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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE PROJETO INTEGRADOR ANÁLISE DO NÍVEL DE SERVIÇOS LOGÍSTICOS - DISK MAQPEÇAS IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA São Paulo - SP 2019 ISADORA MARIA FIDELIS RA919115354 LEONARDO DE MORAIS T. DO CARMO RA919116249 MATHEUS DUARTE PAULINO A. SIQUEIRA RA919103244 NATHAN DA SILVA SOUSA RA919107276 TAMIRIS DOS SANTOS SERAFIM RA919114077 PROJETO INTEGRADOR – ANÁLISE DO NÍVEL DE SERVIÇOS LOGÍSTICOS - DISK MAQPEÇAS IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA Trabalho apresentado à Universidade Nove de Julho (UNINOVE) na disciplina de Projeto Integrador, sob orientação do Prof. Cristiano Olegario da Silva, como requisito de avaliação para o curso de Tecnologia em Logística, campus Memorial, noturno, sala 531. São Paulo - SP 2019 Sumário 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 5 1.1 Objetivo ..................................................................................................................... 5 2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ............................................................................... 7 2.1 Ramo de Atividade ................................................................................................... 7 2.2 Código Nacional de Atividade Econômica – CNAE ............................................... 7 2.3 Estrutura Organizacional ........................................................................................ 9 2.4. Principais Produtos .............................................................................................. 10 3 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................... 11 3.1 Tecnologia da Informação na Logística ............................................................... 11 3.1.1 Tecnologia da Informação e os Processos........................................................12 3.1.2 Sistema de Roteirização de Veículos.................................................................12 3.1.3 Tecnologia da Informação e a Cadeia de Suprimentos....................................13 3.2 Logística Reversa e Sustentabilidade .................................................................. 13 3.3 Marketing Aplicado à Logístca .............................................................................. 15 3.4 Logística Internacional .......................................................................................... 16 3.4.1 Acordos Internacionais........................................................................................16 3.4.2 Exportação............................................................................................................16 3.4.3 Importação............................................................................................................17 3.4.4 Classificação de Mercadorias.............................................................................17 3.4.5 Incoterms..............................................................................................................18 3.4.6 Siscomex e Radar.................................................................................................19 3.4.7 Sistema Cambial...................................................................................................20 3.4.8 Balança Comercial e Balança de Pagamentos..................................................20 3.4.9 A Importância da Logística Internacional para o Brasil...................................20 3.5 Customização de Serviços nas Atividades Logísticas ....................................... 21 3.5.1 Terceirização.........................................................................................................22 3.5.2 Distribuição...........................................................................................................22 3.5.3 Processamento de Pedidos.................................................................................23 3.5.4 Estoque.................................................................................................................23 3.5.5 Armazenamento....................................................................................................23 3.5.6 Transporte.............................................................................................................23 3.5.7 Canais de Distribuição.........................................................................................24 4 ANÁLISE DE DADOS E PROPOSTA(S) DE MELHORIA ......................................... 25 4.1 Tecnologia da Informação na Logística ............................................................... 25 4.2 Logística Reversa e Sustentabilidade .................................................................. 26 4.3 Marketing Aplicado à Logística ............................................................................. 27 4.4 Logística Internacional .......................................................................................... 29 4.5 Customização de Serviços nas Atividades Logísticas ....................................... 30 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 32 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 33 ANEXO A - Gráfico Vendas 2019 – Valor Mensal da Disk MaqPeças.......................35 ANEXO B - Banner – Melhorias....................................................................................36 ANEXO C - Países do Mercosul...................................................................................37 ANEXO D - ERP da empresa e sugestão de melhoria em TI.....................................38 ANEXO E - Logotipo da cooperativa Disk MaqPeças................................................39 ANEXO F - Packing List................................................................................................40 ANEXO G - Sugestão da melhoria na disciplina de Customização.........................41 Lista de Figuras Figura 1 – CNAE da empresa ........................................................................................ 8 Figura 2 – Organograma da empresa ........................................................................... 9 Figura 3 – Produto comercializado – Máquina Reta .................................................. 