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Jurisdição Constitucional I - Pressupostos para a compreensão do controle de constitucionalidade 1 - O direito como sistema ► unidade Controle de constitucionalidade “É a Constituição que garante a unidade e a harmonia ao Sistema Jurídico. A Constituição é ao mesmo tempo o alicerce e a argamassa do edifício jurídico, é seu fundamento normativo e sua base de interpretação.” ► harmonia I - Pressupostos para a compreensão do controle de constitucionalidade 2 – O Sistema jurídico e a hierarquia das normas Status Constitucional: Constituição da República Federativa (Preâmbulo, corpo e ADCT), Emendas Constitucionais e Tratados Internacionais de Direitos Humanos celebrados após a Emenda Constitucional n.º 45 e aprovados em 2 turno em cada casa por 3/5 dos seus membros. ? Norma supralegal: Tratados Internacionais de Direitos Humanos celebrados antes da Emenda Constitucional n.º 45 (observar RE 466.343-1, Pleno do STF, Rel. Min, Cezar Peluso, Súmula vinculante n.º 25). Norma fundamental Normas legais: Lei complementar, lei ordinária, tratados internacionais (outros), leis delegadas, Medidas Provisórias, decretos legislativos e resoluções do Senado Federal. Atos infralegais: decretos executivos (exemplo: decretos da presidencia), resoluções, portarias, atos, editais, etc. I - Pressupostos para a compreensão do controle de constitucionalidade 3 – Normas: princípios e regras Princípios Regras Normas 1. Aplicação “mais ou menos” (more or less): ponderação. 1. Aplicação “tudo ou nada” (regras de solução): exclusão da norma. 2. Mandados de otimização. 2. Hipótese e consequência: Se A então B. 3. Relação com os valores. 3. Relação com os princípios. I - Pressupostos para a compreensão do controle de constitucionalidade 4 – Supremacia constitucional ► Supremacia normativa ► Supremacia interpretativa 5 – Rigidez constitucional ► Cláusulas pétreas ► Regras mais complexas para alteração Principais pressupostos para o controle de constitucio- nalidade 6 – Quais atos são objeto de controle de constitucionalidade? II - Histórico do Controle de Constitucionalidade O caso “Marbury v. Madison” (1803). ► Supremacia da Constituição. ► Nulidade de lei ou ato que a contrarie. ► O Poder Judiciário é o intérprete final da Constituição. “É enfaticamente a competência do Poder Judiciário dizer o direito, o sentido das leis. Se a lei estiver em oposição à Constituição a corte terá de determinar qual dessas normas conflitantes regerá a hipótese. E se a Constituição é superior a qualquer ato ordinário emanado do legislativo, a Constituição, e não o ato ordinário, deve reger o caso ao qual ambos se aplicam.” Principais argumentos do Juiz Marshall: O caso “Dred Scott v. Sandford” (1857), Guerra da Secessão e Emendas n.º 13 e 14. III - O Fenômeno da Inconstitucionalidade 1 - Os planos normativos Existência Validade Eficácia Agente Forma Objeto 2 – Nulidade da Norma Inconstitucional III - O Fenômeno da Inconstitucionalidade 3 – Kelsen v. Marshall: a tese da anulabilidade da norma inconstitucional 4 – Algumas atenuações à teoria da inconstitucionalidade como nulidade a) Em proteção à coisa julgada, a decisão baseada na lei que veio a ser invalidada em decisão erga omnes e que transitou em julgado, sendo incabível ação rescisória, será mantida. b) Lei n.º 9.868/1999, art. 27: Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo e, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membro, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. IV - Espécies de Inconstitucionalidades 1 – Inconstitucionalidade Formal a) Inconstitucionalidade formal ou orgânica: inobservância da competência legislativa. b) Inconstitucionalidade formal propriamente dita: vício do devido processo legislativo, pode ser formal subjetivo (vício de iniciativa) ou formal objetivo (vício nas demais fases do processo legislativo). c) Inconstitucionalidade formal por pressupostos objetivos do ato normativo: falta de elementos exigidos pelo ato legislativo (ex.: pressupostos de relevância e urgência na MP, criação de Municípios sem observância dos requisitos, etc.). d) Vício de decoro parlamentar. IV - Espécies de Inconstitucionalidades Cuidado com a jurisprudência atual do STF: (i) Não admite-se controle judicial da tramitação de projetos, salvo quando se trate de proposta de3 emenda constitucional violadora de cláusula pétrea (STF, MS 21.648, rel. Min. Ilmar Galvão); (ii) Extremamente restritiva na discussão judicial das questões regimentais em geral, referidas como interna corporis. 