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Apostila de Embriologia e Genética (Volume 1)

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Volume 1 
 Edição: MED1 
 2018.1 
Desenvolvimento Humano 
 
 
Bruno Aguiar Martins 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE 
DESENVOLIMENTO 
HUMANO 
 
 
 
 
 
 
 
Nome: __________________________________________________ 
E-mail: __________________________________________________ 
Telefone: ( ) ___________________ 
 
Recomenda-se utilizar, juntamente a esse material, as 
referências listadas no início de cada capítulo. 
 
Obs.: em caso de erro no conteúdo, me procure para que eu 
possa corrigi-lo. Obrigado! 
 
E-mail: brunoaguimartins@gmail.com 
Telefone: (31) 98556-2536 
Conteúdo 
 
Obs.: Capítulos em azul são de Genética e, os em verde, Embriologia 
 
1. Genoma humano e ciclo celular .................................................................................. 1 
Genoma Humano ......................................................................................................................... 1 
Ciclo celular .................................................................................................................................... 3 
Fases do ciclo celular ............................................................................................................ 3 
Esquema do Ciclo celular .................................................................................................... 4 
Complicação no ciclo: câncer ........................................................................................... 5 
Exercícios ......................................................................................................................................... 6 
2. Gametogênese e fertilização ........................................................................................ 7 
Gametogênese Masculina (Espermatogênese) ...................................................................... 7 
Etapas da espermatogênese .............................................................................................. 8 
Maturação dos espermatozoides ........................................................................................ 8 
Gametogênese Feminina (Ovogênese) .................................................................................... 8 
Fertilização .................................................................................................................................... 13 
Exercícios ....................................................................................................................................... 14 
3. Reprodução assistida (RA) ........................................................................................... 15 
Problemas de fertilidade ............................................................................................................ 15 
Técnicas de Reprodução Assistida (RA) .................................................................................. 16 
Regulação das técnicas de RA no Brasil ................................................................................. 17 
Exercícios ....................................................................................................................................... 18 
4. Primeira semana ............................................................................................................ 19 
Trajeto para o útero ..................................................................................................................... 19 
Após a fertilização ............................................................................................................... 19 
Potência celular .................................................................................................................. 22 
Diferenciação das células embrionárias........................................................................... 22 
Nidação ........................................................................................................................................ 23 
Exercícios ....................................................................................................................................... 24 
5. Segunda semana .......................................................................................................... 25 
Finalizando a implantação ........................................................................................................ 25 
Diferenciação das estruturas intraembrionárias ..................................................................... 25 
Diferenciação das estruturas extraembrionárias .................................................................... 27 
Destino dos folhetos embrionários ............................................................................................ 29 
Exercícios ....................................................................................................................................... 29 
 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 1 
 
1. Genoma humano e ciclo celular 
 
Artigo: “Ciclo Celular e novas terapias contra o cancro (o ano do Nobel).” Por: Joana 
Perdigão e Álvaro Tavares. 
Livros: “Genética médica” por: L. B. Jorde; “Citogenética Humana” por: S. W. Maluf. 
 
Introdução 
Para termos melhor noção de todo conteúdo da matéria de 
Desenvolvimento Humano, necessitamos entender as bases do 
material genético e o funcionalmento do ciclo celular. 
 
Genoma Humano 
O estudo do nosso genoma (conjunto dos genes) progrediu de 
forma significativa por meio do Projeto genoma a partir do séc. XX. 
 
Objetivos base do projeto genoma 
 
 Sequenciamento: construção do banco de dados dos genes 
humanos para futuras pesquisas médicas; 
 Identificação: para ter conhecimento da função dos genes; 
 Funcionalidade específica dos genes: saber quais genes são 
ativos em nossa espécie e ratificar quais são os genes “lixo”; 
 Entender as variações de sequências: reconhecer as 
variações existentes nas sequências dos pares de base; 
 Levantar questões éticas: humanos “superiores” poderiam ser 
desenvolvidos e gerar problemas de cunho social e outras 
questões éticas, como imparcialidade da reprodução 
assistida, por exemplo (comentaremos aqui na apostila). 
 
Contudo, ainda não se sabe 100% sobre as informações contidas 
no nosso material genético. Mas as pesquisas continuam revelando 
muitas informações sobre nossa individualidade, essa que é 
representada como apenas por cerca de 0,1% de nosso DNA. 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 2 
 
 
Objetivos práticos do projeto genoma 
O interesse prático do projeto genoma é conhecer o locus 
(região) de um gene de interesse para que possamos, por meio da 
engenharia genética, nos beneficiarmos. Ex.: extração do gene para 
produção de medicamentos específicos, clínica molecular e etc. 
 
 Captura do gene de interesse: isola-se o locus por meio de 
técnicas de engenharia genética capturando o gene de 
interesse (obs.: não é possível retirara, precisamente, um gene 
atualmente, mas sabe-se em que região ele se localiza no DNA). 
 Criação de um vetor recombinante: inocula-se o possível gene 
de interesse em um vetor de propagação (geralmente são vírus 
bacteriófagos em alguma bactéria de alta produtividade); 
 Inserir o vetor recombinante na célula alvo: agora o vetor se 
chama: vetor de propagação. O gene será anexado ao 
genoma da célula alvo e espera-se que o produto desejado seja 
produzido; 
 Coletar células recombinantes: são as células que obtiveram o 
padrão desejado de características e produtos para serem 
replicadas e, depois,extrair o produto em grande quantidade. 
 
Hoje é possível produzirmos insulina sintética (exemplo anterior), 
tratarmos leucemia por terapia gênica, diagnóstico precoce de 
Alzheimer entre outras conquistas. 
 
O que se sabe sobre nosso genoma 
. 
 Cada célula tem cerca de 19.000 genes e 2,9 Gb de informação; 
 Existem cerca de 3 bilhões de pares de base (pb) mas 50% dos 
genes são sequências repetidas ou não têm função definida; 
 Normalmente um gene tem 3.000pb, mas o maior possui 2,4 
milhões de pb (gene da Distrofina). 
 Um gene é possível gerar várias proteínas; 
 Somos 99,9% semelhantes; 
 Existe DNA herdado fora do núcleo, ele está nas mitocôndrias. 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 3 
 
 
O que não se sabe sobre nosso genoma 
 
 A possível conservação evolutiva; 
 Número e localização exata dos genes; 
 Informações sobre o DNA não-codificante (DNA “lixo”); 
 Suscetibilidade a doenças baseada na variação da sequência. 
 Coordenação da expressão gênica, síntese proteica e eventos 
pós-traducionais; 
 
Além do Genoma existe o Proteoma. Ele é o conjunto de proteínas 
e variantes que podem ser encontrados/produzidos em uma célula. 
 
