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PENAL 2º fase

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CRIME CONTINUADO	
ESPECIES DE AÇÃO PENAL – art.100 CP.
Ação Penal Publica Incondicionada - ( é a regra ) Pública. 
Ação Penal Publica Condicionada : art. 100 § 1º CP – quando a lei exige representação do ofendido ou por requisição do Ministro da Justiça.
	Obs. 1 – retratação do ofendido é possível desde que seja feita “: antes de oferecida” a denuncia art. 25 CPP.
	Obs.2 – cabe também a retratação na queixa de crime previsto na Lei Maria da Penha, desde de que seja feita pelo ofendido o faça “em audiência perante juiz e MP ” , “antes do recebimento da denuncia” – art. 16 da Lei 11.340/06.
Ação Penal Privada : se procede mediante queixa crime , do ofendido, que é o titular do direito de agir, ou de seu representante legal ( CADI ) – art. 100 §2º CP.
Ação Penal Privada Subsidiaria da Publica : quando o MP fica inerte em um crime de ação penal publica dentro do prazo legal ( art. 46 CPP , 5 dias réu preso – 15 dias réu solto ) , após esse prazo, o ofendido poderá propor queixa crime substituindo a denuncia do MP – art. 100 §3º CP.
Ação Penal Privada Personalíssima : só o ofendido pode propor a queixa crime ( Ex. art. 236 CP – contraente enganado ).
DA RUNUNCIA (art. 104 CP e art. 49 CPP) e DO PERDAO – (art. 105 CP e art. 51 CPP).
	 RENUNCIA
	 PERDAO
	ANTES DA QUEIXA 
	ANTES DO TRANSITO EM JULGADO
	UNILATERAL
	BILATERAL ( tem que ser aceito )
	EXTINCÃO PUNIBILIDADE 
	EXTINCÃO DA PUNIBILIDADE 
	AÇÃO PRIVADA 
	AÇÃO PRIVADA
	EXPRESSA OU TÁCITA
	EXPRESSA OU TÁCITA
	SE EXTENDE AOS DEMAIS
	SE EXTENDE AO DEMAIS
CONTEÚDO DE UMA QUEIXA CRIME (art. 41 CPP):
Exposição dos fatos – não basta de expor os fatos de maneira genérica , deve conter todos os detalhes do fato, sob pena de se considerada preliminarmente INEPTA ( viola o art. 41 do CPP e também viola ao direito de ampla defesa do acusado art. 5º , LV da CF), por se tratar de concurso de agentes, a queixa deve individualizar as condutas – consequência é que deve ser rejeitada preliminarmente por ação inepta – art. 395 CPP ).
Qualificação – o querelado deve qualificar o agente ( querelante ) .
Classificação do Crime – indicar o crime que ocorreu .
Rol de Testemunhas – deve conter o rol de testemunhas.
CONDICÕES DE AÇÃO 
Legitimidade - titular da ação – consequência será pela “tese de carência de ação” nas preliminares – rejeição a ação.
Interesse de agir – não haverá interesse pela extinção da punibilidade - consequência será pela “tese de carência de ação” – art. 395,II,CPP , nas preliminares – rejeição da ação.
Justa Causa – a ação deve conter um “mínimo de prova” – caso contrario a consequência será pela “tese de falta de justa causa” para agir – art. 395, III,CPP – rejeição da ação.
 AÇAO PENAL	
1
2
IDENTIFICAÇAO:
São 4(quatro)os elementos que devem ser extraídos do fato narrado para identificar se trata-se de uma queixa crime :
1º. o caso concreto deve dizer de quem sou advogado de quem ?(do ofendido) 
2º. qual é a espécie de ação penal para crime narrado ? ( para tratar-se de uma queixa crime, deverá ser ação penal privada ou caso de inercia do MP )
3º. a autoria deve ser conhecida 
4º. Em qual momento processual que o caso pede a intervenção do advogado ? Para tratar-se de uma propositura de uma queixa crime, não deve ter sido proposta ainda nenhuma ação penal. 
 
 
 ESTRUTURA DE UMA QUEIXA CRIME
EXMO SR. DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA...VARA CRIMNAL DA COMARCA DE ...
EXMO SR. DOUTOR JUIZ FEDERAL DA...VARA FEDERAL CRIMINAL DA SUBSECÃO JUDICIARIA... DA SECÃO JUDICIARIA ...
EXMO SR. DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO...JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA...
Querelante : vitima
Querelado : acusado
Fulano, qualificação, vem por seu advogado, qualificação , com procuração com poderes especiais em anexo ( art. 44 do CPP), vem perante Vossa Excelência, com fundamento nos art. 100 § 2º do CP e art. 30 do CPP ( caso de subsidiaria da publica – art. 100 § 3º do CP ) , oferecer ação penal na forma de, QUEIXA CRIME, em face de Siclano, qualificação, pelos fatos e de direito expostos a seguir com fulcro no art. 41 do CPP :
 
FATOS
DIREITO : Teses Jurídicas
 
REQUERIMENTOS : Os pedidos devem estar correlacionados com as teses de acusação acima indicadas .
Diante do Exposto requer-se que: 
A presenta Queixa Crime seja recebida e devidamente autuada;
Seja designada audiência preliminar de conciliação, nos termos do art. 72 da Lei 9.099/95 ( se for JECRIM );
 
Neste termos, 
Pede deferimento, 
 Local, dia , mês, ano. ( prazo prescricional, que é de 6 meses após o conhecimento da autoria, art. 38 do CPP ) 
Rol de Testemunhas :
1.							Advogado 
2. 							OAB...
 QUEIXA CRIME	
A prescrição é uma causa extintiva da punibilidade e está prevista no art. 107, IV, e art. 109 ( prescrição antes do transito em julgado ) a art. 119 ( no caso de concurso material ) do Código Penal.