10 Figura 4 - Produto comercializado - Sapata de botões..............................................10 Figura 5 - Produto comercializado - Estilete patchwork............................................10 Figura 6 - Estrutura do NCM.........................................................................................17 Figura 7 - Incoterms 2010.............................................................................................19 5 1 INTRODUÇÃO O curso de logística realiza o projeto a seguir mostrando a importância dos serviços logísticos apresentando o estudo de caso da empresa Disk Maqpeças Importação e Exportação LTDA, abordando áreas da gestão e logística empresarial como Marketing, Logística Internacional, Tecnologia da Informação, Sustentabilidade e Logística Reversa e Customização de Serviços. Podemos dizer que a logística está em quase tudo o que fazemos, desde o momento em que levantamos e vamos para o trabalho importar algum produto para venda no território nacional. Para Dias (2010) é fundamental executar um sistema logístico dentro da empresa para garantir melhorias na estruturadela, já que a logística faz parte de um todo, englobando suprimento de materiais, movimentação, controle de produtos, transporte até chegar no seu consumidor final. Segundo Porter (1989), no mercado logístico deve-se estar atento, que por mais inovador que seja o produto ou serviço, não estará isento da concorrência, mesmo atendendo uma necessidade específica tem que se ter em mente qual é o impacto que seus fornecedores têm em relação ao seu produto e no desenvolvimento dos negócios. Kotler (2011) comenta como a logística é importante nas organizações e o estudo do marketing dentro dela, o qual apresenta os quatro pilares básicos de qualquer estratégia: produção, preço, praça e promoção. Esses quatro fatores tendem a influenciar e conquistar o público gerando armazenamento, vendas, distribuição e mais produção e também tem o objetivo de atender as necessidades de transporte, educação, alimentação, entre outros. 1.1 Objetivo Através desse projeto integrador, buscamos evidenciar os processos realizados pela empresa por meio das disciplinas estudadas neste semestre: Tecnologia da Informação; Logística Reversa e Sustentabilidade; Marketing Aplicado à Logística; Logística Internacional; Customização de Serviços nas Atividades Logísticas. Para realizar a análise de informações, será feito pesquisa teórica com reforço de livros, sites, 6 artigos e pesquisa prática com o auxílio da empresa em busca de solução ou sugestão para seus possíveis problemas. Apesar de a empresa ser considerada de porte pequeno, devido ao seu número de funcionários, sua estrutura física é grande e com isso alguns fatores surgiram e devido a isso a empresa está procurando meios de otimizar suas estratégias logísticas, afim de fornecer um melhor atendimento, produto e transporte aos clientes. Com esta analise poderemos responder a seguinte pergunta: a empresa Disk MaqPeças desenvolve seus processos corretamente? 7 2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA Atualmente a empresa Disk MaqPeças está localizada na Rua Pedro Álvares Cabral, 63, Luz em São Paulo, contando com 35 funcionários é considerada uma empresa de pequeno porte. Fundada em 1995, a empresa começou atuando na venda de peças e acessórios no atacado para revendedores de máquinas de costura no território nacional. Adquirindo credibilidade no mercado através da busca de novidades junto a empresas idôneas e de renome internacional, em 2004 a Disk MaqPeças criou o departamento de importação e exportação e começou a trazer maquinário para costura, bordado, corte e gravuras em laser fabricadas na china e Taiwan. 2.1 Ramo de Atividade As atividades da empresa são definidas como comércio atacadista e varejista para a indústria têxtil e confecções. Dispõem de uma grande estrutura física para tal atuação, possuem alta competitividade no mercado, pois a concorrência é grande na área em que a empresa está localizada. Os setores em que a empresa atua vivem em constante mudança, observado que mais ainda com a liberação comercial, que globalizou o mercado doméstico. E podemos ressaltar que a tecnologia é um fator estratégico para essas mudanças e desenvolvimento, principalmente na questão da moda, a qual sempre deve estar em busca de novas tendências e meios mais baratos de confeccionar. Sendo assim, foi averiguado que a partir de 2017 os setores vêm crescendo significativamente no Brasil, isso se dá, pois, o mercador têxtil se tornou atrativo para os empresários através do aumento do consumo dos produtos gerados nos mesmo (EXAME, 2017). 2.2 Código Nacional de Atividade Econômica – CNAE A Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) é o sistema de padronização dos códigos que identificam as atividades econômicas no Brasil. Através desse sistema é possível ter maior controle sobre as áreas em território nacional, faz com 8 que o governo conheça e promova políticas públicas para os empreendedores e também adequar para cada atividade as tributações. O CNAE se destina para empreendimentos provados, organizações públicas, organizações sem fins lucrativos, negócios agrícolas e microempreendedores individuais (IBGE, 2002). Analisada na figura 1, o CNAE da empresa estudada: Figura 1 - CNAE – Disk Maqpeças Fonte: Site da RFB, 04/2019. 9 2.3 Estrutura Organizacional De acordo com Sobral e Peci (2008) a estrutura organizacional é o modo como a empresa se organiza em relação a divisão de atividades e recursos para que ela alcance seus objetivos. Existem dois tipos de estruturas organizacionais: Formal: tem a definição de níveis hierárquicos e departamentos previstos em um organograma que é estritamente seguido. Dentro da estrutura formal ainda se encontram os subtipos: territorial, clientes, processos, projetos, matriarcal e mista e a Informal que não é definida por um organograma. Ao executar uma boa estrutura dentro de uma empresa ela se beneficia como, por exemplo: gestão de tempo, identificação de tarefas necessárias e organização de funções e responsabilidades (MASSAROLLO, 1991). Para Bernardo (2001) na maioria das vezes a estrutura organizacional é acompanhada por um organograma onde são representados os departamentos e níveis hierárquicos da mesma. Conforme aponta Bernardo (2001), tal estrutura pode ser observada na figura 2 abaixo: Figura 2 - Organograma – Disk Maqpeças Fonte: Elaborado pelo grupo 10 2.4. Principais Produtos A empresa conta com uma grande variedade de peças e máquinas do setor têxtil, podendo ser de categoria doméstica ou industrial. A seguir alguns exemplos dos produtos comercializados: Figura 3 - Máquina de costura reta industrial Fonte: Catálogo Disk Maqpeças (2019) Figura 4 - Sapata de pregar botões Fonte: Disk Maqpeças (2019) Figura 5 - Estilete para patchwork Fonte: Disk Maqpeças (2019) http://www.diskmaqpecas.com.br/catalogo-2019-dmp-maquinas/catalogo http://www.diskmaqpecas.com.br/catalogo-2019-dmp-maquinas/catalogo http://www.diskmaqpecas.com.br/catalogo-2019-dmp-maquinas/catalogo 11 3 REFERENCIAL TEÓRICO Para Ballou (2009) a logística empresarial é a relação de todas atividades desde a movimentação até a armazenagem, que fazem com que o fluxo de produtos transcorra sem empecilhos desde a sua aquisição de matéria-prima até o consumo final. Uma empresa quando se expande, obrigatoriamente, seus processos logísticos devem seguir o mesmo padrão para ser administrada da melhor forma possível e também para que seus objetivos sejam alcançados. São levados em conta todos seus departamentos seja ele Marketing, Logística Internacional, Logística Reversa, Customização de Serviços e Tecnologia da Informação, os quais formam uma cadeia onde um depende do outro para um funcionamento harmônico. 