 Ciclo celular 
 
Ele é dividido em Interfase e Mitose e/ou Meiose. E tal ciclo 
possibilita três destinos para as células seguirem após terem sido 
criadas: autorrenovação, diferenciação e morte celular. 
 
Fases do ciclo celular 
 
A mitose (M) corresponde a uma pequena parte do processo geral 
do ciclo. Já a interfase ( I ) é dividida em 4 porções: 
 G0: Estado de quiescência (quase dormência) celular; 
 G1: Preparação intracelular para a fase seguinte; 
 S : Momento de síntese do DNA (duplicação); 
 G2: Preparação intracelular para a fase seguinte (mitose). 
Obs.: G0 não é uma fase obrigatória, mas sim uma possibilidade em 
que a célula pode seguir entre a fase M e S 
 
A mitose (M) dura, em média, 1h para a grande maioria das 
células. As fases S e G2 da interfase também têm tempos semelhantes 
na maioria das células. No entanto, a fase G1 é a fase que mais se 
diferencia de um tecido para outro. 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 4 
 
Em cada fase da interfase existe um mecanismo que se chama: 
Checkpoint; responsável por interromper a célula seguir para a fase 
seguinte caso exista algum erro no processo recém percorrido por 
meio das seguintes substâncias: 
 As Ciclinas (cdc) são proteínas que se unirem às CDKs. CDKs 
(Quinases Dependentes de Ciclina): proteínas que fosforilarão o 
complexo o MPF, liberando energia ao meio intracelular (as CDKs 
estão presentes em todo o ciclo celular). O MPF (Fator Promotor de 
Maturação) é o complexo formado pela união da cdc + CDK, 
permitindo a continuação da divisão celular após sua fosforilação. 
Há, também, a p27 e p53 (existem outras proteíns). São inibidores da 
cdc, conectando nas CDKs. A pRb (Proteína Retinoblastoma) é um 
freio do ciclo celular (transição G1 para S). 
Esquema do Ciclo celular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mitose ou Meiose 
Start 
(Ponto de restrição) 
Estado de 
quiescência 
induzida ou 
facultativa Obs.: a 
colchicina não age 
nessa fase 
 
Checkpoint 
Checkpoint 
Checkpoint 
Espera-se que o MPF se 
forme quando tudo 
ocorrer naturalmente 
Caso contrário, o controlador de 
G1 (pRb) atuará impedindo com 
que o ciclo progrida para fase S 
MPF formado 
se tudo 
estiver 
correto 
 Se houver algum 
erro, a p53 
(principalmente) 
agirá levando os 
apoptossomos 
atuarem na célula 
 
MPF é o fator formado 
pela união das: 
Ciclinas + CDK 
Imagem adaptada de: <http://dicionariosaude.com/wp-content/uploads/2014/01/Graaf-foliculo.jpg> 
MPF checa 
as fibras do 
fuso. Caso 
haja erro, a 
célula será 
interrompida 
por fatores já 
discutidos 
 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 5 
 
. 
Complicação no ciclo: câncer 
 
Quando algum mecanismo do checkpoint falha, uma célula 
descontrolada entra em processo de proliferação descontrolado. 
Isso se deve à perda ou ganho de função inesperada de algum 
componente celular por meio da expressão ou não expressão de um 
gene em local e/ou momento errado devido mutações ou não. 
 Dessa forma, o processo pode ser causando por origens 
endógenas (fisiológico, genético ou psicológico) e exógenas 
(teratogênicos em geral e outros fatores epigenéticos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem adaptada de: <http://dicionariosaude.com/wp-content/uploads/2014/01/Graaf-foliculo.jpg> 
Não sabemos ainda 
como tratar células 
cancerosas em G0 
 
Muitas células 
cancerígenas 
em G2 ou M 
são mais 
sensíveis aos 
radioterápicos 
Meiose 
A fase I é mais propensa a sofrer ataques de quimioterápicos 
 
Obs.: principalmente 
na fase M 
Célula cancerígena 
 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 6 
 
Exercícios 
1. Quais os benefícios clínicos do projeto genoma e proteoma? 
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________ 
2. Marque V ou F: 
a) ( ) No genoma há o DNA “lixo”, o qual ainda não sabemos sua função; 
b) ( ) O DNA é universal e degenerado; 
c) ( ) Todos os genes das células humanas estão dentro do núcleo; 
d) ( ) Pode-se tratar cânceres em G0 com quimioterapia (colchicina); 
e) ( ) Células cancerosas em M se tratam, de preferência, com radioterapia. 
3. Células ativas em divisão possuem no seu ciclo uma fase G0? E qual é o papel 
de G0? 
________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________ 
4. Como agem os pontos de checagem quando há dano ao material genético? 
Quais as fases que mais necessitam desses mecanismos? (Relacione pRb e p53). 
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________ 
5. Como deve ser o tratamento de câncer em diferentes fases do ciclo celular? 
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________ 
6. Por que a proteína p53 é essencial para o funcionamento adequado do ciclo 
celular? Qual a relação dela com o câncer? 
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________ 
____ de 10 questões 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 7 
 
 
2. Gametogênese e fertilização 
 
Artigo: “Gametogênese: Estágio fundamental do desenvolvimento para reprodução 
humana.” Por: Carlos Henrique Medeiros de Araújo, Maria Cristina Picinato Medeiros de 
Araújo, Wellington de Paula Martins, Rui Alberto Ferriani e Rosana Maria dos Reis. 
Capítulo 2 do livro “EmbriologiaClínica 8ª Edição”. Por: Keith L. Moore e T. V. N. Persaud. 
 
Introdução 
O princípio da gametogênese se dá com o surgimento das CGPs 
(Células germinativas primordiais) durante o período embrionário, 
tanto no homem quanto na mulher. 
 Elas são células-tronco que formarão as gônadas de ambos os 
sexos. Morfologicamente falando elas são identicas, mas, no decorrer 
do desenvolvimento, fatores induzem a sua diferenciação em células 
precursoras de espermatozóides ou ovócitos. 
 
