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2014 12 02 minuta norma pontes rodoviarios aco novembro 2014

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PROJETO DE PONTES E VIADUTOS RODOVIÁRIAS DE AÇO E MISTAS AÇO E CONCRETO 
OUTUBRO 2014 
 
 
 
Projeto de pontes e viadutos rodoviárias de aço e mistas aço e concreto 
Design of Highway steel and composite Bridges 
Prefácio 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas 
Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos 
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são 
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas 
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). 
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 (Ultima atualização 14 de julho de 2014) 
Revisado até o item 5.4 na reunião do dia 05/06/2014 
 
 
 
PROJETO DE PONTES E VIADUTOS RODOVIÁRIAS DE AÇO E MISTAS AÇO E CONCRETO 
OUTUBRO 2014 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
 
1 – Escopo 
2 – Referências Normativas 
3 – Termos e definições 
4 – Simbologia 
5 – Materiais 
 5.1 – Aços Estruturais 
 5.2 – Parafusos, Pinos, porcas e arruelas 
 5.3 – Conectores de cisalhamento 
 5.4 – Soldas 
 
6 – Princípios gerais de projeto 
 6.1 – Requisitos de projeto 
 6.2 – Estados limites e durabilidade 
 6.3 – Memorial descritivo e justificativo 
 6.4 – Memorial de cálculo 
 6.5 – Desenhos 
 6.6 – Especificações 
 6.7 – Modelos de análise 
 
7 – Ações e Combinações 
 7.1 – Ações permanentes 
 7.2 – Ações variáveis 
 7.3 – Coeficientes de ponderação das ações 
 7.4 - Combinações 
 
8 - Considerações especiais para fadiga 
9 – Dimensões mínimas 
 9.1 – vão efetivos 
 9.2 – Contraflecha para cargas permanentes 
 9.3 – Espessuras Mínimas das chapas de aço 
 9.4 – Diafragmas e seções transversais 
 9.5 – Travamento lateral 
 9.6 - Pinos 
10 – Dimensionamento de elementos a tração 
11 – Dimensionamento de elementos a compressão 
 
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OUTUBRO 2014 
 
 
12 – Dimensionamento de elementos com seções I a flexão 
13 – Dimensionamento de elementos com seções caixão a flexão 
 
14 – Outros tipos de seção dimensionamento a flexão 
15 – Conexões e emendas 
16 – Prescrições para estruturas de diversas tipologias 
 16.1 – Longarinas de perfis I 
 16.2 – Treliças 
 16.3 – Estruturas ortótropicas 
 16.4 – Arcos 
17 – Sustentabilidade, durabilidade e vida útil de projeto 
18 – Recomendações construtivas 
Anexo A – Fadiga 
Anexo B - Corrosão 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OUTUBRO 2014 
 
 
1 – Escopo 
Esta Norma, com base no método dos estados limites, estabelece os requisitos básicos que devem ser 
obedecidos no projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas aço e concreto de pontes para uso 
rodoviário. 
As prescrições desta Norma se aplicam exclusivamente às pontes de viga I de alma cheia, pontes de 
vigas caixão, pontes em treliças e pontes em arcos. 
Além das condições desta Norma, devem ser obedecidas as de outras normas especificias e as 
exigências peculiares a cada caso, principalmente em estruturas com caraterísiticas especiais, onde as 
verificações de segurança requerem de considerações adicionais, não previstas nesta Norma. 
 
2 – Referências normativas 
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem 
prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. 
Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base 
nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a 
seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento 
ABNT NBR 5000:1981, Chapas grossas de aço de baixa liga e alta resistência mecânica 
ABNT NBR 5004:1981, Chapas finas de aço de baixa liga e alta resistência mecânica 
ABNT NBR 6118:2014, Projeto de estruturas de concreto, procedimento 
ABNT NBR 6120:1980, Cargas para o cálculo de estruturas de edificações 
ABNT NBR 6648:2014, Bobinas e chapas grossas de aço-carbono para uso estrutural - especificação 
ABNT NBR 6649:1986, Chapas finas a frio de aço-carbono para uso estrutural 
ABNT NBR 6650:2014, Bobinas e chapas finas a quente de aço-carbono para uso estrutural - 
especificação 
ABNT NBR 7007:2011 Aço-carbono e microligados para barras e perfis laminados a quente para uso 
estrutural 
ABNT NBR 5884:2013, Perfil I estrutural de aço soldado por arco elétrico – Requisitos gerais 
ABNT NBR 8800:2008, Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de 
edifícios 
ABNT NBR 6123:1988 - Forças devidas ao vento em edificações – Procedimento 
ABNT NBR 7007:2011, Aço-carbono e microligados para barras e perfis laminados a quente para uso 
estrutural 
ABNT NBR 7187: 2003 – Projeto de pontes de concreto armado e concreto protendido - Procedimento 
ABNT NBR 7188: 2013 - Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e 
outras estruturas 
 
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ABNT NBR 8681:2003 - Ações e segurança nas estruturas - Procedimento 
ABNT NBR 10839:1989 - Execução de obras de arte especiais em concreto armado e concreto 
protendido – Procedimento 
ABNT NBR 14762:2010, Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio. 
ABNT NBR 15421:2006, Projeto de estruturas resistentes a sismos, Procedimento 
ABNT NBR 15980:2011, Perfis laminados de aço para uso estrutural — Dimensões e tolerâncias 
ABNT NBR 16239:2013, Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de 
edificações com perfis tubulares 
AASHTO LRFD Bridge Design Specifications, 7th Edition , 2014 
ASTM A325-10e1, Standard specifications for structural bolts, steel, heat treated, 120105 ksi minimun 
tensile strength 
ASTM A490-12, Standard specification for structural bolts, alloy steel, heat treated, 150 ksi minimum 
tensile strength 
ASTM A572-13a, Standard specification for high-strength low-alloy columbium-vanadium structural steel 
ASTM A588 – 10, Standard Specification for High-Strength Low-Alloy Structural Steel, up to 50 ksi [345 
MPa] Minimum Yield Point 
ASTM A709/A709M – 13a, Standard specification for structural steel for bridges 
AWS D1.5/D1.1M:2010, Bridge welding code 
EN 1992-2 Eurocode 2 - Design of concrete structures - Part 2: Concrete Bridges 
EN 1993-2 Eurocode 3 - Design of steel structures - Part 2: Steel Bridges 
EM 1994-2 Eurocode 4 - Design of composite steel and concrete structures - Part 2: General rules and 
rules for bridges 
Research Council on Structural Connections:2004, Specification for structural joints using ASTM A325 or 
ASTM A490 bolts 
 
3 – Termos e definições 
3.1 Definições 
Longarina – viga localizada ao longo da direção de trafego dos veículos 
Transversina – viga localizada perpendicularmente as longarinas 
 
4 – Simbologia e unidades 
 
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No projeto, execução e controle de pontes de aço e mistas devem ser adotadas as notações básicas 
indicadas na ABNT NBR 8800:2008 e a ABNT NBR 7187:2003, além de símbolos específicos de 
outros capítulos da mesmas ou de outras normas brasileiras. 
Nesta Norma é adotado o Sistema Internacional de Unidades (SI), sendo recomendadas, na 
prática, as seguintes unidades: 
a) paraas cargas e forças concentradas ou distribuídas: kN, kN/m, kN/m²; 
b) para os pesos específicos: kN/m³; 
c) para as tensões e resistências: MPa (N/mm²); 
d) para os momentos: kN.m ou MN.m. 
Símbolos-base 
 
Alguns símbolos-base apresentados a seguir estão acompanhados se símbolos subscritos, de forma a 
não gerar dúvidas no seu significado. 
a) Letras romanas minúsculas 
a = distância em geral; distância entre enrijecedores transversais; altura da região 
comprimida em lajes de vigas mistas 
b = largura em geral 
bf = largura da mesa 
d = diâmetro em geral; diâmetro nominal de um parafuso; diâmetro nominal de um 
conector; altura de seção 
e = distância; excentricidade 
f = tensão em geral 
fck = resistência característica do concreto à compressão 
fr = tensão residual 
fu = resistência à ruptura do aço à tração 
fy = resistência ao escoamento do aço 
fw = resistência à tração do metal de solda 
g = gabarito de furação 
h = altura em geral; distância entre as faces internas das mesas de perfis “I” e “H” 
k = rigidez, parâmetro em geral 
ℓ = comprimento 
r = raio de giração; raio 
s = espaçamento longitudinal de quaisquer dois furos consecutivos 
t = espessura em geral 
tc = espessura da laje de concreto 
tf = Espessura da mesa 
tw = Espessura da alma 
 
b) Letras romanas maiúsculas 
 
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A = área da seção transversal 
Ag = área bruta da seção transversal 
C = coeficiente, constante de torção 
Cb = fator de modificação para diagrama de momento fletor não-uniforme 
Ct = coeficiente de redução usado no cálculo da área líquida efetiva 
Cv = coeficiente de força cortante 
Cw = constante de empenamento da seção transversal 
D = diâmetro externo de elementos tubulares de seção circular 
Ea = módulo de elasticidade do aço, E = 200000 MPa 
Ec = módulo de elasticidade do concreto 
F = força, valor da ação 
Fg = valor característico das ações permenentes 
Fq = valor característico das ações variáveis 
G = módulo de elasticidade transversal do aço, centro geométrico da seção transversal 
I = momento de inércia 
K = coeficiente de flambagem de barras comprimidas 
L = vão; distância; comprimento 
M = momento fletor 
N = força axial 
Q = fator de redução total associado à flambagem local 
Rd = resistência de cálculo 
Sd = solicitação de cálculo 
V = força cortante 
W = módulo de resistência elástico 
Z = módulo de resistência plástico 
 
c) Letras gregas minúsculas 
 = coeficiente de dilatação térmica; fator em geral 
 = deslocamento; flecha 
 = deformação 
 = Coeficiente de ponderação das ações 
 = diâmetro da barra da armadura 
g = coeficiente de ponderação da resistência ou das ações 
 = índice de esbeltez; parâmetro de esbeltez 
o = índice de esbeltez reduzido 
p = parâmetro de esbeltez limite para seções compactas 
r = parâmetro de esbeltez limite para seções semicompactas 
 = coeficiente médio de atrito 
 = coeficiente de Poisson 
 
