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0 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com Canais de Marketing e Distribuição Prof. MSc. Fernando Cabral de Melo Neto 2017 1 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com UNIDADE - I: CANAIS DE MARKETING E DISTRIBUIÇÃO 1. Introdução Ter um bom produto não basta. É necessário que esse produto chegue até o cliente certo, na quantidade certa e no momento ideal. Mas muitos fabricantes não dispõem de recursos financeiros para comercializar diretamente seus produtos. Custaria muito dinheiro para uma empresa de balas, por exemplo, montar pequenas lojas em todo o Brasil a fim de atender seu público ou mesmo despachar seu produto pelo correio. Para resolver isso, surgem os canais de distribuição, com seus intermediários, que suprem parte do trabalho do fabricante. Por meio de seus amplos contatos, experiências e escala de operação, os intermediários disponibilizam produtos e os tornam acessíveis ao mercado- alvo, preenchendo a lacuna de tempo e espaço entre quem fabrica e quem quer comprar. Eles representam, distribuem e podem até mesmo vender o que é produzido. Assim, podem oferecer a uma empresa mais eficiência e eficácia na distribuição. A seleção e o gerenciamento dos canais de distribuição são umas das atividades fundamentais do marketing. Engloba a construção de uma série de mecanismo se de uma rede por meio da qual a empresa chega ao mercado, mantém-se em contato com seus clientes e realiza uma série de atividades fundamentais, que vão desde a geração de demanda até a entrega física dos produtos. Os canais de distribuição podem desempenhar algumas tarefas para o negócio, como prestação de informações sobre o produto, customização, garantia de qualidade, oferta de produtos complementares, assistência técnica, pós-venda e logística. O objetivo principal é garantir a disponibilidade do produto para os clientes. 2 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com 2. Canais de Marketing e Distribuição Distribuição e transporte comumente são confundidos, assim existe a importância de ser apresentado a diferença entre esses dois elementos, que compreende: • Transporte: envolve deslocamento de maciços entre dois pontos. • Distribuição: envolve o deslocamento de produtos para o consumidor final Logo, quando se fala de Canal de Distribuição, deve-se compreender que é o caminho escolhido por uma empresa para fazer seus produtos chegarem aos consumidores certos, no local e no momento exato. Ou seja, canal de distribuição é a área do Marketing encarregada de colocar o produto adequado no momento e no local em que ele for necessitado pelos consumidores. Essas atividades começam quando a organização opta pelo tipo de canal que será usado para distribuir fisicamente seus produtos. Trata-se de uma importante etapa do Marketing, pois sem uma estrutura de distribuição eficaz uma empresa terá dificuldades de atingir seu público-alvo, mesmo comercializando bons produtos. Tradicionalmente a Distribuição configura-se como a continuação da função de vendas, onde se faz chegar o produto ao consumidor através de um Circuito de Distribuição (Souza, José Meireles: 2000). Circuito de Distribuição é um conjunto de pessoas ou organizações que promovem e facilitam a circulação dos produtos, desde o produtor até o consumidor final. Ou ainda, é o conjunto de entidades localizadas entre o produtor e o consumidor final e são designados como intermediários, e o número de intermediários vai determinar o tipo de Circuito de Distribuição. Souza (2000) aponta que tradicionalmente a distribuição configura-se como a continuação lógica da função de vendas, onde se faz chegar o produto ao consumidor através de um circuito de distribuição. Um Circuito de Distribuição é constituído pelo conjunto de pessoas ou organizações que promovem e facilitam a circulação dos produtos, desde o produtor até o consumidor final. O 3 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com número de intermediários vai determinar o tipo de Circuito de Distribuição, os tipos são: • Circuito Ultra Curto: É o circuito em que não existem intermediários, isto é, o produto transita diretamente do produtor para o consumidor final. Tendo como vantagem o controle pelo produtor e de proporcionarem um melhor conhecimento do mercado e desvantagem não permite uma grande dispersão geográfica • Circuito Curto: Circuito em que não existem grossistas (comércio que se caracteriza por os produtos para serem vendidos em grandes quantidades, geralmente a outros agentes comerciais, intermediários na cadeia que leva os produtos até ao consumidor final). Tendo como vantagem o produto transita do produtor para o retalhista, ou número reduzido de retalhistas; Os circuitos curtos permitem uma melhor cobertura do mercado; Requer uma rede de intermediários e desvantagem a empresa pode ficar dependente destes intermediários e perder o controle do Circuito. Circuito em que não requer intermediário, isto é, o produto transita do produtor para um distribuidor que entrega ao consumidor final. Os circuitos curtos permitem uma melhor cobertura do mercado; contudo, requerem uma rede de intermediários que, embora pequena. • Circuito Longo: É o Circuito que intervém o grossista e eventualmente outros intermediários tais como o importador ou o agente. São muito utilizados para os produtos de grande consumo que requerem reabastecimentos frequentes dos intermediários, possuindo maior abrangência. Segundo Stern (1996), os canais de distribuição são o conjunto de organizações interdependentes envolvidas no processo de tornar o produto ou serviço disponível para uso ou consumo. A expressão Distribuição