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Introdução a Administração AD1 SAQUAREMA Maria Helena de Oloveira Braga

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
UFRRJ/CEDERJ
LICENCIATURA EM TURISMO
PRIMEIRA AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA – 2017.2
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO
COORDENAÇÃO: PROF. ANDRÉ CARVALHO
Nome: Maria Helena de Oliveira Braga 
Matrícula: 16115100014
E-mail: oliveira25_helena@yahoo.com.br
Pólo: Saquarema 
Estudo de Caso: O MCDONALD'S DOS CABELEIREIROS
Mirando no público de baixa renda e com processos inspirados na rede de fast-food, a
Beleza Natural cresce 27% ao ano.
A diarista carioca Jane Santana, de 32 anos, passou boa parte da vida procurando um
produto para domar seus cabelos muito crespos. "Tentei alisamento e permanente, mas
nunca deu certo", diz. Até que, conversando com uma amiga, descobriu um salão da
rede Beleza Natural, no Rio de Janeiro. Há três anos, todos os meses ela enfrenta
longas filas para deixar seus cachos arrumados. Com renda mensal de 400 reais, chega
a gastar ali 90 reais por mês em produtos e serviços de beleza. "Não abro mão do
tratamento", diz Jane. A responsável por sua satisfação é a carioca Heloísa Helena de
Assis, de 45 anos, a Zica. Ela conhece bem as necessidades de mulheres como Jane.
Zica também foi empregada doméstica e morava numa comunidade pobre no subúrbio
do Rio de Janeiro. Passou dez anos misturando cremes em bacias até conseguir domar
sua volumosa cabeleira com uma fórmula própria. Hoje ela mora na Barra da Tijuca e
administra a rede de salões de beleza que mais faz sucesso entre as mulheres das
classes C e D. Especializada em cabelos crespos, a Beleza Natural emprega 400
funcionárias e atende mais de 20 000 clientes por mês em quatro salões no Rio e um no
Espírito Santo. Faturou 13 milhões de reais no ano passado e vendeu 530 toneladas de produtos de beleza.
"Eu sabia que muitas pessoas tinham as mesmas necessidades que eu, e o mercado
não as enxergava." Com seus atuais cachos soltos, Zica encontrou muito mais do que
uma solução estética para seus cabelos. Ela é o retrato do empreendedor que seguiu
uma fórmula de sucesso freqüentemente recomendada, mas difícil de aplicar - inventar
o que ainda não existe e copiar o que pode ser copiado. Para fazer da Beleza Natural
uma empresa vitoriosa, Zica combinou um produto inovador para um imenso mercado
não atendido com um modelo de negócios inspirado em práticas de sucesso de
empresas que nada têm a ver com cabelos ou beleza, como a rede de lanchonetes
McDonald's.
A inovação é o Super Relaxante, uma grande descoberta das experiências na bacia.
Diferentemente dos outros tratamentos para cabelos crespos, o creme patenteado por
Zica não tem formol nem amoníaco. Para uma aplicação, por 48 reais, as clientes
esperam até 4 horas na fila. O Super Relaxante não é vendido em lojas nem no salão,
onde só está disponível para aplicação. Para que seus efeitos durem, Zica e suas
assistentes recomendam usar xampus e cremes Beleza Natural e fazer uma nova
aplicação todo mês. Resultado: uma legião de clientes fiéis, que consumiu no ano
passado 600 000 potes de produtos. Para Haroldo da Gama Torres, diretor do instituto
de pesquisa Data Popular, especializado no mercado de baixa renda, a Beleza Natural
preenche uma lacuna importante. "O acesso à beleza é muito desejado entre as classes
C e D, mas há poucos serviços para elas", afirma.
Entender a cabeça do consumidor de baixa renda é o que garante o potencial de
crescimento da Beleza Natural. O mercado das classes C, D e E já movimenta cerca de
400 bilhões de reais e tornou-se uma galinha dos ovos de ouro de grandes empresas. É
assim que tem crescido a Casas Bahia, com 30 novas lojas por ano. A rede varejista
virou um exemplo internacional, apostando em crédito e facilitando o pagamento em até
18 meses. Gigantes como Unilever, Procter & Gamble e Danone também perceberam a
importância desse mercado e começaram a estreitar relações com o pequeno comércio,
além de adaptar produtos e embalagens aos hábitos de compra desse consumidor.
O complemento do negócio foi sendo aperfeiçoado aos poucos, à custa de
experimentação e fracassos. O primeiro salão foi montado em 1993 no fundo de um
quintal com o dinheiro da venda de um Fusca. O tratamento fez fama no boca-a-boca
quem levasse cinco amigas ganhava uma aplicação grátis. Em um ano, já era preciso
expandir. Zica e os sócios - marido, irmão e cunhada -- abriram mais dois salões longe
do centro da cidade. Em 1998, Zica percebeu que, se quisesse continuar crescendo,
seria necessário mudar. "Precisávamos atender mais pessoas ao mesmo tempo", diz. A
grande transformação foi no atendimento. A cunhada de Zica, Leila Velez, adaptou sua
experiência como balconista e gerente de uma lanchonete do McDonald's. Implantou
uma linha de montagem que triplicou a capacidade do salão. Uma sessão tem sete
fases diferentes -- entrevista, divisão de mechas, lavagem, aplicação do creme,
hidratação, corte e penteado. Como no McDonald's, cada fase de trabalho é executada
por uma mesma funcionária. "Além de ganhar agilidade e produtividade, evitamos que a
cliente seja fiel a determinado funcionário em detrimento do salão, como acontece em
outros cabeleireiros", diz Leila.
O sistema funcionou, mas, empolgados com a visão dos lucros, Zica e seus sócios
deram um passo maior que a perna. Em 2000, foram inauguradas três lojas ao mesmo
tempo. Só depois de fechar um dos pontos e de uma longa renegociação das dívidas, a
empresa se recuperou. "Naquela época, não calculávamos o retorno dos salões", diz
Rogério Assis, irmão de Zica. "Hoje sabemos que é preciso planejar muito." O plano
agora é profissionalizar a equipe e investir 5 milhões de reais em dez lojas próprias em
três anos. No dia-a-dia, um trio de auditoras vai aos salões checar uma lista de itens --
como música ambiente, estoque e quantidade de creme gasto --, outra adaptação do
modelo McDonald's. A padronização rígida é um passo rumo às franquias. "Estamos
numa encruzilhada. Nosso desafio é crescer e, ao mesmo tempo, manter a qualidade",
diz Leila. "Pensamos em adotar um modelo híbrido, com lojas próprias em pontos
estratégicos e franquias em outros mercados." A rede tem consultoria da Endeavor,
organização sem fins lucrativos de apoio ao empreendedorismo. "Até agora, a rede tem
conseguido manter o padrão nas suas cinco lojas", diz Paulo Telles, gerente da
Endeavor. "No dia em que virar uma empresa com 50 pontos, o risco de a qualidade se perder é alto. Esse é o desafio que Zica vai enfrentar agora."
 Fonte: Revista EXAME
	