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 = tensão normal 
 = tensão de cisalhamento 
 = fator de redução associado à resistência à compressão 
 = fator de redução de ações; fator de combinação de ações 
 = massa específica 
 
d) Letras gregas maiúsculas 
 = Somatório 
 
e) Símbolos subscritos – Romanas minúculas 
a = aço; apoio 
b = flexão; parafuso 
c = concreto; compressão 
d = de cálculo 
e = elástico; excentricidade 
f = mesa 
g = bruta; geométrico; ação permanente 
h = furo 
i = número de ordem 
k = característico; nominal 
n = líquida 
p = pilar; pino 
p = plastificação 
q = ação variável 
red = reduzido 
s = armadura 
st = enrijecedor 
t = tração 
u = ruptura 
v = cisalhamento; viga 
w = alma; solda 
x = relativo ao eixo x 
y = escoamento; relativo ao eixo y 
 
f) Símbolos subscritos – Romanas maiúsculas 
F = forma de aço 
G = ação permanente 
Q = ação variável 
Rd = resistentede cálculo 
Rk = resistente característico; resistente nominal 
 
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T = torção 
Sd = solicitante de cálculo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 – Materiais 
5.1 Aços estruturais 
5.1.1 Esta norma recomenda o uso de aços de qualificação estrutural que possuam as propriedades 
mecânicas adequadas a estruturas de pontes de aço e mistas de aço e concreto. Na Tabela 1 são 
referidos os aços recomendados com suas tensões de escoamento 
As restrições para os aços estruturais previstas no item A.1 e A.2 do Anexo A da ABNT NBR 8800:2008 
devem ser respeitadas. 
Tabela 1 – Aços para uso em pontes de aço e mistas aço e concreto 
Especificação fy 
(MPa) 
fu 
(MPa) 
MR 250 (ABNT NBR 7007) 250 400-560 
AR 350 (ABNT NBR 7007) 345 450 
AR 350 COR (ABNT NBR 7007) 345 485 
ASTM A36 G36 250 400 
ASTM A572 G50 345 450 
ASTM A588 G50 345 485 
ASTM A709 / A709 M, para peças não estruturais e de 
aparelhos de apoio 
250 400 
ASTM A709 / A709 M G50 345 450 
ASTM A709/ A709 HPS 50W 345 480 
 
 
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5.1.2 - Para chapas com espessura maiores que 50 mm o material deve atender as limitações da 
ASTM A673. 
 5.2 Parafusos, porcas, arruelas e pinos 
Na Tabela 2 são fornecidos os valores mínimos de resistências ao escoamento e resistência à ruptura 
de parafusos e suas respectivas porcas que podem ser usados em pontes de aço e pontes mistas de 
aço e concreto. No caso de pinos e roletes deve-se usar conforme as normas ASTM A108 grau de 1016 
à 1030 com tensão de escoamento mínimo de 250 MPa e a ASTM 668/668M com classes C,D,F e G 
com escoamento até de 345MPa. As arruelas devem ser de acordo com a norma ASTM F436. 
Tabela 2 – Parafusos para uso em pontes de aço e mistas aço e concreto 
Especificação fyb (MPa) fub (MPa) Diâmetro db 
mm pol 
ASTM A325 
(a)
 
635 
560 
825 
725 
16≤ db ≤ 24 
24≤ db ≤ 36 
1/2≤ db ≤ 1 
1< db ≤ 1½ 
ISSO 4016 Classe 8.8 640 800 12≤ db ≤ 36 - 
ASTM A490 
(a)
 895 1035 16≤ db ≤ 36 1/2≤ db ≤ 1½ 
ISSO 4016 Classe 10.9 900 1000 12≤ db ≤ 36 - 
(a) Disponíveis também com resistência à corrosão atmosférica (aço patinável) comparável a dos aços 
AR350 COR ou a dos aços ASTM A588. 
 
5.3 Conectores de cisalhamento 
Os conectores de cisalhamento recomendados na fabricação de pontes mistas de aço e concreto 
podem ser de pino com cabeça ou perfis U laminados, soldados de acordo com a AWS D1.5. 
Os conectores de cisalhamento podem ser conforme a ASTM A193 B7 com tensão equivalente de 
escoamento a aços ASTM A36, ou com aços do tipo ASTM A108 com tensão de escoamento 
equivalente a aços ASTM A572 G50 ou ASTM A588 G50. 
5.4 Soldas 
Todas as soldas deverão ser conformes com a AWS D1.5 Bridge Welding Code. O metal de solda deve 
ser classe 70 ou superior, isto é, apresentar fw ≥ 485MPa, e adequado aos aços resistentes à corrosão. 
 
6 – Princípios Gerais de Projeto 
6.1 Requisitos do projeto 
As pontes, objeto desta Norma devem ser concebidas, calculadas e detalhadas de modo a satisfazer 
os requisitos de construtibilidade, segurança e utilização, respeitando ainda os aspectos de inspeção, 
economia, durabilidade e estética. Independentemente do tipo de análise utilizado devem ser atendidas 
todas as combinações de ações suscetíveis de ocorrer durante a construção e a utilização, 
respeitados os estados limites últimos e os estados limites de serviço requeridos. 
6.2 Estados limitesPROJETO DE PONTES E VIADUTOS RODOVIÁRIAS DE AÇO E MISTAS AÇO E CONCRETO 
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Os estados limites a serem considerados estão definidos e relacionados na ABNT NBR 8800 
vigente, com as devidas modificações indicadas nesta Norma. Os estados limites últimos (ELU) 
representam o colapso ou qualquer outra forma de ruína que determine a paralisação do uso da 
estrutura. 
Os estados limites de serviço (ELS) estão relacionados com a durabilidade e a boa utilização 
funcional das estruturas, sua aparência e o conforto dos usuários. Para assegurar a durabilidade frente 
à corrosão é importante assegurar as limitações e recomendações expostas no Anexo N da ABNT NBR 
8800 e no Anexo B desta Norma. 
6.2.1 Critérios de segurança 
Os critérios de segurança desta Norma baseiam-se na ABNT NBR 8681. 
6.2.2 Estados-limites 
6.2.2.1 Geral 
Deve ser investigado o comportamento estrutural dos elementos de aço e mistos de aço e concreto 
para cada estágio durante a fabricação, manuseio, transporte, montagem e durante a vida útil da 
estrutura da qual faz parte. Os elementos estruturais devem ser proporcionados para atender aos 
requisitos de segurança, utilização, corrosão e fadiga. 
 
6.2.2.2 Estados-limites últimos (ELU) 
As condições usuais de segurança para os estados-limites últimos são expressas por: 
 
 
onde: 
 representa os valores de cálculo dos esforços atuantes (em alguns casos tensões atuantes), 
obtidos com base nas combinações últimas de ações indicadas no item 7.4. 
 
 
 representa os valores de cálculo dos correspondentes esforços resistentes (em alguns casos 
tensões resistentes), obtidos em diversas partes desta Norma, conforme a situação.. 
 
6.2.2.3 Estados limites de serviço (ELS) 
Os estados limites de serviço estão relacionados ao desempenho e a durabilidade da estrutura sob 
condições normais de utilização e podem ser tomadas como restrições de tensões, deformações e 
fissuras. 
As condições usuais de segurança para os estados-limites de serviço são expressas pela expressão: 
 
 
onde: 
 representa os efeitos estruturais de interesse, obtidos com base nas combinações de serviço 
indicadas no item 7.4.5. 
 
 representa os valores-limites adotados para estes efeitos, fornecidos no Anexo C. 
Para assegurar a durabilidade é importante atender as limitações e recomendações do Anexo N da 
ABNT NBR 8800 e o Anexo B desta norma. 
 
