em 
uns do que em outros. Pode-se valer da explicação de José Afonso da Silva acerca 
do conceito de dignidade da pessoa humana, a fim de se entender o significado para 
além de qualquer conceituação jurídica, posto que a dignidade é, como dito, 
condição inerente ao ser humano, atributo que o caracteriza como tal: A dignidade 
da pessoa humana não é uma criação constitucional, pois ela é um desses 
conceitos a priori, um dado preexistente a toda experiência especulativa, tal como a 
própria pessoa humana. 
A explicação de José Afonso da Silva se adere ao entendimento de Ingo 
Wolfgang Sarlet ao informar sobre as dificuldades de uma definição precisa e 
satisfatória de dignidade da pessoa humana. E como relembra este autor, foi Kant 
quem definiu o entendimento de que o homem, por ser pessoa, constitui um fim em 
si mesmo e, então, não pode ser considerado como simples meio, de modo que a 
instrumentalização do ser humano é vedada. Tal definição tem inspirado os 
pensamentos filosófico e jurídico na modernidade. A dignidade não pode ser 
renunciada ou alienada, de tal sorte que não se pode falar na pretensão de uma 
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pessoa de que lhe seja concedida dignidade, posto que o atributo lhe é inerente 
dada a própria condição humana. 
 
 
FILOSOFIA GRECO-ROMANA: BASEADA 
NA SUA RACIONALIDADE HUMANA 
 
 
O conhecimento filosófico vai ser resultado do exercício e do processo de 
filosofar, buscando a verdade sem querer possuí-la. O ser humano busca um 
sentido para sua existência e um sentido mais amplo da realidade. A questão central 
da filosofia: quem é o ser humano e qual é o sentido da vida, da realidade. 
Preocupa-se em conhecer a si próprio e com o destino da humanidade. As 
conclusões filosóficas são sempre parciais e as respostas levam sempre a novas 
perguntas. 
 
 
O pensar 
 
 
 
Há diferença entre pensar e ter pensamentos. O pensar é uma atividade: “O 
pensamento é o passeio da alma”, diz um filósofo grego desconhecido. Pensar é um 
movimento, uma atividade, uma ação. É uma atividade pela qual a inteligência 
coloca algo diante de si para atentamente considerar, avaliar, pesar, equilibrar, 
entender. 
Por meio do pensamento manifestamos nossa capacidade de elaborar regras, 
normas, leis e princípios. Nós pensamos e sabemos que pensamos. Essa 
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capacidade de refletir sobre o nosso próprio pensamento nos permite encadear 
processos de abstração. São esses processos de abstração que nos levam a 
conhecer a realidade e atribuir significados a essa realidade. 
Isso é possível por que o homem é dotado de razão, da capacidade de 
raciocinar. O pensamento conta com seu mais poderoso invento: a palavra. É a 
palavra que confere ao homem essa capacidade de pensar. O pensamento nos 
familiariza com o mundo e nos leva a compreender o significado dos objetos, das 
pessoas e das relações entre uns e outros. 
Nem todos os pensamentos levam à verdade, ou seja, resultam de uma forma 
lógica correta. Para chegar ao conhecimento verdadeiro, o pensar deve ser movido 
pelo raciocínio, com uma lógica e argumentos válidos. O processo de pensar pode 
levar a uma realidade cada vez mais aprimorada. A abstração filosófica nos permite 
sair da aparência para a essência. 
Segundo diversas teorias, só é considerado livre o ser humano que é 
autônomo, capaz de pensar por si mesmo e dar respostas originais a si próprio e ao 
mundo. E acredita-se que isso é um aprendizado, ou seja, fruto de educação – é 
possível por meio de a educação oferecer as condições de aprimorar sua 
capacidade de pensar. 
O mundo é feito de ideias. As ideias são frutos do pensamento. Um pensar 
pobre não produz ideias, gera um mundo pobre. 
Perguntas que devemos fazer: 
 
_ Minhas crenças correspondem a um saber verdadeiro a um conhecimento? 
A minha fala é coerente? _ O que orienta minha atitude? Qual o sentido de minha 
ação? 
 
 
O pensamento, a linguagem e o conhecimento 
 
 
 
O pensamento é a fala internalizada, enquanto a linguagem é a expressão do 
pensamento. A linguagem permite a comunicação com o mundo, com os outros. O 
fazer humano deve ser resultado do conhecimento. E o conhecimento é resultado 
de um pensar correto. O fazer humano deve modificar a realidade exterior, formar 
os homens, aproximá-los entre si e enriquecer o mundo de valores. 
Existem várias formas de conhecer e interpretar a realidade, com diferentes 
enfoques e metodologias: 
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_ O mito – imagens, símbolos e significados. História e narrativa. 
 
_ O senso comum – herança, tradição, experiências 
 
_ A ciência – estrutura seu saber pelo método científico 
 
_ A Filosofia – reflexão rigorosa, sistemática 
 
_ A religião – fé, transcendência da vida humana 
 
_ A arte - intuição e sensibilidade 
 
 
 
Senso comum 
 
 
 
 
 
É o conhecimento recebido por tradição e que ajuda a nos situarmos no 
cotidiano, para compreendê-lo e agir sobre ele. É um conjunto de crenças, baseadas 
no conhecimento espontâneas e não-crítico, mas que revelam o esforço de buscar 
soluções para a nossa vida cotidiana. Essas noções podem esconder ideias falsas e 
preconceituosas. No entanto, não podemos desprezar o senso-comum, pois essa 
forma de conhecimento tão universal contém muita sabedoria essencial para o 
desenvolvimento e organização da humanidade (ex: a roda e o fogo). 
O que caracteriza o senso comum não é sua verdade ou falsidade, é a 
ausência de crítica, fundamentação e coerência dessas concepções. O senso 
comum é transmitido no cotidiano, por meio da cultura e hábitos, de pende de 
julgamento e de valores. Muitas vezes essas concepções do senso comum se 
transformam em ditados populares. O senso comum lida com opiniões e pré- 
conceitos, noções parciais e com julgamentos da realidade. 
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Ciência 
 
 
 
 
 
A ciência produz um conhecimento sistemático e empiricamente 
fundamentado, a partir de um método racional. A partir da observação rigorosa, a 
ciência busca conhecer explicar a realidade forma objetiva, sem interferência de 
valores e julgamentos. A ciência trabalha com conceitos, quesão as noções 
elaboradas, testadas rigorosamente, comprovadas. Busca descobrir leis gerais que 
sejam válidas para várias situações particulares. 
 