3.1 Tecnologia da Informação na Logística De acordo com Laudon (2010) a tecnologia da informação é o conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos de computadores que visam a produção, o armazenamento, a transmissão, o acesso, a segurança e o uso das informações, ela vem fazendo muita diferença no papel das organizações nos processos de planejamento, implementação e controle de uma forma mais fácil tanto para o consumidor como para as empresas que optam por usar essa pratica, a tecnologia vem ajudando as empresas a atingirem o seu objetivo de uma forma mais rápida e fácil e com o mínimo de esforço possível. A evolução da tecnologia tem servido de muita ajuda para as práticas da logística, desempenhando um grande destaque nas organizações, e com isso muitos pontos positivos no controle logístico. O objetivo da Tecnologia da Informação é conseguir aumentar a eficiência logística e ao mesmo tempo, reduzir os custos, assim aumentando as informações como dos atendimentos e assimtendo crescimento de vendas, sempre foi e é um grande desafio para as empresas. A Tecnologia da Informação bem estruturada traz vários benefícios para os processos logísticos. Estes benefícios são pela quantidade informações que são colhidas e que são atualizadas em tempo real garantindo que as tomadas de decisões sejam mais certas e precisas, assim existem várias melhorias como: valor de estoque, redução na falta de material, melhoria no nível de serviço, melhoria no atendimento aos clientes, 12 aumento da eficiência operacional, níveis de estoque mais focados com a realidade da demanda, redução no tempo de inventário, rastreabilidade de frotas e produtos, planejamento de rotas, cargas e modais e cumprimento dos prazos de entrega. Hoje os avanços tecnológicos têm proporcionado à humanidade um patamar de informação jamais visto antes na história da humanidade, o mundo tornou-se um espaço onde tudo está interligado grade parte desse nível de informação se deve a evolução computacional e a rede mundial de computadores (STRADA, 2016). 3.1.1 TI e os processos logísticos Sobre os processos logísticos Banzato (2005) fala que quando são citados neles estamos nos referindo a pedidos, reclamações de clientes, dados sobre estoque, suprimentos e documentações de transporte e faturamento, a TI tem um papel de destaque quando o assunto é o controle dos processos. Em grande medida, isso se deve ao fato de sistemas, softwares, entre outras soluções garantirem a centralização das informações, as quais podem ser facilmente acessadas por gestores, gerentes e líderes. Atualmente com o avanço da tecnologia tivemos uma grande substituição dos papéis pelos computadores, com todos os registros organizados e tendo uma fácil acessibilidade a todas as informações a qualidade do serviço muda e tudo isso está ligado a agilidade. 3.1.2 Sistemas de roteirização de veículos Banzato (2005) ressalta que de tantas as qualidades que a TI possui, uma delas tem chamado a atenção das empresas, que é se desdobrar pra achar formas de reduzir valores, o desenvolvimento rápido das tecnologias tem ajudado muito e se tornou um grande aliado nesta tarefa. Umas das soluções que a TI trouxe para a logística foi para o gerenciamento do transporte, que é dentro dos custos logísticos um dos mais expressivos, esse tipo de solução requer um grande cadastro de informações muito rico, pois estas informações é que servirão de base para que o sistema opere de forma eficiente e tenha o resultado esperado. 13 3.1.3 TI e a cadeia de suprimentos Para Banzato (2005) as tecnologias de rede e as ferramentas baseadas na web, ter permitido que os dados dos sistemas de informação percorram toda a cadeia de suprimentos, ou seja, permitem a troca de informações entre todos os elos da cadeia desde os fornecedores da matéria-prima até o consumidor final. Ainda para Banzato (2005) o uso da tecnologia da informação se tornou um fator importante no sucesso da cadeia de suprimentos, porém deve haver uma troca de informação consistente entre os parceiros e se algum fornecedor não possuir tecnologia adequada a cadeia poderá ter problemas, portanto a troca de informações, o desenvolvimento de parcerias tanto em produtos quanto em tecnologia é fundamental para que a informação flua na cadeia a jusante ou a montante e que os dados importantes cheguem ao destino em tempo hábil de serem totalmente aproveitados, assim a cadeia de suprimentos torna-se proativa na tomada de decisões. Um exemplo de integração na cadeia de suprimentos é o comercio eletrônico, que são importantes as informações de toda a cadeia de fornecedores até chegar ao consumidor final, informações como: quantidades de estoques, previsão de entrega, posição de pedido, informações financeiras, roteiro de entrega, são transmitidas em tempo real entre todos os elos da cadeia (BANZATO, 2005). 3.2 Logística Reversa e Sustentabilidade Motivando o aumento do consumo, a quantidade de matéria-prima e a prevenção ambiental, as empresas necessitam reorganizar seus processos logísticos, visando e adicionando o sistema de Logística Reversa como um complemento do processo logístico. Leite (2005, p. 16-17) define a Logística Reversa da seguinte forma: “A logística reversa como a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuições reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros“. 14 Conforme Leite (2005) a Logística Reversa tem como objetivo principal a administração e a distribuição do material descartado facilitando o seu retorno de bens ou materiais e componentes ao ciclo produtivo agregando valor de localização ao negócio ecológico, econômico e legal. As atividades da Logística Reversa trabalham com muitas etapas como: inspeção, compra e venda, separação, coleta, devolução, tornando uma recuperação sustentável e tem a função de desempenhar e preparar o retorno de bens materiais após sua venda e consumo. É uma forma de manter o descarte ecologicamente correto, e a maioria das empresas tem utilizado a Logística Reversa como uma grande estratégia em seu planejamento de negócio. Ainda para Leite (2005) a Logística Reversa é separada em quatro fatores, sendo eles, consumidores que são aqueles que devolvem os produtos que não são mais utilizados em locais específicos, os comerciantes que tem a função de instalar locais específicos para a devolução desses produtos, as indústrias que são responsáveis por retirar estes produtos, através de um sistema de logística, reciclá-los ou reutilizá-los e por último o governo que tem a função de elaborar campanhas de educação e conscientização através de palestras, reportagens, rede sociais, entre outros meios. Tendo como