O Estado, por não ter tido capacidade de fazer valer o seu direito de punir em determinado espaço de tempo previsto pela lei, faz com que ocorra a extinção da punibilidade.
A legislação penal prevê duas espécies de prescrição: prescrição da pretensão punitiva e prescrição da pretensão executória.
PRESCRICAO DA PRETENSÃO PUNITIVA - O Estado perde a possibilidade de formar o seu título executivo de natureza judicial, ou seja, a sentença é proferida após o tempo que o Estado tem previsto em lei para julgar e sentenciar o réu. O art. 109 e seus § , determinam esse tempo, sempre de acordo com a pena máxima do tipo do crime imposto ao réu. A consequência importante além da extinção de punibilidade é que o fato não gerará qualquer efeito, não podendo considerar como maus antecedentes, reincidência ou mesmo gerar titulo executivo na esfera civil. 
Antes da sentença, transitada em julgado, a prescrição deve recair sobre a pena máxima cominada em abstrato para cada infração penal.
Exemplo : Crime de furto – art. 155 do CP – pena de 1 a 4 anos em abstrato 
FATO --------CONSUMACAO ---------------------RECEBIMENTO DA DENUNCIA --------------------------SENTENÇA T/ J
 I____________8 ANOS_______________I____________________8 ANOS __________I						 
Em ambos os períodos, ultrapassados os limites impostos, tanto para o recebimento da denuncia como para o transito em julgado da sentença condenatória, deverá ser arguida a extinção da punibilidade por prescrição da pretensão punitiva, prevista no art. 109 e § seg. do CP.
PRESCRICAO DA PRETENCAO EXECUTORIA - O Estado, em razão do decurso do prazo, terá perdido o direito de executar a pena imposta. O título executório foi firmado com o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, entretanto não poderá ser mais executado. 
Após a sentença, transitada em julgado, a prescrição deve recair sobre a pena imposta ao réu ( pena em concreto ), considerando os mesmos prazos fixados no art. 109 do CP, prazos que se aumentam de 1/3 em caso de reincidência. 
A prescrição da pretensão executória não extingue os efeitos da condenação exceto a extinção da punibilidade , permanecendo a reincidência, maus antecedentes, titulo executivo na esfera civil e etc.
O termo inicial da prescrição da pretensão executória inicia a contagem após o transito e julgado para a acusação ou em outros casos como na revogação da liberdade condicional ou do sursis, ou em caso de ter havido uma interrupção da execução da pena ( ex. fuga ) , o calculo do tempo de prescrição será adotando o valor do restante da pena que deveria ser cumprida antes da interrupção e joga-la na tabela do art. 109 do CP, observando o novo prazo da prescrição.
A reincidência não aumenta o prazo da prescrição da pretensão punitiva somente o prazo da prescrição da pretensãoexecutória ... Sumula STF 220.
Exemplo : Crime de furto – art. 155 do CP – sentença de 1 ano em concreto
PRESCRICAO INTERCORRENTE - SEM TRANSITO EM JULGADO PARA O RÉU EM UM 1º MOMENTO 
RECEB. DENUNCIA ----PUBL SENT.... TRANS. JULGA P/ MP....RECURSOS DO RÉU...TRANS. JULG. P/ RÉU
 I....PRESCRIÇAO PRET. PUNITIVA INTERCORRENTE - 4 ANOS......I		 		 NA FORMA SUPERVENIENTE	 
Prescrição da Pretensão Punitiva Intercorrente :
Forma Retroativa – quando do transito em julgado somente para a acusação , utilizasse a pena em concreto ( pena efetivamente aplicada ) , se verifica se em algum momento anterior a sentença, com o novo calculo do lapso de prescrição levando agora em consideração o valor da pena aplicada na sentença , houve a prescrição na forma retroativa , ou seja , não sendo considerado ainda para o réu ( que recorreu sozinho da sentença aplicada ) , a sentença transitado em julgado, deve-se aplicar-se a prescrição da pretensão punitiva e não a executória, tendo em vista que esta só se poderá considerar após o transito em julgado para ambas as partes, sendo assim , se com o novo calculo do lapso prescricional do art. 109 do CP, observar-se que entre a data do resultado do fato e o recebimento da denuncia ou da data do recebimento da denuncia e a publicação da sentença , transcorreu período superior ao novo lapso a considerar , ocorreu a prescrição da pretensão punitiva intercorrente na forma retroativa. 
PRESCRICAO RETROATIVA – COM TRANSITO EM JULGADO PARA MP 
FATO......RECEB. DENUNCIA -----SENT......TRANSITO EM JULGADO P/ MP ......APELAÇAO..... SEM SENT.
 I.......................I I..............................................................I
 PRESCRIÇAO P P NA FORMA RETROATIVA
	
Forma Superveniente – após apenas o réu ter recorrido da sentença, se considerará, a pena imposta em concreto transitado em julgado para o MP, sendo esse o novo lapso para o calculo da prescrição, sendo que , da data da publicação da sentença até o sentença definitiva para ambos, já se esgotando assim todos os recursos da defesa, este período recursal não poderá ultrapassar o novo lapso prescricional extraído do calculo da sentença em concreto , assim sendo, isso ocorrendo, será arguida a prescrição da pretensão punitiva superveniente.
