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Processo Civil Citações NCPC 2015

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RESUMO 
O presente trabalho tem como objetivo discorrer sobre Citações, previsto em nosso 
Código Civil de 2.015. Trata-se de seu conceito da integração ao Réu, executado ou 
interessado ao processo, teorias, condições e efeitos. O estudo foi elaborado com base 
doutrinárias e do Código de Processo Civil de 2015. 
 
 
PALAVRAS CHAVE: Processo Civil - Atos Processuais – Citação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 I. Conceito 
Conforme a definição legal, “citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o 
executado ou o interessado para integrar a relação processual” (NCPC, art. 238). 
1 Sem a citação do réu, não se aperfeiçoa a relação processual e torna-
se inútil e inoperante a sentença. (JUNIOR. Humberto Theodoro - 
Curso de direito processual civil – Vol. I) 
Como mencionado pelo Prof. Dr. Humberto Theodoro1, “sem a citação não se perfaz 
o direito a ampla defesa e contraditório”, direito qual nos é garantido pela constituição federal 
(Art. 5º, LV, CF 88), portanto a citação é um ato de extrema importância em um processo, 
pois, não há sentido em se dar sequência a um processo em que uma das partes não tenha 
ciência da existência desse processo. De outro lado assim que se concretiza a citação válida, o 
réu automaticamente estará no processo, mesmo contra a vontade do citado, cabendo a este 
somente formular sua defesa. 
O art. 239 considera a citação como pressuposto indispensável para a validade do 
processo e o art. 242 determina que a citação seja feita pessoalmente podendo, no entanto, ser 
feita na pessoa do representante legal ou do procurador do réu, executado ou interessado. 
I.I. Citação direta 
Aquela que é feita diretamente ao réu ou seu representante legal 
 
I.II. Citação indireta 
É realizada por meio de outras pessoas com o poder de vinculá-las. Ex. advogado. 
 
I.III. Citação dos absolutamente incapazes 
Para citar menores de 16 anos, será através de seus pais, tutor ou curador. 
A lei 13.146/15 ( Estatuto do deficiente) altera, no código civil, o conceito de 
absolutamente incapaz, determinando que apenas os menores de 16 anos poderão ser assim 
considerados.2
 
1 JUNIOR. Humberto Theodoro - Curso de direito processual civil – Vol. I 
2(MARQUES, Paulo Edson – Apostilas Solução – 2017). 
 
 
 
 
 
I.IV. Citação dos relativamente incapazes 
Aos maiores de 16 e menor de 18 anos será feita a citação para estes e seus 
representantes legais. 
 O estatuto do deficiente eliminou do rol de relativamente incapazes aqueles que, por 
deficiência mental, tenham o discernimento reduzido e os excepcionais, sem desenvolvimento 
mental completo. 
I.V. Citação do mentalmente incapaz 
O CPC traz em seu artigo 245 e dispositivos a figura do mentalmente incapaz, 
Não se fará citação quando se verificar que o citando é mentalmente incapaz ou está 
impossibilitado de recebê-la. 
§ 1º O oficial de justiça descreverá e certificará minuciosamente a ocorrência. 
§ 2º Para examinar o citando, o juiz nomeará médico, que apresentará laudo no prazo 
de 5 (cinco) dias. 
§ 3º Dispensa-se a nomeação de que trata o § 2º se pessoa da família apresentar 
declaração do médico do citando que ateste a incapacidade deste. 
§ 4º Reconhecida a impossibilidade, o juiz nomeará curador ao citando, observando, 
quanto à sua escolha, a preferência estabelecida em lei e restringindo a nomeação à causa. 
§ 5º A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa dos 
interesses do citando. 
Como a citação é o ato pelo qual se dá ciência a uma pessoa de que contra ela foi 
proposta uma ação, de nada adiantará a ciência dada a um mentalmente incapaz que não tem 
consciência do que está dizendo o oficial de justiça. 
Vale o mesmo se a pessoa estiver impossibilitada de receber a citação (saber o 
conteúdo dela). Em tais situações, o oficial de justiça deverá lavrar certidão esclarecendo o 
fato. O juiz, então, nomeará um médico para examinar a pessoa e se ela for mentalmente 
incapaz ou se encontrar impossibilitada de tomar ciência, então o juiz nomeará um curador 
para ela, que receberá a citação em nome dela e cuidará de sua defesa no processo. 
(MARQUES, Paulo Edson – Apostilas Solução – 2017)3 
 
 
 
 
 