público alvo os consumidores, além de fiscalizar a execução das etapas da Logística Reversa. A logística reversa de pós-consumo e a logística reversa de pós-venda são as duas áreas de atuação da logística reversa. No pós-consumo é de total responsabilidade pelo fluxo físico e de informações sobre os bens de pós-consumo que precisam retornar para a cadeia de distribuição pelo motivo de: condições de uso quando bens que ainda podem ser reutilizados; Fim de vida útil (bens que não possuem mais utilidade, porém seus componentes podem ser remanufaturados ou reaproveitados) e resíduos ambientais que são bens que trazem riscos se não descartados de forma correta para o meio ambiente. Já na pós-venda é responsável pelo fluxo físico e de informações referente a bens de pós-venda que necessitam retornar a cadeia de distribuição quando por motivos de: Garantia ou qualidade dos produtos que apresentam erros de fabricação ou desempenho, avarias na embalagem ou produto; Comerciais que são aqueles produtos em estoque seja por algum erro na expedição, exagero de estoque, mercadorias que estão em consignação, pontas de estoque término 15 de validade e problemas que ocorrem após a sua venda e por último são as substituições de componentes que são produtos que precisam de ajustes e concertos (GUARNIERI, 2011). Conforme Guarnieri (2011) a razão pela qual as empresas optam por utilizar a Logística Reversa está ligada à ordem econômica, legislativa e ecológica. 3.3 Marketing Aplicado à Logística Segundo Kotler (2011) o marketing se caracteriza pelo total conhecimento de satisfazer os gostos do público alvo e entender o que o mesmo necessita ou deseja e seu objetivo é atrair o público novo com propostas superior mantendo seus clientes antigos com produtos satisfatórios que os mesmos necessitem ou desejem. O poder que omarketing pode ter diante de um negócio é considerável tanto quanto indispensável, seus profissionais trabalham a fundo pesquisando o dia-dia dos seus clientes o que eles querem e precisam e qual seus desejos, criando assim um jeito de chegar até eles (KOTLER, 2011). De acordo com Kotler (2011) os 4 A's no marketing: análise, adaptação, avaliação, ativação, tem como objetivo estudar as condições e territórios internos e externos em pequenas ou grandes ambientes para que não venha afetar um futuro lançamento um produto que já esteja no mercado, se adequando ao mercado contemporâneo de acordo com suas estratégias escolhidas, exemplo: datas comemorativas, é necessário realizar feedback para saber se os planos e ramos escolhidos deram certo ou não. Para Kotler (2011) o marketing possui áreas que podem ser descritas como: segmentação de mercado, marketing global, formas de comércio entre mercados, posicionamento e segmentação, modelos de formação de preços, comportamento de consumidor de serviços, comunicação mercadológica, modelos de atuação entre fabricantes e pontos de venda e vantagens competitivas no trade marketing. A busca por parcerias como formas de comércios e estudo de preços que seja viável ao seu produto, quanto o cliente pode ou estar disposto a pagar, ou se o mercado lhe oferece mais em conta é usando como referências para o preço justo e ainda analisar o comportamento do consumidor e entender o porquê de ele estar à procura desse produto e a sua necessidade assim avaliando sua personalidade. Desenvolver sua marca 16 de modo que fixe na mente dos consumidores de modo positivo assim eles vão se sentir bem adquirido seu produto e relacionando como uma satisfação (KOTLER, 2011). 3.4 Logística Internacional Segundo David & Stewart (2010, p. 25): “[...] a logística internacional é o processo de planejar, implementar e controlar o fluxo e a armazenagem de mercadorias, serviços e informações a elas relacionados, do ponto de origem ao ponto de consumo, localizado em outro país [...]”. Conforme Portual (2019) a logística internacional tem como objetivo fazer com que todos os trâmites das negociações entre exportador e importador ocorram da melhor maneira possível e ter em mente que a logística internacional é somente transporte está totalmente enganado, pois ela engloba vários passos e para que o negócio flua perfeitamente deve se levar em conta alguns deles como acordos internacionais, exportação e importação, classificação de mercadorias, Incoterms, SISCOMEX, sistema cambial, balança comercial, entre outros. 3.4.1 Acordos internacionais É a relação comercial que os países praticam entre si sempre fiscalizados pela OMC (Organização Mundial do Comércio), tem como objetivo facilitar o comércio de seus produtos entre países membros com tarifas e políticas em comum. Esses acordos podem ser multilaterais (obrigatórios) e plurilaterais (facultativos), o Brasil participa de alguns acordos, o principal deles é o Mercosul (Mercado Comum do Sul) que é considerado uma união aduaneira imperfeita, já que em alguns países não há uma zona de circulação livre de seus produtos (INTERSEAS, 2019). 3.4.2 Exportação Para Ludovico (2007) a exportação é a saída de um produto do cenário nacional para o internacional. Ela pode ser direta (a própria empresa exporta seus produtos) ou indireta (contratação de empresas terceiras). Ela pode ainda ser caracterizada como sendo definitiva (ocorre nacionalização e permanece no país para consumo) ou 17 temporária (não há nacionalização e a mercadoria volta para o local de origem, isso ocorre quando há feiras de exposição). Na modalidade temporária ela está amparada pelo Regime Aduaneiro Especial de Exportação Temporária. 3.4.3 Importação Segundo Ludovico (2007) importação é a entrada de produtos do cenário internacional para o nacional. Ela segue o mesmo processo da exportação em relação a ser direta, indireta, definitiva e temporária. O que difere da exportação é o tipo de regime ao qual está ampara a importação temporária, que é o Regime Aduaneiro Especial de Admissão Temporário. 