 
Dogmatismo 
 
 
 
Dogmas são conhecimentos inquestionáveis, são noções estabelecidas sem 
contestação e crítica. O dogmatismo é a nossa crença de que o mundo existe e é 
exatamente igual ao que percebemos, por isso não é necessário criticar e refletir 
sobre a realidade. 
A atitude dogmática é a aceitação natural e espontânea diante das coisas do 
mundo: acreditamos e percebemos o mundo pronto e conhecido. É uma atitude 
conservadora, ou seja, queremos conservar o mundo e as coisas como já são 
naturalmente. Criamos idéias preconcebidas e rígidas em defesa desse mundo. 
A Atitude filosófica é o oposto da atitude dogmática - A atitude filosófica 
pressupõe a dúvida e a crítica, não aceitar como naturais as coisas, os fatos, as 
ideias os comportamentos, os valores da nossa vida cotidiana. É preciso desconfiar 
das opiniões e crenças estabelecidas pela sociedade e cultura, e, também, 
desconfiar das próprias opiniões e crenças. É a atitude que nos leva a analise, 
reflexão e critica. Ir além da aparência e buscar a essência das coisas, dos fatos, 
dos valores, opiniões. 
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Procurar saber o que é (significado), como é (estrutura) e por que é (causa) 
 
de algo. 
 
 
 
ÉTICA – DEFINIÇÃO 
 
 
 
O termo ética deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). 
Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana 
na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, 
possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora não 
possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça 
social. 
 
A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e 
culturais. Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores 
e princípios morais de uma sociedade e seus grupos. 
Cada sociedade e cada grupo possuem seus próprios códigos de ética. Num 
país, por exemplo, sacrificar animais para pesquisa científica pode ser ético. Em 
outro país, esta atitude pode desrespeitar os princípios éticos estabelecidos. 
Aproveitando o exemplo, a ética na área de pesquisas biológicas é denominada 
bioética. 
Além dos princípios gerais que norteiam o bom funcionamento social, existe 
também a ética de determinados grupos ou locais específicos. Neste sentido, 
podemos citar: ética médica, ética de trabalho, ética empresarial, ética educacional, 
ética nos esportes, ética jornalística, ética na política, etc. 
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Uma pessoa que não segue a ética da sociedade a qual pertence é chamado 
de antiético, assim como o ato praticado. A ética pode ser interpretada como um 
termo genérico que designa aquilo que é frequentemente descrito como a "ciência 
da moralidade", seu significado derivado do grego, quer dizer 'Casa da Alma', isto é, 
suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a 
determinada sociedade, seja de modo absoluto. 
Em Filosofia, o comportamento ético é aquele que é considerado bom, e, 
sobre a bondade, os antigos diziam que: o que é bom para a leoa, não pode ser bom 
à gazela. E, o que é bom à gazela, fatalmente não será bom à leoa. Este é um 
dilema ético típico. Portanto, de investigação filosófica, e devidas subjetividades 
típicas em si, ao lado da metafísica e da lógica, não pode ser descrita de forma 
simplista. Desta forma, o objetivo de uma teoria da ética é determinar o que é bom, 
tanto para o indivíduo como para a sociedade como um todo. Os filósofos antigos 
adotaram diversas posições na definição do que é bom, sobre como lidar com as 
prioridades em conflito dos indivíduos versus o todo, sobre a universalidade dos 
princípios éticos versus a "ética de situação". Nesta, o que está certo depende das 
circunstâncias e não de qualquer lei geral. E sobre se a bondade é determinada 
pelos resultados da ação ou pelos meios pelos quais os resultados são alcançados. 
O homem vive em sociedade, convive com outros homens e, portanto, cabe- 
lhe pensar e responder à seguinte pergunta: “Como devo agir perante os outros?”. 
Trata-se de uma pergunta fácil de ser formulada, mas difícil de ser respondida. Ora, 
esta é a questão central da Moral e da Ética. Enfim, a ética é julgamento do caráter 
moral de uma determinada pessoa. Como Doutrina Filosófica, a Ética é 
essencialmente especulativa e, a não ser quanto ao seu método analítico, jamais 
será normativa, característica esta, exclusiva do seu objeto de estudo, a Moral. 
Portanto, a Ética mostra o que era moralmente aceito na Grécia Antiga 
possibilitando uma comparação com o que é moralmente aceito hoje na Europa, por 
exemplo, indicando através da comparação, mudanças no comportamento humano 
e nas regras sociais e suas consequências, podendo daí, detectar problemas e/ou 
indicar caminhos. 
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DOUTRINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como Doutrina Filosófica, a Ética é essencialmente especulativa e, a não ser 
quanto ao seu método analítico, jamais será normativa, característica esta, exclusiva 
do seu objeto de estudo, a Moral. Portanto, a Ética mostra o que era moralmente 
aceito na Grécia Antiga possibilitando uma comparação com o que é moralmente 
aceito hoje na Europa, por exemplo, indicando através da comparação, mudanças 
no comportamento humano e nas regras sociais e suas consequências, podendo 
daí, detectar problemas e/ou indicar caminhos. Além de tudo ser Ético é fazer algo 
que te beneficie e, no mínimo, não prejudique o "outro". 
Eugênio Bucci, em seu livro Sobre Ética e Imprensa, descreve a ética como 
um saber escolher entre "o bem" e "o bem" (ou entre "o mal" e o mal"), levando em 
conta o interesse da maioria da sociedade. Ao contrário da moral, que delimita o que 
é bom e o que é ruim no comportamento dos indivíduos para uma convivência 
civilizada, a ética é o indicativo do que é mais justo ou menos injusto diante de 
possíveis escolhas que afetam terceiros. 
 