Exemplo 1 : Crime de furto – art. 155 do CP – sentença de 1 ano em concreto
PRESCRICAO INTERCORRENTE - SEM TRANSITO EM JULGADO PARA O RÉU EM UM 1º MOMENTO 
RECEB. DENUNCIA ----PUBL SENT.... TRANS. JULGA P/ MP....RECURSOS DO RÉU...TRANS. JULG. P/ RÉU
 I....PRESCRIÇAO PRET. PUNITIVA INTERCORRENTE - 4 ANOS......I		 		 NA FORMA SUPERVENIENTE	 
Exemplo 2 :
No dia 10 de abril de 1985 Sérgio, na época com 20 anos de idade, matou sua esposa Maria. Foi recebida a denúncia em 14 de maio de 1995 por crime previsto na pena 121, “caput” do Código Penal. No dia 14/07/01 ele foi pronunciado. Posteriormente, em 10/01/2002 foi condenado a pena de 6 anos de reclusão, decisão que transitou em julgado para as partes. 
 10/04/1985.......................14/05/1995.................... 14/07/2001................... 10/01/2002 
 HOMICÍDIO	 	DENUNCIA	 PRUNUNCIADO TRANSITO EM JULGADO
Trata-se de homicídio, crime tipificado no art. 121, CP, cuja pena máxima é de 20 anos. 
Pelo artigo 109 do CP, considerando pena máxima de 20 anos, a prescrição punitiva ocorreria em 20 anos, ou seja, o termo final seria no dia 09/04/2005, sendo certo que a partir de 10/04/2005 haveria prescrição, porém, neste caso o criminoso tinha menos de 21 anos na data do crime, o que reduzirá a prescrição pela metade (art. 115, CP), portanto a prescrição punitiva ocorreria em 10 anos, ou seja, o termo final seria no dia 09/04/1995, e haveria prescrição a partir de 10/04/1995. 
Como a denúncia foi feita em 14/05/2005, ocorreu prescrição da pretensão punitiva. Não sendo necessário avaliar as demais possibilidades de prescrição possíveis. 
Nos temos do art. 61 do Código de Processo Penal, deve em qualquer fase do processo, o juiz ou o MP, declará-lo de ofício, se reconhecer extinta a punibilidade.
Diz-se prescrição retroativa quando, com fundamento na pena aplicada na sentença penal condenatória com trânsito em julgado para o Ministério Público, ou para o querelante, o cálculo prescricional é refeito retroagindo-se, partindo-se do primeiro momento para sua contagem, que é a data do recebimento da denúncia ou queixa - art. 110 § 1º do CP.
Prescrição da Multa: Está disposta no artigo 114 do CP. Os prazos prescricionais dizem respeito tanto à pretensão punitiva, quanto a pretensão executória do Estado.
Redução dos prazos prescricionais: O artigo 115 do CP por razões de política criminal, determina a redução pela metade dos prazos prescricionais quando o agente era, ao tempo do crime, ou seja, no momento da ação ou omissão, menor de 21, ou, na data da sentença, maior de 70 anos.
Causas suspensivas da prescrição: são aquelas que suspendem o curso do prazo prescricional que começa a correr pelo tempo restante após cessadas as causas que a determinaram. Dessa forma, o tempo anterior é somado ao tempo posterior a cessação da causa que determinou a suspensão do curso do prazo prescricional. É regulado pelo artigo 116 do CP.
Causas interruptivas da prescrição: Fazem com que o prazo, a partir delas, seja novamente reiniciado, ou seja, após cada causa interruptiva da prescrição deve ser procedida nova contagem do prazo, desprezando-se, para esse fim o tempo anterior ao marco interruptivo (art.117, parágrafo 2º do CP). As causas interruptivas estão previstas no art.117 do CP. Quando do “recebimento” da denúncia ou da queixa.
Nos processos de competência do Júri, a sentença de pronúncia interrompe a prescrição, contando-se tal marco interruptivo a partir de sua publicação em cartório. 
O acórdão que confirma a sentença de pronúncia interrompe a prescrição.
A sentença penal condenatória recorrível interrompe a prescrição, conforme inserido na redação do inciso IV do art. 117 do CP. Se a primeira sentença penal condenatória vier a ser anulada pelo tribunal, deixará de interromper a prescrição. 
A interrupção ocorrerá com a publicação da nova decisão. A data de início ou continuação do cumprimento da pena interrompe a prescrição da pretensão executória do Estado.
O artigo 119 do Código Penal diz que no caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente. 
O STF - Súmula 497 dispõe : “Quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da continuação”.
Em se tratando de concurso de pessoas (agentes) a Sentença Penal Condenatória em face de um dos réus representa marco interruptivo da prescrição em relação aos demais coautores. Segundo a previsão expressa contida no artigo 117, §1º, o advento de Sentença Penal Condenatória em face de um dos autores do crime faz interromper o curso da prescrição em relação aos demais.
		 
			 TERMO INICIO PRESCRICAO P.P
			 INTERCORRENTE OU SUPERVENIENTE
					 ---------------------------------------------------------------------------------I
RECEBIMENTO		 TRANSITO EM	 TRANSITO 
DENUNCIA SENTENÇA PUBLIC JULGADO P/ MP 		 JULGADO P/ RÉU 
I__________________I_________I___________I_______________________________________________I
						 RECURSOS DO RÉU
					 ---------------------------------------------------------------------- ...