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6.2.2.4 Estados limites de fadiga e fratura 
No caso dos elementos de aço e suas conexões, estes devem ser avaliados com as variações de 
tensões resultado da aplicação da carga móvel em um número previsto de ciclos para a vida útil de 
projeto e os limites expostos no Anexo A desta norma. 
Em estruturas de pontes de aço e pontes mistas de aço e concreto e a armadura de aço devem ser 
considerados os efeitos de fadiga. No caso da laje do tabuleiro de concreto estrutural a fadiga deve ser 
avaliada conforme a ABNT NBR 6118. 
Os estados-limites de fratura devem ser tomados como um conjunto de requisitos de tenacidade de 
acordo com as especificações do aço empregado. Especificar norma ASTM de ensaios 
Tenacidade.(Zacarias) 
 
6.3 Memorial descritivo e justificativo 
O memorial descritivo e justificativo deve conter a descrição da obra e dos processos construtivos 
propostos, bem como a justificativa técnica, econômica e arquitetônica da estrutura adotada. 
6.4 Memorial de cálculo 
O memorial de cálculo deve ser iniciado com uma indicação clara do modelo estrutural 
adotado, com as dimensões principais, características dos materiais, condições de apoio, 
hipóteses de cálculo e outras informações que sejam necessárias para defini-lo. Em seguida, os 
cálculos destinados à determinação das solicitações e ao dimensionamento dos elementos estruturais 
devem ser apresentados em sequência lógica e com desenvolvimento tal que facilmente possam ser 
entendidos, interpretados e verificados. Os símbolos não usuais devem ser bem definidos, as 
fórmulas aplicadas devem figurar antes da introdução dos valores numéricos e as referências 
bibliográficas devem ser precisas e completas. Sendo os cálculos efetuados com auxílio de 
computadores, devem ser fornecidas as seguintes informações: 
a) se o programa utilizado for de uso corrente no meio técnico, sua identificação; 
b) se for um programa particular ou pouco conhecido, a descrição da base teórica, com as 
hipóteses feitas e os procedimentos matemáticos usados nos cálculos; indicação clara dos dados de 
entrada; relação dos resultados fornecidos pelo programa, os quais devem ser apresentados 
ordenadamente, com o significado de cada um, de forma que possam facilmente ser entendidos e, 
eventualmente, verificados por processos independentes. 
6.5 Desenhos 
6.5.1 Desenhos de Implantação 
Os desenhos de implantação da obra devem conter sua localização e os elementos principais do projeto 
geométrico. Em perfil, devem ser mostradas as cotas do greide, do terreno natural e do obstáculo 
transposto, constando também no desenho os gabaritos impostos, em largura e altura. Devem ser 
mostradas as cotas dos elementos de fundação e do lençol freático, assim como o perfil geológico 
geotécnico do terreno. Em planta, os desenhos devem ser lançados sobre bases obtidas do 
levantamento topográfico com as linhas rebaixadas, mostrando a compatibilização da obra com as 
condições locais, indicando saias de aterro e taludes de corte, e devem fornecer as coordenadas para 
locação das fundações. 
 
6.5.2 Desenhos de Projeto 
 
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Todas as informações necessárias para definição de quantidades, dimensões e arranjo da estrutura 
deverão estar indicadas e anotadas nos Desenhos de Projeto. É permitido o uso dos projetos de 
arquitetura somente como informação suplementar, com o objetivo de esclarecer detalhes geométricos 
e de acabamento. 
Os Desenhos de Projeto deverão ser baseados nos cálculos resultantes da aplicação das ações e dos 
esforços de Projeto que a Estrutura deverá suportar quando estiver completa e acabada. 
Os Desenhos de Projeto deverão mostrar claramente o trabalho que deverá ser executado, fornecendo 
as informações abaixo com suficiente precisão das dimensões, quantidades e natureza das peças da 
estrutura a serem fabricadas: 
a) Dimensões da seção transversal, tipo de aço e a locação de todos os elementos da estrutura; 
b) Toda a geometria e pontos de trabalho necessários ao arranjo da estrutura; 
c) Elevações do tabuleiro; 
d) Eixos de vigas e treliças; 
e) A contra-flecha necessária para os elementos da estrutura; 
f) Sistema de limpeza e pintura, se aplicável; 
g) Tipo de ligação e processo e controle de torque, se aplicável; 
h) Todas as informações necessárias indicadas nos itens 8.1.1 a 8.1.6. 
i) Indicar sugestões para procedimentos de montagem. 
j) Indicar o sistema de proteção as ações ambientais (aterramento, proteção a corrosão, entre outros) 
 
As Especificações Técnicas da Estrutura de aço e de concreto estrutural deverão incluir quaisquer 
requisitos adicionais exigidos para a Fabricação e Montagem da mesma. 
Todos os Desenhos de Projeto, Especificações Técnicas e anexos deverão ser numerados e datados 
para facilitar a identificação. 
6.5.2.1. Contraventamentos permanentes, enrijecedores de vigas, chapas de reforço de mesas de 
vigas, enrijecedores de apoio de vigas secundárias e principais, talas de reforço de almas, aberturas 
para acessibilidade e inspeção e outros detalhes especiais necessários deverão ser mostrados com 
clarezanos Desenhos de Projeto para que seus quantitativos e demais requisitos de fabricação sejam 
facilmente 
6.5.2.2. O Projetista da Estrutura deverá representar nos Desenhos de Projeto o dimensionamento 
completo das ligações e emendas, conforme as condições de fabricação e de montagem concebidas no 
projeto. 
 Quando o fabricante ou o montador especifica ou complementa os detalhes das ligações, deverá fazê-
lo obedecendo a esta norma e aquelas referidas no projeto e os Documentos Contratuais, submetendo 
esses detalhes à aprovação do Projetista e devida anuência do Contratante. 
6.5.2.3. Peças ou partes específicas de peças da estrutura que não devam receber pintura deverão ser 
especificadas nos Documentos Contratuais. 
 
 
6.5.3 Desenhos de Fabricação, Transporte e Montagem 
 
6.5.3.1 Projetista 
 
 
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O projetista deverá apresentar como parte do projeto as condições básicas de montagem para as quais 
foi desenvolvido o projeto. 
6.5.3.2 Contratante 
A Contratante deverá fornecer a tempo e de acordo com os Documentos Contratuais, todos os 
Desenhos de Projeto e todas as Especificações Técnicas que tenham sido liberados para construção. 
Salvo indicação em contrário, os Desenhos de Projeto que forem entregues como partes do pacote de 
documentos da licitação da obra, devem ser considerados como Liberados para Construção. 
 
6.5.3.3 Fabricante e Montador 
Com exceção do indicado no item 6.5.3.5, o fabricante deverá preparar os Desenhos de Fabricação e 
de Montagem para a Estrutura de aço e será responsável por: 
a) Transferir, de forma precisa e completa, todas as informações contidas nos Documentos Contratuais 
para os Desenhos de Fabricação e de Montagem; 
b) Fornecer informações dimensionais precisas e detalhadas para atender ao correto ajuste entre as 
peças da Estrutura durante a Montagem. 
 
Cada Desenho de Fabricação e de Montagem deverá permanecer com o mesmo número de 
identificação durante toda a duração do Projeto, devendo ser claramente anotada a data e também 
número/letra de cada revisão. 
Quando o Fabricante desejar introduzir mudanças no detalhamento de alguma ligação já descrita nos 
Desenhos de Projeto, deverá requerê-lo por escrito ao Projetista antes da emissão dos Desenhos de 
Fabricação e de Montagem. O Projetista deverá analisar e aprovar ou rejeitar o pedido de mudança no 
detalhe a tempo de não causar atrasos nos prazos da obra. 
Em caso de alterações nas condições de montagem inicialmente previstas pelo projetista, o fabricante 
ou o montador deverão submeter tais alterações ao projetista para aprovação. 
Sempre que requisitado, o Fabricante deverá fornecer ao Contratante, Construtora ou Gerenciadora o 
cronograma de remessa de Desenhos de Fabricação e de Montagem, para maior agilidade no fluxo de 
informações entre as partes envolvidas. 
 
6.5.3.4 Aprovações 
Os Desenhos de Fabricação e de Montagem deverão ser submetidos pelo fabricante à análise e 
aprovação do projetista. Esses desenhos deverão ser devolvidos ao fabricante em prazo adequado ao 
andamento do contrato. Todos os Desenhos de Fabricação e de Montagem já verificados pelo projetista 
deverão ser individualmente marcados como aprovados ou aprovados com ressalvas, se for o caso. 
Quando exigido, o fabricante deverá subsequentemente atender aos comentários anotados e fornecer 
os desenhos corrigidos ao projetista para aprovação final. 
 
6.5.3.5.1 A aprovação dos Desenhos de Fabricação e de Montagem, Desenhos aprovados com 
ressalvas e outras formas semelhantes de aprovação devem estabelecer o seguinte: 
 
a) Confirmação de que o fabricante interpretou corretamente os Documentos Contratuais na entrega 
de seus desenhos; 
b) Confirmação de que o projetista analisou e aprovou os detalhes das ligações mostrados nos 
Desenhos de Fabricação e de Montagem submetidos à sua aprovação de acordo com o item 
6.5.2.2, se aplicável; 
c) Liberação pelo projetista e pelo contratante autorizando o início da fabricação com base nos 
desenhos revisados e aprovados. 
 
 
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Tais aprovações não eximem o fabricante da responsabilidade pela precisão das dimensões detalhadas 
nos Desenhos de Fabricação e de Montagem ou pelo perfeito ajustamento entre as peças que serão 
montadas na obra. Não é obrigação do projetista a verificação destes aspectos dos Desenhos de 
Fabricação. Entretanto, é necessário atentar para alguma inconsistência do Detalhamento que possa vir 
a comprometer a estabilidade de peças isoladas ou da estrutura em conjunto, solicitando a sua 
alteração por parte do fabricante, que deverá atender prontamente as suas exigências. 
 
6.5.3.5.2 Quaisquer acréscimos, cancelamentos ou revisões incluídas em resposta a solicitações de 
esclarecimentos, ou que estejam indicadas em Desenhos de Fabricação e de Montagem já aprovados, 
constituem autorização pelo Contratante de liberar esses desenhos para construção com tais 
acréscimos, cancelamentos ou revisões. O Fabricante e o Montador devem notificar imediatamente o 
Contratante sobre quaisquer acréscimos nos custos ou nos prazos recorrentes de revisões, 
modificações ou cancelamentos, tenham esses sido feitos nos Desenhos ou em quaisquer outros 
documentos. 
 