 
VISÃO 
 
 
 
A ética tem sido aplicada na economia, política e ciência política, conduzindo 
a muitos distintos e não-relacionados campos de ética aplicada, incluindo: ética nos 
negócios e Marxismo. 
Também tem sido aplicada à estrutura da família, à sexualidade, e como a 
sociedade vê o papel dos indivíduos, conduzindo a campos da ética muito distintos e 
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não-relacionados, como o feminismo e a guerra, por exemplo. A visão descritiva da 
ética é moderna e, de muitas maneiras, mais empírica sob a filosofia Grega clássica, 
especialmente Aristóteles. 
Inicialmente, é necessário definir uma sentença ética, também conhecido 
como uma afirmativa normativa. Trata-se de um juízo positivo ou negativo (em 
termos morais) de alguma coisa. Sentenças éticas são frases que usam palavras 
como bom, mau, certo, errado, moral, imoral, etc. 
Aqui vão alguns exemplos: 
 
• “Salomão é uma boa pessoa” 
 
• “As pessoas não devem roubar” 
 
• “A honestidade é uma virtude”Em contraste, uma frase não ética precisa ser uma sentença que não serve 
para uma avaliação moral. Alguns exemplos são: 
• “Salomão é uma pessoa alta” 
 
• “As pessoas se deslocam nas ruas” 
 
"João é o chefe". 
 
 
 
ÉTICA NAS CIÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 
A principal lei ética na robótica é que: 
 
• Um robô jamais deve ser projetado para machucar pessoas ou lhes fazer mal na 
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• Um assunto que é bastante polemico é a clonagem: uma parte dos ativistas 
considera que, pela ética e bom senso, a clonagem só deve ser usada, com seu 
devido controle, em animais e plantas somente para estudos biológicos - nunca para 
clonar seres humanos. 
Podemos pensar sobre moral de três maneiras diferentes. Primeiro, podemos 
indagar se uma ação particular ou tipo de ação é certa ou errada. O aborto ou a 
eutanásia são certos ou errados? Mentir pode ser admissível? Esse tipo de 
pensamento é chamado ética prática, e todos que já defenderam ou condenaram 
alguma ação com base na moral adotaram algum tipo de ética prática. 
Como encontrar as respostas para perguntas desse tipo? A ética normativa, 
que determina o pensar sobre certo e errado ou bom e mau, desenvolve teorias 
gerais sobre o que é certo e o que é bom que podemos usar em casos práticos. 
Podemos tentar entender essas ideias considerando nossas próprias ações; ou 
examinando suas consequências; ou considerando o tipo de pessoas que podemos 
ser ou nos tornar. 
A terceira maneira de pensar crítica e reflexivamente sobre moral é a 
metaética (“meta” é uma palavra grega que significa “acima”, “além” ou “após”). A 
metaética é o estudo das próprias ideias de certo e errado, bom e mau – os 
conceitos que a ética presume. 
A ideia de que a moral se funda na natureza humana foi usada na ética 
normativa e na metaética. A moral diz respeito não só a situações práticas, mas a 
ideias sobre a natureza humana e sobre como “valores morais” se inserem em 
nossa concepção científica do mundo. 
 
 
 
ÉTICA DA VIRTUDE 
 
 
 
 
 
Veja a charge e reflita! Essa situação parece ser brincadeira, mas infelizmente 
acontece nas melhores cidades. 
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Essa charge serve para pensarmos sobre o que é ser uma pessoa virtuosa. 
 
Uma pessoa virtuosa é alguém que tem traços de caráter moralmente bons. 
Podemos afirmar que uma ação é certa se for uma ação que uma pessoa virtuosa 
praticaria. Uma ação certa expressará, então traços de caráter moralmente bons e é 
isso que a torna certa. P. ex., dizer a verdade expressa sinceridade. 
O caráter envolve as propensões de uma pessoa ligada ao que, em diferentes 
circunstâncias, ela sente e pensa, ao modo como reage, aos tipos de escolhas que 
faz e ações que pratica. Assim, alguém é irascível se é propenso a se irritar 
rapidamente e com frequência, ou imoderado se fica bêbado muitas vezes e 
excessivamente. Uma virtude de caráter é um traço de caráter que nos dispõe a 
sentir desejos e emoções “bem”, e não “mal”. 
Nosso principal objetivo, portanto, deveria ser desenvolver as virtudes, pois 
então saberemos o que é certo fazer e desejaremos fazê-lo. Aristóteles afirma que 
virtudes são qualidades que nos ajudam a “viver bem”: uma conquista definida pela 
natureza humana. Seu termo para “viver bem”- eudaimonia - foi traduzido por 
“felicidade”, mas a ideia é mais próxima de “florescimento”. Temos uma ideia do que 
é “florescer” para uma planta ou animal, e podemos fazer uma análise de suas 
necessidades e julgar quando serão atendidas. Segunda a teoria da virtude, a 
filosofia moral deveria se ocupar de definir condições similares para o crescimento 
nas vidas dos seres humanos. Viver envolve, sobretudo, escolher e agir, mas 
também a natureza de nossas relações com outrem e o estado de nossa “alma”. 
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Virtude e razão 
 
 
 
Por ser racional, para viver o bem o 
ser humano deve viver “em conformidade 
com a razão.” Se sentimos emoções e 
desejos, e fazemos escolhas “bem” 
(virtuosamente), sentimos e escolhemos 
“nos momentos certos, com referência aos 
objetos certos, com respeito às pessoas 
certas, com o motivo certa e da maneira 
certa”. A virtude da sabedoria prática nos ajuda a saber o que é “certo” em cada 
 
caso. 
 
Trata-se de conhecimento prático de como viver uma boa vida. Eu preciso ser 
capaz de compreender minha situação e como agir nela. Mas as circunstâncias 
sempre diferem e assim, afirma Aristóteles, a compreensão ética não é algo que 
possa ser ensinado, pois o que pode ser ensinado é geral, não particular. Regras e 
princípios raramente se aplicam de maneira clara a situações reais. O conhecimento 
moral só é adquirido através da experiência. 
 