				 TERMO INICIO PRESCRICAO P.E
				 
 PRESCRIÇAO	
TESES DE DEFESA RELACIONADASÀS NULIDADES
1. incompetência: art. 5º, LIII, CF/88 e art. 564, I, CPP;
2. suspeição e suborno do juiz: art. 564, I, CPP;
3. ilegitimidade de parte: art. 564, II, CPP;
4. nulidade por falta de fundamentação na sentença: art. 93, IX, CF/88 e art. 564, IV, CPP;
5. inexistência de exame de corpo de delito nas infrações que deixam vestígios: art. 564, III, “b” e art. 158, CPP;
6. falta dos devidos atos de comunicação: art. 5º, LV, CF/88; art. 8, nº 2, “b” da CADH; art. 564, III, “e” e art. 360, CPP;
7. desarquivamento de inquérito policial sem novas provas: Súmula 524, STF;
8. denúncia inepta: art. 5º, LV, CF/88 e art. 564, IV, CPP;
9. sentença que descumpre o sistema trifásico de fixação da pena (art. 68, CP) art. 564, IV, CPP;
10. denúncia ou queixa sem condição da ação ou pressuposto processual: art. 564, II, “a” e art. 41, CPP;
11. desobediência as formalidades no momento do interrogatório: art. 5º, LV e LXIII, CF/88 e art. 564, III, “e”, CPP;
12. ausência de réu preso no momento da instrução: art. 5º, LV e art. 564, IV, CPP;
13. descumprimento de fases processuais necessárias: art. 5º, LIV, CF/88 e art. 564, IV, CPP;
14. desrespeito ao contraditório e reformatio in pejus: art. 5º, LV, CF/88;
 TESES DE DEFESA - NULIDADES	
Cabível em qualquer rito processual exceto no rito especial de Drogas e JECRIM.
É a primeira defesa escrita do réu, após o recebimento da denuncia ou queixa , o juiz a cita o réu para oferecer a resposta acusação, no prazo de 10 dd, antes da audiência de instrução.
No rito especial do funcionário publico, rito de drogas e JECRIM, a primeira defesa do réu será a resposta preliminar é o momento será antes do recebimento da denuncia.
A fundamentação jurídica, em qualquer rito exceto o júri, é o art. 396 e 396-A do CPC. 
Estrutura da Peça Resposta Acusação:
Poderá alegar tudo em sua defesa, alegar exceções, discutir o mérito, juntar documentos, requerer diligencias, arrolar testemunhas, enfim pode conter dois tipos de tese : teses preliminares e teses de mérito.
Teses preliminares são aquelas que retardam ou prejudicam por completo a analise do mérito , por essa razão devem ser alegadas em primeiro lugar.
1º - em primeiro lugar deve-se verificar se existem, no caso concreto, questões preliminares para serem arguidas , aquelas questões que prejudicam o processo e a decisão do mérito.
1ºA – teses prejudicas arguidas em preliminares , dos art. 92 e art.93 do CPP, suspendem o processo até que questão de competência de outra matéria jurídica seja dirimida para poder decidir sobre existência infração . O art. 92 trata das questão judicial obrigatória, obrigando ao juiz suspender o processo criminal por ser fundamental para o mérito na questão penal, o art. 93 trata de questão judicial facultativa. PEDE-SE A SUSPENÇAO DO PROCESSO.
1ºB – as exceções processuais , previstas no art. 95 do CPP, ( na pratica deve ser autuada em apartado ), entretanto na peça do exame da OAB, deverão ser consideradas nas teses preliminares.
 Suspeição - NULIDADE
 Incompetência do Juízo – NULIDADE 
Litispendência – EXTINÇAO 
Ilegitimidade de parte – NULIDADE 
 Coisa julgada – EXTINÇAO 
1ºC – as nulidades do processo , previstas no art. 564 do CPP – GERAM A NULIDADE.
1ºD – sursis , previstas no art. 89 da lei 9099/95, suspenção condicional do processo , verificando se o crime contempla pena mínima menor ou igual a 1 ano. O MP deve propor junto com a denúncia, se não ocorrer, nas preliminares da resposta acusação deve-se pedir a devolução da denuncia ao MP para que ofereça a suspensão do processo, caso o réu preencha os requisitos do art. 89 da lei 9099/95.
1ºE – provas ilícitas – prova nula ( produzidas com a desconformidades da lei , arts. 157 ao 250 do CPP )– PEDIDO DE NULIDADE E DESENTRANHAMENTO DO PROCESSO.
Obs. : interceptação telefônica – lei especial nº 9296/96
2º - Do Direito - Teses de mérito - são aquelas que objetivam a absolvição sumaria do réu - art. 397 do CPP .
2ºA - exclusão de ilicitude – causas estão no art.23 CP - consequência ABSOLVICAO SUMARIA.
2ºB - excludente de culpabilidade – culpabilidade é formada por 3 elementos , faltando uma delas exclui-se a culpabilidade – consequência ABSOLVICAO SUMARIA.
2ºC - imputabilidade – art.26 caput + art. 27 + art. 28, § 1º do CP.
2ºD - potencial conhecimento da ilicitude – erro de proibição inevitável – art.21 CP
2ºE - exigibilidade de conduta diversa – art.22 CP , coação moral irresistível e cumprimento de ordem não manifestadamente ilegal de superior hierárquico. 
3º - fato não constitui crime – quando a conduta é atípica 
conceito analítico do crime : fato típico + antijurídico + culpável 
 conduta - (ausência de dolo ou culpa, erro de . tipo, aus. consciência, aus. de . voluntariedade-coação física irresistível) 
 resultado
 nexo causal – conduta não produziu o resultado 
 tipicidade – ausência tipicidade formal e material
. ( principio da bagatela )
4º - extinção de punibilidade – Art. 107 CP 
5º - Pedido – tudo que estiver no direito devera ser reproduzido no pedido, na mesma ordem.
O pedido principal da resposta acusação é a absolvição sumaria do art. 397 do CPP.
6º - Rol de Testemunhas – “caso vossa excelência entenda por bem não absolver sumariamente o réu, ficará comprovado no decorrer do processo a sua inocência, requerendo-se a oitiva das testemunhas abaixo arroladas”. 
