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anatomia do periodonto

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Anatomia do Periodonto
Profª: Ana Carla Pimentel de Amorim
Disciplina que estuda os tecidos de revestimento e suporte dos dentes (gengiva, osso alveolar, ligamento periodontal e cemento), sua fisiologia, suas alterações patológicas e as diferentes formas de tratamento.
PERIODONTIA
PERIODONTO = peri (ao redor) + odonto (dente)
É a unidade formada pela gengiva, ligamento periodontal, cemento radicular e osso alveolar;
Unidade de desenvolvimento biológica  e funcional;
Possui particularidades individuais
PERIODONTO
FUNÇÕES DO PERIODONTO
Inserir o dente no alvéolo
Manter a integridade dos tecidos periodontais através do selamento entre ambiente interno e externo
Crista da Papila interdental
Papila interdental
Epitélio Juncional
Gengiva Livre
Gengiva Inserida
Mucosa Mucogengival
Mucosa Alveolar
Cemento Radicular
Ligamento Periodontal
Osso Alveolar
Osso Compacto
Osso Esponjoso
Periodonto de Proteção
Periodonto de sustentação
O periodonto de proteção tem a importante função de promover a homeostasia, vedando o meio interno e assim permitindo que o hospedeiro mantenha a saúde periodontal frente às constantes agressões provocadas pela presença da placa bacteriana ou por estímulos físicos
Periodonto 
Periodonto de Proteção 
Periodonto de Sustentação 
Gengiva livre (marginal),
Gengiva inserida (aderida)
Ligamento periodontal, 
Osso alveolar,
Cemento radicular
O periodonto de sustentação (suporte) tem a função essencial de sustentação dos dentes, bem como uma função sensorial, formativa, nutricional e de inervação
GENGIVA
Gengiva Interdental (Papila)
Gengiva Livre (Marginal)
Gengiva Inserida
Gengiva: é a parte da mucosa mastigatória que cobre o processo alveolar e circunda a porção cervical dos dentes.
a) Gengiva Livre: Compreende o tecido gengival marginal da vestibular e lingual dos dentes, além das papilas interdentárias se estende até a ranhura gengival.
1 a 3 mm
b) Ranhura Gengival: Linha imaginária entre o fundo do sulco gengival e a superfície gengival visível oposta a ele (ao nível correspondente a JCE)
30-40% dos adultos
Mais freqüente incisivos e pré-molares inferiores
c) Gengiva Inserida: Porção da gengiva firmemente inserida no osso alveolar subjacente e cemento por meio de fibras do tecido conjuntivo.
Textura firme – Firmemente inserida ao processo alveolar e ao cemento
Aspecto de “Casca de Laranja” (40%)
Gengiva Interdental: Determinada pelas relações de contato entre os dentes, pela largura da superfície proximal dos dentes e pelo contato da JCE.
Regiões anteriores - piramidal
Regiões posteriores - achatadas no sentido V-L
Papila
Gengiva Livre
Gengiva Inserida
Linha 
mucogengival
Mucosa
Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado e de tecido conjuntivo subjacente
ASPECTOS MICROSCÓPICOS
Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado
1 - Queratinócitos (90%)
2 – Melanócitos
3 - Células de Langerhans
4 - Células de Merkel
Membrana Basal: separa células basais do epitélio e tecido conjuntivo. Contém carboidratos (glicoproteínas) e substância extracelular (complexos ptn-polissacarídeos)
ASPECTOS MORFOLÓGICO E FUNCIONAL
EPITÉLIO DO SULCO (SULCULAR) – MEMBRANA SEMI PERMEÁVEL 
EPITÉLIO JUNCIONAL – ADERÊNCIA E BARREIRA INTERNA 
EPITÉLIO ORAL (GENGIVAL) – PROTEÇÃO EXTERNA 
TECIDO CONJUNTIVO
FUNÇÃO
Suporte e fixação dos dentes
Suporte para o tecido epitelial
COMPOSIÇÃO
60% fibras colágenas
5% fibroblastos
35% vasos sangüíneos e linfáticos, nervos e matriz
CÉLULAS
Fibroblastos - predominantes
Macrófagos
Mastócitos
Neutrófilos
Linfócitos
Plasmócitos
TECIDO CONJUNTIVO
FIBRAS:
1 - Colágenas      
     1.1 - circulares,                     
     1.2 - dentogengivais                                    
     1.3 - dentoperiostais                             
     1.4 - transeptais
2 - Reticulares (próximo a vasos e nas interface epitélio-conjuntivo)
3 - Elásticas – vasos sanguíneos/ mucosa oral
CIRCULARES: Anel
Dentogengivais: Leque sentido Vestibular, Lingual e Interproximal
TRANSEPTAIS: Retas entre o cemento dos dentes vizinhos
DENTOPERIÓSTAIS: Lingual e terminam na gengiva inserida
ASPECTOS CLÍNICOS
Cor: Rosa Coral (gengiva) Vermelha (mucosa)
Formato: Em forma de arco
Textura: Pontilhada (gengiva) Lisa (mucosa)
LIGAMENTO PERIODONTAL
Tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e celular;
 Circunda as raízes dos dentes;
 Une o cemento radicular ao osso alveolar;
 Separado da gengiva por fibras colágenas que unem a crista do osso alveolar à raiz;
Largura em média de 0.25 mm;
Distribuição e reabsorção das forças produzidas durante a função, no osso alveolar;
Essencial para a mobilidade dentária.
Suporte - toda a pressão exercida sobre a coroa do dente é transformada pelo ligamento periodontal em tração sobre o osso e cemento.
Sensorial - o ligamento periodontal através do suprimento nervoso fornece um mecanismo proprioceptor  muito  eficiente, permitindo ao organismo detectar as aplicações das mais delicadas forças aos dentes e deslocamentos muito leves dos mesmos.
Nutritiva - os vasos sangüíneos fornecem material nutritivo as células do ligamento, encarregando-se também da remoção dos catabolitos.
Protetora - o ligamento periodontal limita os movimentos mastigatórios amortecendo os traumas da mastigação.
Homeostática - as células do ligamento tem  a capacidade de reabsorver e sintetizar a substância extracelular do tecido conjuntivo do ligamento, do osso alveolar e do cemento
FUNÇÕES DO LIGAMENTO PERIODONTAL
 
