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Economia e Mercado Imobiliario Aulas 1 a 5


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Economia e Mercado Imobiliário – 2017.1
Aula 1 – Introdução a Economia.
Economia pode ser conceituada como a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos, na produção de bens e serviços.
O objeto principal de estudo da Economia é a escassez e, em função da escassez de recursos, vários problemas são tratados pela Economia: desemprego, inflação, alta do dólar, aumento de impostos, redução da taxa de juros, falta de produtos no mercado, pobreza, Produto Interno Bruto, superávit na balança de pagamentos, mercado imobiliário, mercado financeiro, bolsa de valores, exportação, importação, preço de commodities, preço internacional do petróleo, reservas monetárias de um país e tantos outros. Lembre-se que o conceito de Economia está ligado aos recursos escassos, desejos e necessidades humanas ilimitadas e produção de bens e serviços de forma eficiente.
O QUE E QUANDO PRODUZIR? O quê e quanto produzir: referem-se à escolha de quais produtos e serviços deverão ser produzidos e oferecidos e em que quantidades deverão ser disponibilizados.
COMO PRODUZIR? A questão é quem produzirá esses bens e serviços, com quais recursos e como serão produzidos ou disponibilizados.
PARA QUEM PRODUZIR? O terceiro problema é para quem será destinada a produção de bens ou oferta de serviços.
EFICIÊNCIA: É produzir mais com menos.
EFICÁCIA: É atingir os objetivos, metas propostas.
SISTEMAS ECONÔMICOS: Existem duas formas principais de sistemas econômicos (ou organizações econômicas).
Economia de mercado (ou economia da livre iniciativa, ou ainda, economia descentralizada).
Economia Planificada (ou economia centralizada).
Na verdade, não existe, nos dias atuais, uma economia de mercado ou centralizada puras. O que existe são combinações desses dois sistemas econômicos, havendo a predominância de um deles, poderíamos dizer que há sistemas mistos, intermediários ente os dois, combinando a opção do livre mercado com a intervenção do governo.
FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA CENTRALIZADA: Neste sistema econômico, os problemas econômicos são decididos pelos órgãos centrais de planejamento, e não pelo mercado. Os meios de produção pertencem ao estado, portanto, são de propriedade pública. Enquanto que na economia de mercado os meios de produção são de propriedade privada, as terras, edifícios, entidades financeiras, fábricas, máquinas, equipamentos, insumos, enfim, os meios de produção são de propriedade pública.
Aula 2 – A Interrelação da Economia com as Outras Ciências.
A teoria econômica constitui-se de um conjunto unitário de conhecimentos da realidade, os quais são preceitos ou soluções aplicáveis a problemas particulares, do indivíduo ou da sociedade.
Os argumentos que compõem a teoria econômica são classificados em:
1 – ARGUMENTOS POSITIVOS: têm caráter descritivo e referem-se ao fato em si, à ocorrência, ao que é, ao que foi ou ao que será. Sua validade pode ser verificada ao se confrontar o fato ocorrido com a realidade.
A economia positiva é o conjunto de conhecimentos objetivos que respeitam todos os cânones científicos. Por exemplo, quando afirmamos que a carga tributária brasileira é muito alta, estamos procedendo a uma análise positiva da realidade econômica, uma vez que estamos descrevendo um fato, uma situação.
2 – ARGUMENTOS NORMATIVOS: têm o caráter prescritivo, ou seja, referem-se ao que deveria ser. Os argumentos normativos não podem ser confrontados com a realidade e estão carregados de valores subjetivos. 
A economia normativa contém juízo de valor, se afirmamos que a economia brasileira poderia ser dinamizada através da redução da carga tributária, estamos fazendo juízo de valor ou, em outras palavras, estamos realizando uma análise normativa.
COMO A ECONOMIA É PERCEBIDA? 