 
No caso de citação da pessoa mentalmente incapaz, há de se observar dois momentos 
distintos. O primeiro, quando o oficial de justiça encontra a pessoa a ser citada e constata que 
ela é mentalmente incapaz. 
Nesse primeiro momento não fará a citação, devendo certificar sua constatação, 
descrevendo minunciosamente o verificado na certidão. Com a certidão em mãos o juiz 
nomeará um médico para verificar a sanidade mental da pessoa e atestará se ela é ou não 
mentalmente incapaz. Se constatado que não se trata de um mentalmente incapaz a citação 
será realizada normalmente. Se, entretanto, confirmar ser o citando mentalmente incapaz, o 
juiz deverá nomear um curador, normalmente este será um parente, que receberá a citação em 
nome do réu. Assim, já nesse segundo momento, a citação será feita na pessoa do curador do 
mentalmente incapaz. 
I.VI. Citação a pessoa jurídica 
Como informado pelo artigo 242, caput, a citação deve ser realizada pessoalmente. 
No entanto quando a parte a ser citada é uma pessoa jurídica a citação deve ser recebida por 
seus representantes legais ou quem tenha poderes para representa-la em juízo. 
Em regra, a citação deve ser sempre pessoal. Pode recair na pessoa do réu, do 
executado ou do interessado ou do seu representante legal ou procurador. Se pessoa jurídica, 
em quem tenha poderes estatutários ou convencionais para representá-la em juízo. 
I.VII. Citação ao militar 
O militar em serviço ativo será citado na unidade em que estiver servindo, se não for 
conhecida sua residência ou nela não for encontrado. (Art. 243 § único, NCPC) O militar 
poderá ser citado na unidade em que estiver servindo somente se este não for localizado em 
sua residência ou tiver o endereço desconhecido. A citação em sua unidade militar sempre 
ocorrerá como última opção. 
 
I.VIII. Citação Real 
Quando se tem certeza que ela chegou ao conhecimento do réu, como ocorre na 
realizada pelo correio, por meio eletrônico, ou em regra, na feita por oficial de justiça. 
 
I.IX. Citação Ficta 
 
 
 
 
 É aquela que não é recebida diretamente pelo réu. Por isso, quando o réu não 
comparece, há necessidade de nomear lhe um curador especial. Ex. citação por edital e a 
realizada por hora certa 
 
I.X. Exceções da citação 
De acordo com o Art. 244 do NCPC e seus dispositivos, há ocasiões em que a 
citação não poderá ser realizada: 
Art. 244 - Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito: 
I - de quem estiver participando de ato de culto religioso; 
II - de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou 
afim, em linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) 
dias seguintes; 
III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento; 
IV - de doente, enquanto grave o seu estado. 
 
Estas são as regras de situações em que não pode ser feita a citação, seja porque irá 
atrapalhar a pessoa ou atividade, seja porque não é ético ou moral, seja porque há de se 
respeitar a dor ou festa do momento. 
Ainda afirma o Prof. Dr. Paulo Edson Marques4 que “a citação poderá ser feita, 
mesmo em tais situações, se for necessária para evitar o perecimento do direito. Pode ocorrer 
que a citação do não for feita o direito do autor da açãoprescreverá. ” 
I.XI. Meios da citação 
O artigo 246, nCPC, nos traz os meios legais de citação. 
Art. 246 - A citação será feita: 
I - pelo correio; 
II - por oficial de justiça; 
III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório; 
IV - por edital; 
V - por meio eletrônico, conforme regulado em lei. 
 
 
4 Professor Doutor Edson Marques, Apostilas Solução,2017. 
 
 
 
 
II.I. Citação Por Correio (Via Postal) conceito: 
 