representa o conjunto de meios utilizados para fazer com que o produto ou serviço chegue até ao consumidor final. Gonçalves (2004) afirma que as empresas estão cada vez mais terceirizando suas 4 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com atividades relacionadas à distribuição e focando suas atividades (forças) no core bussiness (negocio) da empresa. Os canais de distribuição selecionados por uma empresa são de difícil alteração, mantendo-se fixos por muito tempo, pois envolvem outras empresas, agentes, acordos comerciais, etc. A definição do canal de distribuição, com os serviços associados a ele, necessita de uma análise criteriosa de suas implicações sobre as operações logísticas. O processo de distribuição pode ser direto, sem a participação de terceiros, ou indireto, com a utilização do atacadista e/ou do varejista. Vários fatores podem orientar a escolha do melhor sistema de distribuição, como: classificação dos bens, disponibilidade de recursos, potencial de mercado, concentração geográfica dos clientes, necessidade de estocagem, complexidade do bem, grau de mudança tecnológica ou mudança de estilo e perecibilidade. Atacadistas são definidos e classificados como intermediários que se dedicam às funções de venda a varejistas, usuários comerciais, industriais e institucionais, agindo também como agentes de compra e venda de grandes volumes a clientes de grande porte em termos de volumes físicos e financeiros. Varejistas, são os maisnumerosas participantes dos sistemas de distribuição e são definidos como unidades de negócio que vendem bens e serviços para o público, para seu uso e benefício e em virtude de seu relacionamento com o público há uma grande analogia funcional entre a maioria destas empresas (BOWERSOX, 1992). É nos canais de distribuição que ocorre o encontro da empresa com seu consumidor final. A seleção dos varejistas constitui, portanto, um grande desafio para a empresa e tem impacto direto na tarefa de satisfazer as necessidades dos clientes. Vale ressaltar que as pessoas têm cada vez menos tempo e apesar de o ato da compra ser algumas vezes interessante, os consumidores racionalizam o tempo gasto nessa atividade. Dessa forma, pode-se dizer que a principal função 5 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com de um Canal de Distribuição é fazer com que o produto chegue rapidamente ao local em que os consumidores esperam encontrá-lo. Mas, colocar os produtos no lugar certo quando os consumidores se dispuserem adquiri-los varia conforme o público-alvo e o tipo de produto comercializado. Em função disso, veremos abaixo alguns tipos de estratégias de distribuição muito utilizadas pelas organizações: Sistema de Distribuição Direta Nesse tipo de distribuição a empresa não usa intermediários, pois ela vende seus produtos diretamente aos consumidores finais. Ou seja, o produtor tem o controle total das atividades mercadológicas até o recebimento dos produtos pelos consumidores finais. Os principais sistemas de distribuição direta são o sistema de venda porta-a-porta e a venda através de catálogo. No Brasil algumas organizações utilizam o sistema porta-a-porta com algum sucesso como Avon, Natura e Pierre Alexander. Para comercializarem produtos essas empresas utilizam promotoras autônomas como revendedoras e não vendedores contratados como funcionários. A vantagem desse sistema é que o fabricante exerce maior controle no processo de comercialização e a principal desvantagem é o alto custo de estruturar o sistema logístico de distribuição. A principal característica do sistema de venda por catálogo é que a empresa envia seu portfólio aos consumidores pelo correio. Mas, para isso é fundamental a existência de um cadastro de clientes potenciais para os tipos de produtos comercializados. O pedido é feito pelo consumidor diretamente à empresa via telefone ou caixa postal, o qual deverá ser processado com agilidade. As principais vantagens da venda por catálogo é que o sistema possibilita à empresa cobrir o mercado consumidor sem criar estrutura de filiais ou escritórios de vendas e, ao eliminar os varejistas intermediários, os preços dos produtos comercializados poderão ser mais baixos. Como não utiliza intermediário, o sistema está isento do custo das atividades de merchandising e, 6 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com além disso, os custos de propaganda também são menores – em relação ao uso de varejistas. Por outro lado, existem consumidores que gostam de manusear o produto antes da compra e, para eles, a venda por catálogo talvez não seja adequada. Outra desvantagem desse sistema é que, apesar da qualidade, o catálogo não provoca o efeito da compra por impulso na mesma intensidade que ocorre ao se visitar um Shopping Center – por exemplo. No Brasil, a experiência mais tradicional de venda por catálogo é a Hermes – uma empresa familiar do Rio de Janeiro que atua nesse segmento a 50 anos, distribuindo seu catálogo a mais de um milhão de pessoas. Envolvem bijuterias, cosméticos, lingerie, artigos para o lar, calçados e vestuário. Sistema de Distribuição Exclusiva Nesse sistema a empresa utiliza um ou poucos intermediários exclusivos a fim de atender a segmentos específicos do mercado consumidor. Os intermediários podem ser representantes comerciais – que levam o produto aos pontos do varejo – ou redes de lojas, as quais tenham a exclusividade na distribuição do produto. Uma das principais vantagens desse sistema é que ele permite uma parceria com a rede de distribuição que trabalha apenas com a marca do fabricante. Além disso, possibilita uma rápida expansão dos fabricantes, pois eles não precisam investir na formação dos pontos de venda e concentram seus recursos financeiros na produção. Após garantir grande fluxo de consumidores as lojas se tornam atrativas para outros produtos que sejam vantajosos para aqueles consumidores. Eventualmente o McDonald's promove eventos voltados para seu público alvo, realizados em conjunto com fabricantes diversos. Isso só é possível devido ao fluxo garantido que a rede de lojas assegura a seus parceiros nessas promoções. 