“Os problemas econômicos não têm contornos bem delineados. Eles se estendem, perceptivelmente, pela política, pela sociologia e pela ética, assim como há questões políticas, sociológicas ou éticas que são envolvidas ou mesmo decorrentes de posturas econômicas. Não será exagero dizer que a resposta final às questões cruciais da economia encontra-se em algum outro campo. Ou que a resposta a outras questões humanas, formalmente tratadas em outras esferas das ciências sociais, passará necessariamente por alguma revisão do ordenamento real da vida econômica ou do conhecimento econômico” (KENNETH BOULDING apud ROSSETI, 2003, p. 31).
Lembre-se que economia é uma ciência social.
A RELAÇÃO DA ECONOMIA COM AS DEMAIS CIÊNCIAS:
As ciências sociais são caracterizadas como ciências do comportamento, ou como ciências humanas e como Economia é uma ciência social, pois trata do indivíduo e da sociedade, necessita de aportes de conhecimento oriundo das diversas ciências sociais e como tem parte de seu arcabouço teórico construído em cima de probabilidades, recorre à Matemática e à Estatística para servirem como instrumentos metodológicos. A Teoria Econômica nos acena com a possiblidade de adotar, mais das vezes, o tratamento quantitativo, porém cada variável estudada expressa resultados produzidos por um complexo sistema de relações sociais, ou seja, o fenômeno econômico está condicionado a uma multiplicidade de fatores extra-econômicos (ROSSETI, 2003, p. 42).
A DIVISÃO DO ESTUDO ECONÔMICO:
A teoria econômica representa um só corpo de conhecimento, mas, como os objetivos e métodos de abordagem podem diferir, de acordo com a área de interesse do estudo, costuma-se dividi-la da forma a seguir: 
1 – MICROECONOMIA OU TEORIA MICROECONÔMICA: 
Estuda o comportamento da unidades econômicas básicas: consumidores e produtores e mercado no qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e quantidades em mercados específicos.
2 – MACROECONOMIA OU TEORIA MACROECONÔMICA: 
Estuda a determinação e o comportamento dos grandes agregados, como PIB, consumo nacional, investimento agregado, exportação, nível geral de preços etc., com o objetivo de delinear uma política econômica.
Por um lado tem um enfoque conjuntural, isto é, preocupa-se com a resolução de questões como inflação e desemprego, a curto prazo. Por outro, trata de questões estruturais, de longo prazo, estudando modelos de desenvolvimento que levem à elevação do padrão de vida (bem-estar) da coletividade. Esse enfoque de longo prazo é denominado de Teoria do Desenvolvimento Econômico.
Aula 3 – Um Breve Retrospecto da Evolução da Teoria Econômica.
INÍCIO DA TEORIA ECONÔMICA:
A periodização da história de qualquer teoria depende muito do aspecto que se está privilegiando, bem como tem embutido certo grau de arbitrariedade.
A história da Teoria Econômica foi dividida em três grandes períodos:
1 – ANTIGUIDADE: No início, a Ciência Econômica denominava-se Economia Política. as questões econômicas de maior relevância eram o sistema de posse territorial, a servidão, a arrecadação de tributos, a organização da primeiras corporações, a concessão de mercados, o comércio interregional, a cunhagem e o emprego de moedas, sendo estas questões tratadas sob a ótica da política, da filosofia e do direito canônico. 
2 – ERA MEDIEVAL: Na Idade Média, principalmente do século XI ao XIV, surgiu uma atividade econômica regional e inter-regional, organizaram-se coorporações de ofícios, generalizaram-se as trocas urbano-rurais, retomou um novo impulso o comércio mediterrâneo. A Igreja procurou “moralizar” o interesse pessoal, reconheceu a dignidade do trabalho (manual e intelectual), condenou as taxas de juros, buscou o “justo preço”, a moderação dos agentes econômicos e o equilíbrio dos atos econômicos. 
3 – MUNDO MODERNO.