Gametogênese Masculina (Espermatogênese) 
 
Ela é menos complexa do que a feminina e há grande 
rendimento na sua produção. As CGPs (2n) sofrem mitoses dando 
origem às espermatogônias (2n) quando há devida expressão gênica 
do cromossomo Y. 
 Ainda no período embrionário, as espermatogônias vão se 
multiplicando e se posicionando no limite da estrutura interna do 
túbulo seminífero. Devido a fatores hormonais, as espermatogônias 
permanecem em estado de dormência até a puberdade, período 
onde elas estarão em atividade intensa de mitose e meiose nos 
homem (obs.: a gametogênese no homem pode ocorrer durante a 
velhice, não sendo comum ser interrompida como ocorre na mulher).
 Na histologia sabe-se que há existência de 2 células testiculares 
importantes. As células de Leydig são responsáveis por produzir o 
hormônio andrógeno (testosterona) com o estímulo de outro 
hormônio (Hormônio luteinizante ou LH) e as células de Sertoli dão 
sustentação e protegem as células germinativas masculinas. 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 8 
 
 
Etapas da espermatogênese 
 
1. Fase de proliferação: acréscimo exponencial de 
espermatogônias (2n) ao iniciar a puberdade. 
2. Fase de crescimento: há um leve aumento do volume celular 
acompanhado com diferenciação e expressões gênicas, 
transformando a espermatogônia (2n) em espermatócido 
primário (2n). 
3. Fase de maturação: inicia-se a meiose dos espermatócitos I 
para cada formar dois espermatócitos secundários (n). 
4. Espermiogênese: processo de amadurecimento das 
espermátides (n) em espermatozoides (n) com a expulsão de 
grande quantidade de conteúdo intracelular e criação do 
corpo espermático. Mas eles ainda não estão maduros. 
 
Maturação dos espermatozoides 
 
Espermatogênese (64 dias nos túbulos seminíferos) Ducto 
deferente (12 dias no Epidídimo) Espermatozoide maduro 
Obs.: se não ficarem no epidídimo, os espermatozoides vivem por 24h 
 
Gametogênese Feminina (Ovogênese) 
 
 Ao contrário da masculina, a gametogênese feminina tem baixo 
rendimento, é mais complexa e possui data de validade. Além disso, 
a sua maturação é iniciada ainda no período intrauterino. 
 Tudo se inicia quando as CGPs (2n) começam a se diferenciar 
em ovogônias (2n); em seguida elas sofrem um processo semelhante 
à gametogênese masculina, que é certa alteração morfológica da 
célula para então tornar-se ovócito primário (2n). 
 Então, quando o ovócito primário surge, por volta da 18ª semana 
do desenvolvimento, ele inicia o processo de Meiose I. Ao mesmo 
tempo, no ovário, algumas células epiteliais se aglomeram no entorno 
do ovócito primário em processo de meiose I, essas são as células 
foliculares. 
 . 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 9 
 
 Quando a meiose I já está na Prófase I na fase do Diplóteno, 
essas células foliculares liberam fatores (Inibidor de Maturação de 
Meiose ou IMM) que interrompem a divisão celular, mantendo o 
ovócito I nessa situação até a puberdade (a partir desse instante não 
haverá mais mitoses de células germinativas). 
Quando o organismo feminino chega à puberdade, existem cerca de 
2 milhões folículos (com ovócitos I em seu interior) estacionados na 
Prófase I. Muitos sofrerão atresia e involuirão. 
 Já na puberdade, as gonadotrofinas (FSH e LH) possibilitam o 
retorno do ciclo celular do ovócito I. Assim, a meiose I é finalizada 
surgindo duas células haploides. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vale salientar que as duas células formadas estarão aprisionadas 
dentro do folículo ovariano. Esse dará nutrição e certa proteção até o 
momento da ovulação. 
 Como, normalmente, não há fecundação na primeira ovulação, 
a menarca (primeira menstruação) ocorre e esse ciclo se repetirá a 
cada mês: um folículo ovariano amadurecerá com a indução de 
gonadotrofinas e outros serão degenerados. 
. 
Ovócito I (2n) 
 
Ovócito II (n) 
 
Polócito I (n) 
 No momento da divisão 
meiótica, uma das células 
acaba ficando com quase 
todo o citoplasma e organelas, 
deixando a outra célula 
picnótica (anã e quase sem 
funcionamento). 
 A célula maior é uma 
célula germinativa funcional, o 
Ovócito II (n). Já a outra célula 
é o Polócito I (n) ou Primeiro 
corpo polar, esse que não 
possui quase nenhum 
funcionamento e logo se 
degenerará com o decorrer do 
processo de fecundação. 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 1 0 
 
 
Do embrião à menopausa 
No embrião há cerca de 4.000.000 de folículos em formação. Quando 
a meiose I é finalizada restam apenas 40.000. Por fim, quando chega 
a puberdade, apenas 400 folículos, aproximadamente, serão 
amadurecidos para serem fecundados durante a vida adulta. Com 
seu esgotamento, há então o início do processo de menopausa. 
Ação das gonadotrofinas 
As principais gonadotrofinas serão três: 
Duas maternas 
1. FSH (Hormônio estimulante de folículo): induz a produção de 
estrogênio (estradiol) para que o útero se prepare para 
receber o ovócito fecundado. 
2. LH (Hormônio luteinizante): induz a produção de 
progesterona pelas células foliculares do corpo lúteo (vamos 
falar ainda dele) e auxiliando na liberação do ovócito. 
 
Uma embrionária 
1. hCG (Gonadotrofina coriônica humana): induz o corpo lúteo 
(gravídico) a continuar liberando progesterona na corrente 
materna. Para isso, é necessário que haja a fertilização do 
Ovócito II e uma consequente nidação. Então o 
sinciciotrofoblasto (estrutura embrionária) liberará o hCG 
(progestante) no sangue materno. Obs.: hormônio que pode ser 
dosado para teste de gravidez a partir da 2ª semana. 
 
Folículos ovarianos 
 
A maioria dos folículos se tornam folículos atrésicos (degenerados), os 
que progridem começam a se espessar e ganhar células, dividindo as 
em dois grupos celulares, as tecas. A teca interna produz fatores e um 
líquido nutritivo para o ovócito (com o aumento do volume intersticial, 
é formado o antro). A teca externa sustenta o cumulus oophorus 
(conjunto de ovócito, zona pelúcida, corona radiata, líquido antral e 
algumas células foliculares), esse que será expulso na ovulação. 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 1 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
Ovulação 
. 
A meiose do ovócito é novamente paralisada quando a célula 
está prestes a ser liberada. O Ovócito secundário (n) é barrado na 
Metáfase II da Meiose II. Com essa interrupção da meiose, o ovócito II 
estará pronto para ser expelido com o cumulus oophorus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <http://dicionariosaude.com/wp-content/uploads/2014/01/Graaf-foliculo.jpg> 
Polócito I (n) Ovócito II (n) 
Ovócito II (n) parado na 
Metáfase II da Meiose II 
Com a contínua estimulação do LH, 
na metade do ciclo ovariano regular, o 
folículo se rompe e libera o ovócito 
secundário embebido em líquido tecal e 
células foliculares que formarão a corona 
radiata. As célulasfoliculares que ficaram 
pra trás formam o Corpo lúteo (CL). Após 
isso, há duas possibilidades de eventos: 
1. Fertilização: com a nidação, hCG é liberando 
para formar o Corpo lúteo gravídico, esse que 
manterá a gestação com a progesterona. 
2. Menstruação: se não há hCG, o CP deixará 
de produzir progesterona. O endométrio se 
descama e o CP se torna Corpo albicans, o 
que é uma cicatriz ovariana. 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 1 2 
 
 
Ciclo ovariano e uterino 
Ciclo ovariano 
• Fase folicular: recebe estímulo do FSH e há crescimento folicular; 
• Fase luteínica: LH atua de forma predominante. 
Ciclo uterino 
• Menstruação: Dura 4-5 dias. Os sinais ovarianos de queda do 
estrógeno e progesterona são essenciais para que ocorra; 
• Fase proliferativa: Após a menstruação, há um aumento do 
estímulo estrogênico, regenerando o endométrio, a partir das 
glândulas uterinas da camada basal; 
• Fase secretora: Depois da ovulação, o corpo lúteo secreta 
progesterona e estrógeno. O estroma uterino torna-se 
edemaciado e as células do estroma de hipertrofiam (reação da 
decídua) preparando-se para uma possível gravidez. 
 
