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Aula 01 DIREITO FINANCEIRO

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CONCURSO DE TRIBUNAIS DE CONTAS 2015 
DIREITO FINANCEIRO 
WILSON ARAÚJO 
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“É A PROCURA DE MEIOS PARA 
SATISFAZER ÀS NECESSIDADES 
PÚBLICAS” 
(Alberto Deodato) 
Aliomar Baleeiro em sua obra “Uma 
introdução à ciência das finanças” assevera 
que a Atividade Financeira do Estado consiste 
em: 
• OBTER recursos: Receitas Públicas; 
• CRIAR o crédito público: Endividamento 
Público; 
• GERIR E PLANEJAR a aplicação dos 
recursos: Orçamento Público; 
• DESPENDER recursos: Despesa Pública 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 84. Compete privativamente ao 
Presidente da República: 
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano 
plurianual, o projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias e as propostas de orçamento 
previstos nesta Constituição; 
 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo 
estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
 
 
 
Art. 85. São crimes de responsabilidade os 
atos do Presidente da República que atentem 
 
 
 
 
 
 
 
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contra a Constituição Federal e, 
especialmente, contra: 
 
VI - a lei orçamentária; 
 
Atenção! 
 
Apesar do comando constitucional mencionar 
competência privativa, existe entendimento do 
Supremo Tribunal Federal que essa 
competência é exclusiva e vinculada. 
Ou seja, compete somente ao Presidente da 
República encaminhar os projetos de lei de 
orçamento e ainda dentro dos prazos 
estabelecidos na CF ao Poder Legislativo. 
Se um membro do Congresso Nacional, 
Senador ou Deputado, caso tomasse a 
iniciativa de encaminhar um ou todos os 
projetos de lei acarretaria uma 
inconstitucionalidade formal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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De uma forma geral, a teoria das finanças 
públicas gira em torno da existência das 
falhas de mercado que tornam necessária a 
presença do governo, o estudo das funções 
do governo, da teoria da tributação e do gasto 
público. 
As falhas de mercado: são fenômenos que 
impedem que a economia alcance o ótimo de 
Pareto, ou seja, o estágio de welfare 
economics, ou estado de bem estar social 
através do livre mercado, sem interferência do 
governo. São elas: 
 
 existência dos bens públicos: bens que são 
consumidos por diversas pessoas ao mesmo 
tempo (ex. rua). Os bens públicos são de 
consumo indivisível e não excludente. Assim, 
uma pessoa adquirindo um bem público não 
tira o direito de outra adquirí-lo também; 
 
 existência de monopólios naturais: 
monopólios que tendem a surgir devido ao 
ganho de escala que o setor oferece (ex. 
água, elergia). O governo acaba sendo 
obrigado a assumir a produção ou criar 
agências que impeçam a exploração dos 
consumidores; 
 
 as externalidades: uma fábrica pode poluir 
um rio e ao mesmo tempo gerar empregos. 
Assim, a poluição é uma externalidade 
negativa porque causa danos ao meio 
ambiente e a geração de empregos é uma 
externalidade positiva por aumentar o bem 
estar e diminuir a criminalidade. O governo 
deverá agir no sentido de inibir atividades que 
causem externalidades negativas e incentivar 
atividades causadoras de externalidades 
positivas; 
 desenvolvimento, emprego e estabilidade: 
principalmente em economias em 
desenvolvimento a ação governamental é 
muito importante no sentido de gerar 
crescimento econômico através de bancos de 
desenvolvimento, criar postos de trabalho e 
da buscar a estabilidade econômica. 
 
 
 
 função alocativa: relaciona-se à alocação 
de recursos por parte do governo a fim de 
oferecer bens públicos (ex. rodovias, 
segurança), bens semi-públicos ou meritórios 
(ex. educação e saúde), desenvolvimento (ex. 
construção de usinas), etc.; 
 
 função distributiva: é a redistribuição de 
rendas realizada através das transferências, 
dos impostos e dos subsídios 
governamentais. Um bom exemplo é a 
destinação de parte dos recursos 
provenientes de tributação ao serviço público 
de saúde, serviço o qual é mais utilizado por 
indivíduos de menor renda. 
 
 função estabilizadora: é a aplicação das 
diversas políticas econômicas a fim de 
promover o emprego, o desenvolvimento e a 
estabilidade, diante da incapacidade do 
mercado em assegurar o atingimento de tais 
objetivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 1o Para elaboração e execução do Plano 
Plurianual 2000-2003 e dos Orçamentos da 
União, a partir do exercício financeiro do ano 
de 2000, toda ação finalística do Governo 
Federal ... 
 
DEVERÁ SER ESTRUTURADA EM 
PROGRAMAS 
 
Orientados para a consecução dos objetivos 
estratégicos definidos para o período do 
Plano. 
No Brasil, esse princípio se acha acolhido nas 
normas do Decreto-lei nº 200/67, sobretudo 
nos arts. 16 a 18 (“Art. 16. Em cada ano, será 
elaborado um orçamento-programa, que 
pormenorizará a etapa do programa 
plurianual a ser realizada no exercício 
seguinte e que servirá de roteiro à execução 
coordenada do programa anual”) e nas 
disposições dos arts. 165 a 167 da 
Constituição, que exigem compatibilidade do 
projeto de lei orçamentária com as metas e 
prioridades fixadas pela LDO e pelo PPA. 
 
A Lei nº 4.320/64, apesar de não trazer no 
seu texto, referências sobre Orçamento-
Programa, como o Decreto-lei nº 200/67, foi a 
grande impulsionadora da técnica do 
orçamento-programa, definindo, logo no seu 
art. 2º, que “A Lei de Orçamento conterá a 
discriminação da receita e despesa de forma 
a evidenciar a política econômico-financeira e 
o programa de trabalho do Governo, 
obedecidos os princípios da unidade, 
universalidade e anualidade”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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São instrumentos do Plano que classificam 
um conjunto de ações destinadas ao apoio, à 
gestão e à manutenção da atuação 
governamental, bem como as ações não 
tratadas nos Programas Temáticos por meio 
de suas Iniciativas. 
 
Os Programas de Gestão, Manutenção e 
Serviços ao Estado contemplam despesas 
destinadas ao apoio e à manutenção da ação 
governamental ou, ainda, àquelas não 
tratadas nos Programas Temáticos. De forma 
geral, cada Ministério tem um único programa 
dessa natureza. 
 
 
 
 
 
Sistema de convenção adotado para 
organização e representação do programa. O 
mesmo código é utilizado no PPA e no 
Orçamento Federal. O código será gerado 
automaticamente pelo SIOP. 
 
 
Receberá o nome de Programa de Gestão e 
Manutenção do órgão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Indica uma estimativa dos recursos 
necessários ao apoio, à gestão e à 
manutenção da ação governamental no 
período do Plano. O PPA indicará o valor para 
o ano de 2012 e o consolidado para o período 
restante (2013 a 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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