MERCANTILISMO:
A partir do século XVI nasce o mercantilismo. Apesar de não representar um conjunto homogêneo, o mercantilismo tinha algumas preocupações explícitas sobre a acumulação de riquezas de uma nação. Continha princípios de como fomentar o comércio exterior e entesourar riquezas. 
O acúmulo de metais adquire grande importância, e aparecem relatos mais elaborados sobre a moeda. Para esses pensadores, a riquezade uma nação era diretamente proporcional à quantidade de ouro e pedras preciosas que possuía tal nação. O resultado desse pensamento econômico foi a propagação de guerras, o exacerbado nacionalismo e a presença constante e poderosa do Estado nos assuntos econômicos. 
FISIOCRACIA:
Na verdade, a fisiocracia surgiu como reação ao mercantilismo. A fisiocracia sugeria que era desnecessária a regulamentação governamental, pois a lei da natureza era suprema, e tudo o que fosse contra ela seria derrotado. A função do soberano era servir de intermediário para que as leis da natureza fossem cumpridas. Ao enaltecer a relação do homem com a natureza, os fisiocratas não eram partidários da intervenção do Estado na economia, criando o termo “laissez-faire”, que posteriormente se converteria no símbolo das ideias liberais.
SOCIALISMO
Fortaleceram-se os ideais do socialismo, como reação às iniquidades atribuíveis à ordem liberal, notadamente o crescente distanciamento entre os empreendedores e a classe trabalhadora. A partir do final da primeira metade do século XIX, com o marxismo, a estrutura teórica do pensamento socialista consolidou-se. Os fundamentos de uma nova concepção de economia e de ordenamento do processo econômico estavam definidos
Aula 4 – Microeconomia.
FUNDAMENTOS DA MICROECONOMIA:
A Microeconomia permite a análise dos fenômenos econômicos como se usasse um microscópio, observando os agentes econômicos individuais, consumidor e produtor, preocupando-se com a formação de preços de bens e serviços e dos fatores de produção, em mercados específicos. 
A Microeconomia estuda a interação entre consumidores e produtores de bens e serviços no sistema de livre marcação de preços, analisando a oferta (atuação dos produtores) e demanda (comportamento dos consumidores) e o mercado de bens e serviços. 
A Microeconomia analisa, também, a oferta (atuação dos consumidores) e procura dos fatores de produção (comportamento dos produtores) e suas respectivas remunerações e ainda, o mercado de fatores de produção.
A condição Coeteris Paribus: coeteris paribus é uma expressão em latim que significa tudo o mais constante (VASCONCELLOS, 2009, p. 29).  
A Teoria da Demanda ou Teoria da Procura estuda as diferentes formas que a demanda pode assumir e os fatores que a influenciam. 
A Teoria da Oferta abrange a Teoria da Produção, que estuda o processo de produção numa perspectiva econômica, e a Teoria dos Custos de Produção, que classifica e analisa os custos. 
A Teoria da Produção envolve apenas relações físicas entre o produto e os fatores de produção, enquanto a Teoria dos Custos já envolve preços dos insumos de produção. 
A análise das estruturas de mercado aborda a maneira como estão organizados os mercados e como são determinados o preço e quantidade de equilíbrio nesses mercados. É dividida na análise da estrutura dos mercados de bens e serviços e dos mercados dos fatores de produção (cuja procura é chamada demanda derivada, dado que os mercados de insumos derivam, em última análise, de como se comporta o mercado de bens e serviços) (VASCONCELLOS, 2009, p. 30).
ANÁLISE DA DEMANDA DE MERCADO:
Procura, ou demanda individual, é a quantidade de um determinado bem ou serviço que o consumidor deseja adquirir em certo período de tempo.  Demanda é um desejo de adquirir, é uma aspiração, um plano, e não sua realização. 
RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA:
A restrição orçamentária é o montante de renda disponível do consumidor, em dado período de tempo. Ela limita as possibilidades de consumo, condicionando quanto ele pode gastar.