2 – Inconstitucionalidade Material, de conteúdo, substancial ou doutrinária IV - Espécies de Inconstitucionalidades 2 – Inconstitucionalidade Material, de conteúdo, substancial ou doutrinária • Vício de conteúdo, substantivo ou inconstitucionalidade material: confronto com regra ou princípio constitucional. Cuidado: Incompatibilidade de norma anterior à Constituição vigente. Duas hipóteses ► Incompatibilidade material: não houve recepção da norma ou do ato inconstitucional. ► Incompatibilidade formal: a norma ou ato normativo é recepcionado e adquire natureza jurídica da norma que regulamentaria a matéria conforme o novo ordenamento constitucional. Exemplos: CTN e Organização Judiciária dos Estados regidas por via de Resoluções dos Tribunais de Justiça. IV - Espécies de Inconstitucionalidades 2 – Inconstitucionalidade por Ação e por Omissão a) Inconstitucionalidade por Ação: facere (ato ou lei) b) Inconstitucionalidade por Omissão: descumprir obrigação constitucional b.1) Novos remédios da CF/88: (i) mandado de injunção (art. 5.º, LXXI) e (ii) ação de inconstitucionalidade por omissão (art. 103, § 2.º). b.2) Da legislação como faculdade e como dever jurídico (obs.: normas programáticas) Omissão Total (i) Reconhecer a autoaplicabilidade à norma constitucional e fazê-la incidir diretamente (norma constitucional de eficácia plena) (STF, MI 283-5, rel. Min. Sepúlveda Pertence); (ii) Apenas declarar a existência da omissão, constituindo em mora o órgão competente para saná-la (norma constitucional de eficácia limitada ou contida); (iii) Não sendo a norma autoaplicável, criar para o caso concreto a regra faltante (TJRJ, MI 6/90, rel. Des. José Carlos Barbosa Moreira). IV - Espécies de Inconstitucionalidades 2 – Inconstitucionalidade por Ação e por Omissão a) Inconstitucionalidade por Ação: facere (ato ou lei) b) Inconstitucionalidade por Omissão: descumprir obrigação constitucional b.1) Novos remédios da CF/88: (i) mandado de injunção (art. 5.º, LXXI) e (ii) ação de inconstitucionalidade por omissão (art. 103, § 2.º). b.2) Da legislação como faculdade e como dever jurídico (obs.: normas programáticas) Omissão Total (i) Reconhecer a autoaplicabilidade à norma constitucional e fazê-la incidir diretamente (norma constitucional de eficácia plena) (STF, MI 283-5, rel. Min. Sepúlveda Pertence); (ii) Apenas declarar a existência da omissão, constituindo em mora o órgão competente para saná-la (norma constitucional de eficácia limitada ou contida); (iii) Não sendo a norma autoaplicável, criar para o caso concreto a regra faltante (TJRJ, MI 6/90, rel. Des. José Carlos Barbosa Moreira). IV - Espécies de Inconstitucionalidades 2 – Inconstitucionalidade por Ação e por Omissão Omissão Parcial ou Omissão Relativa (i) Declaração da inconstitucionalidade por ação da lei que criou a desequiparação; (ii) Declaração de inconstitucionalidade por omissão parcial da lei, com ciência ao órgão legislador para tomar as providênciasnecessárias; (iii) A extensão do benefício à categoria excluída (Súmula 339 do STF). Súmula 339 do STF: “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento da isonomia” Omissão Parcial Propriamente Dita (i) Vácuo legislativo (ii) Restauração de lei anterior (provavelmente com menor eficácia) IV - Espécies de Inconstitucionalidades 3 – Inconstitucionalidade Total ou Parcial a) Inconstitucionalidade Total: atinge a íntegra do diploma impugnado (inconstitucionalidade de vício formal) b) Inconstitucionalidade Parcial: sobre um ou uma fração de dispositivos (inclusive uma única palavra) de determinado diploma normativo , que continua parcialmente válido (inconstitucionalidade de vício formal ou material) 4 – Inconstitucionalidade Direta e Indireta a) Inconstitucionalidade Direta: afronta a princípio ou norma extraído diretamente do texto constitucional b) Inconstitucionalidade Indireta: afronta reflexa à Constituição. Nesse caso não haverá controle de constitucionalidade IV - Espécies de Inconstitucionalidades 5 – Inconstitucionalidade originária e superveniente a) Inconstitucionalidade Originária: defeito congênito da Lei b) Inconstitucionalidade Superveniente: o conflito ocorre em razão de nova Constituição ou Emenda (obs.: não existe inconstitucionalidade superveniente formal e a inconstitucionalidade superveniente material acarreta revogação da norma inconstitucional) V – Modalidades de Controle de Constitucionalidade 1. Quanto à natureza do órgão de controle 1.1. Controle político 1.2. Controle judicial 2. Quanto ao momento de exercício do controle 2.1. Controle preventivo 2.2. Controle repressivo 3. Quanto ao órgão judicial que exerce o controle 3.1. Controle difuso 3.2. Controle concentrado 4. Quanto à forma ou modo de controle judicial 4.1. Controle por via incidental 4.2. Controle por via principal ou de ação direta Controle Concentrado 1. Perante o STF: a) ADI e ADC: quando se tratar de inconstitucionalidade presente em lei ou ato normativo federal ou estadual em face da Constituição Federal ou declaração de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal (art. 102, I, a, da CF/88). b) ADI por omissão (art. 103, § 2º, da CF/88). c) Ação direta interventiva (art. 36, III, da CF/88). d) Ação de descumprimento de preceito fundamental (art. 102, I, a, CF/88). 