7 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com Sistema de Distribuição Intensiva Visa colocar o produto no maior número possível de pontos de venda e é adequado para produtos de alto consumo, de compra frequente e preços unitários relativamente baixos. Disponibilizar o produto onde os consumidores esperam encontrá-lo é fundamental para bens de conveniência, pois é muito comum o consumidor trocar de marca caso não encontre aquela marca desejada. Os pontos de venda podem ser atingidos por equipes de venda dos próprios fabricantes, por representantes comerciais ou atacadistas distribuidores. Muitas organizações utilizam equipes próprias para atender grandes varejistas como hipermercados e redes de supermercados. Por outro lado, o restante do varejo pode ser coberto via atacadistas e/ou representantes comerciais sem vínculo empregatício. A BIC, a Coca-Cola, a Pepsi, a Unilever e a Gillette – por exemplo – utilizam esse sistema de distribuição. Para definir quais canais de distribuição utilizar em um negócio, é bom começar pela escolha da estratégia mais alinhada ao produto. A distribuição intensiva deve ser usada se o produto tem baixo valor unitário e alta frequência de compra, pois assim ele será encontrado na maior parte das prateleiras. Se for um produto que possa ser comparado com outro, é recomendada a distribuição seletiva, pois terá intermediários mais bem preparados para defender da melhor forma a marca. Se o produto requer um esforço especializado de venda ou investimentos em estoques e instalações específicas, deve-se optar pela distribuição exclusiva. A exclusividade garantirá um apoio adequado ao produto, determinando até mesmo uma imagem de maior valor e luxo. Seis ações podem ajudar a subsidiar a sua decisão sobre qual tipo de distribuição é mais adequada: • Avaliar mercados, reais e potenciais, a serem trabalhados. • Determinar as características, os comportamentos e as necessidades dos clientes, assim como a quantidade, a dispersão geográfica e a frequência de compra. 8 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com • Determinar as características essenciais dos produtos quanto à perecibilidade, dimensões e graus de padronização. • Definir as características dos intermediários quanto ao tipo de transporte, ao sistema de equipamentos e armazenagem utilizado, à tecnologia da informação, entre outros. • Avaliar as características ambientais relativas às condições locais, à umidade e à temperatura. • Avaliar as empresas envolvidas quanto à solidez financeira, aos produtos, aos níveis de serviço, ao marketing, à marca, entre outros. A Analise espacial como uma ferramenta que possibilita manipular dados espaciais de diferentes formas e extrair conhecimentoadicional como resposta. Incluindo funções básicas como consulta de informações espaciais dentro de áreas de interesse definidas, manipulação de mapas e a produção de alguns breves sumários estatísticos dessa informação; incorporando também funções como a investigação de padrões e relacionamentos dos dados na região de interesse, buscando, assim, um melhor entendimento do fenômeno e a possibilidade de se fazer predições. Um dos aspectos mais relevantes no planejamento de um sistema logístico é a definição da localização dos pontos que formam uma cadeia de suprimentos. Esses pontos são, normalmente, associados a fornecedores, produtores, armazéns, depósitos e clientes, ou quaisquer outros elementos de uma rede logística para os quais é possível demarcar sua posição geográfica. A definição da posição geográfica desses pontos contribui, sobremaneira, para reduzir custos de transportes, minimizar tempo de atendimento, maximizar a satisfação do cliente ou otimizar alguma medida de utilidade que reflita as estratégias adotadas por uma cadeia de suprimento. Tem-se, portanto de buscar métodos de análise que resolvam problemas de localização geográfica dos pontos de uma cadeia de suprimento, medindo de forma acurada as distâncias entre esses pontos e procurando situá-los de forma 9 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com otimizada sob restrições de capacidade de produção, transporte, tempos e custos. 2.1. Centro de distribuição Uma questão básica do gerenciamento logístico é como estruturar sistemas de distribuição capazes de atender de forma econômica os mercados geograficamente distantes das fontes de produção, oferecendo níveis de serviço cada vez mais altos em termos de disponibilidade de estoque e tempo de atendimento. Lacerda (2000) aponta que neste contexto, a atenção se volta para as instalações de armazenagem e como elas podem contribuir para atender de forma eficiente as metas estabelecidas de nível de serviço. A funcionalidade destas instalações dependerá da estrutura de distribuição adotada pela empresa. Os sistemas de distribuição física, segundo o mesmo autor, podem ser classificados em: sequenciais, diretos ou mistos. Os sistemas sequenciais ou escalonados apresentam como característica principal a grande quantidade de atividades não agregadoras de valor nos processos de produção e distribuição. Em sua maioria são projetados para tirar partido de consolidação, evitar faltas e oferecer pronta entrega aos clientes. Lacerda (2000) acrescenta que uma