 
O meio-termo 
 
 
 
Aristóteles defende a ideia de que uma resposta ou ação virtuosa é 
intermediária: assim como há um momento certo para se irritar (ou sentir qualquer 
emoção em particular), algumas pessoas podem se zangar demais, por causa de 
coisas demais, com pessoas demais etc. Outras podem não se zangar o suficiente, 
ou em relação a objetos e pessoas suficientes (talvez não percebam que outros 
estão se aproveitando delas). A virtude é o estado intermediário entre os dois vícios, 
“demais” e “de menos”. Essa doutrina do meio-termo não afirma que, quando nos 
zangamos, deveríamos ficar apenas moderadamente zangados; devemos ficar tão 
zangados quanto à situação exige. 
A doutrina do meio-termo não ajuda muito na prática. Primeiro “demais” e “de 
menos” não são quantidades numa única escala. Saber o “momento certo, o objeto 
certo, a pessoa certa, o motivo certo, a maneira certa” é bem complicado. Segundo, 
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utos ou por cobiça, as ações po 
rais são uma parte real do mu 
expressões de crenças que po 
o o mudo é – das propriedades
 
 
 
não há uma noção independente de “intermediário” que nos indique com que 
frequência e em que grau devemos nos zangar. 
No entanto, a teoria da virtude não pretende fornecer um método exato para 
tomar decisões. A virtude prática não é um conjunto de regras, mas fornece algum 
tipo de orientação. Sugere que concebamos as situações em termos das virtudes. 
Em vez de perguntar “Poderiam todos fazer isto?”, como Kant sugere, ou “O que 
trará as melhores consequências?”, como o utilitarismo sugere, podemos fazer uma 
série de perguntas: “Essa ação seria bondosa/corajosa/leal...?” Se concebemos as 
ações como expressões de virtude, essa abordagem pode ser muito útil. 
 
 
 
A REALIDADE DA MORALIDADE 
 
 
 
O estudo de conceitos éticos – certo e 
errado, bom e mau – e de sentenças que 
usam esses conceitos é chamado metaética. 
Na metaética, os filósofos debatem se há 
verdades morais universais, ou se a 
moralidade é simplesmente uma expressão 
de emoções ou costumes culturais. 
O “realismo moral” afirma que bom e 
mau são propriedades de situações e 
pessoas, e certo e errado são propriedades 
de ações. Assim como podem ser altas ou 
velozes, as pessoaspodem ser boas ou más. 
Assim como podem ser praticadas em dez min dem 
ser certas ou erradas. Essas propriedades mo ndo. 
Declarações como “Assassinato é errado” são dem 
ser verdadeiras ou falsas, dependendo de com que 
uma ação, pessoa ou situação realmente têm. 
O realismo moral é, para muitos, a posição de “senso comum” em ética. 
Muitos acreditam que as coisas são realmente certas ou erradas; não são nossas 
ideias que as tornam assim. Nossa experiência da moralidade também sugere o 
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realismo moral. Primeiro, podemos cometer erros. As crianças fazem com 
frequência; precisamos ensinar-lhes o que é certo e errado. Se certo e errado na 
moral não envolvessem fatos, não seria possível cometer erros. 
Segundo, a moralidade parece uma exigência feita a partir de “fora”. Sentimo- 
nos responsáveis por um padrão de comportamento que independe do que 
queremos. A moralidade não é determinada pelo que pensamos a seu respeito. 
Terceiro, muitos acreditam em progresso moral. Mas como isso é possível, a 
menos que algumas ideias sobre moralidade sejam melhores que outras? E como 
isso é possível, a menos que haja fatos sobre a moralidade? Mais que um 
sentimento? 
Por outro lado, sabemos que há diferenças culturais em crenças morais, o 
que pode levar alguns a abandonar o realismo moral pelo relativismo. Mas a 
tolerância das diferenças culturais tende a ser muito limitada. P. ex., poucos 
parecem pensar que, pelo fato de o assassinato de membros de outras tribos ou a 
circuncisão feminina serem moralmente permissíveis em algumas sociedades, isto 
os tornam certos, até mesmo nessas sociedades. Mas sabemos que, diferentemente 
de outras crenças, a moralidade desperta fortes emoções e é difícil resolver disputas 
morais. Se tendermos a pensar que isso ocorre porque não há fatos morais, 
podemos ser levado ao emotivismo. 
 
 
Fatos e Valores 
 
 
 
Eis a questão: se há fatos sobre 
certo e errado, de que tipo são? Como 
pode um valor (um “fato” moral) ser algum 
tipo de fato? Valores relacionam-se com 
avaliações. Se ninguém avaliasse nada, 
haveria valores? Fatos são parte do 
mundo. O fato de que dinossauros 
vagaram pela Terra há milhões de anos 
seria verdade, mesmo se nunca 
tivéssemos descoberto isso. Mas é mais 
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difícil acreditar que valores “existam” independentemente de nós e de nosso 
 
discurso sobre eles. 
 
Essa comparação é injusta. Há muitos fatos – relativos p.ex. a estar 
enamorado, ou à música – que “dependem” de seres humanos e de suas atividades 
(não haveria amor se ninguém amasse). Mas continuam sendo fatos, porque 
independem de nossos juízos e são tornados fatos pelo modo como o mundo – 
nesse caso o mundo humano – é. Podemos nos enganar quanto a alguém estar 
apaixonado, ou quanto a uma música ser de estilo barroco ou clássico. 
A teoria da virtude propõe uma explicação possível para a relação entre fatos 
morais e fatos naturais. Afirma que julgar um ato como certo depende de ser ele 
algo que uma pessoa virtuosa faria. Uma pessoa virtuosa é alguém que tem 
virtudes: traços de caráter que lhe permitem viver uma boa vida. O que é uma boa 
vida depende da natureza humana, e esta é uma questão de fato objetiva. Assim, 
fatos morais sobre boa vida e sobre ações certas estão estreitamente relacionados 
com a natureza humana, nossos desejos universais, necessidades e capacidades 
de raciocinar. 
 
 
A moralidade é relativa? 
 