2. Perante os Tribunais de Justiça do Estado, quando se tratar de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual (art. 125, § 2º, CF/88). Súmula Vinculante 1. Introdução do art. 103-A pela EC nº 45/2004: Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. § 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. § 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade. § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. Súmula Vinculante 2. Legitimados para pleitear aprovação, revisão e cancelamento das súmulas vinculantes (art. 3º, da Lei nº 11.417/2006): Art. 3o São legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III – a Mesa da Câmara dos Deputados; IV – o Procurador-Geral da República; V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VI - o Defensor Público-Geral da União; VII – partido político com representação no Congresso Nacional; VIII – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional; IX – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares. § 1o O Município poderá propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo. § 2o No procedimento de edição, revisão ou cancelamento de enunciado da súmula vinculante, o relator poderá admitir, por decisão irrecorrível, a manifestação de terceiros na questão, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. Súmula Vinculante 3. Requisitos e procediemntos: • Quórum mínimo: 8 Ministros do STF. • Decisões reiteradas no mesmo sentido. • Controvérsias. • Debate consistente na Corte • Possibilidade da presença de amicus curiae 4. Eficácia das súmulas vinculantes: • Efeito erga omnes • O fenômeno do distinguishing dos países de tradição anglo-saxã. • O cabimento da reclamação em caso de descumprimento. O Controle de Constitucionalidade por via incidental 1. Conceito • Controle judicial incidental de constitucionalidade, incidenter tantum, por via de defesa, por via de exceção, sistema americano, sistema difuso. 2. Quem pode suscitar a inconstitucionalidade? • Via de defesa ou de exceção: o réu • Pela inicial ou por declaração incidental de inconstitucionalidade: o autor 3. Onde pode ser suscitada a questão constitucional? • Processo de qualquer natureza, conhecimento, execução ou catelar • Exige-se conflito de interesses, pretensão resistida (súmula 266 do STF) • Ação de rito ordinário, sumário, ação especial ou ação constitucional, inclusive a ação popular (STF, AO 506-AC) e ação civil pública (STF, RE 411.156-SP). O Controle de Constitucionalidade por via incidental 4. Que normas podem ser objeto do controle incidental? • Todas! • Inconstitucionalidade superveniente (ADI 521) 5. Questão prejudicial 6. Controle difuso Qualquer juiz ou tribunal pode exercer controle incidental Maioria absoluta e reserva de plénário: Art. 97 da CF/88: Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. O Controle de Constitucionalidade por via incidental 6. Controle difuso Maioria absoluta e reserva de plénário: Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; (Redação dada pela Emenda Constitucionalnº 45, de 2004) O debate no STF sobre a Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar n.º 135/2010) no RE 631.102-PA (rel. Min. Joaquim Barbosa) e no RE 633.703-MG (rel. Min. Gilmar Mendes). Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993) 5 a favor da aplicabilidade imediata (tese do TSE) 5 a favor do entendimento oposto Debate sobre o voto de qualidade do Presidente. O Controle Concentrado de Constitucionalidade Tipos de controle concentrado de constitucionalidade e sua regulamentação AÇÃO FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL REGULAMENTAÇÃO ADI – Ação Direta de Inconstitucionalidade Genérica Art. 102, I, “a” Lei nº 9.868/99 ADPF – Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental Art. 102, § 1º Lei nº 9.868/99 ADO – Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão Art. 103, § 2º Lei nº 12.063/2009 IF – Representação interventiva (ADI interventiva) Art. 36, III, c/c art. 34, VII Lei nº 12.562/2011 ADC – Ação Declaratória de Constitucionalidade Art. 102, I, “a” Lei nº 9.868/99 O Controle Concentrado de Constitucionalidade ADI Genérica 1. Fundamento constitucional • Art. 102, I, “a” 2. Competência 3. Objeto 4. Parâmetro de controle O Controle Concentrado de Constitucionalidade ADI Genérica 4. Lei “ainda constitucional” ou “inconstitucionalidade progressiva” • Prazo em dobro para a Defensoria Pública • Ação civil “ex delicto” ajuizada pelo MP (art. 68 do CPP) 5. Efeitos da decisão (“erga omnes”) e modulação dos efeitos. Lei n.