6.5.3.6 Solicitação de Esclarecimentos durante o Projeto 
Quando forem emitidas solicitações de esclarecimentos durante a elaboração do Projeto Estrutural, o 
processo deverá conter um registro escrito de perguntas e respostas relacionadas à interpretação e 
implementação dos Documentos Contratuais, incluindo os esclarecimentos e/ou revisões dos 
Documentos Contratuais, se existirem. 
6.6 Especificações 
Todas as informações necessárias à execução da obra que não constem nos documentos previstos 
nos itens anteriores devem ser fornecidas sob a forma de especificações. 
DISCUSSÕES ATÉ AQUI NO DIA 13/11/2014 
 
6.7 Modelos de análise 
O objetivo da análise estrutural é a obtenção da distribuição interna dos esforços e deslocamentos, seja 
na estrutura de aço ou na laje de tabuleiro de concreto (no caso de pontes mistas). Qualquer 
metodologia usada para deteminar esses esforços e deslocamentos deve poder representar 
corretamente a rigidez das longarinas de aço e da laje do tabuleiro de concreto e a interação entre 
ambos materiais. 
Os métodos de análise a serem usados podem modelar a estrutura de forma detalhada (usando por 
exemplo o método dos elementos finitos ou das faixas finitas) ou usando metodos simplificados (como 
análise de grelhas equivalentes, ou até fazer modelos simples usando a teoria de vigas, usando vigas 
mistas equivalentes). A escolha de modelos mais detalhados ou de simplificados será uma decisão do 
projetista. 
No caso de pontes com longarinas e tabuleiro de laje de concreto, é permitido usar modelos lineares 
desde que se usem coeficientes de distribuição adequados da carga espacial para as vigas 
equivalentes. Podem ser usadas os coeficientes de distribuição apresentados na Tabela 2, ou o método 
da alavanca para o caso das vigas externas (que é um método a favor de segurança, e que determina o 
quanto a viga extrema da seção recebe da carga do veículo tipo de projeto). 
 
 
 
 
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Tabela 2 – Coeficientes de distribuição do tabuleiro para as vigas longitudinais 
 
O parâmetro de rigidez longitudinal, Kg, é definido como: 
 
 
sendo 
 
 
 
 
 
A – área da viga de aço apenas 
 
I – momento de inércia da viga de aço 
 
eg – distancia entre o centroide da viga de aço e o centroide da seção da laje do tabuleiro de concreto.7 –Ações e Combinações 
Conforme definição constante na ABNT NBR 8681, ações são as causas que provocam o 
aparecimento de esforços ou deformações nas estruturas. Classificam-se, segundo a referida norma, 
em: 
a) permanentes; 
b) variáveis; 
 Uma faixa de projeto carregada Duas ou mais faixas de projeto carregadas Condições de aplicação
 Nb=3
Usar o menor entre o valor obtido da equação 
acima considerando Nb=3 e a regra da alavanca
 Nb=3
Regra da alavanca Regra da alavanca Nb=3
Regra da alavanca Nb=3
Regra da alavanca
Fator de distribuição para 
cisalhamento nas vigas 
externas
Usar o menor entre os valores obtidos das equações acima considerando Nb=3 e a regra da 
alavanca
Fator de distribuição para 
momento fletor nas vigas 
internas
Fator de distribuição para 
momento fletor nas vigas 
externas
Fator de distribuição para 
cisalhamento nas vigas internas
Regra da alavanca
 
 
 
 
 
 
 mm
 
 
 mm4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 mm
 
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c) excepcionais. 
 
 
7.1 Ações permanentes 
Ações cujas intensidades podem ser consideradas como constantes ao longo da vida útil da 
construção. Também são consideradas permanentes as que crescem no tempo, tendendo a um 
valor limite constante. As ações permanentes compreendem, entre outras: 
a) as cargas provenientes do peso próprio dos elementos estruturais; 
b) as cargas provenientes do peso da pavimentação, dos trilhos, dos dormentes, dos lastros, dos 
revestimentos, das barreiras, dos guarda-rodas, dos guarda-corpos e de dispositivos de sinalização; 
c) os empuxos de terra e de líquidos; 
d) as forças de protensão; 
e) as deformações impostas, isto é, provocadas por fluência e retração do concreto, por variações de 
temperatura e por deslocamentos de apoios. 
7.1.1 Peso próprio dos elementos estruturais 
Na avaliação das cargas devidas ao peso próprio dos elementos estruturais, o peso específico para 
elementos de aço deve ser tomado no mínimo igual a 78,5kN/m²o peso específico para elementos de 
concreto simples no mínimo igual a 24 kN/m³ e de 25 kN/m³ para o elementos em concreto armado ou 
protendido. 
7.1.2 Pavimentação 
Na avaliação da carga devida ao peso da pavimentação, deve ser adotado para peso específico do 
material empregado o valor mínimo de 24 kN/m³, prevendo-se uma carga adicional de 2 kN/m² 
para atender a um possível recapeamento. A consideração desta carga adicional pode ser 
dispensada, a critério do proprietário da obra, no caso de pontes de grandes vãos. 
7.1.3 Empuxo de terra 
O empuxo de terra nas estruturas é determinado de acordo com os princípios da mecânica dos solos, 
em função de sua natureza (ativo, passivo ou de repouso), das características do terreno, assim como 
das inclinações dos taludes e dos paramentos. Como simplificação, pode ser suposto que o solo não 
tenha coesão e que não haja atrito entre o terreno e a estrutura, desde que as solicitações assim 
determinadas estejam a favor da segurança. 
O peso específico do solo úmido deve ser considerado no mínimo igual a 18 kN/m³ e o ângulo de atrito 
interno no máximo igual a 30º. Os empuxos ativo e de repouso devem ser considerados nas 
situações mais desfavoráveis. A atuação do empuxo passivo só pode ser levada em conta quando 
sua ocorrência puder ser garantida ao longo de toda a vida útil da obra. 
Quando a superestrutura funciona como arrimo dos aterros de acesso, a ação do empuxo de terra 
proveniente desses aterros pode ser considerada simultaneamente em ambas as extremidades 
somente no caso em que não haja juntas intermediárias do tabuleiro e desde que seja feita a 
verificação também para a hipótese de existir a ação em apenas uma das extremidades, agindo 
isoladamente (sem outras forças horizontais) e para o caso de estrutura em construção. 
 
 
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Nos casos de tabuleiro em curva ou esconso, deve ser considerada a atuação simultânea dos 
empuxos em ambas as extremidades, quando for mais desfavorável. Para maiores detalhes deve ser 
consultada a ABNT NBR 7187. 
Pode ser prescindida a consideração da ação do empuxo de terra sobre os elementos 
estruturais implantados em terraplenos horizontais de aterros previamente executados, desde que 
sejam adotadas precauções especiais no projeto e na execução tais como: compactação adequada, 
inclinações convenientes dos taludes, distâncias mínimas dos elementos às bordas do aterro, terreno 
de fundação com suficiente capacidade de suporte, entre outras. 
7.1.4 Empuxo d’água 
7.1.5.1 O empuxo d´água e a subpressão devem ser considerados nas situações mais desfavoráveis 
para a verificação dos estados limites, sendo dada especial atenção ao estudo dos níveis máximo e 
mínimo dos cursos d’água e do lençol freático. 
No caso de utilização de contrapeso enterrado, é obrigatória, na avaliação de seu peso, a 
consideração da hipótese de submersão total do mesmo, salvo se comprovada a impossibilidade de 
ocorrência dessa situação. 
7.1.5.2 Nos muros de arrimo deve ser prevista, em toda a altura da estrutura, uma camada filtrante 
contínua, na face em contato com o solo contido, associada a um sistema de drenos, de modo a 
evitar a situação de pressões hidrostáticas. Caso contrário, deve ser considerado nos cálculos o 
empuxo d´água resultante. 
7.1.5.3 Toda estrutura celular deve ser projetada, quando for o caso, para resistir ao empuxo d’água 
proveniente do lençol freático, da água livre ou da água acumulada de chuva. Caso a estrutura 
seja provida de aberturas com dimensões adequadas, esta ação não precisa ser levada em 
consideração. 
7.1.6 Deslocamento de fundações 
Se a natureza do terreno e o tipo de fundações permitirem a ocorrência de deslocamentos 
que induzam efeitos apreciáveis na estrutura, as deformações impostas decorrentes devem ser 
levadas em consideração no projeto. 
 
7.2 Ações variáveis 
Ações de caráter transitório que compreendem, entre outras: 
a) as cargas móveis; 
b) as cargas de construção; 
c) as cargas de vento; 
d) o empuxo de terra provocado por cargas móveis; 
e) a pressão da água em movimento; 
f) o efeito dinâmico do movimento das águas; 
g) as variações de temperatura. 
 
