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Relatório Teórico Biologia Molecular e Celular Aula 8 Química Industrial 1º Ano 2017/2018 GUSTAVO PINHO MAIA 2 Índice Maquinaria De Sinalização ........................................................................................................................ 3 Fosforilação De Proteínas .................................................................................................................... 3 Proteínas Cinases ................................................................................................................................ 4 Proteínas Fosfatase ............................................................................................................................ 4 Proteínas Ligantes De Guanosina Trifosfato ............................................................................. 5 Segundos Mensageiros.......................................................................................................................... 8 Nucleótidos Cíclicos ........................................................................................................................... 8 Proteína Cinase A (PKA) .................................................................................................................... 9 Derivados De Lípidos ........................................................................................................................ 10 Vias De Sinalização Dos Fosfoinositídios .................................................................................. 11 Vias De Sinalização Dos Eicosanóides ....................................................................................... 12 Via De Sinalização Desencadeada Pela Proteína Ras .......................................................... 12 Cálcio ..................................................................................................................................................... 15 GUSTAVO PINHO MAIA 3 Maquinaria De Sinalização Fosforilação De Proteínas A fosforilação é uma das modificações mais comuns em proteínas envolvidas em diversas vias de sinalização celular. A fosforilação controla a atividade de enzimas metabólicas, motilidade celular, canais membranares, montagem do núcleo e progressão do ciclo celular. Por vezes a fosforilação pode ativar um determinado processo, mas também pode inibir noutros processos (tudo depende da proteína-alvo). Em ambos os casos, é necessário a existência de uma proteína cinase (para adição de um grupo fosfato) e de uma proteína fosfatase (remoção de um grupo fosfato), para regular a atividade de uma determinada proteína. Em eucarióticas, mais de 90% das fosforilações ocorrem em resíduos de serina e treonina, mas a fosforilação de resíduos de tirosina regula inúmeras vias de sinalização. A fosforilação de proteínas tem como enfeito na estrutura e função de proteínas: • Interferência Direita • Alterações Conformacionais • Criação de Locais de Ligação GUSTAVO PINHO MAIA 4 Proteínas Cinases Uma proteína cinase é uma enzima cinase que modifica outras proteínas adicionando quimicamente grupos fosfato (fosforilação). A fosforilação normalmente resulta numa alteração funcional da proteína alvo (substrato) por alteração da atividade enzimática, localização celular ou associação com outras proteínas. As quinases são conhecidas por regularem a maioria das vias celulares, especialmente as envolvidas na transdução de sinal. As proteínas quinases também são encontradas em bactérias e plantas. Catalisam a transferência de um fosfato-γdo ATP para a cadeia lateral de um determinado aminoácido. Muitas das proteínas cinases em eucarióticas são serina/treonina cinase ou tirosina cinase. Algumas proteínas são cinases de lípidos, em que fosforilam fosfoglicéricos de inositol (PI). Proteínas Fosfatase As fosfatases são enzimas que removem um grupo fosfato do seu substrato ao hidrolisar os ésteres monofosfóricos de ácido fosfórico dando lugar a um ião fosfato livre e uma molécula com um grupo hidroxilo livre (desfosforilação). Esta ação é a oposta à realizada pelas fosforilases e cinases, as quais unem grupos fosfatos aos seus substratos utilizando moléculas energéticas como o ATP. GUSTAVO PINHO MAIA 5 O outro grande grupo de fosfatases é o das proteínas fosfatases, que eliminam um grupo fosfato de um resíduo de aminoácido fosforilado