º 9.868/99 Art. 28. Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em julgado da decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva do acórdão. Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal. O Controle Concentrado de Constitucionalidade ADI Genérica 5. Efeitos da decisão (“erga omnes” e “ex tunc”) e modulação dos efeitos (Lei n.º 9.868/99) • O chamado “efeito dúplice” Art. 28. Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em julgado da decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva do acórdão. Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal. O Controle Concentrado de Constitucionalidade ADI Genérica 6. Legitimados neutros ou universais e os legitimados interessados ou especiais Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. O Controle Concentrado de Constitucionalidade ADI Genérica 6. Legitimados neutros ou universais e os legitimados interessados ou especiais § 1º - O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. § 2º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. § 3º - Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado. O Controle Concentrado de Constitucionalidade ADI Genérica 7. A figura do amicus curiae (Lei nº 9.868/1999) Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade. § 1o (VETADO) § 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades. O Controle Concentrado de Constitucionalidade ADI Genérica 8. Pedido cautelar (art. 10 da Lei nº 9.868/1999) 9. A reclamação para a garantia da autoridade da decisão em sede de controle concentrado de constitucionalidade. O Controle Concentrado de Constitucionalidade ADPF 1. Fundamento constitucional Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: § 1.º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. 2. Objeto (art. 1º da Lei nº 9.882/99 Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental: I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição O Controle Concentrado de Constitucionalidade ADPF 3. Competência 4. Legitimados • Mesmos da ADI 5. Amicus Curiae 6. Efeitos da decisão 7. Pedido de liminar 8. ADPF pode ser conhecida como ADI? ADPF 72 O Controle Concentrado de Constitucionalidade Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão ADO 1. Fundamento constitucional (art. 103, § 3.º, da CF/88). § 2º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. 2. Omissão, ADO e MI 3. Objeto e infungibilidade da ADO com o MI (MI 395) 4. Legitimidade e procedimento. O Controle Concentrado de Constitucionalidade Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 1. Conceito e inovaçãotrazida pela EC n.º 3/1993. 2. Obejto: lei ou ato normativo federal. 3. Procedimento e Medida cautelar. 4. Efeitos da decisão (efeito dúplice) e eficácia erga omnes, aplicando-se seus efeitos desde a publicação da norma (ex tunc). 5. Competência e legitimados. O Controle Concentrado de Constitucionalidade Representação interventiva (IF) Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidadesda Federação; V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) O Controle Concentrado de Constitucionalidade Representação interventiva (IF) Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. O Controle Concentrado de Constitucionalidade Representação interventiva (IF) Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário; II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral; III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) IV - de provimento, pelo Superior Tribunal de Justiça, de representação do Procurador-Geral da República, no caso de recusa à execução de lei federal. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 1º - O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. § 2º - Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. § 3º - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. § 4º - Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal. O Controle Concentrado de Constitucionalidade Representação interventiva (IF) 1. Competência: STF. 2. Legitimidade: exclusiva do PGR. 3. Procedimento: Lei n.º 4.337/1964, 12.562/201 (federal) e 5.778/72 (estadual). 4. Medida Liminar (decisão absoluta).
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