Células mesenquimais indiferenciadas, macrófagos, plasmócitos, mastócitos
Células de síntese: fibroblastos, cementoblastos  e  osteoblastos, mais  os osteoclastos  e os odontoclastos
FIBROBLASTO
Principal célula  do  ligamento periodontal devido ao alto índice de renovação.
CÉLULAS DO LIGAMENTO PERIODONTAL
CÉLULAS EPITELIAS DE MALLASSEZ (Restos de Mallassez)
Remanescentes da Bainha epitelial de Hertwig
Aparecem no ligamento como cordões entrelaçados ou em pequenos agrupamentos junto a superfície do cemento.
LIGAMENTO PERIODONTAL
Elementos 
Celulares
Fibras
S.F.A
Grupo de fibras
Localização
Inserções
Grupo de fibras da cristaalveolar
(Previnema extrusão)
Região da crista alveolar
Cemento e crista apical do
processo alveolar
Grupo de fibras horizontais
Periodonto do terço 
cervical da raiz
Cemento e osso alveolar
Grupo de fibrasoblíquas
(Maiorgrupo, suporta o impacto da mastigação)
Periodonto dos terços 
médio e apical da raiz
Cemento e osso alveolar
Grupo de fibras apicais
Ápice radicular
Cemento e osso alveolar
Grupo de fibras inter-radiculares
região interadicular
Cementoe septointeradicular
FIBRAS DO LIGAMENTO PERIODONTAL
Tecido conjuntivo mineralizado contendo colágeno que recobre a dentina da raiz
Cresce por  aposição ao longo da vida
Contíguo com o ligamento periodontal do qual obtém nutrição
Não vascularizado e não inervado
Mais mole e mais permeável que a dentina
Permeabilidade varia com a idade e o tipo de cemento (cemento celular + permeável) 
A permeabilidade diminui com a idade
Facilmente removido por abrasão quando da exposição da superfície radicular
Principal componente mineral: Hidroxiapatita
Não sofre remodelação e reabsorção fisiológica
O cemento é depositado a um ritmo irregular o que resulta em linha incrementais espaçadas de forma Irregular: Linhas de Salter
CEMENTO
a) A função primordial do cemento é fornecer um meio de inserção das fibras colágenas que unem o dente ao osso alveolar.      
b) Compensar o desgaste oclusal através do seu crescimento contínuo que ocorre no terço apical (erupção passiva).
c) Capacitar através do seu crescimento contínuo, fenômeno tais como: erupção, mesialização fisiológica e movimentos ortodônticos.
d) Possibilita o contínuo rearranjo das fibras do ligamento. Em condições normais o cemento não se reabsorve. Devido a contínua formação do cemento, as novas fibras
do ligamento unem-se ao cemento recém-formado e as fibras de Sharpey antigas são continuamente reabsorvidas.
e) Função de reparação: o cemento serve como maior tecido reparador para as superfícies das raízes. Danos aos dentes, como o caso de fraturas ou reabsorções que envolvem tanto cemento como dentina, podem ser reparadas pela aposição de novas camadas de cemento.
FUNÇÕES DO CEMENTO
Material orgânico e água - 50 a 55% : representado por fibras colágenas (Tipo I 90% Tipo III) intrínsecas e proteínas conjugadas a polissacarídeos (substância amorfa)  e pelas fibras colágenas extrínsecas.
 