rede de distribuição escalonada possui um ou mais armazéns centrais e um conjunto de armazéns ou centros de distribuição avançados próximos das áreas de mercado. Os sistemas diretos são sistemas de distribuição onde os produtos são expedidos de um ou mais armazéns centrais diretamente para os clientes. Os sistemas mistos são sistemas de distribuição onde à empresa utiliza tanto o sistema escalonado como direto. Exemplo clássico são as empresas de bebida que, nos grandes centros onde possuem fábrica, entregam diretamente aos clientes finais (no caso donos de bares) e, para atender os locais distantes, fazem uso de CDs. 10 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com Atualmente, quase todas as grandes redes logísticas utilizam Centrais de Distribuição. Segundo Pozo (2004), cada empresa deve analisar a conveniência de se ter poucos ou muitos depósitos, ou seja, centralizar versus descentralizar a distribuição, em contraposição aos custos resultantes e à qualidade do serviço oferecido ao cliente. A escolha da localização de um centro de distribuição é mais do que simplesmente uma localização. Em geral uma tarefa atribuída aos gerentes de logística com objetivo principal de obter ganhos em econômica de escala na distribuição e reduções de custos de transporte. Nos últimos anos, os estudos de localização têm abrangido também projetos de canal logístico, como resultado da globalização da cadeia de suprimento e de considerações de marketing. De acordo com Dias (1985), o Centro de Distribuição (CD) é um armazém que tem por objetivo realizar a gestão dos estoques de mercadorias na distribuição física. Em geral este armazém recebe cargas consolidadas de diversos fornecedores. Estas cargas são então fracionadas com intuito de consolidar os produtos em quantidade e variedade corretas, para depois serem encaminhadas aos pontos de vendas, ou em alguns casos aos clientes finais, conforme ilustrado na Figura abaixo. Contudo pode ocorrer de existir apenas um fornecedor e para um CD e vários clientes, conforme a figura abaixo. 11 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com Os CDs transformam-se em polos geradores de carga, devendo, assim, ficar em área de fácil acesso e com infraestrutura adequada ao tipo de produto armazenado. Desta forma, sua localização é de extrema importância tanto para a velocidade da operação como para a qualidade do serviço prestado. Já a infraestrutura estará associada diretamente com a qualidade do serviço prestado, visto que determinados produtos precisam de armazenagem especial, como por exemplo, produtos refrigerados (Novaes, 2000). Segundo Lacerda (2000), o objetivo principal dos CDs é permitir uma resposta rápida às necessidades dos clientes de determinada área geográfica, normalmente distante dos centros produtores, e com isso melhorar o nível de serviço prestado. Já para Novaes (2000), o objetivo principal do CD é manter estoque a fim de suprir a cadeia logística. Estes objetivos se complementam, já que ambos focam o nível de serviço que a empresa quer proporcionar ao seu cliente final, sendo o mais importante atender ao cliente com o menor custo na hora e no local certo. A utilização do CD ao longo da cadeia logística faz-se necessária para servir como ponto de abastecimento intermediário entre as unidades produtoras e os consumidores finais. Isto proporciona um tempo de resposta mais rápido numa eventual necessidade de reposição. Desta forma, o CD tem um papel fundamental na cadeia logística. Quando operado de forma eficiente, permite o gerenciamento eficaz do fluxo de 12 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com mercadorias e informações, e como consequência há uma melhoria no nível de atendimento do cliente e reduções de custo. A implementação de centros de distribuição na cadeia de abastecimento surge na necessidade de se obter uma distribuição mais eficiente, flexível e dinâmica, isto é, capacidade de resposta rápida face a procuras cada vez menores, mais frequentes e especificadas. Farah (2002) compartilha-se, assim, a redução de custos por entre as entidades cooperantes na distribuição do produto e evita-se pontos de estrangulamento, entre outras vantagens do trabalho em parceria. Outra vantagem deve-se ao fato deste mecanismo de ligação (fábrica – cliente) permitir o atendimento adequado a diversos pontos de venda menores, como quiosques, cafetarias ou restaurantes, com uma elevada taxa de entrada e saída de produtos, tendo estes, normalmente, um curto prazo de validade (alimentação) ou um pequeno período de comercialização (jornais). O CD está relacionado, portanto com diversas áreas da empresa: marketing, vendas, financeira, entre outras. Cada área interage com o CD de acordo com seusobjetivos. Marketing e vendas estão interessados no pronto atendimento do cliente, para não ter nenhuma venda perdida, já à área financeira deseja que o estoque seja o menor possível, pois estoque é sinônimo de dinheiro parado que poderia estar gerando lucro para empresa se estivesse aplicado no mercado financeiro. As diversas áreas da empresa possuem objetivos diferentes com relação ao CD e cabe à empresa definir a melhor estratégia de acordo com seus objetivos e missões. Cada vez mais engajados em atender melhor o cliente através da melhoria da relação custo e benefício, os empresários vêm buscando alternativas para armazenar seus produtos de forma mais eficiente e barata. Segundo Lacerda (2000), para não manter estoque e permitir um rápido fluxo de produtos a baixos custos de transporte, é possível utilizar instalações intermediárias entre as unidades produtoras e os clientes finais, também conhecidos como Transit Point, Cross