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PDF Aula 035 - Constitucional

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1 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Cristiano Lopes – Direito Constitucional 
Curso de Direito Constitucional 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO 
 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) 
s Investidura – O Presidente da República escolhe e indica o nome para compor o STF, 
devendo ser aprovado pelo Senado Federal, pela maioria absoluta (sabatina no Senado 
Federal). Aprovado, passa-se à nomeação, momento em que o Ministro é vitaliciado. 
s Requisitos para ocupar o cargo de Ministro do STF – a) ser brasileiro nato (art. 12, 
§3°, IV); b) ter mais de 35 anos e menos de 65 anos de idade (art. 101); c) ser cidadão (art. 
101, estando no pleno gozo dos direitos políticos); d) ter notável saber jurídico e reputação 
ilibada (art. 101). 
s Competência do STF – a) originária (CF, art. 102, I); b) recursal ordinária (CF, art. 102, II) 
e c) recursal extraordinário (CF, art. 102, III). O STF reconheceu o princípio da reserva 
constitucional de competências originarias e, assim, toda atribuição do STF está explicitada, 
taxativamente, no art. 102, I da CF/88. 
s Investidura – Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo 
Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de 
sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada 
a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. 
s Requisitos para o cargo – a) ser brasileiro nato ou naturalizado; b) ter mais de 35 anos e 
menos de 65 anos de idade; c) ter notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 104). 
s Composição dos Ministros – 1/3 de juízes dos Tribunais Regionais Federais; 1/3 de 
desembargadores dos Tribunais de Justiça; 1/6 de advogados e 1/6 de membros do Ministério 
Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e territórios, alternadamente. 
 
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS 
 
Art. 106. São órgãos da Justiça Federal: 
I - os Tribunais Regionais Federais; 
II - os Juízes Federais. 
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando 
possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais 
de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: 
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do 
Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira; 
II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por antigüidade 
e merecimento, alternadamente. 
§ 1º A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais e determinará 
sua jurisdição e sede. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: 
I - processar e julgar, originariamente: 
• os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do 
Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da 
União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; 
b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região; 
c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal; 
d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz federal;e) os conflitos de competência 
entre juízes federais vinculados ao Tribunal; 
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes 
estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição. 
 
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA 
 
s A reforma do judiciário (EC, n° 45/2004), instituiu o Conselho Nacional de Justiça de quinze 
membros com mandato de dois anos admitida uma recondução. 
s O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, que votará em 
caso de empate, ficando excluído da distribuição de processos naquele tribunal. 
s Nas sua ausência ou impedimento, pelo Vise-Presidente do STF. 
s Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder 
Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. 
 
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 
2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo: 
 
I. O Presidente do Supremo Tribunal Federal; 
II. um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal; 
III. um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal; 
IV. um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; 
V. um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; 
VI. um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; 
VII. um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; 
VIII. um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; 
IX. um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; 
X. um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República; 
XI. um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República 
dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual; 
XII. dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
XIII. dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos 
Deputados e outro pelo Senado Federal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA 
 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 
 
Com o objetivo de dinamizar a atividade jurisdicional, o Poder originário institucionalizou atividades 
profissionais (públicas e privadas), atribuindo o status de funções essenciais à Justiça, tendo estabelecido 
suas regras nos arts. 127 a 135 da CF/88: 
 
· O Ministérios Público – Arts. 127 a 130 
· A Advocacia Pública – Arts. 131 a 132 
· A Advocacia – Art. 133 
· A Defensoria Pública – Art. 134 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
Ao conceituar o Ministério Público, o artigo 127 diz que ele “é instituição permanente, essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis”. 
 
· MP da União e MP dos Estados 
· “Fiscal da Lei” 
· Ingresso por concurso público de provas ... 
· Atribuições no Art. 129, CF/88 
 
PRINCÍPIOS 
 
· Unidade: o Ministério Público deve ser visto como uma instituição única, sendo a divisão existente 
meramente funcional. Há um só chefe (no âmbito do MPU é o PGR; no âmbito dos MPE’s, é o PGJ). 
· Indivisibilidade: princípio que decorre do anterior. Por meio dele, é possível que um membro do 
MP substitua outro, dentro da mesma função, pois quem exerce os atos não é a pessoa do 
Promotor, e sim, a instituição Ministério Público; 
· Independência funcional: os membros do MP não se submetem a qualquer poder hierárquico no 
exercício de suas funções, podendo agir, da maneira que entender ser a melhor. Vale lembrar que 
a hierarquia existente diz respeito somente a questões administrativas. O Ministério Público é 
composto pelo MPU (Ministério Público da União) e o MPE (Ministério Público dos Estados). 
 
Garantias constitucionais 
 
As garantias e vedações do Ministério Público seguem as mesmas regras já estudadas em relação ao Poder 
Judiciário. Apenas a título de recordação, são garantias dos membros do MP: 
 
· vitaliciedade; 
· inamovibilidade; e 
· irredutibilidade de subsídios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 
 
Vedações constitucionais 
 
ADVOCACIA PÚBLICA 
 
· Nos artigos131 e 132, a CF trata sobre a advocacia pública. Diz-se que a Advocacia-Geral da União 
é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e 
extrajudicialmente, cabendo-lhe as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder 
Executivo. 
 
· Chefia da AGU: é exercia pelo Advogado Geral da União – AGU, de livre nomeação pelo PR dentre 
cidadãos maiores de 35 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Os membros da 
advocacia pública serão remunerados por subsídio e adquirem estabilidade após 3 anos de efetivo 
exercício (não são vitalícios). 
 
ADVOCACIA PRIVADA 
 
· No artigo 133, a CF diz que o advogado “é indispensável à administração da justiça, sendo 
inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão”. 
· Inviolabilidade não é absoluta. Advogado responde por excessos cometidos no exercício de suas 
funções. 
· Segundo a jurisprudência do STF, a inviolabilidade do advogado abrange os atos que 
caracterizariam os crimes de injúria e difamação. Ficam de fora da inviolabilidade as condutas 
tipificadas como calúnia e desacato. 
 
DEFENSORIA PÚBLICA (Art. 134 e 135) 
 
· É instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a 
defesa, em todos os graus, dos necessitados (lembrar que o art. 5º, inciso LXXIV diz que o Estado 
prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que necessitarem). 
· No âmbito municipal, não há DP, MP ou PJ. 
· A Defensoria Pública é regida pela Lei Orgânica da Defensoria Pública. 
· O ingresso na carreira dar-se-á mediante aprovação em concurso público de provas + títulos. A 
remuneração é feita por meio de subsídios, na forma do art. 39, § 4º, da CF. 
 
Questão sobre o tema!! 
 
1. (CESPE - 2009 - PC-RN )Com relação às funções essenciais à justiça, assinale a opção correta à luz da 
CF. 
a) Uma das garantias do MP é a vitaliciedade, após três anos de exercício, não podendo perder o cargo 
senão por sentença judicial transitada em julgado. 
b) É vedada à Advocacia-Geral da União atividade de consultoria jurídica do Poder Executivo. 
c) São princípios institucionais do MP a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
d) Cabe à Advocacia-Geral da União a defesa do regime democrático. 
e) É assegurado aos integrantes da Defensoria Pública da União a garantia da inamovibilidade e o 
exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. 
 
PROF.CRISTIANO LOPES 
prof.cristianolopes@gmail.com 
facebook.com/professorcristianolopes

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