A Citação por Correio é utilizada como regra geral, no silêncio ou falta de 
justificação, é mais ágil, possui custo mais barato, os possíveis problemas podem ser 
contornados e alguns deles foram até previstos pelo novel legislador. O novo CPC preza pela 
celeridade e economia processual e essa alteração na citação faz com que o processo fique 
menos moroso e mais eficaz para o credor. 
’’ O legislador prestigiou a citação pelo correio dada a sua rapidez, sobretudo quando 
dirigida a outras comarcas ou Estados. O art. 247, no entanto, ressalva algumas situações, em 
que não será admitida: nas ações de Estado; quando o citando for incapaz; quando o citando 
for pessoa jurídica de direito público; quando o citando residir em local não atendido pela 
entrega domiciliar de correspondência; ou quando o autor, justificadamente, a requerer de 
outra forma. Afora essas situações, a citação será feita por carta, que deverá ser encaminhada 
com aviso de recebimento (Súmula 429 do STJ). Na ação monitória, a citação pode ser feita 
por carta (admite-se, também, a citação com hora certa e por edital nessas ações — STJ, 
Súmula 282).’’ 
 Súmula n. 429, STJ: A citação postal, quando autorizada por lei, exige o aviso de 
recebimento. 
 “O art. 247 preserva a regra de que a citação seja realizada pelo 
correio. As exceções são as previstas nos incisos, chamando a atenção 
que eles não se referem, diferentemente da alínea d do art. 222 do 
CPC de 1973, ao ‘processo de execução’. (…) Na revisão do texto do 
novo CPC, contudo, apareceu um complemento neste mesmo inciso I 
(‘observando o disposto no art. 695, § 3º’), ao indicar que a citação, 
nas ‘ações de família’, deve ser feita na pessoa do réu. Ainda que a 
remissão possa ser entendida como adequada, não há razão para ela ter 
sido feita, extrapolando, claramente, os limites de revisão redacional 
do texto final. Pior ainda porque o acréscimo pode ensejar o 
entendimento de que em qualquer ação de estado, mesmo que não 
amoldável à tipologia de ‘ações de família’ constante do caput do art. 
693, exige a citação feita na pessoa do réu, o que não é 
 
 
 
 
necessariamente correto diante do que foi aprovado pelo Senado 
Federal em dezembro de 2014.”. (Bueno, Cassio Scarpinella – Novo 
Código de Processo Civil anotado/Cassio Scarpinella Bueno. São 
Paulo: Saraiva, 2015. p. 191). 5 
II.II. Do prazo de resposta da citação e seu recebimento: 
O prazo de resposta fluirá da data da juntada aos autos do aviso devidamente firmado 
pelo destinatário da citação, salvo disposição em contrário. O prazo de contestação, no 
procedimento comum, corre, no entanto, a partir das datas estabelecidas nos incisos do art. 
335, isto é, da audiência de tentativa de conciliação ou da data em que o réu protocola o 
pedido de cancelamento dessa audiência, já tendo o autor manifestado desinteresse na sua 
realização, na petição inicial. O prazo correrá da juntada do AR apenas quando, por se tratar 
de processo que não admite a auto composição, a audiência não for designada. Caso seja 
pessoa física, a citação só valerá se o aviso de recebimento tiver sido por ele firmado. Caso 
seja pessoa jurídica, se entregue a pessoa com poderes de gerência geral ou de administração 
ou a funcionário responsável pelo recebimento da correspondência (CPC, art. 248, § 2º). A 
carta deve ser acompanhada de cópia da petição inicial e deverá observar todos os demais 
requisitos do art. 250. 
 
 II.III - Art. 248. Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou o chefe de secretaria 
remeterá ao citando cópias da petição inicial e do despacho do juiz e comunicará o prazo para 
resposta, o endereço do juízo e o respectivo cartório. 
§ 1o A carta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer 
a entrega, que assine o recibo. 
§ 2o Sendo o citando pessoa jurídica, será válida a entrega do mandado a pessoa com 
poderes de gerência geral ou de administração ou, ainda, a funcionário responsável pelo 
recebimento de correspondências. 
§ 3o Da carta de citação no processo de conhecimento constarão os requisitos do art. 
250. 
 
5 Bueno, Cassio Scarpinella – Novo Código de Processo Civil anotado/Cassio Scarpinella Bueno. São Paulo: 
Saraiva, 2015. p. 191 
 
 
 
 
§ 4o Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será 
válida a entrega do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de 
correspondência, que, entretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob 
as penas da lei, que o destinatário da correspondência está ausente. 
 
III. CITAÇÃO POR MANDADO 
 III.I Conceito: 
 A citação por mandado é realizada por meio de oficial de justiça, a quem cabe 
procurar o réu, cientificá-lo do teor do mandado e emitir certidão ao juízo, detalhando os atos 
praticados. 
Aduz o artigo 247 do Novo CPC, que a citação por mandado acontecerá nas 
hipóteses de: 
 Ações de estado, 
 Se o citando for incapaz, 
 Se o réu for pessoa jurídica de direito publico, 
 Se residir em local não servido por correio ou quando há requerimento 
justificado do autor. 
Nesse caso será expedido pelo cartório um MANDADO DE CITAÇÃO, que deverá 
preencher os requisitos formais do artigo 250 do Novo CPC. 
Artigo 250 do CPC. 
O mandado que o oficial de justiça tiver de cumprir conterá: 
I - os nomes do autor e do citando e seus respectivos domicílios ou residências; 
II - a finalidade da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, 
bem como a menção do prazo para contestar, sob pena de revelia, ou para embargar a 
execução; 
III - a aplicação de sanção para o caso de descumprimento da ordem, se houver; 
IV - se for o caso, a intimação do citando para comparecer, acompanhado de 
advogado ou de defensor público, à audiência de conciliação ou de mediação, com a menção 
do dia, da hora e do lugar do comparecimento; 
 