Docking e Merge in Transit. Bowersox & Closs (2001) acrescentam ainda a operação de Break Bulk. 13 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com Segundo Lacerda (2000), as instalações do tipo Transit Point, é difere dos CDs por não apresentarem estoque e os produtos que recebem já possuírem destinos certos. Estão localizados para atender uma determinada área geográfica distante dos armazéns centrais ou de difícil acesso, operando como local de passagem. Sua operação consiste em receber carregamentos consolidados, separá-los e carregá-los em veículos menores para entrega locais a clientes individuais (imagem abaixo). As instalações tipo Cross Docking possuem o mesmo formato que os Transit Point; a diferença consiste na quantidade de fornecedores. São vários fornecedores atendendo a vários clientes. A operação consiste em receber mercadorias consolidadas, separá-las e recarregar os veículos de maneira que cada um siga para um único destino. Segundo Bowersox & Closs (2001), a modalidade é extremamente utilizado por cadeias varejistas, com o intuito de repor os estoques de alta rotação. O sucesso da operação no Cross Docking é associado muitas vezes à capacidade de planejamento e seu cumprimento. Isso permite que a passagem do estoque seja a mais rápida possível. Quando isto não ocorre, é necessário ter espaço para movimentação e estocagem de produtos, fugindo assim do conceito básico do Cross Docking (figura abaixo). 14 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com A operação do Merge in Transit pode ser considerada uma extensão do Cross Docking, associado a técnicas de qualidade como o Just-in-Time. Seu objetivo é montar produtos ao longo da cadeia de distribuição. Isto se torna necessário com o advento da globalização, onde cada vez mais produtos possuem suas peças fundamentais produzidas em diversos países. Exemplo clássico são os computadores, que podem ser montados já no momento de entregar ao cliente. Vale ressaltar que, assim como o Transit Point e o Cross Docking, a operação Merge in Transit não consiste em ter estoques intermediários (Lacerda, 2000). Por fim, na operação Break Bulk, as quantidades são recebidas de vários fabricantes que enviam suas cargas consolidadas, para atender a diversos 15 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com clientes. O terminal de Break Bulk separa os pedidos individuais e providencia as entregas (Bowersox & Closs, 2001). Este tipo de instalação geralmente situa- se mais próximo do mercado consumidor que do fornecedor, de modo a maximizar a economia de escala no transporte consolidado. As principais atividades em um CD englobam o recebimento, movimentação, armazenagem, seleção de pedidos, expedição e, em alguns casos, agregação de valor intrínseco (físico), como a colocação de embalagens e rótulos e a preparação de kits comerciais (compre dois e leve três, por exemplo). A Figura abaixo demonstra a relação entre as atividades desempenhadas pelo CD. Os produtos que chegam ao CD podem ser recebidos, movimentados até o local a serem armazenados e consequentemente aguardar que um pedido seja colocado, para então serem selecionados e posteriormente expedidos. Para os casos de cross docking os produtos vão do recebimento para a expedição. A abaixo apresenta estas principais funções. 16 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com O recebimento dos produtos significa o início das atividades do CD. O recebimento inclui todas as atividades envolvidas no fato de aceitar os materiais. Durante o recebimento devem ser conferidas as quantidades e a qualidade dos produtos entregues pelos fornecedores e a nota fiscal dentre outros itens. Qualquer diferença entre o solicitado e o entregue deve ser sinalizado neste momento, antes dos produtos entrarem propriamente no CD. Avarias nas embalagens também devem ser detectadas e relatadas durante a operação de recebimento. Atualmente, com o avanço da tecnologia, durante o recebimento é possível utilizar código de barras e coletores de dados (Figura abaixo). Essas ferramentas agilizam o processo de conferência e evitam erros humanos no processo. 17 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com A movimentação é realizada após o recebimento dos produtos, sendo sua primeira atividade a descarga dos veículos (Bowersox & Closs 2001). Existem dois tipos de movimentação dentro do CD: a transferência e a separação. A transferência consiste em transferir o material da área de recebimento para o local onde ficará estocado, e a separação em retirar o material da área onde foi estocado e levá-lo para a área de consolidação dos pedidos. O processo de movimentação pode ser feito através da força física humana (trabalho braçal), ou através de equipamentos como empilhadeiras e/ou transpaleteiras, quando são usados pallets ou slip sheet (folhas separadoras). A utilização de empilhadeiras tem como principal benefício uma maior produtividade, já que torna a movimentação mais rápida. A segurança da operação na utilização de empilhadeiras é de responsabilidade do gestor do armazém, que deverá indicar funcionários aptos a manusearem este equipamento. Segundo Ballou (1993), a embalagem contribui para uma melhor movimentação, desde que exista uma padronização e que ela seja suficientemente forte para aguentar mais de uma movimentação. Como citado, uma das formas de padronizar a embalagem é a paletização, já que possibilita movimentar maiores quantidades de produtos. Entretanto, deve-se observar a correta distribuição do peso e o correto posicionamento do centro de gravidade, para evitar possíveis acidentes com a 18 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com empilhadeira