Ciclo ovariano e uterino com seus hormônios (sem fecundação) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <http://biologia-no-vestibular.blogspot.com/2013/08/reproducao-ii-ciclos-hormonais.html> 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 1 3 
 
Fertilização 
Na ejaculação, o sêmen possui frutose para aumentar o estoque 
energético para os gametas masculinos e, nesse momento, os 
espermatozoides ganham motilidade. O fluido, em contato com a 
vagina, formará um tampão no colo uterino impedindo com que 
líquido seminal retorne para o canal vaginal ao invés de prosseguir 
para o ovócito II por meio da vesiculase. 
 Então ocorre a Capacitação dos espermatozoides, pelo 
movimento uterino causado pelas prostaglandinas, auxiliando no 
processo de fertilização. O encontro pode levará cerca de 12h após 
a ovulação e ocorre na ampola da tuba uterina. O tempo total: 24h.
 Na cabeça do espermatozoide (acrossoma), há enzimas que, 
em contato com as barreiras do ovócito, serão liberadas e , com o 
movimento dos seus flagelos, o gameta masculino penetrará o 
feminino por meio do seguinte processo: 
 
 ▒ ▓▓▓▓ ║ 
 
 
Hialuronidase e acrosina (além de neuranimidases e esterases) 
do acrossoma degradam, respectivamente: corona radiata e zona 
pelúcida. Por fim, as membranas plasmáticas do espermatozoide e 
ovócito se fundem e todo o corpo espermático penetra a célula. 
 Um fluxo de íons com a penetração do espermatozoide causa, 
teoricamente, uma impossibilidade físico-química de polispermia. 
Após isso há a seguinte sequência de eventos: 
 
 Formação do Prónucleo feminino (n). 23, X. 
 Formação do Segundo corpo polar (n). 
 Formação do Pronúcleo masculino (n). 23, X ou Y. 
 Degeneração da calda do espermatozoide. 
 União dos Prónucleos com surgimento um novo humano por 
meio do: Zigoto 
Meio externo 
Corona 
radiata 
Zona pelúcida Membrana 
plasmática 
Citoplasma do 
ovócito 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 1 4 
 
Exercícios 
1. Que conselho você daria para não recomendar uma paciente de 43 anos ter 
um filho. Dê uma explicação fisiológica e genética. 
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________ 
2. Marque V ou F: 
a) ( ) A maturação do espermatozoide ocorre no epidídimo e ele ganha 
motilidade no momento da ejaculação, com o fluido das glândulas do sistema 
reprodutor masculino. Sua capacitação ocorre com o útero auxiliando-o. 
b) ( ) Na puberdade feminina ocorrem mitoses e meioses para que haja 
formação de novos folículos ovarianos no intuito de haver ovulação. 
c) ( ) No embrião feminino, a Meiose I é estagnada na fase do Zigóteno. 
d) ( ) O hCG é a gonadotrofina responsável pela manutenção do corpo lúteo. 
e) ( ) A fertilização do ovócito secundário ocorre na ampola da tuba uterina. 
f) ( ) Na meiose I de ovócito I (n), ele é paralisado no período embrionário por 
meio de fatores (IMM) que impedem que ele continue sua divisão celular até 
que ocorra a puberdade, com a liberação de FSH e LH, respectivamente. 
g) ( ) As espermátides (n) são responsabilizadas de formar os espermatozoides 
por meio da espermiogênese. Após isso, os espermatozoides já estão maduros. 
h) ( ) Na fertilização, todo o corpo do espermatozoide adentra no ovócito II. 
i) ( ) Na mulher, o FSH induz a produção de estradiol e o LH progesterona. 
j) ( ) A queda dos hormônios femininos leva à menorreia no final de cada mês. 
k) ( ) Com a fertilização, o ovócito II termina sua Meiose II e há formação do 
segundo corpo polar (n). 
l) ( ) A hialuronidase rompe a corona radiata, acrosina a zona pelúcida (ZP3). 
3. Explique, com os eventos chave, a ovulação a partir da Metáfase II do ovócito 
secundário e os dois possíveis eventos que podem ocorrer no ovário após isso. 
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________ 
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3. Reprodução assistida (RA) 
 
Artigo: “Técnicas de reprodução assistida no tratamento da infertilidade” 
Por: Ana Paula Kussler1 e Adriana Simon Coitinho. 
Link para a “Resolução CFM nº 2.121/2015”: 
http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/2015/2121_2015.pdf 
 
Introdução 
 Entender a reprodução assistida e suas repercuções são é algo 
de suma importância. Aqui iremos discutir as causas, tratamentos e 
anseios de cunho administrativo/social sobre o assunto. 
 
Problemas de fertilidade 
 
A infertilidade afeta aproximadamente de 10 a 15% dos casais, 
sendo que o componente masculino isolado é responsável por 30% 
das causas de infertilidade conjugal e, em associação com o fator 
feminino, por mais de 20%. 
 