 
 
 
V - a cópia da petição inicial, do despacho ou da decisão que deferir tutela 
provisória; 
VI - a assinatura do escrivão ou do chefe de secretaria e a declaração de que o 
subscreve por ordem do juiz. 
III.II – QUANTO A VALIDADE 
É indispensável para a validade da citação que sejam cumpridos os requisitos, cuja 
função é assegurar que o citando obtenha o conhecimento da demanda e de suas respectivas 
particularidades. 
Sendo o réu localizado, o oficial de justiça deve ler o teor do mandado, entregando-
lhe a contrafé a partir de então é considerada realizada a citação. 
Caso o citando se recusar a receber a contrafé, o oficial de justiça certificará sua 
conduta e por ter fé publica o dará por citado. 
III.III. O OFICIAL DE JUSTIÇA NA ATUALIDADE 
Não há dúvida que atualmente com os processos eletrônicos qualquer indivíduo 
consegue ter fácil acesso ao conteúdo dos processos assim que for citado em determinada 
ação. Ou seja, não é mais necessária presença de um oficial de justiça que explique ao 
executado as consequências de eventual descumprimento de ordem judicial. 
A justificativa para realização da citação em execução 
exclusivamentevia oficial de justiça também não se justifica porque 
atualmente já ocorrem diversos atos constritivos via 
exclusivamente internet, tais como a penhora on-line e a penhora de 
imóveis via bloqueio judicial eletrônico. (Daniel Amorim 
Assumpção, Curso de Processo Civil, 2016). 
 
III.IV. CITAÇÃO FICTA 
Alude o artigo 252 do CPC dispõe que quando o oficial de justiça houver procurado 
o citando em seu domicilio ou residência por duas vezes sem encontra-lo havendo suspeita de 
ocultação intima qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia 
útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora designada. 
 
 
 
 
No dia e na hora designada de acordo com o artigo 253, o oficial de justiça, 
independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicilio ou residência do citado a 
fim de realizar a diligencia. 
§ 1º do art. 253 Se o citado não estiver presente, o oficial de justiça procurará 
informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando tenha se 
ocultado em outra comarca, seção ou subseção judiciária. 
§ 2º A citação com hora certa será efetivada da mesmo que a pessoa da família ou 
vizinho que houver sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família 
ou vizinho se recuse a receber o mandado. 
Deste modo presume-se que o réu tomou conhecimento dos termos da ação mesmo 
não sendo encontrado pessoalmente. 
IV. CITAÇÃO POR ESCRIVÃO OU CHEFE DE SECRETARIA (ART. 246, 
III, NCPC ): 
 Conforme o Artigo 246, III, NCPC, caso o citando compareça ao cartório a citação 
poderá ser feita pelo escrivão ou chefe de secretaria. O escrivão ou chefe de secretaria no ato 
entrega a cópia da petição inicial e do despacho ou da decisão que deferir a tutela provisória, 
colhe a assinatura a assinatura do mesmo, ou certifica a sua recusa. 
 
V. CITAÇÃO POR EDITAL (NCPC, 256 a 259): 
V.I. CONCEITO: 
A citação por edital manteve em sua essência pelo novo CPC, ratificando os casos 
em que se pode utilizá-la, ao mesmo tempo em que, reforça a responsabilidade do autor em 
querer se utilizar de subterfúgio para ter em seu favor uma revelia e seus efeitos, portanto, 
com certeza, restarão ao cabo sem qualquer validade, pois basta o surgimento do réu e 
comprovação de que não se encontrava em local incerto e desconhecido. 
 