Por decisão do STJ, uma denuncia ou queixa recebida pelo Juiz de forma equivocada, ou seja, que deveria ser rejeitada liminarmente nos termos do art. 395 do CPP, além de nula deve ser rejeitada tardiamente. Por essa razão, na prova da OAB, na resposta acusação se percebermos que a denuncia ou queixa recebida deveria ter sido rejeitada, além da nulidade deveremos requerer a rejeição tardia, com fundamento no art. 395 do CPP.
Modelo de resposta à acusação
Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da... Vara Criminal da Comarca...
Observações: 
Se o processo for de competência do júri, endereçamento para o “Juiz de Direito da... Vara do Júri”. 
Se competente a JF (CF, art. 109), endereçamento para o “Juiz Federal da... Vara Criminal da Justiça Federal da Seção Judiciária...”. 
RÉU, já qualificado nos autos, vem, por seu advogado, oferecer RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com fundamento no artigo 396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelas razões a seguir expostas:
Observações: 
Como o réu já foi qualificado na denúncia, não há razão para qualificá-lo novamente. 
I. Dos Fatos
De acordo com a denúncia, no dia 20 de julho de 2015, o denunciado subtraiu 03 (três) linguiças do “Supermercado Araújo”, conduta presenciada pelo gerente, Manoel, e por dois caixas, Francisco e José.
Logo após consumi-las, o Sr. Réu foi preso em flagrante por policiais militares que passavam em frente ao estabelecimento no momento da conduta.
Na delegacia, ao ser interrogado, afirmou que a subtração ocorreu porque estava com “muita fome” (fl...), e que “teria morrido” (fl...) caso não comesse imediatamente.
O Ministério Público, então, ofereceu denúncia em seu desfavor, com fundamento no artigo 155 do Código Penal.
Observação: 
não perder tempo com o tópico “dos fatos”, pois não vale ponto. Limite-se a um resumo do enunciado, com menção ao que realmente importar para a peça.
II. Do Direito
No entanto, a acusação não merece prosperar, pois falta justa causa, conforme exposição a seguir:
a) Preliminar
Da nulidade do recebimento da petição inicial: como se vê, o acusado praticou o fato amparado por causa de exclusãoda ilicitude – estado de necessidade, prevista no artigo 24 do Código Penal -, visto que a subtração se deu como última medida para evitar a morte por inanição. Destarte, a denúncia não poderia ter sido recebida, com fundamento no artigo 395, III, do Código de Processo Penal.
b) Mérito
Além disso, ainda que recebida a petição inicial, deve ser absolvido sumariamente o denunciado. Como já exposto, a conduta foi praticada com amparo em causa de exclusão da ilicitude, sendo imperiosa a absolvição sumária, com fundamento no artigo 397, I, do Código de Processo Penal.
Ademais, é inegável que a conduta se deu nos moldes do instituto da insignificância, causa de atipicidade material da conduta, devendo o denunciado ser absolvido nos termos do art. 397, III, do Código de Processo Penal.
Observações: 
com a divisão em tópicos (preliminar, mérito etc.), a estética da peça fica melhor, fica mais fácil para identificar as teses alegadas. 
ao discorrer sobre as teses, basta mencioná-lo. 
alegue tudo o que for de interesse da defesa, ainda que pareça absurdo. Omissões em relação ao gabarito causam perda de pontos, enquanto o excesso não gera qualquer prejuízo.
III. Do Pedido
Diante do exposto, o réu requer a rejeição da petição inicial, com fundamento no art. 395, III, do Código de Processo Penal. Caso, no entanto, Vossa Excelência mantenha o recebimento, requer a absolvição sumária do réu, com fundamento no art. 397, incisos I e III, do Código de Processo Penal, em virtude do estado de necessidade e do princípio da insignificância. Por derradeiro, caso os pedidos não sejam acolhidos, pede a intimação das testemunhas ao final arroladas.
Observação: 
o tópico “do pedido” é consequência lógica do tópico anterior, “do direito”. 
Antes de elaborar a peça, faça um rascunho do que deve ser pedido, para que nada seja esquecido. Os pedidos são pontuados individualmente. Caso um seja esquecido, a respectiva pontuação será descontada.
Pede deferimento.
 Comarca..., data...
 Advogado, 
 OAB/..., n...
Observações: 
o “pede deferimento” é opcional. 
só mencionar a comarca se o problema disser onde o processo está tramitando, senão, dizer “Comarca...”. 
em relação à data, em resposta à acusação, a FGV costuma pedir que a peça seja datada no último dia de prazo. 
não invente número de OAB ou nome para o advogado (ex.: “advogado Fulano”), sob pena de anulação da prova.
Rol de Testemunhas:
1. Manoel, endereço...
2. Francisco, endereço...
3. José, endereço...
A Resposta à Acusação deve ser fundamentada nos termos dos artigo 396 e 396-A do CPP. Esta regra é geral e não deve ser levada em consideração no caso do Rito especial do Tribunal do Júri, a Resposta a Acusação no caso de crimes dolosos contra a vida, deve ser fundamenta nos termos do artigo 406, do CPP, contudo a estruturação da peças e as preliminares serão as mesmas. 
Nas preliminares deverá seguir essa ordem:
1º- art. 107, CP, causas extintivas punibilidade;
2º- art. 109, CP e 115 CPP - prescrição; 
3º- art. 564 do CPP, nulidades; 
4º- art. 23 CP excludentes de ilicitudes. 
Ao final, a absolvição sumária (alegadas preliminarmente) deverá ser requerida com fundamento nas hipóteses previstas pelo artigo 397 do CPP e não nos artigos 415 e seguintes do CPP.
Modelo de Peça - Resposta à Acusação.
Momento Processual: Juiz recebeu a denúncia e citou o réu para apresentar Resposta à Acusação, no prazo de 10 dias, contados da data da intimação do acusado.
Endereçamento: 
- EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ________ - ESTADO.
- EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE ________ - ESTADO.
- EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE ________ - ESTADO ___.
- EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA __ VARA CRIMINAL DA SECÇÃO JUDICIÁRIA DE ______.
- EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO TRIBUNAL DO JÚRI DA SECÇÃO JUDICIÁRIA DE ____- ESTADO.
- EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ________ - CAPITAL DO ESTADO DE ___.
Qualificação: Como já foi oferecida a denuncia e o réu foi qualificado nos autos, não há necessidade fazer novamente a qualificação, basta o NOME e a menção "já qualificado nos autos às folhas (   )".
Fundamentação: Artigos 396 e 396-A do CPP .
Fatos: Um breve resumo sobre os fatos e indicando os artigos que tipificaram a conduta imputada ao réu. 
Preliminares: Procurar todas as preliminares invocado no caso. 
Iniciar assim : "Preliminarmente cabe alegar que o crime descrito na peça acusatória está prescrito nos termos do artigo 109, inciso V cumulado com artigo 115 do Código Penal, devendo ser declarada a extinção da punibilidade, com fundamento no artigo 107, inciso IV, do Código Penal, e nestes termos, a absolvição sumária conforme dispõe o artigo 397, inciso IV do Código de Processo Penal." .
Mérito: Identificar todos os casos de absolvição sumária ou de rejeição da peça acusatória. É o momento das teses de defesas.
Ex: se o exercício disser que A foi denunciado por lesão corporal grave ao aplicar um golpe de MMA na vítima que era mais forte do que o réu, e que tentou lhe agredir - a tese defensiva se baseara na legítima defesa. 
Pedido: O pedido será conforme se alega nas preliminares e no mérito. Sempre começando hierarquicamente, da melhor preliminar de absolvição sumária até chegar nas nulidades, excludentes de ilicitudes. 
"Diante do exposto, juntando nesta oportunidade o rol de testemunha, abaixo arroladas e identificadas, requer-se a Vossa Excelência que decrete a Absolvição Sumária do acusado, nos termos do artigo 397, do Código Processo Penal, como medida de preservação da mais lídima justiça.
(Pedido Subsidiário) Apenas por cautela, no caso de não ser acolhida a tese de absolvição sumária, requer que seja rejeitada a denúncia, nos termos do artigo 395, inciso I, do Código de Processo Penal."
Neste termos
Pede deferimento.
Cidade, UF, Dia, mês, ano.
_____________________________
Advogado 
OAB/Estado, Nº ___
Rol de Testemunhas: 
Testemunha: ________
Testemunha: ________
 RESPOSTA ACUSAÇAO 	
Habeas Corpus - é previsto na lei processual penal não é recurso, é ação autônoma. 
Habeas Corpus é uma garantia individual destinada a combater o constrangimento ilegal tanto na ameaça iminente de sofrer violência (preventivo), como na liberdade já sofrida de locomoção de ir, vir ou ficar (repressivo ou liberatório), sendo ainda, muito utilizado para resolver questões de ordem processual antes, durante ou depois da ação penal . 
O habeas corpus não é um remédio exclusivo do direito penal, podendo ser impetrado em matéria civil, administrativa ou trabalhista, desde que haja risco a liberdade de locomoção. E está previsto no artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal, e nos artigos 647 ao 667 do Código de Processo Penal. 
No processo penal, deve haver risco a liberdade de locomoção, pois se não houver, não caberá habeas corpus. 
ex: porte de drogas, não cabe habeas corpus, pois não há risco a prisão, devido as penas socioeducativas, assim como não cabe, para pena de multa, ou após cumprida a pena aplicada. 
Legitimidade: para postular o HC:
 Art. 654.  O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.
O estrangeiro poderá impetrar HC, desde que em língua portuguesa. (STF) 
Requisitos da inicial:
Art. 654...
§ 1o  A petição de habeas corpus conterá:
a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou coação e o de quem exercer a violência, coação ou ameaça;
b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaça decoação, as razões em que funda o seu temor;
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou não puder escrever, e a designação das respectivas residências.
§ 2o  Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de habeas corpus, quando no curso de processo verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal.
O habeas corpus é cabível nos termos do artigo 648 do CPP:
Art. 648.  A coação considerar-se-á ilegal:
I - quando não houver justa causa;
 Justa causa deve ser analisada sob dois aspectos: um formal, a partir da existência de elementos típicos (tipicidade objetiva e tipicidade subjetiva) e outro material, com base na presença de elementos indiciários (autoria e materialidade).
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
Por exemplo, o delegado, em caso de flagrante delito tem 24 horas para remeter os autos de flagrante para o Juiz, passado desse prazo, e autos não forem remetidos, caberá habeas corpus. 
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
VI - quando o processo for manifestamente nulo;
VII - quando extinta a punibilidade.
Competência para processamento, está previsto no artigo art. 650, mas cuidado há alguns dispositivos legais que o artigo remete, que não existe mais:
Competirá conhecer, originariamente, do pedido de habeas corpus:
I - ao Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos no Art. 101, I, g, da Constituição, atualmente encontramos tal competência no artigo 102, I alíneas "d" e "i";
II - aos Tribunais de Apelação, sempre que os atos de violência ou coação forem atribuídos aos governadores ou interventores dos Estados ou Territórios e ao prefeito do Distrito Federal, ou a seus secretários, ou aos chefes de Polícia. Aqui embora o CPP indique como competente o Tribunal de Apelação, com a CF/88, tal competência passou a ser do STJ, com base no artigo 105, I, "a" e "c". 
§ 1o  A competência do juiz cessará sempre que a violência ou coação provier de autoridade judiciária de igual ou superior jurisdição.
Significa dizer, que a competência para julgamento do habeas corpus, dependerá da autoridade coatora. 