3.4.4 Classificação de mercadorias O território aduaneiro abrange todo o cenário nacional brasileiro seja ele marítimo, aéreo e terrestre. Divido em duas zonas: primária (onde está localizada os recintos alfandegários (onde fazem o controle de mercadorias) e a secundária (restante do território aduaneiro) (RFB, 2017). Para a RFB (2017) ao usar a classificação aduaneira é necessário ter o conhecimento do NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) que se trata de um código de oito dígitos estabelecido pelo Governo Brasileiro para identificar a natureza das mercadorias e promover o desenvolvimento do comércio internacional. Demonstrado abaixo a estrutura do NCM: Figura 6 - Estrutura do NCM Fonte: https://www.significados.com.br/ncm https://www.significados.com.br/ncm 18 3.4.5 Incoterms Para Keedi (2011) incoterms são termos e clausulas do comércio exterior, contrato de compra e venda, risco e custo de entrega, que não lida com pagamentos, com responsabilidade exclusiva do exportador e do importador. De acordo com Caparroz (2012) atualmente o incoterms possui 11 termos, são eles: EXW, FCA, FAS, FOB, CPT, CFR, DAT, DAP, DDP, CIP e CIF, sendo que: EXW - Toda a responsabilidade do transporte fica por conta do importador; FCA - O desembaraço da mercadoria que nesse caso deve ser realizada pelo exportador. A mercadoria deve estar presente no local indicado pelo importador; FAS - É responsabilidade do exportador mantêm-se até a entrega da mercadoria já desembaraçada ao lado do costado do navio; FOB - A responsabilidade do exportador vai um pouco mais além, já que sua responsabilidade só cessa quando a mercadoria estiver totalmente embarcada no navio; CPT - O vendedor é o responsável pelas despesas de embarque e frete internacional da mercadoria até o local de destino; CFR - O custo do transporte e demais encargos nesse caso fica por responsabilidade do exportador até passar a mercadoria para o navio; CIP - O exportador é responsável pelos gastos com o seguro de transporte da mercadoria até o destino; CIF - O custo, seguro e frete marítimo também será por conta do vendedor; DAT - A mercadoria ser entregue no local de destino, assumindo os riscos e custos até o local; DAP - É responsabilidade do vendedor em colocar a mercadoria a disposição do comprador no porto designado e o DDP - O exportador também arca com o frete interno desde o local de desembarque até o local designado pelo importador. Vejamos abaixo a tabela Incoterms 2010: 19 Figura 7 - Tabela Incoterms 2010 Fonte: http://www.sogifrete.pt/uteis.html 3.4.6 SISCOMEX e RADAR Para Rodrigues (2010) o Sistema Integrado do Comércio Exterior é um sistema informatizado onde acontece o processamento de documentos relativos a exportação e importação. Os três principais órgãos responsáveis por ele são a Receita Federal, o Banco Central e a Secretária de Comércio Exterior. Os processos de exportação e importação só podem dar andamento após serem devidamente registrados no SISCOMEX, é através dele que a empresa se informa com as entidades que autorizam e fiscalizam as atividades do comércio exterior (PORTUAL, 2019). O Registro e Rastreamento de Atuação dos Intervenientes Aduaneiros garante o acesso ao SISCOMEX, é um registro que possibilita a Receita Federal controlar as empresas em relação a formas de fraude e desvio de carga. Além da Receita Federal, o RADAR também é responsabilidade da Secretária de Comércio Exterior e o Banco Central (PORTUAL, 2019). http://www.sogifrete.pt/uteis.html 20 3.4.7 Sistema Cambial De acordo com Caparroz (2012) o sistema cambial caracteriza-se pela troca da moeda de um país pela moeda de outro, é um sistema monetárioreconhecido internacionalmente e seu objetivo é facilitar a transação entre os países. Há dois tipos mais usados: fixo (onde o Banco central compra e vende a moeda estrangeira em preço fixo – geralmente dólar – e repassa a um preço fico em moeda nacional; flutuante (onde se fica à mercê da oferta e demanda no mercado, assim oscilante); atualmente o Brasil se encontra na modalidade de câmbio flutuante. 3.4.8 Balança comercial e balança de pagamentos A balança comercial trata da relação entre exportações e importações de um país, fazendo parte também da balança de pagamentos. Quando há mais exportações do que importações dizemos que houve um superávit e se for ao contrário (mais importações do que exportações) houve um déficit. A balança comercial tem ligação direta com o PIB (Produto Interno Bruto), a medida que o país passa por superávits e déficits o PIB aumenta ou diminui. Pode-se dizer que a balança de pagamentos é o modo de contabilidade nacional que evidencia o comércio entre a nação e outros países. Os registros feitos são das Transações Correntes (rendimentos, exportações e importações), Conta de Capital (ativos financeiros que são transferidos de forma unilateral como donativos, perdões de dívidas externas e transferência de patrimônios de imigrantes), Conta Financeira (investimentos diretos e de carteira, de estrangeiros no país ou de cidadãos nacionais no resto do mundo) e Erros e Omissões (correções de erros e omissões que apareçam na apuração dos valores de cada componente) (DICIONÁRIO FINANCEIRO, 2019). 3.4.9 A importância da logística internacional para o Brasil Como ressalta Paul Krugman (1999, p. 13): “Os países participam do comércio internacional por duas razões básicas, cada uma delas contribuindo para seus ganhos do comércio. Primeiro, os países comercializam porque são diferentes uns dos outros. Os países, assim como os indivíduos, podem ser beneficiados por suas diferenças, atingindo um arranjo no qual cada um produz as coisas que faz relativamente bem. Segundo, os países 21 comercializam para obter economias de escala na produção. Isto é, se cada país produz apenas uma variedade limitada de bens, ele pode produzir cada um desses bens em uma escala maior e, portanto, mais eficientemente do que se tentasse produzir tudo”. Depois de tempos sem estar no âmbito internacional, o Brasil foi inserido novamente nos anos 90 e teve que buscar (e ainda busca) formas de se recuperar em questão da competitividade internacional. Conseguindo aos poucos, o país não ficou estagnado economicamente e passou de um país subdesenvolvido para um país emergente. A logística internacional é muito importante para o país, já que traz reconhecimento no exterior com as exportações e variedades de produtos que muitas vezes não são fabricados aqui (importações). Atualmente o Brasil representa apenas 2% no comércio internacional (EFFICIENZA, 2019). 3.5 Customização de Serviços nas Atividades Logísticas Para Ballou (2009) a customização é um trabalho em que pessoas pensam como melhorar sua forma de trabalhar com a logística, sendo uma importante ferramenta de auxilio nas tomadas de decisões das empresas. A logística através de seus processos buscam diminuir o fluxo de informações e matérias com o intuito a alcançar a excelência operacional ,querendo sempre a competitividade em seus mercados, o tempo, custo e o nível de serviço afetado aos seus clientes são fundamentos essenciais para o deslocamento dos produtos e das informações as empresas, é preciso ter ciência de cada ocorrido e estarem sempre aperfeiçoando seus processos. Para customizar um serviço é preciso adaptação e adequação de forma personalizada para atender a necessidade do cliente, sendo algo importante para a competição das empresas aqueles que na qual a empresa se sobre sai mais eficiente consegue ter maiores oportunidades no mercado muitos clientes. Empresas na qual trabalham no ramo da customização atuam com estratégia sendo intenso e competitivo no mercado de produtos e serviços, assim crescendo seu nível de competição desse setor, nesse ambiente a empresa de forma adaptável adota o uso de processos mais flexíveis tornando-a mais eficiente em todos os diversos tipos de segmento, 22 consequentemente identificando meios para o qual possam desenvolver soluções personalizadas sendo assim melhor vista no mercado (BALLOU, 2009). 