Material inorgânico - 45 a 50% : a porção inorgânica consiste principalmente pelos sais de carbonato e fosfato de cálcio, depositados na forma de cristais de hidroxiapatita. Numerosos outros elementos químicos são encontrados no cemento, sendo o tecido mineralizado que apresenta o maior conteúdo em fluoretos.
COMPOSIÇÃO DO CEMENTO
Representam uma continuação das fibras principais do ligamento periodontal e do tecido conjuntivo supra-alveolar.
Perpendiculares ao cemento
São produzidas por fibroblastos do ligamento periodontal.
FIBRAS DE SHARPEY – Fibras extrínsecas
 
O sistema de fibras intrínsecas do cemento são produzidas 
por cementoblastos
Paralelas ao cemento
Fibras intrínsecas
Cemento tipo I acelular afibrilar: cobre áreas de esmalte, particularmente a junção cemento-esmalte;
 
Cemento tipo II acelular fibrilar (fibras extrínsecas): presente no terço cervical e médio da raiz; constitui a parte principal do cemento em alguns dentes (pré molares). É o primeiro cemento a ser formado.
 
Cemento tipo III celular com fibras intrínsecas: encontrado na furca e terço apical e médio, descrito como cemento reparador após reabsorção radicular;
 
Cemento tipo IV celular com fibras intrínsecas e extrínsecas: existente apenas no terço apical.
TIPOS DE CEMENTO
Cemento ACELULAR: cemento primário que se forma em conjunção à formação da raiz e da erupção dental
Cemento CELULAR: Cemento secundário que se forma após o dente entrar em oclusão e em resposta às demandas funcionais, entretanto áreas com cemento acelular ou celular podem se alternar na superfície da raiz
OSSO ALVEOLAR
O osso alveolar ou processo alveolar é a porção da maxila e da mandíbula que forma e suporta os alvéolos dentários. 
 
Consiste de:
Porção externa de osso cortical (COMPACTA EXTERNA)
Parede interna do alvéolo (osso alveolar propriamente dito) (COMPACTA INTERNA)
Trabéculas medulares entre as duas camadas compactas. (OSSO TRABECULAR OU MEDULAR)
FUNÇÃO 
Distribuir e absorver as forças geradas pela mastigação e pelos demais contatos.
CONTEÚDO INORGÂNICO (2/3): minerais cálcio e fosfato, hidroxilas, carbonatos, sais minerais (cristais de hidroxiapatita)
CONTEÚDO ORGÂNICO (1/3): colágeno tipo I (90%), e proteínas não colágenas (osteocalcina, osteonectina, proteína morfogenética óssea, fosfoproteínas, proteoglicanos).
Células 
•Substancia fundamental amorfa 
•Osteóide 
•Fibras (da matriz e de Sharpey)
Osso Esponjoso: 
Preenche a área entre os alvéolos e entre as paredes do osso compacto;
Ocupa maior parte dos septos interdentais; 
Contém trabéculas ósseas.
Osso Compacto (alveolar propriamente dito):
Recobre a parede dos alvéolos;
Frequentemente é contínuo com as faces lingual e vestibular do processo alveolar;
Canais de Volkman: Perfuram a lâmina dura, por onde passam vasos sanguíneos, linfócitos e fibras nervosas para o ligamento periodontal.
Osso fasciculado (lâmina dura): 
Reveste a parede do alvéolo e pode ser chamado de placa cribiforme; 
Apresenta uma elevada taxa de renovação; 
As partes das fibras colágenas que se inserem nele são denominadas de fibras de Sharpey; 
Funcionalmente e estruturalmente são parecidos com o cemento das superfícies radiculares.
Osso cortical
 
• 85% do total do osso do organismo
• Função mecânica e de proteção
Osso trabecular
 
• 15% do total do osso do organismo
• Função metabólica
O osso alveolar é formado quando o dente erupciona para promover inserção para o ligamento periodontal em formação. Quando o dente é perdido, o osso alveolar desaparece gradualmente. 
Os processos alveolares são estruturas dependentes dos dentes. Logo, a forma, localização, tamanho e função dos dentes determinam sua morfologia.
ESPAÇO BIOLÓGICO
O termo “espaço biológico” foi pioneiramente descrito em 1962 e refere-se à distância compreendida entre a base do sulco gengival e o topo da crista óssea alveolar, sem a inclusão do sulco gengival nestas medidas.
No entanto, Nevins & Skurow (1984), enfatizaram que o sulco gengival não menor que 1,0 mm e deveria fazer parte do então chamado “espaço biológico”. 
A integridade do espaço biológico é de suma importância para a manutenção da saúde gengival, uma vez que sua existência é fundamental para a aderência do epitélio juncional e da inserção conjuntiva à estrutura dentária.
          Fraturas radiculares, reabsorções dentárias, perfurações radiculares, preparos protéticos iatrogênicos e cáries são as causas mais comuns de invasão do mesmo.
	Quando existe uma cárie ou fratura subgengival e há a uma restauração protética, é importante que haja uma distância de pelo menos 3 mm entre a margem da coroa e o topo da crista óssea.
	Se o preparo cavitário ou protético invadir essa área, ocorrerá uma resposta inflamatória que poderá resultar na formação de uma bolsa periodontal com reabsorção óssea e/ou hiperplasia ou recessão gengival.
MANUTENÇÃO DO ESPAÇO BIOLÓGICO
EXERCÍCIOS

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