No homem 
 
Comumente a infertilidade masculina relacionam-se à 
espermatogênese pobre de causa idiopática e devido a causas 
genéticas. Mas a seguir estão listadas as causas registradas: 
 
 Ejaculação precoce e disfunções de ereção; 
 Anticorpos espermáticos que impedem a motilidade sobrevivência 
ou habilidade do espermatozóide; 
 Deficiência de Hormônio folículo estimulante (FSH), hormônio 
luteinizante (LH) e testosterona; 
 Câncer testicular; 
 Fibrose cística; 
 Abuso de álcool, fumo, drogas e exposição ocupacional à 
substâncias químicas; 
 Uso de finasterida para o crescimento dos cabelos; 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 1 6 
 
 
. 
 Produção excessiva de espécies reativas de oxigênio; 
 Traumas na coluna espinhal causando problemas de fertilidade 
devido a lesões neurológicas geradas; 
 Doenças sexualmente transmissíveis; 
 Idade (Obs.: a oligospermia com a idade avançada é comum 
devido a queda de testosterona circulante no organismo); 
 Doenças genéticas diversas. 
Na mulher 
 
 Problemas hormonais de LH, FSH, estrogênio e progesterona; 
 Anomaliasanatômicas (útero bicornoado, por exemplo); 
 Ovário policistico: distúrbio heterogêneo que afeta 47% das 
mulheres em idade reprodutiva caracterizada por não ovulação 
crônica e hiperandrogenismo. É explicada, primariamente, como 
um problema intrínseco dos ovários, excessiva produção de 
androgênios pelos mesmos e disfunções hipotalâmicas/hipofisárias, 
hipersecreção de LH, havendo como fator etiológico à resistência 
a insulina. Estas mulheres apresentam um risco aumentado de 
câncer no endométrio, ovário e seios; 
 Endometriose; 
 Doenças sexualmente transmissíveis; 
 Menopausa. 
 Doenças genéticas diversas. 
 
Técnicas de Reprodução Assistida (RA) 
Os tratamentos para a infertilidade incluem as seguintes técnicas 
de reprodução assistida em ordem de complexidade: 
1. Administração de hormônios sexuais (homem ou mulher) 
associados a uma medida de coito programado; 
2. Ovulação induzida (às vezes, os métodos seguintes utilizam 
essa medida como associação para seu processo); 
3. Inseminação artificial (inoculação de esperma no útero); 
4. Fertilização in vitro ou FIV (fertilização em laboratório); 
5. Injeção intracitoplasmática de esperma ou ICSI 
(espermatozoide inserido no citoplasma do ovócito). 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 1 7 
 
Precisaremos ter um raciocínio lógico para determinar qual 
técnica é mais adequada para cada caso listado. É necessário 
analisar tanto o homem quanto a mulher para propor um tratamento 
eficiente e, se possível, o de menor complexidade e custo. 
Regulação das técnicas de RA no Brasil 
 
Segundo a resolução do CRM (2015), as técnicas de RA têm o 
papel de auxiliar na resolução dos problemas de reprodução 
humana, facilitando o processo de procriação. Portanto: 
 Podem ser utilizadas desde que exista probabilidade de sucesso e não haja risco 
grave de saúde para o paciente ou o possível descendente. 
 A idade máxima das candidatas à gestação de RA de 50 anos (devido às 
aneuploidias prevalentes em gestações de idade avançada). As exceções ao 
limite serão determinadas, com fundamentos técnicos e científicos, pelo médico. 
 Não é permitida a seleção de sexo genético ou qualquer outra característica do 
futuro filho, exceto quando se trate de evitar doenças relacionadas. 
 É proibida a fecundação de ovócitos humanos com qualquer outra finalidade 
que não a procriação humana. 
 O número máximo de ovócitos/embriões a serem transferidos para a receptora 
não pode ser superior a quatro. Existe uma tabela de embriões por idade(nas 
situações de doação de óvulos e embriões, considera-se a idade da doadora): 
I. Mulheres até 35 anos: até 2 embriões; 
II. Mulheres entre 36 e 39 anos: até 3 embriões; 
III. Mulheres com 40 anos ou mais: até 4 embriões. 
 Em caso de gestação múltipla advinda das técnicas de RA, é estritamente 
proibida a utilização de técnicas de aborto para redução embrionária. 
 Os doadores não devem conhecer a identidade dos receptores e vice-versa. 
 Limita-se doação de gametas após 35 anos nas mulheres e de 50 anos nos 
homens. 
 O número total de embriões gerados em laboratório será comunicado aos 
pacientes para que decidam quantos embriões serão transferidos a fresco. Os 
excedentes, viáveis, devem ser criopreservados. 
 Na criopreservação, os pacientes devem expressar sua vontade, por escrito, 
quanto ao destino a ser dado aos embriões. 
 Os embriões criopreservados com mais de cinco anos poderão ser descartados 
se esta for a vontade dos pacientes (os embriões começam a ficar debilitados). 
 A utilização dos embriões em pesquisas de células-tronco não é obrigatória, 
conforme previsto na Lei de Biossegurança vigente. 
 Pode-se utilizar técnicas de RA no intuito de selecionar embriões compatíveis com 
algum filho do casal afetado por alguma doença e cujo tratamento efetivo seja 
o transplante de células-tronco, de acordo com a legislação vigente. 
 O tempo máximo de desenvolvimento de embriões in vitro será de 14 dias. 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 1 8 
 
Exercícios 
1. Mediante as técnicas de Reprodução assistida responda: 
a) Mulher: atresia unilateral da tuba uterina: _________________________________ 
b) Casal: ovário policístico e oligospermia: _________________________________ 
c) Homem: astenospermia: __________________________________ 
2. Marque V ou F: 
a) ( ) Uma mulher de 52 anos pode fazer reprodução assistida. 
b) ( ) Em caso de poligestação após uma RA de 4 embriões, é possível remover 
um embrião implantado ectopicamente. 
c) ( ) Uma mulher de idade de até 35 anos pode implantar dois embriões. Entre 
36 e 39 anos ela pode implantar até três embriões. Entre 40 e 50, quatro. 
e) ( ) A técnica de fertilização in vitro é eficiente para um astenospérmico. 
f) ( ) Para um oligospérmico casado com uma mulher de ciclo menstrual 
regular, a administração de testosterona e gonadotrofinas, associado à técnica 
de coito programado, é um saída possivelmente eficaz para ele. 
g) ( ) O destino dos embriões congelados, após 5 anos de criogenia, é o 
descarte ou pesquisas científicas. 
h) ( ) É possível, segundo o CRM, a utilização de RA para fins científicos. 
i) ( ) Em caso de desejo prévio declarado, é possível induzir uma gravidez em 
uma mulher com morte cerebral com o material genético de seu marido e o 
dela segundo o CRM. 
j) ( ) Algumas DSTs, como a gonorreia e clamídia mal tratadas, podem levar à 
infertilidade masculina e feminina por processos inflamatórios nas gônadas 
levando-as a formar tecido cicatricial em sua estrutura, dificultando a 
gametogênese ou, até mesmo, impedindo-a. 
k) ( ) O ovário policístico associado à endometriose impede que uma 
gestação ocorra. 
m)( ) A maior parte dos problemas de infertilidade se original do homem. 
3. Segundo as clausulas do CRM, é possível um casal escolher ter um garoto? E 
uma garota. Dê a justificativa para cada caso. 
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________ 
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4. Primeira semana 
 
Capítulo 2 do livro “Embriologia Clínica 8ª Edição”. Por: Keith L. Moore e T. V. N. Persaud. 
 