3.5.1 Terceirização A novidade no atual mercado é a aposta das empresas em terceirizar a modalidade que aconteceu a partir das crises. A logística está com um desenvolvimento, de criar novos serviços para suprir essa necessidade do mercado. Com o crescimento dessa organização, acabou tornando o mercado muito mais competitivo e o que era difícil de ser cumprido acabou se tornando mais ágil e rápido (BALLOU, 2009). Hoje em um dos serviços que pode servir de exemplo é o transporte de mercadorias que é essencial para toda a operação logística, e com isso está aumentando o número de transportadora, muitas empresas de porte grande costumam ter frota própria ou seja ter um carro próprio e terceirizando os demais, lembrando que o custo é alto e os ganhos são mais ainda, pois tem uma agilidade maior no processo de distribuição. Já em uma empresa pequena tem apenas a utilização própria e acaba adquirindo serviços através de parceiros. A logística e o entrosamento para todo o processo da cadeia de suprimentos pode ser considerada as principais funções no desenvolvimento logístico (BALLOU, 2009). 3.5.2 Distribuição Conforme Ballou (2009) a distribuição é um processo onde liga a transição e o seu destino final, a distribuição é um fator importante pois torna mais eficiente ainda, quando é bem planejado reduzindo custos e tempo. Ainda para Ballou (2009) a distribuição física se trata de movimentação, estocagem e processamento de pedidos finais da empresa. Existem 3 tipos de estratégia na distribuição: Entrega direta a partir do estoque da fábrica, entrega direta vindo dos vendedores ou linha de produção e entrega utilizando o sistema de depósito. 23 3.5.3 Processamento de pedidos Segundo Ballou (2009) é confrontar informações de estoque e venda, onde mesmo será enviado ao estoque. Na cadeia de suprimentos é feito pelo formato do pedido, ou seja, desde a solicitação do cliente passando por faturamento e cobrança. 3.5.4 Estoque Estoque é onde se localiza materiais e suprimentos que a empresa ou certa instituição mantém tanto para vender o produto ou para fornecer. Estoques ajudam a maximizar o atendimento aos clientes protegendo a empresa de qualquer surpresa que possa ocorrer em meio aos processos do marketing ou vendas (BALLOU, 2009). 3.5.5 Armazenamento A armazenagem logística e simplesmente depositar os materiais dentro de um armazém, ou seja, compreende no recebimento e descarregamento. No armazenamento vê prevenção de materiais visa agilizar a entrega de produtos para determinado cliente, a armazenagem de produto serve para reduzir desperdícios de tempo e uso de espaço. O armazenamento das partes da solução operacional da logística e é uma das atividades mais importante pois é onde é separado o produto conforme a solicitação do pedido (BALLOU, 2009). 3.5.6 Transporte É basicamente aquilo que se movimenta de um lado para o outro, tanto carga de produto, pessoas animais de um ponto inicial a um destino final, a vários tipos de movimentação de transporte para alcançar o objetivo. Tendo dois principais que são: transporte aéreo (movimentação de carga de alto valor ou mercadoria urgente, podendo ser feita por balões, aviões ou helicóptero) e o transporte hidroviário (um dos meios mais 24 antigos e dos mais utilizado para transporte de grande quantidade e longa distância cruzando fronteiras e continentes)(BALLOU, 2009). 3.5.7 Canais de distribuição Para Ballou (2009) é o mapa de quando for realizar a distribuição para saber onde é mais rápido e vantajoso para distribuir ou executar a distribuição. O desenvolvimento de um mapa de canal deve começar pelo claro delineamento dos segmentos de mercado a serem servidos. Esse canal deve ser realizado de trás para frente visando atender à necessidade e exigência da distribuição. 25 4 ANÁLISE DE DADOS E PROPOSTAS DE MELHORIA Neste capítulo veremos os problemas analisados e as melhorias dispostas para os mesmos. 4.1 Tecnologia da Informação A empresa Disk Maqpeças possui um servidor principal e um sistema ERP (Sistema Integrado de Gestão Empresarial). Este sistema ERP tem como função interligar todos os dados e processos da empresa, cada departamento e funcionário têm o seu usuário e senha com acessos limitados. O sistema vem apresentando algumas falhas após atualizações de rotina e o setor onde ele mais apresenta falhas é no estoque, fazendo com que a quantidade de materiais não sejam lançados e o seu valor de venda deletado, tendo como consequência um aumento na margem de erro da empresa, e inúmeras vezes acaba vendendo algo que consta no estoque e por conta do sistema não ter dado baixa a empresa acaba perdendo venda e vice-versa. Sendo assim, toda contagem que é feita acaba sendo perdida e a empresa se prejudica em diversos fatores tendo que realizar uma nova contagem. Para melhorar o ERP sugerimos limitar o acesso ao estoque, para que só as pessoas relacionadas ao setor terem acesso e também fornecer treinamento a cada atualização (caso ocorra mudanças que saiam da rotina), diminuindo assim a probabilidade de erros e também facilitar saber a fonte do problema é humana ou de programação. Outro fator a ser melhorado em relação ao estoque seriam os pontos de acesso ao sistema. A empresa possui três andares de estoque e apenas o térreo dispõe de computadores com acesso ao sistema. Sendo assim, quando um funcionário precisa desenvolver alguma atividade no 2º e 3º andar ele leva as informações que irá precisar anotadas em um papel e se ele esquece algo, ele é obrigado a descer até o térreo para rever as informações. Isso resulta em perda de tempo, cansaço físico e mental, além de que se alguma informação foi coletada nos andares e o funcionário se distraiu e não anotou, essa informação não irá para o sistema. Analisando isso, sugerimos o desenvolvimento de um aplicativo, onde o sistema possa ser acessado em celulares 26 corporativos, facilitando os processos de procura e disposição de informação dentro do sistema. Com isso ainda, podemos integrar a sugestão proposta em Customização (que é a inclusão da informação de quantidade de produto em caixas master/menor para venda “forçada” e sem sobras) tornando-a mais eficaz, pois com o acesso ao sistema na palma da mão, a colocação dessa informação seria mais rápida e estaria disponível para os vendedores concluírem as vendas. A empresa também mantém o estoque de peças novas com as de conserto juntas, sendo assim sugerimos um segundo estoque para maquinários em conserto, para evitar confusão na venda de cada produto. O ganho obtido pela empresa seria agilidade nos serviços logísticos e rapidez nas entregas das mercadorias, transmissão de uma resposta mais certeira em relação aos produtos disponíveis, evitando atrasos e desentendimentos com os clientes. Fazendo a integração da tecnologia da informação com o marketing, iremos abordar sobre o marketplace, é um modelo de negócio que surgiu no Brasil em 2012, mais conhecido como shopping virtual, que visa facilitar a procura de produtos de diversas marcas em um espaço digital. Essa estratégia traz benefícios para a empresa, como visibilidade e confiança na sua marca uma vez que seus produtos ficam expostos em sites principais onde passam milhares de usuários todos os dias, um exemplo disso é o mercado livre, líder nesse ramo. A empresa não utiliza esse método. Sugerimos que a mesma use o marketplace para ampliar suas vendas e tornar seus produtos mais acessíveis, com o uso do ecommece para fazer essa exposição, vendo que o marketplace é o maior exemplo de visibilidade no mercado, fazendo com que os clientes tenham confiança de comprar seu produto. 