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7.2.1 Cargas móveis 
7.2.1.1 Cargas verticais 
Os valores característicos das cargas móveis verticais são fixados na ABNT NBR 7188 ou pelo 
proprietário da obra. 
7.2.1.2 Efeito dinâmico das cargas móveis 
O efeito dinâmico das cargas móveis deve ser analisado pela teoria da dinâmica das estruturas. É 
permitido, no entanto, assimilar as cargas móveis a cargas estáticas, através de sua multiplicação 
pelos coeficientes de impacto definidos na ABNT NBR 7188. 
7.2.1.3 Força centrífuga 
7.2.1.3.1 Nas pontes rodoviárias em curva, a força centrífuga normal ao seu eixo deve ser 
considerada atuando na superfície de rolamento, sendo seu valor característico determinado como 
uma fração C do peso do veículo tipo. Para pontes em curva com raio inferior a 300 m, C = 0,25 
e para raios superioresa 300 m, C = 75/R, sendo R o raio da curva, em metros. 
7.2.1.4 Choque lateral 
O choque lateral das rodas, considerado apenas em pontes rodoviárias, é equiparado a uma força 
horizontal móvel, aplicada na altura do topo do tabuleiro, normal ao eixo da linha, com um valor 
característico igual a 20% da carga do eixo mais pesado. Em pontes curvas em planta, não se deve 
somar o efeito do choque lateral ao da força centrífuga, considerando-se entre os dois apenas o que 
produzir maiores solicitações. Em pontes com mais de uma linha, esta ação só é considerada em uma 
delas. 
7.2.1.5 Efeitos da frenação e da aceleração 
7.2.1.5.1 O valor característico da força longitudinal provocada pela frenação ou pela aceleração 
de veículos sobre as pontes deve ser tomado como uma fração das cargas móveis, consideradas sem 
impacto. 
7.2.1.5.2 Nas pontes rodoviárias, a força longitudinal devida à frenação ou à aceleração dos veículos 
deve ser considerada aplicada na superfície de rolamento e igual ao maior dos seguintes valores: 5% 
do peso do carregamento do tabuleiro com as cargas móveis distribuídas, excluídos os passeios, ou 
30% do peso do veículo tipo. 
7.2.1.5.3 No caso de pontes com mais de duas faixas, considera-se a força longitudinal em 
apenas duas delas: numa considera-se a força de frenação e na outra a força de aceleração ou 
metade da força de frenação, adotando-se a maior das duas. Estas forças são consideradas atuando 
no mesmo sentido, nas duas linhas que correspondam à situação mais desfavorável para o 
dimensionamento. 
7.2.2 Cargas de construção 
No projeto e cálculo estrutural devem ser consideradas as ações das cargas passíveis de ocorrer 
durante o período da construção, notadamente aquelas devidas ao peso de equipamentos e estruturas 
auxiliares de montagem e de lançamento de elementos estruturais e seus efeitos em cada etapa 
executiva da obra. 
 
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7.2.3 Carga de vento 
Deve ser calculada de acordo com a ABNT NBR 6123. 
7.2.4 Empuxo de terra provocado por cargas móveis 
Deve ser calculado com os mesmos critérios apresentados em 7.1.3, transformando-se as cargas 
móveis no terrapleno em altura de terra equivalente. Quando a superestrutura funciona como 
arrimo dos aterros de acesso, a ação deve ser considerada em apenas uma das extremidades, a 
menos que seja mais desfavorável considerá-la simultaneamente nas duas, nos casos de tabuleiros 
em curva horizontal ou esconsos. 
7.3 – Coeficientes de ponderação das ações 
As ações devem ser ponderadas pelo coeficiente γf dado por 
 γf = γf1 γf2 γf3 
onde 
 γf1 é a parcela do coeficiente de ponderação das ações γf, que considera a variabilidade das 
ações 
γf2 é a parcela do coeficiente de ponderação das ações γf, que considera a simultaneidade de atuação 
das ações 
γf3 é a parcela do coeficiente de ponderação das ações γf, que considera os possíveis erros de 
avaliação dos efeitos das ações, seja por problemas construtivos, seja por deficiência do método de 
cálculo empregado, de valor igual ou superior a 1,10 
Os coeficientes de ponderação para verificação dos estados limites últimos são apresentados nas 
Tabelas 3 e 4, para o produto estão os valores γf1 γf3. O produto γf1 γf3 é representado por γg e γq. O 
coeficiente γf2 é igual ao fator de combinação Ψo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela 3 - Valores dos coeficientes de ponderação das ações 
f3f1f  
 
Combinações 
Ações permanentes (g) 
1) 
 
Diretas 
Indiretas Peso próprio 
de estruturas 
metálicas 
Peso 
próprio de 
estruturas 
pré-
moldadas 
Peso próprio de 
estruturas 
moldadas no 
local e de 
elementos 
construtivos 
industrializados 
Peso próprio de 
elementos 
construtivos 
industrializados 
com adições in 
loco 
Peso próprio 
de elementos 
construtivos 
em geral e 
equipamentos 
Normais 
1,25 
(1,00) 
1,30 
(1,00) 
1,35 
(1,00) 
1,40 
(1,00) 
1,50 
(1,00) 
1,20 
(0) 
Especiais ou 
de construção 
1,15 
(1,00) 
1,20 
(1,00) 
1,25 
(1,00) 
1,30 
(1,00) 
1,40 
(1,00) 
1,20 
(0) 
Excepcionais 
1,10 
(1,00) 
1,15 
(1,00) 
1,15 
(1,00) 
1,20 
(1,00) 
1,30 
(1,00) 
0 
(0) 
 
Ações variáveis (q) 
1) 
 
Efeito da temperatura Ação do vento 
Demais ações variáveis, 
incluindo as decorrentes 
do uso e ocupação 
Normais 1,20 1,40 1,50 
Especiais ou 
de construção 
1,00 1,20 1,30 
Excepcionais 1,00 1,00 1,00 
NOTAS: 
1) 
Os valores entre parênteses correspondem aos coeficientes para as ações permanentes favoráveis à 
segurança; ações variáveis e excepcionais favoráveis à segurança não devem ser incluídas nas 
combinações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela 4 - Valores dos fatores de combinação o e de redução 1 e 2 para as ações variáveis 
Ações 
f2 
o 1 
3)
 2 
1), 2) 
 
Vento Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral 0,6 0,3 0 
Temperatura 
Variações uniformes de temperatura em relação à média 
anual local 
0,6 0,5 0,3 
Cargas 
móveis 
Pontes rodoviárias 0,7 0,5 0,3 
Notas 
1) 
 Para combinações excepcionais onde a ação principal for sismo, admite-se adotar para 2 o valor 
zero.
 
2) 
 Para combinações excepcionais onde a ação principal for o fogo, o fator de redução 2 pode ser 
reduzido, multiplicando-o por 0,7. 
3) 
 Para estado limite de fadiga usar 1 igual a 1,0. 
 
Na Tabela 5 são apresentados os valores dos coeficientes de ponderação para pontes rodoviárias quando as 
ações permanentes e variáveis são agrupadas. 
Tabela 5 - Valores dos coeficientes de ponderação considerando as ações agrupadas 
Ações permanentes agrupadas 
Combinação Tipo de estrutura Desfavorável Favorável 
Normal 
Pontes em geral 
Grandes pontes
1)
 
1,35 
1,30 
1,0 
1,0 
Especial ou de 
construção 
Pontes em geral 
Grandes pontes
1)
 
1,25 
1,20 
1,0 
1,0 
Excepcionais 
Pontes em geral 
Grandes pontes
1)
 
1,15 
1,10 
1,0 
1,0 
Ações variáveis agrupadas 
Combinação Tipo de estrutura Coeficiente de ponderação 
Normal Pontes 1,5 
Especial ou de 
construção 
Pontes 
1,3 
Excepcionais Pontes 1,0 
Notas 
1) 
 Grandes pontes são aquelas em que o peso próprio da estrutura supera 75% da totalidade das 
ações 
 
 
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7.4 - Combinações 
7.4.1 Combinações últimas normais 
A combinações últimas normais decorrem do uso previsto para a ponte rodoviária. 
Devem ser consideradas tantas combinações quantas forem necessárias para verificação das 
condições de segurança em relação a todos estados-limites útlimos aplicavéis. Em cada combinação 
devem estar incluídas as ações permamentes e a ação variável principal, com seus valores 
caraterísticos e as demais ações variavéis, consideradas secundárias, com seus valores reduzidos d 
combinação. 
Para cada combinação, aplica-se a seguinte expressão: 
 
 
 
 
 
 
Onde 
 FGi,k representa o valores caraterísticos das ações permanentes; 
 FQ1,k é o valor caraterístico das ação variável considerada principal para a combinação; 
 FQj,k representa o valores caraterísticos das ações variavéis que podem atuar simultanemente coma ação variavél principal; 
7.4.2 Combinações últimas especiais 
As combinações últimas especiais decorrem da atuação de ações variáveis de natureza ou intensidade 
especial, cujos efeitos superam em intensidade os efeitos produzidos pelas ações consideradas nas 
combinações normais. Os carregamentos especiais são transitórios, com duração muito pequena em 
relação ao período de vida útil da estrutura. 
A cada carregamento especial corresponde uma única combinação última especial de ações, na qual 
devem estar presentes as ações permanentes e a ação variável especial, com seus valores 
característicos, e as demais ações variáveis com probabilidade não desprezável de ocorrência 
simultânea, com seus valores reduzidos de combinação. 
Aplica-se a seguinte expressão: 
)ψγ(γ)γ( kQj,ef0j,
n
2j
qjkQ1,q1
m
1i
ki,Ggid
FFFF 


 
onde: 
FGi,k representa os valores característicos das ações permanentes; 
FQ1,k é o valor característico da ação variável especial; 
FQj,k representa os valores característicos das ações variáveis que podem atuar concomitantemente 
com a ação variável especial; 
0j,ef representa os fatores de combinação efetivos de cada uma das ações variáveis que podem 
atuar concomitantemente com a ação variável especial FQ1. 
 