Introdução 
 Estamos iniciando o estudo da embriologia propriamente dita. 
Primeiro veremos período embrionário, esse que se estende da 1ª até 
a 9ª semana e será dividido em 4 capítulos para, então, estudarmos o 
período fetal (da 9ª até a 38ª semana). 
 A primeira semana é a semana da Nidação (implantação). É 
uma das semanas mais críticas, pois o embrião ainda é minúsculo e 
está facilmente sujeito a sofrer um aborto. Isso se deve pelo fato da 
conclusão da implantação ocorrer durante a segunda semana. 
 
• Crescimento: aumento da quantidade celular ou volume. 
• Diferenciação celular: é a especialização estrutural e bioquímica de 
células com o objetivo de desempenharem funções específicas. Isso é 
possível por meio da interação celular com o seu meio. 
• Morfogênese: acontece com movimentos de mudança territorial 
celular no intuito de alterar o nicho de determinado grupo de células 
para que expressem determinados genes e captar nutrientes 
diferentes o que, no fim, dará forma a uma estrutura complexa. 
Ocorre, predominantemente, durante a fase de gástrula (3ª semana). 
 
Trajeto para o úteroApós a fertilização o ovócito secundário estará finalizando sua 
meiose II (estava parada em metáfase II) e há formação do segundo 
corpo polar (polócito II). Os polócitos são células advindas da meiose 
e que, teoricamente teriam que formar outros ovócitos. Mas, por 
causa das células que circundam o cumulus oophorus e algumas 
reações de fatores, não há formação 2 células germinativas femininas 
funcionais. 
 Ao mesmo tempo, a cauda e outras estruturas do 
espermatozoide são desintegradas e há formação de um pró-núcleo 
masculino e feminino no citoplasma da célula maior. 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 2 0 
 
Essa célula maior advinda da meiose do ovócito se chama 
Óvulo. No entanto ele existirá por um breve momento (poucas horas), 
deixando de existir quando os dois pró-núcleos masculinos e femininos 
se unem para retornar a ploidia celular para 2n e dar origem a um 
novo ser humano. O nome dado a essa nova célula é Zigoto (2n). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Podemos concluir que, a partir da fecundação, demora cerca 
de 18h para que o Zigoto se forme e, nesse instante, que a jornada 
passa a ser contabilizada para aquele em individuo em formação. 
 
 Existem dois métodos de contagem para uma gestação. O 
método que iremos mais usar na matéria, o Método embriológico e o 
Método clínico (gestacional). O método embriológico contabiliza o 
tempo decorrido a partir da fertilização efetiva. Enquanto o método 
clínico é o mais utilizado no meio médico para determinar a data 
estimada baseada no Último Período Menstrual Normal (UPMN), pelo 
fato de não sabermos a data exata de quando que a fertilização 
ocorreu numa paciente. 
 Nesse último método nós iremos somar duas semanas na data 
estimada pelo método embriológico. Dessa forma, a semana que 
estamos, segundo ele, seria a 3ª semana. Porém, lembre-se, usaremos 
o método embriológico como referência durante a matéria. 
 Quando o Zigoto surge, as clivagens são iniciadas assim que o 
primeiro ciclo celular se finda (cerca de 6h) e o embrião passa de 2 
células para quatro e assim sucessivamente de forma exponencial. 
 
0 h +/- 12h +/- 24h +/- 30h 
Modificado de: <http://www.materprime.com.br/fiv-como-se-origina-o-blastocisto/> 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 2 1 
 
As clivagens são um tipo de mitose na qual há um aumento do 
número de células, mas com uma diminuição de seu volume interno. 
Esse é o processo de celularização do embrião. A celularização 
ocorre por causa do espaço limitado em que o zigoto se encontra. 
 O zigoto está enclausurado dentro da zona pelúcida e, como 
falta espaço, a única alternativa é diminuir de tamanho celular 
enquanto sua quantidade aumenta com as clivagens. Esse processo 
é necessário para que as células fiquem estáveis e com proporções 
que correspondam à vida humana, pois, atualmente, se pegarmos os 
blastômeros (as células que compõem o zigoto), são células muito 
maiores do que uma célula média de um adulto. 
 Com a multiplicação celular o zigoto agora, após 72h, se 
chamará Mórula, devido sua aparência semelhante fruto da amora. 
A mórula é composta de 12 a 64 blastômeros. 
 Após 5 a 6 dias, o agrupamento celular começar a capturar 
líquido presente no ambiente da tuba e útero, formando uma 
cavidade preenchida por esse fluido em seu interior. Esse é o instante 
que a mórula se torna Blastocisto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Com essa absorção de líquidos desde o 5º dia de existência, a 
zona pelúcida já se encontra extremamente tensionada por volta do 
fim do 6º dia. E, coincidentemente, o blastocisto já alcançou o útero 
nesse momento e está flutuando nas secreções uterinas enquanto 
absorve líquido para dentro da cavidade blastocística ocasionando a 
ruptura da zona pelúcida. 
 O blastocisto escapa e agora se chama Blastocisto expandido. 
Se o observarmos, veremos que há diferenças morfológicas em 
comparação à mórula, que era um amontoado de células. 
Modificado de: <http://www.materprime.com.br/fiv-como-se-origina-o-blastocisto/> 
+/- 1 dia 
Migração na 
tuba uterina 
+/- 3 dias 
Finalizando o 
trajeto tubario 
+/- 6 dias 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 2 2 
 
Potência celular 
. 
Quando falamos em potência celular, devemos relacionar com 
a capacidade de uma célula se transformar em um determinado 
grupo de tecidos. Pensando nisso, as células-tronco (estudaremos 
com mais detalhe mais para frente) possuem classificações de 
potência. Como por exemplo: 
I. Totipotente: potencia para se tornar qualquer célula humana. 
II. Pluripotente: possui um leque menor de diferenciação. 
III. Multipotente: já está mais ou menos determinado seu destino. 
IV. Oligopotente: já está bem diferenciada e possui uma afinidade 
maior por um determinado sistema para seguir seu destino. 
V. Unipotente: ainda se discute muito sobre esse tipo de celular, 
pois não sabemos muito sobre ele. Ex.: hepatoblastos. 
 