VARIÁVEIS QUE AFETAM A DEMANDA:
A demanda de um bem ou serviço pode ser afetada por muitos FATORES. Tradicionalmente, a função demanda é colocada como dependente das seguintes VARIÁVEIS, consideradas as mais relevantes e gerais, pois costumam ser observadas na maioria dos mercados de bens e serviços. 
	FATORES
Riqueza (e sua distribuição).
Renda (e sua distribuição).
Preço do bem.
Preço dos outros bens.
Fatores climáticos e sazonais.
Propaganda.
Hábitos, gostos, preferências dos consumidores.
Expectativas sobre o futuro.
Facilidades de crédito (disponibilidade, taxa de juros, prazos).
	VARIAVEIS
São as variáveis mais frequentes para explicar a demanda de qualquer bem ou serviço. Agora, o mercado de cada bem tem suas particularidades, e algumas dessas variáveis podem ou não afetar a demanda; ou, ainda, a demanda pode ser afetada por variáveis não incluídas nessa relação. Para estudar o efeito individual de cada uma dessas variáveis sobre a procura de um determinado bem ou serviço, recorremos à hipótese de coeteris paribus (todas as demais variáveis permanecem constantes).
qdi = f (pi, ps, pc, R, G): Função Geral da Demanda
qdi =  quantidade procurada (demandada) do bem i
pi =   preço do bem i
ps =  preço dos bens substitutos ou concorrentes
pc =   preço dos bens complementares 
R =   renda do consumidor
G =  gostos, hábitos e preferências do consumidor
CURVA DE DEMANDA DE MERCADO DE UM BEM OU SERVIÇO:
Até aqui, não houve distinção entre a demanda do consumidor individual e a demanda de mercado. A demanda de mercado é igual ao somatório (de quantidades) das demandas individuais:
 n
Dmercado = ∑ dconsumidores individuais 
 i= 1
para i = 1, 2, 3, ... n
Assim, a cada preço, a demanda de mercado é a soma das demandas dos consumidores individuais.
	VARIAÇÕES DA DEMANDA
Dizem a respeito ao deslocamento da curva da demanda, em virtude de alterações em ps , pc, R ou G (ou seja, mudanças na condição coeteris paribus). Por exemplo, supondo uma campanha antitabagista, haverá uma diminuição da demanda.
	VARIAÇÃO NA QUANTIDADE DEMANDA
Refere-se ao movimento ao longo da própria curva da demanda, em virtude da variação do preço do próprio bem pi (no caso houve um aumento no preço do cigaro), mantendo-se as demais variáveis constantes (coeteris paribus)
O EXCEDENTE DO CONSUMIDOR:
O excedente do consumidor é o benefício líquido que o consumidor ganha por ser capaz de comprar um bem ou serviço. É a diferença entre a disposição máxima a pagar por parte do consumidor e o que ele efetivamente paga.
Aula 5 – Microeconomia Parte II.
CONCEITO DE OFERTA:
Oferta é a quantidade de um bem ou serviço que os produtores desejam vender por unidade de tempo. Aqui é preciso destacar dois elementos. A oferta é um desejo, um plano, uma aspiração. A oferta  é um fluxo por unidade de tempo. Igualmente à demanda, a oferta depende de inúmeros fatores. (GREMAUD et al., 2004, p. 138).
Como na demanda, a oferta representa um plano ou intenção, neste caso, dos produtores e vendedores, e não a venda efetiva. Como veremos mais adiante, as quantidades ofertadas são pontos em que os vendedores estão maximizando seus lucros (VASCONCELLOS, 2009, p. 49).
AS VARIÁVEIS QUE AFETAM A OFERTA DE UM BEM OU SERVIÇO:
A função geral da oferta de um bem ou serviço está determinada pelas seguintes variáveis (VASCONCELLOS, 2009, p. 49):
q0i = f ( pi, pfp, pn, T, M) onde:
q0i = quantidade ofertada do bem i.
pi =  preço do bem i.
pfp = preço dos fatores e insumos de produção (matéria-prima, mão de obra etc.).
pn = preço de outros n bens, substitutos na produção.