Dos atos do delegado, caberá habeas corpus para Juiz Criminal (Juiz criminal ao proceder o julgamento do habeas corpus, deve remeter sua decisão para reexame necessário no Tribunal de Justiça - recurso de ofício.)
Coator Juiz Criminal, competente o Tribunal de Justiça;
Coator Tribunal de Justiça, competente o Superior Tribunal de Justiça;
Coator Juiz Federal, competente o Tribunal Regional Federal;
Coator Tribunal Regional Federal, competente o Superior Tribunal de Justiça;
Coator o Superior Tribunal de Justiça, coator o Supremo Tribunal Federal
Juizados Especiais Criminais:
Delegado coator, competente o Juiz do JEACRIM;
Juiz do JEACRIM coator, competente a Turma Recursal do JEACRIM;
Coatora Turma Recursal do JEACRIM, competente TJ ou para TRF (crime federal).
Efeito extensivo (vários réus - um recurso aproveita aos demais), se aplica também para os HC. 
A quebra de sigilo bancário ou fiscal, em tese, o  remédio constitucional mais adequado seria o Mandado de Segurança, contudo, o STF tem decidido que ser for feito durante instrução inquisitória ou da ação penal, cabe sim, pois há risco da privação de liberdade do paciente. 
HC contra decisão que nega liminar em HC:
O entendimento atual do STF não cabe HC para atacar a decisão que nega liminar, pois deve-se esperar o julgamento definitivo do HC para impetrar um novo HC. Contudo, há julgados que atenuam está posição, quando há manifesto constrangimento à liberdade. 
O recurso impetrado para atacar decisão que nega HC:
Da decisão do Juiz de primeira instância, cabe Recurso Em Sentido Estrito. 
Da Decisão dos Tribunais que negam HC, cabe Recurso Ordinário Constitucional para o Tribunal que está acima. 
Da decisão que nega HC, cabe outro HC contra a autoridade que negou. Assim, se o Juiz negar, cabe contra ele para o TJ, se o TJ negar, cabe HC contra ele perante ao STJ... 
Da decisão que concede HC, não cabe recurso, a não ser que fira norma constitucional, caso em que poderá cabe Recurso Especial ou Ordinário. 
 HABEAS CORPUS	
TESES DE DEFESA
TESES DE DEFESA RELACIONADAS ÀS NULIDADES
1. incompetência: art. 5º, LIII, CF/88 e art. 564, I, CPP.
2. suspeição e suborno do juiz: art. 564, I, CPP.
3. ilegitimidade de parte: art. 564, II, CPP.
4. nulidade por falta de fundamentação na sentença: art. 93, IX, CF/88 e art. 564, IV, CPP.
5. inexistência de exame de corpo de delito nas infrações que deixam vestígios: art. 564, III, “b” e art. 158, CPP.
6. falta dos devidos atos de comunicação: art. 5º, LV, CF/88; art. 8, nº 2, “b” da CADH; art. 564, III, “e” e art. 360, CPP.
7. desarquivamento de inquérito policial sem novas provas: Súmula 524, STF.
8. denúncia inepta: art. 5º, LV, CF/88 e art. 564, IV, CPP.
9. sentença que descumpre o sistema trifásico de fixação da pena (art. 68, CP): art. 564, IV, CPP.
10. denúncia ou queixa sem condição da ação ou pressuposto processual: art. 564, II, “a” e art. 41, CPP.
11. desobediência as formalidades no momento do interrogatório: art. 5º, LV e LXIII, CF/88 e art. 564, III, “e”, CPP.
12. ausência de réu preso no momento da instrução: art. 5º, LV e art. 564, IV, CPP.
13. descumprimento de fases processuais necessárias: art. 5º, LIV, CF/88 e art. 564, IV, CPP.
14. desrespeito ao contraditório e reformatio in pejus: art. 5º, LV, CF/88
TESES DE DEFESA RELACIONADAS ÀS CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE
1. morte do agente: art. 5º, XLV, CF/88 e art. 107, I, CP.
2. anistia, graça ou indulto: art. 107, II, CP.
3. abolitio criminis (retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso): art. 107, III, CP.
4. prescrição, decadência ou perempção: art. 107, IV, CP.
5. renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada: art. 107, V, CP.
6. retratação do agente: art. 107, VI, CP.
7. perdão judicial: art. 107, VIII, CP.
8. cumprimento do período de prova do sursis da pena e do sursis processual sem revogação
TESES DE DEFESA RELACIONADAS AO MÉRITO
1. EXCLUDENTES DE TIPICIDADE:
a) erro de tipo: art. 20, CP.
b) descriminante putativa por erro de tipo: art. 20, § 1º, CP.
c) princípio da insignificância
d) princípio da adequação social
e) crime impossível: art. 17, CP.
2. EXCLUDENTES DE ILICITUDE:
a) estado de necessidade: art. 23, I, CP.
b) legítima defesa: art. 23, II, CP.
c) estrito cumprimento de dever legal: art. 23, III, CP.
d) exercício regular de direito: art. 23, III, CP.
3. EXCLUDENTES DE CULPABILIDADE:
a) causas que excluem a exigibilidade de conduta diversa:
1. coação moral irresistível: art. 22, CP.
2. obediência hierárquica: art. 22, CP.
3. inexigibilidade de conduta diversa como causa supralegal de exclusão da culpabilidade: não há previsão legal, somente posicionamento jurisprudencial.
b) causa que exclui a potencial consciência da ilicitude
1. erro de proibição: art. 21, CP.
2. erro sobre descriminante putativa fática: as consequências são as mesmas do erro de proibição – art. 21, CP.
c) causas que excluem a imputabilidade:
1. doença mental: art. 26, CP.
2. desenvolvimento mental incompleto: art. 26, CP.