em virtude do transporte, principalmentequando a movimentação em questão é na vertical. A atividade de armazenagem é fundamental na organização do CD, bem como na otimização de sua produtividade operacional. A correta armazenagem, ou seja, a colocação adequada dos produtos em seus respectivos lugares, respeitando suas características físicas, assim como a utilização de um sistema de armazenagem adequado, pode possibilitar uma boa utilização do espaço, boa utilização dos recursos operacionais, além de otimização no tempo da mão-de- obra para localizar os pedidos/produtos no interior do armazém, dentre outros benefícios. Pallet Empilhadeira Movimentação na vertical 19 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com O picking, ou seleção de pedido de um cliente, refere-se ao processo de retirada do estoque dos produtos relacionados em um pedido. Este pedido pode ser de venda, no caso de um cliente solicitar uma determinada mercadoria, ou de ressuprimento, utilizado para atender a demanda interna da própria empresa. A seleção de pedido é a coleta do mix correto de produtos, em suas quantidades corretas, da área de armazenagem, para satisfazer as necessidades do consumidor. A estratégia de separação de pedidos consiste na forma como é organizado o processo de separação de pedidos, planejando a quantidade de operadores por pedido, o número de diferentes produtos pegos em cada coleta e os períodos para agrupamento de pedidos durante um turno. Ballou (1993) aponta que dentro da área do CD faz-se necessário deixar uma área para a separação dos pedidos. O tamanho desta área variará de acordo com o tamanho das unidades de separação, a quantidade de pedidos expedidos por dia, a variedade de itens e o tempo disponível para entrega da mercadoria. A expedição pode ser considerada como a última etapa a ser realizada no CD. Consiste basicamente na verificação e no carregamento dos produtos nos veículos determinados. Como o recebimento, a expedição também é realizada na maioria das vezes de forma manual. 20 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com A embalagem mais uma vez apresenta importante papel na expedição, já que cargas unitizadas reduzem o tempo de carregamento do veículo. A expedição envolve atividades como: conferência do pedido e da nota fiscal, emissão de documentos de expedição, pesagem da carga para estipular o custo de transporte, dentre outras. Existem alguns fatores que podem prejudicar a eficiência da operação de expedição. São eles: • Atrasos de transportadoras, gerando congestionamentos na área de expedição; • Criação de procedimentos complexos e detalhistas de conferência, diminuindo a velocidade do fluxo de expedição; • Picos de demanda não planejados em relação ao processo de expedição. Para Farah (2002) a escolha de um CD deve-se ter em conta o seguinte: • A quantidade de intermediários existentes e/ou necessários; • A diversificação dos canais de distribuição; • A dimensão da área a ser atendida • Os requisitos mínimos necessários para efetuar um serviço com qualidade e eficiência; • As características do produto a ser entregue; • A estrutura operacional mínima necessária. 21 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com Brasil tem condições estruturais para reingressar numa trajetória sustentada de crescimento acelerado. O Brasil é um país continental dotados de abundância de recursos minerais, extenso território agricultável com diversidades regionais, parques industriais e energéticos amplos e com grande potencial, bem como um sistema de transportes e de comunicações, que se ajustados serão capazes de responder aos requerimentos de um processo de crescimento acelerado. O mercado interno tem potencial significativo para proporcionar economias de escala e ser fonte de dinamismo para um intenso e prolongado ciclo de investimentos. No entanto, a herança deixada dos governos anteriores é um sistema de transportes em péssimas condições concentrado no modal rodoviário, relativamente o mais custoso, influindo diretamente nos custos de transporte, competitividade dos nossos produtos, acesso a mercados e eficiência de nossa economia. É preciso transformar a matriz de transportes em favor dos modais ferroviário e aquaviário, assim como explorar a intermodalidade em toda sua potencialidade, buscando maior eficiência e produtividade na economia nacional. O sistema de transportes brasileiro passou por transformações nas últimas décadas. A participação do setor privado em obras de infraestrutura (viabilizada nos anos 90 a partir de um novo modelo de gestão) melhorou a qualidade de estradas e ferrovias nacionais. Recentemente, a instituição das Parcerias Público-Privadas (PPPs) e o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) criaram expectativas de ampliação dos investimentos em todo o setor. No entanto, apesar dos avanços, o Brasil ainda enfrenta graves problemas no setor de transportes. Nas estradas e ferrovias ou nos portos e aeroportos, as dificuldades administrativas têm impedido o uso eficaz de todos os recursos disponíveis para investimentos. O resultado disso é a baixa qualidade de todos os modos de transporte brasileiros. Investimento em Infraestrutura de transportes (em geral) é fator fundamental de uma política de Estado que busque resolver os problemas estruturais brasileiros e melhorar a condição de vida de sua população, assim como para o projeto e integração física regional sul-americana. 