T = tecnologia.
M = objetivos e metas de empresário.
É a chamada função geral da oferta, se o preço do  bem aumenta, estimula as empresas a produzirem mais, coeteris paribus, pois a receita e o lucro aumentam e a relação será sempre positiva. Vejam a expressão a seguir (VASCONCELLOS, 2009, p. 49):
∆ q0i
 >0
∆ pi
Assim, como definimos uma escala de procura, tem-se também uma escala de oferta, que mostra como os empresários reagem, quando se altera o preço do  bem ou serviço, coeteris paribus. Por exemplo (VASCONCELLOS, 2009, p. 50):
	Preço ($)
	Quantidade demandada (unidades)
	1,00
3,00
5,00
10,00
15,00
	24
32
40
60
80
Tal como a demanda, a curva de oferta pode ser interpretada sob duas perspectivas: 
dado o preço, a quantidade máxima que o produtorestará disposto a ofertar, ou, alternativamente, dada a quantidade, o preço mínimo que o produtor estará disposto a receber por essa quantidade (VASCONCELLOS, 2009, p. 50).
RELAÇÃO ENTRE A OFERTA DE UM BEM E PREÇO DO FATOR (INSUMO) DE PRODUÇÃO (PFP):
Se, por exemplo, o preço do  fator mão-de-obra  aumenta,  diminui  a oferta do bem, coeteris paribus e  haverá  um deslocamento da curva de oferta para baixo. O mesmo vale para os demais fatores de produção, como terra, matérias-primas, energia etc. (VASCONCELLOS, 2009, p. 50).
Supondo pi, pn, T, M constantes q0i = f ( pfp )
A variação da quantidade ofertada dividida pela variação do preço do fator de produção será sempre um número negativo. Eis a equação (VASCONCELLOS, 2009, p. 51):
∆ q0i
 <0
∆ pfp
Se, por exemplo, o preço do papel para impressão aumenta, diminui a oferta de livros, coeteris paribus e a curva de oferta desloca-se em direção à origem em virtude do aumento de preço do insumo. O mesmo vale para os demais fatores de produção, como mão de obra, energia etc. O deslocamento da curva de oferta acontece de acordo com o seguinte (VASCONCELLOS, 2009)
Aumento do preço do fator de produção, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem (curva O”);
Redução do preço do fator de produção, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem (curva O’).
O gráfico mostra o deslocamento da oferta dados um aumento ou uma redução no preço de um fator de produção (VASCONCELLOS, 2009, p. 51-52).
CURVA DE OFERTA DE MERCADO DE UM BEM OU SERVIÇO: 
É a soma horizontal (de quantidades) das curvas de oferta das firmas individuais, que produzem um dado bem ou serviço (VASCONCELLOS, 2009, P. 52):
 n
 Omercado = ∑ qfirmas individuais
 j = 0
 j = 1, 2, ..., n firmas
A cada preço, a oferta de mercado é a soma das ofertas das firmas individuais (VASCONCELLOS, 2009, p. 52).
OBSERVAÇÕES SOBRE A OFERTA DE UM BEM OU SERVIÇO:
1 – VARIAÇÃO DA OFERTA X VARIAÇÃO DA QUANTIDADE OFERTADA: 
Como já foi assinalado na função demanda, também há uma diferença entre uma variação da oferta e uma variação da quantidade ofertada (VASCONCELLOS, 2009, p. 53):
Variação da oferta: deslocamento da curva (quando altera a condição coeteris paribus, ou seja, quando se alteram pfp, pn, O, T ou A;
Variação da quantidade ofertada: movimento ao longo da curva (quando se altera o preço do próprio bem pi, mantendo-se as demais variáveis constantes).