3. desenvolvimento mental retardado: art. 26, CP.
4. menoridade: art. 27, CP.
5. embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior: art. 28, § 1º, CP.
4. EXCLUDENTES DE PUNIBILIDADE:
a) escusas absolutórias: art. 181, CP.
b) imunidade diplomática: art. 29 e 31 da Convenção de Viena de 1969.
c) desistência voluntária e arrependimento eficaz (causas excludentes da punibilidade da tentativa iniciada): art. 15, CP.
e) ausência de uma condição objetiva de punibilidadeTESES DE DEFESA	
CRIME CONTINUADO, ARTIGO 71 DO CÓDIGO PENAL
É no artigo 71 do Código Penal que está a definição do que vem a ser crime continuado:
Quando o agente, mediante mais de UMA ação ou omissão, pratica DOIS ou MAIS crimes da MESMA ESPECIE e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, AUMENTADA, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
Parágrafo único – Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.
Verifica-se que os requisitos são:
Mais de um crime da mesma espécie;
Mais de uma ação; e
Necessidade de que os crimes posteriores, levando-se em consideração as condições de tempo, lugar, maneira de execução, dentre outros, sejam considerados como uma continuação do primeiro crime.
Assim, apesar da prática de vários crimes, eles serão considerados como sendo um crime único, para fins de aplicação da pena, pois estarão “unidos pela semelhança de determinadas circunstâncias (condições de tempo, lugar, modo de execução ou outras formas que permitam deduzir a continuidade)”.
A consequência da continuação delitiva é, assim como no concurso formal, a aplicação da pena de um dos crimes, caso sejam idênticas, ou, caso sejam diferentes, a mais grave, aumentada de 1/6 a 2/3.
Assim como no caso do concurso formal, a fração a ser aplicada no caso do crime continuado dependerá da quantidade de crimes concorrentes (STF, RTJ 143/215).
Portanto:
2 crimes, aumenta-se em 1/6;
3 crimes, aumenta-se em 1/5;
4, aumenta-se em 1/4;
5, aumenta-se em 1/3;
6, aumenta-se em 1/2;
7 ou mais crimes, aumenta-se em 2/3.
No que se refere a “crimes da mesma espécie”:
É necessário que os crimes estejam previstos no mesmo tipo legal, sendo admitido ainda que diversas suas modalidades (doloso, culposo, tentado, majorado, qualificado…).
Ex: Continuidade inadmissível dos crimes de roubo e latrocínio, embora sejam da mesma natureza, diferem quanto à espécie. 
Para que os crimes sejam considerados como tendo sido praticados em continuidade delitiva, é necessário que “as condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes” demonstrem que os demais crimes cometidos sejam, nada mais, do que a continuação do primeiro delito.
Assim, por “condições de tempo”, podemos afirmar “ser necessária para a configuração do requisito temporal ‘uma certa continuidade no tempo’, ou seja, uma determinada ‘periodicidade’, que imponha ‘um certo ritmo’ entre as ações sucessivas”, sendo que não há possibilidade de delimitar um determinado espaço de tempo como sendo requisito para configuração da continuidade delitiva, podendo haver variação.
 “Condições de espaço”: existe divergência quanto à variação do espaço nos crimes cometidos. Há quem entenda ser necessário que os crimes sejam cometidos na mesma cidade; em cidades contíguas; dentro de uma mesma região metropolitana, sócio econômica ou sócio geográfica, ou, até mesmo, dependendo do caso, entre cidades distantes uma da outra. Em outras palavras, deve haver uma razoabilidade na análise acerca das condições de espaço, não sendo razoável entender, em regra, que crimes cometidos em locais muito distantes um do outro possam ser considerados como praticados em continuidade delitiva.
Quanto ao “modo de execução”, devem ser levados em consideração os métodos utilizados para a prática dos crimes, de forma a possibilitar a identificação de um padrão no modus operandi.
Dessa feita, a variação de comparsas, segundo entendimento jurisprudencial, impede o reconhecimento da continuidade delitiva, pois o modus operandi dos crimes é diferente, assim como ocorre com aquele que em um crime age sozinho e no subsequente em companhia de um comparsa.
O artigo 71, parágrafo único, do Código Penal possibilita que a pena a ser aplicada a um só dos crimes, se idênticos, ou a mais grave, se diferentes, seja aumentada até o triplo, desde que os crimes sejam dolosos, praticados contra vítimas diferentes, tenham sido cometidos com violência ou grave ameaça, bem como levando em consideração a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a personalidade do agente, os motivos e as circunstâncias, ou seja, a maior parte das circunstâncias que o juiz deve se atentar para a fixação da pena (artigo 69 do Código Penal).
O referido texto legal estabelece, ainda, assim como no concurso formal, que a pena a ser aplicada com base no parágrafo único, artigo 71, Código Penal, não pode ser maior do que a que seria aplicada se fossem utilizados os critérios do concurso material(artigo 69 do Código Penal).
A habitualidade criminosa afasta a possibilidade de reconhecimento de crime continuado, tendo em vista que a prática de reiterados crimes da mesma espécie, pelos mesmos agentes, em datas próximas, não significa que os delitos subsequentes serão tidos como continuação do primeiro, para os fins do artigo 71 do Código Penal.
Na realidade, em muitos casos, configura a habitualidade criminosa, que agrava o tratamento penal dado ao infrator, mostrando-se incompatível com a continuidade delitiva.
Continuidade delitiva - Criminoso que faz do crime profissão não faz jus à aplicação do instituto. A habitualidade é incompatível com a continualidade. A primeira recrudesce, a segunda ameniza o tratamento penal. Em outras palavras, a culpabilidade (no sentido de reprovabilidade) é mais intensa na habitualidade do que na continualidade.

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