V.II. HIPÓTESES: 
Essa citação só deve ser manejada nos casos em que realmente não se tem 
conhecimento do próprio réu, ou quando este se encontre em lugar totalmente desconhecido, 
 
 
 
 
ou até mesmo o local seja inacessível.Em caso de esgotadas as tentativas do autor em 
encontrar o requerido. A respeito versa a jurisprudência: 
"Se o réu, apesar de possuir duas residências, não é encontrado em nenhuma delas 
em várias tentativas, informando seu empregado que desconhece seu paradeiro, correta é a 
caracterização de encontrar-se em lugar incerto e não sabido, convalidada a citação por 
edital" – RT 625/79. 
 V.III. Hipóteses de admissibilidade (NCPC,256): 
A citação por edital é feita: 
I - Quando desconhecido ou incerto o citando; II - quando ignorado, incerto ou 
inacessível o lugar em que se encontrar o citando; III - nos casos expressos em lei. Considera-
se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta 
rogatória (§ 1 °). No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua 
citação será divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão (§ 
2 °). O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua 
localização, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos 
cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos (§ 3°). 
 
V.IV. Requisitos (NCPC,257) 
 
I - A afirmação do autor ou a certidão do oficial informando a presença das 
circunstâncias autorizadoras; 
II - A publicação do edital na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo 
tribunal e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, que deve ser certificada 
nos autos; 
III - a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) 
dias, fluindo da data da publicação única ou, havendo mais de uma, da primeira; 
IV - A advertência de que será nomeado curador especial em caso de revelia. 
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a publicação do edital seja feita 
também em jornal local de ampla circulação ou por outros meios, considerando as 
peculiaridades da comarca, da seção ou da subseção judiciárias. 
 
 
 
 
 
 V.V. Penalidade, caso haja má-fé do autor (NCPC,258). 
 
 A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente a ocorrência das 
circunstâncias autorizadas para sua realização, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes no 
salário mínimo. 
Parágrafo único. A multa reverterá em benefício do citando. 
 
 V.VI. Apontamentos finais sobre a citação por edital (NCPC,259) 
 
Serão publicados editais: 
I- Na ação de usucapião de imóvel; II-na ação de recuperação ou substituição de 
título ao portador; III-Em qualquer ação em que seja necessária, por determinação legal, a 
provocação, para participação no processo, de interessados incertos ou desconhecidos. 
 
“6 Os artigos 256 a 259 do CPC/15 cuidam das hipóteses e requisitos 
da citação efetuada na modalidade de edital. Trata-se de forma de 
citação fundada em ficção. Ao contrário da citação real, na qual é 
certa a ciência do réu a respeito da ação, na citação ficta o 
ordenamento processual contenta-se com a mera ficção legal de 
conhecimento da propositura da demanda (MARINONI, Luiz 
Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Novo 
Curso de Processo Civil: tutela dos direitos mediante procedimento 
comum, v. II, São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015, p. 123). 
 
A citação por edital pode ser essencial ou acidental. Será essencial 
quando disser respeito à especificidade do direito material, vale dizer, 
a essencialidade da ESA - OAB/RS 212 citações por edital ocorre 
como adaptação do procedimento em razão das peculiaridades do 
direito material, sendo por isso indispensável a citação por edital 
(MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; 
MITIDIERO, Daniel, cit., p. 125). São as hipóteses previstas no art. 
259 do CPC/15, ou seja, na ação de usucapião de imóvel, na ação de 
 
6 MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Novo Curso de Processo 
Civil: tutela dos direitos mediante procedimento comum, v. II, São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015, p. 123 
 
 
 
 
recuperação ou substituição de título ao portador e em qualquer ação 
em que, por determinação legal, seja necessária a provoca- ção, para 
participação no processo, de interessados incertos ou desconhecidos. 
Em relação aos dois primeiros incisos do art. 259, o CPC/73 tutelava 
os direitos neles previstos por meio da previsão de procedimentos 
especiais (“procedimento especial de ação de anulação e substituição 
de títulos ao portador” e “procedimento especial de ação de usucapião 
de terras particulares”), sendo que a principal particularidade dos 
respectivos procedimentos era a citação por edital. O CPC/15 
extinguiu esses dois procedimentos especiais. Os direitos neles 
tutelados passam agora a seguir o procedimento comum, mantida a 
obrigatoriedade de citação por edital. Acidental, por outro lado, é a 
citação por edital nas hipóteses do art. 256, ou seja, quando 
desconhecido ou incerto o citando, quando ignorado, incerto ou 
inacessível o lugar em que se encontrar a pessoa a ser citadae nos 
demais casos previstos em lei. É considerado lugar inacessível o país 
que recusar o cumprimento de carta rogatória. Considera-se o réu em 
local incerto ou ignorado se infrutíferas as tentativas de sua 
localização, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações 
sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de 
concessionárias de serviços públicos. Trata-se, nesse último caso, de 
uma novidade introduzida pelo CPC/15, ao exigir o esgotamento das 
diligências para citação do réu antes de se proceder à citação por edital 
do inciso III do art. 256 (AMARAL, Guilherme Rizzo. Comentários 
às Alterações do Novo CPC. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015, 
p. 355). Simplificando o procedimento de citação por edital, o art. 257 
determina que, de regra, o edital passará a ser publicado 
exclusivamente na rede mundial de computadores, no sítio eletrônico 
do tribunal respectivo e na plataforma de editais do CNJ, com 
certificação nos autos, sem prejuízo de também ser determinada em 
jornal local de ampla circulação ou por outros meios, em razão de 
peculiaridades da comarca, seção ou subseção. No mais, segue a 
exigência de afirmação do autor ou certificação do oficial de justiça a 
 