Diferenciação das células embrionárias 
 
Com a ideia de potencia celular em mente, durante a mórula, as 
células compartilham de mesmo nicho celular e estão sob mesma 
pressão ambiental. Ou seja: elas além de serem totipotentes, todas 
são iguais, pois compartilham o mesmo ambiente e desafios. 
 A partir do blastocisto as coisas começam a mudar. Com a 
absorção do líquido materno, há formação da cavidade blastocística 
dividindo o blastocisto em dois polos, tornando-o multipotente: 
 Trofoblasto: é o agrupamento de células que ficou mais 
espaçado e está externamente no blastocisto. Ele será 
responsável pela nutrição e sustentação embrionária. 
 Embrioblasto: é o polo onde a maioria das células se agrupou e 
formou um nicho diferenciado. Ele é o polo onde o embrião se 
desenvolverá e dará origem aos tecidos humanos. 
Essa diferença nichos, as duas estruturas embrionárias começam a 
tomar destinos diferentes. Todas têm o mesmo material genético, mas, 
devido ao ambiente, alguns genes são lidos em algumas células e em 
outras não. Por isso que a Mórula é totipotente e o Blastocisto 
pluripotente, pois as possibilidades de diferenciação diminuem para 
as células do embrião na medida em que o tempo passa. 
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Nidação 
 
 O blastocisto expandido, por volta do 6º dia, está se 
acomodando no endométrio e, normalmente, o polo embrionário 
será a região que irá forçar uma implantação. Quando o blastocisto 
começar a penetração endometrial, o trofoblasto tende a se 
espessar no local de contato com o útero e terá que se diferenciar 
em duas novas estruturas para efetivar a nidação: 
 Citotrofoblasto: está mais internamente no trofoblasto e 
aderido ao embrião e formando a cavidade blastocística. 
Será responsável por selecionar substâncias que serão 
transferidas para o embrioblasto e a cavidade blastocística. 
 
 Sinciciotrofoblasto: ele será uma estrutura advinda do 
trofoblasto que estará mais externamente. Sua característica 
fisiológica é extensa pelo fato de ser um tecido de funções 
variadas. As principais são de produzir o hormônio hCG para 
estimular o corpo lúteo no ovário materno e forçar uma maior 
invasão do endométrio com enzimas e capturando nutrientes 
para o embrião. Ele será, futuramente, a placenta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com 7 dias o embrião está penetrando cada vez mais no endométrio, 
mas a implantação só será efetivada durante a segunda semana. 
Sinciciotrofoblasto 
iniciando sua invasão 
CitotrofoblastoEmbrioblasto 
7 dias 
Endométrio sendo erodido 
Modificado de: <https://www.infoescola.com/embriologia/nidacao/> 
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 Exercícios 
1. Marque V ou F: 
a) ( ) Geneticamente falando, as células da mórula (blastômeros) são clones 
perfeitos do blastocisto e, a princípio, são totipotentes. 
b) ( ) A mórula, quando chega ao útero, rompe a zona pelúcida e se torna 
blastocisto expandido. 
c) ( ) Para haver implantação, o trofoblasto precisa desenvolver o 
sinciciotrofoblasto, estrutura responsável pela placentação primitiva. 
d) ( ) Após a fertilização, dentro da zona pelúcida, existe um zigoto (2n) e dois 
corpos polares (n). 
e) ( ) Na nidação, o embrioblasto está em contato direto com o endométrio. 
f) ( ) As clivagens são divisões celulares reducionais tanto em tamanho quanto 
em ploidia celular. 
2. Explique o mecanismo da diferenciação celular no desenvolvimento humano. 
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________ 
3. Descreva o processo do 5º dia ao 7º dia da primeira semana. 
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________ 
2. Descreva o processo de fertilização até o terceiro dia do desenvolvimento 
humano (Obs.: fale de todo processo de penetração do espermatozoide, da 
finalização da meiose do ovócito e das clivagens do zigoto). 
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________ 
 
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5. Segunda semana 
 
Capítulo 3 do livro “Embriologia Clínica 8ª Edição”. Por: Keith L. Moore e T. V. N. Persaud. 
 
Introdução 
Nela observaremos o término da implantação do blastocisto, a 
formação do disco embrionário bilaminar e a variação das estruturas 
extraembrionárias com a efetiva liberação de hCG. 
 
Finalizando a implantação 
 
 Durante os três primeiros dias da segunda semana o processo 
implantação está em processo de consolidação. O sinciciotrofoblasto 
está erodindo o endométrio e auxiliando o embrião a penetrar-se 
ainda mais no útero. 
 Enzimas liberadas pelo sincício começam a deteriorar algumas 
glândulas e vasos uterinos, isso contribui para troca de substâncias 
maternas com o embrião, sendo um dos indícios da placentação 
primitiva. Nesse instante, o hCG liberado na corrente sanguínea 
(ainda não é detectável por exame), estimula o corpo lúteo a se 
tornar corpo lúteo gravídico, esse que irá manter níveis estáveis de 
estrogênio e progesterona circulantes para perpetuar a gravidez. 
 Ao mesmo tempo, existe um acumulo de glicogênio e lipídeos 
no espaço intersticial devido às células endometriais deterioradas, 
fornecendo ao concepto um sítio imunologicamente privilegiado e 
nutritivo. As células dessa região são conhecidas como células da 
decídua, e o processo é chamado reação decidual. Não se sabe 
ainda como o processo funciona, detalhadamente, na questão do 
disfarce imunológico. Mas sabe-se que o sincício consegue enganar o 
sistema imune materno para que o embrião não seja abortado. 
Diferenciação das estruturas intraembrionárias 
 
 Com a alteração de constantes do meio intraembrionário, o 
embrioblasto começa a se diferenciar em 2 grupos celulares. As 
células que estão adjacentes à blastocele (cavidade blastocística), 
são as células do hipoblasto, o endoderma primitivo. 
D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O P á g i n a | 2 6 
 