da proteína substrato. A fosforilação de proteínas é uma modificação pós-traducional comum das proteínas, catalisada por proteína cinases, enquanto que as proteínas fosfatases invertem o efeito. Existem diversas famílias de fosfatases que removem um grupo fosfato da cadeia lateral de um aminoácido. Proteínas Ligantes De Guanosina Trifosfato Trifosfato de guanosina, também conhecido como guanosina trifosfato ou GTP é uma purina. Pode atuar como substrato para a síntese do RNA durante o processo de transcrição ou de DNA durante a replicação. É uma molécula de "transporte de energia", na forma de potencial de transferência de grupos fosfato, assim como o ATP. É usado como fonte de energia para a síntese de proteínas e na gliconeogénese. GUSTAVO PINHO MAIA 6 GTP é essencial para a transmissão de sinais, especialmente com proteínas-G, em mecanismos mensageiros secundários onde é convertido a guanosina difosfato (GDP) pela ação de GTPases. Como dito, as células usam proteínas ligantes de GTP (chamadas de GTPases ou proteínas G) para regularem inúmeras funções, incluindo síntese proteica, transdução de sinal a partir de recetores da membrana plasmática, regulação do citoesqueleto, tráfico membranar e transporte nuclear. Todas as GTPases usam o mesmo ciclo enzimático. A conformação depende se está ligada a GTP ou GDP. Proteínas G Triméricas A Proteína G pertence a uma classe de proteínas envolvidas na transdução de sinais celulares, ela é um importante mediador de vias metabólicas na forma de heterotrímero, com subunidades α, β e γ, que, na membrana plasmática, está associado a recetores GPCR. Como dito anteriormente: • Possui 3 subunidades (α, β e γ) • A subunidade 𝐺α possui um domínio de ligação ao GTP • As subunidades 𝐺β e 𝐺γ ligam-se fortemente uma á outra, mas “separam-se” da subunidade 𝐺α. Os recetores de 7 hélices ativam uma proteína G trimérica, induzindo a dissociação do GDP e ligação do GTP, conduzindo á dissociação de 𝐺α da 𝐺βγ. Isto vais gerar dois sinais que atuam em proteínas efetoras a jusante, como visualizado na figura. GUSTAVO PINHO MAIA 7 Os mamíferos têm cerca de 20 genes para a subunidade 𝐺α, 5 genes para a subunidade 𝐺β e 12 genes para a subunidade 𝐺γ. Atuam numa variedade limitada de efetores a jusante, incluindo canais iónicos e enzimas que produzem segundos mensageiros. GUSTAVO PINHO MAIA 8 Segundos Mensageiros Segundos mensageiros intracelulares são moléculas de sinalização libertadas pela célula para provocar alterações fisiológicas tais como a proliferação, diferenciação, translocação de vesículas, produção de enzimas e a apoptose (morte celular programada). Ocorrem em resposta a ativação de recetores celular por hormônios, neurotransmissores ou fatores de crescimento, que podem assim ser considerados os primeiros mensageiros. São quimicamente diversos, variam desde lípidos hidrofóbicos residentes na bicamada lipídica, a iões inorgânicos (𝐶𝑎2+) e nucleótidos cíclicos. Grande parte dos segundos mensageirossão produzidos por enzimas que variam rapidamente entre o estado ático e inativo. Grande parte das enzimas responsáveis pela síntese dos segundos mensageiros são ativadas devido á ativação de recetores membranares, Nota: Os segundos mensageiros acoplados á proteína G mais comuns: • Adenosina Monofosfato Cíclico (cAMP) • Guanina Monofosfato Cíclico (cGMP) • Inositol Trifosfato (IP3) • Diacilglicerol (DAG) • Iões de Cálcio (𝐶𝑎2+) Nucleótidos Cíclicos A Adenil ciclase é uma proteína transmembranar, que é ativada pela subunidade α da proteína Gs. 𝐶𝑎2+ /calmodulina ou proteína cinase C GUSTAVO PINHO MAIA 9 (PKC) ativam algumas adenilil ciclases. A subunidade αda proteína G, inibe a adenilil ciclase. Os nucleótidos cíclicos difundem-se pelo citoplasma, ativando proteínas cinase e canais iónicos. São inativados pelas fosfodiésterases. O cGMP é sintetizado a partir de GTP pela enzima citosólica guanilil ciclase, que funciona como o recetor de gás óxido nítrico (NO). O aumento dos níveis de cGMP num vaso sanguíneo induz um relaxamento músculo liso, promovendo um aumento de fluxo sanguíneo. Nota: Sildenafil (Viagra) Inibe a fosfodiésterase 5 no corpus cavernosum Proteína Cinase A (PKA) A proteína cinase A (PKA) é uma família de enzimas cuja atividade depende dos níveis de cAMP da célula. Tem diversas funções na célula, incluindo regulação de glicogénio, açúcar, e metabolismo lipídico. É formada por duas subunidades