22 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com Nos próximos anos, o Brasil necessitará investir vários bilhões de reais na construção de infraestrutura, e especificamente rodovias e ferrovias no caso de transportes. Infraestrutura num país continental como o Brasil sempre estará voltada para atender pelo menos um entre três objetivos: integração econômica, indução ao desenvolvimento e irrigação econômica. O que se propõe é que se coloque a partir de uma nova proposta sempre estes três objetivos, porém submetidos a uma nova visão, que privilegie a integração física do continente sul-americano como também mais justiça social. A condução de ações no âmbito de infraestrutura de transportes requer alguns aspectos básicos para seu desenvolvimento e manutenção, são eles: • Construção ou Ampliação • Conservação ou Manutenção • Restauração O transporte rodoviário é o principal meio para o deslocamento de cargas dentro do Brasil. Embora o Governo Federal venha aumentando os investimentos nos outros modais, o rodoviário ainda é responsável por quase 63% do TKU (toneladas por quilômetro útil) movimentado no País (figura abaixo). O grande volume movimentado e o fato de ser um dos modais com preço unitário mais elevado (perdendo apenas para o aéreo) fazem com que o ILOS, 2015 23 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com transporte rodoviário de cargas tenha ampla representatividade nos custos logísticos do País.Ainda que a má conservação das rodovias seja alvo de reclamações de 90% dos executivos de logística do Brasil, uma vantagem do transporte rodoviário é que ele chega a praticamente todos os pontos do País, ao contrário do ferroviário e do hidroviário. O modal rodoviário também é capaz de responder de forma muito mais rápida à demanda das empresas, ao evitar certas formalidades necessárias em outros modais. ILOS (2010) apresenta que a malha rodoviária brasileira possui em torno de 1,6 milhão de quilômetros de extensão (de estradas pavimentadas e não pavimentadas). Apesar de ter uma das malhas rodoviárias mais extensas do mundo, o Brasil ainda está muito aquém das principais economias do globo, com apenas 13% das rodovias pavimentadas. Em contrapartida, os Estados Unidos, país com características territoriais semelhantes, são cortados por 4,37 milhões de km de rodovias pavimentadas, com a extensão maior do que a brasileira. Os Estados Unidos possuem uma extensiva malha rodoviária, ferroviária e hidroviária. De fato, a quilometragem destas malhas são as maiores do mundo em suas respectivas categorias. Segundo ILOS (2010) os trens transportam cerca de 35% de toda a carga transportada no país, enquanto respondem por apenas 1% dos passageiros movimentados. O contrário acontece com as linhas aéreas americanas, que transportam 18% dos passageiros, mas menos de 1% da carga no país. O mercado estadunidense de passageiros no setor aéreo é a maior do mundo. Nova Iorque, Chicago, Atlanta, Los Angeles, Dallas, Washington, DC e San Francisco destacam-se como grandes centros aeroportuários. Cerca de 15% de toda a carga transportada no país é transportada via hidrovias como rios e lagos, além de mares e oceanos. Los Angeles, Long Beach, Nova Iorque, Filadélfia, San Francisco, New Orleans, Miami e Houston destacam-se como grandes centros portuários. O porto mais movimentado dos Estados Unidos por número de navios atendidos é o de New Orleans, enquanto o porto mais movimentado do país, em tonelagem de carga movimentada, é o de Los Angeles. 24 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com Bibliografia BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial, Transportes, Administração de matérias e Distribuição Física. São Paulo: Atlas, 1993. BALLOU, Ronald H. - Business logistics management: planning, organizing, and controlling the supply chain. 4ª ed. Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall, 1999 BOWERSOX, Donald J; CLOSS, David J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001. DIAS, M. A. P. Gerência de Materiais. São Paulo: Editora Atlas, 1985. FARAH Jr., Moisés. Os desafios da logística e os centros de distribuição física. FAE Business. 2002. LACERDA, Leonardo. Armazenagem Estratégica: Analisando Novos Conceitos. Rio de Janeiro, 2000 MARTINS, Christopher. A Logística do Marketing - Otimizando processos para aproximar fornecedores e clientes. São Paulo: Futura, 1999. NOVAES, Antônio Galvão, Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição, Rio de Janeiro: Elsevier Editora, 2004. POZO, Hamilton. Administração de Materiais uma Abordagem Logística. São Paulo: Ed. Atlas, 2004. 25 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com Apêndice 01 - Atividade avaliativa 01 Audio Duplication Services, ind. (ADS) A empresa Audio Duplication Services que atua no mercado de duplicação e distribuição de CD’s, DVD’s e Blue Ray. Tem como um dos seus maiores clientes, as grandes gravadoras que utilizam seus serviços de duplicação e distribuição. A ADS armazena grandes quantidades CD e DVD gravados para pronta entrega (alguns que demandam quantidades mínimas), assim, quando seus clientes solicitam, ela verifica a quantidade e distribui para os pontos de venda dos clientes como loja de departamentos Wal-mart, Kmart, lojas de equipamentos eletrônicos, lojas de áudio, Best Buy, entre outros. A ADS é um dos seis maiores do mercado de duplicação de áudio, detendo cerca de 50% de um mercado de US$ 5 bilhões, entretanto vem perdendo espaço para seus concorrentes (detinha 70%). Hoje, Seus dois maiores concorrentes compartilham outros 40% cada (os pequenos detém 10%). Buscando torna-se mais competitiva a ADS chega a fazer cerca de três entregas diárias para os pontos de vendas e é responsável por todo o fluxo reverso quando há alguma falha no produto. De modo geral os custos com remessas da ADS estão crescendo. Atualmente a empresa implementou um sistema de articulação de rotas buscando otimizar o tempo de entrega escolhendo a melhor rota, contudo sua operacionalização encontra-se prejudica por falta de conhecimento acerca do sistema. Em estudo em seu processo de fabricação a ADS detectou que cerca de 30% da matéria prima usada para a fabricação e produtos acabados são perdidos por conta de defeito no processo produto. Outro aspecto visto consiste na queda crescente no consumo de mídias (CD’s, DVD’s e Blue Ray) vem fazendo com que a ADS tenha cada vez mais redução no faturamento e o aumento no quantitativos de concorrentes. Observou-se também que os planejamentos desenvolvidos nas três esferas são deficitários em sua implementação bem como o feed back das informações inerentes as decisões. 