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Biopirataria no Brasil e no Mundo

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Universidade Federal da Bahia 
Instituto de Ciências da Saúde 
Departamento de Ciências da Biointeração. 
Curso: Biotecnologia 
Disciplina: Biossegurança – ICSA04 
Discente: Gabriel Gomes 
Biopirataria 
O conceito de biopirataria surgiu em 1992 com a 'Convenção Sobre Diversidade 
Biológica', apresentada durante a Eco92. Biopirataria pode ser definida como a 
exploração ou apropriação ilegal de recursos da fauna e da flora e do conhecimento das 
comunidades tradicionais [1]. A biopirataria não é apenas o contrabando de diversas 
formas de vida da flora e fauna, mas principalmente, a apropriação e monopolização dos 
conhecimentos das populações tradicionais no que se refere ao uso dos recursos 
naturais. Ainda existe o fato de que estas populações estão perdendo o controle sobre 
esses recursos [2]. 
 A biopirataria acontece em qualquer país do mundo que possua recursos naturais 
com potencial de comercialização e poucos investimentos em pesquisa e 
regulamentação, principalmente relacionada a medicamentos. Historicamente, o uso dos 
recursos e conhecimentos genéticos e dos conhecimentos tradicionais associados tem 
ocorrido de forma injusta. Os países de origem dos recursos genéticos e as comunidades 
indígenas e locais, detentoras de conhecimentos tradicionais associados, sequer têm sido 
consultados pelos que se utilizam desses recursos para obter ganhos econômicos com 
produtos comerciais, quanto mais recebido qualquer tipo de benefício [3] 
Além que a exploração ilegal dos recursos naturais e do conhecimento 
tradicional gera grandes prejuízos para um país, tanto econômicos quanto ambientais. 
No que diz respeito à economia, o país é prejudicado porque a comercialização dos 
produtos gera lucros que não são repartidos de forma justa para o país detentor do 
recurso e para as comunidades tradicionais. 
A biopirataria também causa danos ao meio ambiente, pois coloca em risco a 
biodiversidade de uma área. Ao explorar fortemente uma espécie, sua população 
diminui e, consequentemente, elevam-se os riscos de extinção. [4] 
No Brasil a biopirataria teve início depois do “descobrimento” pelos 
portugueses, em 1500, quando começaram a extrair o pigmento vermelho do Pau Brasil, 
através dos conhecimentos dos índios. Tal ação acabou deixando a espécie em risco de 
extinção. 
 O Brasil acaba sendo alvo principal para ação de biopirataria, pois é 
considerado o país com a maior biodiversidade do planeta e como a dificuldade de 
controle, vigilância e ausência de uma legislação que defina as regras de uso dos 
recursos naturais brasileiros, isso acaba tornando o país um alvo para à ação da 
biopirataria. 
Sendo que podemos exemplificar casos importantes de biopirataria no Brasil, 
tipo: 
Em 1746, o cacau foi levado da Bahia para a África e Ásia, onde o produto 
começou a ser utilizado e vários derivados foram produzidos. Diante do sucesso das 
plantações, a produção do cacau tornou-se uma das principais atividades econômicas 
nesses locais. 
Em 1876, várias sementes de seringueira foram levadas para Inglaterra e 
distribuídas para colônias asiáticas. Quando as árvores cresceram nesses locais, cerca de 
40 anos depois, eles se tornaram os maiores produtores de látex. 
O cupuaçu, fruta típica da Amazônia e da mesma família do cacau, também foi 
alvo de exploração. Empresas japonesas patentearam o fruto e registraram um chocolate 
feito com o caroço de cupuaçu (cupulate). Diante disso, nosso país não podia exportar o 
produto utilizando o nome cupuaçu e cupulate sem o pagamento de royalties. 
Entretanto, esse produto já havia sido criado pela Embrapa e uma grande mobilização 
foi feita para quebrar a patente. Felizmente, a patente japonesa foi quebrada em 2004. 
Uma espécie de rã da Amazônia (Epipedobates tricolor) também foi alvo da 
biopirataria. Cientistas obtiveram rãs de forma ilegal, estudaram seu veneno e 
produziram um produto com propriedades analgésicas, o qual patentearam [4] 
 Políticas de combate à biopirataria no Brasil devem ser implantadas, protegendo 
a biodiversidade brasileira da ação dos caçadores de gens. É necessário que haja 
investimentos para a realização de pesquisas, proporcionando o desenvolvimento de 
novos produtos através da utilização de recursos naturais encontrados no país. [5] 
 
 
 
 
 
Referência 
 
 
 [1] MOVIECO MOVIMENTO ECOLÓGICO. Biopirataria. Disponível em: 
<http://www.movieco.org.br/detalhe_biblioteca/7/biopirataria> Acesso em: 28 de 
novembro de 2016; 
[2] AMAZON LINK. Biopirataria na Amazônia. Disponível em: 
<http://www.amazonlink.org/biopirataria/> Acesso em: 27 de novembro de 2016; 
[3] MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMAB. Biopirataria. Disponível em: 
<http://www.mma.gov.br/patrimonio-genetico/biopirataria> Acesso em: 28 de 
novembro de 2016; 
[4] SANTOS, Vanessa. Biopirataria. Disponível em: 
<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/biopirataria.htm> Acesso em: 27 de 
novembro de 2016; 
[5] FRANCISCO, Wagner. Biopirataria no Brasil. Disponível em 
<http://brasilescola.uol.com.br/brasil/biopirataria-no-brasil.htm>. Acesso em 27 de 
novembro de 2016.

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