reguladoras e duas catalíticas. As subunidades catalíticas fosforilam substratos citoplasmáticos e membranares e também pode mover-se para o núcleo para ativar o fator de transcrição CREB (proteína de ligação a elementos de resposta aos nucleótidos cíclicos). GUSTAVO PINHO MAIA 10 Derivados De Lípidos Os principais segundos mensageiros derivados de lípidos são: • DAG • IP3 • PIP3 A fosfolipase C (PLC) cliva o PIP2 e origina DAG e IP3. Pode ser ativada tanto pela proteína 𝐺𝑘 , como por recetores tirosina- cinase. O DAG permanece na bicamada lipídica, ativando a proteína cinase C (PKC). Esta enzima regula a atividade de diversas proteínas envolvidas na regulação da expressão génica, motilidade, metabolismo, etc. O IP3 difunde-se pelo citoplasma ativando um canal de 𝐶𝑎2+ localizado no reticulo endoplasmático. GUSTAVO PINHO MAIA 11 Resumindo: Vias De Sinalização Dos Fosfoinositídios São uma família de enzimas envolvidas em funções celulares tais como crescimento celular, proliferação, diferenciação, mobilidade, sobrevivência e tráfego intracelular, O PIP3 (2º mensageiro) conduz á ativação da enzima PKB/Akt na membrana celular. A PKB/Akt promove o crescimento celular (estimula a síntese proteíca) e sobrevivência (inibe a apoptose). GUSTAVO PINHO MAIA 12 Vias De Sinalização Dos Eicosanóides São as moléculas derivadas de lípidos. Exercem um complexo controlo sobre diversos sistemas do organismo humano, especialmente na inflamação, imunidade e como mensageiros do sistema nervoso central. São importantes segundos mensageiros que “escapam” das células (mensageiros intracelulares) e medeiam os seus efeitos através da ligação a recetores de 7-hélices localizados na superfície celular das células vizinhas. São uma diversa família de metabolitos derivados do ácido araquidónico, incluindo prostaglandinas, tromboxanos, leucotrienos e prostaciclinas. Via De Sinalização Desencadeada Pela Proteína Ras A importância da proteína RAS na sinalização intracelular foi indicada por meio de experimentos com microinjeção de RAS ativa e anticorpos anti-RAS, mostrando que RAS não é somente capaz de induzir o crescimento anormal característico de células de cancro, mas é necessária para a resposta de células normais à estimulação de fator de crescimento. GUSTAVO PINHO MAIA 13 A proteínas Ras tem como funções: • Estimulo e controlo da multiplicação celular • Estimulo e controlo da diferenciação celular • Mecanismo de transporte • Fusão de membranas A proteína RAS encontra-se diretamente relacionada com o recetor catalítico (tirosino- quinase) em sua porção intracelular, pois a proteína RAS encontra-se ligada à superfície citoplasmática (citoplasma) da membrana celular. A proteína RAS participa da transmissão recebida por um recetor levando a informação, através de vários estágios, até o interior do núcleo celular, para estimular a diferenciação e a multiplicação da célula. A proteína RAS está ativada quando combinada com GTP e inativa quando ligada a GDP. RAS é convertida ao estado ativo (ligada a GTP) pela troca da GDP ligada por GTP, que é estimulada por fatores de troca do nucleotídeo guanidina (GEFs). Ativa, a RAS pode se ligar a outras proteínas que estimulam a Via MAP-cinase e dirigir a proliferação e diferenciação celular. A atividade de RAS é terminada pela hidrólise de GTP, que é estimulada por proteínas ativadoras de GTPase (GAPs), quando a proteína volta ao seu estado inativo. Resumindo: • Recetores associados a enzimas podem ativar a proteína RAS • Proteína RAS: Proteína G monomérica localizada no folheto interno na membrana plasmática GUSTAVO PINHO MAIA 14 Como dito anteriormente, esta via esta via de sinalização está envolvida na proliferação celular, diferenciação e sobrevivência. GUSTAVO PINHO MAIA 15 Cálcio O cálcio, regula muitos processos celulares, incluindo transmissão sináptica, fertilização secreção, contração muscular e citocinese. Os níveis de cálcio no citoplasma são muito baixos (0.1uM). Esses mesmos níveis, são controlados pela sua libertação e remoção do citoplasma. A sua difusão pelo citoplasma é muito baixa, podendo ser sequestrado por diversas proteínas ligantes de 𝐶𝑎2+, particularmente a calmodulina. O complexo 𝐶𝑎2+/calmodulina, regula a atividade de diversas proteínas incluindo PKC do NO (NOS), adenilil ciclase, canais iónicos (𝐾+) e fatores de transcrição (CREB).
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