 
 
 
respeito das circunstâncias que autorizam a citação por edital (arts. 
256 e 258). De igual forma, é requisito de validade do edital a 
determinação do juiz de prazo de espera do edital de vinte a sessenta 
dias, que não se confunde com o prazo de defesa (o prazo de defesa 
começa a fluir no dia útil seguinte ao que findar o prazo de espera). 
Ademais, o edital deverá conter a advertência de que será nomeado 
curador em caso de revelia. Evidentemente, ESA - OAB/RS 213 esse 
é apenas um dos efeitos da revelia da citação por edital. Outro 
possível efeito está previsto no art. 344 e consiste na presunção de 
veracidade das alegações de fato formuladas pelo autor (efeito 
material da revelia). Para viabilizar a incidência de tal efeito, contudo, 
é necessário que o edital contenha também a advertência do art. 344. 
Se o edital não contiver semelhante advertência, será válida a citação, 
mas não se dará a presunção do art. 344 (AMARAL, Guilherme 
Rizzo, cit., p. 357). Finalmente, o art. 258 do CPC/15 manteve a regra 
já prevista no art. 233 do CPC/73, segundo a qual a parte que alegar 
dolosamente a ocorrência das circunstâncias autorizadoras da citação 
por edital incorrerá em multa equivalente a cinco vezes o salário-
mínimo, revertida em favor do citando. ” 
VI. Citação por meio eletrônico – NCPC, 
(Lei nº 13.105/15) 
VI.I CONCEITO: 
É o ato processual feito em portal próprio, acessível pelos cadastrados no sistema, 
dispensada a publicação no órgão oficial. Considerar-se realizada no dia em que o citando 
efetivar a consulta eletrônica ao teor da intimação, certificando-se nos autos a sua realização. 
Nesta hipótese, nos casos em que a consulta se dê em dia não útil, a citação será considerada 
como realizada no primeiro dia útil seguinte. 
A consulta deverá ser feita em até dez dias corridos contados da data do envio da 
citação, sob pena de considerar-se a citação automaticamente realizada na data do término 
desse prazo - há, aqui, uma presunção legal de citação. Não é uma ficção, pois a comunicação 
 
 
 
 
pode ter acontecido. No processo em autos eletrônicos, todas as citações, inclusive da 
Fazenda Pública, serão feitas por meio eletrônico. 
A citação eletrônica nem sempre será possível, pois é preciso que o destinatário 
tenha antecipadamente sido credenciado pelo Poder Judiciário, conforme o art.2° da Lei n. 
11.419/2006. 
 Somente é possível haver citação eletrônica se a íntegra dos autos estiver disponível 
para o citando. Se a citação viabilizar o acesso do demandado à íntegra do "processo" ("autos 
eletrônicos"), será considerada como vista pessoal do interessado para todos os efeitos legais. 
Quando, por motivo técnico, for inviável o uso do meio eletrônico para a realização da 
citação, esse ato processual poderá ser praticado segundo as regras gerais para o procedimento 
documentado em autos de papel, digitalizando-se o documento, que deverá ser posteriormente 
destruído. 
V.II. Fundamentação: 
 Artigos 5º, 6º e 9° da Lei nº 11.419/2006. 
 Artigos 231, V, 246, V, §§ 1º e 2º, 270, e 1.051, do Código de Processo Civil. 
Citação por meio eletrônico: Empresas 
Esta modalidade de citação passa a ser regra no que tange às empresas públicas e 
privadas, que não sejam de pequeno porte ou microempresas, ambas são obrigadas a manter 
cadastro nos sistemas de processo em auto eletrônicos para efeito de recebimento de citações 
e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio (art. 246, § 1. °). 
Desde então as empresas tem um prazo de trinta dias,’’a contar da data de inscrição do ato 
constitutivo da pessoa jurídica, perante o juízo onde tenham sede ou filial”. (art. 1.051, 
NCPC). 
Segundo a doutrina de Marcos Vinícius Rios Gonçalves “trata-se de mecanismo que 
visa viabilizar a citação por meio eletrônico. Para a efetivação dessa medida “. 
Especificamente sobre as obrigações das empresas privadas, no que tange ao 
cadastro para permitir sua citação ou intimação eletrônica, as mais interessantes regras 
previstas na minuta de resolução são as seguintes: 
 