4.2 Logística Reversa e Sustentabilidade A Disk MaqPeças trabalha apenas com Logística Reversa de Pós-Venda, quando um cliente compra uma máquina com defeito ou má funcionamento, a mesma retorna a empresa para que a troca seja efetuada. As máquinas que voltam com defeitos irreparáveis são desmontadas e as peças que estão em boas situações são reaproveitadas para o conserto de outros equipamentos ou então essas peças voltam 27 para o estoque, já as máquinas que são devolvidas pelo cliente por não querer mais são revisadas e colocadas para venda novamente. Analisando isso, sugerimos a aplicação do Pós-Consumo, adotando esse conceito, a empresa estaria colaborando com a sustentabilidade do meio ambiente, através da integração de uma cooperativa que será responsável pelo Pós-Consumo da empresa. Esclarecendo, a cooperativa funcionará da seguinte maneira, ela será implementada na mesma região que se localiza a Disk MaqPeças, tendo como objetivo a relação ambiental e social, ou seja, a cooperativa contratará apenas coletores ambulantes que se encontram nas redondezas da cooperativa. Quando o cliente comprar uma máquina da empresa, ele receberá junto com o equipamento um manual informativo referente a cooperativa informando que quando a máquina chega ao seu final de vida útil, o cliente entra em contato com a empresa, a mesma vai retirar a máquina no local e a encaminha à cooperativa que é responsável pelo processo de pós-consumo. Os ganhos que a empresa terá estão relacionados com a sustentabilidade, passando uma imagem ambientalmente correta para seus clientes, melhor destinação de seus componentes e também contribuirá com a geração de empregos. 4.3 Marketing Aplicado à Logística De acordo com o que já foi apresentado sobre o marketing e suas finalidades, foram usadas as teorias descritas em sala de aula na empresa Disk MaqPeças, tratando- se de uma empresa que importa peças e maquinário de corte e costura da China para revenda, ela não possui departamento e profissionais qualificados para investir nessa área e esses processos ficam a cargo dos vendedores e proprietários. De segmentação comercial atacadista e varejista, são feitas vendas indiretas para os clientes, que fazem a revenda para o consumidor final. Em alguns casos especiais são feitas vendas diretas para o consumidor final. Os 4 P's são usados como: a praça, nas feiras de exposições onde a empresa expõe seus produtos, fazendo com que o público empreendedor se interesse e entre em contato para realizar a compra e também através de visitas dos vendedores; o preço é espelhado no mercado atual, mas existem descontos especiais se comprado em grandes 28 quantidades, a empresa ainda tem vantagens sobre outras de mesmo segmento, pois possui algumas peças que a concorrência não tem; a promoção é feita através do site, e-mail marketing, Youtube e redes sociais; o produto tem um diferencial do mercado concorrente, são de marcas renomadas no ramo da indústria têxtil chinesa, com embalagens padronizadas, algumas máquinas são personalizadas de acordo com pedido do cliente como as de bordado, por exemplo. O marketing global é usado na importação da China, através da comunicação com o fornecedor para a negociação dos produtos através do idioma escolhido por ambas as parte que é o inglês, existe a troca da moeda - dólar, também decidem a forma de pagamento e qual termo vai ser usado na importação, além disso, não existe nenhuma abordagem e uniformização coma divulgação da marca numa escala global. Sugerimos que a mesma invista em exportações para países da América do Sul, de preferência os que participem do bloco econômico Mercosul, para aproveitar os benefícios que ele oferece. Os ganhos para a empresa serão reconhecimento internacional, aumente no quadro de clientes e possibilidade de expansão. No momento não é usada a estratégia do marketing verde, sugerimos que a empresa possa adquirir essa política de venda com benefícios ao meio ambiente, com ação voltada à vincular a marca, produto ou serviço a uma imagem ecologicamente consciente. Ao incluir o marketing verde na organização a empresa ganha visão do público que se preocupa com meio ambiente, evita desperdícios e faz uma logística politicamente correta. Com base nisso, se faz o posicionamento de mercado ao passar uma visão ao público positivamente. A aplicação do marketing verde na empresa seria através de uma cooperativa (que está ligada à sugestão de Logística Reversa no projeto), onde será feita a adoção do pós-consumo no qual as máquinas com fim de vida útil passarão por desmanche e separação de componentes, estes serão destinados tanto para o estoque novamente para reaproveitamento e as sobras para descarte ambientalmente correto. O cliente receberá um panfleto explicativo sobre a nova política. 29 4.4 Logística Internacional A empresa Disk MaqPeças desenvolve as atividades de exportação e importação desde 2004, a exportação é usada somente para realização de feiras de exposição na América do Sul. Já a importação é realizada mais constante, pois como dito em sua apresentação a empresa é atacadista e varejista de peças e maquinário para corte e costura. A importação é feita da seguinte maneira: a licença da empresa e automática; é realizado o pedido, esse que pode conter peças para fazer estoque e vendê-los depois ou encomendas específicas de clientes; o fornecedor avalia o pedido e o pagamento varia de acordo com o fornecedor, mas geralmente a maioria opta por cobrança documentária; o prazo é estabelecido, depois de pronto, a importação é feita através de uma trading¹, método indireto adotado pela empresa há dois anos, a trading fica na cidade de Navegantes em Santa Catarina; a escolha dessa trading se dá pelo fato de a empresa se beneficiar fiscalmente através do TTD (Tratamento Tributário Diferenciado) onde a empresa paga 3% de ICMS de entrada de importação e mesmo pagando a diferença na troca de estado (SC -> SP) ela se beneficia do fluxo de caixa; o embarque é feito em containers, o Incoterm usado é FOB (Free On Board) e a carga é com cobertura cambial; os containers chegam de forma programada em Navegantes, dessa maneira acabam embarcando cerca de 3 à 4 containers/mês. Sobre