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Os fatores 0j,ef são iguais aos fatores 0j adotados nas combinações normais, salvo quando a ação 
variável especial FQ1 tiver um tempo de atuação muito pequeno, caso em que 0j,ef podem ser tomados 
como os correspondentes fatores de redução 2j. 
7.4.3 Combinações últimas de construção 
As combinações últimas de construção devem ser levadas em conta nas estruturas em que haja riscos 
de ocorrência de estados-limites últimos, já durante a fase de construção. O carregamento de 
construção é transitório e sua duração deve ser definida em cada caso particular. No caso de pontes 
devem ser avaliados todas as fases de montagem ou execução, assim como os equipamentos e 
estruturas que sejam necessárias para o desenvolvimento da obra. 
Devem ser consideradas tantas combinações de ações quantas sejam necessárias para verificação das 
condições de segurança em relação a todos os estados-limites últimos que são de se temer durante a 
fase de construção. Em cada combinação devem estar presentes as ações permanentes e a ação 
variável principal, com seus valores característicos e as demais ações variáveis, consideradas 
secundárias, com seus valores reduzidos de combinação. 
Para cada combinação, aplica-se a mesma expressão dada em 7.4.2, onde FQ1,k é o valor característico 
da ação variável admitida como principal para a situação transitória considerada. 
7.4.4. Combinações últimas excepcionais 
As combinações últimas excepcionais decorrem da atuação de ações excepcionais que podem 
provocar efeitos catastróficos. As ações excepcionais somente devem ser consideradas no projeto de 
estrutura de determinados tipos de construção, nos quais essas ações não possam ser desprezadas e 
que, além disso, na concepção estrutural, não possam ser tomadas medidas que anulem ou atenuem a 
gravidade das consequências dos seus efeitos. O carregamento excepcional é transitório, com duração 
extremamente curta. 
A cada carregamento excepcional corresponde uma única combinação última excepcional de ações, na 
qual devem figurar as ações permanentes e a ação variável excepcional, com seus valores 
característicos, e as demais ações variáveis com probabilidade não desprezável de ocorrência 
simultânea, com seus valores reduzidos de combinação, conforme a ABNT NBR 8681. Nos casos de 
ações sísmicas, deve ser utilizada a ABNT NBR 15421. 
Aplica-se a seguinte expressão: 
)ψγ()γ( kQj,ef0j,
n
1j
qjexcQ,
m
1i
ki,Ggid
FFFF 


 
Onde 
 FQ,exc é o valor da ação transitória excepcional. 
 
 
 
 
 
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7.4.5 Combinações de serviço 
Devido ao tipo de ação acidental, produzida pelo trafego dos veículos sobre as pontes rodoviárias, as 
combinações quase permanentes de serviço são usadas para definir a contraflecha que deve ser 
aplicada nas estrutura da ponte. As combinações frequentes de serviço e as combinações raras de 
serviço são definidas apenas com as cargas acidentais movéis. (A discutir!) 
7.4.5.1 Combinações quase permanentes de serviço 
As combinações quase permanentes são aquelas que podem atuar durante grande parte do período de 
vida da estrutura, da ordem da metade desse período. Essas combinações são utilizadas para os 
efeitos de longa duração e para a aparência da construção. 
Nas combinações quase permanentes, todas as ações variáveis são consideradas com seus valores 
quase permanentes 
kQ,2ψ F
: 
)ψ( kQj,2j
n
1j
m
1i
kGi,ser FFF 


 
No contexto dos estados-limites de serviço, o termo “aparência” deve ser entendido como relacionado a 
deslocamentos excessivos que não provoquem danos a outros componentes da construção, e não a 
questões meramente estéticas. 
 
7.4.5.2 Combinações frequentes de serviço 
As combinações frequentes são aquelas que se repetem muitas vezes durante o período de vida da 
estrutura, da ordem da 2x106 vezes em 50 anos, ou que tenham duração total igual a uma parte não 
desprezável desse período, da ordem de 5 %. Essas combinações são utilizadas para os estados-
limites reversíveis, isto é, que não causam danos permanentes à estrutura ou a outros componentes da 
construção, incluindo os relacionados ao conforto dos usuários e aos veículos, tais como vibrações 
excessivas, movimentos laterais excessivos que comprometam e possam criar aberturas de fissuras. 
Nas combinações frequentes, a ação variável principal FQ1 é tomada com seu valor frequente 
k,1Q1 F
 e 
todas as demais ações variáveis são tomadas com seus valores quase permanentes 
kQ,2ψ F
: 
)( k,Qjj2
n
2j
k,1Q1
m
1i
k,Giser FFFF  

 
 
7.4.5.3 Combinações raras de serviço 
As combinações raras são aquelas que podem atuar no máximo algumas horas durante o período de 
vida da estrutura. Essas combinações são utilizadas para os estados-limites irreversíveis, isto é, que 
causam danos permanentes à estrutura ou a outros componentes da construção, e para aqueles 
relacionados ao funcionamento adequado da estrutura, tais como formação de fissuras e danos aos 
fechamentos. 
Nas combinações raras, a ação variável principal FQ1 é tomada com seu valor característico FQ1,k e 
todas as demais ações variáveis são tomadas com seus valores freqüentes 
kQ,1ψ F
: 
 
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)( k,Qjj1
n
2j
k,1Q
m
1i
k,Giser FFFF  

 
8 - Considerações especiais para fadiga 
Em estruturas de pontes de aço e pontes mistas de aço e concreto devem ser considerados os efeitos 
de fadiga. No caso da Laje do tabuleiro de concreto a fadiga deve ser avaliada conforme a ABNT NBR 
6118 No caso dos elementos de aço e suas conexões, estes devem ser avaliados com as variações de 
tensões e os limites expostos no Anexo A desta norma. 
9- Dimensões mínimas 
9.1 Vãos efetivos 
Para determinação de esforços e deslocamentos, deverá ser considerada para o comprimento do vão, a 
distância entre centros dos aparelhos de apoio ou outros pontos de apoio. [AASHTO 6.7.1] 
9.2 Contraflecha para cargas permanentes 
As vigas soldadas e vigas caixão devem ter contraflecha para compensar as deformações devidas às 
ações permanentes e as mudanças de geometria na direção vertical. 
As flechas devidas ao peso da viga de aço e do concreto devem ser apresentadas de maneira 
separada. 
Quandoconsiderada a execução em estágios, a sequência destes deve ser considerada na 
determinação da contraflecha. 
9.3 Espessuras mínimas das chapas de aço 
A espessura mínima para contenções laterais, diafragmas, seções transversais e chapas gusset de 
conexão, exceto para almas de perfis laminados, nervuras de seção fechada em tabuleiros ortotrópicos 
de aço, deve ser de 8 mm. 
Para tabuleiros ortotrópicos, a espessura da alma de perfis laminados e de nervuras de seção fechada 
deve ser maior que 6,35mm. A espessura do piso do tabuleiro ortotrópico deve ser de 16 mm, ou quatro 
por cento do maior espaçamento entre as nervuras, e a espessura das nervuras de seção fechada 
nesse casso deve maior que 5 mm. 
Quando as peças de aço componentes foram expostas a ambientes severos de corrosão, estas devem 
ser protegidas especialmente a corrosão ou deve se anexar uma espessura adicional para compensar a 
perda de espessura por corrosão. 
9.4 Diafragmas e seções transversais 
Diafragmas e contenções laterais transversais devem ser dispostos nos apoios extremos ou 
intermediários e intermitentemente ao longo do vão entre os apoios. 
A necessidade de diafragmas e contenções laterais deve ser analisada para todas as fases de 
fabricação, transporte e montagem até a situação final definitiva. Estas análises devem incluir, entre 
outras, as seguintes considerações: 
 
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 - a transferência da ação do vento lateral no elemento inferior entre o apoio a longarina e o 
tabuleiro da ponte; 
 - a estabilidade do banzo inferior dos diafragmas quando estes foram sujeitos a compressão; 
 - a estabilidade do banzo superior em compressão prévio a cura do tabuleiro; 
 - a distribuição das ações verticais permanentes e acidentais aplicadas a estrutura; 
Diafragmas ou contenções transversais não requeridas para a situação definitiva da seção mista podem 
ser considerados como contenções temporárias. Formas de aço incorporadas, usadas como 
cimbramentos para o concreto, não podem ser consideradas como elementos de contenção lateral 
durante a cura do concreto do tabuleiro. 
.9.4.1 Pontes de vigas I 
Os diafragmas ou travejamentos transversais das longarinas devem ser, no mínimo, de 0,5 vezes a 
altura da seção em longarinas laminadas, e 0,75 vezes a altura da seção em longarinas soldadas. Ë 
recomendável sempre considerar banzos inferior e superiores e diagonais nos travejamentos 
intermediários, principalmente em pontes com curvatura horizontal. Quando a relação de comprimento e 
altura da viga de travejamento transversal for maior que 4, esta deve ser calculada com elemento de 
viga. A distância ente travejamentos ou diafragmas não deve ser maior que 9000mm em ponte retas, e 
em pontes curvas deve ser menor que 1/10 do raio de curvatura. 
9.4.2 Pontes de vigas caixão 
Devem ser previstos diafragmas nos apoios das pontes com vigas caixão e em locais intermediários 
para evitar a distorção da seção transversal e resistir aos momentos torsores. Para seções d vigas 
caixão que tenham mais de uma viga, deve ser previsto diafragmas externos que liguem as vigas e 
possa se considerar o trabalho conjunto delas. 
Em nenhum caso, para pontes em viga caixão, o espaçamento dos diafragmas pode exceder a 12000 
mm. 
9.4.3 Pontes de treliças e arcos 
Diafragmas devem ser dispostos nas conexões das vigas de piso e nos nós das treliças ou em qualquer 
outro ponto que acontecer aplicação e ação concentrada. Diafragmas de treliças devem ser espaçados, 
no máximo, a cada 12000 mm. 
9.5 Travamento lateral 
As contenções ou os travamentos laterais devem ser considerados para todos os estágios da 
montagem e fabricação da ponte e no estágio final de operação, e deve considerar: 
- a transferência das ações transversais devido ao vento; 
- controlar as deformações da seção transversal durante a fabricação, transporte e montagem, e 
de quando da colocação do piso do tabuleiro da ponte. 
 