 
 
 
 É obrigatório o cadastro no domicílio eletrônico judicial para as empresas 
privadas, com exceção das microempresas e empresas de pequeno porte; 
 A identificação das empresas privadas será feita por meio no número de seu 
CNPJ e o acesso às comunicações será feito mediante certificado digital; 
 A comunicação (citação ou intimação) da empresa por meio eletrônico 
substituirá as outras formas previstas no novo CPC; 
 O aperfeiçoamento (interpretado como realização ou efetivação) da 
comunicação processual ocorrerá no momento em que a empresa privada consultar seu teor. 
Se a consulta se der em dia não útil, considera-se como realizada no primeiro dia útil seguinte; 
 Se a consulta não for realizada em até 10 dias corridos da data do envio da 
intimação, considerar-se a intimação realizada no décimo dia; 
 O CNJ publicará em 30 dias os requisitos mínimos para a transmissão 
eletrônica de atos processuais destinados ao domicílio judicial eletrônico. Findo este prazo, os 
órgãos do Poder Judiciário terão 90 dias para adequação de seus sistemas de Processo Judicial 
Eletrônico. 
 V.III. Suprimento da citação 
Como visto a citação é indispensável para a validade do processo, isto porque uma 
das partes mais interessadas, o réu, precisa ser chamado para responder e acompanhar. No 
entanto, o réu pode não responder e nem acompanhar o processo. Mas a justiça deve chama-lo 
sempre, se não o fizer o processo é nulo. 
Se, porém, o réu compareceu espontaneamente ao processo, mesmo que não 
houvesse sido citado seu comparecimento supre a falta da citação, porque o que importa é que 
tome conhecimento do processo e compareça para se defender. Enfim, se objetivo da citação 
já foi cumprido pelo comparecimento espontâneo, não há porque repetir o ato. Mas se o 
comparecimento do ato só se dá para dizer que sua citação é nula, então também será tomado 
conhecimento do processo, a citação não mais precisa ser repetida, considerando-se feita a 
partir do dia que a anterior for nula. 
 Se esse se estabeleceu, inobstante a falta ou o vício da citação, não há 
que se falar em nulidade do processo, visto que o seu objetivo foi 
alcançado por outras vias. A nulidade do processo, em razão do art. 
280 do NCPC, só ocorre, portanto, plenamente, no caso de revelia do 
demandado. (JUNIOR. Humberto Theodoro - Curso de direitoprocessual civil – Vol. I) 
 
Assim é que dispõe o art. 239, § 1º o comparecimento espontâneo do réu ou do 
executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta data o prazo para 
apresentação de contestação ou de embargos à execução”,[nCPC] 
 
Ainda, o professor Dr. Humberto Junior observa a seguinte situação comparando o 
antigo cpc com o novo. 
 
No regime do CPC anterior, havia entendimento que interpretava 
restritivamente o sentido de “comparecimento espontâneo” capaz de 
suprir a nulidade ou a falta de citação. Por exemplo, não se 
considerava eficaz para tal fim a simples petição com pedido de vista 
dos autos. Mas, se o advogado juntasse procuração do réu e retirasse 
os autos do cartório com carga, a partir desse momento ter-se-ia como 
suprida a citação. Para isso, seria irrelevante a existência, ou não, de 
poderes especiais para receber citação. Pensamos que tal orientação 
deva prevalecer perante o novo Código, por ser compatível com a 
ideia dos princípios fundamentais do processo justo, estribados na 
boa-fé e na lealdade, já que não seria razoável ter como ciente do 
conteúdo da ação quem ainda nem sequer tomou conhecimento do 
pedido objeto da causa.(JUNIOR. Humberto Theodoro - Curso de 
direito processual civil – Vol. I) 
 
O código atual tem uma abordagem rígida ao se tratar do comparecimento do réu 
após uma citação nula, pois este terá de produzir logo sua defesa, sofrendo suas penalidades 
caso ultrapassado o prazo, e se tornara revel, independente da nulidade ocorrida no ato 
citatório. 
 