 
 
Como explicar que a moralidade 
varie de cultura para cultura? 
Poderíamos alegar que diferentes 
culturas, com suas diferentes práticas 
éticas, tentam todas chegar à verdade 
sobre a ética, tal como cientistas tentam encontrar a verdade sobre o mundo. Ou 
podemos dizer que práticas éticas são apenas parte do modo de vida de uma 
cultura. Isto é o que dirá o relativista. Segundo ele, duas culturas que discordem 
sobre uma prática moral estão de fato fazendo afirmações que são “verdadeiras 
para cada uma delas”. 
Não tendemos a dizer o mesmo sobre afirmações científicas (p.ex., segundo 
algumas culturas as estrelas eram alfinetadas no tecido do céus –mas elas estavam 
erradas). Por que não? Porque temos uma ideia diferente de como discordâncias 
científicas podem ser resolvidas. No caso da ciência, a melhor explicação é que as 
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teorias científicas acerca das quais concordamos representam como o mundo é ou 
seja, o mundo guia nossas investigações, e confirmamos ou refutamos hipóteses 
através de experimentos, até chegarmos a certo entendimento sobre como é o 
mundo. A ciência investiga o mundo físico. Examinando a história da cultura e o 
desenvolvimento das práticas áticas, é difícil ver como diferentes culturas poderiam 
descobrir “a verdade” sobre moralidade e conduta ética para um único mundo ético. 
Segundo relativismo, as práticas éticas se desenvolveram para ajudar as 
pessoas a se orientarem no mundo social. Mas há muitos mundos sociais e muitas 
culturas, e ao longo do tempo as pessoas desenvolveram diferentes maneiras de 
fazer as coisas. 
Assim, não há um único mundo social que possa guiar práticas éticas pra 
uma concordância geral. Isto não significa que todas as práticas sócias sejam 
aceitáveis – que nenhum indivíduo ou prática possa ser condenado moralmente. As 
pessoas erram o tempo todo, e o relativismo não o nega. Mas afirma que, para 
condenar uma ação ou prática, deveríamos usar recursos da cultura à qual ela 
pertence. Não podemos julgar uma prática de fora de suas culturas. 
 
 
OBJETO E OBJETIVO DA ÉTICA 
 
 
 
A Ética, enquanto ramo do 
conhecimento tem por objeto o 
comportamento humano do interior 
de cada sociedade. O estudo desse 
comportamento, com o fim de 
estabelecer os níveis aceitáveis que 
garantam a convivência pacífica 
dentro das sociedades e entre elas, 
constitui o objetivo da ética. 
Lisboa (1997, p.22) diz que, o 
objeto da ética é o comportamento 
humano no interior de cada sociedade e o estudo desse comportamento, com o fim 
de estabelecer os níveis aceitáveis que garantam a convivência pacifica dentro das 
sociedades e entre elas, constitui o objetivo da ética. Tudo o que está envolvido na 
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sociedade para uma boa convivência com referência às regras morais e ao 
comportamento humano, faz parte do objeto e objetivo da Ética. 
Para Srour (2000, p.29), os costumes das coletividades e as morais formam 
os objetos da ética. O objetivo é a melhor maneira de agir coletivamente, 
qualificando o bem e o mal, o permitido e o proibido, o certo e o errado, a virtude e o 
vício. Então, o que é realmente estudado pela Ética? As morais históricas, as 
relações e as condutas dos agentes sociais. E o que é a moral? Conjunto de regras 
consideradas válidas, de modo absoluto, para qualquer tempo ou lugar, grupo ou 
pessoa determinada; discursosque servem de trilhos para as relações sociais e aos 
comportamentos dos agentes. 
Segundo Stoner (1995, p.77), são os objetos da ética: os direitos e deveres 
das pessoas, as regras morais. E o objetivo é a melhor maneira de tomar decisões 
referentes ao convívio com as pessoas. 
 
 
FUNÇAO DA ETICA 
 
 
 
Em qualquer sociedade que 
se observe, será sempre notada a 
existência de dilemas morais em seu 
interior. Os dilemas morais são um 
reflexo das ações das pessoas, e 
surgem a partir do momento em que, 
diante de uma situação qualquer, a 
ação de um indivíduo ou de um 
grupo de indivíduos, contraria aquilo 
que genericamente a sociedade 
estabeleceu como padrão de comportamento para aquela situação. 
 
O comportamento das pessoas, enquanto fruto dos valores nos quais cada 
um acredita, sofre alterações ao longo da história. Tal fato significa que aquilo que 
sempre foi considerado como um comportamento amoral pode, a partir de 
determinado momento, passar a ser visto como um comportamento adequado à luz 
da moral. Quando, por exemplo, um país se envolve em uma guerra, os habitantes 
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desse país (ou pelo menos grande parte deles) estão assumindo um comportamento 
que normalmente condenam em tempo de paz, qual seja, matar seus semelhantes. 
Os problemas relacionados com o comportamento do ser humano encontram- 
se inseridos no campo de preocupações da Ética. Ainda que não torne os indivíduos 
“moralmente perfeitos”, a Ética tem por função investigar e explicar o comportamento 
das pessoas ao longo das várias fases da história. Essa função apresenta-se como 
de grande relevância, tanto no sentido de se entender o passado, quanto de servir 
como parâmetro para fixação de comportamentos “padrões”, aceitos pela maioria, 
visando a diminuir o nível de conflitos de interesses dentro da sociedade. 
 
 
HISTÓRICO 
 
 
 
Historicamente, a ideia de Ética 
surgiu na antiga Grécia, por volta de 500 
– 300 a.C, através das observações de 
 
Sócrates e seus Discípulos. 
 