26 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com Em reunião os acionistas da Audio Duplication Services decidiram contratar sua equipe de consultoria para realizar um planejamento sobre a situação da empresa buscando saber quais as ações que devem ser tomadas para a resolução dos problemas abaixo. 1) Queda no faturamento. Como melhorar o faturamento da empresa? 2) Perda de mercado. Como recuperar participação de mercado? 3) Elevação dos custos. Como reduzir os custos? 4) Desperdício no processo produtivo. Como diminuir o desperdício no processo produtivo? 5) Custos logísticos e de logística reversa. Como resolver os elevados custos com logística e logística reversa? 6) Fraca comunicação. Como solucionar os problemas de comunicação da empresa 7) Falha no uso do sistema. Como reduzir as falhas do sistema? 8) Falha de planejamento. Como melhor o processo de planejamento e fazer com que este seja cumprido? 9) Falha na rota de distribuição. Como melhorar o processo de distribuição dos produtos para os consumidores? 10) Estoques elevados. Como reduzir os níveis de estoque para a redução dos custos? 11) Onde a empresa deve investir para aumentar sua lucratividade? 27 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com Apêndice 02 - Atividade avaliativa 02 Estudo de caso da Wal-mart O Wal-Mart é uma das maiores redes de varejistas do mundo, possui cerca de 5.000 fornecedores, 3.000 lojas nos E.U.A. e detém um dos maiores sofisticados sistemas de gestão de estoques e distribuição do mercado. No natal de 1999, realizou essa rede varejista realizou milhares de vendas em seu site de comércio eletrônico e causou no consumidor a expectativa de receber suas encomendas antes do dia 25 de dezembro. No entanto, as entregas não confirmaram. Na segunda semana de dezembro, o Walt-Mart anunciou aos seus clientes que não conseguiria garantir, até o Natal, a entrega das encomendas feitas pela internet conforme o prometido, a despeito das prévias confirmações dos pedidos. Até o crescimento, os assuntos mais discutidos nas revistas especializadas em tecnologia da informação eram a escalabilidade(propriedade de um sistema qualquer que lhe confere a capacidade de aumentar seu desempenho sob carga, quando mais recursos (esp. hardware, no caso de computadores) são acrescentados a esse sistema.) e a segurança dos sistemas de comércio eletrônico. Efetivamente, o portal do Wal-Mart teve, não teve uma boa escalabilidade, contudo a segurança nas transações foram registrados como 100%, ou seja, não houve nenhuma fralde. Afinal, em que ponto erraram os executivos de uma das maiores e mais conceituadas redes varejistas mundiais ao não realizarem a tempo as entregas prometidas? Cada venda efetivada por meio do comércio eletrônico gera necessidades de entrega de produto, a qual é realizada numa velocidade muito menor do que o meio eletrônico. Ademais, atender as vendas no armazém do varejista não significa chegar o produto na casa de cada cliente. Em contraste com o comércio eletrônico emergente, o comércio tradicional varejista comporta a presença física do cliente na loja, a escolha do produto, a finalização do pedido no caixa e o transporte pelo próprio cliente e às suas custas dos produtos até suas residências. O que se constata como desafio do comércio eletrônico é que a mais moderna tecnologia da informação é 28 Módulo: Canais de Marketing e Distribuição Docente: Prof. MSc. Fernando Neto E-mail: fernandonetoadm@gmail.com obrigada a conviver com as mais antigas habilidades logísticas, quais sejam, armazenar e gerir estoques, manusear produtos e pedidos, separar produtos por embalagens individuais, entregá-los no prazo requisitado pelo cliente. Diante de todos os fatos, a Wal-Mart ainda se deparou com uma questão muito complicada volta das estratégias de marketing, onde muito dos produtos que foram utilizadas as estratégias marketing para otimizar sua procura acabaram faltando, ou seja, o quantitativo de produtos não supriu a necessidade da demanda. De posse de todos os fatos apresentados os acionistas da Wal-mart decidirão contratar sua equipe de consultoria para realizar uma análise sobre a situação da empresa buscando soluções para os problemas abaixo citados. 1) Qual o tipo de circuito que deve ser usado pela empresa? Por que? 2) Qual o sistema de distribuição deve ser usada pela empresa? Por que? 3) Quais os problemas de análise espacial a empresa enfrentou? Como resolver? 4) Existe a necessidade de um centro de distribuição? Onde? Por que foi escolhido essa localidade? 5) Para maior agilidade do processo de distribuição, qual (is) o (s) sistema (s) será (ão) usado (s): Transit Point, Cross Docking e Merge in Transit e/ou Break Bulk? Por que foi escolhido esse modelo? 6) Quais ou quais os modais serão usadas para a distribuição dos produtos para os clientes? Por que foi escolhido esse modal? 7) Onde deve ocorrer investimentos? Por que?
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