	Questões para Desenvolvimento
1) A partir de pesquisas a respeito do Taylorismo e do Fordismo e de acordo com o que foi visto na Aula 3 (na seção A Administração Científica e a Execução da Tarefa), retire do caso três características que se identifiquem com essas correntes da evolução do pensamento da Administração. (2,0 pontos)
Dentro das características da evolução do pensamento da administração podemos destacar que elas abordam e tratam da organização de baixo para cima do operário par supervisor e gerente, é chamada de Organização Racional do trabalho e no caso da Beleza Natural um dos sócios adaptou sua experiência como balconista e gerente de uma lanchonete, implantar uma linha de montagem de três características que é a Divisão de tarefas, Agilidade, Produtividade e Padronização.
2) O título do caso sugere uma analogia entre a rede de fast food Mc Donalds e o referido Salão de Cabeleireiros. Explique essa relação de semelhança entre as duas empresas. (2,0 pontos)
A analogia e a relação de semelhança entre as duas empresas se dá o fato do salão de cabeleireiros e McDonald’s seguiu uma fórmula de sucesso repetidamente no meio empresarial, inventar o que ainda não existe e copiar o que pode ser copiado, pode ser levado a processos de padronização e inspiração de trabalho, como o atendimento ao cliente, preparação dos cabelos e sanduíche método de limpeza
da loja, divulgação de marketing direto onde a venda de seus produtos é direto para o consumidor e indireto onde o produto será negociado e vendido, mas a semelhança entre as duas empresas é a padronização dos produtos e os funcionários.
3) Ainda com base nas suas pesquisas e no material da Aula 3, pesquise e descreva práticas de organização do trabalho em empresas do ramo de turismo e hotelaria que se assemelhem a essas organizações citadas. (2,0 pontos)
As praticas de organização do trabalho é planejar, em seu sentido mais amplo das mudanças estruturais da organização, criação ou eliminação de tarefas cargos e setores, como a terceirização, privatização, mudanças tecnológicas, com os equipamentos novos nos processos de automação do trabalho como hardware e software e adaptações às demandas dos clientes e as pressões dos concorrentes e mercados, cada empresa, seja ele micro ou macro tem que ter mudanças par organização e praticar um grande desenvolvimento para se transformar em um ambiente dinâmico e com a capacitação bem elevada, como Hotel Copacabana Palace, onde tem algumas lojas e restaurante que atendem o público.
4) Conforme visto nas aulas iniciais, as atribuições do gestor podem ser resumidas em quatro grandes funções administrativas: planejamento, organização, direção e controle. Encontre trechos ou elementos do texto que se relacionem a cada uma dessas quatro funções administrativas. (4,0 pontos)
a. Planejamento: 
O plano agora é profissionalizar a equipe e investir 5 milhões de reais em dez lojas próprias em três anos.
b. Organização:
Implantou uma linha de montagem que triplicou a capacidade do salão.
c. Direção:
“Precisávamos atender mais pessoas ao mesmo tempo”. 
d. Controle:
No dia-a-dia, um trio de auditoras vai aos salões checar uma lista de itens como música ambiente, estoque e quantidade de creme gasto, outra adaptação do modelo McDonald’s.
Referências Bibliográficas:
Livro: Introdução à Administração
Volume 1
Páginas: 58 a 88
Autor André Luís de Carvalho
Fundação CECIERJ Consorcio CEDERJ

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