 
 
Ética Grega 
 
 
 
A ética surge na Grécia, quando os filósofos de cultura ocidental apontam 
suas teorias aos “contemporâneos dos mistérios do universo e das forças cósmicas 
(cosmogonia), para a essência moral e o caráter dos indivíduos” (GALVÃO, 2002, p. 
4), então o homem passa a ser objeto de pesquisa, iniciando a temática do discurso 
moral e político como forma de enquadramento social, e essa tendência movimenta 
o mundo das ideias, que, percorre em diversos períodos na visão de filósofos até os 
dias atuais. 
Sócrates (470-399 a.C.) considerou o problema ético individual como o 
problema filosófico central e a ética como sendo a disciplina em torno da qual 
deveriam girar todas as reflexões filosóficas. Para ele ninguém pratica 
voluntariamente o mal. Somente o ignorante não é virtuoso, ou seja, só age mal, 
quem desconhece o bem, pois todo homem quando fica sabendo o que é bem, 
reconhece-o racionalmente como tal e necessariamente passa a praticá-lo. Ao 
praticar o bem, o homem sente-se dono de si e consequentemente é feliz. A virtude 
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seria o conhecimento das causas e dos fins das ações fundadas em valores morais 
identificados pela inteligência e que impelem o homem a agir virtuosamente em 
direção ao bem. 
Platão (427-347 a.C.) ao examinar a ideia do Bem a luz da sua teoria das 
ideias, subordinou sua ética à metafísica. Sua metafísica era a do dualismo entre o 
mundo sensível e o mundo das ideias permanentes, eternas, perfeitas e imutáveis, 
que constituíam a verdadeira realidade e tendo como cume a ideia do Bem, 
divindade, artífice ou demiurgo do mundo. 
Aristóteles (384-322 a.C.), não só organizou a ética como disciplina 
filosófica, mas além disso, formulou a maior parte dos problemas que mais tarde 
iriam se ocupar os filósofos morais: relação entre as normas e os bens, entre a ética 
individual e a social, relações entre a vida teórica e prática, classificação das 
virtudes, etc. Sua concepção ética privilegia as virtudes (justiça, caridade e 
generosidade), tidas como propensas tanto a provocar um sentimento de realização 
pessoal àquele que age quanto simultaneamente beneficiar a sociedade em que 
vive. A ética aristotélica busca valorizar a harmonia entre a moralidade e a natureza 
humana, concebendo a humanidade como parte da ordem natural do mundo sendo, 
portanto uma ética conhecida como naturalista. 
 
 
Ética Medieval 
 
 
 
Na idade média, os valores éticos são marcados pela influência da religião 
católica e suas doutrinas. O cristianismo que se tornou a religião oficial de Roma a 
partir do século IV, sobreviveu ao fim do império e ganhou força sobre as ruínas da 
sociedade antiga imperou seu domínio por dez séculos. Neste período a igreja 
enriqueceu e manteve um forte domínio sobre o modo de pensar fazendo com que o 
teocentrismo passasse a definir as formas de ver e sentir, contribuindo para a 
formação ética medieval. Para a ética cristã medieval a igualdade só podia ser 
espiritual ou no futuro para um mundo sobrenatural e a mensagem cristã tinha um 
conteúdo moral, não havendo proposta por uma igualdade real dos seres 
humanos.Com isto, a ética cristã procura regular o comportamento dos humanos 
com vistas ao outro mundo, sendo o valor supremo encontrado em Deus. 
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Teorias Éticas Fundamentais 
 
 
 
Santo Agostinho (354-430). Fundamentou a moral cristã, com elementos 
filosóficos da filosofia clássica. O objetivo da moral é ajudar os seres humanos a 
serem felizes, mas a felicidade suprema consiste num encontro amoroso do homem 
com Deus. Só através pela graça de Deus podemos ser verdadeiramente felizes. 
St. Tomás Aquino (1225-1274). No essencial concorda com Santo 
Agostinho, mas procura fundamentar a ética tendo em conta as questões colocadas 
na antiguidade clássica por Aristóteles. 
 
 
Ética Moderna (Séc. XV-XVII) 
 
 
 
A filosofia moderna reduz o 
homem à Razão. A ética doutrinante 
deste século é a ética moderna. Aqui 
neste período, a ética se caracteriza 
pelo contraste à ética Teocêntrica e 
Teológica da Idade Média. A ética 
moderna surge com a sociedade que 
sucede a sociedade feudal da Idade 
Média, moldada pelas consequências da Reforma Protestante que provoca um 
retorno aos princípios básicos da tradição cristã, porém o individuo passa a ter 
responsabilidades, tomadas como mais importantes que obediências aos ditames 
religiosos e a autoridades e costumes, assim, com essa transformação, em varias 
ordens, leva o surgimento da ética moderna. 
Neste período ocorrem mudanças na Ciência, na Política, na Economia, na 
Arte e principalmente na Religião, onde se transfere o centro de Deus para o homem 
que passa a adquirir um valor pessoal, que “[...] acabará por apresentar-se como o 
absoluto, ou como o criador ou legislador em diferentes domínios, incluindo nestes a 
moral” (VASQUEZ, 1978, p. 248). 
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Teorias éticas fundamentais da idade moderna 
 
 
 
Descartes (1596-1650). Este filósofo simboliza toda a fé que a IdadeModerna deposita na razão humana. Só ela nos permitiria construir um 
conhecimento absoluto. Em termos morais mostrou-se, todavia muito cauteloso. 
Neste caso reconheceu que seria impossível estabelecer princípios seguros para a 
ação humana. Limitou-se a recomendar uma moral provisória de tendência estóica: 
O seu único princípio ético consistia em seguir as normas e os costumes morais que 
visse a maioria seguir, evitando deste modo rupturas ou conflitos. 
John Locke (1632-1704). Este filósofo parte do princípio que todos os 
homens nascem com os mesmos direitos (Direito á Liberdade, à Propriedade, à 
Vida). A sociedade foi constituída, através de um contrato social, que visava garantir 
e reforçar estes mesmos direitos. Neste sentido, as relações entre os homens 
devem ser pautadas pelo seu escrupuloso respeito. 
David Hume (1711-1778). Defende que as nossas ações são em geral 
motivadas pelas paixões. Os dois princípios éticos fundamentais são a utilidade e a 
simpatia. 
 