 Há também as células que estão aderidas ao citotrofoblasto, 
elas formarão o epiblasto, o ectoderma primitivo. No momento em 
que o epiblasto é formado, algumas células da sua extremidade se 
diferenciam em amnioblastos; células que produzirão o líquido 
amniótico, fluido no qual o concepto flutuará durante a gravidez. 
 Com a produção desse líquido, haverá duas cavidades no 
embrião. A superior sendo a cavidade amniótica e a inferior a 
blastocele. Dessa forma, na segunda semana, o embrião humano 
tem uma forma bidimensional, como se fosse uma panqueca de duas 
camadas entre as duas cavidades. Essa estrutura embrionária é 
conhecida como disco embrionário bilaminar, o que é basicamente 
o epiblasto aderido sobre o hipoblasto. 
 Concomitantemente a isso, algumas células hipoblasticas 
colonizam a blastocele (por enquanto recoberta somente por 
citotrofoblasto). Ela se chamará cavidade exocelômica quando as 
células hipoblasticas iniciam o processo de forrar a blastocele. 
 Então, forma-se a membrana exocelômica ou de Heuser, nome 
dado às células que estão forrando o citotrofoblasto. Por fim, quando 
toda cavidade está recoberta internamente, ela se chamará saco 
vitelínico primitivo ou vesícula umbilical primitiva. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modificado de: <http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=474> 
Glândula uterina Capilar endometrial 
Sinciciotrofoblasto 
Âmnio 
Epitélio 
endometrial 
Cavidade 
amniótica 
Cavidade 
exocelômica 
Membrana 
exocelômica 
Hipoblasto 
Citotrofoblasto 
Epiblasto 
8 dias 
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Diferenciação das estruturas extraembrionárias 
 Ao mesmo tempo que ocorre os eventos do tópico anterior, 
externamente ocorrem eventos causados a partir do surgimento das 
células do hipoblasto. Algumas delas migram para fora do embrião, 
entre o citotrofoblasto e o conjunto de epiblasto e cavidade 
exocelômica, formando o mesoderma extraembrionário (MEE). 
 O MEE circundará o âmnio e a cavidade exocelômica por volta 
do final do 3º dia da segunda semana, enquanto o embrião já está 
sendo recoberto por células da decídua e pelo sinciciotrofoblasto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Após isso, devido à contínua invasão do sincíciotrofoblasto e 
extravasamento de sangue materno na região da decídua, as 
lacunas sanguíneas formadas na estrutura trofoblástica se unem 
formando uma rede de comunicação sanguífera: rede lacunar. 
 Ao mesmo tempo, mais internamente, com o espessamento do 
MEE, algumas células que o compõem encontram dificuldades na 
competição por nutrientes e, consequentemente, sofrem apoptose. 
Nas regiões onde houve apoptose no mesoderma extraembrionário, 
uma cavitação começa a se formar. Essas cavidades, semelhante à 
rede lacunar se unem e formam celoma extraembrionário. 
Saco vitelínicoprimitivo 
Modificado de: <http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=474> 
Mesoderma 
extraembrionário 
Epitélio 
endometrial 
Disco embrionário 
bilaminar 
Lacunas de sangue 
materno 
Glândula uterina 
erodida 
Citotrofoblasto 
Âmnio 
9 dias 
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 No entanto, em uma determinada região o MEE não é 
deteriorado próximo ao hipoblasto. Essa região é o pedículo de 
conexão, esse que será a base de formação do cordão umbilical. 
 Nesse mesmo momento, internamente, o saco vitelínico primitivo 
se divide em 2 estruturas distintas. Uma porção menor do saco 
vitelínico primitivo se atresiará e será tracionada inferiormente para o 
citotrofoblasto para tornar-se vesícula umbilical secundária enquanto 
o restante das células do hipoblasto permanecem no mesmo local e 
formam a vesícula umbilical definitiva. 
 Com o findar da segunda semana, o MEE é o intermediário do 
embrião e as cavidades do celoma extraembrionário. O MEE que está 
cobrindo as regiões de ectoderma se chama mesoderma somático 
extraembrionário. Já o que cobre as regiões de endoderma se 
chama mesoderma esplâncnico extraembrionário. 
 Concomitante a isso, o celoma extraembrionário já se formou e 
agora se chama cavidade coriônica. Ela é composta pelo córion, 
esse que é composto por mesoderma somático extraembrionário e as 
duas camadas do trofoblasto (cito e sincício). O conjunto do córion e 
a cavidade coriônica denomina-se saco coriônico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Vesícula 
umbilical 
Córion 
(MEE somático + 
trofoblasto) 
Vesícula umbilical secundária 
sendo tracionada 
Celoma extraembrionário ou 
cavidade coriônica 
MEE esplâncnico 
Vilosidade coriônica primária 
MEE somático 
Sinusoide 
materno 
Rede 
lacunar 
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 Na superfície externa do córion começa a se formar algumas 
projeções, as vilosidades coriônicas primárias, que enraízam o 
concepto no útero proporcionando o processo de placentação. 
 Uma das últimas coisas a acontecerem é a possibilidade de 
referência anatômica do embrião. Cefalicamente haverá uma forte 
adesão entre o epiblasto e o hipoblasto, tal adesão será em uma 
área conhecida como placa pré-cordal, essa adesão terá um papel 
de suma importância durante a 3ª semana e, além disso, ela será a 
precursora da membrana bucofaríngea. 
Destino dos folhetos embrionários 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercícios 
 
1. Uma paciente lhe procurou para trocar seu método contraceptivo por uma 
alternativa em que causasse menos reações adversas e, se possível, sem uso de 
substâncias químicas. Você aconselhou o uso de camisinha ou método da 
tabela, pois ela estava apreensiva sobre a colocação do DIU. No entanto, dois 
meses depois, ela reaparece em seu consultório muito confusa e com um teste 
de gravidez positivo. Segundo seus relatos, há pouco mais de um mês, a sua 
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menstruação adiantou em uma semana, porém, houve pouco sangramento e, 
após isso, não houve mais episódios de sangue expelido. O que pode ter 
acontecido com essa sua paciente nesse ínterim? Explique. 
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________ 
2. Quais estruturas que estão envolvidas na troca/seleção de substâncias 
materno-embrionárias e as que são precursoras da placentação?
a) __________________________________ 
c) __________________________________ 
e) __________________________________ 
b) __________________________________ 
d) __________________________________ 
f ) __________________________________
1. Marque V ou F: 
a) ( ) A placa pré-cordal está caudalmente no embrião e será precursora de 
membrana cloacal, a futura mucosa genital e anal. 
b) ( ) O MEE somático é responsável por recobrir, externamente, todo o 
concepto, se acoplado, no embrião, pelo ectoderma. 
c) ( ) O MEE esplâncnico é responsável por recobrir todo o concepto mais 
internamente, estando acoplado , no embrião, pelo endoderma. 
d) ( ) Entre os MEE existe a cavidade coriônica ou celoma extraembrionário. 
e) ( ) A junção de sinciciotrofoblasto, células da decídua, rede lacunar, córion 
e vilosidades coriônicas serão responsabilizados, no futuro, pela placentação. 
f) ( ) Substâncias que serão absorvidas pelo embrião precisam atravessar o 
sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto e o MEE que está formando o córion. 
g ) ( ) As células do âmnio advêm do ectoderma primitivo, o hipoblasto. 
h) ( ) A blastocele, no início da segunda semana, é formada por 
citotrofoblasto. Mas, logo com a formação do hipoblasto, a membrana de Heuser 
ou exocelômica começa a recobrir a cavidade internamente e forma o saco 
vitelínico primitivo ou vesícula umbilical primitiva. 
i) ( ) A sequência da nomenclatura da cavidade embrionária inferior seria, 
primeiramente, blastocele, cavidade exocelômica e, por fim, saco vitelínico 
primitivo. 
j) ( ) Durante toda a segunda semana a reação decidual está ocorrendo 
concomitantemente com a liberação de hCG pelo sincíciotrofoblasto. 
k) ( ) A cavidade coriônica é formada por meio de apoptose de células do 
MEE, esse, que por sua vez, tem origem tecidual no hipoblasto.
____ de 18 questões 
A N O T A Ç Õ E S 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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