 
 
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10 – Dimensionamento de elementos a tração 
Elementos sujeitos a tração deve ser verificados conforme o item 5.2 da ABNT NBR 8800: Barras 
prismáticas submetidas à força axial de tração. Os limites de esbeltez para pontes devem ser limitados 
a: 
 - L/r ≤140 para elementos principais sujeitos a tensões reversas 
 - L/r ≤200 para elementos principais não sujeitos a tensões reversas 
 - L/r ≤240 para elementos secundários 
Onde: 
 L é o comprimento destravado do elemento entre seus pontos de trabalho 
 r é o menor raio de giração da seção 
 
11 – Dimensionamento de elementos a compressão 
Elementos prismáticos sujeitos à compressão devem ser dimensionados de acordo com o item 5.3 da 
ABNT NBR 8800: Barras prismáticas submetidas à força axial de compressão. O limite de esbeltez em 
todos os casos não deve exceder: 
- L/r ≤120 para elementos principais 
 - L/r ≤240 para elementos secundários 
12 – Dimensionamento de elementos com seções I a flexão 
As vigas ou longarinas (sejam estas laminadas ou soldadas) devem ser dimensionadas em duas fases 
diferentes: uma primeira quando as vigas de aço são a estrutura resistente , e outra quando o sistema 
se comporta de maneira mista com a laje de concreto do tabuleiro. 
Na primeira fase, comumente denominada com antes da cura (AC), o dimensionamento é de acordo 
com o item 5.4.2 da ABNT NBR 8800, e não deve ser considerado o uso de vigas de almas esbeltas e, 
caso necessário, deve se usar enrijecedores transversais e longitudinais. Vigas soldadas com mesas de 
larguras diferentes serão consideradas de acordo como uma viga I ou H com apenas um eixo de 
simetria situado no plano médio da alma, fletidas em relação ao eixo de maior momento de inércia. 
Nesta fase deve ser verificada, para a combinação de carga permanente e variável sem consideração 
da carga móvel (com os coeficientes de majoração adequados), os estados de flambagem lateral com 
torção, flambagem local da mesa e flambagem local da alma. 
Na segunda fase, após a cura do concreto, a viga se comporta como viga mista e o Anexo O da ABNT 
NBR 8800 deve ser aplicado. As combinações de resistência última devem considerar as ações 
permanentes totais, as ações acidentais e as cargas devidas ao trafego dos veículos. 
13 – Dimensionamento de elementos com seções caixão a flexão 
Verificar normas estrangeiras???? 
 
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14 – Outros tipos de seção dimensionamento a flexão 
Verificar normas estrangeiras???? 
15 – Conexões e emendas 
As conexões e emendas deverão seguir os seguintes itens da ABNT NBR 8800:2010: 
 6 Condições especificas para o dimensionamento de ligações metálicas 
 7 Condições especificas para o dimensionamento de elementos mistos aço e concreto 
 8 Condições especificas para o dimensionamento de ligações mistas 
E o Anexo R sobre ligações mistas. 
 
16 – Prescrições para estruturas de diversas tipologias 
 
16.1 Longarinas de perfis I 
Recomendam-se limites mínimos de largura espessura e da altura da seção para o uso de vigas sem 
enrijecedores longitudinais (vide AASHTO 6.10.2.1.1-1) 
 
 
 
 
Almas com enrijecedores longitudinais 
 
 
 
 
Mesas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onde 
 D altura da alma do perfil 
 tw a espessura da alma da viga 
 tf a espessura da mesa da viga 
 
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 bf a largura da mesa da viga 
 Iyc Inércia da mesa superior a compressão da viga de aço 
 Iy Inércia da mesa superior a tração da viga de aço16.2 Treliças 
Recomenda-se que a altura das teliças seja no mínimo de 1/10 do comprimento efetivo do vão da 
ponte. 
16.3 Estruturas ortótropicas 
????? 
16.4 Arcos 
 
17 – Durabilidade e Vida útil de projeto 
A durabilidade depende da qualidade dos materiais, do projeto, da execução e da manutenção durante 
a vida útil. No caso do concreto a durabilidade pode ser determinada da mesma maneira que no projeto 
de estruturas de concreto, e considerando que obras de arte estão sempre em ambientes não 
protegidos. No caso das estruturas de aço a durabilidade é baseada principalmente na proteção contra 
corrosão que deve ser de acordo com o anexo N da ABNT NBR 8800 Durabilidade de componentes de 
aço frente à corrosão, e na determinação da vida útil a fadiga de acordo com o Anexo A desta norma. 
18 – Recomendações construtivas 
Aplicam-se as recomendações construtivas expressas nas normas AASHTO atualizadas, AASHTO 
LRFD Bridge Construction Specifications, 3rd Edition, with 2010, 2011, and 2012 Interim Revisions, e no 
AISC 303-10, Code of Standard practice for steel buildings and bridges, e ainda aquelas pertinentes 
contidas nas normas brasileiras listadas nas referencias normativas. 
Recomendações de proporções para pontes Rodoviárias (Vide AASHTO 2010 Tabela 2.5.2.6.3-1) 
 
 
Tipo de Superestrutura Altura mínima ( incluído a espessura de tabuleiro) 
 Vão simples Vãos contínuos 
Altura total da viga mista L/25 L/32 
Altura apenas da viga de aço L/30 L/37 
Pontes treliçadas L/10 L/10 
 
 
 
 
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ANEXO A 
(normativo) 
 
Fadiga 
 
A.1 Aplicabilidade 
A.1.1 Este Anexo aplica-se a elementos estruturais de aço e ligações de pontes de aço e mistas de aço 
e concreto com ações repetitivas ou cíclicas, com variação de tensões no regime elástico cuja 
frequência e magnitude são suficientes para iniciar fissuras e colapso progressivo por fadiga. 
 
A.1.2 As prescrições dadas em A.2 a A.6 podem não se aplicar em parte ou na totalidade a ligações 
soldadas envolvendo um ou mais perfis tubulares. Recomenda-se, para a verificação dessas ligações à 
fadiga, a utilização da AWS D1.5, fazendo-se as adaptações necessárias para manter o nível de 
segurança previsto nesta Norma. 
 
A.2 Generalidades 
 
A.2.1 Para os efeitos deste Anexo, usa-se a combinação frequente de fadiga: 



n
j
FF
1
kQj,1fadd, ψ
 
Onde: 
 
FQj,k é o valor característico das ações variáveis, no caso apenas as cargas móveis; 
1 é o fator de redução para as ações variáveis, igual a 1,0, 
 
A.2.2 Os requisitos deste Anexo aplicam-se a tensões no metal-base calculadas usando-se a 
combinação de ações descrita em A.2.1, cujo valor não ultrapasse 0,66 fy ou 0,40 fy, para tensões 
normais ou de cisalhamento, respectivamente. 
A.2.3 A faixa de variação de tensões é definida como a magnitude da mudança de tensão devida à 
aplicação ou remoção das ações variáveis da combinação de ações descritas em A.2.1. No caso de 
inversão de sinal da tensão em um ponto qualquer, a faixa de variação de tensões deve ser 
determinada pela diferença algébrica dos valores máximo e mínimo da tensão considerada, nesse 
ponto. 
A.2.4 No caso de junta de topo com solda de penetração total, o limite admissível para a faixa de 
variação de tensões (σSR) aplica-se apenas a soldas com qualidade obedecendo aos requisitos da 
AWS D1.5. 
 
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A.2.5 Nenhuma verificação de resistência à fadiga é necessária se a faixa de variação de tensões for 
inferior ao limite σTH dado na Tabela A. 
A.2.6 A resistência a ações cíclicas determinadas pelos requisitos deste Anexo é aplicável apenas a 
estruturas: 
a) com proteção adequada à corrosão ou sujeitas apenas a atmosferas levemente corrosivas; 
b) sujeitas a temperaturas inferiores a 150 °C. 
 
A.3 Cálculo da tensão máxima e da máxima faixa de variação de tensões 
 
A.3.1 O cálculo de tensões deve ser baseado em análise elástica. As tensões não devem ser 
amplificadas pelos fatores de concentração de tensão devidos a descontinuidades geométricas. 
A.3.2 Para parafusos e barras redondas rosqueadas sujeitos à tração, as tensões calculadas devem 
incluir o efeito de alavanca, se existir. 
A.3.3 No caso de atuação conjunta de força axial e momentos fletores, as máximas tensões normais e 
de cisalhamento devem ser determinadas considerando todos os esforços solicitantes. 
A.3.4 Para barras com seções transversais simétricas, os parafusos e as soldas devem ser distribuídos 
simetricamente em relação ao eixo da barra, ou as tensões consideradas no cálculo da faixa de 
variação de tensões devem incluir os efeitos da excentricidade. 
A.3.5 Para cantoneiras sujeitas à força axial, onde o centro geométrico das soldas de ligação fica entre 
as linhas que passam pelo centro geométrico da seção transversal da cantoneira e pelo centro da aba 
conectada, os efeitos da excentricidade podem ser ignorados. Se o centro geométrico das soldas situar-
se fora dessa zona, as tensões totais, incluindo aquelas devidas à excentricidade, devem ser incluídas 
no cálculo da faixa de variação de tensões. 
 