 
Ética contemporânea (Séc. XIX-XX) 
 
 
 
 
 
O Utilitarismo ou Universalismo 
Ético. Este é formulado por Jeremy 
Bentham (1748-1832). A maior felicidade 
para o maior número de pessoas. Esta 
ética é chamada “moral do bem estar”, o 
bem é útil para o individuo e o coletivo. 
A ética contemporânea também 
surge numa época de progressos em 
varias ordens, e exercem seus influxos 
até os dias de hoje. “No plano filosófico, a ética contemporânea se apresenta em 
suas origens como uma reação contra o formalismo e o racionalismo abstrato 
kantiano” (VASQUEZ, 1978, p. 251), e também no racionalismo de Hegel. 
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Éticas Fundamentais Contemporâneas 
 
 
 
Kant (1724-1804). Partindo de uma concepção universalista do homem, 
afirma que este só age moralmente quando, pela sua livre vontade, determina as 
suas ações com a intenção de respeitar os princípios que reconheceu como bons. O 
que o motiva, neste caso, é o puro dever de cumprir aquilo que racionalmente 
estabeleceu sem considerar as suas consequências. A moral assume assim, um 
conteúdo puramente formal, isto é, não nos diz o que devemos fazer (conteúdo da 
ação), mas apenas o princípio (forma) que devemos seguir para que a ação seja 
considerada boa. 
Sartre. A moral é uma criação do próprio homem que se faz a si próprio 
através das suas escolhas em cada situação. O relativismo é total. Mas este fato 
não o desculpa de nada. A sua responsabilidade é total dado que ele é livre de agir 
como bem entender. A escolha é sempre sua. 
Habermas (1929). Após a 2ª Guerra Mundial, Habermas surge a defender 
uma ética baseada no diálogo entre indivíduos em situação de equidade e 
igualdade. A validade das normas morais depende de acordos livremente discutidos 
e aceites entre todos os implicados na ação. 
Hans Jonas (1903-1993). Perante a barbárie quotidiana e a ameaça da 
destruição do planeta, Hans Jonas, defende uma moral baseada na 
responsabilidade que todos temos em preservar e transmitir às gerações futuras 
uma terra onde a vida possa ser vivida com autenticidade. Daí o seu princípio 
fundamental: "Age de tal modo que os efeitos da tua ação sejam compatíveis com a 
permanência da uma vida humana autêntica na terra". 
Crítica. Ao longo de todo o século XIX e XX sucederam-se as teorias que 
denunciaram o caráter repressivo da moral, estando muitas vezes ao serviço das 
classes dominantes (Karl Marx, 1818-1883) ou dos fracos (Nietzsche,1844- 
1900).Outros demonstram a falta de sentido dos conceitos éticos, como "Dever", 
"Bom" e outros (Alfred J.Ayer), postulando o seu abandono por se revelarem pouco 
científicos. Sigmund Freud (1856-1939) demonstrou o caráter inconsciente de 
muitas das motivações morais. Um das correntes que maior expressão teve no 
século XX, foi a que procurou demonstrar que as raízes biológicas da moral, 
comparando o comportamento dos homens e de outros animais. 
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Aquilo que denominamos por "ética" é apresentado como uma forma 
camuflada ou racionalizada de instintos básicos da nossa natureza animal idênticos 
a outros animais. 
Novas Problemáticas. As profundas transformações sociais, culturais e 
científicas das nossas sociedades colocaram novos problemas éticos, 
nomeadamente em domínios como a tecnociência (clonagem, manipulação 
genética, eutanásia, etc), ecologia, comunicação de massas, etc. 
 
 
IMPORTÂNCIA DA ÉTICA 
 
 
 
 
A importância da ética hoje se dá 
pela necessidade, por uma questão de 
sobrevivência; considerando que a 
humanidade passa por um momento de 
anseio por uma vida melhor e acima de 
tudo digna e feliz. Podemos dizer que o 
tema mais ecumênico que existe 
atualmente é o da dignidade humana, 
vida com qualidade e por fim, a felicidade. No entanto percebemos que o mundo se 
tornou um caos, e o homem como um todo se encontra perdido em meio a tanta 
confusão; é o verdadeiro “jogo dos interesses”. O comportamento ético não consiste 
exclusivamente em fazer o bem a outrem, mas em exemplificar em si mesmo o 
aprendizado recebido. É o exercício da paciência em todos os momentos da vida, a 
tolerância para com as faltas alheias, a obediência aos superiores em uma 
hierarquia, o silêncio ante uma ofensa recebida. 
 
 
CIDADANIA 
 
 
 
É muito importante entender bem o que é cidadania. Trata-se de uma palavra 
usada todos os dias, com vários sentidos. Mas hoje significa, em essência, o direito 
de viver decentemente. 
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Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em 
quem quiser sem constrangimento. É poder processar um médico que age de 
negligencia. É devolver um produto estragado e receber o dinheiro de volta. É o 
direito de ser negro, índio, homossexual, mulher sem ser descriminado. De praticar 
uma religião sem se perseguido. 
Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania: 
respeitar o sinal vermelho no transito, não jogar papel na rua, não destruir telefones 
públicos. Por trás desse comportamento está o respeito ao outro. 
 
 
Conceito: 
 
 
 
No sentido etimológico da palavra, cidadão deriva da palavra civita, que em 
latim significa cidade, e que tem seu correlato grego na palavra politikos – aquele 
que habita na cidade. 
Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, “cidadania é a 
qualidade ou estado do cidadão”, entende-se por cidadão “o indivíduo no gozo dos 
direitos civis e políticos de um estado, ou no desempenho de seus deveres para com 
este”. Cidadania é a pertença passiva e ativa de indivíduos em um estado - nação 
com certos direitos e obrigações universais em um específico nível de igualdade 
(JANOSKI, 1998). 
No sentido ateniense do termo, cidadania é o direito da pessoa em participar 
das decisões nos destinos da Cidade através da Ekklesia (reunião dos chamados de 
dentro para fora) na Ágora (praça pública, onde se agonizava para deliberar sobre 
decisões de comum acordo). Dentro desta concepção surge a democracia grega, 
onde somente 10% da população determinavam os destinos de toda a Cidade (eram 
excluídos os escravos, mulheres e artesãos). 
 
 
O que é ser cidadão?Ser cidadão é respeitar e participar das 
decisões da sociedade para melhorar suas vidas e 
a de outras pessoas. Ser cidadão é nunca se 
esquecer das pessoas que mais necessitam. A 
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cidadania deve ser divulgada através de instituições de ensino e meios de 
comunicação para o bem estar e desenvolvimento da nação. 
A cidadania consiste desde o gesto de não jogar papel na rua, não pichar os 
muros, respeitar os sinais e placas, respeitar os mais velhos (assim como todas às 
outras pessoas), não destruir telefones públicos, saber dizer obrigado, desculpe, por 
favor e bom dia quando necessário... até saber lidar com o abandono e a exclusão 
das pessoas necessitadas, o direito das crianças carentes e outros grandes 
problemas que enfrentamos em nosso mundo. 
 