2 – FORMATO DA CURVA DE OFERTA:
Tal como a demanda, a curva de oferta pode ter um formato linear, ou potencial, ou exponencial, dependendo de como os dados estatísticos se apresentarem (VASCONCELLOS, 2009, p. 53). 
Estatisticamente, as variáveis que comparecem com mais regularidade nas estimativas de funções de oferta são o preço do próprio bem e o custo dos fatores de produção (VASCONCELLOS, 2009, p. 53).
Na maior parte dos estudos empíricos, observamos que a oferta depende mais do preço do período anterior, do que do preço no próprio período, dado que as decisões de alterar a produção não são tomadas de imediato, exigindo um certo intervalo de tempo para as empresas ajustarem sua planta de produção aos novos preços (VASCONCELLOS, 2009, p. 53).
3 – O CONCEITO DE EXCEDENTE DO PRODUTOR:
O excedente do produtor é o ganho em bem-estar pelo fato de o produtor receber no mercado um preço maior que aquele mínimo que viabilizaria sua produção (VASCONCELLOS, 2009, p. 53). 
Como pode ser visualizado na figura abaixo, dado o preço de mercado de $ 20, o produtor estaria disposto a receber, para produzir a primeira unidade, um preço mínimo de $ 40 para produzir duas unidades e finalmente, com o preço de $ 200, a produção chegaria a 5 unidades. 
Contudo, na prática, ele recebe o preço de mercado, ganhando a diferença entre o preço de mercado e sua disposição mínima a receber. O excedente do produtor, portanto, está representado pela área hachurada (VASCONCELLOS, 2009, p. 53).
O EQUILÍBRIO DE MERCADO DE UM BEM OU SERVIÇO:
O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela procura. Colocando em um único gráfico (próxima figura) as curvas de oferta e de procura de um bem ou serviço qualquer, a interseção das curvas é o ponto de equilíbrio E, ao qual correspondem o preço ($ 60) e a quantidade (10) (VASCONCELLOS, 2009, p. 54). 
Este ponto é único: a quantidade que os consumidores desejam comprar é igual à quantidade que os produtores desejam vender. Ou seja, não há excesso ou escassez de oferta ou de demanda. Existe coincidências de desejos (VASCONCELLOS, 2009, p. 54). 
MUDANÇAS NO PONTO DE EQUILÍBRIO, EM VIRTUDE DE DESLOCAMENTOS DAS CURVAS DA OFERTA E DA DEMANDA:
Como vimos, existem vários fatores que podem provocar deslocamentos das curvas de oferta e demanda, que evidentemente provocarão mudanças do ponto de equilíbrio (VASCONCELLOS, 2009, p. 55). 
O aumento de demanda, por exemplo, afeta o equilíbrio. Caso as pessoas passem a cultivar o hábito da leitura de livros (coeteris paribus), o “hábito” aumenta a demanda A oferta permanece inalterada, pois este determinante não afeta diretamente as livrarias. A curva de demanda se desloca para a direita. O preço e a quantidade são aumentados (novo ponto de equilíbrio). Observe o gráfico (VASCONCELLOS, 2009, p. 55)
Uma redução na oferta, por sua vez, também afeta o equilíbrio. Vamos supor que várias editoras decidem encerrar suas atividades no país. 
Com isso, a curva da oferta é alterada, enquanto a curva da demanda continua a mesma (a quantidade demandada não foi alterada). A curva de oferta se desloca para a esquerda (a qualquer preço a quantidade ofertada é menor). Como consequência imediata, o preço aumenta e a quantidade demandada diminui (novo ponto de equilíbrio).
Poderá ocorrer um tanto uma variação positiva ou negativa da demanda, quanto uma variação positiva ou negativa da oferta ao mesmo tempo. 
No que diz respeito ao preço, o efeito final dependerá do deslocamento relativo das das curvas. Segue a seguir sua representação gráfica para um melhor entendimento de um deslocamento positivo da demanda e um deslocamento negativo da oferta.