A.4 Faixa admissível de variação de tensões 
A faixa de variação de tensões não deve exceder os valores dados a seguir: 
a) para as categorias de detalhe A, B, B', C, D, E e E', a faixa admissível de variação de tensões, σSR, 
em megapascal, deve ser determinada por: 
TH
333,0
f
SR
327







N
C 
onde: 
Cf é a constante dada na Tabela A.1 para a categoria correspondente; 
N é o número de ciclos de variação de tensões durante a vida útil da estrutura (75 anos); 
σTH é o limite admissível da faixa de variação de tensões, para um número infinito de ciclos de 
solicitação, dado na Tabela A, em megapascal. 
 
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b) para a categoria de detalhe F, a faixa admissível de variação de tensões, σSR, deve ser 
determinada por: 
TH
167,0
f
4
SR
1011








 

N
C 
c) para elementos de chapa tracionados, ligados na extremidade por soldas de penetração total, soldas 
de penetração parcial, soldas de filete ou combinações das anteriores, dispostas transversalmente à 
direção das tensões, a faixa admissível de variação de tensões na seção transversal da chapa 
tracionada, na linha de transição entre o metal-base e a solda, deve ser determinada da seguinte forma: 
 
⎯ com base em início de fissuração a partir da linha de transição entre o metal-base e a solda, 
para categoria de detalhe C, pela equação a seguir: 
MPa9,68
104,14
333,0
11
SR 






 

N
 
 
⎯ com base em início de fissuração a partir da raiz da solda, no caso de soldas de penetração parcial, 
com ou sem soldas de filete de reforço ou de contorno, para categoria de detalhe C', pela equação 
a seguir: 
333,0
11
PJPSR
104,14
72,1 






 

N
R
 
onde: 
RPJP é o fator de redução para soldas de penetração parcial, com ou sem filete de reforço 
(se RPJP=1,0, usar categoria de detalhe C), dado por: 
0,1
72,0
2
59,065,0
167,0
p
pp
PJP 

































t
t
w
t
a
R
 
2a é o comprimento da face não soldada da raiz na direção da espessurada chapa tracionada, 
em milímetros; 
w é a dimensão da perna do filete de reforço ou de contorno, se existir, na direção da espessura da 
chapa tracionada, em milímetros; 
tp é a espessura da chapa tracionada, em milímetros. 
⎯ com base em início de fissuração a partir das raízes de um par de filetes de solda transversais, 
em lados opostos da chapa tracionada, para categoria de detalhe C'', pela equação a seguir: 
 
 
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onde 
333,0
11
FILSR
104,14
72,1 






 

N
R
 
e: 
RFIL é o fator de redução para juntas constituídas apenas de um par de filetes de solda transversais 
(se RFIL=1,0, usar categoria de detalhe C), dado por 
0,1
72,006,0
167,0
p
p
FIL 














t
t
w
R 
 
O limiar de fadiga é considerado a estimativa de vida útil infinita, associada diretamente a vida útil de 
projeto, i.e., 75 anos. Se houver algum projeto no qual as condições admitam ter uma vida útil menor 
que 75 anos, podem ser usadas a formulas aqui expostas com o numero de ciclos definidos com dados 
de trafego na via em que a ponte esta localizada ou estimativas conservadoras. 
 
A.5 Parafusos e barras redondas rosqueadas 
A faixa de variação de tensões não deve exceder a faixa admissível calculada como a seguir: 
a) para ligações parafusadas sujeitas a corte nos parafusos, a faixa admissível de variação de tensões 
no material do elemento ligado é dada pela equação a seguir, onde Cf e σTH são dados na seção 2 da 
Tabela A: 
TH
333,0
f
SR
327







N
C 
 
b) para parafusos de alta resistência, parafusos comuns e barras redondas rosqueadas com rosca 
laminada, cortada ou usinada, a faixa de variação de tensões de tração na área líquida do parafuso ou 
da barra redonda rosqueada, proveniente de força axial e momento fletor, incluindo o efeito de 
alavanca, não deve exceder a faixa admissível dada pela seguinte equação: 
TH
333,0
f
SR
327







N
C 
O fator Cf deve ser tomado igual a 3,9×10^8 (como para a categoria E'). O limite σTH deve ser tomado 
igual a 48 MPa (como para a categoria D). A área efetiva deve ser determinada conforme a ABNT NBR 
8800, item 6.3.2.2. 
Para juntas nas quais o material no interior da pega não seja limitado a aço ou juntas que não sejam 
 
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pré-tensionadas conforme os requisitos da Tabela 15 da ABNT NBR 8800, a força axial e o momento 
fletor, incluindo o efeito de alavanca (se existir), devem ser considerados transmitidos exclusivamente 
pelos parafusos ou barras redondas rosqueadas. Para juntas nas quais o material no interior da pega 
seja limitado a aço, pré-tensionadas conforme os requisitos da Tabela 15 da ABNT NBR 8800, permite-
se uma análise da rigidez relativa das partes conectadas e dos parafusos para determinar a faixa de 
variação de tensões de tração nos parafusos pré-tensionados devida à força axial e ao momento fletor, 
incluindo o efeito de alavanca. Alternativamente, a faixa de variação de tensões nos parafusos pode ser 
considerada igual a 20% da tensão na área líquida devida à força axial e ao momento fletor 
provenientes de todas as ações, permanentes e variáveis. 
 
A.6 Requisitos especiais de fabricação e montagem 
A.6.1 Permite-se que chapas de esperas longitudinais sejam deixadas no local e, se usadas, devem ser 
contínuas. Se forem necessárias emendas nas chapas de espera em juntas longas, tais emendas 
devem ser feitas com solda de penetração total e o excesso de solda deve ser esmerilhado 
longitudinalmente antes do posicionamento da barra na junta. 
A.6.2 Em juntas transversais sujeitas à tração, as chapas de espera, se usadas, devem ser removidas 
e é necessário fazer extração de raiz e contra-solda na junta. 
A.6.3 Em juntas em T ou de canto, feitas com solda de penetração total, um filete de reforço não menor 
que 6 mm deve ser adicionado nos cantos reentrantes. 
A.6.4 A rugosidade superficial de bordas cortadas a maçarico, sujeitas a faixas de variações de tensões 
significativas, não deve exceder 25 μm, usando-se como referência a ASME B46.1. 
 
A.6.5 Cantos reentrantes em regiões de cortes, recortes e em aberturas para acesso de soldagem 
devem formar um raio não menor que 10mm. Para isto deve ser feito um furo sub-broqueado ou sub-
puncionado com raio menor, usinado posteriormente até o raio final. Alternativamente, o raio pode ser 
obtido por corte a maçarico, devendo, nesse caso, esmerilhar-se a superfície do corte até o estado de 
metal brilhante. 
 
A.6.6 Para juntas transversais com soldas de penetração total, em regiões de tensões de tração 
elevadas, devem ser usados prolongadores para garantir que o término da solda ocorra fora da junta 
acabada. Os prolongadores devem ser removidos e a extremidade da solda deve ser esmerilhada até 
facear com a borda das peças ligadas. Limitadores nas extremidades da junta não devem ser usados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela A - Parâmetros de Fadiga e Detalhes construtivos 
 
Descrição Categoria 
Constante 
A 
( 
Limiar 
σTH 
 
Localização 
potencial do inicio 
da fratura 
Detalhes Construtivos 
Seção 1—Material base afastado de qualquer tipo de solda 
1.1 Metal-base, exceto aços 
resistentes à corrosão atmosférica não 
pintados, com superfícies laminadas, 
sujeitas ou não à limpeza superficial. 
Bordas cortadas a maçarico com 
rugosidade superficial não superior a 
25 μm, mas sem cantos reentrantes. 
A 250 x 108 165 
Afastado de 
qualquer solda ou 
ligação estrutural 
1.2 Metal-base de aço resistente à 
corrosão atmosférica não pintado, 
com superfícies laminadas, sujeitas ou 
não à limpeza superficial. Bordas 
cortadas a maçarico com rugosidade 
superficial não superior a 25 μm, mas 
sem cantos reentrantes. 
B 120 x 108 110 
Afastado de 
qualquer solda ou 
ligação estrutural 
1.3 Elementos com cantos reentrantes, 
cortes e outras descontinuidades 
obedecendo aos requisitos da 
AASHTO/AWS D1.5, exceto 
aberturas de acesso para solda. 
C 44 x 108 69 
Em qualquer 
borda externa 
 
1.4 Seções laminadas com aberturas 
de acesso para solda de acordo com os 
requisites da AASHTO/AWS D1.5, 
item 3.2.4. 
C 44 x 108 69 
No metal base no 
canto reentrante 
da abertura de 
acesso para solda 
 
1.5 Furos abertos em elementos 
(Brown et al., 2007). 
D 22 x 108 48 
Na seção líquida 
localizada ao lado 
do furo 
 
Seção 2— Materiais conectados em ligações parafusadas 
2.1 Seção bruta do metal-base em 
juntas por sobreposição com 
parafusos de alta resistência 
satisfazendo todos os requisitos 
aplicáveis a ligações por atrito, com 
furação realizada através de 
broqueamento. (Nota: ver condição 
B 120 x 108 110 
Através da seção 
bruta próxima ao 
furo 
 
 
PROJETO DE PONTES E VIADUTOS RODOVIÁRIAS DE AÇO E MISTAS AÇO E CONCRETO 
OUTUBRO 2014 
 
 
2.3 para furos puncionados; ver 
condição 2.5 para cantoneiras ou 
seções T conectadas a chapas gusset 
ou chapas de ligação.) 
2.2 Metal-base na seção líquida em 
juntas com parafusos de alta 
resistência calculados com base em 
resistência por contato, porém, com 
fabricação e instalação atendendo a 
todos os requisitos aplicáveis a 
ligações por atrito, com furação

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