 
 
DIREITOS E DEVERES DO CIDADÃO 
 
 
 
Na constituição brasileira os artigos referentes a esse assunto podem ser 
encontrados no Capítulo I, Artigo 5º que trata dos Direitos e Deveres Individuais e 
Coletivos. Cada um de nós tem o direito de viver, de ser livre, de ter sua casa, de ser 
respeitado como pessoa, de não ter medo, de não ser pisado por causa de seu 
sexo, de sua cor, de sua idade, de seu trabalho, da cidade de onde veio da situação 
em que está, ou por causa de qualquer outra coisa. 
Qualquer ser humano é nosso 
companheiro porque tem os mesmos 
direitos que nós temos. Esses direitos são 
sagrados e não podem ser tirados de nós; 
se forem desrespeitados, continuamos a 
ser gente e podemos e devemos lutar 
para que eles sejam reconhecidos. Às 
vezes cidadãos se veem privados de 
usufruírem de seus direitos por que vivem 
cercados de preconceito e racismo é 
incrível, mas ainda nos dias de hoje 
encontramos pessoas que se sentem no direito de impedir os outros de viverem uma 
vida normal só porque não pertencem a mesma classe social, raça ou religião que a 
sua. Nós cidadãos brasileiros temos direitos e devemos fazer valer o mesmo 
independente do que temos ou somos, ainda bem que a cada dia que passa muitas 
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pessoas estão se conscientizando e acabando com o preconceito e aquelas que 
acabam sofrendo por isso estão correndo atrás de seus direitos. 
Mas como cidadãos brasileiros não têm apenas direitos, mas deveres para 
com a nação, além de lutar pelos direitos iguais para todos, de defender a pátria, de 
preservar a natureza, de fazer cumprir as leis e muito mais. Ser cidadão é fazer valer 
seus direitos e deveres civis e políticos, é exercer a sua cidadania. Com o não 
cumprimento do dever o cidadão brasileiro pode ser processado juridicamente pelo 
país e até mesmo privado de sua liberdade. Seguem abaixo alguns trechos da 
declaração dos direitos humanos e do cidadão. 
 
 
Declaração dos direitos humanos e do cidadão (alguns artigos) 
 
 
 
I - Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos; as distinções 
sociais não podem ser fundadas senão sobre a utilidade comum. 
II - O objetivo de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e 
imprescritíveis do homem; esses direitos são, à liberdade, à propriedade, à 
segurança e a resistência à opressão. 
III - O princípio de toda a soberania reside essencialmente na razão; nenhum corpo, 
nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane diretamente. 
IV - A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique a outrem. Assim, o 
exercício dos direitos naturais do homem não tem limites senão aqueles que 
asseguram aos outros membros da sociedade 
o gozo desses mesmos direitos; seus limites 
não podem ser determinados senão pela lei. 
V - A lei não tem o direito de impedir senão as 
ações nocivas à sociedade. Tudo o que não é 
negado pela lei não pode ser impedido e 
ninguém pode ser constrangido a fazer o que 
ela não ordenar. 
VI - A lei é a expressão da vontade geral; 
 
todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou por seus 
representantes, à sua formação; ela deve ser a mesma para todos, seja protegendo, 
seja punindo. Todos os cidadãos, sendo iguais a seus olhos, são igualmente 
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admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo sua 
capacidade e sem outras distinções que as de suas virtudes e de seus talentos. 
VII - Nenhum homem pode ser acusado, detido ou preso, senão em caso 
determinado por lei, e segundo as formas por ela prescritas. Aqueles que solicitam, 
expedem ou fazem executar ordens arbitrárias, devem ser punidos; mas todo 
cidadão, chamado ou preso em virtude de lei, deve obedecer em seguida; torna-se 
culpado se resistir. 
VIII - A lei não deve estabelecer senão penas estritamente necessárias, e ninguém 
pode ser punido senão em virtude de uma lei estabelecida e promulgada ao delito e 
legalmente aplicada. 
IX - Todo homem é tido como inocente até o momento em que seja declarado 
culpado; se for julgado indispensável para a segurança de sua pessoa, deve ser 
severamente reprimido pela lei. X - Ninguém pode ser inquietado por suas opiniões, 
mesmo religiosas, contanto que suas manifestações não perturbem a ordem pública 
estabelecida em lei. 
XI - A livre comunicação dos pensamentos e opiniões é um dos direitos mais 
preciosos do homem; todo o cidadão pode, pois, falar, escrever e imprimir 
livremente; salvo a responsabilidade do abuso dessa liberdade nos casos 
determinados pela lei. 
XII - A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública; 
essa força é então instituída para vantagem de todos e não para a utilidade 
particular daqueles a quem ela for confiada. 
XIII - Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração, 
uma contribuição comum é indispensável; ela deve ser igualmente repartida entre 
todos os cidadãos, em razão de suas faculdades. 
XIV - Os cidadãos têm o direito de constatar, por si mesmos ou por seus 
representantes, a necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente e 
de vigiar seu emprego, de determinar sua quota, lançamento, recuperação e 
duração. 
XV - A sociedade tem o direito de pedir contas de sua administração a todos os 
agentes do poder público. 
XVI - Toda a sociedade na qual a garantia dos direitos não é assegurada, nem a 
separação dos poderes determinada, não tem constituição. 
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XVII - A propriedade, sendo um direito inviolável, e sagrado, ninguém pode ser dela 
privado senão quando a necessidade pública, legalmente constatada, o exija 
evidentemente, e sob a condição de uma justa e prévia indenização. 
 
 
 
 
AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que você acha de obedecer regras, de cumprir ordens, de seguir caminhos 
que já foram preestabelecidos para você? É provável que você e muitos de seus 
colegas digam que não gostam de obedecer regras, e alguns cheguem mesmo a 
afirmar com uma pontinha de orgulho que só fazem aquilo que gostam ou que têm 
vontade... 
Pois saibam que não é bem assim que as coisas acontecem. Mesmo que 
você se considere um rebelde, você está muito mais dentro da ordem que imagina, 
principalmente se você

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