 V.IV. Efeitos da citação 
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz 
litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos 
 
 
 
 
arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (NCPC). 
 
Na sistemática de nosso direito processual civil, a citação válida produz os seguintes 
efeitos 
(a) induz a litispendência; 
(b) torna litigiosa a coisa; 
(c) constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 do 
Código Civil;111 e 
(d) interrompe a prescrição. 
A litispendência e a litigiosidade são consideradas efeitos processuais da citação; a 
constituição em mora e a interrupção da prescrição, efeitos materiais. 
O novo Código, adotou um critério único para todos os efeitos da citação, sejam eles 
materiais ou processuais, os quais ocorrerão, ainda quando a citação for “ordenada por juízo 
incompetente” (art.240, caput).112 
 
Litispendência 
Consiste em fazer com que o mesmo litígio não poderá voltar a ser objeto entre as 
partes, de outro processo, enquanto não extinguir o feito pendente. 
Conforme o professor Dr. Humberto Junior explica. 
Com o instituto da litispendência, o direito processual procura: 
(a) evitar o esperdício de energia jurisdicional que derivaria do trato da mesma causa 
por parte de vários juízes; e 
(b) impedir o inconveniente de eventuais pronunciamentos judiciários divergentes a 
respeito de uma mesma controvérsia jurídica (JUNIOR. Humberto Theodoro - Curso de 
direito processual civil – Vol. I) 
 
Litigiosidade 
 
É pela fenômeno da litigiosidade que o objeto do processo se torna litigioso a partir 
da citação válida não podendo assim aos litigantes altera-lo sob pena de cometer atentado 
(NCPC, art. 77, §7º), nem o alienar sem incorrer nas sanções da fraude à execução (NCPC art. 
790,V).Do atentado decorre a obrigação para a parte de restabelecer o estado anterior, ficando 
proibida de falar nos autos até que a falta seja purgada (art. 77, § 7º). Da fraude à execução 
 
 
 
 
resulta a ineficácia do ato de disposição, de sorte que o bem alienado, mesmo na posse ou 
propriedade do terceiro adquirente, continuará sujeito aos efeitos da sentença proferida entre 
as partes (arts. 790 e 792) (JUNIOR. Humberto Theodoro - Curso de direito processual civil – 
Vol. I) 
 
 Mora 
Constitui o devedor em mora a partir da citação valida significando que todos os 
efeitos da demora no pagamento começam a ser produzidos (juros, correção monetaria e etc) 
 
Prescrição 
 
Art 240 § 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a 
citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação. 
Embora a citação ocorra bem depois da propositura da ação, a interrupção da 
prescrição retroage aquela data inicial do despacho que a ordenou 
VIV. Fechamento 
Vimos que a citação, para o Direito, consiste no ato processual no qual a parte ré é 
comunicada de que se lhe está sendo movido um processo e a partir da qual a relação 
triangular deste se fecha, com os três sujeitos envolvidos no litígio devidamente ligados: 
autor, réu e juiz; ou autor interessados e juiz. 
A citação é um ato formal, ou seja, obedece a formas determinadas pela lei, sob pena 
de nulidade, devendo ser refeita se descumpri-las. 
Por fim, podemos mencionar que a importância da citação e de todos seus requisitos 
são fundamentais para garantir as partes do processo que seus direitos de contraditório e 
ampla defesa sejam colocados em pratica e que o juiz possa jurisdicionar de forma técnica e 
imparcial. 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Bueno, Cassio Scarpinella – Novo Código de Processo Civil anotado/Cassio Scarpinella 
Bueno. São Paulo: Saraiva, 2015. p. 191 
Daniel Amorim – Manual de Direito Processual Civil, Volúme Único, Saraiva – 2017. 
MARQUES, Paulo Edson – Apostilas Solução 2017. 
Humberto Theodoro - Curso de Direito Processual Civil, Forense - 2015. 
https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2134079/nova-sumula-429-do-stj-consolida-que-a-
citacao-pelo-correio-exige-a-assinatura-do-recibo-pelo-citando 
https://www.jusbrasil.com.br/busca?q=sumula+282+stj 
https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/122046/a-citacao-no-processo-civil 
Lei 13.105, de 16 de Março de 2015 – Código de Processo Civil

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