o descarregamento, como o Incoterm usado é FOB o container é deixado no convés do navio, já na alfândega se faz todos os processos de conferência documental e ao fazer o desembaraço aduaneiro, infelizmente algumas vezes o canal constatado é o vermelho, pois o fornecedor manda peças a mais do que foi combinado, sendo assim a empresa acaba tendo que pagar mais impostos do que deveria para a carga ser liberada. Estando tudo nos conformes o Packing List é passado para o escritório da Disk MaqPeças em Itajaí – SC, onde já está liberada para fazer a nota fiscal e transferir a mercadoria para São Paulo, só então um carreto é contratado para transportar o container. Quando a mercadoria chega ao seu destino ela é descarregada em seus devidos lugares e conferida no decorrer dos dias, em média 7 dias. Com uma conferência 30 minuciosa são encontrados muitos erros como: códigos certos com a peça errada dentro e vice-versa; produto com qualidade inferior do que foi solicitado, etc. Com esta análise e sabendo que a empresa dispõe de condições para tal medida, sugerimos a abertura de um escritório na China - Shanghai, onde a maioria dos fornecedores estão localizados. Com uma equipe que acompanhe de perto todos os processos, a empresa se sentirá mais confiante ao fazer um pedido, sabendo que vai receber tudo corretamente. A empresa ganhará em relação ao evitar os transtornos de enfrentar um canal vermelho (pagando mais impostos) e também não chegarão mais peças erradas, essas que ficariam encalhadas sem venda e sem ressarcimento do fornecedor. 4.5 Customização de Serviços nas Atividades Logísticas De acordo com o desenvolvimento de separação dentro da empresa Disk MaqPeças, o pedido é encaminhado do departamento de vendas para o estoque nas caixas correspondentes que são: correio, transportadora ou retirada. Consequentemente é dado prioridade aos pedidos, da seguinte maneira 1° retirada, 2° correios e 3° transportadora. Dando início ao processo de separação de cada produto, o responsável irá até o local indicado e realizará a embalagem das peças e a aplicação do código e quantidade, para que assim cada produto tenha a sua identidade. Os produtos já embalados e endereçados serão colocados em uma caixa e colocadas numa bancada com a folha da descrição do pedido, e em seguida levado para a conferência. As peças são vendidas unitariamente, contudo a maioria dos pedidos que chegam para separar, são sempre acima de 50 unidades. A mercadoria quando chega na empresa em containers contém a caixa master, a caixa menor e o pacote. Esta informação não está disponível no sistema, sugerimos o modo de customizar implantando esse tipo de informação através do sistema ERP que integra os dados da empresa, para que possa facilitar a venda forçada. Em muitos casos por exemplo, o cliente solicitou 10 unidades de lápis, mas na embalagem vem 12 unidades, o vendedor oferece os 12 e o cliente cede. A empresa ganhará mais lucro com 31 a aplicação desse tipo de venda e evitará desperdício de alguns produtos que o correto seria vender em quantidade padrão. A empresa possue alguns clientes que compram todo mês, praticamente os mesmos produtos, sugerimos também a implantação do pré-pedido para que esses clientes que compram as mercadorias todos os meses, deixem quantidades aprovadas para o próximo pedido. Com isso a empresa ganhará agilidade e rapidez na entrega e separação, poupando tempo para realizar outras atividades. 32 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante este projeto pudemos acompanhar os processos logísticos da empresa Disk MaqPeças e concluímos que a mesma pratica de forma errada alguns deles. Foi um desafio para o grupo sugerir algumas estratégias para a otimização desses processos, porém com muito estudo conseguimos superar esses obstáculos. Uma sugestão que propusemos para a empresa foi aceita com muito entusiasmo pela mesma. A medida implantada foi referente à disciplina de Customização de Serviços, onde a inserção de alguns dados simples no ERP da empresa (ver página 30, sobre a medida) alavancaram as vendas em 8% se comparada aos meses anteriores. Com isso o grupo percebeu a importância do estudo de caso para sua formação acadêmica e profissional, sentindo-se gratificados com os resultados positivos obtidos e também por saber que as outras sugestões propostas, estarão sendo estudadas pela empresa, a fim de serem aplicadas futuramente. 33 REFERÊNCIAS BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2009. BERNARDO, Carla et al. Estrutura e comunicação organizacionais: uma autonomia relativa. 2001. CAPARROZ, Roberto. Comércio Internacional esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2012. DAVID, Pierre A.; STEWART, Richard D. Logística Internacional. (tradução Laís Andrade; revisão técnica Joaquim José Correia Assunção Junior, Carlos Francisco Simões Gomes). São Paulo: CengageLearning, 2010. DIAS, Marco Aurélio. Administração de materiais: Uma abordagem a logística. 5ª ed. – São Paulo: atlas, 2010. GUARNIERI, Patricia. Logística Reversa: em busca do equilíbrio econômico e ambiental. Recife: Ed. Clube de Autores, 2011. KEEDI, Samir. Transportes, Unitização e Seguros Internacionais de Carga. Práticas e Exercícios. 5ª Ed. São Paulo: Aduaneiras, 2011. KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011. LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Price. Sistemas de informação gerenciais. 9. ed. São Paulo: Pearson, 2010. LEITE, Paulo Roberto. Logistica Reversa: Meio Ambiente e Competitividade. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005 LUDOVICO, Nelson. Logística Internacional: um enfoque em comércio exterior. Ed. rev. atual. São Paulo: Saraiva, 2007. MASSAROLLO, MCKB. Estrutura organizacional e os serviços de enfermagem. São Paulo: EPU, 1991. OBSTFELD, Paul R. Krugman e Maurice. Economia internacional: teoria e prática. 4ª ed. São Paulo: Akron Books, 1999. BANZATO, Eduardo. Tecnologia da informação aplicada a logística. São Paulo: IMAM, 2005. PORTER, M. Vantagem Competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro: Campus, 1989. 34 SOBRAL F.; PECI A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. Acordos internacionais: vantagens para o comércio exterior. Interseas, 2017. Disponível em: http://interseas.com.br/acordos-internacionais-vantagens-para-o-comercio- exterior. Acesso em: 14/04/2019. Balanço de pagamentos. Dicionário financeiro, 2019. Disponível em: https://www.dicionariofinanceiro.com/balanco-de-pagamentos. Acesso em: 14/04/2019. Entenda o que é Siscomex e saiba como se habilitar. Portual, 2017. Disponível em: https://www.portual.com.br/blog/siscomex-e-saiba-como-se-habilitar. Acesso em: 14/04/2019. Habilitação no RADAR: entenda mais sobre o assunto. Portual, 2019. Disponível em: https://www.portual.com.br/blog/habilitacao-no-radar-entenda-mais. Acesso em: 14/04/2019. IBGE, Concla, 2002. 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